Category Archives: Doenças

JEJUM INTERMITENTE PODE “CURAR” DIABETES EM ALGUNS DOENTES?


Jejum intermitente será que pode “curar” alguns diabéticos? Um estudo observacional publicado pelo British Medical Journal na revista BMJ Case Reports  por três médicos que testaram esta terapia em três doentes, com resultados positivos, descreve que o jejum intermitente pode ajudar a eliminar a necessidade de insulina e outros medicamentos para baixar o nível de glicose em doentes com diabetes tipo 2.

Estudo: Planned intermittent fasting may help reverse type 2 diabetes, suggest doctors

Este é um estudo observacional com uma amostra muito reduzida mas que deve ser valorizado pois é publicado numa revista científica credivel e sinaliza resultados verdadeiramente extraordinários que se espera sejam confirmados por estudos mais profundos, controlados e duplamente cegos, utilizando amostras muito mais alargadas.

Os doentes, 3 homens, com idades entre os 40 e os 67 anos, com hipertensão arterial e colesterol elevado, tomavam, por dia, pelo menos 70 doses de insulina. Dois deles fizeram jejum de 24 horas em dias alternados, enquanto o terceiro fez jejum três dias por semana. Durante os dias de jejum, estes homens só podiam ingerir o seguinte:

  • Líquidos de baixo teor calórico, como água, chá, café ou caldo;
  • Uma refeição também pobre em calorias à noite, ao jantar.

Jejum intermitente e diabetes

Este programa alimentar foi seguido durante um período que variou entre os sete e os onze meses. No final as reações ao jejum observadas no estudo foram as seguintes:

  • Ao fim de 5 dias, um dos doente parou de tomar insulina;
  • Ao fim de 1 mês os restantes doentes pararam de tomar insulina;
  • Dois dos doentes conseguiram parar de tomar todos os medicamentos para controlar a diabetes;
  • O terceiro interrompeu três dos quatro fármacos que tomava para os diabetes.

Os autores do estudo referem também o seguinte:

  • Todos  perderam peso, entre 10 e 18% do peso inicial;
  • Todos reduziram as suas leituras de glicemia de jejum média (HbA1c) ou hemoglobina glicada;
  • Diminuiram o perímetro da cintura;
  • Diminuiram todos o risco de complicações futuras;
  • Os doentes deixaram de injetar insulina;
  • Mantiveram o esquema de refeições sem dificuldade.

Apesar de ser apenas observacional o estudo, já teve reações positivas, referem os autores.

Estudo em detalhe

Paciente com 40 anos

O paciente 1 era um homem de 40 anos com diabetes tipo 2 há 20 anos e que tinha também hipertensão e colesterol alto. No início do estudo, este homem tomava:

  • Metformina,
  • Canagliflozina,
  • Insulina de ação longa,
  • Insulina de ação curta.

Depois de jejuar três vezes por semana durante sete meses, este doente interrompeu todos os fármacos, à exceção da canagliflozina.

Paciente com 52 anos

O paciente 2 era um homem de 52 anos que sofria da doença também há mais de duas décadas. Para além do colesterol elevado e hipertensão, tinha também uma doença renal crónica. À semelhança do primeiro doente, neste caso registou-se um jejum três vezes por semana mas durante onze meses. Este paciente deixou de tomar a dose fixa de insulina.

Paciente com 67 anos

O paciente 3, com 67 anos  sofria de diabetes tipo 2 há mais de dez. Após ter jejuado em dias alternados durante onze meses, deixou de precisar dos dois medicamentos que tomava para a diabetes:

  • Metformina,
  • Insulina pré-misturada.

“O jejum terapêutico é uma intervenção dietética subutilizada que pode fornecer uma redução superior da glicose no sangue em comparação com agentes farmacológicos padrão”, concluem os autores da investigação.

Segredos do jejum

O meu artigo sobre jejum intermitente é um dos mais antigos e interessantes publicados neste  blog e certamente um dos mais completos que encontrará para consulta informada e estudos crediveis sobre este tópico!

Clique na imagem para tirar todas as dúvidas:

JEJUM INTERMITENTE melhorsaude.org melhor blog de saude

Concluindo

O uso do jejum intermitente para controlar os niveis elevados de glicémia em doentes com diabetes tipo 2, usando insulina é virtualmente desconhecido na comunidade científica!

Este estudo embora não possa, de forma alguma, ser conclusivo, relata casos de doentes reais com diabetes tipo 2 que, alterando hábitos alimentares, conseguiram com éxito diminuir ou deixar de tomar insulina e outros medicamentos que tomavam diariamente.

Este facto é só por si de uma extrema importância pois levanta a hipótese de a medicação tradicional não ser o único caminho possivel para reverter a diabetes tipo 2!

Fique bem

Franklim Fernandes

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DIABETES E STRESS melhorsaude.org melhor blog de saude

FIBRILHAÇÃO AURICULAR NOVO APPLE WATCH 4 CAUSA POLÉMICA!


Fibrilhação auricular: Novo Apple Watch® 4 com monitor de electrocardiograma aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) permite fazer um electrocardiograma em qualquer lugar mas talvez aumente a paranóia e ansiedade dos utilizadores!

O novo relógio inteligente da Apple, apresentado em 12 de Setembro de 2018, detecta possíveis problemas com o ritmo cardíaco dos utilizadores.  A Apple apresentou o Watch Series 4 como um “guardião inteligente da saúde”, pois ajudará as pessoas a respirar e a comer melhor e permite fazer um electrocardiograma sem o médico presente em qualquer local!

O relógio permite ainda detectar a queda do utilizador utilizando os dados do acelerómetro e do giroscópio, iniciando uma chamada telefónica de emergência se o utilizador não responder no espaço de 1 minuto!

Apple watch 4 ECG melhorsaude.org melhor blog de saude

Neste artigo vou tratar os seguintes tópicos:

  • Apple Watch 4 qual a polémica?
  • FDA e aprovação polémica
  • Fibrilhação auricular: O que é?
  • Quais os factores de risco?
  • Fibrilhação auricular: Porque é perigosa?
  • Quais os sintomas?
  • Qual o tratamento?
  • Electrocardiograma: Como interpretar os sinais de fibrilhação auricular?
  • Apple watch 4: Que cuidados deve ter?
  • Qual a minha opinião?

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Apple Watch 2018: Qual a polémica?

Apple_watch_4 e fibrilhação auricular melhorsaude.org melhor blog de saude

No entanto a medição num contexto informal pode levar a “paranóia” e aumentar a ansiedade dos utilizadores que na sua maioria terão dificuldades em interpretar os resultados.

Atul Gupta, médico edirector do centro de tecnologia médica da Philips nos EUA afirmou que a fibrilhação auricular é uma causa muito comum de ritmo cardíaco irregular e um dos factores de risco mais importantes para um AVC.

No entanto os falsos positivos de electrocardiogramas feitos com poucos eléctrodos (2 no caso do Apple Watch 4) podem acontecer em percentagem relevante levando muitas pessoas a preocuparem-se sem razão e frequentarem desnecessáriamente os serviços de saúde.

FDA e aprovação polémica

Esta tecnologia tem já a aprovação da FDA (Food and Drug Administration) que é a mais importante  entidade reguladora de saúde nos Estados Unidos da América, mas não foi aprovada pela FDA como dispositivo médico! A classificação aprovada pela FDA foi a seguinte:

  • Class II risk device category

Esta classificação significa que o dispositivo mostrou provas crediveis  de funcionar, de ser seguro e não ameaçador da vida humana.

Significa também que mesmo que deixe de funcionar a vida humana não depende dele tal como acontece, por exemplo com um pacemaker, que tem uma classificação de Class III risk device, pois se deixar de funcionar o doente morre!

O Apple Watch 4 vai avisar o utilizador quando o batimento cardiaco for muito baixo (novidade) ou muito elevado.

O Apple Watch 4 vai notificar o utilizador quando este corre o risco de fibrilhação auricular, se o coração começar a bater de forma irregular.


Fibrilhação auricular (FA): O que é?

A fibrilhação auricular é a arritmia crónica mais frequente com uma prevalência superior a 6% a partir da sexta década de vida sendo rara antes dos 40 anos.

Na FA há uma perda da função mecânica auricular, o que leva à estagnação do sangue e à formação de coágulos nas aurículas, que podem desprender-se e embolizar as artérias cerebrais.

A FA é responsável por 15% dos AVCs , afectando cerca de 33 milhões de pessoas em todo o mundo. Só nos EUA a US Centers for Disease Control (CDC) estima que existam entre 2,7 e 6,1 milhões de Americanos afectados por esta arritmia, muitos deles sem o saberem!

Quais os factores de risco?

Os factores de risco mais frequentes são:

  • Idade avançada,
  • Hipertensão arterial,
  • Diabetes,
  • Insuficiência cardíaca.

Fibrilhação auricular: Porque é perigosa?

Na FA há uma perda da função mecânica auricular, o que leva à estagnação do sangue e à formação de coágulos nas aurículas, que podem desprender-se e embolizar as artérias cerebrais. Os riscos acrescidos são os seguintes:

  • 5 x mais risco de AVC (o principal problema),
  • 3 x mais risco de insuficiência cardíaca,
  • 2 x mais risco de demência,
  • 2 x mais risco de morte.

Quais os sintomas?

A fibrilhação auricular é uma doença cujos principais sintomas são os seguintes:

  • Sensação dos batimentos descordenados do coração (palpitações),
  • Pulsação rápida e irregular, com períodos de aceleração e desaceleração do seu ritmo.

Em alguns doentes podem ainda existir associados os seguintes sintomas:

  • Tonturas,
  • Sensação de desmaio,
  • Perda do conhecimento,
  • Dificuldade em respirar,
  • Cansaço,
  • Dor ou sensação de aperto no peito.

Tratamento

Os objectivos da terapêutica são:

  • Prevenir o AVC,
  • Controlar a frequência cardíaca,
  • Restaurar e manter o ritmo sinusal,
  • Melhorar os sintomas,
  • Prevenir a insuficiência cardíaca,
  • Prolongar a esperança de vida.

Atualmente existem novos tratamentos, que podem ser utilizados de forma mais eficaz e segura.

Electrocardiograma (ECG) quais os sinais?

Um electrocardiograma normal apresenta um padrão similar ao da seguinte imagem:

Fibrilhação auricular ECG melhorsaude.org melhor blog de saude
Imagem de Electrocardiograma com ritmo sinusal normal

Na fibrilação auricular, as ondas P, que representam a despolarização das aurículas, estão ausentes.

Apple watch: Que cuidados deve ter?

A FDA ressalva que o relógio Apple Watch nunca substitui um exame médico, não deve ser realizado por menores de 22 anos nem por pessoas já diagnosticadas com problemas cardíacos. A consulta com um profissional de saúde é insubstituivel!

Os electrocardiogramas usualmente são efectuados por um profissional de saúde, que coloca no peito do paciente vários adesivos com eléctrodos. Ás vezes,  também são colocados eléctrodos nos braços e pernas. O número exacto varia, sendo comum existirem entre três, cinco e doze eléctrodos no corpo consoante o tipo de exame. Os mais crediveis serão os de 12 derivações.

Nos electrocardiogramas com prova de esforço, a pessoa faz uma prova de esforço físico no local sendo geralmente correr um determinado tempo numa passadeira.

Em alguns casos mais dificeis de detectar o doente leva um aparelho portátil para casa durante 48 a 72 horas para tentar detectar arritmias “escondidas” pois muitas vezes não ocorrem durante o tempo do electrocardiograma tradicional, que demora apenas uns minutos.

Concluindo com a minha opinião

Para mim é óbvio que mesmo correndo o risco de alguns falsos positivos este Apple Watch pode salvar vidas pois estará muitas horas no pulso da pessoa e por essa circunstância aumenta a probabilidade de conseguir detectar ou alertar para a existência de uma possível arritmia “escondida”.

É claro que terá sempre que ser confirmada por um verdadeiro dispositivo médico nomeadamente com um electrocardiograma de 12 derivações. Depois de confirmada a fibrilhação auricular poderá então o médico estabelecer com o doente uma estratégia de mitigação de riscos prevenindo um possível AVC, por exemplo com medicamentos anticoagulantes.

Fique bem!

Bibliografia:

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Azia Refluxo e Omeprazol: Quais os perigos?

Azia refluxo antiácidos e Inibidores da Bomba de Protões (IBPs) Omeprazol: Quais os perigos? Neste artigo escrevo sobre azia a acidez do estómago e o refluxo gastroesofágico e descrevo os perigos do excesso de IBPs tais como o omeprazol, em estudos recentes, como por exemplo: Stanford School of Medicine – Some heartburn drugs may boost risk of heart attack, study finds assim como Harvard Health Publications from Harvard Medical School – Do PPIs have long-term side effects?

Os inibidores da bomba de protões (IBPs) estão entre os medicamentos mais utilizados principalmente nos Estados Unidos e Europa. Esta classe de fármacos é utilizada para tratar a azia crónica. Embora a dor muitas vezes aconteça na região inferior e média do peito, não está relacionada com doença cardíaca ou com um ataque cardíaco.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Qual a anatomia do esófago e do estômago?
  • O que é o pH?
  • Qual a escala de pH que mede a acidez e a alcalinidade?
  • Qual o pH dos fluidos corporais? São ácidos ou alcalinos?
  • Azia: Porque causa dor?
  • Ácido gástrico: Quais as suas funções?
  • Refluxo gastroesofágico: Quais as causas?
  • Azia e refluxo: Qual o tratamento habitual?
  • Inibidores da Bomba de Protões (IBPs): Porque são suspeitos?
  • IBPs: Quais os problemas associados?
  • Será que favorecem o sobre crescimento bacteriano?
  • Absorção de nutrientes: Será afectada pela utilização dos IBPs?
  • Acidez demasiado baixa: Quais as consequências?
  • Densidade óssea: Será que se altera com os IBPs?
  • Antiácidos com aspirina: Qual o perigo?
  • Esófago de Barrett: O que é?
  • Demência e IBPs: Qual a verdade?
  • Doença renal e IBPs: Qual a ligação?
  • Ataque cardíacos e IBPs: Qual a verdade?
  • Azia: Como prevenir e tratar sem IBPs?

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PARKINSON DOENÇA COMEÇA NO INTESTINO?

Parkinson 2016: Um novo estudo científico vem revelar que a doença de Parkinson pode não estar apenas no cérebro. A doença pode ter início nos intestinos e mais tarde migrar para o cérebro.

Estudo:

Uma estranha coincidência entre os doentes com Parkinson levou os cientistas a investigar o sistema digestivo. A maioria queixava-se de obstipação e outros problemas intestinais, muitos cerca de 10 anos antes de a doença se manifestar.

Estudos anteriores demonstraram já que os doentes com Parkinson têm um conjunto de bactérias nos intestinos diferentes de pessoas saudáveis. Agora, em experiências realizadas em ratinhos de laboratório, os cientistas da Universidade da Califórnia CalTech perceberam que há toxinas que estão presentes tanto nos intestinos como no cérebro dos doentes.

“Encontrámos a ligação biológica entre o microbioma – comunidade de microorganismos que colonizam diversas partes do organismo – dos intestinos e a doença de Parkinson”, afirma o autor principal do estudo Sarkis Mazmanian. “Genericamente, esta investigação revela que a doença neurodegenerativa pode ter origem nos intestinos e não no cérebro, como se julga”, declarou à revista New Scientist.

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O que é a doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é uma perturbação progressiva do sistema nervoso central, caracterizada por:

  • Tremores,
  • Rigidez nos membros e articulações,
  • Problemas na fala,
  • Dificuldade na iniciação dos movimentos.

Numa fase mais avançada da doença, algumas pessoas podem desenvolver Demência. A medicação pode melhorar a sintomatologia física, mas também pode provocar efeitos secundários que incluem:

  • Alucinações,
  • Delírios,
  • Aumento temporário da confusão,
  • Movimentos anormais.

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Fique bem!

Franklim Fernandes

Fontes:

CANSAÇO OU ASTENIA DA PRIMAVERA A VERDADE!




Chegou a Primavera e o bom tempo que tanto ansiava e no entanto sinto um enorme cansaço… mas porquê? Esta é uma pergunta que muitas pessoas fazem a si mesmas e é mais frequente do que julga! Será que tem astenia ou cansaço da Primavera?

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Quais os sintomas da astenia ou cansaço de Primavera?
  • O que causa o cansaço da Primavera?
  • O que fazer para debelar o cansaço?
  • Quando deve consultar o médico?

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Quais os sintomas da astenia da Primavera?

A chegada desta estação, com as consequentes mudanças climáticas, pode fazer surgir a chamada “astenia de primavera”, cujos sintomas podem ser os seguintes:

  • Falta de energia,
  • Falta de apetite,
  • Dificuldades de concentração,
  • Falhas de memória,
  • Irritabilidade,
  • Diminuição da libido (desejo sexual),
  • Fadiga,
  • Fraqueza,
  • Desconforto geral.

O que causa a astenia de primavera?

As principais causas do cansaço de Primavera são as seguintes:

  • Alterações climáticas,
  • Dieta desequilibrada, com insuficientes vitaminas e minerais que assegurem o bom funcionamento do organismo),
  • Stress diário,
  • Sedentarismo.

Cansaço ou astenia que fazer?

Para contrariar os sintomas descritos deixo alguns conselhos que podem ajudar imenso. Alguns são óbvios mas não são colocados em prática por imensas pessoas.

Alimentação geral

Faça uma dieta equilibrada e variada, rica em fruta e vegetais. Evite o consumo de alimentos processados, fritos, fast food e alimentos e bebidas que contenham açúcar e beba pouco ou nenhum café.

Alimentação entre refeições

Encontre o intervalo de horas para se alimentar entre as refeições principais, que seja adequado a si ou seja não é necessário comer de 3 em 3 horas como muitos “Gurus” aconselham mas sim comer alimentos saudáveis quando tiver fome!

Esqueça o pão, os lanches mistos, as bolachas de água e sal (já para não falar nas outras piores!), o “suminho” de fruta  “docinho”, a torradinha  e outros alimentos acabados em “inho e inha” e trate a sério da sua saúde! Beba água de qualidade (que diga no rótulo que é de nascente), coma iogurtes naturais, coma nozes, avelãs, amêndoas (claro que não as da páscoa docinhas e com chocolate!), fruta fresca de preferência local e não a que vem de avião de outro continente, lindissima, brilhante e cheia de pesticidas!

Exercício físco

Pratique exercício físico regularmente, de preferência de manhã ou até ao final da tarde. A prática de exercício físico moderado provoca o aumento da produção de endorfinas que promovem a sensação de bem-estar. No entanto não exagere fazendo exercício “à maluca” pois o excesso de exercício fisico não dá saúde e pode originar lesões crónicas.

O sono

Dormir 7 horas e meia  por noite chega… nem mais nem menos… desde que sejam bem dormidas ou seja que faça uma especíe  de viagem no tempo julgando que passaram 2 horas desde que se deitou mas já passaram 7 ou 8 horas.

A água que se bebe

Beba 1,5L de água diariamente, principalmente entre refeições e se a sua urina ainda não sair limpida e transparente beba ainda mais! Se puder evite beber água da torneira por causa do cloro que é prejudicial para o nosso microbioma ou seja a nossa flora intestinal, que é essencial na saúde do nosso sistema imunitário. Geralmente a melhor água é a que refere no rótulo ser água de nascente. Existem no mercado águas de marca branca (mais económicas) que são de nascente.

O Stress

Aprenda a gerir o stresse no emprego, planeando bem o dia de trabalho. Estabeleça prioridades escrevendo, no início do dia, numa folha de papel as difentes tarefas e classificando-as como:

  • A (fazer hoje) + tempo de execução estimado
  • B (pode ser amanhã) + tempo de execução estimado
  • C (pode esperar alguns dias) + tempo de execução estimado

Sempre que possível, delegue tarefas. Esta é uma das principais causas de cansaço psicológico que se reflete na parte física nomeadamente nos músculos e articulações.

Quando consultar o médico?

Se os sintomas não se atenuarem, consulte o seu médico e este avaliará se poderá estar na presença de alguma doença que necessite de tratamento, tal como:

  • Anemia,
  • Depressão,
  • Doença celíaca,
  • Problemas de tiroide.

Concluindo

O tema do cansaço é recorrente e parece ser cada vez mais frequente. Uma enorme parte da população vive cansada psicológicamente e isso tem também consequências físicas evidentes tais como dores musculares, articulares e de cabeça. No entanto cada um de nós tem a possibilidade de fazer opcções e escolher mudar hábitos alimentares pouco saudáveis que em nada favorecem a nossa saúde. Quanto à “saúde mental” o mais importante é evoluir psicológicamente e ser mais forte que a corrente não se deixando arrastar por coisas pequenas sem importância. Aprenda a comprender que as coisas não têm todas a mesma prioridade e de certeza que umas têm de se fazer hoje mas  outras podem ficar para amanhã ou depois sem que com isso venha mal ao Mundo!

Fique bem

Franklim Fernandes

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MEMÓRIA e alimentos

RINITE ALÉRGICA E ALERGIA TUDO O QUE NÃO SABE



Rinite alérgica, asma, alergias… são diversas as consequências menos bonitas da chegada da primavera! A incidência de rinite alérgica e doenças alérgicas está claramente a aumentar na população em geral pelo que é muito importante, antes de mais, saber o que realmente provoca as reações mais severas, como se podem evitar e quais os melhores tratamentos. Este artigo pretende ser um importante contributo para melhorar a qualidade de vida de imensas pessoas que sofrem com estas patologias.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Alergia, o que é?
  • O que é a rinite?
  • Quais os sintomas da rinite alérgica?
  • Quais as causas?
  • Complicações da rinite, quais são?
  • Qual o mecanismo bioimunulógico da rinite?
  • Qual a classificação da rinite alérgica?
  • Porque se dá mais importância à asma?
  • Porque se dá menos atenção à rinite?
  • Qual a prevalência da rinite na população?
  • Será a rinite um factor de risco para desenvolver asma?
  • Rinite e asma partilham mecanismos comuns?
  • Tratar a rinite pode evitar a asma?
  • Será que pode ter rinite e asma ao mesmo tempo?
  • Como distinguir a rinite de constipação ou resfriado?
  • Que complicações pode causar a rinite se não for tratada?
  • Qual a eficácia dos medicamentos mais usados na rinite alérgica?
  • Qual o melhor tratamento para a rinite alérgica?



Alergia o que é?

Uma alergia é uma reação de hipersensibilidade, a estímulos externos, mediada pelo sistema imunitário, nomeadamente um tipo de anticorpo com uma importância central em todas as doenças alergicas, designado imunoglobulina E (IgE).

Reacção alérgica

Rinite o que é?

A rinite é uma inflamação crónica da mucosa nasal com presença de um número aumentado de células inflamatórias, das quais as mais importantes são linfócitos, eosinófilos e mastócitos.

Sintomas e mecanismo bioimunológico

A entrada na mucosa nasal de alergénios que se ligam ás IgE de superficie de mastócitos da mucosa nasal, induz a desgranulação destes mastócitos com libertação de mediadores inflamatórios como a histamina e os leucotrienos, entre outros, que vão induzir os seguintes sintomas:

  • Obstrução nasal devido à vasodilatação que vai provocar o edema da mucosa dos cornetos nasais;
  • Rinorreia aquosa ou serosa devido ao aumento da permeabilidade nasal com exsudação plamática;
  • Prurido (comichão) nasal, ocular, palatino, orofaríngeo e até otológicos (ouvidos) e esternutos ( frequentemente salvas de 5 a 20 espirros seguidos ), devido a irritação das terminações nervosas nasais e pel aestimulação adicional de células calciformes do epitélio nasalcontribuindo para o agravamento da rinorreia aquosa ou sero-mucosa.

A esta fase aguda, dependendo da intensidade e da frequência de reexposição ao estímulo alergénico, segue-se uma fase sub-aguda e depois uma fase crónica, caracterizadas sobretudo pela infiltração de linfócitos e eosinófilos e que se traduz, do ponto de vista clínico, por uma predominância e persistência da obstrução nasal.

Causas da rinite alérgica

Os principais alergénios responsáveis pela rinite são:

  • Ácaros do pó da casa
  • Pólenes (cujas concentrações no ar aumentam na primavera)
  • Pelos de animais
  • Fungos
  • Poeira

Problemas associados à rinite alérgica

  • Asma (as pessoas com rinite têm um risco quatro vezes maior de sofrerem de asma)
  • Rinoconjuntivite
  • Rinossinusite
  • Otite
  • Problemas de sono
  • Interferência nas atividades de vida diárias e diminuição da qualidade de vida

Classificação da rinite alérgica

Actualmente, tanto em adultos como em crianças, a rinite alérgica é classificada segundo o esquema proposto pelo programma ARIA (Allergic Rhinitis and its impact on asthma). Este esquema classificativo veio romper com a forma tradicional de classificar a rinite em perene e sazonal, tornando esta classificação mais próxima da que é utilizada na asma. A saber:

  • Intermitente ligeira;
  • Persistente ligeira
  • Intermitente moderada/grave
  • Persistente moderada/grave

Clique na tabela para melhor leitura:

Classificação da rinite alérgica melhorsaude.org

Asma e rinite

De todas as doenças alérgicas que podem afectar a população, a asma tem merecido a atenção principal não só pelo seu impacto familiar, sócio-profissional e económico mas também pela deficiente qualidade de vida e risco de morte que pode condicionar quando não devidamente controlada.

A rinite, alérgica ou não, não é uma doença que mata mas, como todos sabemos, mói! Sendo uma doença sub-diagnosticada e sub-tratada muitos doentes habituam-se a viver «constipados», a maior parte das vezes não procurando cuidados médicos, sejam do seu médico de família ou de um especialista.

Prevalência da rinite na população

A rinite alérgica é  reconhecida como a doença alérgica mais frequente. Diversos estudos da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) têm demosntrado que mais de 25% da populaçãoPortuguesa apresenta queixas crónicas de rinite, à semelhança do que acontece noutros países.

Verifica-se que existe um pico de prevalência de cerca de 40% nos adolescentes e adultos jovens e que as queixas oculares concomitantes vão sendo mais frequentes com ao avançar da idade. Assim temos:

  • 3 – 5 anos
    • Rinite 20%
    • Rinoconjuntivite 10%
  • 15 – 25 anos
    • Rinite 40%
    • Rinoconjuntivite 18%
  • 15 – 64 anos
    • Rinite 25%
    • Rino conjuntivite 19%
  • 65 – 98 anos
    • Rinite 30%
    • Rinoconjuntivite 20%

Um estudo (RDR2000), com o objectivo de conhecer a prevalência da rinite em Portugal Continental no ano de 1998, revela que apenas 20% dos doentes com rinite procura o seu médico de Clínica Geral por queixas da doença e apenas 16% tinham sido observados em consultas de especialidade de Imunoalergologia.

Rinite factor de risco para a asma?

No que diz respeito à asma, sabe-se que rinite e asma coexistem frequentemente e um estudo recente considera mesmo que a rinite é um fenómeno universal em doentes com asma alérgica ocorrendo em 99% de adultos e em 93% de adolescentes. Da mesma maneira, há estudos recentes que revelam que a asma aparece três vezes mais nos indivíduos com rinite do que naqueles que nunca tiveram sintomas nasais. Todos estes dados apontam para que a rinite seja considerada um factor de risco para a asma.

Rinite e asma mecanismos comuns

As duas entidades, partilham mecanismos inflamatórios comuns que explicam o conjunto de sintomas que as caracterizam e todos estão de acordo, clínicos e investigadores, que é importante iniciar, o mais precocemente possivel o tratamento anti-inflamatório e o tratamento preventivo, evitando:

  • Os ácaros do pó de casa,
  • O pólen,
  • O fumo do tabaco,
  • Os ambientes poluídos, etc.

Tratamento da rinite evita asma?

Sim, o tratamento da rinite com anti-histamínicos orais e corticosteróides de aplicação nasal e, em casos criteriosamente seleccionados, com vacinas anti-alérgicas, pode evitar o aparecimento da asma ou no caso dela já existir, melhorar os seus sintomas, evitar agudizações e reduzir a reactividade dos brônquios que caracteristicamente está aumentada.

Rinite para além da asma

O nariz reage sempre de maneira idêntica quer se trate de uma agressão vírica (a banal constipação) quer se trate de um alergénio (ácaros do pó de casa ou pólen), a saber:

  • Prurido nasal (comichão),
  • Espirros,
  • Rinorreia (nariz a pingar)
  • Obstrução (entupimento) nasal em maior ou menor grau.

A suspeita de rinite alérgica levanta-se quando este conjunto de sintomas surge repetidamente, o que pode acontecer ao longo do ano todo, como no caso da rinite alérgica perene, muitas vezes associada ao pó de casa como factor desencadeante, ou num período determinado do ano como é o caso da rinite alérgica polínica com sintomas predominantes em Maio e Junho, meses em que é maior a concentração de grãos de pólen de gramíneas, os mais frequentemente incriminados.

Diferenças entre rinite e resfriado

A constipação banal, o resfriado comum, ocorre a maior parte das vezes nas transições de estação e no Inverno, duram 3 a 7 dias e em cada indivíduo, uma ou duas vezes por ano. O indivíduo que «anda sempre constipado» ou que, quando chega a Primavera arrasta «uma constipação» até ao Verão, deve procurar cuidados médicos. A estes sintomas de rinite, associam-se muitas vezes sintomas dos olhos (comichão, lacrimejo, intolerância à luz, vermelhidão), sendo esta associação mais frequente na rinite polínica.

Complicações se não tratada

Embora o conjunto de todos os sintomas da rinite seja muito incomodativo e interfira negativamente nas actividades diárias dos doentes, a obstrução nasal é de longe o sintoma com mais consequências, a saber:

  • Perturba o sono, com uma fadiga anormal no dia seguinte, a
  • Tosse e irritabilidade brônquica (em alguns casos com o quadro típico de asma) que a respiração obrigatória pela boca acaba por condicionar.
  • Nas crianças, a obstrução nasal persistente leva a deformação do palato (vulgo «céu da boca») com anomalias nas arcadas dentárias e anormal implantação dos dentes, por vezes de correcção muito difícil.
  • A sinusite, processo inflamatório dos seios perinasais, complica cerca de metade dos casos de rinite alérgica, aumenta a susceptibilidade a infecções víricas e bacterianas e o conjunto de sintomas que a caracterizam, nomeadamente as dores de cabeça, as náuseas, as tonturas, o aparecimento de secreções nasais de difícil eliminação, complica ainda mais o dia-a-dia dos doentes.

Eficácia dos fármacos mais utilizados

Clique na tabela para melhor leitura:

Eficácia_terapêutica_dos_fármacos_na_rinite

Nota:  Esternutos é o termo médico para espirros.

Qual o melhor tratamento da rinite alérgica?

Quais os degraus terapêuticos no tratamento da rinite alérgica?

Clique na tabela para melhor leitura:

Terapêutica_para_rinite_alérgica

Conclusão

Assim, podemos concluir que há hoje evidência de que a rinite mal controlada pode conduzir a complicações que vão desde a sinusite à asma, passando pela otite média, por anomalias na implantação dos dentes e por perturbações do sono mais ou menos graves.

Por favor PARTILHE esta importante informação para que possa chegar a muitos milhares de Portugueses que sofrem desta alergia ajudando a melhorar a sua qualidade de vida.

Juntos por uma MELHOR SAÚDE!

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

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ZIKA VÍRUS DENGUE E CHIKUNGUNYA QUAL O PERIGO?




Zika vírus, dengue, chikungunya guia: Tudo o que não sabe! São doenças actuais propagadas por mosquitos  e que têm um enorme potencial epidémico se não forem tomadas medidas atempadas. Quais as causas? Quais os perigos? Como pode proteger-se?

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • O que é o Zika vírus?
  • O Zika pode surgir em Portugal?
  • Quais as causas do Zika?
  • Como se dá o ciclo de transmissão?
  • Qual o mosquito responsável pela propagação?
  • Quais as condições ideais para a propagação do mosquito?
  • Quais as características do mosquito?
  • Quanto tempo duram os sintomas?
  • Quais os paises afectados?
  • Quais os sintomas?
  • Como se faz o diagnóstico?
  • Qual o prognóstico?
  • Quais os tratamentos disponiveis?
  • Que medicamentos não se devem utilizar?
  • A sindrome exantemática pode ser provocada por mais de um agente?
  • Quais as complicações mais graves do Zika vírus?
  • Qual a relação entre microcefalia e o Zika vírus?
  • O que é a microcefalia?
  • Onde começou o alerta de microcefalia causado por Zika vírus?
  • A relação com a microcefalia já foi confirmada?
  • Como prevenir a microcefalia?
  • Como evitar e controlar o Zika vírus?
  • Qual é mais perigoso o Zika ou a Dengue?
  • Quais as técnicas inovadoras para controlar os mosquitos?
  • Quais as diferenças de sinais e sintomas entre a Zika, a dengue e a chikungunya?
  • O que é a dengue?
  • Qual a diferença entre dengue clássica e dengue hemorrágica?
  • Qual a incidência geográfica da dengue?
  • O que é a febre chikungunya?
  • Quais os últimos mapas actualizados sobre a evolução do Zika?
  • Quais as últimas notícias relevantes?

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Febre Zika o que é?

É uma infecção causada pelo ZIKA vírus (ZIKV), transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya. O Zika vírus (ZIKV) é um vírus da família Flaviviridae. Ele é responsável por uma doença chamada febre Zika, que apresenta sinais e sintomas similares aos da dengue, porém mais brandos. E as semelhanças não acabam por aqui, a febre Zika também é uma infecção típica de países de clima tropical, transmitida através de mosquitos, como o Aedes aegypti. Em Portugal, actualmente, este mosquito existe na ilha da Madeira mas não está infectado.

Aedes aegypti na Madeira melhorsaude.org

O Zika vírus foi registado pela primeira vez em 1947, quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, no Uganda. Entretanto, apenas em 1954 os primeiros seres humanos foram infectados, na Nigéria. O vírus Zika atingiu a Oceania em 2007 e a França no ano de 2013. O Brasil notificou os primeiros casos de Zika vírus em 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia.

Causas

O vírus ZIKA não é transmitido de pessoa para pessoa. O contágio dá-se pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKA durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

Ciclo de transmissão

O ciclo de transmissão segue na seguinte sequência:

  1. A fêmea do mosquito deposita os ovos em recipientes com água.
  2. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água durante, aproximadamente, de uma semana.
  3. Após esse período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas.
  4. O mosquito Aedes aegypti reproduz-se a uma velocidade muito elevada e o mosquito adulto vive em média 45 dias.
  5. Uma vez picada uma pessoa demora no geral de 3 a 12 dias para o Zika vírus causar sintomas.

ciclo de vida do mosquito melhorsaude.org

Zika virus mosquito melhorsaude.org melhor blog de saude

Reprodução do mosquito: Condições ideais

A transmissão do ZIKAV dificilmente ocorre a temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia ronda os 30° a 32° C – por isso desenvolve-se essencialmente em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião desenvolve-se. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da Zika Vírus podem suportar até um ano de seca e serem transportados durante longas distâncias, agarrados ás extremidades dos recipientes até encontrar um ambiente húmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito.

Aedes aegypti no Mundo melhorsaude.org

Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o insecto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a alimentar-se de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

Aedes aegypti, quais as caraterísticas do mosquito?

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor de café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem causa comichão no momento da picada. Por ser um mosquito que voa baixo – até dois metros – é comum ele picar nos joelhos, nos gémeos e nos pés.

 Mosquito Aedes aegypti melhorsaude.org melhor blog de suade

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Aedes aegypti é um importante vector de diversas doenças medicamente significativas incluindo a febre amarela e a dengue.

Sintomas

Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes são caracterizadas por:

  • Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de comichão. Podem afectar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés (Ex: exantema maculopapular pruriginoso);
  • Febre intermitente (entre 37,8°C e 38,5°C);
  • Hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido,
  • Dor nas articulações (artralgia), principalmente das mãos e dos pés, ás vezes acompanhada de edema (inchaço);
  • Dor nos musculos (mialgia),
  • Dor de cabeça e atrás dos olhos.

Sintomas menos frequentes

Os sintomas menos frequentementes são:

  • Edema,
  • Dor abdominal,
  • Diarreia,
  • Constipação,
  • Dor de garganta,
  • Tosse,
  • Vómitos,
  • Fotofobia,
  • Conjuntivite,
  • Pequenas ulceras na boca,
  • Presença de sangue no esperma ejaculado (haematospermia ou hemospermia).

Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, as dores nas articulações (artralgia) pode persistir durante aproximadamente um mês.

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação.

Quanto tempo duram os sintomas?

A infecção causada pelo ZIKV apresenta uma evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

Paises afectados

O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em primatas não humanos no Uganda, na floresta Zika em 1947, daí a origem do seu nome. Entre 1951 a 2013, evidências sorológicas em humanos foram notificadas em diversos países, a saber:

  • África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão),
  • Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietname e Indonésia)
  • Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa).

Nas Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014.

O Zika Vírus é considerado endémico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus se tenha disseminado para o continente asiático. Atualmente há registo de circulação esporádica em:

  • África (Nigéria, Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa, Gabão, Senegal, Costa do Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina Faso),
  • Ásia (Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietname, Camboja, Índia, Indonésia),
  • Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova Caledônia/França e Ilhas Cook).

Casos importados de Zika virus foram descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália e ainda na Ilha de Páscoa.

Contágio ou transmissão

O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.

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Diagnóstico

Se tiver algum sintoma suspeito procure de imediato apoio médico. A partir de uma amostra de sangue, os especialistas procuram detectar a presença de anticorpos específicos para combater o Zika vírus no sangue. Isso indicará que o vírus entrou no organismo e que este está a tentar combatê-lo. A técnica RT-PCR, de biologia molecular, também pode ser usada para identificar o vírus em estágios precoces de contaminação.

Para diferenciar o vírus Zika da febre chikungunya e da dengue, outros exames podem ser feitos:

  • Testes de coagulação
  • Eletrólitos
  • Hematócrito
  • Enzimas do fígado
  • Contagem de plaquetas
  • Raio X do tórax para demonstrar efusões pleurais.

Prognóstico

Em resumo, vem sendo considerada uma doença benigna, na qual nenhuma morte foi relatada e autolimitada, com os sinais e sintomas durando, em geral, de 3 a 7 dias. Não têm sido descritas formas crónicas da doença.

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Tratamento contra o Zika vírus

O tratamento para o Zika vírus é sintomático. Isto que dizer que não há tratamento específico para a doença, mas apenas para alívio dos sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também infectado. O tratamento medicamentoso recomendado é baseado no uso de:

  • Parecetamol (acetaminofeno) ou dipirona para o controle da febre e da dor.
  • Anti-histamínicos, no caso de erupções pruriginosas (com comichão), podem ser considerados.

Medicamentos não se devem utilizar

Tal como na dengue e febre chikungunya, os medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada devem ser evitados. Eles têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como diclofenac, ibuprofeno e piroxicam, também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de hemorragias, descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.

Sindrome exantemática

A SVS/MS informa que mesmo após a identificação do Zika Vírus no país, há regiões com ocorrência de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente com um único agente etiológico.

Assim, independentemente da confirmação das amostras para ZIKV, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adoptem as recomendações para gestão clínica conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida em que esse agravamento apresenta elevado potencial de complicações e aconselha medidas clínicas específicas, incluindo-se a classificação de risco, hidratação e monitorização.

Complicações

Ainda não se sabe muito sobre as complicações que o Zika vírus pode causar. No entanto, recentemente ele foi relacionado com casos de:

  • Microcefalia, que é uma condição neurológica rara identificada em geral na fase da gestação e que pode provocar o nascimento de bebés doentes;
  • Síndrome de Guillan-Barré, que é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso por engano, causando uma inflamação nos nervos e fraqueza muscular.

Microcefalia e o Zika vírus

O aumento repentino do número de casos de microcefalia, uma condição neurológica rara identificada em geral na fase da gestação, vem alertando as autoridades médicas brasileiras. Segundo o Ministério da Saúde, enquanto que entre 2010 e 2014 foram registados um total de 781 casos em todo país, durante o ano de 2015 já foram registados 2.401 casos da doença e 29 óbitos em 549 municípios do Brasil, segundo boletim epidemiológico divulgado no dia 15 de dezembro. A suspeita é que o número crescente de casos de microcefalia esteja relacionado à infecção de mulheres pelo Zika vírus, pertencente à mesma família do vírus da dengue que também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Microcefalia o que é?

A microcefalia é diagnosticada quando a cabeça da pessoa é significativamente menor do que a de outros da mesma idade e sexo. A microcefalia normalmente é diagnosticada no começo da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.

Microcefalia melhorsaude.org melhor blog de saude

As crianças que apresentam microcefalia têm problemas de desenvolvimento. Não há tratamentos para a condição, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.

Microcefalia melhorsaude.org melhor blog de saude
O perímetro cefálico normal de um bebé é igual ou superior a 33 cm

São diversas as causas da microcefalia, desde:

  • Infecções virais,
  • Uso de certos medicamentos,
  • Condições genéticas.

Onde começou o alerta de microcefalia

A maior parte dos casos estão concentrados em Pernambuco, com 804 bebés nascidos este ano com a condição, sendo o primeiro estado a identificar o aumento anormal da incidência de microcefalia no Brasil. “Em uma semana nós tínhamos cinco ou seis pacientes internados com microcefalia, quando o normal é um por mês”, conta Lucas Alves, neuropediatra do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, que atendeu diversos casos de microcefalia relacionados ao surto.

Segundo o especialista boa parte dessas mães apresentaram um quadro de febre associado a manchas avermelhadas pelo corpo no início da gravidez, ambos sintomas da infecção pelo Zika vírus. As características físicas de bebés com microcelafia também costumam ser parecidas de acordo com a causa da condição. “A fisionomia desses bebés é semelhante o que reforçou a nossa suspeita”, explica Lucas Alves. “Além disso, eles fizeram tomografia computadorizada e outros exames e muitos têm resultados iguais”, explica o médico.

Depois de Pernambuco, o segundo estado com maior número de casos é a Paraíba com 316 notificações, seguido da Bahia com 180, Rio Grande do Norte 106, Sergipe 96, Alagoas 81, Ceará 40, Maranhão 37, Piauí 36, Tocantins 29, Rio de Janeiro 23, Mato Grosso do Sul com nove casos, três em Goiás e um no Distrito Federal.

Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos, sendo sete no estado do Rio Grande do Norte, quatro em Sergipe, dois no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um no Maranhão, Ceará, Paraíba e Piauí. Todos estes bebés tinham microcefalia e suspeita de infecção pelo vírus Zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa dos óbitos. Um deles, um bebé nascido no Ceará com diagnóstico de microcefalia e outras malformações congénitas por meio de ultrassonografia, teve resultado positivo para o zika vírus. Outros cinco no Rio Grande do Norte e um no Piauí estão em investigação para definir causa da morte.

A relação já foi confirmada?

Segundo nota divulgada no dia 27 de Novembro de 2015, “o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Uma análise inicial dos dados já recolhidos, parece indicar que o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez”.

Já se sabia desde meados de Novembro de 2015, quando foram encontrados indícios do vírus no líquido amniótico (que envolve os bebés durante todo o seu desenvolvimento), que as doenças poderiam estar relacionadas. Contudo, agora com a confirmação em amostras de sangue e tecido, o Ministério confirmou esta relação. Por se tratar de algo novo, não descrito anteriormente na literatura médica, ainda não se sabe exatamente como funciona a relação entre os problemas.

O Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz da Fiocruz/RJ participa nas investigações e concluiu, no dia 17 de Novembro de 2015, os diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.

Prevenir a microcefalia

Segundo o neuropediatra Paulo Breinis, do Hospital São Luiz a melhor forma de se prevenir não só a microcefalia, mas diversas outras condições de saúde, é com a realização do exame pré-natal. Além disso, ao primeiro sinal de febre ou manchas no corpo a grávida deve procurar atendimento médico o mais rápido o possível.

As principais recomendações médicas para prevenir a microcefalia são:

  • Não ingerir álcool durante a gravidez: “O consumo de álcool predispõe o bebé a diversas doenças, como Síndrome do Alcoolismo Fetal”, diz o neuropediatra Breinis.
  • Não utilizar medicamentos sem a orientação médica: “Já se sabe há muito tempo que alguns medicamentos podem interferir na formação fetal, inclusive causando uma má formação do cérebro como a microcefalia. É importante que a gestante não tome nenhum tipo de medicamento sem orientação médica”, orienta o infectologista Granato.
  • Evitar o contacto com pessoas com febre, exantemas ou infecções: “Teoricamente qualquer infecção pode dar alguma alteração no desenvolvimento do feto, desde uma rubéola e citomegalovírus, até a dengue, febre zika e febre chikungunya. Por isso é importante evitar a exposição geral a doenças”, orienta Granato.
  • Proteger-se da picada dos mosquitos: como há a possibilidade da microcefalia ser causada pelo vírus zika, que por sua vez é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti – além das complicações já sabidas nos casos de dengue, por exemplo – uma das recomendações é evitar a exposição ao mosquito. O que pode ser feito eliminando os locais de criação, ou seja, retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento, além do uso de repelentes indicados para grávidas.
  • Aconselhamento genético: “Existem formas de microcefalia que são genéticas e não são causadas por um vírus, intoxicação ou outro agente externo. Inclusive, são várias as causas da microcefalia genética, sendo por isso importante fazer o aconselhamento genético para verificar o que estas condições podem causar”, diz o neuropediatra Breinis.

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Evitar e controlar o Zika vírus

As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou medicamentos antivirais.

Cobrir todos os reservatórios de água estagnada

Deve-se reduzir a densidade vetorial (mosquitos), por meio da eliminação da possibilidade de contacto entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.

Coloque tela nas janelas

Embora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger a família contra o mosquito Aedes aegypti. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não devemos esquecer que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.

Lagos caseiros e aquários

Assim como as piscinas, a possibilidade de pequenos lagos caseiros e aquários se tornarem foco do Zika vírus deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, os peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.

Não despejar lixo a céu aberto

Não despeje lixo em valas, valetas, margens de regatos e riachos, evitando que eles fiquem obstruídos e criem locais de água estagnada e até mesmo enchentes. Em casa, deixe os baldes do lixo sempre bem tampados.

Usar roupa protectora e repelentes

O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método preventivo para se proteger contra o Zika vírus. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem um grau de repelência suficiente forte para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessárias diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Suplementação vitamínica do complexo B

Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente. Outros alimentos de cheiro forte, como o alho, também podem ter esse efeito. No entanto, a suplementação deveria começar a ser feita antes da época alta de infecção do mosquito e, mesmo assim, nem isso garante 100% de proteção contra o Zika vírus. A estratégia deve ser global e complementar o combate de focos da larva do mosquito, com o uso do repelente e colocação de telas em portas e janelas.

Prevenção na comunidade

A comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano infectado com o vírus servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.

Os programas de controle da dengue para o Aedes aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em gestão ambiental e redução de locais de criação (criadouros).

Procedimentos de controle de vetores

As orientações da OMS para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerido por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.

Qual é mais perigoso o Zika ou a Dengue?

Apesar de a doença ter chegado ao Brasil, ela não é uma preocupação tão grande como a dengue, porque os seus sintomas são moderados e duram pouco tempo, sendo principalmente:

  • Febre baixa,
  • Comichão na pele,
  • Manchas avermelhadas.

Por causa desta ideia instalada muitas vezes o Zika passa despercebido e os infectados nem sequer sabem que tiveram a doença. Este é um problema particularmente importante para as grávidas por causa dos casos associados de microcefalia. É necessário, de igual modo, dar mais atenção ás contaminações combinadas de dengue, febre chikungunya e febre Zika, uma vez que os efeitos dessas infecções em conjunto ainda não são ainda bem conhecidos.

Técnicas inovadoras contra os mosquitos

Neste particular deixo dois exemplos de inovações tecnológicas e da área da genética, usadas para controlares os vetores (mosquitos) de propagação do Zika, Dengue e Chikungunya.

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Denunciar os focos do mosquito

As ações de controle são semelhantes aos da dengue, portanto voltadas principalmente para a esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, devem alertar-se de imediato as autoridades de saúde locais.

Zika, a Dengue e a febre Chikungunya

Elaborei uma tabela para que possa distinguir melhor os diferentes sinais e sintomas entre a febre Zika, a Dengue e a febre Chikingunya.

Clique na tabela para expandir a imagem:

Zica Dengue Chikungunya melhorsaude.org melhor blog de saude

Tabela das diferenças entre Zika. Dengue e Chikungunya IMPRIMA AQUI em pdf

Dengue o que é?

A dengue é a doença de origem viral transmitida por mosquitos mais comum em todo o mundo. Só no Brasil, quase 1.5 milhão de casos foram registados no ano de 2013.

A dengue não possui uma taxa de mortalidade muito elevada, com aproximadamente 40 óbitos para cada 100.000 casos registados (0,04%). A mortalidade ocorre quase que exclusivamente nos casos de dengue grave, também chamada dengue hemorrágica, que é a forma de dengue com mais complicações, tais como:

  • Choque circulatório,
  • Hemorragia digestiva,
  • Comprometimento de órgãos vitais, como fígado, coração e sistema nervoso central.

Ao contrário da dengue simples, que tem baixa taxa de mortalidade, na dengue hemorrágica, o número de óbitos é superior a 10% dos casos.

Dengue clássica e dengue hemorrágica

A dengue, em particular a dengue hemorrágica, tem sintomas mais severos que a febre Zika para a pessoa picada e infectada. Clique na imagem seguinte para ler as diferenças mais marcadas entre os dois tipos de dengue:

Dengue clássica vs Dengue hemorrágica melhorsaude.org

Locais de maior incidência da dengue?

O mapa seguinte descreve as zonas do planeta mais expostas à dengue. Clique no mapa para expandir a imagem:

Dengue mapa melhorsaude.org melhor blog de saude

Chikungunya o que é?

A  infografia abaixo descreve de forma sucinta mas clara o mais importante sobre a febre Chikungunya, nomeadamente onde surgiu, quais os mosquitos que propagam a doença, qual o período de transmissão e quais os principais sintomas. Clique na imagem  para ler melhor:

Febre chikungunya melhorsaude.org melhor blog de saude

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ÚLTIMAS ACTUALIZAÇÕES

Mapas de paises com incidência de Zika vírus

Apresento de seguida informação do Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (CEPCD), que disponibilizou os últimos mapas, notícias e relatórios sobre a evolução do Zika vírus.

Clique aqui para consultar os últimos mapas actualizados
Zika_mapa_dos_últimos_2_meses_8.04.2016
Mapa em 8/04/2016
Zika_mapa_de_novos_casos_nos_ultimos_2_meses
Mapa em 29/01/2016

Países ou territórios que confirmaram casos de Zika vírus nos últimos 9 meses:

Mapa em 8 de Abril de 2016
Mapa em 8/04/2016
Zika_mapa_de_paises_afectados_nos_últimos_9_meses_em_28.01.2016
Mapa em 29/01/2016

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Zika vírus últimas notícias importantes

Cientistas criam método mais eficaz de destruir ovos do Aedes aegypti
Ovillanta armadilha para mosquito melhorsaude.org
Ovillanta – armadilha barata e eficaz para mosquitos

Estratégia dos pesquisadores mexicanos e canadenses mata sete vezes mais ovos do mosquito

Fonte: Agência Brasil em 8/04/2016

Cientistas anunciaram o desenvolvimento de um método eficaz e barato para destruir os ovos do mosquito que transmite a dengue e o Zika vírus, recorrendo a um odor dos próprios insectos para atrair as fêmeas.

Os pesquisadores, do Canadá e do México, testaram o método numa zona urbana e remota da Guatemala e concluíram ter destruído sete vezes mais ovos do que com as armadilhas comuns nas mesmas zonas. Durante o estudo, que durou dez meses, a equipa recolheu e destruiu mais de 18.100 ovos de Aedes aegypti por mês, usando 84 dessas novas armadulhas (chamadas ovillantas), em sete bairros da localidade de Sayaxche, que tem 15.000 habitantes, quase sete vezes mais do que os 2.700 ovos recolhidos mensalmente com 84 armadilhas comuns na mesma zona.

Ovillanta o que é?

A ovillanta é criada a partir de duas partes de 50 centímetros de um antigo pneu, colocadas de forma a simular uma boca, dentro da qual é colocado um fluido leitoso e não tóxico, desenvolvido pela Universidade Laurentia, no Canadá, que atrai os mosquitos. No líquido está uma tira de papel ou madeira onde a fêmea do mosquito põe os ovos. Esta tira é removida duas vezes por semana, para monitorização, e os ovos são destruídos pelo fogo ou com etanol. A concentração de feromonas aumenta com o tempo, tornando a armadilha cada vez mais atrativa para os mosquitos, escrevem os investigadores.

Os cientistas observaram que não foram registados novos casos de dengue na zona abrangida pelo estudo, uma comunidade que normalmente teria duas ou três dezenas de casos naquele período, um dado que consideraram interessante, mas episódico.

Ovillanta é barata e sustentável

O autor do estudo, Gerardo Ulibarri da Universidade Laurentian, disse que destruir ovos de insecto com a ovillanta custa um terço do que custa fazê-lo em depósitos de água natural e apenas 20% do que custa o uso de pesticidas, que, além de matarem os insectos, prejudicam os morcegos, as libélulas e outros predadores naturais dos mosquitos.

Os cientistas explicaram ter decidido usar pneus porque estes representam 29% dos locais escolhidos pelos mosquitos Aedes aegypti para reprodução e também porque os pneus usados são um instrumento universal e barato em ambientes de poucos recursos.

Os mosquitos Aedes aegypti – que transmitem o Zika vírus, a dengue, a febre chikungunya e a febre-amarela – são extremamente difíceis de controlar com outras estratégias, segundo a Organização Mundial de Saúde.

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Concluindo

É verdadeiramente extraordinário como seres microscópicos como vírus e bactérias podem desenvolver o poder de exterminar a humanidade numa época coincidente com o mais espantoso desenvolvimento tecnológico de que há memória! Gostava que este pensamento fosse apenas fruto de um exagerado receio mas a classe científica ligada à saúde não tem dúvidas sobre a existência actual e real desse risco de “apocalípse” potenciado pela globalização do planeta.

No caso em análise do vírus Zika os maiores problemas são a Síndrome de Guillain-Barré nos adultos e nas crianças a relação, que parece evidente, com o aparecimento de microcefalia nos bebés de mães infectadas pelo vírus. Está ainda por clarificar totalmente o que pode acontecer de grave se existirem infecções mistas de zika, dengue e chikungunya na mesma pessoa visto que podem ter o mesmo vector de contaminação ou seja o mosquito Aeges aegypti, sendo que, tudo indica, nestes casos possa haver um risco muito acrescido de morte! Está também por confirmar se estas infecções não poderão despoletar algumas doenças autoimunes em humanos além da do já referido Síndrome de Guillain-Barré.

Outra evidência é o perigo que correm os doentes com doenças crónicas e com sistema imunitário comprometido. É fácil de perceber que nestes doentes “muita coisa pode correr mal” se não forem protegidos destas infecções, podendo mesmo aumentar muito o risco de doença grave ou mesmo morte!

Os mosquitos nunca foram boa companhia para os humanos pelo que tem de fazer tudo o que está ao seu alcance para se proteger a si e à sua família e evitar não apenas alguma comichão mas também doenças potencialmente graves!

 Fique bem!

Franklim Fernandes

Fontes:

  • Organização Mundial de Saúde (OMS);
  • Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (CEPCD);
  • Instituto Oswaldo Cruz;
  • Sociedade Brasileira de Infectologia;

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DORES MENSTRUAIS FORTES, SERÁ ENDOMETRIOSE?

Dores menstruais

As dores menstruais não devem ser consideradas normais, principalmente quando são persistentes e acontecem mesmo tomando medicamentos para a dor. Estas dores podem estar a sugerir uma endometriose, condição que pode levar à infertilidade.

 Endometriose o que é?

A endometriose é uma doença caracterizada pela existência de tecido uterino em regiões do corpo que não o útero, geralmente na pelve, ovários ou intestinos. A endometriose é uma condição benigna que, entretanto, pode ser muito debilitante, pois costuma estar associada a dor crónica e infertilidade.

Endométrio

Endométrio é uma fina membrana que recobre a camada interna do útero. Durante o ciclo menstrual o endométrio sofre transformações induzidas pelas variações hormonais, cresce e torna-se um tecido rico em vasos sanguíneos.

Anatomia do aparelho reprodutor feminino MELHORSAUDE.ORG
Localização anatómica do #endométrio

O endométrio cresce para ficar apto a receber e nutrir o embrião em caso de gravidez. Quando o ciclo termina e o óvulo não foi fecundado, essa parede espessa do endométrio desaba e é expelida para fora do útero. Este processo é a menstruação.

Tecido endometrial

A endometriose é uma doença caracterizada pelo aparecimento de pedaços de tecido endometrial fora da parede interna do útero. Em que partes do organismo surge o tecido endometrial?

Endometriose melhorsaude.org melhor blog de saude
A endometriose pode ocorrer em diversos pontos do organismo

A endometriose pode aparecer na bexiga, intestinos, apêndice, vagina, ureter e raramento órgãos distantes da pelve como pulmões e sistema nervoso central.

Também podem surgir tecidos de endométrio em cicatrizes cirúrgicas do abdómen e pelve. Os locais mais comuns onde ocorre a endometriose são, por ordem decrescente, os seguintes:

1.Ovários
2. Regiões ao redor do útero incluindo o fundo de saco de Douglas e ligamentos uterinos
3. Porção exterior do útero
4. Trompas de falópio
5. Regiões finais do intestino

A endometriose pode surgir em vários locais diferentes ao mesmo tempo, podendo coexistir em 3 ou 4 órgãos diferentes.

Consequências da endometriose

Este endométrio em locais atípicos reage aos estímulos hormonais do ciclo menstrual exatamente como o endométrio dentro do útero, ou seja, acontece proliferação e depois sangra, causando, a curto prazo, irritação e a longo prazo fibrose dos tecidos ao redor. Esta característica é a responsável pelos principais sintomas da endometriose cujas causas ainda não são completamente conhecidas.

Prevalência

Estima-se que até 10% das mulheres tenham a doença. Cerca de 80% dos casos de dor pélvica crónica em mulheres são causados pela endometriose. A faixa etária mais atingida é a de 25 a 35 anos.

Sintomas

Sintomas de endometriose melhorsaude.org melhor blog de saude
O sintoma mais comum da #endometriose é a dor associada ao período menstrual

Dependendo do local onde ocorre a endometriose, a paciente pode apresentar um quadro clínico que varia desde assintomático, até dor constante e ininterrupta.

No entanto, o sintoma mais comum da endometriose é a dor associada ao período menstrual, pois, como já referido, assim como o endométrio normal dentro do útero, o pedaço de tecido endometrial exterior também sangra no final do ciclo menstrual. A endometriose é uma causa comum de dismenorreia secundária ( cólica menstrual ).

Os sintomas da endometriose podem, então, ser alguns dos seguintes:

  • Dor associada ao período menstrual ( dismenorreia )
  • Sangramento em excesso durante a menstruação
  • Sangue na urina
  • Sangue nas fezes
  • Inflamação e dor intensa na zona abdominal
  • Infertilidade
  • Dor durante a relação sexual ( dispareunia )
  • Diarreia
  • Obstipação ( prisão de ventre )
  • Fadiga crónica

Sangramento nos tecidos endometriais

  • Se a endometriose está localizada na bexiga, é possível haver sangue na urina;
  • Se estiver nos intestinos poderá haver sangue nas fezes;
  • A presença de endometriose na cavidade abdominal ou na pelve faz com que haja sangramento para essas cavidades, causando intensa inflamação e dor.

Infertilidade

A endometriose também está muito associada a infertilidade, pois os ovários são um dos locais mais frequentemente afectados, causando inflamação crônica, cicatrização e adesões dos ovários e trompas. A endometriose que afecta a parte externa do útero também pode levar a deformidades do mesmo e de áreas da pelve, tornando o aparelho ginecológico inapto para uma gravidez.

Cancro

A endometriose, quando afecta os ovários, parece aumentar o risco de cancro dos ovários. Curiosamente o uso de pilulas anticoncepcionais parece reduzir este risco.

Diagnóstico

Em muitas mulheres o quadro clínico de dor pélvica cíclica é bastante sugestivo, porém insuficiente para se estabelecer o diagnóstico. Exames de imagem com a ultrassonografia podem ajudar a descartar outras causas para os sintomas, como tumores, mas também raramente conseguem fechar o diagnóstico da endometriose.

Para se ter certeza do diagnóstico é preciso olhar diretamente para dentro da pelve e abdómen, o que só é possível através da laparoscopia, um procedimento cirúrgico. Durante a laparoscopia é possível procurar o tecido implantado e fazer as respectivas biópsias, quando necessário.

Tratamento da endometriose

  • Uso de anti-inflamatórios, no início do tratamento  ( estes medicamentos são apenas sintomáticos e não actuam diretamente na doença );
  • Uso de anticoncepcionais orais ( ajuda a controlar o ciclo hormonal, reduz os sangramentos e consequentemente a dor );
  • Uso da GnRH, uma hormona que causa uma menopausa temporária, impedindo a liberação de estrogênios e cessando a menstruação. O tratamento reduz a dor em 80% dos doentes e ajuda a diminuir o tamanho da endometriose. Pode ser usada até 12 meses.
  • Laparoscopia ( cirurgia que remove os tecidos endometriais em excesso )

Cirurgia para endometriose

A cirurgia é indicada nos casos de dor severa, grande sangramento, infertilidade ou ausência de resposta ao tratamento clínico. A cirurgia visa a remoção dos tecidos endometriais e fibroses ou adesões que possam já existir. Atualmente a cirurgia mais usada é a laparoscopia. Em casos muitos graves, com múltiplos implantes de endometriose, pode ser necessária a remoção de todo útero e/ou ovários.

Concluindo

Uma dor é sempre um sinal de alarme. Se for pontual, passageira e pouco intensa, as probabilidades de ser um sinal de lesão grave são baixas e portanto não deve ser valorizada se desaparecer rapidamente! Se a dor for forte ou persistente ela deve ser valorizada de imediato para despistar problemas de saúde graves que podem estar apenas numa fase inicial e facilmente tratável. Mesmo quando não existe nenhum problema de saúde grave, uma dor persistente não tratada tende a “ganhar vida própria” e tornar-se crónica! Não se deixe apanhar nessa armadilha de dor crónica convencendo-se erradamente que tem uma dor que consegue suportar apenas para não tomar medicamentos. Os analgésicos e anti-inflamatórios utilizados atempadamente na dose correcta podem, precisamente, evitar que mais tarde fique dependente deles!

Fique bem!

Franklim Fernandes

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DOR DE CABEÇA melhorsaude.org melhor blog de saude TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL melhortsaude.org melhor blog de saude

DEPRESSÃO, 5 FORMAS DE AJUDAR?

Como reconhecer uma depressão? Como ajudar um ou uma adolescente ou jovem adulto deprimido? Que atitudes e posturas devemos utilizar para abordar alguém deprimido?

Exemplo de um cenário de depressão:

A Inês tem 16 anos. Tem-se sentido muito triste durante as últimas semanas, sendo encontrada pelos amigos a chorar sem motivo ou razão aparente. Sente-se sempre cansada e tem problemas em manter o sono. Perdeu o apetite e ultimamente os amigos reparam que tem vindo a perder peso. Tem dificuldade em concentra-se nos estudos e as suas notas têm vindo a descer. As tarefas do dia-a-dia parecem-lhe muito difíceis, pelo que tem adiado a realização dos trabalhos escolares e faltou a varias reuniões de trabalho de grupo a que pertencia. A relação com os amigos começou a alterar-se há algum tempo e manifesta-se extremamente crítica acerca de si, dizendo que não é capaz de fazer nada corretamente e que tudo o que de mau se passa é culpa sua. Quando os amigos a convidam para sair, recusa e evita todas as atividades que antes a divertiam. Os seus pais e amigos estão muito preocupados com ela.

COMO PODEMOS AJUDAR ALGUÉM COM DEPRESSÃO, COMO A INÊS?

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DEPRESSÃO melhorsaude.org melhor blog de saude

CEFALEIA EM SALVAS DOR INTOLERÁVEL A VERDADE!

Cefaleia em salvas dor de cabeça insuportável, toda a verdade! O que é? Qual o perigo e gravidade? Quais as causas e melhores tratamentos? Tudo o que ainda não sabe!

Testemunho de um paciente:

“Muitas vezes as dores acordam-me a meio da noite, umas horas depois de me ter deitado. Avolumam-se numa questão de segundos e a dor é simplesmente intolerável. É apenas no meu olho direito, como se fosse um ferro em brasa. Não sei para onde ir. Tenho que fazer alguma coisa para me distrair da dor. Às vezes ando para a frente e para trás no quarto agarrado à cabeça ou sento-me na cadeira e balanço-me.”

Dores de cabeça

Existem diferentes tipos de dores de cabeça que podem diferenciar-se pela zona afetada pela dor persistente. A imagem seguinte ilustra de forma clara as diferentes zonas do rosto e cabeça que apresentam sintomas dolorosos.

Tipos de dor de cabeça melhorsaude.org melhor blog de saude

Leia também: Estas são as causas e perigos da sinusite, toda a verdade!

Cefaleia em salvas o que é?

Cefaleia em salvas é o nome dado a crises de curta duração de dor unilateral muito intensa na cabeça, geralmente no olho ou à sua volta. Estas crises normalmente começam sem aviso, uma ou mais vezes todos os dias, geralmente à mesma hora todos os dias ou durante a noite.

Com bastante frequência, a primeira acorda a pessoa mais ou menos uma hora depois de adormecer. Por vezes diz-se que a cefaleia em salvas é um tipo de enxaqueca, mas não é. É uma cefaleia bastante distinta e necessita de um tratamento diferente do da enxaqueca.

Leia também: Dores de cabeça e o mistério da enxaqueca, toda a verdade!

Homens são grupo de risco

A cefaleia em salvas não é frequente. Afecta até três em cada 1.000 pessoas. Os homens têm cinco vezes mais probabilidades do que as mulheres de ter cefaleia em salvas, o que a torna invulgar entre as cefaleias. A primeira crise pode ter lugar entre os 20 e os 40 anos, mas a cefaleia em salvas pode começar em qualquer idade.

Tipos de cefaleia em salvas

A cefaleia em salvas episódica é mais comum. Este tipo manifesta-se diariamente durante períodos limitados (episódios) e depois pára, uma característica que dá origem ao termo “em salvas”. Geralmente estes períodos duram de 6 a 12 semanas, mas podem terminar ao fim de duas semanas ou continuar por mais 6 meses.

Tendem a manifestar-se mais ou menos na mesma altura todos os anos, muitas vezes na Primavera ou no Outono, mas certas pessoas têm dois ou três episódios todos os anos e outras têm intervalos de dois ou mais anos entre episódios. Entre os episódios, as pessoas com cefaleia em salvas episódica não têm quaisquer sintomas da afecção.

A cefaleia em salvas crónica, que representa cerca de 1 em cada 10 casos de cefaleia em salvas, não pára. As crises diárias ou praticamente diárias continuam ano após ano, sem intervalo. A cefaleia em salvas episódica pode tornar-se em cefaleia em salvas crónica e vice-versa.

Sintomas

Existe um grupo de diversos sintomas da cefaleia em salvas facilmente reconhecíveis, a saber:

  • Dor intolerável
  • Dor rigorosamente unilateral e sempre do mesmo lado, embora na cefaleia em salvas episódica possa trocar de lado de um episódio para outro
  • A dor é no olho, à sua volta ou atrás dele e descrita como uma espécie de queimadura, de facada ou de perfuração.
  • Agrava-se muito rapidamente, atingindo o auge ao fim de 5 a 10 minutos
  • Quando não é tratada dura entre 15 minutos e 3 horas (com mais frequência entre 30 e 60 minutos).
  • Causa agitação, em contraste acentuado com a enxaqueca, durante a qual a maioria das pessoas quer deitar-se e ficar o mais sossegada possível. As pessoas com esta afecção não conseguem ficar quietas – andam para a frente e para trás ou balançam-se violentamente, chegando mesmo a sair de casa
  • O olho no lado doloroso fica vermelho e lacrimeja, podendo a pálpebra descair
  • A narina fica tapada ou a escorrer
  • O outro lado da cabeça não é minimamente afectado
Cefaleia em salvas e dor de cabeça melhorsaude.org
Sintomas de cefaleia em salvas. Fonte: K. C. Toverud

Causas

Apesar de toda a investigação médica dedicada à cefaleia em salvas, a sua causa ainda não é conhecida. Alvo de grande interesse é a altura em que se verificam as crises, que parece estar ligada aos ritmos circadianos (o relógio biológico). Trabalhos de investigação chamaram a atenção para as alterações numa parte do cérebro conhecida como o hipotálamo, a zona que controla o relógio biológico.

Muitas pessoas com cefaleia em salvas são ou foram grandes fumadores. Como é que isso pode contribuir para causar a cefaleia em salvas, se é que o faz, desconhece-se. Parar de fumar é sempre bom por motivos de saúde, mas raramente tem qualquer efeito sobre esta afecção.

Factores desencadeantes

Os chamados factores desencadeantes despoletam uma crise de cefaleia. O álcool, mesmo em pequena quantidade, pode desencadear uma crise de cefaleia em salvas durante um episódio em salvas mas não noutras alturas. Não compreendemos como é que tal acontece. Não parece haver outros factores desencadeantes comuns.

Diagnóstico

Devido ao seu conjunto de sintomas, a cefaleia em salvas é fácil de reconhecer. Não existem testes para confirmação do diagnóstico, que se baseia na sua descrição das suas dores de cabeça e noutros sintomas e na falta de descobertas anómalas quando o seu médico o examina. Por este motivo, é muito importante que descreva cuidadosamente os seus sintomas. Se o seu médico não tem a certeza sobre o diagnóstico, poderão ser efectuados testes, incluindo um exame ao cérebro, para eliminar outras causas das dores de cabeça. No entanto, frequentemente estes testes não são necessários.

Tratamentos

Há uma série de tratamentos para a cefaleia em salvas que muitas vezes funcionam bem. Todos eles requerem receita médica. Os tratamentos mais habituais para a crise são:

  • O oxigénio a 100%, que necessita de uma botija, de um regulador de caudal e de uma máscara do fornecedor
  • Fármaco injectado chamado sumatriptano (Imigran®), que pode administrar a si próprio utilizando uma caneta injectora especial.

As medicações preventivas são os melhores tratamentos para a maioria das pessoas com cefaleia em salvas. Toma-as todos os dias durante o período de duração do episódio em salvas para impedir o regresso das dores de cabeça. São eficazes mas necessitam de vigilância médica bastante apertada, muitas vezes com análises de sangue, devido aos efeitos secundários possíveis. Poderá ser encaminhado para um especialista. O encaminhamento deverá ser urgente porque, se tiver esta afecção, sabemos que a dor é muito forte!

Eficácia dos tratamentos

Há várias medicações preventivas. Se uma não funcionar muito bem, há outra que pode funcionar. Por vezes utilizam-se duas ou mais em conjunto.

Diminuir o tempo de crise

Os analgésicos vulgares não funcionam – demoram muito tempo e, geralmente, a dor de cabeça evolui antes de eles fazerem efeito. Para um tratamento eficaz, terá que pedir ajuda médica. Faça-o no início de um episódio em salvas, uma vez que o tratamento parece ter melhores resultados quando é iniciado nessa altura.

Manter um diário

Pode utilizar as fichas do diário para registar muitas informações relevantes sobre as suas dores de cabeça, tais como:

  • Com que frequência as tem
  • Quando acontecem
  • Quanto tempo duram
  • Quais são os sintomas.

São preciosas para ajudar no diagnóstico, identificando os factores desencadeantes e avaliando se os tratamentos estão a funcionar bem.

Idade e cefaleia em salvas

A cefaleia em salvas pode voltar durante muitos anos. No entanto, parece melhorar à medida que a idade avança para a maioria das pessoas, particularmente as que têm cefaleia em salvas crónica.

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Medicamentos para dor de cabeça e enxaqueca

Os medicamentos mais usados no tratamento da dor de cabeça são analgésicos, antiinflamatórios e triptanos.

MG significa medicamento genérico.

Medicamentos com aspirina (ácido acetilsalicílico)

  • Aspirina® 500mg microactive, 20 comprimidos
  • Aspegic® 500mg, 20 saquetas, granulado efervescente

Medicamentos com paracetamol:

  • Paracetamol MG 1000mg, 20COMP
  • Ben-u-ron® 1000mg, 18comp
  • Panadol® 500mg, 20comp

Medicamentos com ibuprofeno:

  • Ibuprofeno MG 600 mg, 20comp rev
  • Trifene® 200mg,  20comp
  • Nurofen® 400mg, 24comp
  • Brufen® 600mg, 20comp rev

Medicamentos com Zolmitriptano:

  • Zomig rapimelt® 2,5mg, 2 comprimidos orodispersiveis
  • Zomig rapimelt® 2,5mg, 6 comprimidos orodispersiveis
  • Zomig rapimelt® 5mg, 2 comprimidos orodispersiveis
  • Zomig rapimelt® 5mg, 6 comprimidos orodispersiveis

Medicamentos genéricos com Zolmitriptano:

  • Zolmitriptano MG 2,5mg, 2 comprimidos orodispersiveis
  • Zolmitriptano MG 2,5mg, 3 comprimidos orodispersiveis
  • Zolmitriptano MG 2,5mg, 6 comprimidos orodispersiveis
  • Zolmitriptano MG 5mg, 2 comprimidos orodispersiveis

Medicamento com Sumatriptano (usado na cefaleia em salvas)

  • Imigran (sumatriptano) auto-injector 6mg/0,5mlx 2sol SC inj

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Concluindo

As dores de cabeça ou cefaleias são uma condição de saúde que afecta imensas pessoas, muitas das quais ficam, durante as crises, incapacitadas para manter a sua vida diária com consequências graves principalmente ao nível laboral e familiar. A maioria das dores de cabeça apesar da dor, não tem causas graves mas se existirem alguns sintomas especiais fora do quadro habitual da sua dor de cabeça então sim pode haver a probabilidade de uma causa grave sendo neste caso indicado a procura de assistência médica urgente!

Partilhe a informação deste artigo e certamente vai ajudar muitas pessoas a conseguirem gerir melhor, e ás vezes evitar, muitas dores de cabeça dificeis de suportar! Em alguns casos mais graves pode ajudar a salvar vidas!

Juntos por uma MELHOR SAÚDE!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Referências:

  • Campanha global para reduzir as dores de cabeça a nível mundial.
  • Organização Mundial de Saúde (World Health Organization),
  • Aliança Mundial de Cefaleias (World Headache Alliance),
  • Sociedade Internacional de Cefaleias (International Headache Society),
  • Federação Europeia de Cefaleias (European Headache Federation).
  • Dr Pedro Pinheiro, Especialista em Medicina Interna e Nefrologista com títulos reconhecidos pela Universidade do Porto e pelo Colégio Português de Nefrologia.