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Doenças da piscina e dor de ouvido

Piscina e doenças toda a verdade sobre as diversas doenças que pode apanhar na água da piscina! Um dia na piscina a descontrair, nadar e relaxar pode ser magnífico! No entanto se a água das piscinas não estiver bem tratada o dia pode acabar em pesadelo com a “hospedagem” no nosso organismo de vírus, bactérias e parasitas que provocam doenças que podem ser muito perigosas!

Por exemplo, nas páginas Swimming pools  e Stay Safe In and Around Swimming Pools do CDC, Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, quem estiver ou tenha estado com diarreia nas últimas duas semanas corre o risco de contaminar a água da piscina com germes e transmitir o problema a outras pessoas.

Neste artigo vou falar das seguintes doenças:


Leia também: Como bronzear sem queimar?


Piscina e doenças que pode apanhar na água

A água da piscina é geralmente uma água artificial no sentido em que raramente é usada água captada directamente do mar ou de um rio com água de alta qualidade não poluida. Sendo assim tem de ser cuidadosamente tratada para eliminar inumeros microorganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas patogénicos que estão sempre á espreita de uma oportunidade de se instalarem num hospedeiro humano e conseguirem reproduzir-se mais depressa!

Além disso os tratamentos quimicos aplicados á água da piscina também têm os seus efeitos adversos no organismo humano. Assim descrevo de seguida algumas doenças que, se não tiver cuidado, pode apanhar na sua visita á piscina.

Otite externa

Também designada otite de surfista ou de mergulhador. É provocada habitualmente pela entrada de água no ouvido, associada a um quadro clínico de otalgia (dor de ouvido). Ocorre frequentemente após entrada de água no ouvido ou em situações de infeção e eczema do canal auditivo externo. Trata-se de uma inflamação da orelha externa e do canal auditivo.

Leia também: Dor de ouvido tudo o que não sabe.

Diarreia

Os vírus e as bactérias que provocam diarreia são a principal fonte de contágio nas piscinas. De acordo com o CDC, Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, quem estiver ou tenha estado com diarreia nas últimas duas semanas corre o risco de contaminar a água da piscina com germes e transmitir o problema a outras pessoas. Os germes que causam diarreia conseguem sobreviver vários dias antes de serem eliminados pelo cloro. Para ficar doente basta engolir uma pequena quantidade da água infectada das piscinas.

Giardíase

A giardíase é uma infeção intestinal causada por um parasita microscópico. Pode provocar sintomas como cólicas abdominais, flatulência, náuseas e episódios de diarreia. A infeção pode ser causada por parasitas encontrados em riachos, lagos, piscinas ou zonas aquáticas de recreação. A maneira mais comum de se infetar com giardíase é engolir água contaminada, por exemplo da piscina.

Animais e crianças que usam fraldas e pessoas com diarreia podem acidentalmente contaminar piscinas e spas. É mais frequente em crianças e em doentes com infeção por VIH/SIDA, fibrose quística e outras formas de imunodeficiência pois têm um sistema imunitário mais frágil. Num trabalho realizado na região Norte de Portugal, em crianças com idades entre um e cinco anos, foi detetada uma taxa de infeção de 3,4% por Giardia lamblia.

Leia também: Como fortalecer o seu sistema imunitário, toda a verdade!

Criptosporidíase

Criptosporidíase é uma doença causada pelos parasitas unicelulares coccidios Cryptosporidium parvum e C.hominis. Estes podem ser ingeridos juntamente com comida ou água contaminada. Infetam o intestino, onde se reproduzem. Em pessoas imunosuprimidas causam gastroenterite, diarreia, dor abdominal e náuseas. Uma pessoa com diarreia e com este tipo de bactéria pode facilmente contaminar a água.

Legionella

Na legionella segundo explica o médico e patologista clínico Germano de Sousa, a infeção pela bactéria legionella pneumophila pode causar a febre de Pontiac (manifestação ligeira da bactéria com sintomas semelhantes a uma gripe) e a Doença dos Legionários, a manifestação mais grave, que consiste num tipo de pneumonia potencialmente letal.

A legionella está geralmente presente em ecossistemas naturais de água doce e quente, como a superfície de lagos, rios, águas termais, tanques, mas também piscinas. A infeção ocorre por inalação (via respiratória) de aerossóis/gotículas contaminados pela bactéria, através dos chuveiros domésticos, torres de arrefecimento, sistemas de climatização, instalações termais, saunas e jacuzzis e que chegam aos pulmões. Não existe transmissão de pessoa para pessoa, nem pela ingestão de água contaminada.

Leia também: Pneumonia causas sinais e toda a verdade

Irritação química

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos lembra que os nadadores e utilizadores da piscina queixam-se recorrentemente de ardor nos olhos, irritação nasal ou dificuldades em respirar. A investigação revelou que estes sintomas surgem devido à acumulação de substâncias irritantes na água e no ar, conhecidas como cloraminas. Essa irritação é provocada pela combinação do cloro com sub-produtos. Estes subprodutos são o resultado da ligação do suor, urina e outros resíduos dos nadadores/utilizadores ao cloro.

Dermatite ou foliculite

É uma inflamação dos folículos capilares causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. A foliculite é sobretudo diagnosticada em pessoas que usam jacuzzi, sauna, piscina ou banheira de hidromassagem. Qualquer pessoa exposta a água contaminada com esta bactéria pode contrair este tipo de foliculite. Trata-se de uma inflamação da raiz dos pelos que, normalmente, pode ser tratada em casa com o uso de sabão anti-séptico ou fármacos prescritos por clínicos. Os sintomas de foliculite por Pseudomonas aeruginosa aparecem primeiro como caroços, prurido e pequenas espinhas com pus. As erupções de foliculite tipicamente surgem no tronco, axilas e partes superiores dos braços e pernas.

Piolhos

Os piolhos não são susceptíveis de serem transmitidos através da água das piscinas. Embora os níveis de cloro da piscina também não matem os piolhos, estes dificilmente conseguem sobreviver debaixo de água uma vez que não se conseguem parasitar. Porém, os piolhos podem espalhar-se em balneários. Basta partilhar toalhas, escovas de cabelo, toucas ou outros itens que tenham estado em contacto com o cabelo de uma pessoa infetada para adquirir a “praga”.

Infeções estafilocócicas

Embora não tenha havido relatos de transmissão deste tipo de bactéria através de águas de recreio, há um risco potencial de propagação das doenças causadas pela bactéria staphylococcus aureus em instalações de recreio através do contacto com a infeção de pessoa para pessoa ou através de objetos e superfícies contaminadas.

Trata-se de uma bactéria que vive muitas vezes no nariz ou na pele de pessoas saudáveis. Pode provocar doenças, que vão desde uma simples infeção (espinhas, furúnculos e celulites) até infecões graves (pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, septicemia e outras), dependendo do sistema imunitário e do historial clínico de cada pessoa.

Os sintomas mais comuns deste tipo de infeções são náuseas e vómitos, por vezes acompanhados por diarreia e dores abdominais. A melhor forma de as evitar é não frequentar águas de recreio se tiver infeções cutâneas ou irritações da pele, manter todas as superfícies tocadas ou manipuladas com frequência limpas e não partilhar objetos pessoais como lâminas ou escovas.

Teníase

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos alerta para vários cuidados a ter de forma a evitar este tipo de doença, embora admita que dificilmente a teníase se propague através da água das piscinas. Esta infeção ocorre quando uma pessoa engole ovos de ténia presentes em superfícies ou dedos contaminados. Esta instituição lembra que os fatos de banho devem ser lavados e secos a cada utilização. Por outro lado, todas as pessoas devem lavar as mãos antes e depois de usar a casa da banho.

Molusco contagioso vírus ou Molluscum contagiosum virus

O vírus Molusco contagioso ou Molluscum contagiosum é uma doença dermatológica causada pelo Molluscum contagiosum. Caracteriza-se por bolhas rosadas ou brancas pela pele em qualquer parte do corpo e podem dar comichão. É mais comum em crianças dos 0 aos 12 anos de idade e transmitido por contato físico. Desaparecem sozinhas em 6 a 12 meses, mas podem deixar cicatrizes.

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Como se transmite?

O vírus é transmitido por contato físico ou por tecidos, por exemplo tocando a mão de alguém que coçou uma bolha causada por molusco contagioso ou compartilhando toalhas. Pode ser transmitido através de contato sexual. É mais comum em locais húmidos e com muita gente a viver na mesma casa que partilham as mesmas toalhas e roupas, uma vez que essas condições são favoráveis para a transmissão do vírus. É mais comum em crianças e imunodeprimidos.

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Parâmetros microbiológicos de avaliação obrigatória

Os parâmetros microbiológicos avaliados são no caso das piscinas de utilização colectiva os referenciados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, IP (INSA), e por outros documentos oficiais. Para o caso das piscinas de empreendimentos turísticos e de hidroterapia e com fins terapêuticos, são os indicados no Decreto-Regulamentar n.º 5/97, de 31 de Março:

  • Germes totais 37ºC (às 48 horas para piscinas de utilização colectiva, e às 24 horas para piscinas de empreendimentos turísticos, de hidroterapia e com fins terapêuticos)
  • Coliformes totais
  • Escherichia coli
  • Enterococos fecais
  • Estafilococos produtores de coagulase
  • Total de Estafilococos
  • Pseudomonas aeruginosa
  • Legionella (desejável nos jacúzis)

Parâmetros físico-químicos mínimos para avaliação

Os parâmetros físico-químicos mínimos para avaliação, devendo a sua determinação ser feita sistematicamente no local de colheita, são os seguintes:

  • Temperatura
  • Cloro residual livre
  • Cloro combinado
  • Bromo total
  • pH (quando não houver possibilidade de determinação laboratorial)

A determinar em laboratório:

  • pH
  • Turvação
  • Condutividade
  • Oxidabilidade
  • Cloretos
  • Amoníaco (a pedido da Autoridade de Saúde)

Considera-se desejável, quando se justifique, proceder-se à determinação de:

  • Ácido isocianúrico (quando forem utilizados como desinfectantes os derivados de ácido isocianúrico)
  • Brometos
  • Trihalometanos
  • Ozono
  • Outros desinfectantes

Leia também: Orientações do Programa de Vigilância Sanitária das Piscinas

Concluindo

Antes de escolher uma piscina tente informar-se sobre a qualidade da água, frequência das análises e resultados disponiveis para consulta pública. Se conhecer alguém que tenha frequentado a piscina pergunte se houve algum problema de saúde nos dias seguintes a ter estado na piscina.

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Fontes: 

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Queda de cabelo tratamento e as melhores vitaminas

Queda de cabelo excessiva e calvície tudo o que não sabe! Conhecida como calvície (ou calvície), recebe em medicina o nome de alopecia androgénica. Alopecia significa queda de cabelo, e androgénica refere-se à influência das hormonas masculinos no processo. Muitas pessoas acham que a calvície é um problema exclusivo dos homens, mas, na verdade, a perda definitiva de cabelos afeta mulheres na mesma proporção. A diferença é que, como no sexo feminino a calvície costuma ser menos intensa e, portanto, mais discreta, ela é mais facilmente camuflável.

Estudos:

Neste artigo vou tratar as seguintes questões:

  • Qual o ciclo de vida do cabelo normal?
  • Como nasce e cresce o cabelo?
  • O que são as fases anagénica, catagénica e telogénica?
  • Será que o cabelo cresce de modo contínuo?
  • O que causa a calvície?
  • Quais os padrões de queda de cabelo no homem e na mulher?
  • Porque cai o cabelo?
  • Porque cai mais cabelo no Outono?
  • Quais as causas principais?
  • Gravidez: Porque cai o cabelo?
  • Queda de cabelo súbita e intensa: Qual a causa?
  • Queda de cabelo no homem: Quais os sintomas?
  • Quais as causas da queda no homem?
  • Quais os tratamentos anti-queda?
  • Quais as regras de ouro para um cabelo mais bonito?
  • Quais os tratamentos para uma calvície incipiente?
  • Que outros tipos de queda de cabelo existem?
  • Estudos sobre queda de cabelo




Anatomia da pele

Anatomia da pele e cabelo

Anatomia do pêlo


Estrutura do pêlo estrutura-cabelo

Anatomia de um cabelo




Ciclo de vida do cabelo

Os pelos e os cabelos são estruturas cilíndricas compostas por proteínas, principalmente queratina, que crescem através da pele pelos folículos pilosos situados nas regiões mais profundas da derme. Todo o corpo, exceto as palmas das mãos e plantas dos pés, possuem folículos pilosos e pelos. Em alguns locais, por serem muito claros e finos, os pelos podem passar despercebidos, mas estão lá.

Os pelos apresentam características e velocidade de crescimento diferentes em cada local do corpo, o que é facilmente percetível quando comparamos cílios, cabelos, pelos púbicos e a barba, por exemplo. O couro cabeludo possui, em média, 100.000 fios de cabelo, com um crescimento médio de 1 a 2 cm por mês.

Todos os dias, perdemos entre 50 e 80 cabelos. A sua vida dura, em média, entre 2 e 7 anos. O cabelo nasce no folículo piloso, cresce por entre ciclos sucessivos, até cair.

Fases do ciclo de vida do cabelo

O ciclo de vida do cabelo é constituído pelas seguintes fases:

  1. Anagénica,
  2. Catagénica,
  3. Telogénica.

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Cabelo como nasce e cresce?

O cabelo nasce no folículo piloso. Cada folículo piloso tem vida própria, ou seja, cada cabelo cresce independentemente do crescimento dos outros. Se os folículos estivessem sincronizados, todos os cabelos cresceriam ao mesmo tempo. Nesse caso, haveria um período em que o homem ficaria totalmente calvo antes de recuperar uma farta cabeleira.

Fase anagénica

O período durante o qual o cabelo cresce tem o nome de fase anagénica e dura cerca de 1 a 3 ou 4 anos. Durante esta fase, o bulbo piloso situado na extremidade inferior do folículo regenera-se para voltar a produzir a fibra capilar. O cabelo cresce cerca de 1 cm por mês.

Fase catagénica

A segunda fase, catagénica, também chamada fase de involução, dura 2 a 3 semanas. É a conclusão da produção da fibra. O folículo retrai-se à superfície do couro cabeludo. Essas semanas vão permitir ao cabelo preparar-se para a fase de repouso.

Fase telogénica

A terceira e última fase do ciclo de vida do cabelo é a fase telogénica e corresponde ao período de repouso. O cabelo não cresce mais, mas permanece agarrado ao folículo durante cerca de 3 meses. No final desses 3 meses, o cabelo cai durante a lavagem ou escovagem. Pode dar-se início a uma nova fase anagénica.

Fases do ciclo de vida do cabelo

Crescimento do cabelo

O cabelo não cresce de modo contínuo, mas através de ciclos sucessivos. 90% dos cabelos encontram-se constantemente em fase de crescimento, enquanto que 10% estão em fase de queda. Todos os dias, caem naturalmente cerca de 50 a 80 cabelos, com 2 a 7 anos de vida. Estes cabelos são substituídos. Cada folículo piloso reproduz um total de 25 a 30 ciclos ao longo da sua vida. No entanto, pode ocorrer por vezes um descontrolo. Sob a influência das hormonas masculinas, estes ciclos podem ficar perturbados.

Calvície ou alopecia quais as causas?

A calvície ou alopecia androgénica é causada pelas seguintes alterações:

  • Encurtamento da fase de crescimento (anágena),
  • Afinamento progressivo do fio de cabelo,
  • Redução do tamanho dos folículos.

Estas alterações fazem com que a raiz fique cada vez mais próxima da superfície da pele.

Testosterona e dihidrotestosterona

Essa miniaturização do folículo é um processo hereditário e mediado por hormonas masculinas. Para ser mais exato, o problema ocorre naqueles pacientes que produzem excessivamente uma enzima chamada 5 alfa-redutase, que transforma a hormona masculina testosterona no seu derivado dihidrotestosterona. Fatores genéticos determinam essa produção excessiva.

A dihidrotestosterona liga-se a recetores existente em alguns folículos pilosos provocando a redução do seu tamanho. Portanto, a calvície ocorre naqueles indivíduos com altos níveis de dihidrotestosterona e numerosos folículos com recetores para esta hormona. As diferentes distribuições dos recetores de dihidrotestosterona entre indivíduos explica porque temos diferentes tipos de calvície.

Homem e padrões de queda de cabelo

A figura abaixo ilustra os padrões mais comuns de queda de cabelo no sexo masculino.

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Mulher e padrões de queda de cabelo

A figura abaixo ilustra os padrões mais comuns de queda de cabelo no sexo feminino.

Padrões de que de cabelo na mulher melhorsaude.org melhor blog de saude Padrões de queda de cabelo na mulher

Micro-irritação

Uma descoberta trouxe à luz do dia um fenómeno responsável pela reação em cadeia da queda de cabelo: a Micro-irritação. A Micro-irritação é induzida pelo stress repetido que desencadeia a produção excessiva de radicais livres.

Outono e mais queda de cabelo

Devido à influência da exposição sazonal ao Sol sobre as hormonas esteroides, todos os mamíferos, incluindo o ser humano, têm tendência a perder mais pelos ou cabelos no Outono. A testosterona, a hormona masculina que acelera o crescimento piloso nos homens, também contribui para uma queda de cabelo diária mais marcada.

Causas da queda de cabelo

A queda de cabelo, em particular no homem, tem frequentemente uma origem genética. Trata-se, neste caso, de uma alopecia androgenética ou calvície associada à sensibilidade particular dos folículos pilosos aos androgénios.

As principais causas da queda de cabelo são as seguintes:

Sob a influência de stress repetido, surge uma Micro-irritação mesmo por baixo da superfície do couro cabeludo. Imperceptível e indolor, esta Micro-irritação acaba por desencadear uma reação em cadeia que se propaga em cascata até ao bulbo. Em resposta, os tecidos contraem-se. O bulbo fica menos irrigado e menos nutrido, tendo como consequência o cabelo torna-se mais fino e acabando por cair.

Fadiga poluição sol e stress

O stress interno e o stress externo afetam diretamente o couro cabeludo. O stress interno pode ser induzido por:

  • Fadiga,
  • Excesso de trabalho,
  • Mudança de estação,
  • Falta de sono.

Quanto ao stress externo, este resulta de:

  • Cuidados capilares não adaptados,
  • Brushings sucessivos,
  • Poluição,
  • Radiações UV, etc

O couro cabeludo regista os vários tipos de stress e transforma-os numa produção excessiva de radicais livres. Em resposta aos estímulos exercidos pela ameaça dos radicais livres, dá-se a produção de agentes químicos pró inflamatórios que provocam um fenómeno imperceptível na superfície do couro cabeludo: a micro-irritação. Os ingredientes ativos permitem reabsorver a micro-irritação na sua origem e prevenir a sua repercussão até ao bulbo.

Gravidez e queda de cabelo

Queda de cabelo na gravidez melhorsaude.org melhor blog de saude

Qual o papel das hormonas nesta questão?

A testosterona, a hormona masculina que acelera o crescimento piloso nos homens, também contribui para uma queda de cabelo diária mais marcada. As variações hormonais estão na origem da perda significativa de cabelo de que as jovens mães padecem frequentemente. De facto, os cabelos que deviam ter caído durante os nove meses anteriores são retidos pelas hormonas da gravidez.

Assim que os níveis de estrogénio regressam ao normal após o parto, estes cabelos perdem a sua ligação hormonal e caem. No entanto, este processo é temporário e, geralmente, normaliza-se ao fim de alguns meses. Por outro lado, um choque físico ou emocional (morte, divórcio, operação cirúrgica significativa) pode provocar uma queda súbita de cabelo três a quatro meses após o evento em questão. Também neste caso, as hormonas são as responsáveis mas, à medida que o organismo e a moral se restabelecem, os cabelos retomam o seu ciclo habitual.

Queda de cabelo súbita e intensa

Mesmo que perca uma quantidade de cabelos que lhe pareça significativa, se continuar a ter um crescimento normal e se a densidade do seu cabelo permanecer estável, não há motivo para preocupações. Por outro lado, se o seu cabelo perder volume visivelmente ou se constatar que determinadas zonas ficam desguarnecidas, consulte o seu farmacêutico. Se a queda for súbita ou grave, não hesite em consultar um dermatologista. Este especialista poderá descobrir problemas ou patologias subjacentes (carência de ferro, distúrbios da tiróide ou hormonais, efeitos secundários de certos medicamentos…) que podem contribuir para a queda de cabelo.

QUEDA DE CABELO NO HOMEM

HEREDITARIEDADE E STRESS, OS PRINCIPAIS FACTORES

Face a uma queda significativa de cabelo ou alopecia, aconselha-se agir rapidamente. Muitas vezes de origem hereditária, a alopecia masculina pode ser interrompida através de cuidados específicos antiqueda de cabelo. Recomenda-se igualmente a prevenção contra o stress e a prática de uma alimentação equilibrada.

Sintomas

Perdemos cerca de 50 a 80 cabelos por dia. Tal como as células da pele, o cabelo renova-se naturalmente. Novos nascimentos substituem, em princípio, os cabelos que caem diariamente. Na verdade, cada cabelo dura entre 2 e 7 anos e cada folículo piloso que origina o cabelo reproduz entre 25 a 30 ciclos. Contudo, sob a influência de determinados fatores, a queda de cabelo acelera. Na ausência de crescimento, começam a surgir zonas escassas em cabelo.

Causas da queda de cabelo no homem

No homem, a queda de cabelo é, sobretudo, de origem genética. Na verdade, a alopecia androgenética hereditária afeta cerca de 70% dos homens. Normalmente, referem-se à alopecia como calvície. Esta deve-se à influência das hormonas masculinas, os androgénios. A calvície pode surgir muito cedo, desde os 18 anos.

Progressivamente, o crescimento do cabelo fica mais lento e passa a um ano em vez dos três ou quatro. O folículo piloso implanta-se cada vez menos na derme e atrofia. Consequência: o cabelo fica mais fino. O couro cabeludo fica desprovido de cabelo, primeiro ao nível das têmporas, da testa e do topo do crânio.

Outras causas

  • Toma de medicamentos, como os anticoagulantes ou tratamentos contra o cancro
  • Choque psicológico
  • Stresse
  • Carências alimentares
  • Mudanças de estação

Tratamentos anti-queda

É mais fácil atrasar a queda de cabelo do que estimular o seu crescimento. Existem vários tratamentos, sob a forma de champôs específicos, de loções ou de séruns. O dermatologista poderá ainda prescrever tratamentos medicamentosos. Por fim, as técnicas cirúrgicas de enxerto constituem mais uma solução para a queda de cabelo.

Recomenda-se :

  • Cuidado diário do seu cabelo, privilegiando os champôs suaves e evitando o uso abusivo de produtos agressivos;
  • Descansar e evitar o stress;
  • Ter uma alimentação saudável e equilibrada

Prevenir a queda de cabelo

5 regras para ter um cabelo mais bonito

Para manter um cabelo bonito e saudável adopte uma rotina de cuidados diária. O seu cabelo e couro cabeludo exigem cuidados suaves!

  • A temperatura certa
  • Cuidados capilares muito suaves!
  • Deixe o seu cabelo respirar!
  • Massaje o couro cabeludo
  • Evite o stress!
  • Alimentação e exercício físico

Temperatura certa

Sempre que lavar o seu cabelo, garanta que a água está a uma temperatura adequada. Deve estar morna de forma a não agredir o couro cabeludo. Deve igualmente enxaguar abundantemente de forma a que não existam vestígios do seu champô ou de outros produtos capilares aplicados.

Cuidados capilares muito suaves

O calor excessivo ou a lavagem com um champô não adequado podem danificar o seu cabelo ou torná-lo mais frágil. Use uma champô suave que não agrida o seu couro cabeludo. E, mantenha o seu secador a uma temperatura baixa!

Na lavagem deve usar um champô adequado ao seu tipo de cabelo, aplicá-lo com uma massagem suave, deixá-lo atuar durante 2 a 3 minutos, enxaguar bem, e em seguida usar um condicionador, ou tónico capilar, se adequado.

Pentear ou escovar o cabelo é quase tão importante como lavá-lo, pois ajuda a eliminar a sujidade, a caspa, os cabelos caídos e as células mortas que se vão acumulando, e que podem obstruir a passagem de nutrientes. Evite fazê-lo com o cabelo molhado, e evite o secador sempre que possível.

Deixe o seu cabelo respirar

O seu cabelo precisa de respirar. Não o mantenha amarrado durante horas sem fim. Alterne o seu cabelo entre solto e apanhado. Não use bandoletes, toucas ou chapéus durante um longo período de tempo.

Massaje o couro cabeludo

A massagem não é somente para o corpo. Pode ser igualmente benéfica para o cabelo. Durante a lavagem, massaje o couro cabeludo durante 2 a 3 minutos, sem o agredir. Assim estimulará a circulação sanguínea e relaxar o seu couro cabeludo.

Evite o stress

Cuidar do seu cabelo significa também cuidar de si! Uma dieta equilibrada, exercício físico e um sono descansado são essenciais para um cabelo saudável. Experimente o yoga para eliminar o stress da sua vida!

Alimentação e exercício

Para preservar o nosso cabelo devemos ter alguns cuidados na alimentação e no nosso estilo de vida, e adotar alguns cuidados capilares básicos.

A alimentação e o exercício físico são fatores que podem influenciar a saúde dos cabelos, pois interferem com a circulação sanguínea, que transporta os nutrientes para a raiz do cabelo. Quando o organismo está carente de nutrientes, também o cabelo e o couro cabeludo se ressentem.

Uma dieta equilibrada e atividade física frequente refletem-se num cabelo saudável, adiando ou diminuindo o ritmo da queda do cabelo.

Algumas vitaminas são particularmente benéficas para os cabelos, assim como vários minerais, a saber:

  • Vitamina A,
  • B1 (tiamina),
  • B2 (riboflavina),
  • B3 (niacina),
  • B6 (piridoxina),
  • B9 (ácido fólico)
  • B12 (cianocobalamina),
  • Vitamina C,
  • Vitamina E,
  • Cálcio,
  • Ferro,
  • Fósforo,
  • Magnésio,
  • Iodo,
  • Zinco.

Sendo os cabelos compostos por 60% a 90% de proteínas, estas são muito importantes na dieta, sobretudo carnes magras, peixe, leite, e ovos. No entanto devemos ter sempre em consideração que o excesso de proteína na alimentação pode trazer consequências graves para a nossa saúde (Ex: doença renal), pelo que, como é óbvio, deve moderar o consumo.

Consultar o dermatologista

Todos os dias há pacientes com queda de cabelo.

Trata-se muitas vezes do aumento de uma queda fisiológica que afeta, sobretudo, as mulheres, durante o Outono ou a Primavera, altura em que o número de consultas aumenta. Também  pode tratar-se de uma calvície real instalada, muitas vezes mal cuidada pelos homens mais jovens. A queda de cabelo é sempre um fenómeno de angústia para os pacientes.

Dermatologista e tratamentos antiqueda

Quando consulta um dermatologista os tratamentos seguem determinadas fases. Primeiro, faz uma análise ao sangue para aferir os seguintes parâmetros:

Depois, explica o mecanismo da queda de cabelo. É importante para diminuir a ansiedade.  Prescreve preferencialmente suplementos alimentares (aminoácidos sulfurados: taurina, cistina) que permitem encurtar o período de queda. As loções antiqueda podem ser eficazes desde que sejam  produtos com eficácia comprovada.

Tratamento da calvície incipiente

O tratamento da calvície masculina é baseado no uso dos seguintes medicamentos e substâncias:

  1. Minoxidil em solução tópica (aprovado para homens e mulheres).
  2. Finasterida por via oral (aprovado apenas para homens).
  3. Stemoxydine (Neogenic®)

Minoxidil a 2% e 5%

A solução de minoxidil para aplicação direta no couro cabeludo melhora a queda de cabelo por aumentar o tempo da fase anagénica e estimular o crescimento dos folículos miniaturizados. Os resultados demoram pelo menos 4 meses, sendo mais pronunciados no ápice do couro cabeludo e menores na região frontal. O tratamento é para a vida inteira. Com a interrupção, a perda de cabelo retorna.

Finasterida a 1mg

A Finasterida é um medicamento originalmente usado na hipertrofia prostática, mas que, com o tempo, demonstrou como efeito colateral uma redução na queda de cabelo dos pacientes.

A finasterida é um bloqueador da enzima 5 alfa-redutase, o que, como explicado anteriormente, impede a transformação da testosterona em dihidrotestosterona (DHT), responsável pelos efeitos negativos nos folículos pilosos.

Em geral, preconiza-se o uso de comprimidos de 1 mg por dia, por pelo menos, 1 ano. Com o uso da Finasterida ocorre aumento do número de fios de cabelo, que também se tornam mais grossos e fortes. Se a droga for suspensa, porém, dentro de 6 a 9 meses o paciente perde todo o cabelo novo que havia crescido.

Finasterida nas mulheres

A Finasterida em mulheres ainda não se mostrou eficaz e comprovadamente causa más formações fetais. Portanto, não é uma droga indicada para a calvície feminina.

Se tem uma queda de cabelo que considere grave procure um dermatologista para que ele possa decidir a melhor estratégia terapêutica para o seu caso. Não se automedique. Lembre-se que tanto a Finasterida quanto o minoxidil apresentam efeitos colaterais e contraindicações.  Além disso, existem várias outras causas para perda de cabelo além da alopécica androgénica, que não devem ser tratadas com nenhuma dessas duas drogas.

Stemoxydine® a 5%

Entre dois ciclos de crescimento, o bolbo capilar entra em fase de inatividade onde suspende a sua atividade e permanece vazio.
Para despertar, o bolbo capilar precisa de um sinal : foi a trabalhar nessa etapa que a pesquisa do laboratórios L’Oréal descobriu o papel das células estaminais no despertar dos bolbos adormecidos e na renovação do cabelo.

Stemoxydine é a 1ª molécula de ação biomimética que simula um ambiente ótimo para as células estaminais e favorece o seu bom funcionamento. Os bolbos em fase de inatividade são despertados. 1700 novos cabelos em 90 dias (estudo clínico vs placebo em 101 indivíduos – valor médio para uma cabeleira alopécica).  Para couros cabeludos sensíveis. A fórmula é hipoalergénica sem parabenos e não colante.

Outros tipos de queda de cabelo

Existem várias outras causas para queda de cabelo. Ao contrário da calvície, elas costumam causar perdas localizadas e irregulares. Porém, em casos difusos podem se assemelhar à alopécia androgénica. Vamos citar as causas mais comuns:

Eflúvio anagénica

É a queda de cabelo que ocorre, por exemplo, na quimioterapia, radioterapia ou envenenamentos com mercúrio.

Eflúvio felogénico

Queda de cabelo que ocorre como efeito colateral de várias drogas, deficiências de vitaminas, stresse psicológico ou doenças da tiroide.

Alopécia traumática

Ocorre por trauma mecânico e/ou químico do cabelo. Pode surgir após algumas técnicas de alisamento de cabelo com repetidas tração do mesmo associado ao uso de produtos químicos. Algumas pessoas com crises nervosas podem arrancar o próprio cabelo e ter esse tipo de alopécia.

Alopécia areata

É uma doença autoimune, onde o corpo passa a equivocadamente a produzir anticorpos contra os seus folículos pilosos. O couro cabeludo é o mais afetado, mas pode haver perda de pelos em qualquer parte do corpo.

Tinea capitis

Infeção do couro cabeludo por fungos.

Lúpus discoide

O lúpus eritematoso discoide é uma doença crónica e recorrente caracterizada por manchas arredondadas vermelhas de bordos bem definidos na pele. A sua causa é desconhecida e é mais frequente no sexo feminino e mais ainda em mulheres com cerca de 30 anos de idade. O leque de idades é muito mais amplo que o habitual para o lúpus eritematoso sistémico.

Estudos sobre queda de cabelo

De seguida descrevo alguns estudos publicados e disponíveis para consulta pública:

Concluindo

O cabelo é uma parte importante do nosso corpo por influenciar decisivamente a nossa autoestima. Essa influência psicológica é tanto mais marcada quanto menor for a idade da pessoa pelo que os jovens com casos de calvície na família próxima (pais e irmãos) devem estar atentos aos sintomas e tratar o problema, logo que surjam os primeiros sinais, com a ajuda do dermatologista e do Farmacêutico nos casos mais ligeiros e comuns de queda de cabelo.

A queda de cabelo, se for repentina e intensa, pode também ser um sinal de problemas de saúde mais profundos, pelo que  deve, neste caso, consultar de imediato o seu médico.

Fique bem!

FranklimA. Moura Fernandes

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Franklim Fernandes ÁREA RESERVADA melhorsaude.org

Beber álcool a mais como recuperar? Toda a verdade!

Beber demais o que fazer? Álcool e Ressaca como evitar e recuperar do excesso? Tudo o que não sabe sobre beber álcool a mais! Porque nos faz sentir tão mal? Beber demais prejudica o fígado, como pode evitar? E se acontecer…como posso curar mais rápido? Nas quadras festivas e dias especiais estas questões colocam-se demasiadas vezes sem que se faça o que é possível para evitar tantos danos para o nosso organismo! Saiba como se pode proteger e curar se não conseguir evitar…tomar três copos a mais!

Para piorar tudo muitas vezes nas ocasiões festivas além do álcool juntam-se os exageros alimentares de carnes, gorduras e doces que são viciantes… tal como o álcool! Se este é o teu caso  então lê aqui o meu artigo sobre Indigestão, azia, refluxo e enfartamento e como podes recuperar dos excessos!

Leia também: Indigestão, azia, refluxo e enfartamento… toda a verdade!

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

    • Quais os efeitos psicoativos do álcool?
    • Quais os efeitos imediatos do álcool?
    • Efeitos a longo prazo do álcool, quais são?
    • Quais as perturbações psíquicas que provoca?
    • Quais os riscos de consumir álcool na gravidez?
    • O que é a tolerância inversa?
    • Quais os efeitos da supressão súbita do álcool?
    • Quais os sinais duma intoxicação alcoólica aguda?
    • Como é metabolizado o álcool?
    • O que é a metabolização alcoólica?
    • Qual a bioquímica do álcool?
    • Porque ficamos bêbados?
    • O que acontece se beber durante a refeição?
    • O que acontece quando os níveis de álcool são elevados?
    • O que é uma ressaca?
    • Porque acontece a ressaca?
    • Porque ocorre intoxicação pelo acetaldeído?
    • Queda da glicose sanguínea, porque acontece?
    • Porque ocorre a desidratação com o consumo de álcool?
    • Que quantidade de álcool posso beber sem ter ressaca?
    • Como evitar uma ressaca?
    • Como curar uma ressaca?

Álcool e os efeitos Psicoativos

O marcado carácter social desta substância e a grande aceitação de que goza, permitem catalogar como sendo normais padrões de consumo que, na realidade, são claramente exagerados. Do exagero surgem uma série de consequências adversas que descrevo de seguida.

Beber demais efeitos Imediatos

Quando bebemos demais à sensação inicial de euforia e de desinibição, segue-se um estado de sonolência, turvação da visão, descoordenação muscular, diminuição da capacidade de reação, diminuição da capacidade de atenção e compreensão, fadiga muscular, etc.

O álcool atua bloqueando o funcionamento do sistema cerebral responsável pelo controlo das inibições. Estas, ao verem-se diminuídas, fazem com que o indivíduo se sinta eufórico, alegre e com uma falsa segurança em si mesmo que o poderá levar, em determinadas ocasiões, a adotar comportamentos perigosos.

Acidentes rodoviários

Os acidentes rodoviários merecem uma menção especial. Uma altíssima percentagem destes têm relação direta com o consumo do álcool. Há mais mortes, por dia, causadas pelo álcool do que por outras substâncias psicoativas. Podemos afirmar que é a primeira causa de morte entre os jovens. Contrariamente ao que se diz, o álcool não é um estimulante do sistema nervoso central mas sim um depressor.

O excessivo consumo de álcool produz:

Se as doses ingeridas forem muito elevadas, caso de intoxicação etílica aguda, pode surgir depressão respiratória, coma etílico e eventualmente a morte.

Leia também: Esta é a melhor forma de desintoxicação do nosso corpo, toda a verdade!

Efeitos a longo prazo

O consumo crónico produz alterações diversas em diferentes órgãos vitais:

  • Cérebro – deterioração e atrofia;
  • Sangue – anemia, diminuição das defesas imunitárias;
  • Coração – alterações cardíacas (miocardite);
  • Fígado – hepatopatia, hepatite, cirrose;
  • Estômago – gastrite, úlceras;
  • Pâncreas – inflamação, deterioração;
  • Intestino – transtornos na absorção de vitaminas, hidratos e gorduras, que provocam sintomas de carência.

Leia também: Fígado gordo sem consumo de álcool, estes são os perigos, toda a verdade!

Perturbações Psíquicas

As perturbações psíquicas mais relevantes causadas pelo álcool são as seguintes:

  • Irritabilidade;
  • Insónia;
  • Delírios por ciúmes;
  • Ideias de perseguição;
  • Encefalopatias com deterioração psico-orgânica (demência alcoólica).

Consumo na gravidez

O consumo habitual na mulher grávida pode dar lugar à síndrome alcoólica-fetal, caracterizado por malformações no feto, baixo coeficiente intelectual, etc.

Tolerância inversa

O álcool provoca tolerância e um alto grau de dependência, tanto física como psicológica. Nos consumidores crónicos pode surgir a Tolerância Inversa, então, basta uma pequena quantidade para se ficar embriagado.

Supressão súbita do álcool

A supressão súbita do álcool no paciente consumidor dependente pode desencadear uma grave síndrome de abstinência que requer atenção médica urgente. Os sintomas entre as doze e as dezasseis horas seguintes à privação da bebida, são os seguintes:

  • Inquietação,
  • Nervosismo,
  • Ansiedade.

Várias horas depois, podem aparecer:

  • Cãibras musculares,
  • Tremores,
  • Náuseas,
  • Vómitos,
  • Grande irritabilidade.

A partir do segundo dia de abstinência, nos casos mais graves, surge o denominado “delirium tremens”, caracterizado por:

  • Confusão mental,
  • Desorientação no tempo e no espaço, em relação a si e aos outros,
  • Clara desintegração dos conceitos,
  • Aparecimento de delírios,
  • Alucinações,
  • Fortes tremores.

No núcleo familiar, um elevado grau de alcoolismo pode conduzir à falta de responsabilidade, desintegração familiar, crises, maus tratos, etc. Outras consequências provocadas pelo alcoolismo são:

  • Instabilidade e o absentismo laboral,
  • Aumento de acidentes,
  • Comportamentos criminosos,
  • Alterações da ordem,
  • Suicídio.

Intoxicação alcoólica aguda

Após a ingestão de grandes quantidades, o álcool chega rapidamente ao cérebro e provoca os sintomas da embriaguez nos seus mais variados aspetos. As manifestações mais importantes são: comportamentos desadaptados, como por exemplo os impulsos sexuais desinibidos ou agressivos, sensibilidade emocional, deterioração da capacidade de raciocínio e da atividade social, fala premente, descoordenação, instabilidade motora, rubor facial, mudanças no estado de ânimo, irritabilidade, loquacidade e falta de atenção. A conduta habitual do indivíduo pode acentuar-se ou alterar-se. Por vezes, aparecem fenómenos de amnésia durante a intoxicação.

Fatores como a existência de tolerância; o tipo do álcool; a quantidade ingerida; a rapidez do consumo; a ingestão simultânea de alimentos; as circunstâncias ambientais; a personalidade do consumidor ou o consumo de algum medicamento, poderão influir de forma acentuada nas características da embriaguez. Os casos mais graves de intoxicação levam à perda de consciência, ao coma e inclusivamente à morte por depressão cardiorrespiratória.

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Metabolização hepática

Quando ingerimos qualquer substância, ela passa basicamente por três fases:

    • Digestão,
    • Absorção,
    • Metabolização no fígado.

Todos os alimentos que ingerimos são decompostos ou quebrados na boca, estomago e intestino em elementos mais simples na forma de proteínas, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas, minerais e toxinas para serem  absorvidos pelo trato gastrointestinal e passarem pelo fígado antes de chegar a qualquer outro órgão. Isto é válido para alimentos, álcool, remédios, drogas, etc. O fígado é uma espécie de central de tratamento dos alimentos que comemos e bebemos. Nada chega à circulação sanguínea sem antes ter sido metabolizado pelo fígado. Este processo chama-se metabolização hepática.

A metabolização hepática inativa substâncias tóxicas que tenham sido ingeridas, como por exemplo o álcool (etanol). O processo de metabolização hepática do álcool  é curioso, pois, como o fígado humano não produz uma enzima que neutralize diretamente o álcool, ele é metabolizado em duas fases:

    • Fase 1 – transforma o álcool em acetaldeído (metabolito tóxico)
    • Fase 2 – transformação do acetaldeído em acido acético (metabolito neutro, não ativo e não tóxico)

Esta metabolização tem dois problemas:

  1. O acetaldeído é uma substância mais tóxica que o próprio álcool;
  2. O acetaldeído só é transformado e inativado em ácido acético após uma segunda passagem pelo fígado.

Resumindo, consumimos álcool, mas antes do mesmo chegar à circulação sanguínea central, o fígado transforma-o em acetaldeído, uma substância ainda mais tóxica. Só depois de rodar todo o organismo e retornar ao fígado é que finalmente o álcool ingerido (agora sob a forma de acetaldeído) consegue ser transformando-se em  ácido acético, este sim inativo e não tóxico.

Após bebermos álcool, o resultado final é o seguinte:

    • 92% do etanol ingerido é metabolizado e inativado pelo fígado,
    • 3% é eliminado na urina,
    • 5% é eliminado pelos pulmões na respiração (daí o teste do balão)
    • Menos de 1% sai na pele através do suor.

O acetaldeído é um carcinogénico e pode levar à lesão do fígado se a exposição for frequente e prolongada.

Bioquímica do álcool

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Porque ficamos bêbados?

Já sabemos que o álcool, que é uma substância tóxica, após ser ingerido é transformado noutro elemento ainda mais tóxico antes de circular por todo o corpo. Mas o problema não termina aí. A absorção do álcool pelos intestinos é muito mais rápida do que a capacidade do fígado de metabolizá-lo. O fígado só consegue metabolizar o equivalente a 10 gramas de álcool por hora, o que é menos que um 1 copo de vinho ou 300 ml de cerveja, que possuem cerca de 12 gramas de álcool. Portanto, se tomarmos o equivalente a 5 copos de vinho, o corpo vai demorar, em média, 6 horas para eliminar todo esse volume. Isso significa que após um consumo exagerado de álcool, durante várias horas o nosso organismo vai ter que lidar com duas substâncias altamente tóxicas a circular no sangue:

    • Álcool,
    • Acetaldeído.

Beber durante a refeição

Quando estamos de estômago cheio, a absorção de etanol fica mais lenta, dando mais tempo ao fígado para metabolizar o álcool que chega. Por isso, a intoxicação por etanol é mais intensa quando bebemos em jejum. Bebidas alcoólicas gasosas são absorvidas mais lentamente e alimentos ricos em proteínas (ex: carne e peixe) ou em açúcar reduzem a absorção do álcool.

Níveis de álcool elevados

Conforme o nível de álcool aumenta, a capacidade de julgamento fica alterada e surgem os comentários e as ações impróprias. Doses maiores de álcool e acetaldeído na circulação intoxicam os neurónios, levando à inibição do funcionamento do sistema nervoso. Á medida que a concentração sanguínea aumenta, a pessoa vai passando pelas seguintes fases:

  1. Letargia,
  2. Sonolência,
  3. Redução do nível de consciência,
  4. Coma alcoólico,
  5. Eventualmente, morte.

Estar bêbado significa estar com os neurónios intoxicados por álcool (e acetaldeído). Os sintomas da bebedeira duram até o fígado conseguir neutralizar todo o álcool e o acetaldeído que circulam no sangue, o que já vimos que pode levar horas.

Ressaca, o que é?

Estes são os principais sintomas que sinalizam uma ressaca:

  • Sensibilidade à luz,
  • Boca seca,
  • Gosto amargo,
  • Tonturas,
  • Fraqueza nas pernas,
  • Dor de cabeça,
  • Náuseas,
  • Vómitos,
  • Diarreia,
  • Fezes com cheiro a álcool,
  • Dificuldade de raciocínio,
  • Falha de memória.

A ressaca habitualmente surge quando o nível de álcool no sangue já está baixo, quase zero, após um enorme trabalho de limpeza feito pelo fígado.

Ressaca porque acontece?

A ressaca parece ocorrer basicamente por três motivos:

  1. Intoxicação pelo acetaldeído.
  2. Queda da glicose sanguínea (hipoglicémia).
  3. Desidratação.

Intoxicação pelo acetaldeído

O acetaldeído chega a ser até 30 vezes mais tóxico para as células do que o etanol. No caso de um consumo exagerado de álcool pode haver presença deste metabólito tóxico na circulação ainda por várias horas após o indivíduo ter parado de beber. Grande parte do mal estar da ressaca é consequência da exposição prolongada das células ao acetaldeído, o que provoca uma espécie de inflamação generalizada do organismo. Além disso, os neurónios ficam intoxicados, o que atrapalha o estabelecimento de um padrão adequado de sono. A pessoa fica sonolenta, mas a qualidade do sono é má, mantendo o cansaço.

Glicose sanguínea baixa

O processo de metabolização do etanol envolve vias enzimáticas do fígado que também participam na produção de glicose, principalmente em períodos de jejum. Como essa enzimas estão ocupadas metabolizando o etanol, temos uma queda no nível de glicose para o cérebro e outras regiões do organismo. Daí surgem os sintomas de fraqueza e mal-estar.

Desidratação

Um dos efeitos adversos do etanol no cérebro é inativar a produção de uma hormona chamada ADH (hormona antidiurética). Os rins filtram em média 180 litros de sangue (água) por dia. Graças à hormona ADH, destes 180 litros filtrados, urinamos apenas 1 ou 2 por dia. A hormona ADH é um dos principais mecanismos de controle da quantidade de água corporal. Quando ele é inibida, toda a água que passa pelos rins é eliminada na urina. Por isso, alguns minutos após o ingestão de álcool, começamos a urinar com frequência. Após consumo de bebidas alcoólicas a urina fica clara porque neste momento a sua urina é basicamente água pura. Esse efeito diurético leva à desidratação, que causa os seguintes sintomas sintomas:

    • Boca seca,
    • Sede,
    • Dor de cabeça,
    • Irritação,
    • Cãibras.

A hormona ADH só volta a ser produzida pelo sistema nervoso central quando os níveis de álcool voltam a valores baixos, o que só acontece, geralmente, após horas de eliminação excessiva de água.

Quantidade de álcool a beber sem ressaca?

O risco de ressaca é maior quando há um consumo de pelo menos 4 copos de vinho ou 4 latas de cerveja (ou o equivalente em álcool de qualquer outra bebida) no intervalo de 2 horas. Esta é uma quantidade de álcool consumido acima da capacidade de metabolização hepática, promovendo a formação no fígado de grandes quantidades de acetaldeído que é de seguida libertado para a corrente sanguínea.

Evitar a ressaca

Alccol e ressaca melhorsaude.org

Afinal como conseguimos evitar a ressaca? Antes de mais deve dizer-se que é possível beber uma boa quantidade de álcool sem ficar com ressaca… basta ter os cuidados ou técnicas que de seguida se descrevem. No entanto, que fique claro, que qualquer quantidade de álcool consumida parece ser lesiva para o nosso corpo… portanto evite ou pelo menos modere o consumo e a frequência com que bebe!

Beber devagar

Beber mais devagar e só depois de ingerir alimentos ricos em proteínas e carboidratos diminui a velocidade de absorção de álcool pelos intestinos, dando tempo para o fígado metabolizar o álcool que vai sendo consumido. O ideal é comer antes de começar a beber. Depois de bêbado, o álcool já foi todo absorvido, comer só vai aumentar o risco de você vomitar. Todavia, nada impede que você petisque durante a festa enquanto bebe, pois isso ajuda a retardar a absorção do álcool.

Beber muita água

Beber muita água antes, durante e depois da festa talvez seja a melhor dica. Sempre que for urinar, beba algo não alcoólico, seja água, sumo ou refrigerantes (com açúcar de preferência).

Evitar bebidas mais escuras

Bebidas mais escuras – como uísque, vinho tinto, tequila (que não é tão escura) e conhaque – geralmente causam ressacas piores do que o vinho branco, cerveja ou bebidas claras, como vodka ou gin. No entanto não esqueça que a cerveja ou a vodka também provocam  ressaca quando tomadas de forma exagerada.

Produtos anti-ressaca

Produtos anti-ressaca, tomados antes de beber têm pouco fundamento científico. São drogas que misturam substâncias contra náuseas, analgésicos e cafeína, tentando amenizar alguns dos sintomas da ressaca. O problema é que o seu efeito já não é tão grande muitas horas depois de tomado e alguns deles ainda contêm anti-inflamatórios ou aspirina, que são substâncias que irritam o estômago.

Estas drogas não são eficazes sobre a desidratação, nem sobre a hipoglicemia, nem sobre a irritação que o acetaldeído provoca nas células. Além de não funcionarem bem como prevenção da ressaca, estes medicamentos ainda podem estimular o indivíduo a beber mais, pois o mesmo passa a achar que está protegido contra os efeitos maléficos de um consumo exagerado de álcool.

Pera asiática antes de beber

Pera asiática– A Organização de Pesquisas da Comunidade Científica e Industrial da Austrália desenvolveu um estudo para saber de que maneira uma ressaca pode ser curada. Os cientistas descobriram que beber 220ml de sumo de pera asiática é o ideal antes de ingerir bebida alcoólica. A pera asiática tem formato de maçã e possui enzimas capazes de acelerar o metabolismo do álcool, inibindo a absorção da substância.

A autora do estudo, Manny Noakes disse que as reduções foram observadas nos níveis de acetaldeído do sangue. A gravidade da ressaca, medida numa escala com 14 sintomas, diminuiu significativamente no grupo que bebeu o sumo de pera-asiática, comparado com aqueles que beberam placebo. O efeito mais forte foi visto no sintoma de dificuldade de concentração.

Estudo Autraliano: Researchers find pear juice can ward off hangovers

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Curar ressaca mas como?

Beba muitos líquidos ao acordar. A não ser que esteja habituado a beber café de manhã, o ideal é evitá-lo, pois a cafeína também é um diurético. Água e sumos são o ideal. Isotónicos também podem ser usados.

Não existe um remédio que cure a ressaca nem que acelere o metabolismo do etanol. De nada adianta tomar banho frio, café, chás, produtos com cheiro forte ou qualquer outra medicação caseira. O importante é hidratação, carboidratos e bastante repouso. Habitualmente, a ressaca melhora no espaço de um dia.

Desintoxicantes ajudam na ressaca

Existem diversos produtos que alegam ter efeito mitigador da ressaca ou seja diminuir os seus danos e sintomas no nosso organismo. No entanto para ser utilizado com eficácia e segurança e comprado facilmente na sua Farmácia  destaca-se um medicamento não sujeito a receita médica chamado Guronsan®, muito utilizado como desintoxicante, após uma noite de copos, cuja composição é a seguinte:

  • Cafeína (50mg), um estimulante psíquico por excelência.
  • Glucuronamida (400mg), responsável pela eliminação de toxinas do organismo, daí a sua importância como efeito desintoxicante.
  • Ácido ascórbico (500mg), tónico geral, a famosa vitamina C.

Pela composição, é indicado como desintoxicante, mas também para um dia de estudo ou esforço intenso e é tomado ao pequeno-almoço e almoço, dissolvido em água, para que os efeitos sejam sentidos logo pela manhã e ao longo do dia.

O problema deste produto quando usado para tratar a ressaca é a cafeína porque esta tem um efeito diurético e portanto num contexto de desidratação e excesso de urina pode aumentar ainda mais o efeito desidratante da ressaca. Este produto é portanto útil apenas quando a frequência urinária volta ao normal ou seja quando deixamos de sentir a vontade permanente de urinar.

Cafeína

A Cafeína, que no Guronsan aparece na dose de 50mg, equivale a meio café expresso e tem um efeito estimulante. Quando em circulação, estimula a libertação de cortisol e adrenalina. O cortisol e a adrenalina ajudam a acelerar o metabolismo, a melhorar a concentração e o estado de vigília.

Glucuronamida

O ácido glucorónico é uma substância que existe naturalmente no fígado. A Glucuronamida é um derivado deste ácido. No organismo, a Glucuronamida vai ligar-se às toxinas, tornando-as mais solúveis, fazendo com que as toxinas sejam mais facilmente excretadas pela urina.

Vitamina C ou ácido ascórbico

A Vitamina C tem um papel importante na proteção de todas as estruturas do organismo. Em casos de “intoxicação”, a Vitamina C encontra-se diminuída. Nessas situações, o aumento do aporte de Vitamina C ajudará ao reforço do sistema imunitário, acelerando a resposta natural do organismo a agressões e claro intoxicações

 Concluindo

O consumo excessivo e generalizado de álcool é um assunto que deve preocupar-nos a todos. São inúmeros os casos de jovens alcoolizados em idade escolar e universitária que acabam na urgência do hospital passando a ser motivo apenas de “risota” em vez de serem motivo de séria preocupação e acompanhamento por parte dos educadores! O álcool é de longe a maior “droga legal” e o seu consumo é tão transversal por toda a sociedade que os custos de saúde associados são “monstruosos”! A educação dos mais jovens têm de ser muito mais eficaz a alertar para os malefícios do álcool, não só para os proteger mas também para que levem a mensagem para casa onde, em muitos lares, é certamente necessária!

Referências

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CÃO E AMIGO 20 RAZÕES DE SAÚDE PARA TER UM CÃO !

Cão… será o nosso melhor amigo? Será que ter um cão faz bem à saúde ? Descrevo 20 argumentos científicos para fortalecer a sua opinião e descobrir ou confirmar porque é tão especial ter um cão! Este post é muito especial! Leia até ao fim para saber porquê!

20 razões de saúde para ter um cão !

Alergias, ter um cão provoca menos alergias

Os estudos mostram que as crianças que vivem com cães têm menos alergias. O sistema imunitário das crianças com cães entra em contacto mais cedo com vários alergénios do meio ambiente transportados pelo cão fazendo com que sejam reconhecidos e tolerados pelo nosso organismo e evitando o aparecimentos de muitas alergias.

Além disso é muito mais habitual os humanos serem alérgicos ao pelo do gato do que ao pêlo do cão.

Humor: Ter um cão melhora o humor

Ter cão reduz a ansiedade e o stresse associado. Ajudam a baixar os níveis de cortisol (hormona que origina irritabilidade) e aumentam os de serotonina (neurotransmissor que melhora o humor).

Coração, faz bem ter um cão

Os donos de cães que tiveram ataque cardíaco têm uma taxa de recuperação superior à média e uma menor taxa de mortalidade por doença cardíaca. Não há dúvidas, ter cão faz bem à saúde cardíaca.

Tensão arterial o cão ajuda

Ter cão ajuda a baixar os níveis de cortisol (hormona que origina irritabilidade) e aumentar os de serotonina (neurotransmissor que melhora o humor) isso provoca também uma queda da tensão arterial nos doentes hipertensos.

Exercício físico, mais atividade

Os cães têm de brincar e passear, certo? Então os donos de cães têm em média mais tempo de exercício pelo que basta 30 minutos de caminhada para baixar o risco de muitas doenças.

Colesterol e triglicéridos

Estudos mostram que os donos de cães tendem a ter menores níveis de colesterol e triglicéridos. Os investigadores julgam que tal acontece por serem mais ativos.

Depressão, o cão combate a depressão

Tratar de cães leva à libertação de serotonina e dopamina que são neurotransmissores com ação antidepressiva. Além disso os cães são óptimos ouvintes!

Terapia: Podem ser terapeutas profissionais

Muitos conselheiros usam cães nas sessões de terapia e há muitas organizações que também os usam para tratar inúmeras deficiências quer físicas quer cognitivas.

Cancro: Parceiros no cancro

Há investigação, sobre o cancro, a ser realizada  quer nos humanos quer nos cães. Como os cães podem desenvolver tipos de cancro semelhantes aos humanos, a investigação beneficia ambos. Além disso estudos provam que cães devidamente treinados podem detetar pelo olfato alguns tipos de cancro como é o caso do cancro colorretal e da tiroide, alertando precocemente o seu dono para a necessidade de se deslocar ao médico.

Sentido de comunidade

Os donos de cães adoram conversar uns com os outros sendo por isso um ótimo argumento para começar conversas e ajudar os mais tímidos  a deixar o habitual isolamento.

Ossos mais fortes

Passear o cão é uma atividade física ligeira que envolve a utilização da nossa força em proporção do peso do cão, que fortalece as nossas articulações e os músculos e por essa via torna os nossos ossos mais fortes por estes ficarem mais protegidos.

Açúcar no sangue e deteção hipoglicémias

É necessário algum treino mas os cães, através do olfato, podem detetar e alertar os seu donos quando o nível de açúcar no sangue destes começa a baixar para níveis perigosos o que permite aos seus donos comerem algo antes que aconteça um desmaio.

Namorar… aumenta as possibilidades de namoro!

Nos Estados Unidos existem comunidades de donos de cães que marcam encontros para possível namoro.  Seja qual for o país é fácil perceber que alguém que tem um cão terá desde logo uma afinidade suplementar com quem também tenha cães, aumentando as possibilidades de namoro… e claro…geralmente… namorar faz bem à saúde!

Desordem de Hiperatividade com Défice de Atenção  (DHDA)

Os cães podem ajudar quem sofre de hiperatividade, DHDA a planear, a concentrar-se mais, a aliviar o stresse, a exercitar-se, a libertar o excesso de energia e até mesmo a adormecer melhor.

Afasia, o cão ajuda os doentes

A afasia é um distúrbio da linguagem que afeta a produção ou a compreensão da fala e da habilidade de ler ou escrever.  A Afasia é resultado de uma lesão no cérebro, mais comumente resultado de um acidente vascular cerebral. Os cães podem ser treinados para perceber e executar uma serie de instruções aumentando a confiança destes doentes pelo facto de se fazerem entender.

Dores crónicas menos agressivas

Os doentes com dores crónicas que reagem bem à aplicação de calor local podem tirar vantagem do calor corporal do cão para sentir algum alivio nas suas dores crónicas locais.

Autismo, estímulo sensorial para crianças autistas

Um cão amigável e carinhoso ajuda as crianças autistas a tolerarem a sensação de algo encostado à sua pele. Podem também proporcionar-lhes algo para se concentrarem no meio de um ambiente confuso e ás vezes avassalador.

Artrite, o cão apoia o doente

O exercício físico ligeiro como arremessamento de objetos para o cão ir buscar e devolver ao dono além de divertido ajuda as pessoas com artrite.

Sistema imunitário fica mais forte

Estudos mostram que crianças criadas com cães têm níveis mais elevados de alguns marcadores orgânicos associados a um sistema imunitário mais eficaz.

Epilepsia e donos de cães mais protegidos

Os cães podem ser treinados para ladrar quando o seu dono com epilepsia está a ter um ataque ou convulsão. Outros podem ser treinados para se encostarem ao corpo do seu dono e evitar que este tenha mais lesões traumáticas durante a convulsão.

Este é um post especial:

Este post é verdadeiramente especial para mim! A inspiração para abordar este tema surgiu depois em 2017 a família me convencer que era bom para nós, como família, adotar um cachorro recém nascido que tinham conhecido e que de outra forma poderia ter um final triste! Era lindo diziam os filhos e a esposa…!  Lá fui dizendo que um cão é como uma “pessoa especial”, percebe tudo, é amigo, fiel, meigo e emotivo… e nós, depois de o aceitar em nossa casa, não o podíamos desiludir! Por isso pensem muito bem antes de avançar, disse eu!

A “Maia” que serve de foto de capa a este artigo é uma cadela especial e já faz parte da nossa família! Entretanto o Hercules recolhido de uma mata próxima também passou a ser da família 🙂 e claro são amigos inseparáveis…!

O que posso testemunhar é que sem dúvida toda a família está mais FELIZ! Ela é a capa deste post!

Este post ainda tem muito para ler!

NO FINAL 50 ARTIGOS EXTRAORDINÁRIOS GRÁTIS!

Fique bem!

Franklim Fernandes AUTOR DO BLOG MELHORSAUDE.ORG

Cão deteta cancro da tiroide

ter um cão melhorsaude.org

Cancro da tiroide pode ser detetado por cães especiais

Introdução

Um cão treinado por investigadores norte-americanos conseguiu detetar o cancro da tiroide em pessoas não diagnosticadas, segundo um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos, em San Diego.

O cão, um pastor alemão chamado Frankie, acertou o diagnóstico em 88,2% dos casos farejando a urina de 34 pessoas que participaram na experiência.

Tiroide

Localização da Tiroide

Porque são especiais os cães?

Os cães têm um olfato dez vezes mais sensível que o do homem, por isso a equipa de investigadores acredita que “os médicos poderiam utilizar cães treinados para detetar a presença de cancro da tiroide ainda em estádios iniciais”, disse Donald Bodenner, especialista em endocrinologia oncológica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Arkansas e autor principal do estudo.

No entanto, Donald Bodenner não sugere que sejam tomadas decisões de tratamento dos pacientes apenas a partir do diagnóstico canino, adiantando que a precisão do cão foi ligeiramente inferior a uma biópsia por aspiração com uma agulha fina, o método habitual.

Como foi treinado o cão?

Para o estudo, a equipa treinou previamente Frankie para que este reconhecesse o odor que liberta o tecido tiróideo com cancro a partir de amostras extraídas de múltiplos pacientes.

Posteriormente, os investigadores deram-lhe a cheirar as amostras de urina de 34 pacientes antes de se submeterem a uma biópsia dos nódulos tiróideos, em que 15 pessoas foram diagnosticadas com cancro e 19 deram negativo.

Frankie, que foi treinado para deitar-se quando identifica o cancro, acertou em 30 dos 34 casos.

Os investigadores indicaram que preveem ampliar o seu estudo e colaborar com a Faculdade de Veterinária da Universidade de Auburn, uma vez que a deteção de odores por parte de cães tem a vantagem de ser um método não invasivo e de baixo custo.

Fonte: Agência LUSA

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MORDIDAS DE ANIMAIS e ter cão melhorsaude.org

Mordidas e arranhões de animais? O que fazer?

Se for mordido ou arranhado por um animal, a ferida poderá infetar. Limpe a ferida imediatamente e procure ajuda médica o mais rápido possível.

Mesmo que o animal pertença à sua família, deve seguir estes procedimentos:
  • Lave muito bem a ferida com água e sabão.
  • Pressione a área para interromper a hemorragia.
  • Quando a hemorragia parar, aplique um creme com oxido de prata na ferida para evitar infeções.
  • Cubra a mordida ou o arranhão com uma ligadura limpa.
  • Obtenha socorro médico no mesmo dia se possível.

Muitas mordidas são ferimentos que podem ficar infetados se não forem bem limpos. No caso da necessidade de pontos, eles devem ser feitos nas primeiras 12 horas após uma mordida.

Como tratar mordidas de pessoas?

Pois é… os humanos também ferram uns aos outros! Mordidas de humanos devem ser tratadas com os mesmos primeiros socorros e urgência de socorro médico que mordidas de animais. Se for uma criança deverá tomar a vacina contra o tétano se não tiver tomado nos últimos cinco anos. Se for um adulto precisa da vacina a cada 10 anos.

Siga o tratamento indicado pelo seu médico. Todos os dias, até a cicatrização completa da ferida, remova a ligadura e verifique a ferida. Limpe a ferida com água e sabão e coloque uma ligadura limpa até que a ferida fique boa.

Quando devo ligar ao médico?

Ligue ao seu médico se:

  • A ferida ficar vermelha, inchada, quente ao toque ou mais dolorida.
  • Aumentar a secreção ou a ferida exalar mau cheiro.
  • Houver febre de mais de 38 graus C, medida pela boca.

O que devo fazer em relação ao animal?

  • Ligue ao médico imediatamente se não conhecer o dono do animal que mordeu . O animal pode ter raiva.
  • Se o animal for doméstico, tente encontrar o dono. Descubra se o animal é vacinado contra raiva e a data em que foi vacinado. O médico precisa saber estes detalhes para planear o tratamento.
  • Se possível, coloque o animal numa área cercada e longe das pessoas e de outros animais durante 10 dias. Observe se há mudanças no seu comportamento. Não tente prender um animal selvagem ou feroz. Chame a polícia ou o centro de controle de zoonoses.
  • Se for mordido por morcegos ou dormiu num local com um morcegos, deve consultar um médico.

Como agir em segurança com animais?

  • Nunca incomodar um animal quando ele estiver a comer.
  • Não puxar as orelhas ou o rabo do animal.
  • Pegar o animal ao colo devagar.
  • Lavar as mãos depois de brincar com um animal.
  • Não alimentar animais selvagens ou desconhecidos.
  • Crianças pequenas não devem colocar as mãos em gaiolas ou aquários.
  • Manter animais com guias e coleiras.

O que fazer se um cão ameaçar atacar?

  • Nunca grite nem corra.
  • Permaneça parado com as mãos nas laterais do corpo. Evite olhar nos olhos do cão. Quando o cão perder o interesse por si, ande lentamente para trás até que o cão saia do campo de visão.
  • Se o cão atacar, coloque o seu casaco, mochila ou qualquer outro objeto entre você e o cão.
  • Se você cair ou for derrubado, encolha-se formando um círculo, com as mãos sobre os ouvidos, e não se mexa. Tente não gritar nem rolar para os lados.
  • Afaste-se sempre que um cão estiver rosnando ou começar a rosnar quando se aproximar dele. Nunca corra!

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40 FACTOS FASCINANTES SOBRE O CÃO

  • A relação entre os seres humanos e os cães como animais de estimação remonta a 12.000 anos
  • Nem tudo é preto ou branco para os cães. Os cães têm dois cones nos olhos, o que lhes permite ver as cores na escala de azul e amarelo
  • Se não forem esterilizados ou castrados, um cão podia reproduzir a sua prole até 66.000 durante  seis anos.
  • Os cães podem entender até 250 palavras e gestos!
  • Estima-se que 1.000.000 cães tenham sido mencionados na herança e vontade final dos seus donos nos EUA.
  • A música dos Beatles, A Day in the Life, tem um apito no final. O apito foi incorporado especialmente para o cão de Paul McCartney.
  • Border Collie, são os viciados no trabalho no mundo dos cães, e são também considerados a raça mais inteligente.
  • O galgo afegão, pelo contrário, é considerado o cão menos inteligente.
  • A famosa raça São Bernardo tem este nome devido ao Grande São Bernardo Hospice, localizado nos Alpes suíços. O sanatório usa estes gentis gigantes para resgatar as vítimas das tempestades nos Alpes.
  • O faro de um cão é 10.000 a 100.000 vezes mais forte do que o dos humanos.
  • Rin Tin Tin foi o primeiro cão a entrar num filme de Hollywood.
  • A raça Basenji é a única que não late.
  • Zeus, um dogue alemão de Michigan, EUA, foi nomeado o cão mais alto do mundo pelo Guinness World Records em 2012 e 2013 com 1,12 metros de altura e 70 kg.
  • Ossos caninos enterrados no sítio de Koster em Greene County, Illinois, EUA, com uma idade estimada de 8.500 anos, sugere que o cão é uma evolução do lobo.
  • O terrier checo é a raça mais rara, com 350 deles ainda vivos.
  • Os cães conseguem reconhecer o cheiro de uma gama de compostos orgânicos, o que lhes permite diagnosticar sinais de cancro, diabetes e ataques epiléticos em seres humanos
  • Uma série de incidentes envolvendo o colapso de postes de iluminação na Croácia em 2003 foram atribuídos aos efeitos da urina dos cães que são corrosivos.
  • Os galgos conseguem atingir velocidades superiores a 70 quilómetros por hora.
  • Um cão pode localizar a origem de um som em 6/ 100 de um segundo, usando as orelhas como radar.
  • A raça Pequinês foi usada como última linha de defesa dos imperadores chineses. Os cães escondiam-se nas mangas dos imperadores.
  • O Presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt enviou 15.000 dólares para ir buscar o seu cão Scottie.
  • Na Russia, os cães usam o metro para procurar comida em áreas mais populosas.
  • Um estudo realizado em 2009 pela professora Alexandra Horowitz descobriu que os cães tendem a sentir-se culpados quando sabem que estão a fazer algo de errado.
  • Atualmente, existem 339 raças de cães reconhecidas, de acordo com a Organização Mundial Canina.
  • Medindo apenas 10 cm de altura, Boo Boo, um Chihuahua,foi declarado o cão mais pequeno do mundo pelo Guinness World Records em 2010.
  • Devido a uma membrana especial, chamada de tapetum lucidum, os cães são capazes de ver no escuro.
  • Chihuahuas devem o seu nome a um Estado no Mexico onde foram descobertos.
  • A Bíblia sagradas menciona cães 14 vezes.
  • Os cães enrolam-se durante o sono para proteger os seus órgãos vitais e o abdómen dos predadores.
  • Uma recompensa de 300.000 US dólares foi doada aos cães da Alfândega Americana, Rocky e Barco, pela sua eficiência na apreensão de um cartel de drogas na fronteira com o México.
  • Laika foi a primeira cadela a ser enviada ao Espaço num satélite soviético em 1957.
  • ‘Max’ é o nome mais popular do mundo para chamar aos cães.
  • Em estimativa, 62% das casas americanas têm cães — isso é aproximadamente 72.9 milhões de casas!
  • Se apanhar o seu cão a contorcer-se ou a mover as patas enquanto dorme, pode estar seguro de que ele está a sonhar.
  • Os cães são capazes de prever mudanças de tempo. Assim, se o seu cão está agindo de forma estranha pode ter que ver com uma tempestade que aí venha.
  • Existem aproximadamente 525 milhões de cães no planeta.
  • Os cães têm capacidades terapêuticas e são usadas na terapia desde 1700.
  • A maioria das espécies caninas têm mais ou menos 18 músculos para mover, inclinar e girar as suas orelhas.
  • Serem abraçados não é um dos carinhos preferidas dos cães, pois consideram o gesto como sinal de domínio.
  • Em geral, um cão vive entre oito e quinze anos.

Colesterol melhorsaude.org melhor blog de saude

RECURSOS ÚTEIS

Como dar banho ao cão de forma correta?

O que vou precisar de ter à mão?

Dar banho é um dos cuidados básicos do cão. Vejamos o que é necessário para um bom banho do seu cão:

1.Champô (para cão)
2.Escova e/ou pentes
3.Toalhas para secar o seu cão
4.Secador de cabelo

Antes de iniciar o banho tenha o champô, as escovas e as toalhas ao seu alcance. Se possível vista uma roupa que não se danifique com a água ou coloque um avental, pois é possível que possa ser salpicado nesse processo!

Como convencer os cães que não gostam de tomar banho?

Acostume o seu cão ao contacto com a água desde pequeno, de forma a que quando ele crescer, o banho seja mais agradável para o dono e para o animal. Se o seu cão for daqueles que fogem assim que sente ou ouve água a correr, a adaptação ao banho deve ser gradual. Brinque com ele. Quando ele não se incomodar com a água, comece a molhá-lo primeiro com a mão, só depois com o chuveiro. A água deve estar sempre morna para ele não sentir frio.

Qual o melhor champô para o seu cão?

A melhor opção é utilizar um champô para cão, neutro, indicado para todos os tipos de pele. Nunca utilize champô para humanos, pois a pele e o pêlo dos cães têm características diferentes da sua (pH). Os cães com pêlo mais longo precisam de champô condicionador (mais uma vez próprio para cães).

Como começar e terminar o banho?

Depois de molhar o cão, aplique uma pequena quantidade de champô de forma a evitar o contacto com os olhos ou orelhas. Comece por esfregá-lo na coluna, sob a barriga, as pernas, a cauda e, por fim, a cabeça, não esquecendo a parte inferior. Lave com o chuveiro ou um jarro de água morna, evitando novamente a zona dos olhos e a parte interna das orelhas.

Utilize as mãos para ajudar a remover o champô.

Seque muito, muito bem o seu cão. Não pode ser num sítio onde haja corrente de ar. Enrole-o na toalha e esfregue-o, para absorver bem a água. Use mais do que uma toalha se necessário e se tiver aquecedor de toalhas, não hesite. Se ele ficar húmido, vai ter frio e detestará o banho.

A escolha de produtos de higiene adequados é fundamental.

Finalmente lembre-se sempre que os cães são muito Amigos e emocionalmente sensíveis pelo que merecem o nosso melhor carinho :)

Fonte: Globlavet

Fique bem!

Franklim Fernandes

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BIBLIOTECA SOBRE SAÚDE ANIMAL

A biblioteca melhorsaude animal é um recurso excecional porque contém dezenas de artigos em pdf, elaborados por veterinários, sobre os mais variados e comuns temas de saúde animal, incluindo animais domésticos, como cães e gatos, mas também animais de criação como bovinos, suínos e aves.

Artigos grátis disponíveis na nossa área reservada:

  • Como fazer a desparasitação externa do cão?
  • Como fazer a desparasitação interna do cão?
  • O cachorro, que cuidados deve ter?
  • Quais os medicamentos perigosos para o gato?
  • Como controlar as pulgas?
  • Como proteger a saúde do cão?
  • Como proteger a saúde do gato?
  • Qual a melhor alimentação para o cão?
  • Como administrar medicamentos a gatos?
  • Afeções do trato urinário inferior dos felinos
  • Otites externas
  • O que deve saber sobre a contraceção na gata?
  • Doenças de pele dos cães e dos gatos
  • Osteoartrite em cães e gatos
  • Como fazer a higiene oral dos animais de companhia?
  • Diarreia no cão e no gato, como tratar?
  • Doenças oftalmológicas em cães e gatos
  • Afeções respiratórias em gatos
  • Insuficiência cardíaca canina
  • Intoxicação do cão pela lagarta do pinheiro
  • Alimentação dietética preventiva em cães
  • Intoxicação do gato por utilização incorreta de antiparasitários externos
  • Envenenamento em animais de companhia
  • O cão de caça, que cuidados deve ter?
  • O cão sénior, que cuidados deve ter?
  • Parvovirose
  • Toxoplasmose
  • Leishmaniose
  • Dirofilariose
  • Reprodução dos animais domésticos
  • Animais de produção
  • A mastite da vaca leiteira
  • A diarreia neonatal do leitões
  • A diarreia em vitelos
  • O ectima contagioso dos cabritos e dos borregos
  • Doenças dos coelhos
  • Doenças dermatológicas dos coelhos
  • Doenças das aves de capoeira
  • Coccidiose das galinhas
  • Os pombos, cuidados a ter
  • Pneumonia nos bovinos
  • Doenças respiratórias dos suínos
  • Distúrbios alimentares dos ruminantes
  • Peeira dos pequenos ruminantes
  • Desparasitação de pequenos ruminantes
  • Cólicas em equídeos
  • Desparasitação em equinos
  • Língua azul

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DOENÇAS DE VERÃO TODA A VERDADE

Doenças de verão mais comuns toda a verdade. No verão não são apenas os escaldões que prejudicam a saúde, existem outras complicações que podem mesmo estragar as férias. Descrevo aqueles que são os oitos problemas de saúde mais comuns no verão e que são muitas vezes desvalorizados e alguns podem ser bastante perigosos!

Irritações nos olhos

Os óculos de sol podem não ser suficientes para a proteção dos olhos durante o verão. Mesmo que estejam colocados, os raios ultravioletas, as poeiras, pólenes e até mesmo cloro da água das piscinas podem causar serias irritações, como é o caso da inflamação na córnea ou conjuntivite.

Sintomas:

    • Dores
    • Visão nublada.
    • Prurido
    • Olho vermelho

Tratamento:

O tratamento principal passa por evitar as causas da irritação que muitas vezes é conhecida e recorrente em anos anteriores. A alergia aos pólenes é um exemplo flagrante em que deve evitar-se a saída para o exterior em dias quente e ventosos.

A aplicação local de um anti-histamínico em gotas oculares ou a toma de comprimidos é necessária com frequência quando os sintomas de prurido e irritação já se manifestam.

Quando o sintoma é dor ocular é urgente uma consulta médica.

Leia também: Doenças dos olhos mais comuns, toda a verdade!

Intoxicação alimentar

É no verão que os jantares de família e entre amigos mais acontecem, mas é também nesta estação do ano que as indisposições são mais frequentes. Entre comidas menos frescas ou escolhas menos adequadas para a temperatura ambiente, as intoxicações alimentares podem estragar uma viagem, principalmente se for ao estrangeiro e os níveis de higiene não estiverem assegurados.

Sintomas:

    • Cólicas,
    • Enjoos,
    • Diarreia
    • Vómitos.

Tratamento:

A hidratação é fundamental para controlar o mau estar e “limpar” o organismo. Uma consulta médica é necessária quando os sintomas são mais agressivos nomeadamente febre, vómitos ou diarreia.

Leia também: Será alergia ou intolerância alimentar, toda a verdade!

Otites

O calor pede muitas idas à água mas os mergulhos mal calculados ou as ondas mais agressivas com entrada de água nos ouvidos podem provocar vários problemas.

Sintomas:

    • Dores
    • Zumbidos
    • Dores de cabeça

Prevenção e tratamento:

Para prevenir esta situação, é recomendado o uso de tampões e a limpeza dos ouvidos após os mergulhos. Quando já existe otite é necessária uma consulta médica por causa do risco de infeção.

Leia também: Dores de ouvidos, toda a verdade!

Febre dos fenos:

Comum nos dias em que os níveis de pólenes estão mais elevados, esta doença começa por parecer uma mera alergia mas pode mesmo acabar no aparecimento de eczemas.

Sintomas:

    • Tosse
    • Corrimento nasal
    • Prurido
    • Dores de cabeça
    • Cansaço

Tratamento

Evitar a todo o custo sair à rua principalmente junto de zonas arborizadas, em dias de calor e vento de forma a evitar os pólenes e a reação de hipersensibilidade.

Se já está com uma crise então deve tomar um anti-histamínico como a cetirizina, loratadina e a desloratadina. Pode usar um spray nasal vasoconstritor , como o ácido cromoglicico, para aliviar os sintomas do nariz e um colírio  anti-histamínico se houver sintomas oculares como prurido e lacrimejo mais intenso. Em casos mais graves a consulta médica é necessária e pode acrescentar um corticosteroide para controlar os sintomas mais agressivos.

Leia também: Alergia e renite alérgica, toda a verdade!

Insolação:

A exposição excessiva ao sol e sem proteção provoca queimaduras usualmente chamadas de “escaldões”. Contudo, esta situação (muito comum no verão) é extremamente agressiva para a pele, podendo originar infeções e, nos casos mais graves, ao aparecimento de cancro na pele.

Sintomas:

    • Pele vermelha e quente
    • Suores frios,
    • Dores,
    • Cansaço,
    • Náusea,
    • Dores de cabeça,
    • Febre
    • Confusão

Tratamento:

  • Aplicar um gel com ação calmante sobre a pele afetada
  • Beber mais água
  • Tomar um anti-histamínico em comprimidos
  • Consultar com urgência um médico em caso de ser extensa a área do corpo afetada e/ou apresentar dores, febre, confusão e náuseas

Leia também: Onda de calor perigos fatais, toda a verdade!

Doença de Lyme (Febre da carraça)

As idas ao campo podem ser ótimas para relaxar mas podem também ser propícias a infeções bacterianas como a doença de Lyme. Transmitida por carraças, esta doença pode ser das mais graves a acontecer no verão.

Médicos dizem que está subdiagnosticada, não é de notificação obrigatória e pensava-se que não existia cá nem no resto da Europa. Só que nos últimos anos foram detetados milhares de casos.

Se algum dia foi mordido por uma carraça e tempos depois – meses, um ano, cinco, uma década ou mais – lhe diagnosticaram um problema ao nível do sistema nervoso central, talvez valha a pena perguntar ao seu médico o que acha sobre a despistagem da doença de Lyme. A mesma que se pode confundir com esclerose múltipla, artrite reumatoide ou fibromialgia, mas que será combatida com antibiótico. Trata-se, afinal, de uma bactéria, do género Borrelia (Borrelia burgdorferi) que se transmite através da mordida da carraça, mas que ainda está subdiagnosticada no nosso país.

Contudo, a transmissão apenas acontece se a carraça estiver em contacto com a pele da pessoa pelo menos 36 horas.

Sintomas:

    • Inchaço no local da picada
    • Dores nas articulações
    • Sintomas gripais
    • Febre,
    • Calafrios
    • Dores de cabeça.

Tratamento:

Se for picado por uma carraça deve imediatamente consultar um médico para avaliar o risco de infeção.

Leia também: Como retirar uma carraça perigosa!

Exaustão por calor

O calor provoca desidratação e temperaturas elevadas no corpo, que levam a que a pessoa se sinta cansada e sem forças. A hidratação, mais uma vez, é fundamental para manter o corpo com a temperatura ideal. Além disso, o exercício físico nos dias de calor deve ser moderado.

Erupções cutâneas

Seja por insolações, picadas de mosquitos ou eczemas provocados por irritações, as erupções cutâneas são comuns e podem provocar outros problemas dermatológicos.

Sintomas

São muito variados os sinais de erupções cutâneas.

    • Pele vermelha
    • Pele a descamar
    • Borbulhas
    • Prurido

Tratamento:

O tratamento depende do risco de infeção das lesões e da sua quantidade ou seja quanto mais lesões maior o risco de algumas infetarem. Deve ser dada especial atenção e consulta assistência médica se aparecer febre e dor local nas lesões. Nunca é demais lembrar que uma lesão na pele, principalmente quando existe ferida é uma porta de entrada de fungos, vírus e bactérias que podem estar na origem das mais variadas doenças.

Leia também: Picada de inseto pode ser fatal, como prevenir? Toda a verdade!

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Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

SINAIS PERIGOSOS MELHORSAUDE.ORG melhor blog de saude

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DOR NO OUVIDO TUDO O QUE NÃO SABE!

Dor no ouvido ou otalgia é muitas vezes forte e deve ser tratada de imediato, principalmente quando a sua origem é infeciosa, levando inclusive a um tratamento antibiótico (quando existe infeção) mais prolongado do que noutras infeções comuns como as de garganta.

Neste artigo vou tratar ás seguintes questões:

      • Qual a anatomia do ouvido humano?
      • O que é o ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno?
      • Quais os tipos de dor no ouvido?
      • Porque sentimos dor no ouvido?
      • A dor de ouvido pode ser causada por infeções externas?
      • O que é uma otite?
      • O que é uma otite externa?
      • Quais os mecanismos de defesa do ouvido?
      • Quais as causas de uma otite externa?
      • Quais os fatores de risco para otite externa?
      • Quais os sintomas de otite externa?
      • O que é uma otite externa necrotizante ou maligna?
      • Qual o tratamento da otite externa?
      • O que é uma otite média?
      • Quais os fatores de risco para otite média?
      • Quais os sintomas de uma otite média?
      • Quais as complicações de uma otite média?
      • Qual o tratamento da otite média?
      • Quais os sinais de dor no ouvido em crianças pequenas?
      • Quais as causas mais comuns de dor no ouvido?
      • Que cuidados podemos ter em casa para diminuir a dor no ouvido?
      • Como diminuir a dor no ouvido causada por grandes altitudes?
      • Que cuidados pediátricos devemos ter em casa?
      • Quando se deve pedir apoio médico urgente?
    • Quais os tratamentos mais utilizados para a dor de ouvido?

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Anatomia do ouvido humano

Anatomia do ouvido melhorsaude.org melhor blog de saude

Ouvido externo, médio e interno

O ouvido divide-se em três partes principais, a saber:

  • Ouvido externo, formado pelo canal auditivo.
  • Ouvido médio, onde se situa o tímpano, o martelo a bigorna e o estribo.
  • Ouvido interno, onde se situa a cóclea e se faz a ligação ao nervo auditivo que envia e recebe a informação ao cortex cerebral.

Ouvido externo médio e interno melhorsaude.org melhor blog de saude

Ouvido externo médio interno cerebro melhorsaude.org melhor blog de saude

Otalgia e tipos de dor no ouvido

A otalgia ou dor no ouvido pode ser aguda, fraca, ardente, transitória ou constante.

Porque sentimos dor no ouvido?

A dor no ouvido é causada por uma acumulação de líquido, e por pressão na parte posterior do tímpano (chamada de ouvido médio).

O ouvido médio é drenado por um tubo curto e estreito (a trompa de Eustáquio) para as cavidades nasais. Um resfriado ou alergia pode causar a obstrução da trompa de Eustáquio devido ao inchaço, especialmente em crianças pequenas onde a trompa é menor.

Quando a trompa de Eustáquio se fecha, o fluxo normal de líquidos do ouvido médio é obstruído, e o líquido passa a acumular-se, o que pode causar entupimento, dor e perda auditiva.

Otite média melhorsaude.org melhor blog de saude

Infeções externas ao ouvido

Sim, a dor de ouvido não é causada necessariamente por uma doença do ouvido e pode ser consequência de infeções e outros problemas de:

        • Nariz,
        • Boca,
        • Garganta,
      • Articulação do maxilar.

Otite o que é?

As infeções do ouvido recebem o nome de otite. A otite média é a infeção do ouvido médio, espaço cheio de ar atrás do tímpano, que contém os pequenos ossos vibratórios do sistema auditivo. As otites médias são habitualmente causadas por bactérias ou vírus, atacando preferencialmente as crianças.

Otite externa o que é?

Otite externa é uma inflamação da porção externa do ouvido, chamada também de orelha externa. O ouvido externo é composto pelo pavilhão auricular (orelha) e pelo canal auditivo, terminando na membrana timpânica.

Após o tímpano, inicia-se a região do ouvido médio. Quando há uma inflamação em qualquer parte do ouvido externo, damos o nome de otite externa. Quando a inflamação ocorre após o tímpano, chamamos de otite média.

Anatomia do ouvido externo

O canal auditivo externo é um ducto cilíndrico com mais ou menos 2,5cm de comprimento e 1cm de diâmetro. Inicia-se na orelha e termina na membrana timpânica.

A parte mais externa do canal auditivo é revestida por uma pele mais grossa com numerosas estruturas anexas, como glândulas que produzem cerúmen, glândulas sebáceas e folículos pilosos.

A porção interna do canal, mais próxima do tímpano, contém uma pele fina e frágil, sem tecido subcutâneo. A pele nesta área está em contato direto com o osso subjacente. Deste modo, inflamações mínimas ou instrumentação do canal (como uso de objetos para coçar o ouvido) são capazes de provocar dor significativa e/ou ferimentos.

Mecanismos de defesa do ouvido

O nosso canal auditivo possui alguns mecanismos de defesa intrínsecos que dificultam a ocorrência de infeções:

A própria anatomia da orelha já é protetora, pois ela cobre parcialmente o canal auditivo, dificultando a entrada de objetos estranhos. Outro fator que impede a entrada de objetos estranhos é o facto do canal auditivo apresentar uma área mais estreita, o que impede, por exemplo, o dedo de chegar até ao tímpano. A presença de pelos na região mais externa do canal auditivo também age como barreira.

A produção de cerúmen também é essencial, pois além da barreira física, ela causa uma diminuição do pH do canal auditivo, inibindo o crescimento de fungos e bactérias. O cerúmen também é uma substância hidrofóbica (repele a água), o que ajuda a diminuir a humidade dentro do ouvido.

O ouvido é um órgão que faz “autolimpeza”. A pele do canal auditivo cresce de dentro para fora, o que vai naturalmente empurrando a sujidade, o excesso de cera e a descamação da pele para fora do ouvido.

– Assim como várias regiões do nosso organismo, o canal auditivo possui sua própria flora de bactérias, que normalmente não causam problemas de saúde e ainda dificultam a chegada de bactérias mais agressivas.

Causas de infeções do ouvido

Feridas no canal auditivo podem facilitar a penetração de bactérias para tecidos mais profundos, causando infeções. A maioria das otites externas são causadas pela bactéria Pseudomonas aeruginosa,  uma bactéria invasora que normalmente não coloniza o canal auditivo. Das bactérias que normalmente habitam o ouvido, o Staphylococcus aureus é aquela que mais causa otite, principalmente se houver uma ferida na pele do canal do ouvido.

Fatores de risco para otite externa

A otite externa costuma surgir quando algum dos sistemas de proteção atrás citados apresenta problemas, tais como:

Exposição à água é um fator de risco bem documentado para otite externa. Excesso de humidade leva à maceração da pele e à quebra da barreira de cerúmen, mudando a microflora do canal do ouvido, favorecendo o crescimento de bactérias que causam a otite. A otite externa é também conhecida como a otite do nadador.

Traumas, tais como limpeza excessiva (ou agressiva) do ouvido, não só removem cerúmen, mas também podem criar escoriações ao longo da fina camada de pele no canal auditivo, permitindo que bactérias tenham acesso aos tecidos mais profundos. Além disso, parte de um cotonete pode soltar-se ou um pequeno pedaço de papel tecido pode ser deixado para trás no canal do ouvido; esses resquícios podem causar uma reação cutânea grave, levando à infeção.

O uso de cotonete empurra mais o cerúmen para dentro do canal do que o remove. Esse cerúmen comprimido pode agir como uma rolha e só sai com o auxilio de um otorrinolaringologista. O ouvido não precisa ser limpo, ele mesmo é capaz de expulsar o cerúmen e as impurezas. O cotonete além de poder ferir o canal auditivo, ainda impede a “autolimpeza” do ouvido.

Uso frequente de dispositivos que ocluem o canal do ouvido, como aparelhos auditivos, fones de ouvido (auriculares) ou tampões de mergulho também predispõem à otite externa.

Dermatite de contacto alérgica pode levar à otite externa (por exemplo, alergia a brincos ou produtos químicos em cosméticos ou shampoos), assim como outras condições dermatológicas, como, por exemplo, psoríase ou dermatite atópica.

A otite externa pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum em crianças entre 7 e 12 anos.

Sintomas da otite externa

Os sintomas mais comuns da otite externa são:

    • Dor,
    • Comichão,
    • Sensação de entupimento
    • Corrimento de líquido do ouvido.

A dor de ouvido na otite externa costuma ser muito forte e piora quando se puxa ou aperta a orelha. É possível surgirem alguns linfonodos palpáveis no pescoço do lado do ouvido afetado.

Ao exame com o otoscópio é possível notar o canal auditivo muito edemaciado e avermelhado, sinais típicos de inflamação. A febre só costuma surgir nos casos mais graves.

Otite externa necrotizante (Otite externa maligna)

Otite externa maligna, também chamada de otite externa necrotizante, é uma complicação grave e potencialmente fatal de otite externa bacteriana aguda. Mais comum em pacientes diabéticos, idosos e imunocomprometidos, ela ocorre quando a infeção se espalha a partir da pele aos ossos e espaços da medula da base do crânio (também envolvendo tecidos moles e da cartilagem da região temporal).

Pacientes com otite externa necrotizante normalmente têm dor forte e corrimento purulento. Edema, vermelhidão e franca necrose da pele do canal auditivo podem ser evidentes ao exame otoscópico. Paralisia de nervos cranianos são um sinal de mau prognóstico.

Meningite causada por otite

A otite externa maligna pode levar a abscesso cerebral e à meningite bacteriana.

O diagnóstico é auxiliado pela ressonância magnética ou tomografia computadorizada, mostrando progressão da infeção para as estruturas ósseas. Pacientes suspeitos de terem otite externa maligna devem ser imediatamente encaminhados a um otorrinolaringologista.

Tratamento da otite externa

A maioria das pessoas com otite externa pode ser tratada em casa. Em alguns casos, o médico vai lavar o ouvido com água e peróxido de hidrogênio antes de começar o tratamento. Este procedimento acelera a cura, removendo as células mortas da pele e o excesso de cera do ouvido.

A prescrição de medicamentos em gotas para ouvido servem para reduzir a dor e inchaço causado pela otite externa. Essas gotas normalmente contêm uma combinação de corticoides, antifúngicos e antibióticos. Não use medicamentos por conta própria, antes de pingar qualquer remédio no ouvido para tratar uma otite é preciso ter certeza que o tímpano não está perfurado.

A aplicação correta das gotas é essencial para que estas atinjam o canal do ouvido, a saber:

    • Deite-se de lado ou incline a cabeça para o ombro oposto.
    • Preencha o canal do ouvido com gotas.
    • Deite-se de lado por 20 minutos e coloque uma bola de algodão no canal do ouvido.

Você deve começar a sentir-se melhor dentro de 36 a 48 horas após o início do tratamento. Se a dor piorar ou não houver sinais de melhora neste período de tempo, procure o médico. Analgésicos ou anti-inflamatórios  em comprimidos podem ser usados para alivio da dor.

Evite molhar os ouvidos  durante o tratamento. Durante o banho, pode colocar uma bola de algodão revestido com vaselina na orelha. Evite nadar durante pelo menos dez dias após o início do tratamento. Evite também usar aparelhos auditivos e “fones” de ouvido até a dor desaparecer.

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Otite média o que é?

A otite média aguda é a inflamação e acumulação de líquido no ouvido médio, habitualmente causados por infeções virais do trato respiratório, como resfriados ou gripe. Estas infeções podem causar um inchaço nas mucosas do nariz e da garganta, diminuindo as defesas naturais do organismo e a eliminação de bactérias a partir do nariz. As infeções virais do trato respiratório também podem prejudicar o funcionamento da trompa de Eustáquio, favorecendo a acumulação de líquidos dentro do ouvido médio. A falta de drenagem de líquido favorece a colonização do mesmo por bactérias, levando à infeção e aumento da pressão do ouvido médio.

Nas crianças, a trompa de Eustáquio é anatomicamente diferente dos adultos, sendo menos angulada, o que dificulta a abertura e favorece seu entupimento em casos de infeção respiratória. Cerca de 60% das crianças têm pelo menos um episódio de otite média durante o seu primeiro ano de vida. Esta taxa sobe para quase 90% até os três anos. A otite média não é uma infeção contagiosa. Não é preciso isolar a criança.

Fatores de risco para a otite média

O principal fator de risco é a idade, sendo as crianças pequenas as principais vítimas. O pico de incidência da otite média ocorre entre 6 e 18 meses de vida. Conforme a criança cresce, as otites vão se tornando menos frequentes, apesar de haver novo pico de incidência entre os 4 e 5 anos de idade. Após o surgimento dos dentes definitivos a taxa de otite média cai drasticamente. Adultos também podem ter otite média, mas é pouco comum.

Sintomas da otite média

Os principais sintomas da otite média aguda nas crianças são:

  • Febre,
  • Dor de ouvido,
  • Perda auditiva temporária.

Estes sintomas habitualmente surgem de forma súbita.

Em lactentes e crianças pequenas, o diagnóstico pode ser mais difícil, pois os sintomas são menos típicos, podendo incluir irritabilidade, puxar a orelha frequentemente, apatia, falta de apetite, vômitos, diarreia ou conjuntivite.

A perfuração do tímpano é uma das complicações mais comuns. O paciente sente um súbito alívio da dor e melhora da audição, associados a saída de secreção pelo ouvido (otorreia), que pode ser clara, purulenta ou com sangue. A perfuração do tímpano e a otorreia podem permanecer durante semanas, levando à otite média crónica supurativa, ou simplesmente desaparecer espontaneamente após poucos dias.

Através da otoscopia (exame do ouvido) o médico pode avaliar o tímpano, conseguindo notar a presença de inflação do mesmo e líquido dentro do ouvido médio. O exame também permite comprovar perfurações na membrana timpânica. A otoscopia não dói, mas é um exame difícil de ser feito em crianças, pois as mesmas não costumam aceitar a introdução do aparelho dentro do ouvido. Muitas vezes a criança fica tão inquieta que o médico não consegue realizar o exame adequadamente.

Complicações da otite média

Uma perda auditiva leve e temporária é um sintoma comum das otites médias e costuma melhorar após a resolução do quadro. Todavia, otites crónicas ou não tratadas adequadamente podem causar perdas significativas e permanentes de audição, caso haja algum dano permanente no tímpano ou noutras estruturas do ouvido médio.

Entre outras complicações da otite média aguda, podemos também citar:

  • Otite média crônica supurativa,
  • Labirintite,
  • Meningite,
  • Colesteatoma (crescimento de tecido no ouvido médio levando à destruição dos ossículos),
  • Paralisia facial,
  • Mastoidite,
  • Abscesso cerebral.

Tratamento da otite média

A maioria das otites médias não precisa de ser tratada com antibióticos, pois boa parte resolve-se espontaneamente em 1 ou 2 semanas. O uso indiscriminado de antibióticos, além de desnecessário em muitos casos, pode levar à seleção de bactérias mais resistentes, o que pode dificultar o tratamento nos casos em que os antibióticos são realmente necessários.

Muitos pacientes podem ser tratados apenas com anti-inflamatórios. Anti-histamínicos e descongestionantes nasais não estão indicados.

Se a criança estiver bem, sugere-se uma reavaliação médica em 72 horas para avaliar a necessidade de tratamento com antibióticos. Habitualmente, indica-se o uso de antibiótico no seguintes casos:

  • Idade menor que 2 anos,
  • Otite bilateral,
  • Otorreia,
  • Sintomas intensos, como febre alta, dor e prostração,
  • Ausência de melhora em 72 horas.

Quando os antibióticos estão indicados, a amoxicilina costuma ser a droga de escolha. Outras opções são a amoxicilina + ácido clavulânico, cefuroxima ou ceftriaxona. Nos pacientes alérgicos à penicilina e cefalosporinas, as opções são a claritromicina, azitromicina ou eritromicina .

Vacinas disponíveis

Atualmente o calendário vacinal inclui vacinas contra algumas das principais bactérias e vírus causadoras das otites médias, como Haemophilus influenza, Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e vírus Influenza (gripe). Estas vacinas têm conseguido reduzir substancialmente a incidência de otites médias.

Crianças e sinais de dor no ouvido

O aumento da irritabilidade ou o ato de puxar as orelhas são sinais frequentes de dor de ouvido em crianças. Os sintomas de infeção do ouvido podem incluir:

    • Febre,
    • Dor de ouvido,
    • Inquietação,
    • Aumento do choro,
    • Irritabilidade,
    • Puxar as orelhas.

As infeções de ouvido são muito comuns na infância, e estão frequentemente associadas a resfriados. A maioria das crianças terá uma perda auditiva temporária e sem importância durante, e logo após, uma infeção do ouvido, mas raramente há qualquer perda auditiva permanente, desde que o problema seja adequadamente tratado por um médico.

Causas mais comuns de dor no ouvido

As causas mais comuns de dor no ouvido são as seguintes:

  • Obstrução do ouvido externo (por um corpo estranho ou cera do ouvido)
  • Infeção do ouvido externo e interno:
    • otite externa
    • otite média aguda
    • otite externa crónica
    • otite externa maligna
    • otite média crónica
  • Grandes altitudes (e outras causas de barotrauma agudo)
  • Tímpano rompido ou perfurado
  • Infeção dentária
  • Infeção dos seios nasais
  • Artrite do maxilar
  • Dor de garganta (faringite, amigdalite e assim por diante), com dor que se irradia aos ouvidos

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Tratar em casa a dor de ouvido

Um vaporizador pode ser útil pois aumenta a humidade, o que pode manter o muco fino. Os analgésicos de venda livre na farmácia podem oferecer alívio parcial da dor para os adultos que estiverem com dor de ouvido.

A abertura da trompa de Eustáquio pode ajudar. Os anti-histamínicos, os descongestionantes ou as gotas nasais diminuem a quantidade de secreção nasal e reduzem as membranas mucosas. Utilize estes produtos somente por alguns dias. Se os sintomas persistirem por mais tempo consulte um médico.

Grandes altitudes e dor de ouvido

A dor de ouvido causada pela descida rápida de grandes altitudes, por exemplo nas viagens de avião, pode ser aliviada das seguintes formas:

    • Pela deglutição (Ex: engolir saliva),
    • Mascar pastilha elástica ou outros métodos,
    • Permitir que os bebés mamem no biberão durante a descida pode ajudar.

Cuidados pediátricos em casa

    • Administre um analgésico em supositório ou em líquido (paracetamol oral ou ibuprofeno), utilizando as doses recomendadas na embalagem
    • Evite fumar perto da criança (devido ao aumento do risco de infeções),
    • Se previamente prescritas pelo médico, coloque gotas no ouvido da criança para aliviar a dor,
    • Aplique uma compressa morna (com um pano ou garrafa com água) no ouvido para reduzir o desconforto,
    • Se a criança sentir desconforto ao deitar, deixe-a inclinada para ajudar a reduzir a pressão no ouvido médio. Evite o uso de aspirina em adolescentes ou crianças que possam estar com gripe ou varicela, devido ao risco da síndrome de Reye, um problema grave que compromete o fígado e o cérebro.

Apoio médico urgente: Quando pedir?

O apoio médico e farmacêutico urgente deve ser pedido, sem demoras, nas seguintes situações:

  • Dor de ouvido e/ou desconforto forte ou persistente por mais de 2 dias. Todas as infeções de ouvido, mesmo as leves, requerem tratamento

O que acontece na consulta?

Será obtida a história clínica e realizado um exame físico. A documentação detalhada da história clínica da dor de ouvido poderá incluir as seguintes perguntas:

  • evolução:
    • quando começou?
    • está a melhorar, piorar ou está igual?
    • a dor é constante?
  • outros:
    • que outros sintomas também estão presentes?
    • há pressão no ouvido?
    • há drenagem do ouvido?
    • há ruído incomum no ouvido?
    • há febre?
    • há dor no osso atrás do ouvido?

O exame físico pode incluir um exame do ouvido, do nariz, do mastoide (estrutura óssea atrás do ouvido) e da garganta. A dor, sensibilidade ou vermelhidão do mastoide frequentemente indicam uma infeção grave. Os possíveis exames de diagnóstico incluem cultura sanguínea e estudos de sensibilidade (se houver secreção).

Tratamento para a dor de ouvido

Antibióticos e medicamentos para abrir a(s) trompa(s) de Eustáquio (tais como descongestionantes e anti-histamínicos), são frequentemente prescritos. É importante tomar todos os antibióticos prescritos no horário correto.

Os antibióticos mais utilizados são os seguintes:

      • Amoxicilina + ácido clavulânico,
      •  Amoxicilina
      •  Cefuroxima
      • Ceftriaxona injectável.

Nos pacientes alérgicos à penicilina e cefalosporinas, as opções são:

  • Claritromicina,
  • Azitromicina,
  • Eritromicina.

A colocação de tubos auditivos pode ser recomendada para crianças que têm otite média persistente, para restabelecer o funcionamento adequado do ouvido médio. A inserção de tubos é um procedimento simples e muito eficiente.

Concluindo

As dores de ouvido são, em muitos casos, bastante dolorosas. Atacam  muitas crianças pequenas pelo que é de grande importância estar com muita atenção aos sinais que um bebé ou criança pequena demonstra e que por vezes são difíceis de detetar ao ponto de poderem ser apenas um coçar de orelha! Se tiver dúvidas, febre ou dor consulte o seu médico para um exame ao ouvido como única forma de diagnosticar atempadamente uma otite.

Fique bem!

Franklim Fernandes

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DOENÇA DE LYME E FEBRE DA CARRAÇA A VERDADE!




Febre da carraça e doença de Lyme pode ser muito perigosa, cuidado com a picada do carrapato ou carraça! Tempo de verão é tempo de sol, calor, piqueniques, passeios no campo, sentar no chão, deitar na relva e claro brincar com o seu cão ao ar livre em zonas arborizadas e relvadas. Tudo magnificamente relaxante mas muitas vezes desconhecendo ou esquecendo pequenos perigos, como as carraças, que podem originar graves problemas de saúde como a doença de Lyme que é apenas uma das doenças incluídas na chamada “febre da carraça”.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Carrapato ou carraças o que são?
  • Como se apanham?
  • Que fatores contribuem para as infestações?
  • Que lesões provoca a picada?
  • Febre da carraça o que é?
  • Febre maculosa o que é?
  • Que países são a afetados pela febre maculosa?
  • Quais os perigos da febre maculosa?
  • Quais os sintomas?
  • Qual o melhor tratamento da febre maculosa?
  • Carrapatos, carraças ou chatos, como controlar?
  • Deve desinfetar-se o ambiente da casa?
  • Que cuidados deve ter?
  • Carrapato ou carraças, como tirar de forma correta e segura?
  • Doença de Lyme o que é?
  • Doença de Lyme quais as causas?
  • Doença de Lyme, quais os fatores de risco?
  • Quais os sintomas?
  • Quais os sinais precoces da Doença de Lyme?
  • Sintomas tardios;
  • Quais os sinais sintomas menos comuns?
  • Qual o melhor tratamento para a Doença de Lyme?

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Carrapato ou carraças o que são?

Carrapato, Carraças, ou chatos são parasitas que se alimentam do sangue do homem, do cão, do gato, da ovelha e de muitos outros animais. Quando as carraças estão infetadas, são responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças!

CARRAÇA melhorsaude.org
Imagem de uma carraça cuja picada pode provocar febre da carraça

Onde se apanham?

Existem variadíssimas espécies de carraças espalhadas por todo o planeta. Como estes parasitas não voam nem saltam, ficam a aguardar a passagem de um hospedeiro, escondidos na relva, nos pastos, no solo ou nas frestas das madeiras, e quando o hospedeiro toca uma destas superfícies, as carraças percorrem o seu corpo até encontrarem um local seguro para se alimentarem e reproduzirem.

Que fatores contribuem para as infestações?

Cada fêmea pode pôr até 5000 ovos! As infestações por carraças acontecem principalmente na altura de maior calor, desde a Primavera até ao Outono. O que não significa que não existam no resto do ano. O aumento dos animais de estimação e, fundamentalmente, o crescente abandono de cães e gatos contribuem amplamente para a proliferação deste parasita.

Que lesões provoca?

A picada de carrapato ou carraças é prejudicial para o hospedeiro de diferentes formas:

  • Pode provocar lesões na pele com vermelhidão, ardor e comichão;
  • Anemia e fraqueza devido à ingestão de grandes quantidades de sangue pelo parasita
  • Paralisia motora por ação das suas neurotoxinas.

Febre da carraça 

Quando as carraças estão infetadas constituem um perigo para os animais e para a saúde pública! A carraça infetada, ao picar o hospedeiro, inocula no seu sangue micróbios responsáveis por inúmeras doenças, habitualmente designadas de Febre da Carraça, a saber:

  • Babesiose (Doença do carrapato causada por protozoários);
  • Borreliose ou Doença de Lyme;
  • Erliquiose (Doença do carrapato causada por bactérias);
  • Febre Maculosa .

Não só os animais apanham Febre da Carraça, as pessoas também estão suscetíveis se contactarem com carraças.

Febre maculosa o que é?

A febre maculosa, é uma doença que surge quando uma pessoa é picada por um carrapato ou carraças contaminadas pela bactéria Rickettsia rickettsii.

Que países afeta?

A febre maculosa é uma doença que ocorre em todo o continente americano, afetando países desde o Canadá até a Argentina. No Brasil, a maioria dos casos se na concentra na Região Sudeste, havendo também casos isolados em estados de outras regiões, tais como Bahia, Ceará, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul. São Paulo e Minas Gerais são os estados com maior número de casos notificados. Apesar de ser uma doença tipicamente rural, nos últimos anos, o número de casos nas cidades tem vindo a aumentar. A doença não é muito comum, sendo responsável, por exemplo, no Brasil por cerca de 40 a 100 casos por ano.

Perigos

A febre maculosa é uma febre da carraça que responde bem ao tratamento com antibióticos, mas se não for tratada prontamente, pode causar sérios danos aos órgãos internos, como:

  • Rins,
  • Fígado,
  • Coração,
  • Sistema nervoso central.

Nos casos maios graves pode levar à morte. Por não ser uma doença muito comum, frequentemente não é corretamente identificada, o que atrasa o início de um tratamento adequado e eficaz, fazendo com que a taxa anual de mortalidade possa rondar os 15 a 35%.

Sintomas

O período de incubação da febre maculosa varia de 2 a 14 dias, dependo da quantidade de bactérias que foi inoculada. No início do quadro é muito difícil distinguir a febre maculosa de várias outras doenças febris comuns, incluindo as viroses mais conhecidas. Em geral os primeiros sinais e sintomas da infeção são:

  • Febre alta,
  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo,
  • Mal-estar geral,
  • Náuseas
  • Vómitos.

Poucos dias depois, lesões de pele, chamadas de máculas, podem aparecer nos membros e no tronco, daí o nome da doença ser febre maculosa.

Tratamento

Sem tratamento antibiótico, o taxa de mortalidade da febre maculosa chega a 75%. Os doentes que começam o tratamento com antibiótico antes do 5º dia têm até 5 vezes mais probabilidades de ficarem curados e sem sequelas (surdez e paralisia de membros) do que os que só iniciam o tratamento após o 5º dia de doença.

Felizmente, nem todos os casos desta febre da carraça evoluem de forma grave. Há formas mais brandas da doença, que pode curar-se espontaneamente após 2 ou 3 semanas de sintomas. Porém, a maioria dos casos não se comporta de forma tão benigna.

Dúvidas no diagnóstico

Não se deve esperar para ver se a pessoa vai apresentar a forma grave ou branda, deste tipo de febre da carraça, pois essa espera pode ser fatal. Da mesma forma, se pela história clínica e epidemiológica o médico suspeitar de febre maculosa, ele não deve esperar pelo aparecimento do rash para confirmá-la,  muito menos pelos resultados dos exames laboratoriais.

Se o médico suspeita de febre maculosa, ele deve iniciar os antibióticos, mesmo não tendo certeza do diagnóstico. Por exemplo, se o paciente tem os sintomas iniciais da doença, principalmente febre alta e mal-estar, e conta uma história de picada recente de carrapato, isso já é suficiente para o início do tratamento. De forma semelhante, se o paciente com sintomas vem de uma área que recentemente têm registrado casos de febre maculosa, isso também já autoriza o médico a iniciar o tratamento.

Entretanto, é importante destacar que o simples fato de ter sido picado por um carrapato não é motivo para iniciar o tratamento. Estima-se que apenas 1% dos carrapatos em áreas endémicas estejam contaminados com a Rickettsia rickettsii. Fora das áreas endêmicas, nenhum carrapato está contaminado.  Se o médico têm dúvidas, não é errado começar mais de um antibiótico visando o tratamento das hipótese diagnósticas mais graves. Sendo assim, o médico pode começar antibióticos visando a febre maculosa e a meningite meningocócica, por exemplo. Ambas são infeções com alta taxa de mortalidade e que precisam de tratamento precoce.

Antibióticos mais eficazes

O antibiótico de escolha para o tratamento da febre maculosa é a doxiclina (Actidox®), que pode ser administrada de forma oral ou intravenosa, dependendo da gravidade do quadro. O tratamento é mantido até 72 horas depois do desaparecimento da febre, o que costuma ocorrer no 2º ou 3º dia de tratamento. Na maioria dos casos o tratamento costuma durar 7 dias.

Uma alternativa é o cloranfenicol, sendo este o antibiótico mais indicado para grávidas com febre maculosa, pois a doxiclina é contraindicada na gravidez.  O problema do cloranfenicol é o risco de efeitos colaterais graves, como a aplasia de medula, evento que ocorre em 1 a cada 25.000 pessoas tratadas. Portanto, em todas as pessoas não grávidas o tratamento deve ser feito preferencialmente com doxiclina.

A maioria dos pacientes responde rapidamente ao tratamento e a mortalidade é baixa quando o antibiótico é iniciado nos primeiros 5 dias. Uma vez curado, a maioria dos doentes desenvolve imunidade contra Rickettsia rickettsii para o resto vida, não havendo risco de ter a doença novamente.

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Carrapato, carraças ou chatos como controlar?

As carraças são essencialmente trazidas para dentro de casa à “boleia” dos animais de estimação. Por isso, é essencial fazer uma desparasitação externa eficaz das mascotes durante todo o ano, usando:

  • Coleiras,
  • Líquidos spot-on (ampolas)
  • Sprays
  • Champôs

A maioria dos produtos disponíveis no mercado faz um controlo simultâneo de pulgas e carraças e, alguns deles, também de moscas e mosquitos.

Deve desinfestar-se o ambiente de casa?

Quando o ambiente onde o animal vive está muito infestado, seja num canil, no quintal ou dentro de casa, é recomendada a pulverização destes locais. Deve ter sempre em atenção que estes produtos são medicamentos que, quando usados em excesso, são tóxicos e podem ser prejudiciais para a saúde do seu animal ou até mesmo para a sua saúde. Aconselhe-se junto do médico veterinário e na Farmácia sobre qual o produto mais adequado para cada animal e ambiente.

Cuidados de proteção

Principalmente no tempo mais quente, as carraças acumulam-se nos locais com ervas altas, matos e vegetação pelo que se deve limitar o acesso dos animais a estas áreas, mesmo quando estão devidamente desparasitados.

Ao chegar a casa, é prudente fazer a inspeção do animal, não esquecendo as zonas mais escondidas como o espaço entre os dedos. As carraças encontradas devem ser removidas com cuidado de forma a eliminar totalmente o parasita sem deixar as suas peças bucais que podem ser responsáveis pela formação de reações inflamatórias locais. Se após a remoção da carraça, o animal apresentar alterações no seu estado de saúde como falta de apetite, prostração ou urina muito escura deve recorrer imediatamente ao veterinário.

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Como tirar a carraça de forma correta?

Se encontrar uma carraça a morder a sua pele, deve removê-la o mais depressa possível. Deve fazê-lo de forma cuidadosa e segura de acordo com os passos abaixo indicados:

  1. Proteja as mãos com luvas de látex ou com papel;
  2. Segure a carraça o mais próximo possível da sua pele, com o auxílio de uma pinça de pontas finas ou com um extrator próprio. Não deve apertar a “barriga” da carraça pois poderá provocar a injeção do seu fluido infetado;
  3. Depois de bem presa, deve puxar a carraça para cima aplicando uma força constante, sem a arrancar de forma brusca nem torcer para não partir as peças bucais deixando-as enterradas na pele. Se isso acontecer, pode removê-las com a pinça;
  4. Após a remoção da carraça, lavar o local da picada com água e sabão e desinfetar com solução iodada;
  5. Colocar a carraça num frasco com álcool, pois isso irá causar a sua morte, e, se possível, guarda-lo para auxiliar o seu médico no diagnóstico no caso de ficar doente;
  6. Não é recomendável usar vaselina, azeite ou recorrer ao calor para “adormecer” a carraça pois estes métodos causam a regurgitação de saliva para o hospedeiro, aumentado as possibilidades de infeção.

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Retirar carraça de forma segura

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Carraça retirada de forma errada

Se até cerca de um mês após a mordedura da carraça, encontrar manchas vermelhas no local da picada ou se sentir cansado, febril ou com dores no corpo e cabeça, recorra imediatamente ao médico. Se não o fizer, a infeção vai progredindo com o aparecimento de sintomas cada vez mais graves como paralisias ou alteração das capacidades intelectuais.

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Doença de Lyme o que é?

A doença de Lyme é uma infeção bacteriana transmitida por carraças, muito comum na América do Norte e na Europa.

O nome te origem nos diversos casos que ocorreram em 1997 na cidade de Lyme, em Connecticut (EUA). Pelo facto de um dos principais sintomas ser inchaço e dor nas articulações, acreditava-se que era artrite. Porém, como os casos eram agudos (os sintomas desapareciam) e afetavam apenas adolescentes, os pacientes foram estudados e a doença de Lyme foi descoberta. Apesar disso, acredita-se que a doença seja muito mais antiga.

Causas

A doença de Lyme é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, mas a transmissão dá-se através das carraças. São elas que carregam e as bactérias e que podem transmiti-las para os seres humanos por meio de picadas. As carraças prendem-se à pele, onde podem permanecer bastante tempo enquanto sugam o sangue do hospedeiro. Os locais preferidos do corpo humano para as carraças são as axilas, couro cabeludo e região da virilha.

Para transmitir a doença, as carraças devem ficar presas à pele do hospedeiro durante 36 a 48 horas no mínimo. Quanto menor a carraça, maiores são as probabilidades de transmitir a doença de Lyme, pois são mais difíceis de serem detetadas.

Quando são transmitidas, as bactérias entram na pele através da picada e invadem a corrente sanguínea, espalhando-se pelo corpo.

Fatores de risco

A doença de Lyme é mais comum nos Estados Unidos e em algumas regiões central e leste da Europa, bem como no sudeste da Escandinávia e no norte do Mediterrâneo, em países como Itália, Espanha e Grécia. Pessoas que viajam para esses locais e passam muito tempo em áreas arborizadas e com relva estão sob maior risco de contrair a doença. Pessoas com ocupações ao ar livre também são mais propensas a desenvolver este problema.

Se for viajar para esses locais, certifique-se quais as regiões que ainda sofrem com infestações de carraças e evite ficar com a pele exposta. Se detetar uma carraça, remova-a rapidamente, mas de forma correta. Não identificar e não remover corretamente a carraça da pele também aumentam probabilidades de desenvolver doença de Lyme.

Sintomas

Os sinais e sintomas da doença de Lyme variam e normalmente afetam mais de uma parte do corpo, principalmente pele, articulações e sistema nervoso.

Sinais precoces

Estes sinais e sintomas podem ocorrer dentro de aproximadamente um mês após a infeção pela bactéria causadora da doença de Lyme:

  • Surgimento de uma protuberância avermelhada na região em que houve picada. A erupção, denominada eritema migrans, é uma das características da doença de Lyme. Algumas pessoas desenvolvem esta erupção em mais do que um local do corpo
  • Sintomas gripais, como febre, calafrios, fadiga, dores no corpo e dor de cabeça pode acompanhar a erupção cutânea.

Sinais e sintomas tardios

Em algumas pessoas, a erupção cutânea pode espalhar-se para outras partes do corpo e, várias semanas ou meses depois de ter sido infetado, podem surgir:

  • Dores nas articulações e inchaço
  • Problemas neurológicos, como meningite, paralisa temporária de um lado do rosto (chamado de paralisia de Bell), dormência ou fraqueza dos membros, além de movimentos musculares prejudicados.

Sintomas menos comuns

Várias semanas após a infeção, algumas pessoas podem desenvolver sintomas menos comuns, a exemplo de:

  • Problemas de coração, como um batimento cardíaco irregular, que não costumam durar mais do que alguns dias ou semanas
  • Inflamação dos olhos
  • Inflamação do fígado (hepatite)
  • Fadiga severa.

Tratamento

Consulte um médico se foi picado recentemente por uma carraça, mesmo se não estiver apresentando sintomas. Caso sinta fraqueza, dormência nos membros, dores ou quaisquer outros sintomas, procure a ajuda de um especialista o mais rápido possível.

Sendo uma infeção bacteriana os antibióticos mais utilizados são os seguintes:

  • Doxiciclina (Actidox®), excepto crianças até aos 9 anos, grávidas e mães a amamentar;
  • Cefuroxima (Zoref®, Zipos®);
  • Amoxicilina (Clamoxyl®);
  • Ceftriaxona intravenosa (Mesporin®), nos casos mais graves;
  • Penicilina intravenosa (nos casos mais graves)

Concluindo

A picada de uma carraça não é coisa pouca… pode correr muito mal! Tenha especial atenção aos seus animais de estimação principalmente cão e gato e quando for fazer um piquenique tenha um cuidado suplementar aos sintomas de irritação na pele “tipo picada” que possam surgir durante ou após os seus “momentos de lazer com a Natureza”.  Deve ser aplicada um vigilância especial ás crianças que adoram cães e gostam de “rebolar na relva”… o que é ótimo desde que não recebam a visita dos parasitas em causa neste artigo!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Fontes:

  • Manuais MSD;
  • Globalvet;
  • Dr Pedro Pinheiro;

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Diabetes estes são os 9 sinais de perigo!

Diabetes sintomas causas e tratamento: Quais os 9 sinais que nunca deve ignorar? O que é a diabetes?

Diabetes o que é?

O termo diabetes mellitus descreve uma desordem metabólica de etiologia (causa) múltipla, caracterizada por uma hiperglicemia crónica  ou seja um excesso de glicose no sangue, com distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, resultantes de deficiências na secreção ou acção da insulina, ou de ambas.

Complicações

Os efeitos da diabetes mellitus a longo prazo, incluem danos, disfunção e falência de vários orgãos. Nos casos mais graves pode levar a perda de sensibilidade nas extremidades dos membros com risco acrescido de lesões e feridas graves que não cicatrizam e podem no extremo levar a amputação de membros, principalmente dos inferiores.

A cegueira é também uma das complicações mais dramáticas.

Sintomas

A diabetes mellitus pode apresentar sintomas característicos tais como:

  • Sede,
  • Poliúria (excesso de urina),
  • Visão turva,
  • Perda de peso.

Em casos mais graves pode desenvolver-se cetoacidose, ou um estado hiperosmolar não-cetónico que pode conduzir a letargia, coma e, na ausência de tratamento adequado, à morte.

Na maioria das vezes os sintomas não são graves, podendo até estar ausentes, e consequentemente pode estar presente durante muito tempo uma hiperglicemia suficiente para causar alterações patológicas e funcionais, antes de ser feito o diagnóstico. Um dos principais problemas são as lesões cardovasculares que originam uma progressiva fragilidade dos vasos sanguineos com consequências graves no coração, rins, olhos e cérebro.

Insulina

A insulina é uma hormona e pequena proteína produzida pelo pâncreas em resposta ao aumento da glicose no sangue, principalmente durante e após uma refeição, sendo essencial para controlar o excesso de açúcar no sangue.

Desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas. É responsável pela utilização, de forma eficiente, da glicose, uma vez que:
• Facilita o uso de glicose pelo músculo, tecido adiposo e vários outros tecidos;
• Estimula o fígado a armazenar glicose sob a forma de glicogénio (glicogénese);
• Inibe a libertação (breakdown) de gordura no tecido adiposo.

Este último ponto, a inibição de libertação da gordura armazenada no tecido adiposo significa por exemplo que se comermos de 3/3h os nossos níveis de insulina vão manter-se elevados ao longo do dia o que significa que mesmo quando temos “gordura a mais armazenada” no tecido adiposo não conseguimos utiliza-la para produzir energia pois isso só é possível com baixos níveis de insulina no sangue.

Isto provoca um ciclo vicioso em que essas pessoas têm de comer mais e com mais frequência pois não conseguem utilizar a sua própria gordura  mas apenas armazenar glicose em forma de gordura e glicogénio.

Durante a digestão os alimentos são decompostos nos seus  nutrientes e a glicose é absorvida para a corrente sanguínea de onde é retirada para ser utilizada no interior das células para produção de energia.

Resistência à insulina

Quando há demasiado açúcar na corrente sanguínea o pâncreas é pressionado e ultrapassa os seus limites libertando demasiada insulina que é a hormona responsável por permitir a abertura de canais de glicose nas membranas celulares que permitem a entrada da glicose nas células para ser utilizada como combustível para produção de ATP (energia).

Ao longo do tempo com excesso crónico de consumo de açúcar as células começam a ficar resistentes à insulina ou seja deixam de reconhecer a insulina e os canais de glicose permanecem fechados à entrada na célula, provocando uma acumulação excessiva de glicose na corrente sanguinea. Tudo isto é consequência de maus hábitos alimentares e estilo de vida.

Tipos de diabetes

A diabetes mellitus é a doença causada pelo excesso de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Existem dois tipos de diabetes, a saber:

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Diabetes mellitus tipo 1

O que é a diabetes tipo 1?

Diabetes tipo 1 é uma doença crónica que ocorre quando o pâncreas produz muito pouca ou nenhuma insulina. A insulina é uma hormona que ajuda o corpo a absorver e utilizar glicose dos alimentos. Sem insulina, os níveis de glicose tornam-se mais elevados que o normal.

Diabetes mellitus tipo 2

O que é a diabetes tipo 2?

Diabetes tipo 2 é uma doença crónica que ocorre por uma combinação de produção insuficiente de insulina e/ou resistência do corpo à mesma ou seja, o paciente produz menos insulina do que deveria e ela ainda funciona mal.

Também acontece que em muitos casos a produção de insulina é suficiente em quantidade mas não em qualidade pois deixa de ser reconhecida pelas células (resistência à insulina). O diabetes tipo 2 está intimamente ligado aos maus hábitos alimentares, sedentarismo e ao excesso de peso.

Quantos diabéticos existem no mundo?
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risco de diabetes

Quais os 9 sintomas iniciais da diabetes?

Excesso de urina

O excesso de urina, chamado em medicina de poliúria, é um dos primeiros sinais e sintomas da diabetes. Quando há uma elevada concentração de glicose no sangue, geralmente acima de 180mg/dl, o corpo precisa arranjar meios de eliminar este excesso; o caminho mais fácil é pelos rins, através da urina.

Como não podemos urinar açúcar puro, o rim precisa de o diluir com água para poder eliminá-lo. Portanto, quanto maior for a glicemia (concentração de glicose no sangue), mais urina o doente eliminará.

Sede excessiva

Se o doente diabético urina em excesso, ele perderá mais água do que era suposto, ficando desidratado. A sede é o principal mecanismo de defesa do organismo contra a desidratação.

O doente diabético que não controla sua glicemia, seja por má adesão ao tratamento ou simplesmente porque ainda não descobriu que tem diabetes, acaba por entrar num ciclo vicioso. O excesso de glicose aumenta a quantidade de água perdida na urina, fazendo o paciente urinar com grande frequência.

A perda de água causa desidratação, que por sua vez desencadeia uma sede excessiva. O paciente bebe muita água, mas como a glicose continua muito alta no sangue, ele continua a urinar com muita frequência.

Cansaço

O cansaço crónico é outro sintoma comum da diabetes e ocorre por duas razões, a saber:

  • Pela desidratação, cujo mecanismo foi acima explicado.
  • Pela incapacidade das células em receber glicose.

A glicose é a principal fonte de energia das células. Quem promove a entrada de glicose do sangue para dentro das células é a insulina, que na diabetes tipo 1 é inexistente e no diabetes tipo 2 não funciona bem.

Sendo assim, a diabetes mellitus caracteriza-se essencialmente pela incapacidade do organismo em transportar glicose para as células, reduzindo a capacidade de produção de energia do nosso corpo.

Perda de peso

A perda de peso é um sintoma muito comum na diabetes tipo 1. Pode também ocorrer também na diabetes tipo 2 mas não é tão frequente.

A insulina também é a hormona responsável pelo armazenamento de gordura e pela síntese de proteínas no organismo. Como na diabetes tipo 1 há ausência de insulina, o doente deixa de armazenar gordura e de produzir músculo.

Além disso, como não há glicose para gerar energia, as células acabam por necessitar de a produzir através da quebra de proteínas e da gordura armazenada no nosso corpo. Portanto, o corpo sem insulina não gera músculos nem gorduras e ainda precisa de consumir as reservas existentes.

Na diabetes tipo 2 como há insulina circulante, estes efeitos são menos evidentes. Além disso, na diabetes tipo 2 a resistência à acção da insulina vai-se desenvolvendo lentamente ao longo dos anos, ao contrário da diabetes tipo 1, que cessa a produção de insulina de modo relativamente rápido. Na verdade, o diabetes tipo 2 está associado ao excesso de peso, que é a principal causa da resistência à insulina.

Fome excessiva

Como as células não conseguem glicose para produzir energia, o corpo interpreta este fato como se o doente estivesse em jejum. O organismo precisa de energia e o único modo que ele conhece para obtê-la é através da alimentação.

Uma das características do emagrecimento da diabetes é que ele ocorre apesar do doente se alimentar com frequência. O problema é que a glicose ingerida não é aproveitada e acaba por ser perdida na urina.

Na diabetes tipo 1 inicialmente há aumento da fome, mas em fases mais avançadas o paciente torna-se anorético, o que contribui ainda mais para a perda de peso.

Visão turva

Um sintoma muito comum da diabetes é a visão turva. O excesso de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino, a lente do olho, mudando a sua forma e flexibilidade, diminuindo a capacidade de foco, o que torna a visão embaçada.

A visão costuma ficar turva quando a glicemia está muito elevada, voltando ao normal após o controle da diabetes. Esta alteração nos olhos não tem nada a ver com a retinopatia diabética, a complicação oftalmológica que pode surgir após anos de diabetes.

Cicatrização deficiente

O excesso de glicose no sangue, de modo crónico, causa inúmeros distúrbios no nosso organismo. A dificuldade em cicatrizar feridas ocorre por uma diminuição da função das células responsáveis pela reparação dos tecidos, diminuição da proliferação celular e dificuldade em produzir novos vasos sanguíneos.

Infecções

A diabetes também leva a distúrbios no sistema imunológico, por alterar o funcionamento das células de defesa. O diabético pode ser considerado um doente imunodeprimido e apresenta maior risco de desenvolver infecções, nomeadamente:

  • Infecção urinária (ex: cistite),
  • Infecções de pele (ex: erisipela e celulite),
  • Infecções fungicas (ex: candidiase)
  • Infecções respiratórias (ex: pneumonia).

Cetoacidose diabética

A cetoacidose diabética é uma complicação da diabetes tipo 1, sendo muitas vezes o primeiro sinal da doença. Como há ausência de insulina, as células não recebem glicose e precisam de arranjar outra fonte para gerar energia. A solução é queimar gordura e músculos.

O problema é que estas duas fontes alternativas não geram tanta energia como a glicose e ainda produzem uma quantidade imensa de ácidos (chamados de cetoácidos), o que leva à cetoacidose.

A cetoacidose diabética costuma ocorrer quando os níveis de glicose no sangue ultrapassam os 500mg/dl e é uma emergência médica porque faz com que o pH do sangue caia a níveis perigosos, podendo levar à morte. Os sinais e sintomas da cetoacidose são os seguintes:

  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Dor abdominal,
  • Confusão mental,
  • Prostração,
  • Dificuldade respiratória.

Glicose, qual o valor normal?

Os valores normais de glicose no sangue são os seguintes:

  • Glicose em jejum – 70 a 110 mg/dl de sangue

Diagnóstico da diabetes, valores de referência

O diagnóstico da diabetes faz-se com base nos seguintes valores de referência de glicose (ou glucose) po mililitro de sangue (mg/ml):

  • Anomalia da Glicose em jejum:  ≥110 e <126 mg/dl de sangue;
  • Diabetes mellitus:  ≥126 mg/dl de sangue;
  • Diabetes gestacional (na grávida):  ≥92 e <126 mg/dl de sangue.

Hemoglobina glicada, HbA1c

Hemoglobina Glicada, também abreviada como Hb A1c, é uma forma de hemoglobina presente naturalmente nos eritrócitos humanos que é útil na identificação de altos níveis de glicemia durante períodos prolongados.

Este tipo de hemoglobina é formada a partir de reacções não enzimáticas entre a hemoglobina e a glucose. Quanto maior a exposição da hemoglobina a concentrações elevadas de glucose no sangue, maior é a formação dessa hemoglobina glicada.

A partir da comparação dos valores de hemoglobina glicada com os valores médios de glucose plasmáticas em humanos, foi possível a construção da seguinte tabela:

Hemoglobina_glicada_HbA1c melhorsaude.org melhor blog de saude

HbA1c como se forma?

Em casos normais, o tempo médio de vida de um glóbulo vermelho é de cerca 120 dias. Durante este período, a hemoglobina presente dentro dos glóbulos vermelhos fica exposta a certos elementos como a glicose plasmática.

Desta forma e dependendo da concentração de glucose plasmática, a glucose vai reagir com a hemoglobina de forma espontânea e não enzimática, formando-se assim a hemoglobina glicada. Esta reacção é irreversível. Este fenómeno é mais marcante em indivíduos com diabetes não controlados, pois os seus níveis de glucose plasmática são mais elevados que o normal.

Bioquimicamente, a glucose reage com as cadeias β da hemoglobina do tipo A (α2β2). Este tipo de hemoglobina é, de longe, a que se encontra em maiores concentrações em indivíduos adultos normais (mais de 95%). Da designação de hemoglobina A1c, o “c” representa a fracção de hemoglobina glicada separada da restante hemoglobina não glicada.

Utilidade clínica da HbA1c

Sendo a reacção irreversível, a hemoglobina glicada permite identificar a concentração média de glicose no sangue durante períodos longos de tempo, ignorando alterações de concentração episódicas.

Isto é útil no diagnóstico de diabetes, mesmo que o doente se abstenha de consumir produtos com glucose dias antes da consulta, de forma a esconder a sua situação ou a incorrecta ingestão de alimentos, tendo em conta a sua condição.

Também se evita assim que certos factores que alteram a concentração de glucose do sangue por curtos períodos (como por exemplo, o stress) possam indicar um falso diagnóstico.

HbA1c, importante estudo

Um abrangente estudo sueco, publicado em 2012, demonstrou que a diminuição de 1% nos valores de hemoglobina glicada em diabéticos idosos pode representar até 50% a mais de tempo de vida.

O estudo:  New aspects of HbA1c as a risk factor for cardiovascular diseases in type 2 diabetes: an observational study from the Swedish National Diabetes Register (NDR).

A pesquisa acompanhou mais de 12 mil pessoas ao longo de quatro anos e positivamente correlacionou taxas 50% menores de mortes devidas a doenças cardiovasculares à diminuição nos valores de HbA1c.

Glicação vs glicosilação, qual a diferença?

A glicosilação é um processo enzimático, responsável pela ligação de açúcares a proteínas, lipídeos e outras moléculas orgânicas, produzindo diversos importantes biopolímeros,

A glicação é um processo espontâneo, não-enzimático e não controlado em que ocorre alteração de moléculas como por exemplo proteínas em consequência de excessiva exposição e ligação a açúcares, como em casos de hiperglicemia (demasiado açúcar no sangue)

A glicação é portanto um processo muito mais prejudicial que pode causar imensos problemas de saúde dificeis de diagnosticar.

Stress cortisol e diabetes

A relação e influência do stress e dos niveis de cortisol associados podem ter enorme importância no aparecimento e descontrolo da diabetes!

Clique na imagem abixo para saber tudo:

DIABETES E STRESS melhorsaude.org melhor blog de saude

Inibidores da bomba de protões (IBP) e risco de diabetes tipo 2

Os inibidores da bomba de protões (IBP) muito usados para diminuir a acidez do estômago, são medicamentos eficazes e seguros quando corretamente utilizados. O seu uso prolongado pode causar diversos efeitos adversos, entre os quais alterações do microbioma intestinal. Este tipo de alterações tem vindo a ser associado à patogénese de doenças metabólicas, como a diabetes.

Os autores analisaram prospectivamente três estudos de coortes, num total de 204 689 participantes, concluindo que os utilizadores regulares de IBP tinham um risco de desenvolver diabetes 24% superior aos não utilizadores (taxa de risco (HR) de 1,24), risco este que aumentava com maior duração de uso dos IBP.

Estudo: Regular use of proton pump inhibitors and risk of type 2 diabetes: results from three prospective cohort studies

Jejum e diabetes

Existem casos documentados de enormes benefícios do jejum em alguns diabéticos! Não será para todos mas vale bem a pena falar no assunto ao seu médico… se ele tiver abertura de “espírito” e conhecimento acima da média…!

Clique na imagem abaixo para conhecer casos extraordinários:

JEJUM E DIABETES melhorsaude.org melhor blog de saude

Concluindo

A Diabetes é uma doença que no século XXI tenderá a ser epidémica! Trata-se de uma doença grave que afecta muitos orgãos importantes do nosso corpo e pode levar a uma diminuição drástica da qualidade de vida.

Controle periodicamente ( 1 a 2 x ano ) os seus niveis de Glicose e se sentir algum dos sintomas iniciais descritos neste artigo teste de imediato para despistar ou tratar atempadamente a diabetes. Nunca é demais lembrar que uma alimentação mais saudável e exercício físico frequente são a sua melhor protecção contra esta doença!

Fique bem!

Franklim Fernandes

Referências

Por favor PARTILHE ESTE ARTIGO e ajude imensas pessoas a reconhecer e tratar atempadamente uma doença que pode ser muito grave!

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Melatonina sono insónia e como dormir melhor toda a verdade




Como dormir melhor mas não dormir demais? Melatonina porque é tão importante? Sono, insónia, ciclos de sono, sistema glinfático, quais os segredos? Como posso dormir sem usar medicamentos? Quais os medicamentos mais usados para dormir? Quais os efeitos secundários dos comprimidos para dormir? Quais as razões para não dormir demais? Segundo a American Sleep Association vários estudos têm demonstrado que horas a mais de sono têm também consequências negativas para a saúde. Descrevo as 7 principais razões para não dormir demais mas também qual a importância de dormir melhor? Porque é importante dormir melhor? O que se passa durante o sono? Quais as regras essenciais para criar um “santuário para o seu sono” e acordar com mais energia.

Este artigo pretende ser um guia para a ajudar a saber como dormir melhor, como dormir rápido, como dormir cedo e alcançar um sono de excelência, adormecer mais rápido, dormir mais profundamente, sonhar menos, acordar menos vezes durante a noite e de manhã levantar-se na hora certa para si e com muito mais energia! Acha que não consegue?  Siga até ao fim as informações e instruções deste artigo e talvez a sua vida mude para sempre! Nunca saberá se não colocar em prática o que eu também fiz com o meu próprio sono!

Neste artigo vou tratar as seguintes questões:
  • Sono o que é?
  • Quais as principais funções do sono?
  • Ciclos do sono como funcionam?
  • O que se passa durante o sono?
  • Sistema glinfático de limpeza do cérebro,  o que é?
  • Imunidade como é afetada pela privação de sono?
  • Qual a hormona do sono?
  • Melatonina porque é tão importante?
  • Serotonina, que é usada como antidepressivo, qual a relação com a melatonina?
  • Proteção das mitocôndrias pela ação antioxidante da melatonina!
  • Stress oxidativo e cancro!
  • Melatonina, qual a melhor utilização terapêutica?
  • Jet lag o que é?
  • Como utilizar a melatonina para tratar o Jet lag?
  • Ritmo circadiano o que é?
  • Premio Nobel o que dizem os cientistas sobre o sono?
  • Quais os genes com mais influência no ritmo circadiano?
  • Causas de insónia, quais as principais?
  • Higiene do sono o que é isso?
  • Dormir uma sesta é bom ou mau?
  • Exercício físico será que faz bem ao sono?
  • O álcool dá sono, isso é bom ou mau?
  • Tabaco como influencia o sono?
  • Última refeição do dia para potenciar o sono!
  • Não tenho sono, o que devo fazer?
  • Dormir demais aumenta o risco de depressão?
  • Dormir demais pode debilitar o cérebro?
  • Qual a influência na gravidez?
  • Qual a influência na diabetes?
  • Qual a influência no peso?
  • Dormir demais trás consequências cardíacas?
  • Será que aumenta o risco de morte prematura?
  • Quantas horas devo dormir?
  • Qual o grau de cansaço ao acordar em função das horas de sono?
  • Qual o risco de dormir demais nos bebés e crianças?
  • Qual o risco de dormir de menos nas crianças?
  • Quais as recomendações de tempo de sono nas crianças?
  • Quando sonhamos?
  • Sonhamos todos os dias?
  • É verdade que paralisámos durante uma parte do sono?
  • O que acontece quando muda a hora em Outubro e em Março?
  • Como dormir melhor?
  • Quais as melhores posições para dormir?
  • Medicamentos para dormir, quais os mais utilizados e quais os riscos?

Sono o que é?

Sono e dormir uma sesta melhorsaude.org

Segundos especialistas em medicina do sono este é um estado essencial à vida. Não há qualquer dúvida sobre a sua importância para a saúde geral e mesmo para a sobrevivência. Dormir é, aliás, um comportamento inato, partilhado por todo o reino animal, ainda que, do ponto de vista neurofisiológico possam existir diferenças entre espécies, sobretudo de natureza conceptual.

Sono qual a sua função?

O sono tem funções verdadeiramente extraordinárias e a produção de melatonina, com a sua potente ação antioxidante nas mitocôndrias celulares, tem uma importância extrema na produção e manutenção saudável da nossa energia diária e, portanto, da saúde no geral pois sem energia celular não existimos! A natureza encarregou-se de nos munir com um duplo mecanismo de controlo sobre a função do sono, determinando assim que, um acumular de cansaço, iniciado com o despertar, permita uma maior propensão para um sono (mecanismo homeostático de regulação do sono) que será sempre mais proveitoso em horário noturno.

A ausência de luz, percebida por células especializadas da retina do olho, passa a mensagem ao cérebro, mais propriamente ao relógio biológico nele contido, de que é altura de encerrar os olhos, de diminuir a atividade e dormir, para voltarmos a acordar pela manhã, quando o sol raiar e quando o repouso do sono tiver sido rentável para a recuperação geral.

Principais funções do sono

Durante o nosso sono ocorrem funções essenciais para a nossa saúde e sobrevivência. Algumas das mais importantes são as seguintes:

  • Produção de melatonina que tem uma função antioxidante, de enorme importância, nas mitocôndrias que são os organelos responsáveis pela produção de energia das nossas células e que necessitam de reparação diária devido à sua função de extrema exigência na  produção da energia que produz uma carga elevada de radicais livres!
  • Consolidação da memória e capacidade cognitiva, como se durante o sono se arrumasse cada memória na respetiva “gaveta” de forma a que seja mais fácil encontra-la quando necessitarmos dessa memória;
  • Limpeza dos sulcos cerebrais, através do fluido espinal e cerebral, que impede a acumulação de proteínas residuais tóxicas acumuladas durante o dia, como a proteína beta amiloide, que se julga estar associada à doença de Alzheimer;
  • Regeneração acelerada das nossas feridas influenciando o grau de inflamação adequado para uma melhor reparação;
  • Reparação de lesões cerebrais;
  • Fortalecimento do nosso sistema imunitário;
  • Processamento emocional e gestão de stress, associado à fase REM.

Ciclos de sono enquanto dormimos

O que se passa durante o sono é verdadeiramente extraordinário!

Numa noite de sono ocorrem vários ciclos. Cada ciclo de sono tem cinco fases e dura cerca de 90 minutos podendo chegar aos 120 minutos, havendo portanto vários ciclos consecutivos, separados por microdespertares, dos quais geralmente não temos consciência se tivermos um sono saudável! Durante uma noite completa e saudável de sono um adulto deve fazer 5 ciclos de aproximadamente 90 minutos cada (450 minutos) ou seja cerca de 7 horas e meia de sono.

Normalmente percorrem fases distintas do sono a cada 90 a 120 minutos durante a noite com três fases do sono com movimento não rápido dos olhos (NREM) e uma fase com movimento rápido dos olhos (REM).

  • Sono da fase N1 (NREM 1)- superficial e relativamente curto;
  • Sono da fase N2 (NREM 2) – A maior parte do tempo do nosso sono é passada nesta fase;
  • Sono profundo da fase N3 (NREM 3)- Tem início, aproximadamente, 30 minutos após adormecer e ocorre principalmente durante a primeira metade da noite, nas primeiras 4 horas de sono;
  • Sono REM – A primeira fase REM tem início, aproximadamente, 80 minutos após adormecer. No decorrer da noite é gasto mais tempo nesta fase REM caracterizada por rápidos movimentos oculares (Rapid eye movements) e onde os sonhos acontecem;
  • Despertares breves – chamados de fase W ocorrem durante a noite, mas a pessoa adormecida geralmente desconhece a maioria deles. Os microdespertares mais relevantes ocorrem, aproximadamente , 3 horas e 6 horas após adormecermos. O acordar ocorre após cerca de 7:30h a 8:00h de sono.

Ciclos de sono
Fonte: Manual MSD – Visão geral do sono.

Assim a sequência de fases durante uma normal e saudável noite de sono, é normalmente a seguinte:
  • Vigília
  • NREM 1
  • NREM 2
  • NREM 3 (sono profundo)
  • NREM 2
  • REM
  • NREM 1
  • NREM 2
  • NREM 3 (sono profundo)
  • NREM 2
  • NREM 3 (sono profundo)
  • NREM 2
  • REM
  • NREM 1
  • Microdespertar (após 3 horas de sono, aproximadamente)
  • NREM 1
  • NREM 2
  • NREM 3 (sono profundo)
  • NREM 2
  • NREM 1
  • NREM 2
  • REM
  • NREM 1
  • NREM 2
  • REM
  • NREM 1
  • NREM 2
  • Microdespertar (após 6 horas de sono, aproximadamente)
  • NREM 2
  • REM
  • NREM 1
  • NREM 2
  • REM
  • NREM 1
  • NREM 2
  • Acordar (após 7 horas e 30 minutos a 8 horas de sono, aproximadamente).

Resumindo o número total de cada uma das fases de sono durante uma normal e saudável noite de sono, será o seguinte:

  • NREM 1 – 9 fases
  • NREM 2 – 13 fases
  • NREM 3 de sono profundo – 4 fases (durante as primeiras 4 horas de sono)
  • REM de sonhos – 6 fases.
  • Microdespertares – 2

Ondas cerebrais

Fases do sono e respetivas ondas cerebrais. As fases 3 e 4 são de sono profundo. A fase REM é quando acontecem os sonhos. As fases de vigília são caracterizadas por ondas cerebrais rápidas de pequena amplitude denominadas ondas Beta. Na fase de sono profundo as ondas cerebrais são mais lentas e de maior amplitude e denominam-se onda Delta. Curiosamente na fase de sono REM as ondas cerebrais registadas voltam a ser mais rápidas e de menor amplitude ou seja semelhantes a uma fase de vigília, talvez devido ao facto de os sonhos acontecerem essencialmente nessa fase REM onde acontecem movimentos oculares rápidos.

Fases do sono melhorsaude.org melhor blog de saude

Fases do sono e vigília
Fonte: Laboratório de Neurogenética / Núcleo de Cognição e Sistemas Complexos / Centro de MatemáticaComputação e Cognição / Universidade Federal do ABC

Sonhos e fase REM

Geralmente, apenas sonhamos na fase de sono profundo REM (Rapid Eye Movement) onde existem rápidos movimentos de olhos que se julga acompanharem as peripécias que ocorrem nos nossos sonhos. Se acordarmos durante esta fase do sono vamos lembrar-nos deles com muito maior detalhe mas se dormirmos descansadamente até ao fim não vamos lembrar-nos de nada e isso é que é saudável pois significa que terminamos sem precalços esse ciclo de sonho.

Sono REM e paralisia muscular

Quando adormecemos o cérebro desliga algumas funções motoras para nossa proteção. Durante a fase de sono profundo REM ficamos com uma espécie de “paralisia motora” ou seja vivemos os sonhos mental e visualmente mas não conseguimos mexer-nos!

Como seria o nosso sono se durante a fase de sonhos reagíssemos também “fisicamente” ás experiências aí vivenciadas? Certamente não teríamos um sono descansado e poderíamos até, em alguns sonhos mais “agressivos”, magoar-nos gravemente ou magoar quem dorme connosco!

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Sono REM novas descobertas

Afinal para que serve a fase REM onde ocorrem os sonhos e os movimentos rápidos dos olhos? Segundo Matthew Walker, especialista de sono e autor do livro “Why we sleep: Unlocking the power of sleep and dreams”, o sono REM tem duas funções extraordinárias:

  • Gestão e ajuda emocional;
  • Potenciar a creatividade.

Os sonhos que ocorrem nesta fase do sono libertam as memórias da carga emocional associada o que é de extrema importância em casos de memórias traumáticas, sendo a primeira ajuda para ultrapassar esses traumas, desde que a produção de noradrenalina não seja exagerada ou esteja danificada pois nesses casos podem acontecer os mesmos pesadelos recorrentes de que se queixam os doentes com sindrome pós traumático.

Sistema glinfático e limpeza do cérebro

O sistema glinfático foi descrito pela primeira vez em 2012 pela neurocientista dinamarquesa Maiken Nedergaard e tem sido amplamente correlacionado com danos cerebrais pós-AVC, lesões cerebrais traumáticas e doenças neurodegenerativas, entre elas a doença de Alzheimer e outras doenças demenciais. A descoberta foi feita a partir da análise do percurso liquórico in vivo, por meio da técnica de microscopia de dois fótons (onde se utiliza marcadores através de injeções intratecais). Esperava-se observar a circulação liquórica clássica que já havia sido descrita, no entanto foi identificado que, além desse percurso, ocorre também a penetração do Líquido Cefalorraquidiano (LCR) no parênquima, depois a troca com o líquido intersticial e, por fim, a drenagem do LCR.

O sistema glinfático é uma rede perivascular que atua drenando resíduos tóxicos e metabólitos do Sistema Nervoso Central (SNC) como a proteína β-amiloide, que, quando acumulada, tem uma ação relevante na  fisiopatologia da doença de Alzheimer e facilita a distribuição cerebral de compostos como aminoácidos, glicose e neuro moduladores.

Circulação liquórica

Via clássica

O LCR é produzido nos plexos coroides, localizados nos ventrículos cerebrais (principalmente nos ventrículos laterais) e tem uma produção média de 500ml por dia, tendo um volume circulante de 100ml a 150ml.

Dos ventrículos laterais, ele alcança o III ventrículo a partir do forame de Monro e, por meio do aqueduto do mesencéfalo (ou aqueduto de Sylvius), chega ao IV ventrículo. Nesse local, ele pode difundir-se para o espaço subaracnoídeo medular, pelo forame de Magendie (abertura medial), e para o espaço subaracnoídeo encefálico pelo forame de Luschka (aberturas laterais).

Ele é reabsorvido pelas granulações (ou vilosidades) aracnoides, que são projeções da membrana aracnoide, e drenam para os seios venosos, principalmente o seio sagital superior.

Cérebro humano

Nova via

O LCR presente no espaço peri arterial acompanha as arteríolas e os capilares conforme ocorrem as suas ramificações, penetrando no parênquima cerebral. Nesse local, o líquor comunica-se com o líquido intersticial através de poros na estrutura perivascular, permitindo a passagem das moléculas de menores dimensões e sendo favorecidas pela pulsatilidade arterial, que contribui para essa saída do LCR do espaço peri arterial.

Além disso, as células da glia também realizam um papel fundamental, sobretudo os astrócitos, pois, nas suas regiões mais periféricas (conhecidas como pés dos astrócitos), está presente a AQP4, uma aquaporina que possibilita a passagem de moléculas de água. A partir das junções comunicantes dos astrócitos,  comunicam-se e mantêm um fluxo convectivo desde o espaço peri arterial até o espaço peri venoso.

Limpeza do SNC

O maior detalhe desse mecanismo é que o LCR que penetra no espaço peri venoso não é o mesmo que saiu do espaço peri arterial, pois, durante o fluxo convectivo, ele carrega os resíduos e metabólitos que antes estavam situados no interstício e, por isso, se assemelha ao sistema linfático, sendo uma nova descoberta que explica como ocorre a drenagem no SNC.

Nedergaard M. The Glymphatic System: A Beginner’s Guide. Neurochem Res (2015) 40:2583–2599. Fig.3 doi: 10.1007/s11064-015-1581-6

Envelhecimento

Ao longo do envelhecimento, ocorrem mudanças físicas e metabólicas no corpo humano e algumas dessas alterações podem contribuir para o funcionamento inadequado do sistema glinfático. São exemplos disso o aumento da rigidez arterial em idosos (o que diminui a pulsatilidade e a saída do LCR para o espaço intersticial) e a hipertrofia da GFAP (proteína fibrilar ácida da glia – uma proteína de filamento intermediário expressa no SNC, muito comum em astrócitos, os quais tem a sua comunicação dificultada quando, por ela, sofre alterações estruturais). Além disso, nos estudos de Nedergaard, também se encontrou a perda da polarização perivascular das AQP4 em idosos, alterando a depuração intersticial de solutos e a troca LCR-líquido intersticial.

Uma hipótese que abre novos horizontes para pesquisas em doenças neurodegenerativas é a de que pacientes com essas doenças possam ter os mesmos acometimentos supracitados, no entanto agravados. Dessa maneira, ocorre uma drenagem deficitária que gera acúmulos prejudiciais, como no caso da doença de Alzheimer, em que são encontrados agregados de proteína tau e o acúmulo de β-amiloide.

Sistema glinfático e o sono

O sistema glinfático tem sua maior atividade durante o sono (principalmente no sono profundo, o terceiro estágio do sono não-REM). Imagens feitas a partir da microscopia de dois fótons mostram que, durante o estado de vigília, o influxo de líquor pode ser reduzido em até 90%.

Ainda não se sabe com exatidão o processo fisiológico que gera essa maior atividade durante o sono, mas a noradrenalina parece ser um importante regulador da atividade glinfática pois age durante a vigília, aumentando o volume intracelular e, consequentemente, diminuindo o espaço intersticial. Assim, os mecanismos hidrodinâmicos não são favorecidos para a drenagem durante a vigília, enquanto o inverso acontece durante o sono com a diminuição da noradrenalina, o que propicia a saída do LCR do espaço perivascular.

Um boa noite de sono é por isso essencial para a limpeza e saúde do nosso cérebro!

Sistema imunológico e privação de sono

A privação de sono e o sistema imunológico exercem e sofrem influências mútuas. A privação de sono é considerada uma fonte de stress, uma vez que induz a elevação do cortisol em seres humanos (ou da corticosterona em roedores). Os glucocorticoides, por sua vez, exercem um efeito imunossupressor ou seja fazem com que o nosso sistema imunológico fique mais debilitado e menos eficaz contra a invasão de vírus, bactérias, fungos, parasitas e outros corpos estranhos. Por essas razões, foi proposto que o aumento da ativação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal seja um importante mediador das alterações imunológicas observadas em pacientes com insónia ou privados de sono.

Estudo: Repercussões imunológicas dos distúrbios do sono

Uma das células mais importantes do nosso sistema imunitário são as chamadas células assassinas naturais (NK), um tipo de glóbulos brancos. Estas detetam as células infetadas e param a sua atividade ou removem-nas antes que novos vírus sejam reproduzidos.

O sono é de extrema importância, para termos células assassinas naturais suficientes no corpo. Assim se não dormimos regularmente e horas suficientes (7.30h), somos muito mais suscetíveis a doenças e infeções. Investigadores estudaram como é que o número de glóbulos brancos se desenvolve sob privação de sono. O resultado foi surpreendente e assustador:

  • Os grupos de teste que dormiram apenas 4 horas em vez de 8 horas tiveram uma redução de 70% na proporção das suas células assassinas naturais (NK).

Este resultado suporta a evidência de uma maior fragilidade e probabilidade de contrair infeções quando temos problemas com a qualidade e quantidade do nosso sono.

Melatonina a hormona do sono o que é?

Formula química:   N-acetil-5-metoxitriptamina

A mensagem de ausência de luz enviada ao cérebro é, em cada período de aproximadamente 24h, repetida e traduzida na libertação de melatonina pelo hipotálamo (mecanismo circadiano de regulação do sono). A melatonina  é uma hormona produzida por diversos animais e plantas. Em animais superiores é produzida e libertada pela glândula Pineal. Quimicamente, é uma indolamina sintetizada a partir do triptofano (aminoácido essencial encontrado nas proteínas) sendo uma molécula anfipática ou seja  devido ao seu caráter anfifílico (uma parte hidrofílica e outra lipofílica), pode atravessar facilmente as membranas celulares por difusão. Em consequência, a melatonina não é armazenada no interior do pinealócito e é imediatamente libertada dentro dos capilares sanguíneos que irrigam a glândula pineal após a sua formação. Assim, a secreção de melatonina depende da sua síntese, que é catalisada por quatro enzimas distintas:

  • Triptofano hidroxilase (TPH),
  • Descarboxilase de L-aminoácidos aromáticos,
  • N-acetiltransferase (NAT),
  • Hidroxi-indol-O-metiltransferase (HIOMT).

Triptofano-serotonina-melatonina

Serotonina (antidepressivo) é precursor da melatonina

No esquema acima descrito é clara a importância da serotonina como precursor da melatonina. Relembro apenas que a serotonina é utilizada por milhões de pessoas em todo o mundo como antidepressivo! A glândula pineal participa na organização temporal dos ritmos biológicos, aturando como mediadora entre o ciclo claro/escuro ambiental e os processos regulatórios fisiológicos, incluindo:

  • Regulação endócrina da reprodução,
  • Regulação dos ciclos de atividade-repouso e sono/vigília,
  • Regulação do sistema imunológico, entre outros.

Melatonina e antioxidante mitocondrial

A melatonina e a glutationa (ou glutatião) são os dois mais importantes antioxidantes mitocondriais. A melatonina é um antioxidante antigo. Após o seu desenvolvimento inicial em bactérias, ela foi retida ao longo da evolução, de modo que pode estar ou pode ter estado presente em todas as espécies que existiram. Embora se tenha mantido ao longo da evolução durante a diversificação das espécies, a estrutura química da melatonina nunca mudou; assim, a melatonina presente nos seres humanos atualmente vivos é idêntica à presente nas cianobactérias que existem na Terra há bilhões de anos.

A melatonina na circulação sistémica de mamíferos desaparece rapidamente do sangue, presumivelmente devido à sua captação pelas células, particularmente quando estão sob condições de alto stresse oxidativo. A medição da distribuição subcelular da melatonina mostrou que a concentração desta indolamina nas mitocôndrias excede em muito a do sangue. A melatonina presumivelmente entra nas mitocôndrias através de transportadores de oligopeptídeos, PEPT1 e PEPT2.

Assim, a melatonina é direcionada especificamente para as mitocôndrias, onde parece funcionar como um potente antioxidante mitocondrial. Além de ser absorvida da circulação, a melatonina também pode ser produzida nas mitocôndrias. Durante a evolução, as mitocôndrias provavelmente tiveram origem quando as bactérias formadoras de melatonina foram engolidas como alimento por procariontes ancestrais. Com o tempo, as bactérias engolidas evoluíram para mitocôndrias; isso é conhecido como a teoria endossimbiótica da origem das mitocôndrias. Quando o fizeram, as mitocôndrias mantiveram a capacidade de sintetizar melatonina.

Assim, a melatonina não é apenas absorvida pelas mitocôndrias, mas estes organelos, além de muitas outras funções, provavelmente também produzem melatonina. As altas concentrações da melatonina e as suas múltiplas ações como antioxidante proporcionam uma potente proteção antioxidante a estes organelos que estão expostas a abundantes radicais livres.

Estudo: Melatonin as a mitochondria-targeted antioxidant: one of evolution’s best ideas

Atualmente médicos e investigadores de renome como o cardiologista  Dr. Steven Gundry colocam a hipótese de a principal função do sono ser produzir melatonina para proteger o bom funcionamento das nossas mitocôndrias, pois sem a energia produzida pelas mitocôndrias não estaríamos vivos!

Stress oxidativo e cancro

A mitocôndria é a principal responsável pelo fornecimento de energia, trifosfato de adenosina, ATP (adenosine triphosphate), às células e a maior produtora de espécies reativas do oxigénio (radicais livres), ROS (reactive oxygen species), tais como o anião superóxido (O2.-), o peróxido de hidrogénio (H2O2) e o radical hidroxilo (OH.).

A manutenção de um equilíbrio entre a produção de ROS e as defesas antioxidantes é crucial para o bom funcionamento do organismo humano. No entanto, pode ocorrer um desequilíbrio devido à produção excessiva de ROS ou à deficiência de defesas antioxidantes. A este desequilíbrio dá-se o nome de stress oxidativo. O excesso de ROS pode danificar o DNA, os lípidos ou as proteínas e levar ao aparecimento de diversas doenças, incluindo o cancro.

O genoma mitocondrial é mais suscetível a mutações por possuir limitações nos mecanismos de reparação. As lesões ao nível do DNA mitocondrial (mtDNA) podem ser mutações nas regiões codificantes ou na região D-loop (displacement loop), ou simplesmente alterações do número de cópias de mtDNA. Para se defender do stress oxidativo, o organismo desenvolveu mecanismos de defesa endógena antioxidante. As defesas dividem-se em:

  • Enzimáticas como por exemplo a superóxido dismutase, a glutationa peroxidase e a catalase;
  • Não enzimáticas, como por exemplo as vitaminas A, C e E.

Existe a hipótese de uma alimentação rica em nutrientes com propriedades antioxidantes poder ser benéfica na prevenção contra a oxidação mas ainda sem suporte científico consistente. No entanto, o excesso de nutrientes com propriedades antioxidantes ou mesmo de suplementos antioxidantes podem ser cancerígenos.

Utilização terapêutica da Melatonina

Como dormir rápido e como dormir bem

Em humanos, a melatonina tem como principal função regular o sono ou seja, num ambiente escuro e calmo, os níveis de melatonina do organismo aumentam, causando o sono, de forma a que possa dormir rápido e dormir bem. Por isso como dormir bem é muito importante então devemos eliminar do ambiente mecanismos que possam acelerar o metabolismo e impedir o sono, mesmo que não percebamos, tais como:

  • Fontes de som,
  • Fontes de luz,
  • Aromas,
  • Calor

Outra função atribuída à melatonina é a de antioxidante, agindo na  recuperação de células epiteliais expostas a radiação ultravioleta e através da administração suplementar, ajudando na recuperação de neurónios afetados pela doença de Alzheimer e por episódios de isquemia (como os resultantes de acidentes vasculares cerebrais) e como complemento em tratamentos para a epilepsia.  Em resumo a melatonina é conhecida como a hormona do sono.

Jet lag o que é?

Jet lag é a alteração do ritmo biológico de 24 horas consecutivas que ocorre após mudanças do fuso horário em longas viagens de avião. Caracteriza-se por problemas físicos e psíquicos, especialmente do ciclo do sono, decorrentes de alterações dos níveis hormonais de hidrocortisona. 

Trata-se de uma condição fisiológica resultante de alterações no ritmo circadiano (distribuição dos períodos de sono-vigília em um ciclo de 24 horas) provocadas por uma viagem, geralmente de aviões a jato (daí o nome em inglês: jet, redução de jet plane, ‘avião a jato’; e lag, ‘atraso, retardamento’), atravessando vários fusos horários. Em consequência, após a viagem, o relógio interno (relógio biológico) não estará ajustado ao horário local. Ocorre então um distúrbio do sono transitório.

Qual a melhor melatonina para o Jet Lag

A melatonina, sob o nome comercial Circadin, é também considerado segura e extremamente eficaz na prevenção ou diminuição dos sintomas de Jet Lag. Especialmente eficaz para quem viaja por mais de 5 zonas horárias, mas pode ser usado para qualquer viagem que ultrapasse mais do que uma zona horária para quem é mais suscetível a sintomas.

Estudo clínicos constataram que a melatonina ajuda a regular o horário orgânico com mais rapidez, criando as condições necessárias para atingir um mais rápido relaxamento e descanso cerebral em viajantes, trazendo rápida adaptação ao novo fuso horário.

Existem também estudo que demonstram que a melatonina age como regulador de cada uma das etapas do balanço energético, tais como:

  • Ingestão alimentar,
  • Fluxo de energia para reserva,
  • Fluxo de energia das reservas
  • Gasto energético.

Comportamentos inadequados como tomar café depois das 18h ou ver televisão até tarde podem dificultar o inicio do sono ou comprometer a sua continuidade, penalizando os processos que dele dependem, como por exemplo a regulação do cortisol que é a hormona do stress. Quanto mais alto for o nível de cortisol no nosso organismo mais ansiedade vamos sentir!

Ritmo circadiano o que é?

Num velho vídeo de Novembro de 2015 Michael Rosbash explica o seu trabalho com Jeffrey C. Hall. Fala neste incrível relógio que temos dentro de nós e que consegue antecipar as mudanças cá fora. “É muito mais vantajoso saber o que vai acontecer do que reagir ao que já aconteceu. E esse é um dos papéis do ritmo circadiano”, diz.

Ritmo circadiano
Fonte: Comité Nobel de fisiologia ou medicina

Cronobiólogos ganham prémios Nobel

São geneticistas e cronobiólogos… uma espécie de “relojoeiros do corpo humano”, a saber:

  • Michael Rosbash,
  • Jeffrey Connor Hall,
  • Michael Warren Young

Estes três cientistas Norte Americanos, conquistaram a 2 de Outubro de 2017, o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina por descobertas sobre os mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano.

Os trabalhos com mais de duas décadas nesta área mostraram como funcionam genes que estão ligados ao sono e à forma como regulamos o nosso metabolismo nas diferentes fases do dia. Os três cientistas norte-americanos revelaram alguns dos importantes circuitos e peças que fazem a complexa máquina do nosso relógio biológico funcionar. E, claro, perceberam onde e como pode avariar.

Relógio biológico antecipa mudanças

Segundo Anna Weddell, do comité do prémio Nobel, os investigadores mostraram, por exemplo, que “precisamos do relógio biológico para antecipar as mudanças que ocorrem durante um dia, não é só para nos adaptarmos a essas mudanças”.

Assim, recorrendo ao modelo da mosca-da-fruta, os investigadores perceberam que o corpo dos animais (incluindo o dos seres humanos) desencadeia uma série de ligações que nos preparam para acordar, mesmo antes de a luz do dia “nos avisar”. Da mesma forma, há uma preparação do organismo para o momento noturno, do sono.

Diogo Pimentel, investigador português na Universidade de Oxford que se dedica a esta área, explica:

“Até hoje não sabemos por que precisamos de dormir, mas já é claro que a regulação do sono obedece a dois processos: o ciclo circadiano (ou relógio) e o sistema homeostático” .

O tal relógio faz com que todos os organismos (incluindo nós) se sincronizem e adaptem a fatores do ambiente externo, sendo a luz o fator principal. Sobre os resultados do trabalho dos cientistas agora premiados com o Nobel da Medicina, Diogo Pimental comenta:

“É de facto uma história de sucesso fantástica e um excelente exemplo de como genes e moléculas são responsáveis por orquestrar o nosso comportamento.”

Genes na regulação do nosso sono

Segundo os prémio Nobel da medicina 2017, os genes mais importantes para o nosso ritmo circadiano são:

  • Gene period (PER) – Michael Rosbash e Jeffrey Connor Hall explicaram como funciona este gene;
  • Gene timeles (TIM) – Michael Warren Young descobriu este gene;
  • Gene doubletime (DBT) – Michael Warren Young, da Universidade de Rockefeller também identificaram este gene.

Michael Rosbash e Jeffrey Connor Hall são dois amigos de longa data que trabalham juntos há várias décadas. Actualmente, estão na Universidade de Brandeis, no Massachusetts (EUA). Michael Warren Young é um cronobiólogo que investiga no laboratório de genética da Universidade de Rockefeller, em Nova Iorque. Os três estudam o sono, os mecanismos que o nosso relógio biológico usa para se adaptar ao ambiente cá fora.

No centro das investigações destes cientistas está o papel de alguns genes que “participam” neste processo de regulação do ritmo circadiano. Michael Rosbash e Jeffrey Connor Hall explicaram como funciona o gene period (PER). Isolaram este gene e descobriram que produzia uma proteína que se acumulava nas células durante a noite e degradava-a durante o dia. Ou seja, os níveis estavam sintonizados com o ritmo circadiano (uma palavra que na sua origem em latim quer dizer algo como “cerca de um dia”, 24 horas).

Michael Warren Young descobriu o gene timeles (TIM), outra peça importante nesta máquina. Juntos, os três cientistas perceberam que por trás dos nossos sonos e vigílias estes genes actuam em conjunto formando um sistema de sinais químicos. O investigador da Universidade de Rockefeller identificou ainda um outro gene chamado doubletime (DBT) que era capaz de atrasar a acumulação da proteína PER. Estavam desvendados mecanismos-chave sobre os princípios do relógio biológico.

Mutações genéticas quais as consequências?

Encontrar os genes e a sua função fez com que se concluísse também que mudanças (ou mutações) nestes “genes-relógio” (as peças biológicas do relógio circadiano comparáveis às rodas dentadas de um relógio mecânico) estão associadas a uma série de distúrbios do sono em humanos.

Mesmo algumas formas de depressão podem estar de alguma maneira ligadas ao controlo do ritmo circadiano. Assim, por causa destes três investigadores, hoje sabemos mais sobre os mecanismos que regulam o nosso ritmo circadiano que, por sua vez, regula muitos dos nossos genes.

Funções críticas do relógio biológico

“O relógio biológico regula funções críticas, tais como:

  • Comportamento,
  • Níveis hormonais,
  • Sono,
  • Temperatura corporal,
  • Metabolismo.

O nosso bem-estar é afetado quando existe um desajuste entre o nosso ambiente externo e este relógio biológico interno, o que acontece, por exemplo, quando viajamos em diferentes fusos horários e experimentamos jet lag.

Há também indícios de que os problemas na sincronização de nosso relógio interno com o ambiente e estilo de vida podem estar associados ao aumento do risco de várias doenças”, refere o comunicado de imprensa do comité do Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia.

Causas de insónia

As principais causas de insónia são claramente as seguintes:

  • Ansiedade
  • Depressão
  • Dor

São inúmeras as patologias que podem causar insónia. Desde logo as de caracter psicológico e psiquiátrico são claramente as duas mais importantes.

No entanto todas as patologias ou doenças que possam provocar dor são muito relevantes entre as principais causas de insónia. Assim em todos estes casos com sintomas dolorosos a principal estratégia no combate à insónia passa pela estabilização da patologia primária e nomeadamente o controle da dor durante a noite.

Outras causas frequentes de insónia são a desinformação básica acerca de regras simples mas “obrigatórias” para ajudar o nosso organismo a seguir o ritmo circadiano que marca claramente os nossos ciclos saudáveis de sono. O conjunto de regras simples, que descrevo de seguida, é habitualmente designado de higiene do sono!

Como dormir melhor

Higiene do sono

A higiene do sono é a designação dada ao conjunto de estratégias que englobam hábitos e comportamentos potenciadores de um bom sono, consolidado e recuperador. Frequentemente, os tropeços nestas regras básicas que interferem na psicobiologia humana, associam-se a um sono perturbado passível de se transformar num estado patológico crónico, muitas vezes de difícil retrocesso. Mais adiante neste artigo descrevo todas as regras essenciais para um bom sono incluindo as melhores posições para dormir.

Mais à frente neste post descrevo mais em detalhe a importância destas regras mas algumas das mais simples e de aplicação imediata, são as seguintes:

  • Quarto completamente escuro;
  • TV telemóveis, tablets e aparelhos eletrónicos desligados;
  • Ambiente silencioso;
  • Baixa temperatura ambiente (mas não gelada!);
  • Não beber café  ou chá com cafeína até 6 horas antes de se deitar;
  • Não beber álcool.

Dormir uma sesta é bom ou mau?

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Apesar das diferenças individuais, na mesma pessoa, e em condições normais, a necessidade de sono durante as 24h mantém-se de dia para dia. Por conseguinte se gastarmos parte das horas destinadas ao sono, durante uma sesta a noite será provavelmente mais curta (geralmente com maior dificuldade de iniciar o sono mas também associado à sua interrupção repetida). Tendo esta informação em mente fica também claro que quem dorme uma sesta sente ao acordar desse pequeno sono, em geral, um aumento da concentração e energia que ajuda a passar melhor o que resta do seu dia.

No entanto também sentirá que quando chegar a hora de dormir vai ter dificuldade em adormecer à hora habitual o que vai causar, mais uma vez, a diminuição do tempo e da qualidade do sono nessa noite. No dia seguinte é também provável que volte a sentir a necessidade de uma nova sesta… iniciando uma espécie de ciclo vicioso que só pode ser quebrado com a disciplina de se deitar sempre à mesma hora e ter uma noite de sono de aproximadamente 7 horas e meia.

Exercício físico será que é bom para o sono?

As atividades noturnas devem procurar favorecer o sono e não a vigília. Neste sentido, o exercício físico intenso é, em principio, contra-indicado no horário próximo ao de dormir, já que, devido à ativação intensa generalizada que condiciona, e a um aumento da temperatura corporal, atrasa o inicio do sono. O exercício ligeiro a moderado, por sua vez, promove o sono, ao que parece, através de um mecanismo reflexo. Por outro lado, estratégias de relaxamento, favoráveis a uma inativação geral parecem ser sonogénicas.

Álcool dá sono, isso é bom?

Relaxantes como o álcool só aparentemente facilitam o sono. Na realidade, apesar de poderem diminuir a latência do sono, no decorrer da noite, este passa a ser, significativamente pior, mais superficial e fragmentado, após a ingestão de álcool. Pode até adormecer mais depressa mas a qualidade do sono é muito pior e vai acordar com um enorme cansaço e até dor de cabeça.

Tabaco e influência no sono

O tabaco contém nicotina (um estimulante) e é igualmente prejudicial ao sono, devendo ser evitado. Por outro lado o tabaco é um irritante das mucosas nasais e da garganta o que pode alterar o fluxo de ar e causar o ressonar além de aumentar as probabilidades de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

Última refeição do dia

Uma refeição ligeira, sobretudo contendo alimentos ricos em L-triptofano (uma substância promotora do sono), como o leite, é benéfica, mas as refeições pesadas prejudicam o inicio do sono. Também os líquidos não deverão ser excessivos perto da hora de dormir, devendo mesmo ser evitados por vezes, sobretudo em pessoas cujo sono seja frequentemente interrompido pelas idas à casa de banho.

Quando não tenho sono o que fazer?

Obrigar o sono traz muitas vezes uma frustração acrescida, sendo causa frequente de desenvolvimento de insónia psicofisiológica. Assim, é boa prática deixar a cama quando surgem dificuldades para adormecer. Nessa circunstância, fazer algo relaxante como ler ou ouvir música, pode ser adequado e ajudar o sono a chegar e então encaminhar ao leito.

Dormir demais quais os riscos?

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O prolongamento do tempo na cama constitui, muitas vezes, um hábito penalizador do sono, dado que o mesmo se associa a um sono mais superficial e fragmentado e, portanto, com menor rentabilidade. A regularidade de horários reservados ao sono e à vigília também são determinantes de uma boa função do ciclo sono-vigília, já que a falha neste compromisso resulta frequentemente numa perturbação do ritmo circadiano e consequentemente no sono.

1. Aumenta o risco de depressão

Um estudo de 2014, com adultos gémeos, permitiu aos investigadores concluir que dormir muitas horas (mais de nove) aumenta o risco de sintomas depressivos.

2. Pode debilitar o cérebro

Em 2012, uma equipa de cientistas descobriu que mulheres idosas com falta ou excesso de sono viam a sua capacidade cerebral deteriorar-se num espaço de seis anos. Os cérebros das mulheres que dormem mais de nove horas ou menos de cinco registam alterações correspondentes a um envelhecimento de dois anos.

3. Pode dificultar uma gravidez

Depois de analisarem os hábitos de sono de mais de 650 mulheres submetidas a fertilização in vitro, investigadores coreanos concluíram que as taxas de gravidez mais elevadas foram registadas entre as mulheres que dormiam sete a oito horas por noite e as mais baixas entre as que dormiam entre nove a onze.

“Sabemos que os hábitos de sono podem alterar os ritmos circadianos, a produção de hormonas e os ciclos menstruais”, afirmou, em 2013, quando este estudo foi publicado, o endocrinologista Evan Rosenbluth, sublinhando que não foi possível estabelecer uma causalidade clara no caso dos tratamentos para a infertilidade.

4. Pode aumentar o risco de diabetes

Um estudo realizado no Quebec concluiu que quem dorme mais de oito horas por noite têm o dobro das probabilidades de desenvolver diabetes tipo 2, ao longo de um período de seis anos, em comparação com que dorme entre sete a oito horas, mesmo tendo em consideração as diferenças de massa corporal.

5. Pode levar ao aumento de peso

O mesmo grupo de investigadores analisou também o peso e o aumento de gordura entre os participantes, no mesmo período de seis anos, e chegou à conclusão que os que dormiam demais ou de menos ganhavam mais peso do que os que dormiam as recomendadas sete a oito horas por noite.

Os que dormiam nove a dez horas tinham 25% mais probabilidade de aumentar cinco quilos nesses seis anos, mesmo com uma alimentação controlada e atividade física.

6. Pode danificar o coração

Uma investigação apresentada em 2012, nos EUA, revelou a relação entre dormir oito ou mais horas por noite e o aumento de risco de problemas cardíacos. Depois de analisar os dados de mais de 3 mil pessoas, os cientistas descobriram que as que dormiam mais tinham o dobro do risco de angina e 1.1 vezes mais o risco de doença das artérias coronárias.

7. Pode aumentar o risco de morte prematura

Uma análise de 16 estudos diferentes levou um grupo de investigadores a concluir que há um risco de morte prematura – por várias causas – aumentado entre os que dormem mais de oito horas por noite, do total de quase 1,4 milhões de participantes nas várias investigações.




Quantas horas devo dormir?

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Gráfico cansaço vs horas de sono

Este gráfico indica que 8 horas de sono, num adulto em idade ativa,  é o ideal para não acordar cansado. Alguns estudos apontam para 7 horas e meia serem suficientes e até ótimas em muitos adultos em idade ativa. De facto tendo em conta que temos durante a noite vários ciclos de sono de aproximadamente 90 minutos cada tal significa que se acordarmos ao fim de 7 horas e meia estaremos exatamente a terminar o quinto ciclo de sono.

Se continuássemos a dormir o próximo ciclo terminaria cerca de hora e meia depois ou seja faríamos 9 horas de sono desde a hora em que adormecemos. É por isso que, se nos deitarmos à meia noite, geralmente, acordamos mais “bem dispostos” ás 7.30 h do que ás 8.00h apesar de dormirmos mais meia hora!

Dormir demais nos bebés e nas crianças

Nos bebés é hábito dormir muito

Nos bebés já é hábito e saudável dormir muito mais que um adulto. O tempo de sono recomendado por faixa etária varia de especialista para especialista. A American Sleep Association divulgou recentemente novas recomendações onde estabelece períodos mínimos e máximos adequados a cada idade. No entanto, alerta para o facto de que o tempo para um sono reparador varia de acordo com as características pessoais. Refere também que dormir de mais é tão mau como dormir pouco, estabelecendo limites mínimos e máximos aceitáveis.

Dormir pouco qual o risco nas crianças?

Sabia que na infância cerca de 90% da hormona de crescimento é libertada durante o sono?

As crianças que dormem menos tempo do que o aconselhado ou que apresentam distúrbios decorrentes do sono podem ter problemas no desenvolvimento físico, no fortalecimento do sistema imunológico, na consolidação da memória e dificuldades no relaxamento muscular.

Recomendações de horas de sono

Segundo a American Sleep Association estas são as recomendações de horas de sono saudáveis desde os recém nascidos até aos 13 anos de idade:

  • Recém-nascidos (0-3 meses): 14 a 17 horas (anteriormente 12-18)
  • Bebés (4-11 meses): 12-15 horas (anteriormente 14-15)
  • Crianças (1-2 anos): 11-14 horas (anteriormente 12-14)
  • Crianças em idade pré-escolar (3-5 anos): 10-13 horas (anteriormente 11-13)
  • Crianças em idade escolar (6-13 anos): 9-11 horas (anteriormente 10-11)

Pequenos ecrãs impedem crianças de dormir

O sono é prejudicado nas crianças que utilizam disposivos electrónicos
O sono é prejudicado nas crianças que utilizam disposivos electrónicos

As crianças que têm acesso a ‘tablets’ ou ‘smartphones’ nos seus quartos dormem menos do que as crianças que não têm acesso a estes dispositivos à noite, conclui um estudo norte-americano hoje divulgado. As conclusões da investigação publicadas na revista Pediatrics mostram que ter um chamado “pequeno ecrã” à mão é pior do que ver televisão, no que toca à falta de sono, de acordo com a observação de 2.000 crianças em idade escolar.

No geral, aqueles que têm acesso a ‘tablets’ ou ‘smartphones’ dormem menos 21 minutos por noite em comparação com os que não usam essa tecnologia e têm mais probabilidade de acusar falta de sono. Já as crianças com televisão no quarto dormem menos 18 minutos do que as que não têm esses aparelhos na mesma divisão em que dormem.

“A presença de pequenos ecrãs, mas não de televisão, no ambiente de sono, está associada com a perceção de descanso ou sono insuficiente”, indica o estudo de Jennifer Falbe, da Universidade da Califórnia..

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Mudança da hora

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Segundo o Dr. Miguel Meira Cruz, presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, a mudança para a hora de inverno traz “mais riscos que benefícios” devido à “súbita exigência de mudança” do “tempo interno” das pessoas.

Ás 2 horas do dia 30 de Outubro, os relógios vão atrasar uma hora (dormimos mais uma hora), dando início ao horário de inverno, uma mudança que, tem impactos negativos na saúde. Apesar do impacto ser claramente maior no adiantamento (dormimos menos uma hora) que exigimos ao tempo em meados de Março, qualquer das direções em que se proceda uma mudança súbita num relógio de adaptação lenta como o que temos no cérebro, tem prejuízos significativos e potencialmente graves.

O especialista Miguel Meira Cruz afirma que uma hora a mais de sono pode, em teoria, promover o bem-estar de quem se encontra privado desta necessidade, sendo o impacto deste benefício maior nas pessoas que se deitam mais tarde e tendencialmente se levantam mais tarde ou naqueles que atrasam a sua hora de deitar, como acontece com adolescentes. Porém, na prática, verifica-se que “as atitudes não acompanham as intenções e este ganho tem provavelmente uma influência menor”, sublinha.

Além disso, acrescenta, “os matutinos privados de sono, podem sofrer mais nos dias subsequentes à mudança para a hora de inverno”, dado que para “além da menor flexibilidade na resposta a mudanças, as condicionantes impostas pelo novo horário afetam o humor”.

Assim alguns dos mais importantes sintomas e consequências causados pela alteração da hora,são os seguintes:

  • Prevalência de alguns tipos de dores de cabeça, nomeadamente a cefaleia hípnica (surge durante o sono) e a cefaleia em salvas (dor muito forte só num lado da cabeça).
  • Alterações de humor;
  • Sonolência que pode originar, por exemplo, acidentes rodoviários;
  • Falta de concentração;
  • Fadiga;

Segundo o Dr Miguel Meira, especialista em medicina de sono, “estas condições são frequentemente desencadeadas por alterações nos ritmos circadiários estabelecidos naturalmente”. Para o especialista, a mudança da hora “é mais um exemplo do predomínio de interesses económico-financeiros, que vigora no mundo, em detrimento daqueles dirigidos à promoção da saúde”.

A alteração proposta originalmente por Benjamim Franklin, tinha como intensão rentabilizar a energia luminosa poupando gastos, mas em rigor, não só não se confirmaram os ganhos teoricamente previstos, como se tem vindo a descobrir perdas importantes de saúde associadas à alteração brusca da hora.

Dormir melhor mas como…?

11 decisões que já esta noite fazem dormir melhor

A verdade é que um bom sono depende de vários fatores simultâneos e que jamais conseguirá dormir bem se não controlar os que listamos de seguida. Na maioria das pessoas basta um destes fatores para não ter uma quantidade e/ou qualidade de sono profundo adequada, mesmo quando julgam que dormem bem! Os registos encefalográficos dos especialistas do sono não deixam dúvidas quanto à fragmentação do sono quando algumas destas condições não são adequadas ao ambiente do quarto onde dorme.

Não esquecer também que dormir bem não é dormir demais!

Aqui ficam as condições essenciais que importa controlar:

  • Não tomar cafeína ( café, chá e chocolate ) até 6 horas antes de dormir para controlar um excesso de estado de vigília noturna e degradação do sono profundo.
  • Vinho, apenas deve beber um copo ao jantar pois apesar de ajudar a adormecer vai degradar a qualidade e quantidade do sono profundo.
  • Baixe a temperatura do quarto pois o cérebro associa o frio com a necessidade de dormir para o organismo gastar menos energia.
  • Não faça exercício á noite pois, como anteriormente detalhamos neste artigo, há libertação de neurotransmissores como a adrenalina que nos tiram o sono.
  • Afaste-se de todos os aparelhos eletrónicos com ecrans ou seja TV, computador, smartphone e tablet, pois a luz emitida por estes gadgets envia ao cérebro a mensagem de que ainda é dia!
  • Não tome líquidos ao deitar, expecto se sentir sede, pois vai aumentar as probabilidades de acordar de noite para urinar e fragmentar o seu sono.
  • Torne o quarto completamente escuro com estores totalmente fechados e/ou cortinas que impeçam a passagem da luz solar. Bastam alguns raios de luz antes de tempo para estimular o despertar e impedir que complete o mínimo de horas de sono necessárias para repor a sua energia.
  • Levanta-se sempre à mesma hora mesmo ao fim de semana para manter o ritmo circadiano natural do seu corpo.
  • Quando o despertador tocar levante de imediato as persianas, afaste as cortinas e deixe entrar o luz do Sol. Fazer o despertador tocar de 10 em 10 minutos só vai fragmentar o seu sono e aumentar o cansaço. A luz é o seu melhor despertador.
  • Controle a ansiedade – As preocupações são constantes, mas não devem acompanhar-nos na cama. Existem formas de reduzir o seu impacto como por exemplo fazer uma lista de preocupações e definir estratégias para as resolver no dia seguinte. O objetivo é lidar, em consciência, com cada uma das preocupações, de tal forma que estas deixem de ser um fator negativo perpetuante.
  • Banho quente – uma a duas horas antes da hora de deitar, ajuda, por mecanismos semelhantes aqueles que acompanham os efeitos do exercício ligeiro a moderado, a uma diminuição da latência do sono (intervalo de tempo que passa desde que uma pessoa se deita até que adormece).

Melhores posições para dormir

Será que a posição que escolhe para dormir é a melhor?  Esse é um dos hábitos que melhores benefícios pode trazer à saúde da sua coluna vertebral e por conseguinte à qualidade do seu sono. De seguida deixamos uma imagem que ilustra quais as melhores posições para dormir e proteger as suas costas. Confirme se a sua está correcta… senão corrija o mais cedo possível, para bem da sua saúde!

Posições correctas e erradas para dormir

Exames para avaliar a qualidade do sono

Existem 4 exames que têm uma importância muito relevante no diagnóstico correto da qualidade do sono, a saber:

  • Registo do sono profundo,
  • Testes psicológicos,
  • Polissonografia ou estudo do sono,
  • Exames da Tiroide (TSH, T4, T3)

Comprimidos para dormir quais os riscos?

A utilização de comprimidos para dormir é cada vez mais comum. Sabe-se que mais de 25% das insónias estão relacionadas com outras doenças, tais como como:

  • Ansiedade
  • Depressão

A maior parte das pessoas não tem uma boa higiene do sono (hábitos que promovem uma boa noite de sono, como por exemplo deitar a um horário regular, evitar bebidas cafeinadas à tarde e à noite, não estar no computador ou tablet na cama, não ver televisão no quarto, etc).

Nestas situações, recorre-se frequentemente aos chamados comprimidos para dormir. Os mais prescritos são os ansiolíticos tais como:

  • Benzodiazepinas, como o alprazolam (Xanax®), o lorazepam (Lorenin®) e o diazepam (Valium®);
  • Benzodiazepinas mais sedativas, como o estazolam e o loprazolam;
  • Hipnóticos mais recentes e com menor risco de dependência e tolerância, caso dos chamados medicamentos Z, como o zolpidem.

Estes grupos pertencem à categoria dos psicofármacos, cujo consumo tem vindo a aumentar nos últimos anos.

A prescrição deste tipo de medicamentos pode ser necessária para combater rapidamente as insónias e, como tratamento de curta duração, são de facto eficazes e seguros. No entanto, estes fármacos oferecem apenas uma solução a curto prazo e não resolvem o problema das insónias na sua origem, além de comportarem riscos para a saúde quando tomados durante muito tempo (mais de quatro semanas).

Riscos e efeitos adversos dos comprimidos para dormir

Os comprimidos para dormir acarretam riscos de vária ordem a que deve estar atento, tais como:

  • Efeitos secundários como sonolência, confusão e descoordenação motora, mas também um possível agravamento das insónias;
  • Diminuição da atenção, do tempo de reação e da velocidade do desempenho;
  • Tolerância progressiva que obriga à toma de doses cada vez mais elevadas para obter o mesmo efeito;
  • Dependência ou habituação;
  • Potencial de abuso, sobretudo em pessoas com historial de dependência;
  • Síndrome de abstinência, que inclui tremores, agitação psicomotora, suores, palpitações, náuseas e vómitos, desorientação, alucinações e até convulsões, razão pela qual não se deve interromper este tipo de medicação abruptamente;
  • Défices cognitivos e até síndromes demenciais, segundo alguns estudos;
  • Interação com bebidas alcoólicas e outros medicamentos, especialmente os depressores do Sistema Nervoso Central (SNC);
  • Risco aumentado de acidentes de trabalho ou acidentes de viação por sonolência excessiva.

Quem sofre de insónias pode e deve discutir com o seu médico assistente as melhores alternativas aos comprimidos para dormir, o que poderá implicar mudanças nos hábitos e nos estilos de vida, a adoção de uma correta higiene do sono, bem como pequenas medidas comportamentais favorecedoras do seu sono natural. Na verdade, existem muitas outras formas de ter uma boa noite de sono, sem riscos para a sua saúde.

Atenção: Não tome comprimidos para dormir e álcool ao mesmo tempo. Esta mistura explosiva aumenta o efeito sedativo dos medicamentos e pode provocar perda de consciência e depressão respiratória.

Concluindo

O nosso cérebro é uma “máquina verdadeiramente extraordinária” cuja ferramenta mais importante para manter o equilíbrio é o sono. É o sono que nos permite consolidar as nossas memórias “arrumando-as” de maneira a estarem disponíveis quando delas necessitamos! É também o sono que nos permite recarregar a energia para enfrentar um novo dia com raciocínio mais acertado e melhores tomadas de decisões em inúmeras opções de vida do nosso quotidiano. È frequente uma pessoa com uma má noite de sono tomar decisões erradas, algumas das quais podem colocar vidas em perigo tais como na condução de veículos e até na medicina!

O sono tem inclusive influência nas feridas, cujo processo de cicatrização é acelerado durante o sono e também no nosso sistema imunitário que fica fragilizado quando não dormimos o suficiente ou dormimos demais! Resumindo e para ser muito claro…jamais um organismo consegue o equilíbrio com um sono desregulado ou insuficiente!

Se tem dificuldade em dormir ou acorda cansado, melhore a sua “higiene do sono”. Eu próprio tive que “disciplinar o meu sono” com alterações simples como, por exemplo, tornar o quarto completamente escuro pois no meu caso uma ínfima friesta de luz me faz acordar! Desligar atempadamente televisão, telemóvel e tablet pelo menos 1 hora antes de dormir também foi uma medida de extrema importância para melhorar o meu sono. Enfim… siga as recomendações descritas neste artigo e pode ter a certeza que a qualidade do seu sono vai melhorar e vai sentir uma energia extra que julgava impossível!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Referências:

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Mononucleose e doença do beijo a verdade




Mononucleose infecciosa ou doença do beijo (2021) o que é? Quais os sintomas? Como se apanha? Qual a sua causa? Quais os seus perigos? Quem são as faixas da população mais expostas? Qual o melhor tratamento? Segundo os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o Epstein Barr Vírus (EBV)  é uma dos vírus mais comuns a nível mundial e transmite-se principalmente pela saliva daí o nome de Doença do Beijo.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Porque se chama doença do beijo?
  • Doença do beijo: Como se transmite o vírus?
  • Quanto tempo pode ficar o vírus no organismo depois dos sintomas desaparecerem?
  • Quem tiver contraído o vírus não deve beijar ninguém durante muitos meses?
  • O vírus da mononucleose é muito infecioso?
  • Quais os sintomas?
  • Como se diferencia da faringite comum?
  • Pode provocar manchas no corpo?
  • É verdade que pode afetar com gravidade o baço?
  • O fígado pode ser afetado?
  • Que complicações menos comuns podem acontecer?
  • Quais os riscos para uma grávida que contraia a doença do beijo?
  • O que é a síndrome de mononucleose?
  • Qual a diferença entre síndrome de mononucleose e a doença mononucleose infecciosa?
  • Quais as principais doenças que apresentam quadro de síndrome de mononucleose?
  • Como se faz o diagnóstico?
  • Qual o melhor tratamento?
  • Pode provocar fadiga crónica?
  • Como beijar bem ? 🙂

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Doença do beijo o que é?

A mononucleose também conhecida como doença do beijo, é uma doença contagiosa, causada pelo vírus Epstein Barr,  da família do herpes. A mononucleose é mais comum em adolescentes e adultos jovens.

Mononucleose e vírus Epstein Barr como se apanha?

O vírus Epstein Barr é transmitido de humano para humano através da saliva. Por este motivo ganhou a alcunha de “doença do beijo”. Além do beijo, a mononucleose pode ser transmitida das seguintes formas:

  • Tosse
  • Espirro
  • Objectos como copos e talheres
  • Sempre que haja contacto com a saliva de uma pessoa contaminada

Quanto tempo fica no organismo?

Um indivíduo infectado pelo Epstein-Barr pode manter-se com o vírus na sua orofaringe  durante 18 meses após a resolução dos sintomas, podendo contaminar pessoas com quem mantenha algum contacto íntimo, principalmente se prolongado. É por isso que a maioria das pessoas que desenvolve mononucleose não se recorda de ter tido contacto com alguém doente. A própria pessoa que transmite o vírus também nem sequer imagina que ainda possa transmiti-lo. Não é de estranhar, portanto, que apesar da baixa infectividade, em alguns países mais de 90% da população adulta já tenha tido contato com o vírus da mononucleose.

Contágio: Quando se contrai o vírus?

Posso beijar alguém se tiver o vírus?

Na maioria dos casos, as pessoas têm o primeiro contacto com o vírus da mononucleose ainda em criança. Esta infeção passa despercebida porque o vírus da mononucleose não costuma causar a doença quando adquirido na infância. Na verdade, menos de 10% das crianças que se contaminam com o Epstein-Barr desenvolvem algum sintoma. Portanto, a imensa maioria da população já teve contacto com o vírus da mononucleose e já possui anticorpos, estando imunes ao vírus.

Adolescência, qual a frequência?

Os casos de mononucleose na adolescência e juventude ocorrem naquela minoria que por acaso não foi contaminada ainda quando criança. Ao contrário do que ocorre nas crianças, nos adolescentes e adultos jovens a mononucleose infecciosa costuma causar os sintomas clássicos que serão descritos mais adiante.

Vírus Epstein barr é muito infeccioso?

Apesar do modo de transmissão ser semelhante ao da gripe, o Epstein Barr é um vírus menos contagioso, o que faz com que seja possível haver contacto com pessoas infetadas e não se infectar. A infecção só ocorre após contacto prolongado de uma pessoa contaminada com outra que nunca tenha sido exposta ao vírus. Portanto, quando se soma o facto da maioria da população já ser imune à mononucleose com a natural baixa taxa de contaminação do vírus, o risco de transmissão entre jovens e adultos é muito baixo. Logo, uma vez curado dos sintomas, não há motivos para impedir ninguém de voltar a namorar.

Sintomas

Quando adquirida na infância, a mononucleose costuma passar despercebida. Menos de 10% das crianças infetadas apresentam sintomas. Essa incidência começa a subir com o passar dos anos, atingindo seu ápice entre os 15 e 24 anos. Esta é a faixa etária que mais costuma apresentar infeção sintomática. A mononucleose é rara após os 30 anos, uma vez que virtualmente todos neste grupo já terão sido expostos ao vírus em algum momento da vida.

Nas pessoas que desenvolvem sintomas, o período de incubação, ou seja, desde o contacto até ao aparecimento da doença, é em média de 4 a 8 semanas.

Os sintomas típicos da mononucleose incluem:

  • Febre
  • Cansaço
  • Dor de garganta
  • Aumento dos nódulos linfáticos do pescoço (ínguas)

É um quadro muito semelhante às faringites comuns causadas por outros vírus e bactérias. Pode também em alguns casos confundir-se com uma gripe por apresentar alguns sintomas semelhantes tais como:

  • Febre,
  • Dores musculares,
  • Tosse,
  • Cansaço.

Outros sintomas inespecíficos que podem aparecer incluem:

  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Tosses
  • Náuseas também são comuns

Na mononucleose a fadiga costuma ser intensa e persiste durante semanas mesmo depois de desaparecerem todos os outros sintomas.

O QUE DETESTAS NA SAÚDE-

Faringite vs Mononucleose diferenças

O aumento dos nódulos linfáticos na mononucleose infeciosa é um pouco diferente dos da faringite comum, a saber:

  • Afetam principalmente as cadeias posteriores do pescoço
  • Frequentemente espalham-se pelo resto do corpo

Manchas no corpo será da mononucleose?

Uma dica para o diagnóstico diferencial entre as faringites bacterianas e a mononucleose é que nesta pode haver o aparecimento de uma rash (manchas vermelhas) pelo corpo após o início do tratamento com  antibióticos, principalmente amoxicilina. Uma situação clássica é o doente procurar o médico por causa de uma infeção na garganta e receber uma prescrição de amoxicilina para tratamento. O doente começa a tomar os antibióticos e horas depois surgem manchas vermelhas difusas pelo corpo.

Baço afetado de forma perigosa?

Sim, um  sinal característico da mononucleose é o aumento do baço, chamado de esplenomegalia. Quando este ocorre, é necessário manter repouso, devido ao risco de rutura do mesmo. A rutura esplênica (rutura do baço) é rara, mas quando acontece leva a risco de morte devido ao intenso sangramento que se sucede. O baço aumenta tanto de tamanho que pode ser palpável abaixo das costelas à esquerda do abdómen..

Fígado e Hepatite

Ser afetado o fígado não é incomum, podendo levar a um quadro de hepatite com icterícia em até 20% dos casos.

Complicações menos comuns

Outras complicações descritas, porém, menos comuns, são:

  • A síndrome de Guillain-Barré
  • Paralisia facial

SUGERE UM TEMA (1)

Mononucleose e a Gravidez

A mononucleose não costuma causar  problemas de maior quando adquirida durante a gravidez. Não há evidências de aumento do risco de má-formação, aborto ou parto prematuro.

Síndrome de mononucleose e doença mononucleose qual a diferença?

Um facto que causa muita confusão, inclusive entre médicos, é a diferença entre a doença mononucleose infeciosa e a síndrome de mononucleose. O primeiro, a mononucleose infeciosa, é causado pelo Epstein barr vírus e é o objeto deste artigo.

A síndrome de mononucleose  engloba todas as doenças que apresentam o seguinte quadro de sintomas:

  • Dor de garganta
  • Nódulos linfáticos aumentados
  • Febre
  • Aumento do tamanho do baço

Entre as doenças que apresentam quadro de síndrome de mononucleose destacam-se:

  • HIV
  • Citomegalovírus
  • Linfomas

Resumindo, ter mononucleose infecciosa é diferente de ter uma síndrome de mononucleose.

Diagnóstico da mononucleose infecciosa

O diagnóstico da mononucleose é feito através do quadro clínico e é confirmado por análises de sangue. No hemograma da mononucleose é frequente o aumento do número de leucócitos (leucocitose), causado pela maior produção de linfócitos (linfocitose), ou seja, o doente apresenta leucocitose e linfocitose. Quando o fígado é afetado, pode haver elevação das enzimas hepáticas, chamadas de TGO e TGP.  Em resumo as análises de sangue apresentam:

  • Aumento do número de leucócitos ( leucocitose )
  • Aumento do número de linfócitos ( linfocitose )
  • TGO aumentada
  • TGP aumentada

Diagnóstico definitivo

O diagnóstico definitivo, porém, é feito através da sorologia, com a pesquisa de anticorpos específicos de vários antigénios existentes nas estruturas do vírus de Epstein-Barr (anticorpos anti EBV-VCA IgG e IgM; anti-EAD e anti-EBNA). A combinação destes resultados permitem-nos detetar a existência de mononucleose infeciosa, assim como se estamos perante uma doença ativa ou se apenas existem anticorpos desenvolvidos com uma doença antiga.

Tratamento mais eficaz

O tratamento é sintomático ou seja baseia-se no amenizar dos sintomas e repouso. Não há droga específica para o vírus e o quadro costuma resolver-se espontaneamente em duas semanas. Devido ao risco de ruptura do baço, recomenda-se evitar exercícios pelo menos durante quatro semanas.

Resumindo o tratamento:

  • Tratamento da febre ( com antipiréticos como paracetamol )
  • Tratamento das dores ( com analgésicos como paracetamol )
  • Tratamento da tosse ( antitussicos )
  • Tratamento das nauseas ( antieméticos como domperidona )
  • Repouso
  • Hidratação

Fadiga crónica

Durante muitos anos associou-se a mononucleose com a síndrome da fadiga crónica . Porém, hoje sabe-se que a fadiga da mononucleose é diferente. O cansaço prolongado que pode ocorrer normalmente não vem associado com os outros sintomas da síndrome da fadiga crónica e normalmente ocorre por reactivações mais fracas do vírus.

Estudos recentes

De seguida descrevo alguns dos estudos publicados nos últimos anos:

COMO BEIJAR BEM? 🙂

Já que falamos de beijo e em jeito de nota de boa disposição aqui ficam de seguida 5 dicas para ensinar a beijar bem, segundo uma “autoridade” no assunto!

Beijar e ser beijado é tema de diversos livros de todos os tipos (as culturas orientais dispõem de tratados inteiros sobre esse tema). Um exemplo de manual prático para beijar bem é a obra da especialista americana em marketing Tomina Edmark, The kissing book, na qual se revelam as cinco dicas que asseguram que um beijo seja inesquecível, a saber:

  1. Selecionar a pessoa adequada (para conseguir uma perfeita comunhão física e mental).
  2. Escolher um lugar propício (é melhor um lugar privado do que público, e silencioso).
  3. Decidir o momento oportuno.
  4. Inclinar-se até que os lábios se toquem levemente. Fazer isso devagar e começar com suavidade.
  5. Estabelecer um contacto visual com a parceira/o porque os olhos proporcionam valiosíssima informação sobre como o outro se sente. Se os olhares não se encontram, é um aviso de retirada.

O que acontecer depois permitirá interpretar se o desejo de beijar correspondia a um impulso qualquer ou era o início de algo muito mais intenso.

Concluindo

A doença do beijo ou mononucleose infeciosa não é geralmente uma doença grave mas se o baço for afetado é necessário uma vigilância mais apertada por causa do risco de rutura e hemorragia grave. Na maioria dos casos como fomos uns “bebés muito queridos” os nossos amigos e familiares deram-nos tantos beijos que é muito difícil não apanhar o vírus com tenra idade! Significa que a maioria de nós ficou imune logo desde a infância pelo que, mais tarde na adolescência,  se tiver o azar de namorar com alguém que contraia o vírus da mononucleose infeciosa isso não vai ser impedimento para continuar a celebrar o namoro com beijos mais carinhosos 🙂 … porque, provavelmente, já está imune.

Fique bem

Franklim Fernandes

Bibliografia:

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