AR INTERIOR melhorsaude.org melhor blog de saude

AR INTERIOR PERIGOS ESCONDIDOS A VERDADE



Ar interior qualidade (indoor air quality) quais os perigos escondidos… toda a verdade! Quais os químicos presentes no ar que respiramos dentro da nossa casa e dos edifícios que visitamos e utilizamos? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), WHO guidelines for indoor air quality são diversas as substâncias perigosas produzidas no interior dos edifícios e das nossas casas como por exemplo o formaldeído.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • O que é o ar que respiramos?
  • Qual a composição do ar que respiramos?
  • Quanto tempo passamos dentro de edifícios?
  • Ar interior: Porque é importante a qualidade?
  • As crianças tem uma sensibilidade especial à qualidade do ar interior?
  • Como surgiram as preocupações com a qualidade do ar interior?
  • Quais as fontes de poluição do ar interior?
  • O que é o formaldeído?
  • Onde é utilizado o formaldeído?
  • Formaldeído no ar interior: Qual a fonte?
  • Porque faz mal à saúde?
  • Quais as doenças que podem surgir ou agravar?
  • Quais os estudos disponiveis que provam a perigosidade do formaldeído?
  • Granito: Será que é perigoso?
  • Radão: O que é?
  • Materiais de construçãao: Podem ser radioactivos?
  • Janelas fechadas e calafetadas são perigosas?
  • Como saber se a ventilação é suficiente?
  • Legionella: Porque é perigosa?
  • Animais domésticos poluem o ar interior?
  • O que é um fumador passivo?
  • Sindrome do edifício doente: Quais os sintomas?
  • Sindrome do edifício doente: Quais as causas?
  • Como ventilar melhor a sua casa?
  • Quais as soluções mais profundas?

[rad_rapidology_locked optin_id=optin_2][/rad_rapidology_locked]

Ar que respiramos o que é?

Parece uma coisa tão simples, tão básica e tão essencial que tenho a certeza que muitos de nós julgam que é essencialmente oxigénio. De facto esse não é o principal componente do ar que respiramos… surpresa?

O ar é a mistura de gases que compõem a atmosfera da Terra. Ele é composto principalmente de nitrogênio, oxigênio e árgon, que juntos constituem a maior parte dos gases da atmosfera.

Os demais gases incluem  gases de efeito estufa como vapor de água, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozono. O ar filtrado contém traços de vários outros compostos químicos.

Muitas substâncias naturais devem estar presentes em pequenas quantidades numa amostra de ar não filtrada, incluindo poeira, pólen e esporos, cinzas vulcânicas, compostos de flúor, mercúrio metálico e compostos de enxofre como dióxido de enxofre.

Composição do ar

Afinal se o oxigénio não é o principal gaz no ar o que é que respiramos? De seguida deixo a composição do ar seco que respiramos sendo o principal componente o Nitrogénio ou Azoto.

Composição do ar seco, por volume
ppmv: partes por milhão por volume (nota: a fração volumétrica somente é igual à fração molar para gases ideais)
Gás Volume
Nitrogênio ou Azoto (N2) 780.840 ppmv (78.084%)
Oxigênio (O2) 209.460 ppmv (20.946%)
Árgon (Ar) 9.340 ppmv (0.9340%)
Dióxido de carbono (CO2) 380 ppmv (0.0380%)
Neon (Ne) 18,18 ppmv (0.001818%)
Hélio (He) 5,24 ppmv (0.000524%)
Metano (CH4) 1,79 ppmv (0.000179%)
Cripton (Kr) 1,14 ppmv (0.000114%)
Hidrogênio (H2) 0,55 ppmv (0.000055%)
Óxido nitroso (N2O) 0,3 ppmv (0.00003%)
Xenon (Xe) 0,09 ppmv (9×10−6%)
Ozono (O3) 0,0 to 0,07 ppmv (0% to 7×10−6%)
Dióxido de nitrogênio (NO2) 0,02 ppmv (2×10−6%)
Iodo (I) 0,01 ppmv (1×10−6%)
Monóxido de carbono (CO) 0,1 ppmv (0.00001%)
Amônia (NH3) traços
Não incluído na atmosfera seca acima:
Vapor de água (H2O) ~0,40% na atmosfera toda, tipicamente 1%-4% na superfície

Qualidade do ar interior dos edifícios

Grande parte da população passa cerca de 80-90% do seu tempo no interior de edifícios, o que torna estes espaços importantes fontes de risco de poluição do ar. Os problemas relacionados com a poluição do ar interior podem afectar diferentes tipos de edifícios, que incluem:

  • Habitações,
  • Escolas,
  • Escritórios,
  • Hospitais,
  • Unidades de prestação de cuidados de saúde e outros estabelecimentos públicos e comerciais.

Ar interior porque é tão importante?

A qualidade do ar interior (QAI) é um factor de grande importância em locais de trabalho, uma vez que pode ter influência na saúde, conforto, bem-estar e produtividade dos ocupantes de um edifício.

Escolas e crianças mais sensíveis

Constitui também um factor de relevo nas escolas, dado que as crianças são consideradas mais susceptíveis à elevada variedade de fontes de poluentes que existem nesses locais. Por outro lado, a taxa de ocupação em escolas é bastante superior à que se existe em edifícios de serviços.

A exposição diária aos poluentes atmosféricos resulta em grande parte da inalação de ar interior, não só pelo tempo que é despendido dentro dos edifícios, mas também porque os níveis de poluição no interior são muito elevados.

Origem das preocupações com o ar interior

As preocupações com a qualidade do ar interior surgiram na década de 70, na sequência da adopção de medidas de conservação de energia em edifícios de escritórios, que visavam a construção de estruturas menos espaçosas e com taxas de ventilação mais reduzidas, conduzindo a uma diminuição da introdução de ar exterior.

Fontes de poluição

As fontes mais importantes de poluição do ar interior incluem, para além do ar exterior, são:

  • Organismo humano,
  • Sobre-ocupação do local de trabalho,
  • Deficiências no sistema de ventilação,
  • Fumo de tabaco,
  • Emissão de fibras a partir de materiais de construção (amianto, lã de rocha, lã de vidro),
  • Mobiliário,
  • Utilização de plásticos,
  • Produtos sintéticos (tintas e vernizes),
  • Alcatifas,
  • Cortinados,
  • Fotocopiadoras,
  • Impressoras,
  • Computadores.

Diversos compostos orgânicos voláteis, tais como o formaldeído, contribuem também para a contaminação do ar interior, podendo ser libertados durante a utilização e armazenamento de produtos de limpeza.

Formaldeido

O formaldeído é um gás produzido mundialmente, em grande escala, a partir do metanol. Na sua forma líquida (misturado à água e álcool) é chamado de formol.

O formol é uma solução aquosa com a seguinte formula:

  • 37% de aldeído
  • 7% de metanol
  • Água q. b. para 100%

Quando se prepara uma mistura de mais de 40% de formol em água, se polimeriza um pó branco, insolúvel, que é chamado de metaformaldeído, de fórmula (H2C2O)3. Por este motivo o formol é comercializado em concentração de cerca de 37% de aldeído e 7 % de metanol, que atuará como um inibidor de polimerização.

Utilidade do formaldeído

Devido ao seu baixo custo e alto grau de pureza, o formaldeído tornou-se um dos mais importantes produtos químicos industriais e de pesquisa no mundo. O formaldeído tem sido fabricado principalmente a partir do metano, desde o início do século XX.

O formol é muito utilizado em:

  • Móveis – resinas sintéticas, fenólicas, uréicas e melamínicas nas indústrias de madeiras,
  • Papel e celulose,
  • Plásticos,
  • Esmaltes sintéticos,
  • Tintas,
  • Vernizes,
  • Roupa e industria textil em geral,
  • Adesivos,
  • Isolantes elétricos.

Formaldeído qual a fonte?

As concentrações de formol no interior das residências dependem das fontes de formaldeído existentes, do tempo de permanência dessas fontes, da ventilação, da temperatura e da humidade.

Como exemplos podem referir-se:

  • Materiais isolantes,
  • Compensados e tábuas finas,
  • Carpetes e alcatifas,
  • Tintas e vernizes,
  • Roupas e tecidos,
  • Fumo do tabaco,
  • Uso de formol como desinfetante (Dingle et al, 2000; Jurvelin 2003)

Perigos para a saúde

O Formaldeído em concentrações acima do limite é classificado como carcinogênico humano pela International Agency for Research on Cancer (IARC) e têm sido relacionado com:

  • Cancro dos pulmões.
  • Cancro do nariz,
  • Cancro do cérebro,
  • Leucemia,
  • Irritação dos olhos, nariz, garganta e pele.

Estudos recentes levantam a possibilidade da exposição ao formaldeído causar ou agravar também as seguintes doenças:

  • Diabetes
  • Depressão
  • Demência
  • Esclerose lateral multipla

Pesquisas apontaram o formaldeído como responsável por aumentar até 34% a probabilidade de uma pessoa normal desenvolver esclerose lateral multipla;  Nas pessoas que tiveram exposição superior a 10 anos, as probabilidade aumenta até quatro vezes mais que uma pessoa comum.

Estudos:

Granito será que é perigoso?

Outro factor de risco relativo ao ar interior prende-se com uma questão que, por natureza, escapa aos sentidos humanos, a radioactividade. A crosta terrestre contém naturalmente pequenas quantidades de elementos radioactivos. A sua actividade depende das características do solo, podendo ser elevada em regiões graníticas.

Radão

A maioria dos portugueses não tem de se preocupar com o radão. Mas o mesmo não acontece com os habitantes dos distritos de:

  • Braga,
  • Vila Real,
  • Porto,
  • Guarda,
  • Viseu,
  • Castelo Branco

Nestes distritos os habitantes devem manter-se atentos a este problema, pois vivem em zonas graníticas. No distrito de Portalegre, a Serra de São Mamede também oferece riscos.

Nas regiões graníticas, forma-se radão, um gás que, apesar de não apresentar directamente uma ameaça por ser inerte, decai para descendentes radioactivos no estado sólido que podem ser inalados e depositar-se nos pulmões.

Como gás emanado do solo, o radão pode facilmente infiltrar-se nos edifícios através de fissuras, podendo acumular-se e atingir níveis de actividade elevada em recintos mal ventilados.

Materiais de construção radioactivos?

A falta de controlo da radioactividade na origem das matérias-primas dá também azo a que sejam utilizados materiais de construção ricos em isótopos radioactivos.

Se isto não apresenta um problema grave para construções de baixo factor de ocupação, pode revelar-se um factor de risco importante nas habitações, pois vai aumentar a exposição dos ocupantes a radiações ionizantes.

Ex: Bancadas de cozinha ou pedras de lareira granito. Nestas divisões é necessário uma ventilação muito maior que no resto da habitação.

Janelas fechadas e calafetadas são perigosas?

Algumas habitações possuem divisões interiores sem janelas, cujo arejamento é dificultado. Actualmente, para melhor aproveitamento da energia despendida em aquecimento/arrefecimento, procura-se que as janelas sejam mantidas devidamente fechadas e calafetadas.

Esta medida, por um lado eficaz em termos de poupança de energia, prejudica muito a qualidade do ar interior que assim não é renovado, originando diversos problemas relacionados com condensações.

Ventilação será insuficiente?

A ventilação é considerada inadequada quando ocorre uma insuficiente entrada e distribuição de ar do exterior para o interior. No caso de não haver renovação do ar dentro do edifício, irão ocorrer situações de estagnação e contaminação do ar.

Alguns dos sinais de má ventilação e mau isolamentoa são:

  • Condensação,
  • Humidade,
  • Gotículas nas paredes.

A falta de manutenção dos filtros e limpeza dos sistemas de ventilação (climatização) poderá favorecer a acumulação de poeiras, que irão provocar a contaminação do ar interior.

Legionella porque é perigosa?

A bactéria do género Legionella encontra-se normalmente em lagos, rios ou albufeiras. A partir destes reservatórios poderá colonizar os sistemas artificiais de água, tais como redes prediais e sistemas de climatização que usem água para arrefecimento do ar, principalmente aqueles aos quais estejam associadas torres de arrefecimento.

Do ponto de vista da qualidade do ar interior, a problemática da legionella só fará sentido se o ar transportar aerossóis (microgotículas contaminadas com a bactéria).

Esta situação só se poderá verificar no caso de existirem torres de arrefecimento posicionadas junto às entradas de ar do sistema de climatização e desde que exista libertação de aerossóis contaminados que entram no sistema, o que é pouco provável.

Animais domésticos e ar interior

Os animais domésticos, quando vivem no interior das casas, influenciam a qualidade do ar interior e podem provocar algumas doenças como asma e alergias.

Tabaco e fumadores passivos

Uma fonte bastante importante para a poluição do ar interior é o fumo do tabaco no interior das habitações, que leva por vezes populações mais frágeis, tais como crianças e idosos a tornarem-se fumadores passivos.

O fumo passivo, frequentemente descrito como tabagismo passivo, é basicamente o fumo gerado pelos cigarros dos fumadores e o fumo exalado por estes. Pode nem sempre ser notado ou cheirado mas pode permanecer no ar até 2,5 horas.

A mistura de alcatrão, nicotina, gases perigosos e químicos tem um efeito negativo determinante nos pulmões, corpo, artérias e órgãos de um fumador.

Os malefícios do fumo passivo podem ser tão prejudiciais como fumar, sendo considerado um perigo para todos os não-fumadores, especialmente para as crianças. Os efeitos do fumo passivo são o motivo porque existe hoje a proibição tabágica na maioria dos espaços públicos.

Perigos do fumo passivo

Se é fumador, inala mais de 4000 químicos prejudiciais por cada cigarro que fuma. Os não-fumadores devido ao fumo passivo podem também inalar os mesmos químicos tóxicos cada vez que estão expostos ao fumo passivo.

Como não-fumador, alguns dos efeitos do fumo passivo são:

  • Doenças cardiovasculares e efeitos negativos no sistema circulatório, que podem aumentar o risco de ataque cardíaco e de doença cardíaca.
  • Cancro: os efeitos do fumo passivo podem aumentar grandemente o risco de cancro. Os tipos de cancro associados ao fumo passivo são o cancro do pulmão, o cancro da mama nas mulheres, o cancro renal e também tumores cerebrais.
  • Doenças respiratórias bem como problemas de ouvidos, nariz e garganta. Desde a asma à tosse persistente, falta de ar e nariz congestionado.
  • Parto prematuro ou baixo peso à nascença em mulheres grávidas. Pode também afectar negativamente o desenvolvimento e crescimento do feto.

Apesar de não ter sido encontrada nenhuma prova conclusiva, o fumo passivo tem sido relacionado com AVC, cancro da mama, linfoma e leucemia.

Síndrome do Edifício Doente

Em nossas casas e edifícios de escritórios, muitas vezes podem surgir determinados sintomas nos ocupantes, tais como:

  • Episódios de fadiga,
  • Dores de cabeça,
  • Tosse,
  • Náuseas e
  • Tonturas,
  • Dificuldade em respirar,
  • Secura ou irritação dos olhos,
  • Dificuldade de concentração,
  • Garganta seca e áspera,
  • Pele seca e/ou vermelhidão na face,
  • Infecções no tracto respiratório.

Se estes sintomas se verificarem num número significativo de ocupantes, geralmente superior a 20%, e se desaparecerem quando as pessoas afectadas abandonarem o edifício, é corrente designar o local com o Síndroma do Edifício Doente (SED).

Causas do síndrome do edifício doente

As causas mais comuns do Síndroma do Edifício Doente são geralmente as seguintes:

  • Má concepção do edifício,
  • Ventilação inadequada,
  • Má filtração do ar,
  • Falta de manutenção e limpeza das instalações,
  • Eventual contaminação das condutas.

Assume-se que o SED é resultado da interacção de diversos factores de natureza física, química, biológica e psicológica, apesar de não haver evidências de uma relação exposição-efeito.

Ventilar melhor a sua casa

Para ventilar melhor a sua casa utilize com frequências as seguintes sugestões:

  • Abra as janelas com frequência e, quando possível, as de fachadas opostas, para obter um arejamento intensivo.
  • Assegure a renovação necessária em todas as divisões repetindo a operação várias vezes ao dia. Por vezes, a corrente não se forma no sentido conveniente. O ar pode regressar ao interior e empurrar a humidade libertada por um duche para outras divisões. No inverno, as infiltrações do ar provocam ainda a queda acentuada da temperatura.
  • O ideal é combinar arejamento intensivo periódico com técnicas de ventilação. O ar deve entrar através das divisões principais (quartos e salas) e sair pelas de serviço (cozinha e casa de banho). A comunicação é feita por debaixo das portas ou através de grelhas.
  • Não bloqueie a passagem do ar por baixo das portas com tapetes.

Soluções mais profundas

Algumas das soluções estruturais para casas e efifícios mais saudáveis são:

  • Em edifícios com mais de um piso, a cozinha e a casa de banho devem ter sistemas de ventilação separados, para a humidade e os odores não passarem aos andares superiores.
  • Melhore a ventilação com aberturas nas caixas dos estores. Escolha modelos auto-reguláveis, cujas lâminas abrem e fecham mediante a velocidade do vento.
  • Por vezes, não é possível instalar grelhas nas caixas dos estores. As alternativas implicam alterações na construção. Aberturas na parede ou entre o caixilho da janela e esta, se não existirem de origem, requerem obras importantes. Já a introdução no caixilho não é tão complicada. Pode substituí-lo por um modelo com grelhas.
  • Pode ainda colocar extractores nas janelas da cozinha, chaminé do fogão e casa de banho. Num prédio, não instale extractores mecânicos em condutas de casa de banho, excepto se desenhadas com esse fim. Prefira um extractor (girândola) no final da conduta. Mas precisa do acordo dos vizinhos.

Concluindo

A qualidade do ar que respiramos no interior das nossas casas e edifícios é mais importante do que realmente se julga.  O ar não renovado pode alterar a sua composição pois é uma mistura de diversos gases além de puder acumular poeiras e microgoticulas contaminadas com bactérias como a Legionella.

Em particular a exposição constante ao formaldeído, mesmo em doses baixas, mas durante largos periodos de tempo, pode causar problemas muito graves de saúde que devem preocupar-nos a todos.

Basta recordar a quantidade de moveis, roupas, tecidos e papeis que guardamos alegremente no interior das nossas casas e que são potenciais fontes de emissão de baixas doses de formaldeído.

Assim, para nossa proteção, um gesto básico deve tornar-se habitual e de rotina diária: Abrir as janelas e deixar o ar circular renovando o ar interior com ar exterior, que espero seja mais saudável!

Fique bem

Franklim Fernandes

Bibliografia:

Leave a Reply

Medicamentos, doenças, dores e alimentação saudável