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Doenças da piscina e dor de ouvido

Piscina e doenças toda a verdade sobre as diversas doenças que pode apanhar na água da piscina! Um dia na piscina a descontrair, nadar e relaxar pode ser magnífico! No entanto se a água das piscinas não estiver bem tratada o dia pode acabar em pesadelo com a “hospedagem” no nosso organismo de vírus, bactérias e parasitas que provocam doenças que podem ser muito perigosas!

Por exemplo, nas páginas Swimming pools  e Stay Safe In and Around Swimming Pools do CDC, Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, quem estiver ou tenha estado com diarreia nas últimas duas semanas corre o risco de contaminar a água da piscina com germes e transmitir o problema a outras pessoas.

Neste artigo vou falar das seguintes doenças:


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Piscina e doenças que pode apanhar na água

A água da piscina é geralmente uma água artificial no sentido em que raramente é usada água captada directamente do mar ou de um rio com água de alta qualidade não poluida. Sendo assim tem de ser cuidadosamente tratada para eliminar inumeros microorganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas patogénicos que estão sempre á espreita de uma oportunidade de se instalarem num hospedeiro humano e conseguirem reproduzir-se mais depressa!

Além disso os tratamentos quimicos aplicados á água da piscina também têm os seus efeitos adversos no organismo humano. Assim descrevo de seguida algumas doenças que, se não tiver cuidado, pode apanhar na sua visita á piscina.

Otite externa

Também designada otite de surfista ou de mergulhador. É provocada habitualmente pela entrada de água no ouvido, associada a um quadro clínico de otalgia (dor de ouvido). Ocorre frequentemente após entrada de água no ouvido ou em situações de infeção e eczema do canal auditivo externo. Trata-se de uma inflamação da orelha externa e do canal auditivo.

Leia também: Dor de ouvido tudo o que não sabe.

Diarreia

Os vírus e as bactérias que provocam diarreia são a principal fonte de contágio nas piscinas. De acordo com o CDC, Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, quem estiver ou tenha estado com diarreia nas últimas duas semanas corre o risco de contaminar a água da piscina com germes e transmitir o problema a outras pessoas. Os germes que causam diarreia conseguem sobreviver vários dias antes de serem eliminados pelo cloro. Para ficar doente basta engolir uma pequena quantidade da água infectada das piscinas.

Giardíase

A giardíase é uma infeção intestinal causada por um parasita microscópico. Pode provocar sintomas como cólicas abdominais, flatulência, náuseas e episódios de diarreia. A infeção pode ser causada por parasitas encontrados em riachos, lagos, piscinas ou zonas aquáticas de recreação. A maneira mais comum de se infetar com giardíase é engolir água contaminada, por exemplo da piscina.

Animais e crianças que usam fraldas e pessoas com diarreia podem acidentalmente contaminar piscinas e spas. É mais frequente em crianças e em doentes com infeção por VIH/SIDA, fibrose quística e outras formas de imunodeficiência pois têm um sistema imunitário mais frágil. Num trabalho realizado na região Norte de Portugal, em crianças com idades entre um e cinco anos, foi detetada uma taxa de infeção de 3,4% por Giardia lamblia.

Leia também: Como fortalecer o seu sistema imunitário, toda a verdade!

Criptosporidíase

Criptosporidíase é uma doença causada pelos parasitas unicelulares coccidios Cryptosporidium parvum e C.hominis. Estes podem ser ingeridos juntamente com comida ou água contaminada. Infetam o intestino, onde se reproduzem. Em pessoas imunosuprimidas causam gastroenterite, diarreia, dor abdominal e náuseas. Uma pessoa com diarreia e com este tipo de bactéria pode facilmente contaminar a água.

Legionella

Na legionella segundo explica o médico e patologista clínico Germano de Sousa, a infeção pela bactéria legionella pneumophila pode causar a febre de Pontiac (manifestação ligeira da bactéria com sintomas semelhantes a uma gripe) e a Doença dos Legionários, a manifestação mais grave, que consiste num tipo de pneumonia potencialmente letal.

A legionella está geralmente presente em ecossistemas naturais de água doce e quente, como a superfície de lagos, rios, águas termais, tanques, mas também piscinas. A infeção ocorre por inalação (via respiratória) de aerossóis/gotículas contaminados pela bactéria, através dos chuveiros domésticos, torres de arrefecimento, sistemas de climatização, instalações termais, saunas e jacuzzis e que chegam aos pulmões. Não existe transmissão de pessoa para pessoa, nem pela ingestão de água contaminada.

Leia também: Pneumonia causas sinais e toda a verdade

Irritação química

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos lembra que os nadadores e utilizadores da piscina queixam-se recorrentemente de ardor nos olhos, irritação nasal ou dificuldades em respirar. A investigação revelou que estes sintomas surgem devido à acumulação de substâncias irritantes na água e no ar, conhecidas como cloraminas. Essa irritação é provocada pela combinação do cloro com sub-produtos. Estes subprodutos são o resultado da ligação do suor, urina e outros resíduos dos nadadores/utilizadores ao cloro.

Dermatite ou foliculite

É uma inflamação dos folículos capilares causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. A foliculite é sobretudo diagnosticada em pessoas que usam jacuzzi, sauna, piscina ou banheira de hidromassagem. Qualquer pessoa exposta a água contaminada com esta bactéria pode contrair este tipo de foliculite. Trata-se de uma inflamação da raiz dos pelos que, normalmente, pode ser tratada em casa com o uso de sabão anti-séptico ou fármacos prescritos por clínicos. Os sintomas de foliculite por Pseudomonas aeruginosa aparecem primeiro como caroços, prurido e pequenas espinhas com pus. As erupções de foliculite tipicamente surgem no tronco, axilas e partes superiores dos braços e pernas.

Piolhos

Os piolhos não são susceptíveis de serem transmitidos através da água das piscinas. Embora os níveis de cloro da piscina também não matem os piolhos, estes dificilmente conseguem sobreviver debaixo de água uma vez que não se conseguem parasitar. Porém, os piolhos podem espalhar-se em balneários. Basta partilhar toalhas, escovas de cabelo, toucas ou outros itens que tenham estado em contacto com o cabelo de uma pessoa infetada para adquirir a “praga”.

Infeções estafilocócicas

Embora não tenha havido relatos de transmissão deste tipo de bactéria através de águas de recreio, há um risco potencial de propagação das doenças causadas pela bactéria staphylococcus aureus em instalações de recreio através do contacto com a infeção de pessoa para pessoa ou através de objetos e superfícies contaminadas.

Trata-se de uma bactéria que vive muitas vezes no nariz ou na pele de pessoas saudáveis. Pode provocar doenças, que vão desde uma simples infeção (espinhas, furúnculos e celulites) até infecões graves (pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, septicemia e outras), dependendo do sistema imunitário e do historial clínico de cada pessoa.

Os sintomas mais comuns deste tipo de infeções são náuseas e vómitos, por vezes acompanhados por diarreia e dores abdominais. A melhor forma de as evitar é não frequentar águas de recreio se tiver infeções cutâneas ou irritações da pele, manter todas as superfícies tocadas ou manipuladas com frequência limpas e não partilhar objetos pessoais como lâminas ou escovas.

Teníase

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos alerta para vários cuidados a ter de forma a evitar este tipo de doença, embora admita que dificilmente a teníase se propague através da água das piscinas. Esta infeção ocorre quando uma pessoa engole ovos de ténia presentes em superfícies ou dedos contaminados. Esta instituição lembra que os fatos de banho devem ser lavados e secos a cada utilização. Por outro lado, todas as pessoas devem lavar as mãos antes e depois de usar a casa da banho.

Molusco contagioso vírus ou Molluscum contagiosum virus

O vírus Molusco contagioso ou Molluscum contagiosum é uma doença dermatológica causada pelo Molluscum contagiosum. Caracteriza-se por bolhas rosadas ou brancas pela pele em qualquer parte do corpo e podem dar comichão. É mais comum em crianças dos 0 aos 12 anos de idade e transmitido por contato físico. Desaparecem sozinhas em 6 a 12 meses, mas podem deixar cicatrizes.

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Como se transmite?

O vírus é transmitido por contato físico ou por tecidos, por exemplo tocando a mão de alguém que coçou uma bolha causada por molusco contagioso ou compartilhando toalhas. Pode ser transmitido através de contato sexual. É mais comum em locais húmidos e com muita gente a viver na mesma casa que partilham as mesmas toalhas e roupas, uma vez que essas condições são favoráveis para a transmissão do vírus. É mais comum em crianças e imunodeprimidos.

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Parâmetros microbiológicos de avaliação obrigatória

Os parâmetros microbiológicos avaliados são no caso das piscinas de utilização colectiva os referenciados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, IP (INSA), e por outros documentos oficiais. Para o caso das piscinas de empreendimentos turísticos e de hidroterapia e com fins terapêuticos, são os indicados no Decreto-Regulamentar n.º 5/97, de 31 de Março:

  • Germes totais 37ºC (às 48 horas para piscinas de utilização colectiva, e às 24 horas para piscinas de empreendimentos turísticos, de hidroterapia e com fins terapêuticos)
  • Coliformes totais
  • Escherichia coli
  • Enterococos fecais
  • Estafilococos produtores de coagulase
  • Total de Estafilococos
  • Pseudomonas aeruginosa
  • Legionella (desejável nos jacúzis)

Parâmetros físico-químicos mínimos para avaliação

Os parâmetros físico-químicos mínimos para avaliação, devendo a sua determinação ser feita sistematicamente no local de colheita, são os seguintes:

  • Temperatura
  • Cloro residual livre
  • Cloro combinado
  • Bromo total
  • pH (quando não houver possibilidade de determinação laboratorial)

A determinar em laboratório:

  • pH
  • Turvação
  • Condutividade
  • Oxidabilidade
  • Cloretos
  • Amoníaco (a pedido da Autoridade de Saúde)

Considera-se desejável, quando se justifique, proceder-se à determinação de:

  • Ácido isocianúrico (quando forem utilizados como desinfectantes os derivados de ácido isocianúrico)
  • Brometos
  • Trihalometanos
  • Ozono
  • Outros desinfectantes

Leia também: Orientações do Programa de Vigilância Sanitária das Piscinas

Concluindo

Antes de escolher uma piscina tente informar-se sobre a qualidade da água, frequência das análises e resultados disponiveis para consulta pública. Se conhecer alguém que tenha frequentado a piscina pergunte se houve algum problema de saúde nos dias seguintes a ter estado na piscina.

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Fontes: 

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TOP 20 medicamentos mais perigosos e drogas

Top 20 medicamentos mais perigosos e drogas que podem ser mortais! Como farmacêutico este é um artigo de extrema importância pois convivo diáriamente com a realidade da falta de informação básica sobre efeitos secundários e interações de medicamentos que podem ser muito perigosas. Os medicamentos para combater as dores comuns, dores fortes e dores crónicas são dos mais utilizados pela população e estão entre os que podem apresentar mais mais riscos se não forem respeitadas as posologias indicadas para cada patologia.

Leia também: Quais as 7 dores que nunca deve ignorar?

Este artigo é um alerta mas não pode ser utilizado para tomada de decisões terapêuticas sem o conhecimento do seu médico assistente pois só ele tem o conhecimento adequado do seu historial clínico.

As overdoses relacionadas com medicamentos e drogas são agora a principal causa de morte acidental nos Estados Unidos. De facto, morrem mais Americanos de overdose de medicamentos e drogas do que em acidentes de carro. Com base nestas estatísticas impressionantes, o Wall Street 24/7, realizou recentemente um novo estudo de revisão onde listou os 25 medicamentos, drogas e misturas de drogas mais perigosas.

Os pesquisadores levaram em consideração os efeitos colaterais e as taxas de mortalidade rastreados pelo governo federal, bem como o risco potencial de combinações de medicamentos medidos por organizações de informações médicas e fontes da web credíveis como MedScape, WebMD e American Medical Association.

A intervenção do farmacêutico é fucral para ajudar a população a ficar mais informada e proteger-se de efeitos secundários que podem ser muito graves!

O primeiro medicamento da lista, o paracetamol ou acetominofeno, é o caso mais flagrante de todos por se tratar de um medicamento com um consumo brutal e que pode ser comprado sem prescrição médica, sendo inclusivamente indicado frequentemente pela classe médica como o único medicamento que uma grávida pode tomar se tiver uma dor ou febre!

Esta percepção da esmagadora maioria da população de que o paracetamol é um medicamento de tal forma seguro que até as grávidas podem tomar, potencia o autoconsumo e por arrastamento a sobredosagem quando as dores “apertam” e o doente está sozinho em casa com o medicamento “à mão de semear”!

Na minha prática diária é frequente muitos doentes com dores que vivem sozinhos descreverem o seguinte:

  • “Senhor Dr quando tenho dores vou tomando Ben-u-ron (marca de paracetamol mais consumida em Portugal) para aliviar as dores … e evitar medicamentos mais fortes”

Os potenciais danos hepáticos graves de uma toma frequente e continuada de paracetamol são completamente desconhecidos pela população em geral. As substâncias desta lista abrangem medicamentos de prescrição conhecidos, drogas de rua e combinações letais de ambos.


Posologia correcta e segurança

Muitos desses medicamentos são considerados seguros desde que sejam respeitadas as indicações de posologia indicada pelo médico ou farmacêutico, nomeadamente dosagem correcta no intervalo de tempo adequado. No entanto, todos os medicamentos podem ser fatais quando são tomados em excesso ou combinados inadequadamente com outras substâncias. Qualquer alteração terapêutica deve ser sempre tomada com o apoio do seu médico assistente pois só ele tem o conhecimento adequado do seu historial clínico.

Leia também: Estes são os medicamentos mais lucrativos do Mundo!

Medicamentos e drogas referidos neste artigo

  • Paracetamol ou acetominofeno para dor e febre
  • Álcool
  • Benzodiazepinas para a ansiedade
  • Anticoagulantes
  • Antidepressivos
  • Antihipertensores com doxazosina
  • Bromocriptina para tumores, Parkinson e Diabetes tipo 2
  • Claritromicina para infeções
  • Clozapina para esquizofrenia
  • Cocaína
  • Colchicina para a gota
  • Antitussicos com dextrometorfano
  • Digoxina para o coração
  • Heroína
  • Opioides semi-sintéticos para dores fortes
  • MDMA
  • Metanfetamina
  • Metotrexato para o cancro
  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)
  • Inibidores selectivos da recaptação da serotonina (antidepressivos)
  • Sildenafil para a disfunção eréctil
  • Espironolactona para a hipertensão
  • Estatinas para o colesterol
  • Opióides sintéticos para dores fortes

Leia também: Top 10 medicamentos mais caros do Mundo!


Paracetamol ou acetominofeno

  • Nome genérico: Acetominofeno (EUA), Paracetamol (Europa)
  • Marcas conhecidas: Ben-u-ron, Panadol, Tylenol
  • Uso terapêutico: Analgésico e anti-pirético (Dor e febre)
  • Riscos: Toxicidade hepática
  • Mortal se: Tomado em excesso, mais de 4g/dia, combinado com álcool e outros medicamentos contendo paracetamol.

Este medicamento é usado regularmente para alívio da dor e é considerado o mais perigoso nesta lista devido ao seu potencial de causar danos e toxicidade no fígado.

Estudo: LiverTox – Acetaminophen, Clinical and Research Information on Drug-Induced Liver Injury

Estudo: PharmGKB summary: Pathways of acetaminophen metabolism at the therapeutic versus toxic doses

O acetaminofeno (N-acetil-p-aminofenol, APAP ou paracetamol) é amplamente utilizado pelas suas propriedades analgésicas e antipiréticas em muitas formulações de venda livre, tanto em adultos quanto em crianças.

O paracetamol pode ser sintetizado no corpo através da O-desalquilação da pró-droga fenacetina, um analgésico que foi retirado do mercado devido a nefrotoxicidade e propriedades carcinogénicas.

Na dose terapêutica mais usual para adultos de 1 a 2 g / dia, o APAP oral é indicado para febre e para alívio da dor aguda leve a moderada.

A administração de paracetamol por via intravenosa tornou-se cada vez mais difundida e tem sido usada como um agente antipirético e analgésico seguro e eficaz].

A dose terapêutica máxima recomendada de paracetamol é de 4 g/dia em adultos e 50-75 mg/kg/dia em crianças. O consumo de uma dose única superior a 7 g num adulto e 150 mg/kg em uma criança é considerado potencialmente tóxico para o fígado e rins devido ao metabolito altamente ativo, N-acetil-p-benzoquinona imina (NAPQI) .

Nos EUA, a sobredosagem com acetaminofeno é uma das toxicidades mais comuns relacionadas com medicamentos relatadas aos centros de intoxicação. O acetominofeno é a principal causa de insuficiência hepática aguda nos Estados Unidos.

Para reduzir o risco de hepatotoxicidade, a FDA (Food and Drug Administration) exige que os fabricantes limitem a quantidade de acetaminofeno para 325 mg/comprimido e que todas as formulações que contêm o medicamento tenham uma caixa preta avisando sobre possíveis danos no fígado.

A FDA também recomendou que os profissionais de saúde evitem prescrever e distribuir produtos que contenham mais de 325 mg de paracetamol por dose.

O paracetamol ou acetaminofeno é a principal causa de insuficiência hepática aguda nos EUA, de acordo com dados de um estudo financiado pelo National Institutes for Health.


Álcool

  • Nome genérico: Etanol ou álcool etílico
  • Riscos: Toxicidade hepática, hipertensão
  • Mortal se: Combinado com benzodiazepinas e muitas outras drogas

O álcool aqui descrito inclui a cerveja, vinho, uísque, licor de malte e todas as bebidas com etanol. O álcool ocupa o segundo lugar nesta lista devido aos extensos problemas de saúde e lesões associadas ao seu uso.

Problemas de saúde mais relavante que causa:

  • Cancro,
  • Danos no fígado,
  • Hipertensão,
  • Doenças cardíacas,
  • Danos fetais,
  • Suicídio,
  • Violência,
  • Acidentes automobilísticos.

Devido a esses fatores, o consumo excessivo de álcool é a terceira principal causa de morte nos Estados Unidos.


Benzodiazepinas para a ansiedade

  • Nomes genéricos: Diazepam, Alprazolam, Lorazepam, Clonazepam, etc
  • Marcas conhecidas: Valium, Xanax, Lorenin, Lexotan, Rivotril, Klonopin
  • Uso terapêutico: Ansiolítico (combate a ansiedade)
  • Riscos: Depressão respiratória mortal, overdose e demência.
  • Mortal se: Tomado juntamente com barbitúricos, opioides ou álccol.

Benzodiazepinas, são medicamentos ansiolíticos ou seja anti-ansiedade. As benzodiazepinas estão no topo desta lista devido à alta taxa de prescrição e ao aumento do risco de depressão respiratória mortal que ocorre ao tomar os medicamentos.

Estudo: The effects of benzodiazepines on cognition.

O risco de experimentar efeitos colaterais negativos aumenta significativamente quando combinado com outras drogas, particularmente barbitúricos, opióides e álcool. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), estes medicamentos estavam envolvidos em 31% de todas as mortes por overdose durante o ano de 2017.


Anticoagulantes

  • Nomes genéricos: Varfarina, Clopidogrel, Heparina, Enoxaparina, Rivaroxabano, etc
  • Marcas conhecidas: Varfine, Plavix, Xarelto, Lovenox
  • Uso terapêutico: Anticoagulante (previne formação de coágulos)
  • Riscos: Hemorragias internas e externas
  • Mortal se: Combinado com aspirina e outros medicamentos anticoagulantes.

Estes medicamentos são utilizados para prevenir coágulos sanguíneos em pacientes considerados de risco acrescido de coagulação (formação de coágulos). Os anticoagulantes estão em quarto lugar nesta lista devido às sérias condições de saúde que podem resultar do seu uso, como:

  • Acidentes vasculares cerebrais (AVCs),
  • Ataques isquêmicos transitórios (AITs),
  • Ataques cardíacos,
  • Trombose venosa profunda (TVP),
  • Embolia pulmonar.

Quando combinados com aspirina e outros medicamentos com propriedades anticoagulantes também podem causar hemorragias internos ou externos que podem ser fatais .


Antidepressivos

  • Nomes genéricos: Fluoxetina, Sertralina, Duloxetina, Bupropiona
  • Marcas conhecidas: Prozac, Zoloft, Cymbalta, Wellbutrin
  • Uso terapêutico: Combatem a depressão
  • Riscos: Sindrome da serotonina, suicídio e hemorragia interna.
  • Mortal se: Tomado juntamente com sobredosagem de outros medicamentos que aumentam o nível de serotonina como antidepressivos, alguns antitussicos como o dextrometorfano, opioides e anti-inflamatórios não esteroides (AINES).

Para clarificar, o perigo de evento fatal é real se existir sobredosagem e toma concomitante de antidepressivos, opióides, dextrometorfano, e AINEs. Este risco sublinha a importância do acompanhamento de todas as decisões terapêuticas em conjunto com o seu médico assistente.

Medicamentos antidepressivos são comumente usados para tratar distúrbios graves de depressão e humor, mas também são ocasionalmente prescritos para transtorno de hiperatividade com deficiência de atenção (TDAH), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtornos de ansiedade.

Existe o risco de Síndrome da serotonina que é um conjunto de sintomas resultante da estimulação excessiva de receptores serotoninérgicos centrais e periféricos, caracterizada pela seguinte tríade de sintomas:

  • Mudança do estado mental,
  • Anormalidades neuromusculares,
  • Hiperatividade autonómica.

Esta sindrome é causada pela administração simultânea de substâncias pro-serotoninérgicas, sendo os casos mais graves resultantes da combinação de duas ou mais substâncias.

Estudo: Overview of serotonin syndrome.

Estudo: Implications of Off‐Target Serotoninergic Drug Activity: An Analysis of Serotonin Syndrome Reports Using a Systematic Bioinformatics Approach

Estudo: Opioid analgesic drugs and serotonin toxicity (syndrome): mechanisms, animal models, and links to clinical effects.

Esses medicamentos estão no topo desta lista devido aos efeitos adversos à saúde que o uso a longo prazo pode ter sobre os consumidores. Aqueles que tomam antidepressivos têm um risco 33% maior de morrer prematuramente do que as pessoas que não tomam os medicamentos. Além disso, doentes a tomar antidepressivos têm uma probabilidade 14% maior de ter um evento cardiovascular adverso, como um derrame ou ataque cardíaco.


Anti-hipertensivos com doxazosina

  • Nome genérico: Doxazosina
  • Marcas conhecidas: Hytrin, Cardura, Minipress
  • Uso terapêutico: Anti-hipertensivo (diminui a tensão arterial)
  • Riscos: Insuficiência renal aguda, complicações cerebrovasculares.
  • Mortal se: Combinado com anti-inflamatórios não esteroide (AINEs) e diuréticos

Anti-hipertensivos com o princípio activo Doxazosina, são uma classe de medicamentos usados para tratar a hipertensão (pressão alta) e problemas de próstata, como Hytrin, Cardura e Minipress. Estes medicamentos têm sido associados a problemas cardiovasculares, insuficiência renal aguda, cancro da próstata e diabetes.

Quando combinada com AINEs ou diuréticos, a possibilidade de experimentar riscos de saúde é ampliada e pode no limite ser fatal.


Bromocriptina

  • Nome genérico: Bromocriptina
  • Marcas conhecidas: Parlodel, Cyloset
  • Uso terapêutico: Tumores, Parkinson, Diabetes tipo 2
  • Riscos: Sangramento gástrico, Convulsões, hipotensão sistémica, sonolência.
  • Mortal se: Combinado com Pseudoefedrina (Actifed, Sudafed)

A bromocriptina, cuja marca mais conhecida é Parlodel, usa-se para tratar sintomas da doença de Parkinson e hiperprolactinemia (altos níveis de uma substância natural chamada prolactina no corpo), incluindo falta de períodos menstruais, secreção leitosa dos mamilos, infertilidade e hipogonadismo.

A bromocriptina ocupa a sétima posição nesta lista devido aos possíveis efeitos colaterais graves à saúde que podem ocorrer em pacientes, como colapso circulatório letal. A hipotensão sistemática também foi documentada em cerca de 33% das pessoas que tomam o medicamento. Além disso, o medicamento tem sido associado a sonolência e episódios de início repentino do sono, o que resultou em eventos perigosos e acidentes de automóvel que podem ser fatais.


Claritromicina como antibiótico

  • Nome genérico: Claritromicina
  • Marcas conhecidas: Klacid
  • Uso terapêutico: Antibiótico
  • Riscos: Complicações cardiacas fatais
  • Mortal se: Combinado com bloqueadores dos canais de cálcio (amlodipina, lercanidipina, etc) e Estatinas como a Atorvastatina

Claritromicina, é um antibiótico usado para tratar certas infecções bacterianas, como pneumonia e bronquite. Atualmente, o FDA dos EUA recomenda cautela antes de prescrever claritromicina devido ao aumento do risco de complicações cardíacas fatais que podem ocorrer anos depois.

De fato, os pacientes têm um risco 27% maior de morte cardiovascular se tiverem tomado Claritromicina em algum momento de suas vidas. Não é ainda clara a causa de tais efeitos, mas o risco de experimentá-los é amplificado quando o medicamento é combinado com bloqueadores dos canais de cálcio, como a Amlodipina e Lercanidipina.

Também é necessário evitar o uso simultâneo de estatinas como a Atorvastatina calcica muito utilizada no tratamento do colesterol alto (ex: Lipitor).


Clozapina para a esquizofrenia

  • Nome genérico: Clozapina
  • Marcas conhecidas: Leponex, Clozaril
  • Uso terapêutico: Antipsicótico usado na esquizofrenia
  • Riscos: Cardiovasculares e hipomotilidade gastro-intestinal
  • Mortal se: Combinado com álcool

Clozapina é um medicamento antipsicótico usado para tratar a esquizofrenia. Também pode diminuir o risco de comportamento suicida em pacientes com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo. A clozapina quebra os dez primeiros desta lista devido aos efeitos cardiovasculares negativos que podem ocorrer, incluindo miocardite e cardiomiopatia.

O risco de experimentar estes efeitos aumenta significativamente quando combinado com outros depressores do sistema nervoso central, como o álcool. A clozapina também foi documentada como causadora de hipomotilidade gastrointestinal ou “intestino lento”, que pode resultar em obstipação grave, obstrução intestinal e até morte.


Cocaína

  • Nome genérico: Benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico
  • Nomes comuns: Crack, Coca
  • Riscos: Ataque cardiaco, hipertensão e morte
  • Mortal se: Tomada em excesso; combinada com heroina ou juntamente com opioides.

Cocaína é um forte estimulante usado como droga recreativa. A cocaína aparece no número dez desta lista devido aos riscos de saúde a longo prazo que podem ocorrer com o seu uso, incluindo doenças cardíacas, hipertensão, falência de orgãos, dificuldade respiratória, acidente vascular cerebral, perda de peso não saudável e convulsões.

Segundo o CDC dos EUA, as mortes por cocaína têm aumentado nos últimos anos e não mostram sinais de desaceleração. No ano de 2017, cerca de 14.000 mortes por overdose relacionadas com a cocaína ocorreram apenas nos EUA. Os pesquisadores descobriram que quase três quartos dessas mortes envolvendo o medicamento estavam entre as pessoas que também usaram opióides.


Colchicina para a gota

  • Nome genérico: Colquicina
  • Marcas conhecidas: Colchicine
  • Uso terapêutico: Gota
  • Riscos: Toxicidade por causa da dose com curto intervalo terapêutico, abaixo de 0,5mg/Kg
  • Mortal se: Combinado com fortes inibidores do CYP3A4

A colchicina é um medicamento usado para tratar e prevenir ataques de gota, bem como algumas outras condições inflamatórias. A colchicina é considerada um medicamento de alto risco pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA devido à sua significativa capacidade de causar toxicidade e morte.

A colchicina tem um índice terapêutico muito estreito, o que significa que o intervalo entre doses terapêuticas e tóxicas é pequeno e, em alguns casos, pode-se sobrepor. A sobredosagem fatal foi documentada como resultado de uma dose tão pequena quanto 0,5 mg / kg. O risco de sobredosagem aumenta significativamente quando a colchicina é combinada com fortes inibidores do CYP3A4 – uma mistura que geralmente resulta em morte.

Citocromo P450 3A4 (abreviado CYP3A4), é uma das enzimas mais importantes dos mamíferos, pois oxida medicamentos, toxinas, alimentos e xenobióticos, geralmente inativando-as e tornando-as mais fáceis de serem eliminadas. Também atuam na síntese de lipídeos, como o colesterol. Encontram-se principalmente no fígado e no intestino. Cerca de metade dos fármacos comercializados são metabolizados pelo CYP3A4.

Existem também algumas drogas que são ativados por essa enzima (pró-fármacos). É a enzima mais frequentemente envolvida em interações medicamentosas.

Indutores do CYP3A4 – Aumentam a velocidade de metabolização pela CYP3A4, geralmente acelerando sua eliminação do organismo (ou raramente acelerando sua ativação no caso de pró-fármacos). Assim, os efeitos dos medicamentos metabolizados por CYP3A4 duram menos e exigem doses maiores. Os indutores da CYP3A4 mais potentes são:

  • Carbamazepina (anticonvulsivante)
  • Fenobarbital
  • Rifampicina (antibiótico)
  • Efavirenz e nevirapina (antiretrovirais inibidores da transcriptase reversa não-nucleósidos)
  • Pioglitazona e troglitazona (antidiabéticos)
  • Glucocorticoides como modafinil, quercetina capsaicina
  • Erva de são joão

Inibidores do CYP3A4 – reduzem a capacidade de metabolizar outros fármacos que dependam do CYP3A4 para serem metabolizados, causando a acumulação do fármaco ou de seus metabólitos no organismo. A acumulação potencializa os efeitos benéficos e efeitos colaterais desses medicamentos. Os inibidores da CYP3A4 mais potentes são:

  • Inibidores da protease (antirretrovirais) como o Ritonavir;
  • Macrólidos (antibióticos) como a claritromicina, eritromicina e cloanfenicol;
  • Antifúngicos imidazólicos como o fluconazol, itraconazol e cetoconazol
  • Valeriana
  • Toranja

Antitússicos com dextrometorfano

  • Nome genérico: Dextrometorfano
  • Marcas conhecidas: Bisoltussin, Benflux tosse seca
  • Uso terapêutico: Tosse seca irritativa
  • Riscos: Potencia o efeito sedativo e sonolência aumentando a probabilidade de acidente de viação;
  • Mortal se: Combinado com anti-histamínicos.

Estes medicamentos antitussicos são usados para aliviar a tosse seca e irritativa causada pelo resfriado comum, bronquite e outras doenças respiratórias. Os medicamentos para tosse estão no número doze desta lista devido ao alto risco de abuso e aos múltiplos efeitos adversos que podem ocorrer nos consumidores.

O principal ingrediente dos medicamentos para a tosse seca é o dextrometorfano (DXM), que se tomado em doses elevadas, pode, por exemplo, causar intoxicação e alucinações. A sobredosagem resulta em sedação grave e depressão respiratória fatal.

Estudo: High doses of dextromethorphan, an NMDA antagonist, produce effects similar to classic hallucinogens

Estudo: Dextromethorphan Toxicity

A hipóxia também foi documentada como ocorrendo, o que pode ter efeitos mentais de curto e longo prazo no sistema nervoso, incluindo coma, danos cerebrais permanentes e morte. Estes medicamentos costumam ser mal utilizados e em combinação com outras drogas como álcool e marijuana, podem aumentar ainda mais o risco de overdose mortal.


Digoxina para o coração

  • Nome genérico: Digoxina
  • Marcas conhecidas: Lanoxin
  • Uso terapêutico: Insuficiência cardíaca congestiva e fibrilação arterial
  • Riscos: Nauseas e vómitos
  • Mortal se: Combinado com quinidina (anti-arritmico)

Digoxina, também conhecida como lanoxin, é um medicamento usado para tratar várias doenças cardíacas, incluindo insuficiência cardíaca congestiva e fibrilação arterial (AFib). Ironicamente, novas pesquisas sugerem que, para pessoas com fibrilação atrial, tomar o medicamento pode aumentar o risco de morrer em mais de 20%.

Estudo: Digoxin for atrial fibrillation and atrial flutter: A systematic review with meta-analysis and trial sequential analysis of randomised clinical trials

A digoxina também tem sido associada a náuseas, vômitos e problemas gastrointestinais graves, como obstipação e infecções perianais. Esses efeitos colaterais negativos são mais prováveis de ocorrer quando a medicação é combinada com o agente antiarrítmico Quinidina, que também pode resultar em overdose e morte.


Heroína

  • Nome genérico: Diamorfina ou diacetilmorfina
  • Uso terapêutico: Analgésico e terapia de substituição opiácia
  • Riscos: Dependência psicológica, hipoventilação, infeções graves e pneumonia.
  • Mortal se: Tomada em excesso.

Heroína é uma droga opióide recreativa ilícita derivada da morfina; uma substância natural retirada da vagem das várias plantas de papoila de ópio. Normalmente injetado ou aspirado, o medicamento está disponível na forma de pó branco ou marrom ou substância pegajosa preta conhecida como heroína do alcatrão preto.

A heroína aparece nesta lista devido à alta prevalência de uso e graves complicações de saúde que causa nos utilizadores, tais como:

  • Veias colapsadas para pessoas que injetam a droga,
  • Tecido danificado dentro do nariz para pessoas que a cheiram,
  • Infecção no tecido que reveste o coração,
  • Complicações pulmonares como pneumonia,
  • Abscessos gastrointestinais,
  • Doença renal.

De acordo com o CDC, o número de consumidores de heroína mais do que duplicou nos últimos cinco anos e aproximadamente 80% dos novos consumidores estão a consumir heroína depois de abusar de opióides prescritos. Em 2016, as overdoses de opióides, incluindo aquelas relacionadas com a heroína, foram responsáveis por mais de 42.000 mortes apenas nos EUA.


Opioides semi-sintéticos para as dores

  • Nomes genéricos: Oxicodona, Hidrocodona
  • Marcas conhecidas: Percocet, Oxycontin, Vicodin
  • Uso terapêutico: Analgésico para dores fortes
  • Riscos: Dependência, hipóxia, danos cerebrais
  • Mortal se: Tomado em excesso ou combinado com cocaina ou outras drogas.

Opióides semi-sintéticos comuns incluem Percocet (oxicodona+paracetamol), Vicodin (hidrocodona+paracetamol) e OxyContin (oxicodona). Estes medicamentos geralmente são usados para tratar dores moderadas a graves, embora alguns possam ser prescritos para tosse e diarréia. São medicamentos altamente viciantes e apresentam alto risco de uso indevido.

O uso indevido de opioide semi-sintético pode causar respiração lenta, o que geralmente causa hipóxia, uma condição que acontece quando muito pouco oxigénio chega ao cérebro. A hipóxia pode induzir coma, dano cerebral permanente e até morte.

Os opióides também são frequentemente combinados com outras drogas, incluindo cocaína e álcool, o que aumenta significativamente o risco de overdose fatal. Atualmente, os Estados Unidos estão a sofrer uma epidemia de opióides devido à prevalência e à alta taxa de overdose de medicamentos opióides, tornando-a a categoria mais perigosa de medicamentos.


MDMA ou metilenodioximetanfetamina

  • Nome genérico: Metilenodioximetanfetamina
  • Marcas conhecidas: Ecstasy
  • Uso: Droga recreativa que causa euforia, aumento da empatia e sensação de prazer
  • Riscos: Sindrome da serotonina, choque, coma e morte
  • Mortal se: Tomada em excesso ou combinada com álcool ou se tomada juntamente com antidepressivos da classe dos Inibidores Selectivos da Recaptação da serotonina (SSRIs na sigla em Inglês) tais como fluoxetina e sertralina

A metilenodioximetanfetamina (MDMA), denominada popularmente ecstasy, é uma substância psicotrópica usada frequentemente como droga recreativa.

Os efeitos recreativos desejados mais comuns são aumento da empatia, estado de euforia e sensação de prazer. Quando ingerida por via oral, os efeitos têm início após 30 a 45 minutos e duram entre 3 e 6 horas.  

Os efeitos adversos mais comuns do consumo de MDMA são:

  • Dependência,
  • Problemas de memória, 
  • Paranoia
  • Insónias
  • Bruxismo,
  • Visão turva, 
  • Sudação excessiva,
  • Ritmo cardíaco acelerado.

O consumo pode também causar depressão e fadiga. Os casos de morte por consumo devem-se ao aumento da temperatura corporal e desidratação.

A MDMA é alucinogénica aumentando a libertação e diminuindo a recaptação dos neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina em determinadas partes do cérebro. Ao aumento inicial de neurotransmissores segue-se uma diminuição a curto prazo.


Metanfetamina

  • Nome genérico: N-metil-anfetamina
  • Nome comum: Cristal
  • Uso: Estimulante
  • Riscos: Perda de dentes, lesões cerebrais e morte
  • Mortal se: Tomado em excesso

A metanfetamina, popularmente conhecida como cristal quando produzida clandestinamente, é uma droga sintética estimulante cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico.

A metanfetamina tem-se popularizado como droga de abuso devido aos seus efeitos agradáveis, intensos e de longa duração tais como a euforia, aumento do estado de alerta, da auto-estima, do apetite sexual, da percepção das sensações e pela intensificação de emoções. Por outro lado, diminui o apetite, a fadiga e a necessidade de dormir.


Metotrexato

  • Nome genérico: Metotrexato
  • Nome comum: Ledertrexato, Trexall, Rasuvo, Otrexup
  • Uso terapêutico: Cancro, psoriase, artrite reumatoide
  • Riscos: Lesões no fígado, rins e pulmão
  • Mortal se: Tomado com demasiada frequência, combinado com Probenecida

Metotrexato ou MTX é um antimetabólito e uma droga antifolato usada no tratamento do cancro e doenças autoimunes. Actua inibindo o metabolismo do ácido fólico.


Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)

  • Nomes genéricos: Ibuprofeno, Diclofenac, Nimesulida, Naproxeno, Ácido acetilsalicílico
  • Nomes comuns: Brufen, Voltaren, Nimed, Naprosyn, Aspirina, Advil
  • Uso terapêutico: Análgésico (dor), antipirético (febre) e anti-inflamatório (inflamação)
  • Riscos: Ataque cardiaco, AVC (Acidente Vascular Cerebral), Sindrome de Reye
  • Mortal se: Combinado com anticoagulantes

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs ou NSAIDs em Inglês), são um grupo variado de fármacos que têm em comum a capacidade de controlar a inflamação, de analgesia (reduzir a dor), e de combater a febre. 

O termo foi criado em 1960 por Michael W. Whitehouse. Apesar de na sua maioria serem constituídos por ácidos orgânicos, sua estrutura química não é relacionada. Caracterizam-se por inibir a atividade de subtipos da ciclo-oxigenase, impedindo assim a síntese de eicosanoides pela via metabólica da cascata do ácido araquidónico.

Fazem parte deste grupo medicamentos muito conhecidos, em parte por alguns já estarem disponíveis há muito tempo, por serem de venda livre (MNSRM), e pelo vasto número de situações em que são usados. Alguns nomes sonantes incluem o ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e naproxeno. O paracetamol, embora possua um mecanismo de ação semelhante e tenha efeito antipirético e analgésico, é praticamente desprovido de efeito anti-inflamatório.


Antidepressivos inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS ou SSRI)

  • Nomes genéricos: Fluoxetina, sertralina, paroxetina, escitalopram, fluvoxamina, citalopram
  • Nomes comuns: Prozac (fluoxetina), Zoloft (sertralina), Cipralex (escitalopram)
  • Uso terapêutico: Antidepressivo
  • Riscos: Sindrome da serotonina e risco acrescido de suicídio
  • Mortal se: Combinados com medicamentos ou drogas que aumentam a concentração de serotonina

Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS ou SSRI) são uma classe de fármacos usados no tratamento de síndromes depressivas, transtornos de ansiedade e alguns tipos de transtornos de personalidade.

Os ISRSs aumentam a concentração extracelular do neurotransmissor serotonina no corpo e no cérebro, sendo o efeito mais importante no cérebro. O grau de seletividade para outros transportadores de monoaminas (como a dopamina ou noradrenalina) é variável, embora a afinidade seja, de forma geral, desprezível; portanto, eles não aumentam a concentração de outros neurotransmissores diretamente.

São não só a primeira classe de fármacos psicotrópicos a serem racionalmente desenhados, mas também os antidepressivos mais amplamente prescritos em muitos países.


Sildenafil para disfunção eréctil

  • Nome genérico: Sildenafil
  • Nomes comuns: Viagra
  • Uso terapêutico: Disfunção eréctil e hipertensão arterial pulmonar
  • Riscos: Drástica queda da tensão arterial (hipotensão) e morte
  • Mortal se: Combinado com Mononitrato de isossorbida como por exemplo as marcas Monoket, Imdur, Isocor e Orasorbil.

O sildenafil é usado principalmente para o tratamento da disfunção erétil. Ao atuar como um inibidor do PDE-5, permite que o GMPc seja mantido mais tempo em circulação (substância responsável pelo relaxamento dos músculos do pénis), o que leva a um maior aporte de sangue e consequentemente à ereção.

Assim como para disfunção erétil, o citrato de sildenafil também é eficiente na doença rara chamada hipertensão arterial pulmonar (HAP ou PAH). Ele relaxa a parede arterial, levando a uma menor resistência arterial pulmonar e pressão. Desta forma ele reduz o trabalho em excesso do ventrículo direito do coração e melhora os sintomas da falência cardíaca do lado direito. Como o PDE-5 é primariamente distribuído no músculo liso das paredes arteriais dos pulmões e pênis, o sildenafil age seletivamente em ambas as áreas sem induzir vasodilatação em outras áreas do corpo. 


Espironolactona para a hipertensão

  • Nome genérico: Espironolactona
  • Nomes comuns: Aldactone
  • Uso terapêutico: Hipertensão
  • Riscos: Hipercaliémia (aumento da concentração de potássio)
  • Mortal se: Combinado com cloreto de potássio

Espironolactona é um diurético poupador de potássio que impede que o organismo absorva muito sal e previne que os níveis de potássio fiquem muito baixos.

Esse diurético é utilizado para tratar uma doença que provoca um aumento significativo da aldosterona no organismo, sendo também utilizado no tratamento da retenção de fluidos (edema) em pessoas com insuficiência cardíaca congestiva, cirrose do fígado ou de uma desordem renal chamada de síndrome nefrótica. A Espironolactona também é utilizada para tratar ou prevenir hipocaliemia (níveis baixos de potássio no sangue).

Um dos riscos do uso da espironolactona é a hipercaliémia que é a concentração de potássio no sangue superior ao considerado normal (≥5,5 mmol/L ou ≥5 mEq/L). Em pacientes graves, o aumento dos níveis de potássio é consequência principalmente de disfunção renal.

O potássio (K) é o principal eletrólito intracelular e a relação entre seus níveis intra e intercelulares é o principal determinante do potencial elétrico transmembrana. Portanto, qualquer alteração significativa na concentração extracelular de potássio pode ter sérios efeitos não só na função metabólica, mas também na condução nervosa, com repercussões na musculatura e, principalmente, no ritmo cardíaco, predispondo ao desenvolvimento de arritmias nos casos mais graves.


Estatinas para o colesterol

  • Nomes genéricos: Sinvastatina, atorvastatina, pravastatina, rosuvastatina, etc
  • Nomes comuns: Zocor, Crestor, Pravacol, Lescol, Lipitor
  • Uso terapêutico: Colesterol elevado e doença cardiaca
  • Riscos: Fraqueza muscular e lesões renais
  • Mortal se: Combinado com fluconazol (antifungico)

Estatinas são usadas para tratar a hipercolesterolemia e na prevenção da aterosclerose.

As estatinas têm estrutura esteroide e inibem a enzima HMG-CoA redutase (3-hidroxi-3-metil-glutaril-coenzima A reductase), que é responsável pela regulação de colesterol no fígado. A HMG-Coa reductase também é importante na formação de lipoproteínas plasmáticas, sendo daí derivado os seus outros efeitos.

Muitos doentes que tomaram estatinas diminuiram os ataques cardíacos. Assim tenta-se aumentar o “colesterol bom”, que transporta a gordura do sangue até o fígado, onde ela é eliminada, com o objetivo de diminuir os riscos cardiacos.

Os principais efeitos terapêuticos das estatinas são:

  • Diminuição do nível de colesterol sanguíneo, principalmente dos LDL (“mau colesterol”).
  • Aumentam o HDL (“bom colesterol”).
  • Diminuem os triglicerídeos.
  • Melhora a função do endotélio dos vasos.
  • Estabiliza a placa aterosclerótica.
  • Efeito antitrombótico.
  • Modula a inflamação
  • Diminuição da produção de PSA (antigénio específico da prostata).

Efeitos adversos das estatinas:

  • Dor abdominal, diarreia, obstipação, flatulência
  • Insónia, cefaleia, náuseas, dispepsia, astenia
  • Mialgia, isto é, dor sem elevação de enzimas musculares.
  • Infecção respiratória
  • Fadiga
  • Raramente miosite que é a presença de sintomas musculares com elevação da enzima CK.
  • Rabdomiólise que é a presença de sintomas musculares com elevação da enzima creatina quinase acima de 10 vezes o valor superior da normalidade com elevação da creatinina e mioglobunúria urinária. Esta emergência médica necessita de tratamento eficaz com hidratação vigorosa do paciente. A ocorrência deste efeito colateral é menor que 5 por ano em cada 100 mil pacientes tratados.
  • Reduz a quantidade de Q10 nos músculos.
  • Perda de memória
  • Perda cognitiva
  • Outras reações adversas também foram relatadas, como erupção cutânea, prurido, urticária, tontura, cãibra muscular, neuropatia periférica, miopatia, parestesia, pancreatite, hepatite, icterícia e, raramente, cirrose, necrose hepática fulminante e hepatoma, anorexia, vómito e anemia.

Estudo: Rhabdomyolysis reports show interaction between simvastatin and CYP3A4 inhibitors


Fentanilo e opióides sintéticos

  • Nome genérico: Fentanilo
  • Nomes comuns: Fentanyl, Durasegic, Actiq
  • Uso terapêutico: Analgésico forte
  • Riscos: Sobredosagem
  • Mortal se: Tomado em excesso ou combinado com cocaína e outras drogas “recreativas”.

fentanilo é um opioide utilizado como uma medicação para a dor e também pode ser usado juntamente com outros medicamentos para a anestesia. Tem um rápido início de acção e os seus efeitos geralmente duram menos de uma hora ou duas. O Fentanil está disponível em várias formas, inclusive por injecção e como penso transdérmico. O fentanil não é absorvido por via oral.

Efeitos colaterais comuns incluem:

  • Náuseas,
  • Obstipação,
  • Sonolência,
  • Confusão.

Graves efeitos secundários podem incluir:

  • Diminuição do esforço para respirar (depressão respiratória), 
  • Síndrome da serotonina, 
  • Pressão arterial baixa,
  • Dependência.

O Fentanilo funciona, em parte, pela activação de receptores µ-opióides. É cerca de 75 vezes mais forte do que a morfina durante um determinado período.

O fentanilo foi feito pela primeira vez por Paul Janssen, em 1960, e aprovado para uso médico nos Estados Unidos em 1968. Foi desenvolvido através de testes químicos semelhantes em estrutura à petidina (meperidina) para a actividade de opiáceos. Em 2015, 1,600 quilogramas (3 53 lb) foram utilizados globalmente. Em 2017 o fentanil foi o opiáceo sintético mais utilizado na medicina.


Concluindo

Embora todos esses medicamentos sejam altamente perigosos, esta é simplesmente a lista dos principais. Existem inúmeros outros medicamentos que resultam na morte de milhares de pessoas todos os anos. É importante lembrar que todos os medicamentos podem ser perigosos quando não tomados adequadamente ou em combinação com outras substâncias, incluindo medicamentos prescritos.

Os medicamentos aqui descritos se tomados com o devido acompanahmento médico e farmacêutico são na maioria dos casos úteis opções terapêuticas para muitos doentes.

O mesmo já não se pode dizer das substâncias não medicamentosas descritas também neste artigo, como o álccol, a heroína e a cocaína, pois quase sempre os efeitos negativos para a saúde superam muito claramente alguns efeitos positivos por vezes observados.

Metodologia

Para identificar as drogas mais perigosas, o 24/7 Wall Street (247wallst.com) fez revisão de uma variedade de dados e fontes, incluindo estatísticas de lesões e mortes por substâncias ilícitas e controladas da Administração de Serviços de Abuso de Substâncias e Saúde Mental (SAHMSA), combinações mortais de drogas farmacêuticas e outras substâncias do MedScape e de outras fontes, e combinações mortais de substâncias ilícitas e prescritas no DrugAbuse.com.

Essas combinações são selecionadas devido à sua prevalência na sociedade e à gravidade de seus efeitos adversos. Os itens desta lista não estão em uma ordem específica. Muitos dos medicamentos nesta lista são seguros para a grande maioria dos pacientes.

O Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-5) serve como a fonte de texto mais autorizado sobre a classificação de doenças mentais relacionadas com o uso de substâncias. No último volume, o conjunto de sintomas denominado abuso e dependência de substâncias agora é chamado de transtorno por uso de substâncias.

Referências:

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CÃO E AMIGO 20 RAZÕES DE SAÚDE PARA TER UM CÃO !

Cão… será o nosso melhor amigo? Será que ter um cão faz bem à saúde ? Descrevo 20 argumentos científicos para fortalecer a sua opinião e descobrir ou confirmar porque é tão especial ter um cão! Este post é muito especial! Leia até ao fim para saber porquê!

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Alergias, ter um cão provoca menos alergias

Os estudos mostram que as crianças que vivem com cães têm menos alergias. O sistema imunitário das crianças com cães entra em contacto mais cedo com vários alergénios do meio ambiente transportados pelo cão fazendo com que sejam reconhecidos e tolerados pelo nosso organismo e evitando o aparecimentos de muitas alergias.

Além disso é muito mais habitual os humanos serem alérgicos ao pelo do gato do que ao pêlo do cão.

Humor: Ter um cão melhora o humor

Ter cão reduz a ansiedade e o stresse associado. Ajudam a baixar os níveis de cortisol (hormona que origina irritabilidade) e aumentam os de serotonina (neurotransmissor que melhora o humor).

Coração, faz bem ter um cão

Os donos de cães que tiveram ataque cardíaco têm uma taxa de recuperação superior à média e uma menor taxa de mortalidade por doença cardíaca. Não há dúvidas, ter cão faz bem à saúde cardíaca.

Tensão arterial o cão ajuda

Ter cão ajuda a baixar os níveis de cortisol (hormona que origina irritabilidade) e aumentar os de serotonina (neurotransmissor que melhora o humor) isso provoca também uma queda da tensão arterial nos doentes hipertensos.

Exercício físico, mais atividade

Os cães têm de brincar e passear, certo? Então os donos de cães têm em média mais tempo de exercício pelo que basta 30 minutos de caminhada para baixar o risco de muitas doenças.

Colesterol e triglicéridos

Estudos mostram que os donos de cães tendem a ter menores níveis de colesterol e triglicéridos. Os investigadores julgam que tal acontece por serem mais ativos.

Depressão, o cão combate a depressão

Tratar de cães leva à libertação de serotonina e dopamina que são neurotransmissores com ação antidepressiva. Além disso os cães são óptimos ouvintes!

Terapia: Podem ser terapeutas profissionais

Muitos conselheiros usam cães nas sessões de terapia e há muitas organizações que também os usam para tratar inúmeras deficiências quer físicas quer cognitivas.

Cancro: Parceiros no cancro

Há investigação, sobre o cancro, a ser realizada  quer nos humanos quer nos cães. Como os cães podem desenvolver tipos de cancro semelhantes aos humanos, a investigação beneficia ambos. Além disso estudos provam que cães devidamente treinados podem detetar pelo olfato alguns tipos de cancro como é o caso do cancro colorretal e da tiroide, alertando precocemente o seu dono para a necessidade de se deslocar ao médico.

Sentido de comunidade

Os donos de cães adoram conversar uns com os outros sendo por isso um ótimo argumento para começar conversas e ajudar os mais tímidos  a deixar o habitual isolamento.

Ossos mais fortes

Passear o cão é uma atividade física ligeira que envolve a utilização da nossa força em proporção do peso do cão, que fortalece as nossas articulações e os músculos e por essa via torna os nossos ossos mais fortes por estes ficarem mais protegidos.

Açúcar no sangue e deteção hipoglicémias

É necessário algum treino mas os cães, através do olfato, podem detetar e alertar os seu donos quando o nível de açúcar no sangue destes começa a baixar para níveis perigosos o que permite aos seus donos comerem algo antes que aconteça um desmaio.

Namorar… aumenta as possibilidades de namoro!

Nos Estados Unidos existem comunidades de donos de cães que marcam encontros para possível namoro.  Seja qual for o país é fácil perceber que alguém que tem um cão terá desde logo uma afinidade suplementar com quem também tenha cães, aumentando as possibilidades de namoro… e claro…geralmente… namorar faz bem à saúde!

Desordem de Hiperatividade com Défice de Atenção  (DHDA)

Os cães podem ajudar quem sofre de hiperatividade, DHDA a planear, a concentrar-se mais, a aliviar o stresse, a exercitar-se, a libertar o excesso de energia e até mesmo a adormecer melhor.

Afasia, o cão ajuda os doentes

A afasia é um distúrbio da linguagem que afeta a produção ou a compreensão da fala e da habilidade de ler ou escrever.  A Afasia é resultado de uma lesão no cérebro, mais comumente resultado de um acidente vascular cerebral. Os cães podem ser treinados para perceber e executar uma serie de instruções aumentando a confiança destes doentes pelo facto de se fazerem entender.

Dores crónicas menos agressivas

Os doentes com dores crónicas que reagem bem à aplicação de calor local podem tirar vantagem do calor corporal do cão para sentir algum alivio nas suas dores crónicas locais.

Autismo, estímulo sensorial para crianças autistas

Um cão amigável e carinhoso ajuda as crianças autistas a tolerarem a sensação de algo encostado à sua pele. Podem também proporcionar-lhes algo para se concentrarem no meio de um ambiente confuso e ás vezes avassalador.

Artrite, o cão apoia o doente

O exercício físico ligeiro como arremessamento de objetos para o cão ir buscar e devolver ao dono além de divertido ajuda as pessoas com artrite.

Sistema imunitário fica mais forte

Estudos mostram que crianças criadas com cães têm níveis mais elevados de alguns marcadores orgânicos associados a um sistema imunitário mais eficaz.

Epilepsia e donos de cães mais protegidos

Os cães podem ser treinados para ladrar quando o seu dono com epilepsia está a ter um ataque ou convulsão. Outros podem ser treinados para se encostarem ao corpo do seu dono e evitar que este tenha mais lesões traumáticas durante a convulsão.

Este é um post especial:

Este post é verdadeiramente especial para mim! A inspiração para abordar este tema surgiu depois em 2017 a família me convencer que era bom para nós, como família, adotar um cachorro recém nascido que tinham conhecido e que de outra forma poderia ter um final triste! Era lindo diziam os filhos e a esposa…!  Lá fui dizendo que um cão é como uma “pessoa especial”, percebe tudo, é amigo, fiel, meigo e emotivo… e nós, depois de o aceitar em nossa casa, não o podíamos desiludir! Por isso pensem muito bem antes de avançar, disse eu!

A “Maia” que serve de foto de capa a este artigo é uma cadela especial e já faz parte da nossa família! Entretanto o Hercules recolhido de uma mata próxima também passou a ser da família 🙂 e claro são amigos inseparáveis…!

O que posso testemunhar é que sem dúvida toda a família está mais FELIZ! Ela é a capa deste post!

Este post ainda tem muito para ler!

NO FINAL 50 ARTIGOS EXTRAORDINÁRIOS GRÁTIS!

Fique bem!

Franklim Fernandes AUTOR DO BLOG MELHORSAUDE.ORG

Cão deteta cancro da tiroide

ter um cão melhorsaude.org

Cancro da tiroide pode ser detetado por cães especiais

Introdução

Um cão treinado por investigadores norte-americanos conseguiu detetar o cancro da tiroide em pessoas não diagnosticadas, segundo um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos, em San Diego.

O cão, um pastor alemão chamado Frankie, acertou o diagnóstico em 88,2% dos casos farejando a urina de 34 pessoas que participaram na experiência.

Tiroide

Localização da Tiroide

Porque são especiais os cães?

Os cães têm um olfato dez vezes mais sensível que o do homem, por isso a equipa de investigadores acredita que “os médicos poderiam utilizar cães treinados para detetar a presença de cancro da tiroide ainda em estádios iniciais”, disse Donald Bodenner, especialista em endocrinologia oncológica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Arkansas e autor principal do estudo.

No entanto, Donald Bodenner não sugere que sejam tomadas decisões de tratamento dos pacientes apenas a partir do diagnóstico canino, adiantando que a precisão do cão foi ligeiramente inferior a uma biópsia por aspiração com uma agulha fina, o método habitual.

Como foi treinado o cão?

Para o estudo, a equipa treinou previamente Frankie para que este reconhecesse o odor que liberta o tecido tiróideo com cancro a partir de amostras extraídas de múltiplos pacientes.

Posteriormente, os investigadores deram-lhe a cheirar as amostras de urina de 34 pacientes antes de se submeterem a uma biópsia dos nódulos tiróideos, em que 15 pessoas foram diagnosticadas com cancro e 19 deram negativo.

Frankie, que foi treinado para deitar-se quando identifica o cancro, acertou em 30 dos 34 casos.

Os investigadores indicaram que preveem ampliar o seu estudo e colaborar com a Faculdade de Veterinária da Universidade de Auburn, uma vez que a deteção de odores por parte de cães tem a vantagem de ser um método não invasivo e de baixo custo.

Fonte: Agência LUSA

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MORDIDAS DE ANIMAIS e ter cão melhorsaude.org

Mordidas e arranhões de animais? O que fazer?

Se for mordido ou arranhado por um animal, a ferida poderá infetar. Limpe a ferida imediatamente e procure ajuda médica o mais rápido possível.

Mesmo que o animal pertença à sua família, deve seguir estes procedimentos:
  • Lave muito bem a ferida com água e sabão.
  • Pressione a área para interromper a hemorragia.
  • Quando a hemorragia parar, aplique um creme com oxido de prata na ferida para evitar infeções.
  • Cubra a mordida ou o arranhão com uma ligadura limpa.
  • Obtenha socorro médico no mesmo dia se possível.

Muitas mordidas são ferimentos que podem ficar infetados se não forem bem limpos. No caso da necessidade de pontos, eles devem ser feitos nas primeiras 12 horas após uma mordida.

Como tratar mordidas de pessoas?

Pois é… os humanos também ferram uns aos outros! Mordidas de humanos devem ser tratadas com os mesmos primeiros socorros e urgência de socorro médico que mordidas de animais. Se for uma criança deverá tomar a vacina contra o tétano se não tiver tomado nos últimos cinco anos. Se for um adulto precisa da vacina a cada 10 anos.

Siga o tratamento indicado pelo seu médico. Todos os dias, até a cicatrização completa da ferida, remova a ligadura e verifique a ferida. Limpe a ferida com água e sabão e coloque uma ligadura limpa até que a ferida fique boa.

Quando devo ligar ao médico?

Ligue ao seu médico se:

  • A ferida ficar vermelha, inchada, quente ao toque ou mais dolorida.
  • Aumentar a secreção ou a ferida exalar mau cheiro.
  • Houver febre de mais de 38 graus C, medida pela boca.

O que devo fazer em relação ao animal?

  • Ligue ao médico imediatamente se não conhecer o dono do animal que mordeu . O animal pode ter raiva.
  • Se o animal for doméstico, tente encontrar o dono. Descubra se o animal é vacinado contra raiva e a data em que foi vacinado. O médico precisa saber estes detalhes para planear o tratamento.
  • Se possível, coloque o animal numa área cercada e longe das pessoas e de outros animais durante 10 dias. Observe se há mudanças no seu comportamento. Não tente prender um animal selvagem ou feroz. Chame a polícia ou o centro de controle de zoonoses.
  • Se for mordido por morcegos ou dormiu num local com um morcegos, deve consultar um médico.

Como agir em segurança com animais?

  • Nunca incomodar um animal quando ele estiver a comer.
  • Não puxar as orelhas ou o rabo do animal.
  • Pegar o animal ao colo devagar.
  • Lavar as mãos depois de brincar com um animal.
  • Não alimentar animais selvagens ou desconhecidos.
  • Crianças pequenas não devem colocar as mãos em gaiolas ou aquários.
  • Manter animais com guias e coleiras.

O que fazer se um cão ameaçar atacar?

  • Nunca grite nem corra.
  • Permaneça parado com as mãos nas laterais do corpo. Evite olhar nos olhos do cão. Quando o cão perder o interesse por si, ande lentamente para trás até que o cão saia do campo de visão.
  • Se o cão atacar, coloque o seu casaco, mochila ou qualquer outro objeto entre você e o cão.
  • Se você cair ou for derrubado, encolha-se formando um círculo, com as mãos sobre os ouvidos, e não se mexa. Tente não gritar nem rolar para os lados.
  • Afaste-se sempre que um cão estiver rosnando ou começar a rosnar quando se aproximar dele. Nunca corra!

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40 FACTOS FASCINANTES SOBRE O CÃO

  • A relação entre os seres humanos e os cães como animais de estimação remonta a 12.000 anos
  • Nem tudo é preto ou branco para os cães. Os cães têm dois cones nos olhos, o que lhes permite ver as cores na escala de azul e amarelo
  • Se não forem esterilizados ou castrados, um cão podia reproduzir a sua prole até 66.000 durante  seis anos.
  • Os cães podem entender até 250 palavras e gestos!
  • Estima-se que 1.000.000 cães tenham sido mencionados na herança e vontade final dos seus donos nos EUA.
  • A música dos Beatles, A Day in the Life, tem um apito no final. O apito foi incorporado especialmente para o cão de Paul McCartney.
  • Border Collie, são os viciados no trabalho no mundo dos cães, e são também considerados a raça mais inteligente.
  • O galgo afegão, pelo contrário, é considerado o cão menos inteligente.
  • A famosa raça São Bernardo tem este nome devido ao Grande São Bernardo Hospice, localizado nos Alpes suíços. O sanatório usa estes gentis gigantes para resgatar as vítimas das tempestades nos Alpes.
  • O faro de um cão é 10.000 a 100.000 vezes mais forte do que o dos humanos.
  • Rin Tin Tin foi o primeiro cão a entrar num filme de Hollywood.
  • A raça Basenji é a única que não late.
  • Zeus, um dogue alemão de Michigan, EUA, foi nomeado o cão mais alto do mundo pelo Guinness World Records em 2012 e 2013 com 1,12 metros de altura e 70 kg.
  • Ossos caninos enterrados no sítio de Koster em Greene County, Illinois, EUA, com uma idade estimada de 8.500 anos, sugere que o cão é uma evolução do lobo.
  • O terrier checo é a raça mais rara, com 350 deles ainda vivos.
  • Os cães conseguem reconhecer o cheiro de uma gama de compostos orgânicos, o que lhes permite diagnosticar sinais de cancro, diabetes e ataques epiléticos em seres humanos
  • Uma série de incidentes envolvendo o colapso de postes de iluminação na Croácia em 2003 foram atribuídos aos efeitos da urina dos cães que são corrosivos.
  • Os galgos conseguem atingir velocidades superiores a 70 quilómetros por hora.
  • Um cão pode localizar a origem de um som em 6/ 100 de um segundo, usando as orelhas como radar.
  • A raça Pequinês foi usada como última linha de defesa dos imperadores chineses. Os cães escondiam-se nas mangas dos imperadores.
  • O Presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt enviou 15.000 dólares para ir buscar o seu cão Scottie.
  • Na Russia, os cães usam o metro para procurar comida em áreas mais populosas.
  • Um estudo realizado em 2009 pela professora Alexandra Horowitz descobriu que os cães tendem a sentir-se culpados quando sabem que estão a fazer algo de errado.
  • Atualmente, existem 339 raças de cães reconhecidas, de acordo com a Organização Mundial Canina.
  • Medindo apenas 10 cm de altura, Boo Boo, um Chihuahua,foi declarado o cão mais pequeno do mundo pelo Guinness World Records em 2010.
  • Devido a uma membrana especial, chamada de tapetum lucidum, os cães são capazes de ver no escuro.
  • Chihuahuas devem o seu nome a um Estado no Mexico onde foram descobertos.
  • A Bíblia sagradas menciona cães 14 vezes.
  • Os cães enrolam-se durante o sono para proteger os seus órgãos vitais e o abdómen dos predadores.
  • Uma recompensa de 300.000 US dólares foi doada aos cães da Alfândega Americana, Rocky e Barco, pela sua eficiência na apreensão de um cartel de drogas na fronteira com o México.
  • Laika foi a primeira cadela a ser enviada ao Espaço num satélite soviético em 1957.
  • ‘Max’ é o nome mais popular do mundo para chamar aos cães.
  • Em estimativa, 62% das casas americanas têm cães — isso é aproximadamente 72.9 milhões de casas!
  • Se apanhar o seu cão a contorcer-se ou a mover as patas enquanto dorme, pode estar seguro de que ele está a sonhar.
  • Os cães são capazes de prever mudanças de tempo. Assim, se o seu cão está agindo de forma estranha pode ter que ver com uma tempestade que aí venha.
  • Existem aproximadamente 525 milhões de cães no planeta.
  • Os cães têm capacidades terapêuticas e são usadas na terapia desde 1700.
  • A maioria das espécies caninas têm mais ou menos 18 músculos para mover, inclinar e girar as suas orelhas.
  • Serem abraçados não é um dos carinhos preferidas dos cães, pois consideram o gesto como sinal de domínio.
  • Em geral, um cão vive entre oito e quinze anos.

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RECURSOS ÚTEIS

Como dar banho ao cão de forma correta?

O que vou precisar de ter à mão?

Dar banho é um dos cuidados básicos do cão. Vejamos o que é necessário para um bom banho do seu cão:

1.Champô (para cão)
2.Escova e/ou pentes
3.Toalhas para secar o seu cão
4.Secador de cabelo

Antes de iniciar o banho tenha o champô, as escovas e as toalhas ao seu alcance. Se possível vista uma roupa que não se danifique com a água ou coloque um avental, pois é possível que possa ser salpicado nesse processo!

Como convencer os cães que não gostam de tomar banho?

Acostume o seu cão ao contacto com a água desde pequeno, de forma a que quando ele crescer, o banho seja mais agradável para o dono e para o animal. Se o seu cão for daqueles que fogem assim que sente ou ouve água a correr, a adaptação ao banho deve ser gradual. Brinque com ele. Quando ele não se incomodar com a água, comece a molhá-lo primeiro com a mão, só depois com o chuveiro. A água deve estar sempre morna para ele não sentir frio.

Qual o melhor champô para o seu cão?

A melhor opção é utilizar um champô para cão, neutro, indicado para todos os tipos de pele. Nunca utilize champô para humanos, pois a pele e o pêlo dos cães têm características diferentes da sua (pH). Os cães com pêlo mais longo precisam de champô condicionador (mais uma vez próprio para cães).

Como começar e terminar o banho?

Depois de molhar o cão, aplique uma pequena quantidade de champô de forma a evitar o contacto com os olhos ou orelhas. Comece por esfregá-lo na coluna, sob a barriga, as pernas, a cauda e, por fim, a cabeça, não esquecendo a parte inferior. Lave com o chuveiro ou um jarro de água morna, evitando novamente a zona dos olhos e a parte interna das orelhas.

Utilize as mãos para ajudar a remover o champô.

Seque muito, muito bem o seu cão. Não pode ser num sítio onde haja corrente de ar. Enrole-o na toalha e esfregue-o, para absorver bem a água. Use mais do que uma toalha se necessário e se tiver aquecedor de toalhas, não hesite. Se ele ficar húmido, vai ter frio e detestará o banho.

A escolha de produtos de higiene adequados é fundamental.

Finalmente lembre-se sempre que os cães são muito Amigos e emocionalmente sensíveis pelo que merecem o nosso melhor carinho :)

Fonte: Globlavet

Fique bem!

Franklim Fernandes

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BIBLIOTECA SOBRE SAÚDE ANIMAL

A biblioteca melhorsaude animal é um recurso excecional porque contém dezenas de artigos em pdf, elaborados por veterinários, sobre os mais variados e comuns temas de saúde animal, incluindo animais domésticos, como cães e gatos, mas também animais de criação como bovinos, suínos e aves.

Artigos grátis disponíveis na nossa área reservada:

  • Como fazer a desparasitação externa do cão?
  • Como fazer a desparasitação interna do cão?
  • O cachorro, que cuidados deve ter?
  • Quais os medicamentos perigosos para o gato?
  • Como controlar as pulgas?
  • Como proteger a saúde do cão?
  • Como proteger a saúde do gato?
  • Qual a melhor alimentação para o cão?
  • Como administrar medicamentos a gatos?
  • Afeções do trato urinário inferior dos felinos
  • Otites externas
  • O que deve saber sobre a contraceção na gata?
  • Doenças de pele dos cães e dos gatos
  • Osteoartrite em cães e gatos
  • Como fazer a higiene oral dos animais de companhia?
  • Diarreia no cão e no gato, como tratar?
  • Doenças oftalmológicas em cães e gatos
  • Afeções respiratórias em gatos
  • Insuficiência cardíaca canina
  • Intoxicação do cão pela lagarta do pinheiro
  • Alimentação dietética preventiva em cães
  • Intoxicação do gato por utilização incorreta de antiparasitários externos
  • Envenenamento em animais de companhia
  • O cão de caça, que cuidados deve ter?
  • O cão sénior, que cuidados deve ter?
  • Parvovirose
  • Toxoplasmose
  • Leishmaniose
  • Dirofilariose
  • Reprodução dos animais domésticos
  • Animais de produção
  • A mastite da vaca leiteira
  • A diarreia neonatal do leitões
  • A diarreia em vitelos
  • O ectima contagioso dos cabritos e dos borregos
  • Doenças dos coelhos
  • Doenças dermatológicas dos coelhos
  • Doenças das aves de capoeira
  • Coccidiose das galinhas
  • Os pombos, cuidados a ter
  • Pneumonia nos bovinos
  • Doenças respiratórias dos suínos
  • Distúrbios alimentares dos ruminantes
  • Peeira dos pequenos ruminantes
  • Desparasitação de pequenos ruminantes
  • Cólicas em equídeos
  • Desparasitação em equinos
  • Língua azul

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Hipotensão ou tensão baixa toda a verdade!

Hipotensão arterial ou pressão arterial baixa, quais os sintomas? Se os valores estiverem baixos devo preocupar-me? Quais as causas e os perigos que podem ser fatais? Qual o melhor tratamento?

Hipotensão arterial o que é?

Hipotensão arterial é uma diminuição dos valores da pressão arterial, acompanhada de sintomas decorrentes desta queda, tais como:

  • Tonturas ou perda de equilíbrio,
  • Desmaios,
  • Confusão mental,
  • Alterações visuais.

Como o risco de derrame cerebral e enfarte agudo do miocárdio é contínuo com a pressão arterial elevada, um valor baixo de pressão na ausência de sintomas, não só é normal, como é desejado.

  • Se uma pessoa tem pressão arterial de 90/60 mmHg, sem ter sintomas, isto não é hipotensão arterial, embora seja mais provável que apresente alguns sintomas de hipotensão.
  • Se uma pessoa tem tonturas quando a pressão cai a 110/65 e não tem quando a pressão é mais alta, isto é hipotensão arterial.

Devemos prestar muita atenção, pois em alguns casos os sintomas de hipotensão ou hipertensão arterial podem confundir-se, levando o paciente a fazer uma autoavaliação errada e ás vezes automedicar-se sem ter medido a pressão arterial para confirmar os valores.

Leia também: Hipertensão todas as respostas essenciais e surpreendentes que desconhece!

Sintomas de hipotensão

Os sinais e sintomas que se relacionam com a pressão arterial (PA) baixa incluem:

• Tonturas
• Desmaio
• Sensação de desequilíbrio
• Visão turva
• Palpitações
• Confusão mental
• Fadiga
• Dificuldade de concentração
• Pele fria e pálida
• Náuseas

Se experimentar algum destes sintomas, a pressão arterial baixa pode ter uma causa subjacente, pelo que é importante que seja observado pelo seu Médico.


Causas da pressão arterial baixa

A pressão arterial pode diminuir por várias razões:
Diminuição do volume sanguíneo – pode ocorrer como resultado de uma hemorragia abundante ou desidratação;

Medicação – alguns tipos de medicação podem baixar a pressão arterial, incluindo os diuréticos e outros anti hipertensores, alguns antidepressivos, medicamentos usados no tratamento da doença de Parkinson, entre outros;

Patologias graves – tais como o choque séptico (infeção grave) ou anafilático (reação alérgica) provocam um declínio importante da pressão arterial, que pode colocar a vida em risco;

Problemas cardíacos – algumas condições como a insuficiência cardíaca, o enfarte agudo do miocárdio, a bradicardia (frequência cardíaca baixa) e doenças das válvulas cardíacas, podem conduzir a uma diminuição da pressão arterial;

Problemas endocrinológicos – alguns problemas hormonais como o hipotiroidismo e a insuficiência supra-renal podem causar diminuição da pressão arterial;

Hipotensão neurologicamente mediada – esta condição relaciona-se com um problema de comunicação entre o coração e o cérebro, e ocorre após um longo período em pé;

Problemas neurológicos – a pressão arterial pode diminuir se houver algum problema com o sistema neurológico autonómico (parte do sistema nervoso que controla funções como a respiração, circulação do sangue e digestão);

Repouso prolongado na cama.

Hipotensão ortostática ou postural

É a queda da pressão arterial resultante da mudança da posição de sentado ou deitado, para a posição de pé. Os sintomas resultantes são transitórios, durando habitualmente alguns segundos, enquanto a pressão arterial se ajusta à nova posição.

Tratamento

O tratamento da hipotensão passa essencialmente  por diagnosticar e tratar a causa da hipotensão pois, regra geral, não se aconselha  nenhum medicamento para aumentar a pressão arterial porque o risco de aumentar demais a pressão arterial pode ser fatal!

Assim as medidas mais usuais para mitigar uma hipotensão são as seguintes:

  • Deitar e descansar se necessário co as pernas elevadas;
  • Levantar-se gradualmente sem movimentos bruscos;
  • Evitar longos períodos de pé;
  • Manter uma boa hidratação;
  • Tomar a medicação nas doses corretas e ás horas certas;

Concluindo

A hipotensão ou pressão arterial baixa pode não ser grave se não houver sintomas ou se a sua causa for conhecida e corrigida como por exemplo quando se toma medicamentos para a tensão alta ou com uma dosagem demasiado elevada bastando corrigir a essa dosagem, embora por vezes não se consiga à primeira tentativa. É muito importante que descreva todos os sintomas ao seu médico para que seja mais fácil um diagnóstico correto e atempado da causa subjacente à hipotensão. Nos casos mais graves então é que não se deve mesmo desvalorizar os sintomas de hipotensão porque podem ser um alerta para condições médicas que requerem intervenção urgente algumas das quais com risco de vida como infeções graves ou choque anafilático!

Fique bem!

Franklim Fernandes

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Referências bibliográficas:

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Medicamentos mais caros do mundo Top 10

Medicamentos mais caros do mundo top 10 toda a verdade! Foi notícia em Portugal uma bebé recém nascida de nome Matilde que sofria de Atrofia Muscular Espinhal e cuja vida poderia ser salva se a família conseguisse pagar o medicamento mais caro do mundo… o Zolgensma precisamente desenvolvido para tratar essa condição rara mas fatal!

O país ficou chocado ao saber o preço… cerca de 2 milhões de Euros! Os pais da Matilde não desistiram e lançaram nas redes sociais uma campanha urgente de angariação verdadeiramente extraordinária para conseguir os 2 milhões e salvar a vida da bebé.

A resposta foi também ela única e surpreendente e em poucas semanas conseguiram alcançar o que se julgava, no início, impossível… os 2 milhões de euros para pagar ao laboratório Novartis!

Entretanto o Serviço Nacional de Saúde Português (SNS) decidiu de forma também extraordinária comparticipar a 100% a aquisição do medicamento para salvar a Matilde e outras crianças em condição semelhante.

Por sua vez os pais da Matilde decidiram aplicar o dinheiro entretanto angariado, mais de 2 milhões de euros, a ajudar outras crianças com condições de saúde graves.

O negócio de desenvolver e vender medicamentos é uma indústria enorme, com empresas que faturam biliões de dolares em receita a cada ano. Globalmente, as vendas de medicamentos prescritos devem atingir US $ 1,2 trilhão em 2024.


Leia também: Quais os medicamentos mais lucrativos no Mundo?


Os medicamentos mais caros são desenvolvidos para combater condições raras causadas por anormalidades genéticas. Esta lista de medicamentos representa o valor de cada medicamento ao longo de um mês. Alguns desses medicamentos por custo de dose não são tão altos quanto outros, mas o número de doses mensais coloca o medicamento na lista.

O Zolgensma é único nesta lista, pois requer apenas uma dose para ser eficaz. No entanto, custa mais de US $ 2 milhões para uma dose, sendo por isso o mais caro do mundo!

Neste artigo são descritos os seguintes medicamentos e respectivos princípios activos:

  • Zolgensma – onasemnogene abeparvovec-xioi
  • Actimmune –  Interferon gamma-1b
  • Acthar – Injeção de reposição de corticotropina
  • Ravicti – Glycerol phenylbutyrate
  • Myalept – Metreleptina
  • Zokinvy – Lonafarnib
  • Brineura – Cerliponase alfa
  • Oxervate – Cenegermin-bkbj
  • Takhzyro – Lanadelumab
  • Daraprim – Pirimetamina
  • Cinryze – C1 inibidor da esterase humano (C1-INH)

Leia também: Top 20 medicamentos mais perigosos do mundo!


Zolgensma

  • Composição: Onasemnogene abeparvovec-xioi
  • Laboratório: Novartis
  • Custo total: US$ 2.1 milhões
  • Contactos e informações: https://www.zolgensma.com/

Com um preço de US $ 2,1 milhões por dose e aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) em 2019, o Zolgensma (da Novartis) foi criado para tratar a atrofia muscular espinhal (SMA na sigla inglesa).

Esta condição genética causa deterioração dos neurónios motores que controlam os músculos, geralmente afetando os principais músculos do corpo. Existem quatro tipos gerais de SMA que afetam as pessoas de maneira diferente.

O Zolgensma aborda todos os quatro tipos de SMA, porque é um medicamento para terapia genética projetado para substituir o gene defeituoso que causa a doença. É entregue na forma líquida por infusão na veia e os pacientes requerem apenas uma dose.


Actimmune

  • Composição: Interferon gamma-1b
  • Laboratório: Horizon Phama
  • Custo total: US$ 687.720
  • Contactos e informações: https://www.actimmune.com/

A doença granulomatosa crónica é uma condição hereditária que impede o organismo de combater infecções de certos tipos de bactérias e fungos.

Os pacientes geralmente tomam Actimmune três vezes por semana. O preço de tabela do Actimmune é de US $ 57.310 por frasco de seis mililitros. São necessários cerca de 12 frascos por mês, o que prefaz um total mensal de US $ 687.720 por tratamento.


Acthar

  • Composição: Injeção de reposição de corticotropina
  • Laboratório: Mallinckrodt Pharmaceuticals
  • Custo total: US$ 457.800
  • Contactos e informações: https://www.acthar.com/patient

Acthar é prescrito para tratar espasmos ou convulsões infantis. Esta condição geralmente afeta crianças entre quatro e 11 meses, mas o Acthar é aprovado para tratar crianças até dois anos de idade. Também é usado para tratar uma variedade de condições em adultos, tais como:

  • Exacerbação ou como terapia de manutenção em casos selecionados de lúpus eritematoso sistêmico
  • Monoterapia para o tratamento de espasmos infantis em bebês e crianças menores de 2 anos
  • Exacerbações agudas da esclerose múltipla em adultos. Ensaios clínicos controlados demonstraram que o Acthar Gel é eficaz para acelerar a resolução de exacerbações agudas da esclerose múltipla. No entanto, não há evidências de que isso afete o resultado final ou a história natural da doença
  • Indução de diurese ou remissão de proteinúria na síndrome nefrótica sem uremia do tipo idiopático ou causada por lúpus eritematoso
  • Tratamento durante uma exacerbação ou como terapia de manutenção em casos selecionados de dermatomiosite sistêmica (polimiosite)
  • O tratamento da sarcoidose sintomática
  • Terapia adjuvante para administração a curto prazo (para elevar o paciente a um episódio agudo ou exacerbação) em: artrite psoriática, artrite reumatóide, incluindo artrite reumatóide juvenil (casos selecionados podem exigir terapia de manutenção em baixa dose), espondilite anquilosante
  • Tratamento de processos alérgicos e inflamatórios graves e agudos e crônicos que envolvem o olho e seus anexos, como: queratite, irite, iridociclite, uveíte posterior difusa e coroidite, neurite óptica, coriorretinite, inflamação do segmento anterior

Custa mais de US $ 40.000 por frasco de 5 ml. Só pode ser utilizado em doses completas de 75 unidades, duas vezes por dia, durante algumas semanas antes de ser afunilado. A esclerose múltipla requer 80 a 120 doses unitárias por duas a três semanas.

O custo por dose é de US $ 8.1243, o que eleva os custos diários a US $ 16.246. Por um período de duas semanas, os custos aproximados seriam de cerca de US $ 227.444. Se o medicamento fosse usado por um mês, custaria cerca de US $ 457.800.


Ravicti

  • Composição: Glycerol phenylbutyrate
  • Laboratório: Horizon Pharma
  • Custo total: US$ 421.428
  • Contactos e informações: https://www.ravicti.com/

O distúrbio do ciclo da uréia afeta cerca de um em cada 30.000 recém-nascidos. Essa condição causa uma acumulação de amónia na corrente sanguínea, que pode ser fatal dentro de um período muito curto se não for tratada.

Se tomado três vezes ao dia e prescrito para um mês de tratamento, com um preço de tabela de US $ 5.017 para uma garrafa de 25 ml, o custo mensal seria de US $ 421.428.


Myalept

  • Composição: Metreleptina
  • Laboratório: AMRYT
  • Custo total: US$ 145.380
  • Contactos e informações: http://www.myalept.com/

Usado no tratamento da lipodistrofia generalizada, uma condição em que as pessoas afetadas praticamente não têm gordura no corpo, o que afeta a produção de leptina no organismo. A leptina ajuda a controlar certos processos metabólicos.

Com as doses necessárias de 30 injeções por mês e um preço de tabela de US $ 4.846 para o pó, mais o custo da água estéril para misturá-lo, o preço mensal é de cerca de US $ 145.380.

Zokinvy

Zokinvy
  • Composição: Lonafarnib
  • Laboratório: Eiger BioPharmaceuticals
  • Custo total: US$ 86.000
  • Contactos e informações: https://www.eigerbio.com/

A Eiger BioPharmaceuticals obteve, em novembro de 2020, autorização da FDA (Federal Drug Administration) para lançar no mercado o Zokinvy que é usado para o tratamento de doenças ultra raras de envelhecimento rápido.

A FDA autorizou a sua utilização para retardar o desenvolvimento do Síndrome da Progeria de Hutchinson-Gilford e das Laminopatias Progeróides com deficiência de processamento.

São duas doenças genéticas onde existe envelhecimento acelerado e afetam, respetivamente, 400 e 200 doentes em todo o mundo!

A dosagem é ajustada com base na área de superfície corporal, e GoodRx baseou o cálculo em doentes que tomam cerca de 200 mg de Zokinvy por dia.


Brineura

Brineura foi desenvolvido para combater a doença CLN2, que afeta o sistema nervoso. A condição surge entre os 2 e os 4 anos de idade. Muitos dos atingidos pela doença chegam à adolescência, mas a maioria não sobrevive para além da adolescência.

Um estudo em 2018 indicou que Brineura foi eficaz em diminuir a taxa de declínio das funções motoras e mentais. Embora esse tratamento pareça ajudar as pessoas afetadas pela doença, custa US $ 28.198 por kit, necessitando de um kit a cada duas semanas. Isso eleva o total mensal do tratamento para US $ 56.396.


Oxervate

  • Composição: Cenegermin-bkbj
  • Laboratório: Dompé
  • Custo total: US$ 93.520
  • Contactos e informações: https://oxervate.com/

O Oxervate foi desenvolvido para tratar a queratite neurotrófica, que é a perda de visão devido à degeneração da camada superior da córnea causada por danos no quinto nervo craniano.

As dosagens são prescritas seis vezes ao dia em intervalos de duas horas. O doente normalmente recebe uma caixa semanal com sete frascos para injetáveis. Uma caixa custa aproximadamente US $ 11.690, elevando um custo mensal de tratamento a US $ 46.760 por olho.

O tratamento recomendado é de 8 semanas, elevando o custo total do tratamento para cerca de US $ 93.520 por olho.


Takhzyro

Projetado para tratar a condição do angioedema hereditário, o Takhzyro custa US $ 23.050 para uma dose a cada duas semanas inicialmente. Os tratamentos podem ser reduzidos para uma dose a cada quatro semanas, reduzindo o custo, mas apenas se o paciente estiver respondendo bem.

Para a dosagem mensal inicial, o custo é de US $ 46.100.


Daraprim

Daraprim trata a toxoplasmose, uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii.

Este medicamento custa cerca de US $ 23.500 para 30 comprimidos, o que geralmente é suficiente para um tratamento de um mês, dado um comprimido por dia durante uma a três semanas. Uma redução na dosagem ocorre após três semanas e os pacientes a tomam adicionalmente mais 4 a 5 semanas.


Cinryze

  • Composição: C1 inibidor da esterase humano (C1-INH)
  • Laboratório: Shire
  • Custo total: US$ 23.120
  • Contactos e informações: https://www.cinryze.com/

Outro medicamento desenvolvido para tratar o angioedema hereditário, este medicamento evita o inchaço que a condição causa.

Usado uma vez a cada três ou quatro dias, o Cinryze custa cerca de US $ 2.890 por dose. Em oito doses por mês, são gastos aproximadamente US $ 23.120.

Referências:

CANCRO SINAIS E NOVAS DESCOBERTAS A VERDADE!



Cancro sintomas sinais causas e novas incríveis descobertas guia: Quais os sinais de alerta? Quais os alimentos, emoções e atitudes que fragilizam ou fortalecem o nosso sistema imunitário na prevenção ou luta contra o cancro? Juntamente com a informação da Liga Portuguesa contra o Cancro e da American Association for Cancer Research, entre muita outra informação, este artigo pretende ser uma ferramenta simples mas eficaz, de consulta rápida, para nos lembrar rapidamente como podemos proteger-nos melhor.

Quais os 15 sinais que nunca deve ignorar? Existem sinais que podem ser um alerta para um problema de saúde mais grave que pode surgir. Detectar atempadamente e dar o devido a valor a esses sinais pode ser a diferença entre a vida e a morte!

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Cancro: O que nos pode matar?
  • Cancro: O que nos podem salvar?
  • Alimentos: Quais os que nos protegem?
  • Alimentos: Quais os que nos fragilizam?
  • Sentimentos e atitudes: Quais os que influenciam o nosso sistema imunitário?
  • Hábitos: Quais os que nos fragilizam e quais os que nos protegem?
  • Como se forma um cancro?
  • Quais os 15 sintomas que nunca deve ignorar?
  • Descoberta recente sobre a detecção precoce de metástases: Qual a importância?
  • Células cancerosas circulantes na corrente sanguínea que provocam metástases noutros tecidos: Será possivel apanha-las?
  • NanoFlares: O que são?
  • Tratamentos à medida: São possiveis?
  • Imunoterapia anticancerígena e novos tratamentos?
  • Açúcar, síndrome metabólica e cancro: Qual a ligação?
  • Qual o mecanismo promovido pelo açúcar para potenciar o cancro?
  • Tratamento: Quais os métodos mais usados?

Saiba porque deve estar com atenção aos seguintes sinais:

    • Perda de peso
    • Perda de apetite
    • Fadiga
    • Alterações do trânsito intestinal
    • Sangue nas fezes
    • Fezes brancas
    • Urina escura
    • Tosse persistente
    • Aftas que não cicatrizam
    • Líquido no mamilo
    • Necessidade frequente de urinar
    • Impotência
    • Sensibilidade mamária nos homens
    • Incontinência urinária
    • Dor pélvica
    • Descamação na pele
    • Gengivite

[rad_rapidology_locked optin_id=optin_2][/rad_rapidology_locked] 

Cancro_petição_pública_Maio_2017

Amigos do cancro que nos podem “matar”:

  • Alimentação ocidental rica em:
  • Stress
  • Sentimentos negativos:
    • Medo
    • Angústia
    • Desespero
    • Rancor
    • Raiva
    • Inveja
    • Negação da realidade
    • Depressão

  • Conflitos não resolvidos
  • Sedentarismo
  • Isolamento social

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Inimigos do cancro que nos podem “salvar”: 

  • Peixes azuis
    • Biqueirão
    • Sardinhas
    • Cavala
    • Atum
    • Salmão selvagem

  • Fruta
    • Citrinos
    • Melão
    • Morangos
    • Uva preta
    • Groselhas
    • Acerola
    • Arandos
    • Framboesas

  • Verduras
    • Alho
    • Cebola
    • Espinafres
    • Cenouras
    • Tomate
    • Pimentos
    • Abacate
    • Abóbora
    • Espargos
    • Azeitonas e azeite
    • Batata doce
    • Alface
    • Crucíferas

  • Sementes e frutos secos
    • Nozes
    • Noz de macadâmia
    • Noz-pecã
    • Amêndoas
    • Avelãs
    • Castanha-do-pará
    • Pistácios
    • Sementes de linho

  • Especiarias e ervas aromáticas
    • Orégãos
    • Salsa
    • Canela
    • Açafrão da Índia
    • Pimenta de caiena
    • Malagueta
    • Gengibre
    • Manjericão
    • Alecrim
    • Tomilho
    • Mostarda

  • Algas e cogumelos
  • Sentimentos positivos
    • Alegria
    • Felicidade
    • Confiança
    • Paciência
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Como se forma um cancro?

Como se forma um cancro Processo de formação de um cancro

Sintomas que nunca deve ignorar!

Cancro, sintomas que não deve ignorar

Descrevo de seguida a importância de não ignorar cada um dos diferentes sintomas.

Perda de peso e de apetite

Em tumores que não dão numa fase inicial sintomas específicos – como alguns tipos de cancro do pâncreas ou do pulmão, – a perda de peso e de apetite são dos primeiros aspectos que podem levar a um diagnóstico e por isso toda a sensibilização é pouca.

Geralmente estão associados a fases mais avançadas mas o facto de nem toda a gente ter noção disso leva a demora nas queixas, o que compromete ainda mais a rapidez do diagnóstico.

Especialistas em cancros do estómago, admitem que nem toda a gente vigia o peso, mas é importante conseguir avaliar a percentagem perdida. Se uma pessoa não está a fazer uma dieta ou exercício e perde 10% do seu peso, em dois meses, deve ir ao médico.

Fadiga

Em situações de cansaço arrastado e sonolência, também não deve perder muito tempo a ir ao médico. A fadiga pode ter muitas causas, até psicológicas. Se a razão for uma anemia deve investigar-se a causa.

Pode resultar de doenças benignas ou lacunas na alimentação, mas é um sintoma bastante comum de cancro do estômago que nem sempre as pessoas valorizam. O cancro do estômago muitas vezes surge em úlceras ou cria ele próprio úlceras e pode haver perdas de sangue que não são evidentes mas causam anemia.

Por vezes os doentes vão a uma urgência porque estão muito brancas e cansadas mas depois demoram a ir ao médico para fazer o resto do diagnóstico. Além de ser comum nos tumores gástricos, a anemia surge também em tumores do intestino ou do sangue, podendo ser causada por défices na produção células vermelhas ou um excesso de destruição, nas tais perdas que podem passar despercebidas.

Alterações do trânsito intestinal

Muitas vezes associam-se ao stresse ou ao que se come, mas se houver alterações persistentes devem ser valorizadas. No cancro é particularmente relevante a alternância entre prisão de ventre e diarreia. Os tumores do intestino tendem a dar diferentes sintomas, já que as fezes quando passam do intestino delgado para o grosso (cólon) estão líquidas e só depois vão solidificando.

Assim, a obstrução é mais expectável quando se trata de uma lesão do lado esquerdo do cólon. Em caso de suspeita, é crucial fazer uma colonoscopia, exame que também deve ser feito a partir dos 50 anos como rastreio. Muitas vezes as pessoas não o fazem por receio da dor, mas com a anestesia comparticipada creio que haverá melhorias.

Sangue nas fezes

É um sintoma comum nos tumores gástricos, do intestino e do recto que as pessoas até valorizam. Mas pode assumir diferentes formas e os doentes nem sempre estão sensibilizados para isso.

As partículas podem ser tão pequenas que não são visíveis, daí a importância da análise ao sangue oculto nas fezes. Depois pode haver sangue vermelho vivo, que se nota quando a pessoa se limpa ou na sanita e geralmente resulta de uma lesão no recto ou parte terminal do cólon. Mas o que mais passa despercebido é o sangue escuro, que dá uma tonalidade quase negra às fezes, por vezes cor de vinho do Porto.

Nesses casos poderá estar-se diante de um tumor do estômago ou da parte superior do intestino delgado, já que essa cor significa que o sangue foi digerido. Mesmo em situações em que os doentes se aperceberam do sangue, chegam a demorar seis meses a um ano a dirigir-se ao médico, por vezes por acharem que está ligado a hemorróidas. Sempre que surgir deve ser avaliado.

Fezes brancas e urina escura

O cancro do pâncreas é um dos tumores mais silenciosos numa fase inicial. Há dois tipos de doença, quando o tumor está na cauda do pâncreas ou na cabeça. Se no primeiro não há sintomas específicos, no segundo há sinais que poderão ser valorizados cedo, o que nem sempre acontece.

Dada a localização, próxima do duodeno e vias biliares, o tumor da cabeça do pâncreas pode provocar obstrução e causar dor abdominal e icterícia (como a bílis não passa, acumula-se na pele e dá-lhe um tom amarelado).

Geralmente, estes sintomas surgem em conjunto com outros dois também ligados à obstrução: ausência de cor nas fezes, que surgem com uma tonalidade esbranquiçada, e urina de cor muito escura. São sintomas que podem resultar também de doenças benignas como pedra na vesícula mas devem ser logo comunicados ao médico.

Tosse que não passa

O tumor do pulmão é outro cancro em que os primeiros sintomas são pouco específicos. Ainda assim, em alguns tipos são afectadas estruturas centrais do órgão e surgem sinais que, se forem valorizados, podem traduzir-se num diagnóstico mais atempado.

Muitas vezes os doentes só ficam preocupados ao notar sangue na expectoração quando devia bastar uma tosse seca e irritativa que não passa para irem ao médico. O médico alerta que os doentes fumadores ou com historial de cancro na família valorizam o sintoma, mas os outros nem sempre.

Uma afta que não cicatriza

No caso dos cancros da cabeça e pescoço, é um dos sintomas que menos se valoriza e pode permitir um diagnóstico precoce ou até identificar lesões pré-cancerígenas.

Uma afta na língua ou qualquer ferida, lábio ou bochecha que não passe ao fim de dez dias deve ser vista. Outro sintoma importante no caso do cancro da laringe é a rouquidão persistente, que caso ultrapasse os 15 dias deve motivar uma ida ao médico.

O risco de cancro da cavidade oral ou da faringe é maior nos fumadores e pessoas que bebem álcool mas pode surgir em qualquer idade e em qualquer pessoa.

Líquido no mamilo

Se em alguma área existe uma grande sensibilização é no cancro da mama. Mas mesmo assim, há lacunas que poderão ser importantes em alguns casos. Se a maioria das mulheres está desperta para a importância de vigiar nódulos/caroços na mama e axila, alterações na forma, vermelhidão e calor ou alterações na pele da mama (como casca de laranja), há sintomas que nem sempre são associados à doença.

É o caso de líquido no mamilo (uma escorrência ou secreção) ou a inversão do mesmo. Mesmo em mulheres que estiveram recentemente a amamentar, as secreções não devem ser desvalorizadas. Se surgirem passados seis meses do fim da amamentação devem ser observadas. O líquido não tem um aspecto específico. Pode ser sanguinolento ou incolor.

Sempre no WC

Ao contrário das mulheres, os homens desvalorizam muitas vezes os sintomas do cancro que mais os afecta – os tumores da próstata. Isso acontece por falta de informação mas também porque estão sempre a tentar justificar tudo sem pensar em doenças.

Quando há dor, sangue na urina ou no sémen ou ardência até procuram o médico. Mas um dos sintomas a que menos dão importância é passarem a ter necessidade de urinar frequentemente. É a típica situação em que têm de voltar à casa de banho passados dez minutos e chegam a ir várias vezes por hora.

Outro sintoma de cancro da próstata em estados mais avançados nem sempre valorizado é a dor na região das ancas e zona inferior das costas, que pode resultar em metástases nos ossos.

Impotência

Neste caso há informação, mas muitas vezes é a vergonha que faz com que os homens cheguem tarde ao médico. Em vez de automedicar-se ou ir atrás de suplementos, deve procurar o médico de família para descobrir a causa da disfunção eréctil. Não significa necessariamente um tumor, mas outras doenças nomeadamente do foro cardiovascular também devem ser controladas.

Sensibilidade mamária nos homens

O cancro do testículo surge muitas vezes em homens jovens, que têm de estar mais sensibilizados para a necessidade de estarem atentos a alterações do tamanho e nódulos – e de fazerem por isso a palpação dos testículos uma vez por mês, de preferência no banho.

Mas o aumento do volume mamário e mudanças na sensibilidade do peito devem também ser valorizados, já que podem resultar de alterações na testosterona. Perda de libido também pode ser sinal de cancro do testículo.

Incontinência urinária

O cancro da bexiga tem estado a aumentar em Portugal, algo associado ao consumo de tabaco. O sangue na urina, um dos sintomas comuns, costuma ser valorizado. Já a incontinência, outro sintoma importante, muitas vezes é considerada algo normal para a idade e as pessoas começam a usar fralda sem marcar uma consulta.

Dor e ardência urinária, urgência em urinar (por vezes sem se conseguir chegar a tempo ao WC) e sensação de esvaziamento incompleto são outros sintomas a ter em conta.

Dor pélvica

Nos tumores ginecológicos – útero (corpo e colo), ovário e vulva – geralmente um dos sintomas menos valorizados é a dor pélvica persistente. Uma moinha que até pode melhorar mas depois volta. As hemorragias fora menstruação ou após a menopausa levam mais facilmente ao médico.

Nesta área, contudo, é essencial fazer o teste do Papanicolau, que permite despistar lesões pré-cancerígenas no colo do útero. Deve ser feito a partir dos 25 anos e, após dois exames negativos, é aconselhável de três em três anos.

Descamação na pele

Nos últimos anos tem aumentado a informação sobre cancro da pele, dos sinais de alerta a regras de ouro como reduzir a exposição ao sol.

Especialistas em oncologia afirmam que ao analisar os sinais, deve seguir-se a regra ABCDE e valorizar os que são:

  • A (assimétricos),
  • B (têm bordos irregulares),
  • C (não têm uma cor uniforme),
  • D (têm um diâmetro maior que 6mm),
  • E (evoluíram, mudando de forma e tamanho).

SINAIS PERIGOSOS MELHORSAUDE.ORGMas dentro dos cancros da pele, os especialistas admitem que há algo para o qual os doentes estão menos atentos. Se o melanoma é o tipo de cancro da pele com pior prognostico e é detectado em sinais, o cancro da pele mais frequente é o chamado carcinoma basocelular e não aparece em sinais.

Por isso também é preciso estar atento a pequenas feridas na pele, como se fossem frieiras, e descamações. São habituais no nariz e orelhas e podem passar mas depois regressam, devendo ser observadas por um médico. Manchas associadas à exposição ao sol em que a pele fique mais rugosa merecem o mesmo cuidado.

Gengivite

Nos cancros do sangue, como leucemias, a população está desperta para a importância de avaliar gânglios inchados e hematomas mas há outros sinais a valorizar. É o caso de gengivites, um sintoma comum num subtipo de leucemia aguda, e infecções recorrentes.

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Qual a nova descoberta contra o cancro ?

Pela primeira vez, foi possível detectar e isolar, no fluxo sanguíneo, células susceptíveis de criar metástases e espalhar um cancro. Isto poderá permitir avaliar a agressividade dos cancros de forma precoce.

Qual a importância desta técnica?

Uma equipa de cientistas nos Estados Unidos demonstrou que é possível, graças a pequenos bocados específicos de ADN espetados à superfície de diminutas bolinhas de ouro, detectar no sangue humano células cancerosas que estão à deslocar-se à procura de novos sítios do corpo para invadir.

A inédita técnica, que poderá permitir destruir estas células antes de elas se instalarem noutros órgãos e formarem metástases, foi descrita recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Luta contra as metástases do cancro

Quando um cancro forma metástases, o prognóstico para o doente não é bom; já pode ser tarde demais. Ora, até aqui, não era possível apanhar as células cancerosas circulantes directamente no sangue, antes de elas colonizarem novos tecidos.

 O que são afinal os NanoFlares ?

A bolinha de ouro que forma o núcleo dos NanoFlares, está coberta por uma camada de pequenas sequências de ADN capazes de reconhecer e de se ligar a genes específicos das células cancerosas A bolinha de ouro que forma o núcleo dos NanoFlares, está coberta por uma camada de pequenas sequências de ADN capazes de reconhecer e de se ligar a genes específicos das células cancerosas

Agora, Chad Mirkin, da Universidade Northwestern (EUA), e colegas, conseguiram literalmente fazer brilhar essas células iluminando-as do interior por uma salva de microscópicos very-light.

Os cientistas deram à sua invenção o nome de NanoFlares (nano-clarões) e mostraram, em várias condições experimentais, que eles permitem não só detectar individualmente as células cancerosas na circulação sanguínea, como também isolá-las.

Leia aqui o resumo do artigo original

É possivel capturar e cultivar estas células?

Como não matam estas células, permitem ainda cultivá-las no laboratório para testar a eficácia de diversos fármacos anti-cancro.

“Tanto quanto sabemos, esta é a primeira abordagem baseada na genética que permite ao mesmo tempo o isolamento e a análise genética intracelular de células tumorais vivas em circulação”, escrevem os autores na PNAS.

Qual a composição do NanoFlare ?

A bolinha de ouro que forma o núcleo dos NanoFlares, com apenas 13 nanómetros (milionésimo de milímetro) de diâmetro, está coberta por uma camada de pequenas sequências de ADN (em hélice simples) capazes de reconhecer e de se ligar a genes específicos das células cancerosas. Por sua vez, essas sequências de ADN estão “acopladas” a bocadinhos de ADN que contêm o clarão propriamente dito (uma molécula fluorescente).

Inicialmente, a fluorescência do clarão é abafada pela proximidade do ouro, explicam ainda os cientistas no seu artigo. Mas o que acontece é que os NanoFlares penetram, não se sabe bem como, no interior das células. E se vierem a dar com o material genético específico do cancro que são capazes de reconhecer, ligam-se a ele, libertando o bocadinho que contém o clarão.

Ao afastar-se da bolinha de ouro central, o clarão vai assim iluminar o interior da célula em causa, marcando-a como cancerosa.

Conseguir encontrar uma “agulha num palheiro”!

“O NanoFlare acende uma luz dentro das células cancerosas que procuramos”, diz o co-autor Shad Thaxton em comunicado de Universidade Northwestern. “E o facto de os NanoFlares serem eficazes na complexa matriz do sangue humano constitui um enorme avanço técnico. Conseguimos encontrar pequenos números de células cancerosas no sangue, o que é mesmo como procurar uma agulha num palheiro.”

É possivel preparar tratamentos à medida?

Os cientistas construíram quatro tipos de NanoFlares, cada um dirigido contra um alvo genético conhecido por estar associado a cancros da mama agressivos (isto é, que formam facilmente metástases).

Mais precisamente, os NanoFlares são dirigidos contra o “ARN mensageiro” (uma outra forma de material genético) que codifica certas proteínas que se sabe estarem associadas às células dos cancros agressivos da mama.

A seguir mostraram, em particular, que esses NanoFlares eram capazes de detectar as células cancerosas, com uma taxa de erro inferior a 1%, quando estas eram misturadas com sangue de dadores humanos saudáveis.

Células detectadas sobrevivem e são cultivadas

Uma vez identificadas as células, os cientistas conseguiram separá-las das células normais e estudá-las em cultura. “Ao contrário de outras técnicas de isolamento de células cancerosas, baseadas em anticorpos, a exposição das células aos NanoFlares não resulta na morte celular”, escrevem ainda.

Ausência de toxicidade é essencial

Ora, esta ausência de toxicidade poderá permitir estudar células cancerosas vivas, avaliar o seu potencial metastático e determinar qual a melhor combinação de fármacos para as eliminar.

“Isto poderia conduzir a terapias personalizadas, nas quais olhamos para a forma como as células de um dado doente respondem a diversos cocktails terapêuticos”, diz por seu lado Chad Mirkin.

Os autores testaram os nano-clarões, com resultados igualmente promissores (embora com maiores taxas de falsos positivos), em ratinhos que são utilizados como modelo experimental de cancro da mama humano.

Neste momento, explica ainda o comunicado, estão a tentar ver se a sua nova técnica consegue detectar células cancerosas diretamente no sangue de doentes com cancro da mama.

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Açúcar, síndrome metabólica e cancro

Outra doença associada com obesidade e síndrome metabólica é o cancro.

As células cancerosas precisam da glicose para prosperarem, e os hidratos de carbono transformam-se em glicose no nosso corpo. Para as células cancerosas passarem fome e morrerem, tem de se eliminar a sua fonte de comida primária, isto é açúcar, que inclui todos os carboidratos não-vegetais. O fisiologista Dr. Otto Warburg recebeu um Prêmio de Nobel já em 1934 pela sua pesquisa que identifica o combustível primário do cancro como sendo a fermentação anaeróbica de glicose. Claramente demonstrou que as células cancerosas necessitam der açucar para se desenvolverem. Pesquisas recentes concluiram que o açucar parece fazer iniciar o crescimento do cancro (clique na ligação abaixo para ler).

Estudo: Increased sugar uptake promotes oncogenesis via EPAC/RAP1 and O-GlcNAc pathways

Açúcar pode potenciar o cancro

Um dos mecanismos-chave pelos quais o açúcar fomenta o cancro e outras doenças crónicas é pela disfunção mitocondrial. Quando o nosso corpo utiliza e queima o açúcar como sendo o nosso combustível primário, formam-se níveis muito mais elevados de espécies de oxigénio reativas , que geram radicais livres secundários que causam:

  • Danos no ADN mitocondrial e nuclear das células,
  • Danos na membrana celular,
  • Danos na estrutura das proteínas.

O cancro é apenas um resultado potencial destes danos no ADN celular.

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Tratamento do cancro

Informação da Liga Portuguesa Contra o Cancro

O plano de tratamento depende, essencialmente, do estadio da doença e do tipo de tratamento a efectuar e do estadio da doença.

O médico tem, ainda, em consideração a idade do doente e o seu estado geral de saúde. Frequentemente, o objectivo do tratamento é curar a pessoa do cancro. Noutros casos, o objectivo é controlar a doença ou reduzir os sintomas, durante o maior período de tempo possível. O plano de tratamentos pode ser alterado ao longo do tempo.

A maioria dos planos de tratamento inclui cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Alguns envolvem terapêutica hormonal ou biológica. Adicionalmente, pode ser usado o transplante de células estaminais (indiferenciadas), para que o doente possa receber doses muito elevadas de quimioterapia ou radioterapia.

Alguns cancros respondem melhor a um só tipo de tratamento, enquanto outros podem responder melhor a uma associação de medicamentos ou modalidades de tratamento.

Os tratamentos podem actuar essencialmente numa área específica – terapêutica local -, ou em todo o corpo: terapêutica sistémica.

A terapêutica local remove, ou destrói, as células do tumor, apenas numa parte específica do corpo. A cirurgia e a radioterapia são tratamentos locais.

A terapêutica sistémica “entra” na corrente sanguínea e “destrói”, ou controla, o cancro, em todo o corpo: mata ou, pelo menos desacelera, o crescimento das células cancerígenas que possam ter metastizado, para além do tumor original. A quimioterapia, a terapêutica hormonal e a terapêutica biológica (imunoterapia) são tratamentos sistémicos.

O médico é a pessoa indicada para lhe dar toda a informação relacionada com a escolha dos tratamentos, possíveis efeitos secundários e resultados esperados (com o tratamento). Cada pessoa deverá desenvolver, com o médico, um plano de tratamento que seja compatível, dentro do possível, com as necessidades, valores pessoais e estilo de vida dessa pessoa.

Tendo em conta que, provavelmente, o tratamento do cancro danifica células e tecidos saudáveis surgem, assim, os efeitos secundários. Alguns efeitos secundários específicos dependem, principalmente, do tipo de tratamento e sua extensão (se são tratamentos locais ou sistémicos). Os efeitos secundários podem não ser os mesmos em todas as pessoas, mesmo que estejam a fazer o mesmo tratamento. Por outro lado, os efeitos secundários sentidos numa sessão de tratamento podem mudar na sessão seguinte. O médico irá explicar os possíveis efeitos secundários do tratamento e qual a melhor forma de os controlar.

Adicionalmente, em qualquer estadio da doença, podem ser administrados medicamentos para controlar a dor e outros sintomas do cancro, bem como para aliviar os possíveis efeitos secundários do tratamento. Estes tratamentos são designados como tratamentos de suporte, para controlo dos sintomas ou cuidados paliativos.

Quando se fala em cuidados paliativos, estamos a pressupor uma resposta activa aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de prevenir o sofrimento que a doença gera. Adicionalmente, deve proporcionar-se a máxima qualidade de vida possível, a estes doentes e suas famílias. São cuidados de saúde activos e rigorosos, que combinam ciência e humanismo – site da Associação Nacional de Cuidados Paliativos.

Poderá, ainda, querer falar com o médico sobre a possibilidade de participar num ensaio clínico, ou seja, num estudo de investigação de novos métodos de tratamento. No tópico “Investigação Sobre o Cancro”, poderá encontrar mais informação sobre os ensaios clínicos actualmente a decorrer.

Antes de iniciar o tratamento, pode querer colocar algumas questões ao médico:

    • Qual é o meu diagnóstico?
    • O tumor propagou-se? Se sim, para onde? Qual é o estadio da doença?
    • Qual é o objectivo do tratamento? Quais são as minhas alternativas de tratamento? Qual é o tratamento recomendado na minha situação? Porquê?
    • Quais são os benefícios que se esperam de cada tipo de tratamento?
    • Quais são os riscos e os possíveis efeitos secundários de cada tratamento? Como podem ser controlados os efeitos secundários?
    • A infertilidade pode ser um dos efeitos secundários do meu tratamento? Pode ser feita alguma coisa acerca disso? Deverei considerar armazenar espermatozóides ou óvulos?
    • O que posso fazer para preparar o tratamento?
    • Com que frequência farei os tratamentos? Quanto tempo durará o meu tratamento?
    • Terei de alterar as minhas actividades normais? Se assim for, durante quanto tempo terei de o fazer?
    • Quanto custará o tratamento? O meu seguro cobrirá as despesas?
    • Que novos tratamentos estão a ser estudados? Seria adequado participar num ensaio clínico?

Cirurgia

Na maioria dos casos, o cirurgião remove o tumor e algum tecido em volta (“margens”). A remoção de tecido circundante, que esteja livre de células tumorais, pode ajudar a prevenir que o tumor volte a crescer. O cirurgião pode, também, remover alguns gânglios linfáticos localizados na região do tumor: gânglios linfáticos regionais.

Os efeitos secundários da cirurgia dependem, essencialmente, do tamanho e localização do tumor, bem como do tipo de operação. O tempo necessário para a recuperação é diferente, de pessoa para pessoa. É normal sentir-se cansado ou fraco, durante algum tempo.

A maioria das pessoas sente algum desconforto, nos dias seguintes à cirurgia. No entanto, já há formas de controlar a dor. Antes da cirurgia, deverá perguntar ao médico qual a melhor forma de aliviar a dor. A medicação para a dor (ex.: analgésicos), pode ser ajustada.

Algumas pessoas têm receio que a cirurgia, ou mesmo a biópsia ao tumor, possa “ajudar” a metastizar a doença. É pouco provável que esta situação ocorra. O cirurgião usa métodos que não deverão “permitir” que as células cancerígenas se disseminem, ou seja, que metastizem.

Radioterapia

A radioterapia usa raios de elevada energia, para matar as células cancerígenas. O médico usa vários tipos de radioterapia.

Em determinadas situações, pode ser administrada uma combinação de diferentes tratamentos com radioterapia:

  • Radiação externa: a radiação provém de uma máquina emissora. Para este tratamento, a maioria das pessoas vai ao hospital ou clínica. Geralmente, os tratamentos são realizados durante 5 dias por semana, durante várias semanas.
  • Radiação interna (radiação por implante ou braquiterapia): a radiação provém de material radioactivo contido em sementes, agulhas ou finos tubos de plástico, e que são colocados directamente no local do tumor ou perto. Para fazer radiação por implante, o doente fica, regra geral, internado no hospital. Os implantes permanecem no local durante vários dias; são retirados antes de ir para casa.
  • Radiação sistémica: a radiação provém de um líquido, ou de cápsulas, contendo material radioactivo, que circula em todo o organismo. A pessoa engole o líquido, ou as cápsulas ou, em alternativa, é-lhe administrada uma injecção. Este tipo de radiação, pode ser usada para tratar o tumor ou, por outro lado, para controlar a dor provocada pela metastização do cancro, por exemplo para os ossos. Actualmente, só alguns tipos de cancro são tratados desta forma.

Os efeitos secundários da radioterapia dependem, essencialmente, da dose e do tipo de radiação, bem como da parte do corpo que vá ser tratada. Por exemplo, se a radiação incidir no abdómen, pode provocar náuseas, vómitos e diarreia. A pele, na área tratada, pode tornar-se vermelha, seca e sensível. Poderá, também, perder o cabelo e/ou pêlos da zona tratada.

Durante a radioterapia, poderá sentir-se muito cansado, particularmente nas últimas semanas de tratamento. O descanso é importante, mas, geralmente, o médico aconselha as pessoas a manterem-se activas, dentro do possível.

Os efeitos da radioterapia, na pele, são temporários, e a zona irá sarar, gradualmente, assim que termine o tratamento. Pode, no entanto, haver uma alteração duradoura na cor da pele. Se tiver um efeito secundário particularmente grave, poder-lhe-á ser sugerida uma interrupção do tratamento.

Quimioterapia

A quimioterapia consiste na utilização de fármacos, para matar as células cancerígenas. A quimioterapia pode ser constituída apenas por um fármaco, ou por uma associação de fármacos. Os fármacos podem ser administrados oralmente, sob a forma de comprimidos, ou através de uma injecção intravenosa (i.v.), na veia. Em qualquer das situações, os fármacos entram na corrente sanguínea e circulam por todo o organismo – terapêutica sistémica.

A quimioterapia é, geralmente, administrada por ciclos de tratamento, repetidos de acordo com uma regularidade específica, de situação para situação. O tratamento pode ser feito durante um ou mais dias; existe, depois, um período de descanso, para recuperação, que pode ser de vários dias ou mesmo semanas, antes de fazer a próxima sessão de tratamento.

A maioria das pessoas com cancro faz a quimioterapia em regime de ambulatório (no hospital, no consultório do médico ou em casa), ou seja, não ficam internadas no hospital. No entanto, algumas pessoas podem precisar de ficar no hospital, internadas, enquanto fazem a quimioterapia.

A quimioterapia afecta tanto as células normais como as cancerígenas.

Os efeitos secundários da quimioterapia dependem, principalmente, dos fármacos e doses utilizadas. Em geral, os fármacos anti-cancerígenos afectam, essencialmente, células que se dividem rapidamente, como sejam:

  • Células do sangue: estas células ajudam a “combater” as infecções, ajudam o sangue a coagular e transportam oxigénio a todas as partes do organismo. Quando as células do sangue são afectadas, havendo diminuição do seu número total em circulação, a pessoa poderá ter maior probabilidade de sofrer infecções, de fazer “nódoas-negras” (hematomas) ou sangrar facilmente, podendo, ainda, sentir-se mais fraca e cansada.
  • Células dos cabelos/pêlos: a quimioterapia pode provocar a queda do cabelo e pêlos do corpo; no entanto, este efeito é reversível e o cabelo volta a crescer, embora o cabelo novo possa apresentar cor e “textura” diferentes.
  • Células do aparelho digestivo: a quimioterapia pode causar falta de apetite, náuseas e vómitos, diarreia e feridas na boca e/ou lábios; muitos destes efeitos secundários podem ser controlados com a administração de medicamentos específicos.

Alguns fármacos anti-cancerígenos podem, ainda, afectar a fertilidade feminina e masculina.

No caso das mulheres, se os ovários deixarem de produzir hormonas como, por exemplo, os estrogénios, poderá apresentar sintomas de menopausa: afrontamentos e secura vaginal. Os períodos menstruais podem tornar-se irregulares ou mesmo parar podendo, ainda, ficar infértil, ou seja, incapaz de engravidar. Se tiver idade igual ou superior a 35 anos, é provável que a infertilidade seja permanente; por outro lado, se permanecer fértil durante a quimioterapia, a gravidez é possível.

Como não são conhecidos os efeitos secundários da quimioterapia no feto, antes de iniciar o tratamento deverá sempre falar com o médico, relativamente à utilização de métodos contraceptivos eficazes.

Os efeitos secundários de longa duração, ou seja, sentidos a longo prazo, são raros; ainda assim, verificaram-se casos em que o coração se torna mais fraco. Em pessoas que receberam quimioterapia existe, também, a possibilidade de surgirem cancros secundários, como a leucemia, ou seja, um cancro nas células do sangue.

Terapêutica Hormonal

A terapêutica hormonal impede que as células cancerígenas “tenham acesso” às hormonas naturais do nosso organismo, das quais necessitam para se desenvolverem. Se os testes laboratoriais demonstrarem que o cancro tem receptores hormonais, ou seja, que é “positivo para os receptores hormonais”, a pessoa poderá receber terapêutica hormonal. Tal como a quimioterapia, a terapêutica hormonal também pode afectar as células de todo o organismo, pois tem actividade sistémica.

Na terapêutica hormonal são utilizados medicamentos; por outro lado, pode obter-se o mesmo efeito recorrendo a uma cirurgia:

  • Medicamento: o médico pode sugerir um medicamento que bloqueie a hormona natural do organismo, parando a sua produção ou impedindo que actue.
  • Cirurgia: se ainda não estiver na menopausa, poderá fazer uma cirurgia, para remoção do órgão produtor, como os ovários ou testículos.

Os efeitos secundários da terapêutica hormonal dependem, principalmente, do próprio fármaco ou do tipo de tratamento. Estes efeitos podem incluir aumento de peso, afrontamentos, náuseas e alterações da fertilidade. Nas mulheres, a terapêutica hormonal pode provocar paragem dos períodos menstruais ou torná-los irregulares e pode provocar efeitos semelhantes à menopausa, com afrontamentos e possível corrimento vaginal. Algumas mulheres podem, ainda, sentir dor de cabeça, fadiga, náuseas e/ou vómitos, secura vaginal ou comichão, irritação da pele em volta da vagina e erupção cutânea. Nos homens, a terapêutica hormonal pode causar impotência, perda do desejo sexual e crescimento ou sensibilidade das mamas.

Imunoterapia

A imunoterapia, também chamada terapêutica biológica, utiliza a capacidade natural do nosso organismo para combater o cancro, através do sistema imunitário (o sistema de defesa natural do organismo). Por exemplo, em alguns doentes com cancro da bexiga, é administrada uma solução de BCG, depois da cirurgia; o médico coloca esta solução na bexiga, usando um cateter. A solução contém bactérias vivas “enfraquecidas”, que estimulam o sistema imunitário para matar as células cancerígenas. No entanto, a BCG pode causar efeitos secundários: pode irritar a bexiga e, algumas pessoas, podem sentir náuseas, febre baixa ou arrepios.

A maioria dos tratamentos com imunoterapia, são administrados por via endovenosa: a terapêutica biológica circula através da corrente sanguínea, ou seja, de forma sistémica; normalmente, é administrada no consultório médico, na clínica ou no hospital, em regime ambulatório (sem necessidade de haver internamento).

Algumas pessoas desenvolvem uma erupção cutânea, no local da injecção; podem, ainda, apresentar sintomas do tipo gripal, como febre, arrepios, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, fraqueza e náuseas. A terapêutica biológica pode, no entanto, causar efeitos secundários mais graves, como alterações da tensão arterial, problemas respiratórios e, por vezes, problemas cardíacos.

Transplante de células estaminais (indiferenciadas)

O transplante de células percursoras das células do sangue, ou seja, de células do sangue ainda imaturas e indiferenciadas, permite que a pessoa com cancro receba altas doses de quimioterapia, radiação ou ambas. Estas doses elevadas, destroem tanto as células cancerígenas como as células normais do sangue, da medula óssea. Depois do tratamento, o doente recebe células percursoras das células do sangue saudáveis, através de um tubo flexível, colocado numa veia grande: novas células do sangue vão desenvolver-se a partir das células estaminais transplantadas. As células estaminais podem ser colhidas do próprio doente, antes do tratamento com altas doses, ou podem provir de outra pessoa. Neste caso, a pessoa é internada no hospital, para fazer o tratamento.

Os efeitos secundários da terapêutica com altas doses, bem como o transplante de células estaminais, incluem infecções e perda de sangue. Adicionalmente, em pessoas que recebam células estaminais de um dador, pode haver rejeição, chamando-se “doença do enxerto versus o hospedeiro” ( GVHD ). Nesta situação, as células estaminais doadas “atacam” os tecidos da pessoa que as recebe. Geralmente, esta doença ( GVHD ) afecta o fígado, a pele ou o aparelho digestivo; pode ser grave, ou até fatal e pode ocorrer em qualquer altura depois do transplante, mesmo anos mais tarde. Há medicação que pode ajudar a prevenir, tratar ou controlar este processo de rejeição ( GVHD ).

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Concluindo

Muitas pessoas continuam a ignorar sintomas que podem salvar-lhes a vida! Os sintomas descritos neste artigo são comuns a muita gente e se atempadamente valorizados podem ser a diferença entre a vida e a morte! Em caso de dúvidas consulte de imediato o seu médico.

Também ao contrário do que muita gente julga, de facto, a atitude positiva perante a doença e a vida é cada vez mais um factor decisivo no combate a doenças graves. Para os pessimistas e queixosos “crónicos” fica uma palavra de incentivo à mudança de atitude que só os fará mais Felizes!

Fique bem!

Franklim M. Fernandes

Fontes:

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MÁSCARAS COVID-19 QUAL A MELHOR? TODA A VERDADE!

Máscaras cirúrgicas, máscaras FFP2, máscaras N95, máscaras KN95, máscaras tipo II, máscaras tipo IIR, nível 1, nível 2 e nível 3, máscaras comunitárias… enfim a confusão é enorme e a desinformação é geral pois a legislação tem de facto alguma complexidade! Assim este artigo suporta-se na legislação atual e pretende apoiar a tua decisão bem informada antes de escolheres as máscaras que deves usar, segundo a Autoridade Nacional do medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED) e a Direção Geral da Saúde (DGS).




Com o aparecimento de novas estirpes ou variantes do SARS-CoV-2, mais contagiosas e mais mortais, como as variantes do Reino Unido, África do Sul e Brasil, torna-se ainda mais importante usar máscaras que de facto nos protejam de forma séria, certificada e eficaz!

Leia também: Estas são as perigosas novas estirpes do SARS-CoV-2 com mutações estranhas… algo de grave se passa!

No entanto começo corrigindo o básico ou seja descrevo já os 5 principais erros a utilizar a máscara, segundo a DGS e não só… basta andar na rua para ver utilizações simplesmente ridículas!

Máscaras: Qualificação e utilização

Para efeitos de prevenção do contágio (filtram principalmente o ar expirado) do novo Coronavírus SARS-CoV-2 tem sido preconizada a utilização pelos profissionais de saúde de máscaras qualificadas regulamentarmente como dispositivos médicos, a saber:

  • Máscaras cirúrgicas do tipo II;
  • Máscaras cirúrgicas do tipo IIR.

Como equipamentos de proteção individual (filtram o ar inspirado e expirado) para os profissionais de saúde tem sido preconizadas as seguintes:

  • Semimáscaras ou máscaras de proteção respiratória (FFP2 e FFP3) auto filtrantes.

No final do artigo, em conclusão, descrevo a minha opinião sobre qual a máscara que deve escolher para sua melhor proteção evitando ao mesmo tempo contagiar as outras pessoas.

Máscaras cirúrgicas ou de uso clínico

As máscaras de uso clínico, geralmente designadas por máscaras cirúrgicas, são dispositivos médicos que se destinam a cobrir a boca e o nariz, do profissional de saúde, funcionando como uma barreira
destinada a minimizar a transmissão direta de agentes infeciosos entre o profissional e o doente. Neste caso a principal finalidade do produto é a de proteger a saúde e segurança do doente, independentemente de simultaneamente proteger também o profissional.

Enquanto não for vacinado contra a Covid-19 o cuidado para não contagiar e ser contagiado deve ser máximo pois a forma como o nosso sistema imunitário reage a este coronavírus pode ser uma surpresa assustadora, pois existem diversos casos graves documentados e até óbitos a partir dos 40 anos de idade mesmo em doentes aparentemente saudáveis!

Leia também: Esta é a melhor vacina contra a Covid-19, Toda a verdade!

Norma EN 14683:2019

A norma EN 14683:2019, harmonizada no âmbito da Diretiva dos Dispostos Médicos, é destinada a máscaras de uso clínico, classificando-as em diferentes tipos (I, II e IIR) segundo as suas características, nomeadamente:

  • Eficiência de filtração bacteriana,
  • Pressão diferencial (permeabilidade da máscara ao ar),
  • Resistência aos salpicos,
  • Limpeza microbiana (bioburden).


O quadro seguinte, extraído da referida norma, resume as características de desempenho de acordo com tipo de máscaras.

Características de desempenho por tipo de máscara com finalidade médica

TesteTipo ITipo IITipo IIR
Eficiência de filtração bacteriana (%)> 95> 98>98
Pressão diferencial (Pa/cm2)< 40< 40 < 60
Resistência aos salpicos (Kpa)Não necessáriaNão necessária> 16,0
Limpeza microbiana (cfu/g)< 30<30< 30
Características de desempenho por tipo de máscara com finalidade médica. Fonte: Cf. Informação nº 009/2020, de 13/04/2020, da Direção-Geral da Saúde, relativa a «COVID-19: FASE DE
MITIGAÇÃO – Uso de Máscaras na Comunidade».

Máscaras cirúrgicas tipo I cuidado com o uso!

As máscaras cirúrgicas Tipo I só devem ser usadas para para reduzir o risco de espalhar a infeção particularmente num cenário epidémico ou pandémico. As máscaras tipo I não devem ser utilizadas por profissionais de saúde em salas de operações ou em outro cenário médico semelhante. Nestes cenários médicos mais sensíveis (salas de operações) devem ser usadas, no mínimo, as máscaras tipo II ou tipo IIR.

Reutilização de máscaras cirúrgicas não!

As máscaras cirúrgicas não são reutilizáveis e devem ser deitadas ao lixo depois de usadas. Surgiram notícias de testes realizados em Itália e França sobre a lavagem de máscaras cirúrgicas, que indicavam que os dispositivos mantêm a capacidade de filtração após um determinado número de lavagens a 60 graus.

As máscaras cirúrgicas são dispositivos médicos descartáveis, pelo que não devem ser reutilizados ou lavados. Também o indicou o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P., em resposta a um pedido de esclarecimento da revista Proteste, não recomenda a reutilização de máscaras de uso único e salienta que a lavagem das máscaras representa “um uso contrário às instruções do fabricante “.  




Máscaras de proteção respiratória auto filtrantes

Estas máscaras são também denominadas tecnicamente por semi-máscaras de proteção respiratória auto filtrante e destinam-se a ser usadas para proteção dos utilizadores contra um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a sua saúde ou a sua segurança, sendo enquadradas como equipamentos de proteção individual.

Norma EN 149:2001+A1:2009

A norma EN 149:2001+A1:2009 aplicável aos aparelhos de proteção respiratória filtrantes (APR), nomeadamente aos chamados “respiradores” ou “semimáscaras autofiltrantes”, classifica estes
equipamentos em FFP1, FFP2 e FFP3, tendo em consideração a sua eficiência de filtração e a sua fuga máxima para o interior (FFP3> FFP2> FFP1).

N95, KN95 e FFP2 qual a diferença?

As máscaras N95 ou KN95 têm características de desempenho equivalentes ás FFP2, desde que devidamente certificadas por entidades reconhecidas, embora diferentes conforme o país de fabrico. vamos então aos detalhes para acabar com a confusão!

Além das clássicas máscaras cirúrgicas azuis, que são perfeitamente adequadas para evitar infetar outras pessoas, mas menos úteis para se proteger, também podemos comprar máscaras faciais com filtro certificado. As iniciais FFP no nome FFP2 significam “Filtering Face Piece”, e essas máscaras fornecem uma filtragem muito eficaz de micropartículas perigosas, razão pela qual são usadas em ambientes que apresentam um alto risco de contágio.

Quando começamos a procurar máscaras de filtragem que passaram em testes científicos para confirmar as suas características de proteção, rapidamente encontramos iniciais como FFP2, KN95 e N95, especialmente se procuramos algo para nos proteger de poluentes ou micropartículas que transportam vírus. A certificação dessas máscaras varia de acordo com seu local de origem.

Certificação Europeia, Americana e Chinesa

No mercado existem três tipos principais de máscara facial com filtro no mercado:

  • Máscaras FFP2 com certificação europeia
  • Máscaras N95 com certificação americana
  • Máscaras KN95 com certificação chinesa

Existem ainda outras normas de certificação de máscaras sendo as mais relevantes as seguintes:

  • P2 (Australia/New Zealand AS/NZA 1716:2012)
  • Korea 1st class (Korea KMOEL – 2017-64)
  • DS2 (Japan JMHLW-Notification 214, 2018)
  • PFF2 (ABNT/NBR 13.698-2011 – Brazil)

Desempenho de filtração das máscaras KN95, N95 e FFP2

As máscaras KN95, N95 e FFP2 proporcionam níveis de filtração semelhantes: as três têm uma capacidade de filtração superior a 94%, de acordo com as normas que regem as suas características técnicas.

Aqui está a capacidade de filtragem certificada específica para cada um dos três tipos de máscaras de filtragem:

  • Máscaras FFP2: 94% de capacidade de filtragem
  • Máscaras N95: 95% de capacidade de filtragem
  • Máscaras faciais KN95: 95% de capacidade de filtração

Normas que regem as máscaras KN95, N95 e FFP2

As máscaras KN95, N95 e FFP2 diferem no procedimento usado para calcular a sua filtração. Este procedimento muda de acordo com o local onde são produzidos, pois segue as regras de certificação estabelecidas pelo país onde o funcionamento dos dispositivos é testado.

De seguida descrevo um breve resumo das diferenças entre os padrões adotados para certificar as máscaras KN95, N95 e FFP2.

Máscaras FFP1, FFP2 e FFP3 – norma EN 149: 2001 + A1: 2009

As máscaras FFP2, FFP1 e FFP3 são regidas por uma norma da legislação europeia, a famosa EN 149: 2001, atualizada em 2009 e já atrás referida. Esta lei define os padrões usados para certificar a eficácia dos dispositivos de proteção respiratória e estabelece claramente os requisitos, testes e branding para as máscaras.

Máscara N95 – norma NIOSH-42CFR84

As máscaras N95 são cobertas pela norma americana NIOSH -42CFR84, elaborada pelo NIOSH (Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional), órgão americano responsável por certificar a real eficácia dos dispositivos de filtragem faciais.

Máscara KN95 – norma GB2626-2006

As máscaras KN95 são certificadas na República Popular da China com base nas regras estabelecidas na norma GB2626-2006. Este padrão dita os requisitos técnicos, métodos de teste e marca para dispositivos respiratórios com um filtro protetor usado para purificar o ar de partículas potencialmente prejudiciais.

KN95, N95 e FFP2 e os diferentes métodos de teste

Embora o objetivo geral seja o mesmo ou seja certificar a capacidade real dos dispositivos de proteger as pessoas da inalação de substâncias ou partículas potencialmente prejudiciais, cada um dos três padrões que certificam a filtragem de máscaras faciais é diferente dos outros. As diferenças estão nos métodos adotados para testar os dispositivos. Assim, dependendo do tipo de teste realizado, os requisitos e condições de teste podem, portanto, variar.

Na tabela seguinte resume-se as semelhanças e diferenças:

Fator de proteçãoMáscaras FFP2
(EN 149:2001)
Máscaras N95
(NIOSH-42CFR84)
Máscaras KN95
(GB2626-2006)
Eficácia de filtração≥ 94%≥ 95%≥ 95%
Agente testadoNaCl e óleo de parafinaNaClNaCl
Taxa de fluxo testada95 l/min (variável durante o teste)85 l/min85 l/min
Fuga interna total (TIL) testado em indivíduos a fazer exercícios8 %Não testada8 %
Resistência de inalação permitida (queda máxima de pressão)≤ 70 Pa @ 30 L/min;
≤ 240 Pa @ 95 L/min;
≤ 500 Pa (entupimento)
≤ 343 Pa≤ 350 Pa
Resistência à expiração (queda de pressão máxima)≤ 300 Pa≤ 245 Pa≤ 250 Pa

Principais diferenças entre as três normas

As substâncias poluentes testadas e a resistência à inalação e expiração são algumas das diferenças que se destacam.

Primeira diferença: O padrão europeu usa substâncias líquidas em testes, bem como sólidos

A primeira diferença está relacionada com a substância poluente utilizada para testar as máscaras FFP1, FFP2 e FFP3. O sistema europeu de certificação parece aqui mais aprofundado, visto que também realiza testes com óleo de parafina, um poluente líquido, além de partículas de cloreto de sódio no estado sólido.

Certamente isso é positivo, pois significa que a eficácia das máscaras é testada não apenas com poluentes em estado sólido (como um pó), mas também, e mais importante, com partículas em forma de gotículas e aerossóis espalhados pelo ar.

Segunda diferença: O padrão europeu presta mais atenção à resistência à inalação

A segunda diferença imediatamente aparente é o valor da resistência à inalação permitida.

O valor médio de resistência no padrão europeu é bem menor do que nos sistemas de certificação americanos e chineses, o que significa que as máscaras FFP2 feitas de acordo com o padrão europeu devem garantir maior conforto e durabilidade.




Durabilidade das máscaras FFP2

Quanto tempo dura uma máscara FFP2? As máscaras FFP2 podem ser marcadas com a letra (R) para “reutilizável” ou (NR) para “não reutilizável”. A maioria das máscaras FFP2 enquadra-se na última categoria ou seja são dispositivos de proteção que progressivamente se tornam menos eficazes com o passar do tempo.

Por esse motivo, uma máscara FFP2 normalmente dura cerca de oito horas em ambientes de risco ou em um único turno de trabalho. Mesmo que seja mantida a uma distância segura em áreas de baixo risco, a máscara deve ser descartada após oito horas, pois a respiração e a exposição à humidade afetam gradativamente sua capacidade de filtração e integridade física. Assim que ficarem significativamente húmidas, as máscaras FFP2 devem ser descartadas.

Máscaras FFP2 com e sem válvulas: qual é a diferença?

As máscaras FFP2, N95 e KN95 podem ser produzidas com ou sem válvula. Mas que diferença isso faz? Simplificando, as máscaras com uma válvula são seguras para o utilizador, mas não para aqueles ao seu redor. A válvula filtra o fluxo de ar de entrada, mas não o ar de saída, o que significa que máscaras com uma válvula NÃO devem ser usadas por pessoas que têm, ou podem ter, COVID-19, em vez disso, essas pessoas devem escolher máscaras sem válvula, que filtram tanto o ar inspirado como o expirado tais como máscaras cirúrgicas ou máscaras KN95, FFP2 ou N95 sem válvula.

As máscaras com válvula são muito uteis em cenários normais “sem pandemia” para trabalhadores sem doenças respiratórias contagiosas que tenham de proteger-se na sua atividade laboral, por exemplo construção civil, carpintaria e outras onde existe um maior esforço físico, com maior cadência respiratória e portanto um maior incômodo respiratório com o uso da máscara. A válvula nestes casos permite de facto uma melhor expiração e portanto maior conforto respiratório para os utilizadores.

Conforto respiratório

Naturalmente que as máscaras que oferecem uma maior proteção para o utilizador como as FFP2 e FFP3, por terem maior eficiência filtrante (mais camadas ou materiais mais espessos) são também um pouco menos confortáveis pois exigem um pouco mais de esforço respiratório o que pode tornar-se problemático se por exemplo existir uma condição de saúde que dificulte a respiração pelo nariz ou uma capacidade pulmonar diminuida.

Assim cada utilizador deve encontrar o modelo mais adequado ao seu risco de contagiar ou ser contagiado mas também que lhe permita respirar sem demasiado esforço. Neste aspecto as FFP2 podem mais confortáveis que as N95 e NK95.

Para os utentes que demonstram esforço acrescido para respirar com as N95, KN95, FFP2 e FFP3, as máscaras cirúrgicas tipo II ou tipo IIR podem ser uma escolha mais adequada, embora perdendo eficácia na proteção individual.

Máscaras bloqueiam o SARS-CoV-2?

As máscaras N95, KN95, FFP2 e FFP3 têm todas um poder de filtração muito elevado, sendo projetadas para remover mais de 94% a 95% de todas as partículas com diâmetro de pelo menos 0,3 mícron (µm). Na verdade, as medições da eficiência de filtração de partículas das máscaras N95 mostram que elas são capazes de filtrar ≈99,8% das partículas com um diâmetro de ≈0,1 μm (Rengasamy et al., 2017).

O SARS-CoV-2 é um vírus com envelope de ≈0,1 μm de diâmetro, então as máscaras N95, KN95, FFP2 e FFP3 são capazes de filtrar a maioria dos vírions livres, mas fazem mais do que isso.

SARS-CoV-2 tamanho e composição:

Fonte: SARS-CoV-2 (COVID-19) by the numbers, https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7224694/

Os vírus são frequentemente transmitidos por meio de gotículas respiratórias produzidas pela tosse e espirro. As gotículas respiratórias são geralmente divididas em dois tamanhos;

  • Gotículas grandes (> 5 μm de diâmetro) que caem rapidamente no solo e, portanto, são transmitidas apenas em distâncias curtas;
  • Gotículas pequenas (≤5 μm de diâmetro).

Pequenas gotículas podem evaporar-se em “núcleos de gotículas”, permanecer suspensas no ar por períodos significativos de tempo e podem ser inaladas. Alguns vírus, como o sarampo, podem ser transmitidos por núcleos de gotículas (Tellier et al., 2019).

Gotículas maiores também são conhecidas por transmitir vírus, geralmente por se estabelecerem em superfícies que são tocadas e transportadas pelas mãos para as membranas mucosas, como olhos, nariz e boca (CDC, 2020).

O diâmetro característico de gotículas grandes produzidas por espirro é de ~ 100 μm (Han et al., 2013), enquanto o diâmetro dos núcleos de gotículas produzidas por tosse é da ordem de ~ 1 μm (Yang et al., 2007).

De momento, não está claro se as superfícies ou o ar são o modo dominante de transmissão SARS-CoV-2, mas as máscaras N95, KN95, FFP2 e FFP3 devem fornecer alguma proteção contra ambos (Jefferson et al., 2009Leung et al., 2020).

Máscaras FFP1, FFP2 e FFP3 diferenças

Características de desempenho por Classe de máscaras de Proteção Respiratória AutoFiltrantes

ClasseEficiênciaFuga total para o interior (testada em laboratório)Penetração no material filtrante (% máxima)Exemplos
FFP1Baixa22 %20 %Algumas partículas metálicas; Poeiras de reboco; Poeiras de betão.
FFP2 ou N95 ou KN95Média8 %6 %Trabalhos com madeira; Terraplanagens; Pintura à pistola com tinta de base aquosa; Bolores e fungos.
FFP3Alta2%1 %Trabalhos com produtos perigosos como nas indústrias química, farmacêutica e papeleira; Vírus e bactérias; Serração; Substituição de filtros.
Fonte: “Guia de Seleção de Aparelhos de Proteção Respiratória Filtrantes”, do Instituto Português da Qualidade

Devido à rápida evolução da pandemia de COVID-19, a utilização de máscaras é cada vez mais assunto de debate, como medida complementar para limitar a transmissão do SARS-CoV-2 na comunidade.

No quadro geral das orientações em matéria de prevenção do risco de exposição, é relevante promover uma utilização mais alargada de máscaras pela comunidade, bem como definir quais os critérios e requisitos que estas devem cumprir em termos de conceção, desempenho e usabilidade.

Critérios e requisitos

A definição desses critérios, nomeadamente em termos de filtração, respirabilidade, dimensionamento e resistência, foram objeto de consenso por grupo de peritos com competências técnicas nas áreas médico-farmacêutica, da tecnologia têxtil, da infeção e desinfeção, das normas e ensaios a aplicar, da fiscalização, etc.

Simultaneamente, tem-se verificado uma mobilização do tecido empresarial nacional, para colaborar no esforço conjunto de combate à pandemia, reconvertendo as linhas de produção para o fabrico de
equipamentos de proteção individual e dispositivos médicos essenciais.

Estas empresas estão disponíveis para colocar no mercado máscaras em tecido de uso único, ou mesmo reutilizáveis, que não conseguindo cumprir com os requisitos de segurança, saúde e desempenho estabelecidos nas legislações aplicáveis aos dispositivos médicos e aos equipamentos de proteção individual, poderão conformar-se com os requisitos a serem definidos para uma utilização comunitária.

A responsabilidade da conformidade dessas máscaras com os requisitos a definir recairá no fabricante, devendo este escolher matérias-primas adequadas, conceber, fabricar e rotular as máscaras de forma a que estas cumpram com os requisitos definidos, assim como testá-las de acordo
com os referenciais normativos aplicáveis, em laboratório reconhecido para o efeito.

Categorização das máscaras por tipo de utilizador


Adota-se, assim, um sistema de categorização das máscaras utilizadas no contexto da COVID- 19, considerando a sua finalidade:

  • Nível 1: máscaras destinadas à utilização por profissionais de saúde.
  • Nível 2: máscaras destinadas à utilização por profissionais que não sendo da saúde estão expostos ao contacto com um elevado número de indivíduos.
  • Nível 3: máscaras destinadas à promoção da proteção de grupo (utilização por indivíduos no contexto da sua atividade profissional, utilização por indivíduos que contactam com outros indivíduos portadores de qualquer tipo de máscara e utilização nas saídas autorizadas em contexto de confinamento, nomeadamente em espaços interiores com múltiplas pessoas).

O uso destas máscaras não implica qualquer alteração no que concerne aos seguintes pontos:

  • Medidas de confinamento;
  • Higiene das mãos e etiqueta respiratória;
  • Organização e procedimentos a serem adotados, nomeadamente, por escolas e entidades empregadoras que possibilitem melhorar a proteção dos funcionários.
Tipo de utilizadorTipo de máscaraQualificação regulamentarEspecificações técnicas
Nível 1

Profissionais de saúde e doentes
Semi mascara de proteção respiratória
(FFP2, FFP3).

De preferência com marcação CE. Em sua
substituição máscaras em conformidade
com os requisitos de normalização
internacionais equivalentes, reconhecidos a nível europeu.
Equipamento de
Proteção Individual
EN 149:2001+A1:2009
ou normas internacionais
equivalentes
reconhecidas.
Nível 1Máscaras cirúrgicas Tipo II e IIR.Dispositivo MédicoEN 14683:2019
Nível 1Não reutilizáveis.

De preferência com marcação CE. Em sua
substituição máscaras em conformidade
com os requisitos de normalização
internacionais equivalentes, reconhecidos a nível europeu.
EN 14683:2019

ou normas internacionais
equivalentes
reconhecidas
Nível 2

Profissionais em
contacto frequente
com o público
Máscaras cirúrgicas tipo I
Não reutilizáveis.
De preferência com marcação CE. Em sua
substituição máscaras em conformidade
com os requisitos de normalização
internacionais equivalentes, reconhecidos a nível europeu.
Dispositivo MédicoEN 14683:2019
ou normas internacionais
equivalentes
reconhecidas
Nível 2Máscaras alternativas para contactos
frequentes com o público, de uso único ou
reutilizáveis:

– Desempenho mínimo de filtração de
90%;
-Respirabilidade de pelo menos
8l/min segundo EN ISO 9237:1995
ou no máximo 40 Pa segundo EN
14683:2019 (Anexo C);

– Que permita 4 h de uso ininterrupto
sem degradação da capacidade de
retenção de partículas nem da
respirabilidade;

– Sem degradação de performance ao
longo da vida útil (número máximo
de vezes que poderá ser reutilizado;

– Desenho e construção adequados,
Artigo TêxtilPermeabilidade ao ar
(Respirabilidade):
EN 14683:2019 (Anexo C)

ou

EN ISO 9237:1995
Capacidade de Retenção
de Partículas (Filtração):
EN 14683:2019 (Anexo B)

ou

EN 13274-7:2019
Outros métodos
equivalentes
reconhecidos
Requisitos Rotulagem e
informação ao utilizador
final
Nível 3

Profissionais que não
estejam em
teletrabalho ou
população em geral para as saídas
autorizadas em contexto de
confinamento
Máscaras alternativas para contactos pouco
frequentes, de uso único ou reutilizáveis.

– Desempenho mínimo de filtração de
70%;

-Respirabilidade de pelo menos
8l/min segundo EN ISO 9237:1995
ou no máximo 40 Pa segundo EN
14683:2019 (Anexo C)

– Que permita 4 h de uso ininterrupto
sem degradação da capacidade de
retenção de partículas nem da
respirabilidade

– Sem degradação de performance ao
longo da vida útil (número máximo
de vezes que poderá ser reutilizado

– Desenho e construção adequados
Artigo TêxtilPermeabilidade ao ar
(Respirabilidade):
EN 14683:2019 (Anexo C)
ou
EN ISO 9237:1995

Capacidade de Retenção
de Partículas (Filtração):
EN 14683:2019 (Anexo B)
ou
EN 13274-7:2019

Outros métodos
equivalentes
reconhecidos.

Requisitos Rotulagem e
informação ao utilizador
final.
Fonte: Direção Geral da Saúde

As máscaras do nível 2 e nível 3, não enquadradas como dispositivos médicos ou como equipamentos de proteção individual, e designadas como artigos têxteis, deverão ser ensaiadas pelos métodos referidos na tabela anterior, tendo em consideração que os resultados alcançados com o modelo biológico apresentado na norma dos dispositivos médicos, para avaliar o desempenho da filtração, têm correspondência com os resultados dados pela medição de partículas inertes, conforme proposto na norma dos equipamentos de proteção individual.

A resistência ao desgaste durante o tempo de utilização deverá também ser considerada, uma vez que as alterações provocadas pelo desgaste podem induzir a uma maior retenção e crescimento bacteriano.

Máscara social ou comunitária

Nível 2 e nível 3 classificados como artigos têxteis

Tal como as máscaras cirúrgicas, a principal função das máscaras comunitárias é proteger todas as pessoas que se aproximam do utilizador, evitando que este lhes transmita gotículas eventualmente contaminadas com o novo coronavírus. Na verdade, constitui também uma ténue barreira física à inalação de partículas que pairem no ar, mas este é um dispositivo de proteção dos outros, mais do que do próprio utilizador.

Classificada como artigo têxtil de uso único ou reutilizável, a máscara social deve permitir quatro horas de uso ininterrupto, sem degradação da capacidade de retenção de partículas, nem da respirabilidade. Apesar de a maioria das máscaras sociais ser reutilizável, a utilização deve obedecer às mesmas regras das máscaras cirúrgicas e respiratórias, ou seja: 

  • Não devem ser usadas de forma contínua por mais de 4 horas,
  • Não devem ser usadas a partir do momento em que fiquem húmidas.

Se, por exemplo, se deslocar para o trabalho de transportes públicos, terá de usar duas máscaras: uma para a ida e outra para a volta. 

Resumindo, existem máscaras sociais com 2 níveis:

  • Nível 2 – devem assegurar, no mínimo, a filtração de 90% das gotículas, e são indicadas para profissionais com contacto frequente com o público, como empregados de lojas ou repartições;
  • Nível 3 – devem filtrar 70%, pelo menos, e destinam-se à população em geral (exceto se tiver sintomas de covid-19).

Ambos os níveis podem ser de uso único ou reutilizáveis e devem assegurar uma respirabilidade máxima de 40 Pa/cm2, a mesma respirabilidade das máscaras cirúrgicas de tipo I e tipo II. 

Segurança e certificação

A oferta de máscaras sociais multiplica-se, mas há que ter alguns cuidados na hora de adquirir este produto, já que as características, a composição e, sobretudo, a segurança podem diferir muito entre modelos. Deve, por isso, garantir que compra produtos testados por laboratórios com competência técnica reconhecida. 

Leia aqui: Lista de máscaras comunitárias aprovadas (CITEVE)

A máscara deve ter a identificação do nível de proteção (nível 2 ou 3) e apresentar informação sobre o processo de reutilização (lavagem, secagem, conservação, manutenção) e o número de reutilizações, se aplicável. Na etiqueta, o utilizador deve, também, ser informado sobre as características de desempenho, sobre o facto de o produto não ser um dispositivo médico ou um equipamento de proteção individual e sobre a composição. O fabrico está sujeito ao cumprimento das normas EN 14683:2019 (Anexo C) ou EN ISO 9237:1995, EN 14683:2019 (Anexo B) ou EN 13274-7:2019.

Os fabricantes deverão notificar a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica previamente à colocação no mercado do produto, bem como manter à disposição das autoridades um breve dossiê técnico, com as características da matéria-prima, a descrição do processo de produção, a informação a constar com o produto e os relatórios dos ensaios realizados e da conformidade do produto, emitidos por um laboratório reconhecido. 

Máscaras reutilizáveis

No que respeita à reutilização destas máscaras, os estudos de desempenho deverão ser realizados após simulação do uso real e dos números de ciclos máximos de reutilização previstos. A informação
sobre o processo de reutilização (lavagem, secagem, conservação, manutenção) e o número de reutilizações deverá ser fornecida pelo fabricante ao utilizador.

O utilizador deve, também, ser informado das características de desempenho e do produto não ser um dispositivo médico ou um equipamento de proteção individual, assim como a composição, deverão ser disponibilizadas através da etiquetagem ou marcação do produto têxtil.

Cuidados com a reutilização da máscara

Se a máscara for reutilizável, depois de usada, deve ser guardada num saco estanque e só pode voltar a ser usada após ser lavada e seca.

A informação sobre a reutilização (lavagem, secagem, conservação e manutenção) e o número de utilizações durante o qual a eficácia é garantida devem constar do folheto informativo ou do rótulo. Como são feitas com diferentes materiais, nem todas as máscaras são higienizadas da mesma maneira.

Por exemplo, uma máscara de nível 3 com a sua qualidade comprovada para 5 lavagens apenas garante a capacidade de filtração de 70% até esse número máximo de lavagens. Depois disso, é aconselhável que deixe de usar essa máscara e a substitua por outra.

Na lavagem, é fundamental que utilize detergente ou sabão, a uma temperatura de, pelo menos, 30ºC, sendo que a maioria aconselha os 60ºC. Confira sempre as indicações da máscara.

Etiqueta folheto e rótulo

Informação obrigatória

Antes de comprar uma máscara social, confirme se foi testada por um laboratório com competência técnica reconhecida, como o CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias do Têxtil e do Vestuário), o Equilibrium ou o ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade), que atribuem selos, como os apresentados em baixo, e se está acompanhada de um folheto informativo. 

Selos de laboratório com competência técnica reconhecida

De seguida mostro três exemplos de selos que indicam que a máscara foi testada por um laboratório com competência técnica reconhecida.


Fabricantes devem notificar ASAE

Os fabricantes deverão notificar a ASAE da atividade de fabrico e das máscaras fabricadas e manter à disposição das autoridades um breve dossier técnico do produto onde se incluam as características
da matéria-prima, a descrição do processo de fabrico, a informação a fornecer com o produto e os relatórios dos ensaios realizados e da conformidade do produto emitidos por laboratório reconhecido, nomeadamente os laboratórios acreditados para os métodos indicados.

Neste âmbito, funcionará um grupo de peritos com competências técnicas nas áreas médico farmacêutica, da tecnologia têxtil, da infeção e desinfeção, e incluindo também elementos da DGS, INFARMED, ASAE e IPQ, bem como outros que, de acordo com as respetivas atribuições e
competências, se venham a revelar essenciais para este efeito.

Compete à ASAE a fiscalização dos produtos classificados como artigos têxteis, enquanto Autoridade de Fiscalização de Mercado.

Máscaras caseiras e filtros não recomendados

Só as máscaras testadas por laboratórios com competência técnica reconhecida devem ser utilizadas. Além da eficácia não comprovada, as máscaras caseiras apresentam, muitas vezes, problemas ao nível do design, não se adaptando ao rosto dos utilizadores, e da respirabilidade.

Algumas destas máscaras estão preparadas para a utilização de filtros que não dão garantias de proteção. Além disso, a troca dos filtros pode aumentar o risco de contágio, não só pelo contacto com a máscara, cuja superfície pode estar contaminada, mas também porque pode levar a que a máscara seja utilizada por um período mais longo do que o aconselhável. 

Uso correto da máscara

O uso de máscara é aconselhado, sobretudo, para prevenir que pessoas infetadas, nalguns casos assintomáticas, sejam veículos de transmissão da covid-19.

Para que a sua função seja cumprida, é fundamental que manuseie e utilize a máscara corretamente. Esta deve cobrir por completo o nariz e o queixo. Antes e depois de a pôr, deve lavar as mãos com água e sabão ou desinfetá-las com um gel à base de álcool. 

Enquanto a máscara estiver no rosto, puxá-la para o queixo, para falar ao telemóvel, ou simplesmente tocá-la, é altamente desaconselhado.

Quando remover a máscara, faça-o por detrás, evitando tocar na parte da frente. O risco de transmissão é maior se a máscara for retirada de modo inapropriado ou se uma pessoa saudável tocar na cara durante a utilização.

Deponha as máscaras não reutilizáveis num contentor de resíduos. Lave as reutilizáveis logo a seguir à utilização, de acordo com as instruções da etiqueta.

Viseiras são eficazes?

As viseiras servem como proteção contra a projeção de partículas sólidas e líquidas. Podem ser um complemento útil, mas não podem ser usadas em substituição da proteção respiratória (como máscaras), quando necessário. A sua utilização deverá ser complementada com um método barreira que tape o nariz e a boca.

Conclusão

Depois deste exaustivo artigo o que te interessa é saber afinal e de forma simples qual a máscara que devemos usar? No contexto atual de pandemia com novas estirpes mais contagiosas e mortais a devastar a Europa e o Mundo a resposta correta é máscaras FFP2.

Resumindo as razões da escolha FFP2 são as seguintes:

  • Evitam contagiar se estiver infetado mas também protegem o utilizador de pessoas infetadas pois filtram o ar inspirado e expirado (as cirúrgicas só evitam contagiar);
  • Certificação europeia com testes mais rigorosos que as certificações america (N95) e chinesa (KN95);
  • Maior durabilidade que as N95 e KN95;
  • Maior conforto por apresentar melhor respirabilidade que as N95 e KN95;
  • Mais baratas que as FFP3 (estas filtram ainda mais) mas mantendo um grau de filtração muito elevado.

Se desejar filtração máxima, não tiver desconforto respiratório e o orçamento não for um problema, então a escolha acertada é máscaras FFP3.

A terminar alerto que só deve adquirir máscaras que efetivamente tenham marcados na máscara o certificado FFP2 e a norma europeia EN 149: 2001 + A1: 2009.

Referências

LONGEVIDADE MITIGANDO A DOENÇA

Longevidade envelhecimento e como diminuir os riscos de doença? Esta é uma listagem publicada no Best-seller do New York Times “O FIM DA DOENÇA”, escrito pelo Dr. David B. Agus, um dos oncologistas e investigadores de Biomedicina mais conceituados do mundo, galardoado com diversos prémios entre os quais o da American Cancer Society, respondendo a uma pergunta de um leitor:

Quais as 10 acções mais importantes que posso realizar hoje mesmo para reduzir o meu risco de doença, em particular das duas doenças mais temidas que podem surgir no fim da vida, o cancro e a demência?

Na resposta acrescento  mais 2 acções essenciais, a saber:

(clique nos links para mais informação)

  1. Consuma alimentos reais ou seja que surjam naturalmente e sejam colhidos do cultivo da “terra”;
  2. Evite tomar vitaminas e suplementos;
  3. Discuta com o seu médico a possibilidade de tomar aspirina e estatinas;
  4. Participe em programas de rastreio do cancro;
  5. Faça exercício regularmente e movimente-se ao longo do dia;
  6. Mantenha um índice de massa corporal baixo;
  7. Evite o tabaco;
  8. Evite a exposição solar directa sem um protector solar;
  9. Evite fontes de inflamação (ex: stress, tabaco, alimentos processados, traumatismo, infecções, sedentarismo, excesso de peso);
  10. Tome anualmente a vacina da gripe;
  11. Evite o stress exagerado (aumenta o grau de inflamação) não dê tanta importância ás pequenas coisas porque nos tempos que correm são imensas e o nosso organismo precisa de recursos para as pequenas correcções diárias ao nosso DNA e proteger-nos de ameaças mais graves;
  12. Durma 7.30 horas por noite, para um adulto saudável é suficiente.

Infografias úteis

(Clique na imagem para ampliar)

Exercício físico e felicidade

Exercicio e felicidade melhorsaude.org melhor blog de saude

infografia_deixar-de-fumar

infografia_bicicleta

obesidade-e-desnutrição

Infografia Sal

Infografia Acucar

Concluindo

Esta é uma listagem simples mas que se colocar em prática pode diminuir desde já os seus problemas de saúde e de certeza aumentar em vários anos a sua estimativa média de vida…com qualidade! Permitam-me destacar três das dez acima listadas:

  • Não fumar é essencial, porque não acredito em milagres ou seja é muito dificil um fumador não vir a desenvolver uma doença muito grave…os números não mentem!
  • Comer alimentos reais ou seja que “nasçam da terra” e portanto sejam colhidos das árvores e dos campos de cultivo, recolhidos do mar ou criados com alimentação natural. Evite tudo o que é processado ou seja fabricado por causa dos aditivos e da qualidade nutritiva desiquilibrada e prejudicial.
  • Faça o exercício físco adequado à sua vida…não é preciso complicar nem sequer precisa de dinheiro mas apenas ter vontade de sair um pouco da zona de conforto pouco saudável (sofá…) e entrar na zona de protecção com uma simples caminhada, em passo rápido, durante 30 a 45 minutos, duas a três vezes por semana ou simplesmente passear o cão todos os dias!

O exercício físíco adequado tem duas características quase únicas verdadeiramente excepcionais, a saber:

  • É antiinflamatório, diminuindo o grau geral de inflamação do organismo, que se sabe hoje ser a fonte de origem das doenças mais graves desde as autoimunes, Alzheimer e até cancro;
  • É antidepressivo, porque induz, de forma clara, a libertação de neurotransmissores anti-depressão como a serotonina. É corrente qualquer um de nós já ter experienciado uma melhoria de humor após uma caminhada ao ar livre, corrida ou aula de zumba 🙂

Vá lá…prooteja-se, não arrange desculpas para deixar de colocar em prática a maioria destas medidas ainda hoje!

Fique bem!

Franklim Fernandes

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NOVIDADES e RISCO DE DOENÇA

Caros amigos e amigas da comunidade MELHORSAUDE.ORG

O tempo de férias fez diminuir o ritmo de publicações mas este será retomado ainda esta semana. Curiosamente o tráfego da nossa página continuou a aumentar a ritmo muito interessante e de forma orgânica fruto do imenso e interessante conteúdo partilhado na nossa página e blog ao longo de 10 meses e que começa agora a ser indexado nos motores de busca como o Google.

Estamos a preparar o lançamento dos primeiros eBooks de qualidade, baseados nos temas em que a comunidade demonstrou mais interesse com as suas inúmeras partilhas! Serão um passo importante na sustentabilidade desta página e blog que se pretende possa continuar a evoluir e continuar a fornecer informação de saúde fidedigna e gratuita, mantendo sempre os seguintes pilares essenciais:

  • Credibilidade das fontes de informação
  • Artigos de grande detalhe semanalmente
  • Informação de qualidade grátis
  • Informação actualizada
  • Área privada cada vez com mais recursos grátis
  • Grafismo de qualidade nos artigos publicados para tornar a leitura fácil e agradável

Não é tarefa simples manter a sustentabilidade, qualidade e detalhe do nosso blog mas com o lançamento em breve dos eBooks confiamos ser possivel continuar a suportar esta missão por uma melhor saúde para todos.

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Como diminuir o risco de doença?

Como gosto sempre em todos os “posts” de tentar dar informação útil aqui fica uma listagem publicada no Best-seller do New York Times “O FIM DA DOENÇA”, escrito pelo Dr. David B. Agus, um dos oncologistas e investigadores de Biomedicina mais conceituados do mundo, galardoado com diversos prémios entre os quais o da American Cancer Society, respondendo a uma pergunta de um leitor:

Quais as 10 principais acções que posso realizar hoje mesmo para reduzir o meu risco de doença, em particular das duas doenças mais temidas que podem surgir no fim da vida, o cancro e a demência?

  1. Consuma alimentos reais ou seja que surjam naturalmente e sejam colhidos do cultivo da “terra”
  2. Evite tomar vitaminas e suplementos
  3. Discuta com o seu médico a possibilidade de tomar aspirina e estatinas
  4. Participe em programas de rastreio do cancro
  5. Faça exercício regularmente e movimente-se ao longo do dia
  6. Mantenha um índice de massa corporal baixo
  7. Evite o tabaco
  8. Evite a exposição solar directa sem um protector solar
  9. Evite fontes de inflamação
  10. Tome anualmente a vacina da gripe

Fique bem!

Franklim Fernandes

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ALIMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS COMUNS!




Alimentos anti-inflamatórios:  A inflamação é uma causa base de cada vez mais doenças nomeadamente as auto-imunes onde a inflamação se torna crónica! Combater a inflamação de forma saudável é um pilar essencial para proteger a sua saúde. Neste artigo descrevo 8 alimentos comuns com propriedades anti-inflamatórias? O que é a inflamação? Quais as causas de Inflamação? Qual o melhor tratamento?

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Inflamação ou infecção: Qual a diferença?
  • Inflamação: O que é?
  • Qual a fisiopatologia da inflamação?
  • Infecção: o que é?
  • Inflamação: Qual o tratamento?
  • A inflamação também pode ser má?
  • Quais os sinais cardeais da inflamação?
  • Alimentos anti-inflamatórios : Quais os que pode usar facilmente?
  • Alimentos: Quais os que combatem a inflamação?
  • Alimentos: Quais os que causam inflamação?
  • Quais os 8 alimentos comuns que combatem a inflamação?



Inflamação ou infecção? Qual a diferença?

Infecções e inflamações são condições de saúde muito comuns. No entanto, muita gente tem dúvidas sobre as suas diferenças e semelhanças. Assim vou tentar clarificar os sintomas comuns e os que são diferentes, para que se entenda melhor o diagnóstico e o respectivo tratamento.

Inflamação: O que é?

Uma inflamação (do latim: inflammatio = atear fogo) é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos de outra natureza. A inflamação pode também partir do sistema imunitário inato que pode agredir o próprio organismo.

Neste caso, as nossas células de defesa reagem contra células dos nossos próprios tecidos que por razões desconhecidas são sinalizadas como estranhas. Este processo está na origem das chamadas doenças autoimunes como, por exemplo, a artrite reumatóide e algumas doenças da tiroide.

Qual a fisiopatologia da inflamação?

Inflamação melhorsaude.org melhor blog de saude

Os agentes inflamatórios agridem os tecidos e provocam fenômenos de dilatações e alterações da permeabilidadecapilar, com extravasamento de líquido intravascular para fora dos vasos. Como resultado, forma-se de um halo avermelhado em torno da lesão, um aumento de volume (edema) e da temperatura locais.

A dor é causada pela estimulação das terminações nervosas pelas substâncias liberadas durante o processo inflamatório e pelas compressões relacionadas ao edema.

No processo inflamatório, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo e de outros fluídos corporais para o local lesionado. Por isso, resumindo, esse processo causa os seguintes sintomas:

  • Vermelhidão;
  • Inchaço;
  • Dor;
  • Aquecimento da área.

Estudos e artigos sobre inflamação:

Infecção: O que é?

É causada por agentes externos. O organismo reage à entrada de microorganismos tais como:

  • Vírus;
  • Bactérias;
  • Parasitas;
  • Fungos.

Nesse processo, as células de defesa tentam combater os micro-organismos, o que normalmente dá origem ao aparecimento de pus. Alguns sintomas que podem ser causados por infecções são:

Artigo sobre infecção:

Inflamação: Qual o tratamento?

Cascata de inflamação melhorsaude.org melhor blog de saude

Para tratar uma inflamação, geralmente utilizam-se medicamentos anti-inflamatórios para reduzir o desconforto e os efeitos do processo inflamatório. Os anti-inflamatórios mais usados são:

  • Ibuprofeno;
  • Diclofenac;
  • Nimesulide;
  • Naproxeno;
  • Celecoxib;
  • Corticosteroides;

Infecção: Qual o tratamento?

No caso da infecção, o médico precisa avaliar qual o tipo de micro-organismo que está a causar a infecção para poder indicar a medicação adequada. Assim, conforme o tipo de microoganismo, teremos diferentes trataemntos medicamentosos.

Infecções causadas por bactérias

Combatidas com antibióticos. Em alguns casos é preciso descobrir que tipo de bactéria está a causar a infecção para saber qual o antibiótico mais eficaz. Por exemplo a Helicobacter Pilori é uma bactéria que pode existir no estômago, causar infecção e lesões gástricas graves no futuro, se não for erradicada com o adequado tratmento antibiótico.

Infecções causadas por vírus 

Combatidas com antivirais. Há infecções virais cujos medicamentos ainda têm uma eficácia reduzida quando a infecção já está activa, como a herpes, hepatite B, Hepatite C, gripe e HIV. Em alguns destes casos tenta-se prevenir com o desonvolvimento de vacinas.

Infecções causadas por fungos

Combatidas por antifúngicos. Algumas lesões na pele e nas unhas, como por exemplo as micoses, podem ser causadas por infecções fúngicas.

Infecções causadas por parasitas

Combatidos por antiparasitários. Doenças como a malária são infecções parasitárias.

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A inflamação também pode ser “má”?

A inflamação é uma reacção de defesa a uma agressão, certo? Sim, é de facto uma reacção de defesa importante e até essencial para a nossa sobrevivência mas quando a reacção anti-inflamatória aguda é demasiado agressiva ou se a inflamação persistir por mais de três meses pode tornar-se uma inflamação crónica (como a artrite reumatoide ou a tuberculose) e os seus sintomas nem sempre são muito específicos ou visíveis.

Sinais de inflamação melhorsaude.org melhor blog de saude

Uma inflamação demasiado agressiva ou prolongada pode destruir, além do “agressor”, células saudáveis e dar início a muitas doenças graves. Também por consequência muitos dos recursos naturais de reparação diária do DNA das nossas células são desviados para mitigar a inflamação deixando escapar a correcção de lesões no DNA de algumas células que depois dão origem a “defeitos” nos tecidos onde essas células se localizam, sejam elas no intestino, no fígado, na boca, etc.

A inflamação excessiva e prolongada é assim uma das causas iniciais de diversas doenças graves por causa dos recursos de reparação genética desviados para combater a inflamação crónica!

Além do habitual tratamento com anti-inflamatórios, uma das melhores formas de combater a inflamação crónica passa por praticar uma alimentação o mais saudável possível, incluindo na nossa dieta os chamados alimentos anti-inflamatórios. Também o exercício fisico, nomeadamente de curta duração mas alta intensidade, demontrou aumentar a nossa longevidade!

Alimentos anti-inflamatórios: Quais os que podemos usar facilmente?

Alimentos anti-inflamatórios melhorsaude.org melhor blog de saude

Embora existam muitos, neste artigo vamos apenas considerar 8 alimentos que podem ser facilmente introduzidos de forma variada e diária na nossa alimentação, estando disponiveis facilmente em qualquer hipermercado.

A inflamação crónica é, segundo vários estudos, provavelmente a maior causa, a médio e longo prazo, de vários tipos de doenças graves, nomeadamente cancro. É cada vez mais concensual na classe científica que uma das fontes de saúde e longevidade é o combate diário à inflamação.

Quando o organismo é alvo de uma infeção causada por fatores externos (bactérias, vírus, parasitas, entre outros), o sistema imunológico desencadeia um processo inflamatório, ou inflamação, como resposta natural do organismo, e que tem como objetivo destruir os agentes agressores. Não é demais relembrar que uma alergia também é uma inflamação e muitas vezes tendencialmente crónica, fazendo com que os doentes alérgicos tenham um risco acrescido de contrairem várias doenças no curto, médio e longo prazo.

Alimentos: Quais os que combatem a inflamação?

Nestes casos, os especialistas aconselham que seja adotada a tradicional dieta mediterrânica, praticada em Portugal, que inclui muitos dos alimentos cujo poder anti-inflamatório está há muito provado, tais como:

  • Vegetais de folha verde
  • Azeite
  • Peixes gordos

Alimentos: Quais os que provocam inflamação?

Pelo contrário, alimentos processados potenciam em larga escala o aumento de peso e o aparecimento de processos inflamatórios no organismo. Estes podem, por sua vez, desencadear problemas de saúde e doenças tais como:

Como exemplos de alimentos a evitar temos:

8 Alimentos anti-inflamatórios

De seguida descrevo alguns alimentos anti-inflamatórios comuns que ajudam a prevenir algumas das doenças atrás referidas. Os alimentos ou classes de alimentos descritos são os seguintes:

  • Tomate
  • Azeite
  • Vegetais de folha verde escura
  • Frutos secos
  • Peixes gordos
  • Fruta
  • Gengibre
  • Açafrão.

Tomate

Tomate melhorsaude.org

O consumo do tomate é recomendado por este ser um alimento muito rico em:

  • Licopeno (entre outros carotenoides como a luteína),
  • Antioxidantes (vitaminas do complexo A e B, além de vitamina E e vitamina C),
  • Minerais como o fósforo e o potássio, além de
  • Acido fólico,
  • Cálcio e
  • Frutose.

O tomate é considerado como um alimento eficaz na prevenção de alguns tipos de cancro e no fortalecimento do sistema imunológico.

Azeite

azeite melhorsaude.org

Rico em gorduras monoinsaturadas, o azeite é o “embaixador” da dieta mediterrânica e o seu consumo contribui para a redução do colesterol LDL, o mais nocivo para a saúde. No âmbito da inflamação crónica, o azeite permite bloquear a produção de elementos químicos que induzem processos inflamatórios no organismo, de acordo com um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition.

Vegetais de folha verde-escura

Brócolos melhorsaude.org

Muito presente nestes vegetais, a vitamina E é essencial para combater processos inflamatórios. Alguns exemplos de vegetais e folha verde-escura são:

  • Espinafres,
  • Couve,
  • Brócolos,

Demonstram também concentrações elevadas de vitaminas e minerais como cálcio, ferro e outros fitoquímicos presentes que ajudam a prevenir várias doenças.

Frutos secos

Frutos secos melhorsaude.org

O grupo de alimentos designado por frutos secos, no qual se incluem as nozes, amêndoas, avelãs, entre outros, caracteriza-se pela abundância de antioxidantes que ajudam o organismo a reparar os danos causados pela inflamação. Por exemplo:

  • As amêndoas são ricas em fibra, cálcio e vitamina E,
  • As nozes contêm ácidos gordos essenciais ómega-3, que reduzem a inflamação.

Mas atenção, por serem calóricos, os frutos secos devem ser consumidos com moderação.

Peixes gordos

Peixes gordos ómega 3 melhorsaude.org

Alguns exemplos de peixes gordos usados na dieta Mediterrânea são:

  • Salmão,
  • Cavala,
  • Atum,
  • Arenque,
  • Sardinha.

O seu elevado teor de ácidos gordos essenciais ómega-3 ajuda a reduzir os processos inflamatórios no organismo e o seu consumo deve ser repetido várias vezes durante a semana.

Fruta

laranja e vitamina C melhorsaude.org

São exemplos de frutas com propriedades anti-inflamatórias as seguintes:

  • Framboesas;
  • Amoras;
  • Mirtilos;
  • Cerejas;
  • Maçãs;
  • Laranjas;
  • Kiwi;
  • Romã;
  • Abacaxi;
  • Abacate

Têm um baixo teor de gordura e de calorias e são muito ricos em antioxidantes. Os frutos vermelhos, como as cerejas, amoras ou mirtilos têm uma forte presença de antocianinas, pigmentos que conferem cor e que combatem inflamações crónicas.

Gengibre

gengibre melhorsaude.org

Além de estar associado à prevenção de náuseas e vómitos, está também provado que a ingestão de gengibre permite reduzir os níveis de inflamação, seja ela aguda ou crónica, como no caso da artrite reumatoide, por exemplo. O gingerol é uma das substâncias ativas presentes no gengibre com ações benéficas para o organismo, sendo antioxidante e anti-inflamatório.

Açafrão

Açafrão curcuma curcumina melhorsaude.org melhor blog de saude

açafrão é extraído dos pistilos de flores de Crocus sativus, uma planta da família das Iridáceas. É utilizado desde a Antiguidade como especiaria, principalmente na culinária do Mediterrâneo — região de onde a variedade é originária — na preparação de risotos, aves, caldos, massas e doces. É um ingrediente essencial à paella espanhola.

Há séculos que o açafrão é também utilizado com fins medicinais. Historicamente foi utilizado no tratamento do cancro e de estados depressivos. Estas aplicações têm sido pesquisadas atualmente.

Efeitos promissores e seletivos contra o cancro têm sido observados in vitro e in vivo, mas não ainda em testes clínicos. Efeitos antidepressivos também foram encontrados in vivo e em estudos clínicos preliminares. Há portanto interessantes perspectivas de uso dos extratos de açafrão na fitoterapia racional.

Açafrão: Quais os benefícios estudados?

De seguida descrevo estudos sobre alguns dos mais importantes benefícios do açafrão, incluindo benefícios no cancro do pancrêas e do fígado, inflamação crónica, diabetes, inflamações pulmonares virais, Alzheimer, disfunção vascular e cicatrização de feridas.

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Concluindo

A qualidade da nossa alimentação é cada vez mais de importância preponderante para evitarmos inumeras doenças graves que a comunidade científica vem ligando de maneira clara ao aparecimento de certas doenças como o cancro.  Não se trata nunca de comer quantidade imensas destes alimentos mas sim introduzi-los de forma variada, mas quotidiana, na nossa alimentação. A variedade alimentar é essencial e nunca podemos confiar apenas em dois ou três alimentos mesmo que sejam excelentes.

Outro factor de enorme importância é a fonte produtora destes alimentos e este é provavelmente o maior problema! De que serve comermos tomates, mirtilos, frutos secos, alfaces…etc para depois descobrirmos que têm aditivos, conservantes, corantes, vestigios de pesticidas e medicamentos que nos fazem ainda pior?! Não é fácil mas o que pode fazer é apenas ler o rótulo e informar-se o mais possivel sobre os padrões de qualidade e certificação das empresas produtoras ou claro ter a sua própria horta!

Para terminar nunca é demais relembrar o efeito anti-inflamatório do exercício físico. Neste particular a comunidade científica tem vindo a descobrir uma relação muito benéfica com o exercício de curta duração mas alta intensidade tais como:

  • Levantamento de pesos
  • Corrida de velocidade
  • Dança

Se não puder fazer nenhuma das três acima referidas todos os exercícios de curta duração que façam aumentar a sua pulsação em 50% têm um efeito anti-inflamatório. Um exemplo simples, fácil e acessivel é subir e descer escadas ou andar rapidamente!

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

Fontes:

  • Dr. David B Agus, médico oncologista  e investigador;
  • The American Journal of Clinical Nutrition.

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