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CÃO E AMIGO 20 RAZÕES DE SAÚDE PARA TER UM CÃO !

Cão… será o nosso melhor amigo? Será que ter um cão faz bem à saúde ? Descrevo 20 argumentos científicos para fortalecer a sua opinião e descobrir ou confirmar porque é tão especial ter um cão! Este post é muito especial! Leia até ao fim para saber porquê!

20 razões de saúde para ter um cão !

Alergias, ter um cão provoca menos alergias

Os estudos mostram que as crianças que vivem com cães têm menos alergias. O sistema imunitário das crianças com cães entra em contacto mais cedo com vários alergénios do meio ambiente transportados pelo cão fazendo com que sejam reconhecidos e tolerados pelo nosso organismo e evitando o aparecimentos de muitas alergias.

Além disso é muito mais habitual os humanos serem alérgicos ao pelo do gato do que ao pêlo do cão.

Humor: Ter um cão melhora o humor

Ter cão reduz a ansiedade e o stresse associado. Ajudam a baixar os níveis de cortisol (hormona que origina irritabilidade) e aumentam os de serotonina (neurotransmissor que melhora o humor).

Coração, faz bem ter um cão

Os donos de cães que tiveram ataque cardíaco têm uma taxa de recuperação superior à média e uma menor taxa de mortalidade por doença cardíaca. Não há dúvidas, ter cão faz bem à saúde cardíaca.

Tensão arterial o cão ajuda

Ter cão ajuda a baixar os níveis de cortisol (hormona que origina irritabilidade) e aumentar os de serotonina (neurotransmissor que melhora o humor) isso provoca também uma queda da tensão arterial nos doentes hipertensos.

Exercício físico, mais atividade

Os cães têm de brincar e passear, certo? Então os donos de cães têm em média mais tempo de exercício pelo que basta 30 minutos de caminhada para baixar o risco de muitas doenças.

Colesterol e triglicéridos

Estudos mostram que os donos de cães tendem a ter menores níveis de colesterol e triglicéridos. Os investigadores julgam que tal acontece por serem mais ativos.

Depressão, o cão combate a depressão

Tratar de cães leva à libertação de serotonina e dopamina que são neurotransmissores com ação antidepressiva. Além disso os cães são óptimos ouvintes!

Terapia: Podem ser terapeutas profissionais

Muitos conselheiros usam cães nas sessões de terapia e há muitas organizações que também os usam para tratar inúmeras deficiências quer físicas quer cognitivas.

Cancro: Parceiros no cancro

Há investigação, sobre o cancro, a ser realizada  quer nos humanos quer nos cães. Como os cães podem desenvolver tipos de cancro semelhantes aos humanos, a investigação beneficia ambos. Além disso estudos provam que cães devidamente treinados podem detetar pelo olfato alguns tipos de cancro como é o caso do cancro colorretal e da tiroide, alertando precocemente o seu dono para a necessidade de se deslocar ao médico.

Sentido de comunidade

Os donos de cães adoram conversar uns com os outros sendo por isso um ótimo argumento para começar conversas e ajudar os mais tímidos  a deixar o habitual isolamento.

Ossos mais fortes

Passear o cão é uma atividade física ligeira que envolve a utilização da nossa força em proporção do peso do cão, que fortalece as nossas articulações e os músculos e por essa via torna os nossos ossos mais fortes por estes ficarem mais protegidos.

Açúcar no sangue e deteção hipoglicémias

É necessário algum treino mas os cães, através do olfato, podem detetar e alertar os seu donos quando o nível de açúcar no sangue destes começa a baixar para níveis perigosos o que permite aos seus donos comerem algo antes que aconteça um desmaio.

Namorar… aumenta as possibilidades de namoro!

Nos Estados Unidos existem comunidades de donos de cães que marcam encontros para possível namoro.  Seja qual for o país é fácil perceber que alguém que tem um cão terá desde logo uma afinidade suplementar com quem também tenha cães, aumentando as possibilidades de namoro… e claro…geralmente… namorar faz bem à saúde!

Desordem de Hiperatividade com Défice de Atenção  (DHDA)

Os cães podem ajudar quem sofre de hiperatividade, DHDA a planear, a concentrar-se mais, a aliviar o stresse, a exercitar-se, a libertar o excesso de energia e até mesmo a adormecer melhor.

Afasia, o cão ajuda os doentes

A afasia é um distúrbio da linguagem que afeta a produção ou a compreensão da fala e da habilidade de ler ou escrever.  A Afasia é resultado de uma lesão no cérebro, mais comumente resultado de um acidente vascular cerebral. Os cães podem ser treinados para perceber e executar uma serie de instruções aumentando a confiança destes doentes pelo facto de se fazerem entender.

Dores crónicas menos agressivas

Os doentes com dores crónicas que reagem bem à aplicação de calor local podem tirar vantagem do calor corporal do cão para sentir algum alivio nas suas dores crónicas locais.

Autismo, estímulo sensorial para crianças autistas

Um cão amigável e carinhoso ajuda as crianças autistas a tolerarem a sensação de algo encostado à sua pele. Podem também proporcionar-lhes algo para se concentrarem no meio de um ambiente confuso e ás vezes avassalador.

Artrite, o cão apoia o doente

O exercício físico ligeiro como arremessamento de objetos para o cão ir buscar e devolver ao dono além de divertido ajuda as pessoas com artrite.

Sistema imunitário fica mais forte

Estudos mostram que crianças criadas com cães têm níveis mais elevados de alguns marcadores orgânicos associados a um sistema imunitário mais eficaz.

Epilepsia e donos de cães mais protegidos

Os cães podem ser treinados para ladrar quando o seu dono com epilepsia está a ter um ataque ou convulsão. Outros podem ser treinados para se encostarem ao corpo do seu dono e evitar que este tenha mais lesões traumáticas durante a convulsão.

Este é um post especial:

Este post é verdadeiramente especial para mim! A inspiração para abordar este tema surgiu depois em 2017 a família me convencer que era bom para nós, como família, adotar um cachorro recém nascido que tinham conhecido e que de outra forma poderia ter um final triste! Era lindo diziam os filhos e a esposa…!  Lá fui dizendo que um cão é como uma “pessoa especial”, percebe tudo, é amigo, fiel, meigo e emotivo… e nós, depois de o aceitar em nossa casa, não o podíamos desiludir! Por isso pensem muito bem antes de avançar, disse eu!

A “Maia” que serve de foto de capa a este artigo é uma cadela especial e já faz parte da nossa família! Entretanto o Hercules recolhido de uma mata próxima também passou a ser da família 🙂 e claro são amigos inseparáveis…!

O que posso testemunhar é que sem dúvida toda a família está mais FELIZ! Ela é a capa deste post!

Este post ainda tem muito para ler!

NO FINAL 50 ARTIGOS EXTRAORDINÁRIOS GRÁTIS!

Fique bem!

Franklim Fernandes AUTOR DO BLOG MELHORSAUDE.ORG

Cão deteta cancro da tiroide

ter um cão melhorsaude.org

Cancro da tiroide pode ser detetado por cães especiais

Introdução

Um cão treinado por investigadores norte-americanos conseguiu detetar o cancro da tiroide em pessoas não diagnosticadas, segundo um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos, em San Diego.

O cão, um pastor alemão chamado Frankie, acertou o diagnóstico em 88,2% dos casos farejando a urina de 34 pessoas que participaram na experiência.

Tiroide

Localização da Tiroide

Porque são especiais os cães?

Os cães têm um olfato dez vezes mais sensível que o do homem, por isso a equipa de investigadores acredita que “os médicos poderiam utilizar cães treinados para detetar a presença de cancro da tiroide ainda em estádios iniciais”, disse Donald Bodenner, especialista em endocrinologia oncológica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Arkansas e autor principal do estudo.

No entanto, Donald Bodenner não sugere que sejam tomadas decisões de tratamento dos pacientes apenas a partir do diagnóstico canino, adiantando que a precisão do cão foi ligeiramente inferior a uma biópsia por aspiração com uma agulha fina, o método habitual.

Como foi treinado o cão?

Para o estudo, a equipa treinou previamente Frankie para que este reconhecesse o odor que liberta o tecido tiróideo com cancro a partir de amostras extraídas de múltiplos pacientes.

Posteriormente, os investigadores deram-lhe a cheirar as amostras de urina de 34 pacientes antes de se submeterem a uma biópsia dos nódulos tiróideos, em que 15 pessoas foram diagnosticadas com cancro e 19 deram negativo.

Frankie, que foi treinado para deitar-se quando identifica o cancro, acertou em 30 dos 34 casos.

Os investigadores indicaram que preveem ampliar o seu estudo e colaborar com a Faculdade de Veterinária da Universidade de Auburn, uma vez que a deteção de odores por parte de cães tem a vantagem de ser um método não invasivo e de baixo custo.

Fonte: Agência LUSA

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MORDIDAS DE ANIMAIS e ter cão melhorsaude.org

Mordidas e arranhões de animais? O que fazer?

Se for mordido ou arranhado por um animal, a ferida poderá infetar. Limpe a ferida imediatamente e procure ajuda médica o mais rápido possível.

Mesmo que o animal pertença à sua família, deve seguir estes procedimentos:
  • Lave muito bem a ferida com água e sabão.
  • Pressione a área para interromper a hemorragia.
  • Quando a hemorragia parar, aplique um creme com oxido de prata na ferida para evitar infeções.
  • Cubra a mordida ou o arranhão com uma ligadura limpa.
  • Obtenha socorro médico no mesmo dia se possível.

Muitas mordidas são ferimentos que podem ficar infetados se não forem bem limpos. No caso da necessidade de pontos, eles devem ser feitos nas primeiras 12 horas após uma mordida.

Como tratar mordidas de pessoas?

Pois é… os humanos também ferram uns aos outros! Mordidas de humanos devem ser tratadas com os mesmos primeiros socorros e urgência de socorro médico que mordidas de animais. Se for uma criança deverá tomar a vacina contra o tétano se não tiver tomado nos últimos cinco anos. Se for um adulto precisa da vacina a cada 10 anos.

Siga o tratamento indicado pelo seu médico. Todos os dias, até a cicatrização completa da ferida, remova a ligadura e verifique a ferida. Limpe a ferida com água e sabão e coloque uma ligadura limpa até que a ferida fique boa.

Quando devo ligar ao médico?

Ligue ao seu médico se:

  • A ferida ficar vermelha, inchada, quente ao toque ou mais dolorida.
  • Aumentar a secreção ou a ferida exalar mau cheiro.
  • Houver febre de mais de 38 graus C, medida pela boca.

O que devo fazer em relação ao animal?

  • Ligue ao médico imediatamente se não conhecer o dono do animal que mordeu . O animal pode ter raiva.
  • Se o animal for doméstico, tente encontrar o dono. Descubra se o animal é vacinado contra raiva e a data em que foi vacinado. O médico precisa saber estes detalhes para planear o tratamento.
  • Se possível, coloque o animal numa área cercada e longe das pessoas e de outros animais durante 10 dias. Observe se há mudanças no seu comportamento. Não tente prender um animal selvagem ou feroz. Chame a polícia ou o centro de controle de zoonoses.
  • Se for mordido por morcegos ou dormiu num local com um morcegos, deve consultar um médico.

Como agir em segurança com animais?

  • Nunca incomodar um animal quando ele estiver a comer.
  • Não puxar as orelhas ou o rabo do animal.
  • Pegar o animal ao colo devagar.
  • Lavar as mãos depois de brincar com um animal.
  • Não alimentar animais selvagens ou desconhecidos.
  • Crianças pequenas não devem colocar as mãos em gaiolas ou aquários.
  • Manter animais com guias e coleiras.

O que fazer se um cão ameaçar atacar?

  • Nunca grite nem corra.
  • Permaneça parado com as mãos nas laterais do corpo. Evite olhar nos olhos do cão. Quando o cão perder o interesse por si, ande lentamente para trás até que o cão saia do campo de visão.
  • Se o cão atacar, coloque o seu casaco, mochila ou qualquer outro objeto entre você e o cão.
  • Se você cair ou for derrubado, encolha-se formando um círculo, com as mãos sobre os ouvidos, e não se mexa. Tente não gritar nem rolar para os lados.
  • Afaste-se sempre que um cão estiver rosnando ou começar a rosnar quando se aproximar dele. Nunca corra!

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40 FACTOS FASCINANTES SOBRE O CÃO

  • A relação entre os seres humanos e os cães como animais de estimação remonta a 12.000 anos
  • Nem tudo é preto ou branco para os cães. Os cães têm dois cones nos olhos, o que lhes permite ver as cores na escala de azul e amarelo
  • Se não forem esterilizados ou castrados, um cão podia reproduzir a sua prole até 66.000 durante  seis anos.
  • Os cães podem entender até 250 palavras e gestos!
  • Estima-se que 1.000.000 cães tenham sido mencionados na herança e vontade final dos seus donos nos EUA.
  • A música dos Beatles, A Day in the Life, tem um apito no final. O apito foi incorporado especialmente para o cão de Paul McCartney.
  • Border Collie, são os viciados no trabalho no mundo dos cães, e são também considerados a raça mais inteligente.
  • O galgo afegão, pelo contrário, é considerado o cão menos inteligente.
  • A famosa raça São Bernardo tem este nome devido ao Grande São Bernardo Hospice, localizado nos Alpes suíços. O sanatório usa estes gentis gigantes para resgatar as vítimas das tempestades nos Alpes.
  • O faro de um cão é 10.000 a 100.000 vezes mais forte do que o dos humanos.
  • Rin Tin Tin foi o primeiro cão a entrar num filme de Hollywood.
  • A raça Basenji é a única que não late.
  • Zeus, um dogue alemão de Michigan, EUA, foi nomeado o cão mais alto do mundo pelo Guinness World Records em 2012 e 2013 com 1,12 metros de altura e 70 kg.
  • Ossos caninos enterrados no sítio de Koster em Greene County, Illinois, EUA, com uma idade estimada de 8.500 anos, sugere que o cão é uma evolução do lobo.
  • O terrier checo é a raça mais rara, com 350 deles ainda vivos.
  • Os cães conseguem reconhecer o cheiro de uma gama de compostos orgânicos, o que lhes permite diagnosticar sinais de cancro, diabetes e ataques epiléticos em seres humanos
  • Uma série de incidentes envolvendo o colapso de postes de iluminação na Croácia em 2003 foram atribuídos aos efeitos da urina dos cães que são corrosivos.
  • Os galgos conseguem atingir velocidades superiores a 70 quilómetros por hora.
  • Um cão pode localizar a origem de um som em 6/ 100 de um segundo, usando as orelhas como radar.
  • A raça Pequinês foi usada como última linha de defesa dos imperadores chineses. Os cães escondiam-se nas mangas dos imperadores.
  • O Presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt enviou 15.000 dólares para ir buscar o seu cão Scottie.
  • Na Russia, os cães usam o metro para procurar comida em áreas mais populosas.
  • Um estudo realizado em 2009 pela professora Alexandra Horowitz descobriu que os cães tendem a sentir-se culpados quando sabem que estão a fazer algo de errado.
  • Atualmente, existem 339 raças de cães reconhecidas, de acordo com a Organização Mundial Canina.
  • Medindo apenas 10 cm de altura, Boo Boo, um Chihuahua,foi declarado o cão mais pequeno do mundo pelo Guinness World Records em 2010.
  • Devido a uma membrana especial, chamada de tapetum lucidum, os cães são capazes de ver no escuro.
  • Chihuahuas devem o seu nome a um Estado no Mexico onde foram descobertos.
  • A Bíblia sagradas menciona cães 14 vezes.
  • Os cães enrolam-se durante o sono para proteger os seus órgãos vitais e o abdómen dos predadores.
  • Uma recompensa de 300.000 US dólares foi doada aos cães da Alfândega Americana, Rocky e Barco, pela sua eficiência na apreensão de um cartel de drogas na fronteira com o México.
  • Laika foi a primeira cadela a ser enviada ao Espaço num satélite soviético em 1957.
  • ‘Max’ é o nome mais popular do mundo para chamar aos cães.
  • Em estimativa, 62% das casas americanas têm cães — isso é aproximadamente 72.9 milhões de casas!
  • Se apanhar o seu cão a contorcer-se ou a mover as patas enquanto dorme, pode estar seguro de que ele está a sonhar.
  • Os cães são capazes de prever mudanças de tempo. Assim, se o seu cão está agindo de forma estranha pode ter que ver com uma tempestade que aí venha.
  • Existem aproximadamente 525 milhões de cães no planeta.
  • Os cães têm capacidades terapêuticas e são usadas na terapia desde 1700.
  • A maioria das espécies caninas têm mais ou menos 18 músculos para mover, inclinar e girar as suas orelhas.
  • Serem abraçados não é um dos carinhos preferidas dos cães, pois consideram o gesto como sinal de domínio.
  • Em geral, um cão vive entre oito e quinze anos.

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RECURSOS ÚTEIS

Como dar banho ao cão de forma correta?

O que vou precisar de ter à mão?

Dar banho é um dos cuidados básicos do cão. Vejamos o que é necessário para um bom banho do seu cão:

1.Champô (para cão)
2.Escova e/ou pentes
3.Toalhas para secar o seu cão
4.Secador de cabelo

Antes de iniciar o banho tenha o champô, as escovas e as toalhas ao seu alcance. Se possível vista uma roupa que não se danifique com a água ou coloque um avental, pois é possível que possa ser salpicado nesse processo!

Como convencer os cães que não gostam de tomar banho?

Acostume o seu cão ao contacto com a água desde pequeno, de forma a que quando ele crescer, o banho seja mais agradável para o dono e para o animal. Se o seu cão for daqueles que fogem assim que sente ou ouve água a correr, a adaptação ao banho deve ser gradual. Brinque com ele. Quando ele não se incomodar com a água, comece a molhá-lo primeiro com a mão, só depois com o chuveiro. A água deve estar sempre morna para ele não sentir frio.

Qual o melhor champô para o seu cão?

A melhor opção é utilizar um champô para cão, neutro, indicado para todos os tipos de pele. Nunca utilize champô para humanos, pois a pele e o pêlo dos cães têm características diferentes da sua (pH). Os cães com pêlo mais longo precisam de champô condicionador (mais uma vez próprio para cães).

Como começar e terminar o banho?

Depois de molhar o cão, aplique uma pequena quantidade de champô de forma a evitar o contacto com os olhos ou orelhas. Comece por esfregá-lo na coluna, sob a barriga, as pernas, a cauda e, por fim, a cabeça, não esquecendo a parte inferior. Lave com o chuveiro ou um jarro de água morna, evitando novamente a zona dos olhos e a parte interna das orelhas.

Utilize as mãos para ajudar a remover o champô.

Seque muito, muito bem o seu cão. Não pode ser num sítio onde haja corrente de ar. Enrole-o na toalha e esfregue-o, para absorver bem a água. Use mais do que uma toalha se necessário e se tiver aquecedor de toalhas, não hesite. Se ele ficar húmido, vai ter frio e detestará o banho.

A escolha de produtos de higiene adequados é fundamental.

Finalmente lembre-se sempre que os cães são muito Amigos e emocionalmente sensíveis pelo que merecem o nosso melhor carinho :)

Fonte: Globlavet

Fique bem!

Franklim Fernandes

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BIBLIOTECA SOBRE SAÚDE ANIMAL

A biblioteca melhorsaude animal é um recurso excecional porque contém dezenas de artigos em pdf, elaborados por veterinários, sobre os mais variados e comuns temas de saúde animal, incluindo animais domésticos, como cães e gatos, mas também animais de criação como bovinos, suínos e aves.

Artigos grátis disponíveis na nossa área reservada:

  • Como fazer a desparasitação externa do cão?
  • Como fazer a desparasitação interna do cão?
  • O cachorro, que cuidados deve ter?
  • Quais os medicamentos perigosos para o gato?
  • Como controlar as pulgas?
  • Como proteger a saúde do cão?
  • Como proteger a saúde do gato?
  • Qual a melhor alimentação para o cão?
  • Como administrar medicamentos a gatos?
  • Afeções do trato urinário inferior dos felinos
  • Otites externas
  • O que deve saber sobre a contraceção na gata?
  • Doenças de pele dos cães e dos gatos
  • Osteoartrite em cães e gatos
  • Como fazer a higiene oral dos animais de companhia?
  • Diarreia no cão e no gato, como tratar?
  • Doenças oftalmológicas em cães e gatos
  • Afeções respiratórias em gatos
  • Insuficiência cardíaca canina
  • Intoxicação do cão pela lagarta do pinheiro
  • Alimentação dietética preventiva em cães
  • Intoxicação do gato por utilização incorreta de antiparasitários externos
  • Envenenamento em animais de companhia
  • O cão de caça, que cuidados deve ter?
  • O cão sénior, que cuidados deve ter?
  • Parvovirose
  • Toxoplasmose
  • Leishmaniose
  • Dirofilariose
  • Reprodução dos animais domésticos
  • Animais de produção
  • A mastite da vaca leiteira
  • A diarreia neonatal do leitões
  • A diarreia em vitelos
  • O ectima contagioso dos cabritos e dos borregos
  • Doenças dos coelhos
  • Doenças dermatológicas dos coelhos
  • Doenças das aves de capoeira
  • Coccidiose das galinhas
  • Os pombos, cuidados a ter
  • Pneumonia nos bovinos
  • Doenças respiratórias dos suínos
  • Distúrbios alimentares dos ruminantes
  • Peeira dos pequenos ruminantes
  • Desparasitação de pequenos ruminantes
  • Cólicas em equídeos
  • Desparasitação em equinos
  • Língua azul

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DOENÇAS TECNOLÓGICAS TODA A VERDADE!

Doenças tecnológicas o que são? São várias as doenças das novas tecnologias. Conheça quais e proteja-se… use mas não abuse do seu “gadget”… seja ele smartphone, tablet, computador…ou todos ao mesmo tempo !

iPosture

Nome dado ás dores de pescoço e na zona inferior da coluna, causadas pelo excesso de tempo com as costas curvadas ao usar um smartphone, tablet ou computador.


Eritema ab igne

Provocado por trabalhar com o portátil ao colo. Trata-se de uma reação cutânea que provoca vermelhidão e manchas na zona das coxas e é causada pelo aquecimento excessivo do aparelho pousado no colo.


Nomophobia 

É a fobia ou medo de não ter o telemóvel e afeta uma percentagem significativa da população. Traduz-se numa ansiedade manifestada por suores, tremores e náuseas.


Tendinite do polegar

Patologia causada pelo  uso excessivo do polegar para escrever mensagens, podendo originar dor, dormência ou sensação de latejar.


Síndrome de vibração fantasma

Afeta 70% dos utilizadores de telemóvel…!  Trata-se de acreditar que o telemóvel está a vibrar ou a tocar quando não está…!


Insónia

Tal como com a televisão, a utilização do smartphone ou tablet antes de dormir altera os ciclos de sono porque as luzes impedem a libertação de melatonina, não nos deixando adormecer.


Doenças tecnológicas como se proteger?

1. O tempo de utilização do smartphone, tablet e computador deve ser reduzido e adequado ás necessidades, protegendo assim a sua visão e evitando as patologias acima descritas.

2. Prefira falar com as pessoas em vez de utilizar o sms, chat ou email.

3. Quando está sentado em frente ao computador sente-se de costas direitas e levante-se a cada 20 minutos, rolando os ombros e pescoço ou caminhando um pouco . Se puder pratique exercício físico de forma regular pois este melhora muito a sua postura.

4. Está “totalmente proibido” de usar o smartphone, tablet ou computador antes de se deitar.

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Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

melhorsaude.org

DEPRESSÃO E ANSIEDADE DIFERENÇAS E PERIGOS!




Depressão e ansiedade são facilmente confundidas. Existem situações, no âmbito das perturbações mentais, em que ambas se parecem sobrepor ou até mesmo coexistir. Em outros casos, uma pode ser produto de outra – muitas vezes a depressão surge de casos graves de ansiedade crónica. O diagnóstico correto é essencial de forma a poder proceder-se ao tratamento e à recuperação adequada.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • O que é a ansiedade?
  • Que tipos de ansiedade existem?
  • O que é a depressão?
  • Quais os sintomas de alarme  para a ansiedade?
  • Quais os sintomas de alarme  para a depressão?
  • Como acalmar a ansiedade?

O que é a ansiedade?

A ansiedade pode manifestar-se através de sintomas físicos e psicológicos. É normalmente caracterizada por uma preocupação excessiva face a uma situação futura. Não se vive bem o presente, sempre com inquietação pelo futuro. Quando controlada, é uma reação natural do organismo a possíveis ameaças, que permite que nos mantenhamos alerta para qualquer perigo que possa surgir.

No entanto, por vezes a ansiedade apresenta-se de forma intensa, prolongada e sem causa aparente. Nestes casos, as pessoas tendem a isolar-se e a evitar quaisquer situações que considerem perigosas, mesmo quando não o são.

Que tipos de ansiedade existem?

De forma simples a ansiedade pode ser de dois tipos:

  • Generalizada e constante;
  • Específica, manifestando-se em situações especiais.

Em relação a situações específicas temos os seguintes exemplos mais comuns:

  • Ataques de pânico;
  • Perturbações obsessivo-compulsivas;
  • Agorafobia (medo de espaços abertos ou no meio de uma multidão);
  • Ansiedade social;
  • Stresse pós-traumático.

O que é a depressão?

A tristeza, tal como a ansiedade, é uma reação natural a certas experiências, tendendo a ser ultrapassada após um determinado período de tempo. O sentimento de tristeza pode, contudo, prolongar-se mais tempo do que o habitual, tornando-se um problema crónico e incapacitante que afeta as várias esferas da vida da pessoa que dela sofre.

Diferente de preocupação ou receio de situações futuras, a depressão é caracterizada por este sentimento de tristeza crónica. Existem vários fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento, tais como:

  • Predisposição familiar;
  • Acontecimentos desagradáveis ou traumáticos (situações de perda, separação, luto ou tragédia);
  • Personalidades mais introvertidas.

As mulheres, assim como os indivíduos com excesso de peso, baixa autoestima, vítimas de violência ou de outros acontecimentos perturbantes, têm também uma maior predisposição para desenvolver depressão. No entanto, esta também pode surgir sem motivo aparente ou no decorrer de um problema prévio de ansiedade.

Sinais de alarme de depressão ou ansiedade

Tanto a ansiedade como a depressão apresentam vários sintomas a nível físico e psicológico. No entanto, por serem doenças do foro psiquiátrico e se desenvolverem de uma forma gradual, podem ser de difícil diagnóstico.

Algumas manifestações possíveis de ansiedade:

  • Sensação injustificada de medo ou pânico;
  • Problemas de concentração;
  • Irritabilidade;
  • Insónias;
  • Dificuldade em respirar;
  • Palpitações;
  • Boca seca;
  • Náuseas;
  • Tensão muscular;
  • Tonturas.

A depressão, por sua vez, tende a provocar menos sintomas físicos. Alguns dos sinais mais comuns de depressão, são os seguintes:

  • Sensação persistente de tristeza;
  • Menor interesse por atividades do quotidiano, mesmo que antes fossem prazerosas;
  • Sensação de culpa ou falta de esperança para o futuro;
  • Fadiga crónica;
  • Insónias ou hipersónia (dormir em demasia);
  • Variações abruptas de peso;
  • Alterações ao nível da cognição ou seja memória, concentração e raciocínio;
  • Diminuição da autoestima e da autoconfiança.

Como acalmar a ansiedade?

Acalmar a ansiedade é mais fácil de dizer do que fazer! No entanto existem “ferramentas” comprovadamente eficazes, a saber:

  • Exercício físico – aumenta a libertação de serotonina que é um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer;
  • Massagens;
  • Acupuntura;
  • Ioga;
  • Meditação;
  • Controlar a respiração, inspirando calmamente pelo nariz e expirando pela boca, mas utilizando o diafragma e o abdómen em vez do tórax;
  • Evite pensamentos negativos e catastrofistas –  Sempre que um pensamento negativo se iniciar, devesse substituí-lo por outro pensamento qualquer, preferencialmente, agradável. Isto certamente não é fácil de ser feito, mas é possível e trata-se de um aspeto importante, pois os pensamentos e as falas negativas agravam a situação, intensificando as respostas autónomas, como o mal-estar e o descontrole respiratório;
  • Ingerir alimentos que sejam fonte de triptofano que é um aminoácido precursor da serotonina, como a banana e o chocolate, de forma moderada, para não ganhar peso. Outra possibilidade é ingerir o triptofano em cápsulas, junto com vitamina B6 e magnésio. Outros aminoácidos que podem ajudar são a taurina e a glutamina. Eles aumentam a disponibilidade de um neurotransmissor chamado GABA, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade. Eles também podem ser ingeridos em cápsulas, mas apenas com a orientação de um médico especialista.
  • Chás ansiolíticos – A maioria possui substâncias que funcionam como sedativos suaves e podem ajudar no controle da ansiedade diária. As plantas mais conhecidas e estudadas com essa ação são a passiflora, a melissa a camomila e a valeriana.

Depressão como ajudar? Qual o melhor tratamento?

Clique na imagem seguinte para conhecer respostas muito importantes:

DEPRESSÃO melhorsaude.org melhor blog de saúde

Concluindo

Tanto a ansiedade como a depressão podem fragilizar e afetar severamente a qualidade de vida e até “destruir algumas vidas”. Caso reconheça em si ou em alguém que lhe seja próximo alguns dos sintomas mencionados, procure ajuda médica.

Fique bem

Franklim Fernandes

Fonte: Saúde CUF;

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DOR NO OMBRO SERÁ SINAL DE PERIGO?



Dor no ombro será sinal de perigo? Uma dor no ombro pode simplesmente ser de origem traumática, inflamatória, muscular ou articular mas também pode ser sinal de que um ataque cardíaco ou enfarte do miocárdio poderá estar para breve. Se a esta dor se juntarem sintomas de falta de ar, náuseas, indigestão ou azia, o melhor é correr para o médico mais próximo.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Qual a anatomia do ombro?
  • Dor no ombro qual a origem?
  • Causas traumáticas e não traumáticas quais as mais frequentes?
  • Desporto e lesões do ombro quais os desportos mais perigosos?
  • Calcificação do tendão quais os tratamentos?
  • Artrose do ombro o que é? Como diagnosticar?
  • Dor no ombro pode preceder um ataque cardíaco?
  • Ataque cardíaco ou enfarte do miocárdio o que é?
  • Quais as causas de um ataque cardíaco?
  • Quais as possíveis sequelas permanentes?
  • Existe tratamento para um ataque cardíaco?
  • Enfarte do miocárdio quais os sintomas?
  • Quais os fatores de risco associados ao enfarte do miocárdio?
  • Diagnóstico como é feito?
  • Tratamentos quais os melhores?
  • Quais as complicações da doença?
  • O que fazer se estiver sozinho e tiver sintomas de enfarte?
  • Como evitar o desmaio?
  • Como tentar regularizar o ritmo cardíaco?

Anatomia do ombro

A articulação do ombro é uma das mais complexas do corpo humano, porque permite o maior grau de liberdade de movimentos. O ombro, ou melhor, a cintura escapular é composta por 3 ossos:

  • Escápula ou omoplata,
  • Clavícula,
  • Úmero (osso do braço).

Anatomia do ombro melhorsaude.org melhor blog de saude

Espaço subacromial e tendões do manguito rotador

O teto do manguito rotador é formado por uma proeminência da escápula, chamada de acrômio. Esse osso pode ter diferentes formatos: reto, curvo ou ganchoso. Os formatos curvo ou ganchoso podem predispor a alterações, como a síndrome do impacto ou as lesões dos tendões do manguito rotador. O “chão” desse espaço subacromial é formado por uma proeminência chamada tubérculo ou tuberosidade maior. É nessa tuberosidade que se inserem os tendões supraespinal e infraespinal.

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A bursa

A bursa, por fim, é um tecido localizado entre esse teto (acrômio) e o chão (tendões do manguito rotador). É um bolsa de tecido lubrificante que diminui o atrito entre essas duas regiões. Apesar de sempre ser considerada como a causa dos problemas no ombro, a inflamação da bursa (bursite) é a consequência de alguma alteração biomecânica ou biológica do espaço subacromial.

Bursite no ombro melhorsaude.org melhor blog de saude

Dor no ombro qual a origem?

A dor no ombro, regra geral, tem duas origens:

  • Causas traumáticas
  • Causas não traumáticas.

Entre as causas inflamatórias não traumáticas temos como mais frequentes as seguintes:

  • Bursite do ombro
  • Tendinite do ombro

A articulação gleno-umeral é das que apresentam maior mobilidade, no entanto a dor no ombro nem sempre está associada com o movimento dessa articulação, pois muitos doentes referem sintomas agravados durante a noite impedindo-os de dormir para o lado do ombro afetado. Nestes casos a causa primária é a inflamação da articulação que provoca a dor e não o movimento.

Dor com causas traumáticas

Traumatismo direto do ombro

As principais causas traumáticas são as quedas com traumatismo direto do ombro, que originam com frequência:

  • Fraturas do úmero proximal
  • Luxações da acromioclavicular (geralmente em doentes mais jovens).

Luxação do ombro melhorsaude.org melhor blog de saude

Desporto e lesão do ombro quais os mais perigosos?

Alguns desportos causam com mais frequência traumatismos diretos do ombro, a saber:

  • Ciclismo e principalmente BTT
  • Râguebi
  • Futebol americano

Dor no ombro após queda

Como é óbvio uma queda pode resultar também numa lesão menos grave embora sempre com necessidade de tratamento cuidado. Assim algumas das lesões que também acontecem com frequência são:

  • Entorse com estiramento
  • Rotura das estruturas musculoligamentares envolventes.

Dor com causas não traumáticas

Entre as causas não traumáticas, tal como já referido, a bursite e a tendinite no ombro são mais comuns. Aparecem muitas vezes na sequência de:

  • Atividade laboral com movimentos repetitivos
  • Atividade desportiva com esforço excessivo

Entre as modalidade desportivas que causam mais dor não traumática do ombro temos:

  • Musculação e ginásio
  • Natação,
  • Voleibol,
  • Andebol,
  • Ténis.

Fadiga simples também pode ser acompanhada por dor muscular no ombro, mas trata-se sem necessidade de qualquer medicamento.

Calcificação ou tendinite calcificante

Tendinite calcificante da coifa dos rotadores ou simplesmente conhecida como calcificação do ombro caracteriza-se pela deposição de fosfato de cálcio que origina inflamação e crises dolorosas.

RX e a Ecografia são os métodos mais usados para validar o diagnóstico.

Dor por calcificação do tendão

Controlar estas crises dolorosas não é tarefa fácil! Alguns dos tratamentos mais usados são os seguintes:

  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINE´s),
  • Fisioterapia, com recurso a ondas de choque,
  • Cortisona intramuscular,
  • Infiltração subacromial ou a “barbotage” guiada por ecografia (picadas sucessivas com agulha, em Inglês “needling”), quando os métodos acima referidos não resultam,
  • Limpeza das calcificações por artroscopia quando todos os outros tratamentos falham.

Artrose no ombro ou omartrose

Omartrose ou artrose no ombro é causada pelo desgaste da cartilagem da articulação do ombro. Pode afetar apenas um ou os dois. As causas são semelhantes às que ocorrem noutras articulações do corpo humano.

Pode ser primária ou essencial quando resulta de alterações degenerativas  da idade ou secundária a outras patologias como:

  • Roturas da coifa,
  • Lesões traumáticas (fraturas da cabeça umeral ou da glenoide, luxação e instabilidades da glenohumeral),
  • Patologia reumatismal,
  • Necroses da cabeça umeral.

Ombro normal melhorsaude.org melhor blog de saude

Ombro com artrose melhorsaude.org melhor blog de saude

Enfarte ou ataque cardíaco e dor no ombro

Um dos sinais atípicos de um possível início de ataque cardíaco é uma dor no ombro difusa sem origem traumática. Assim vale a pena relembrar como identificar que podemos estar a ter um enfarte ou ataque cardíaco.

Ataque cardíaco, o que é?

Um ataque cardíaco ou enfarte do miocárdio ocorre quando o fluxo de sangue de uma parte do músculo do coração fica bloqueado. Se o fluxo sanguíneo não for restaurado rapidamente, essa secção do músculo cardíaco ficará danificada devido à falta de oxigénio e começará a morrer.

Um ataque cardiaco ocorre quando o fluxo de sangue de uma parte do músculo do coração fica bloqueado
Um ataque cardíaco ocorre quando o fluxo de sangue de uma parte do músculo do coração fica bloqueado

O ataque cardíaco é uma das principais causas de morte, tanto em homens como em mulheres.

O enfarte é definido como uma lesão isquemia do músculo cardíaco (miocárdio), que se deve à falta de oxigénio e nutrientes. Os vasos sanguíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósitos de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração.

As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstruí a artéria e deixa parte do coração sem “abastecimento” de sangue. É assim que ocorre o enfarte do miocárdio. Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reacção inflamatória local.

Localização das artérias coronárias e infarte do miocárdio
Localização das artérias coronárias e enfarte do miocárdio

O enfarte também pode ocorrer em vasos coronários normais quando as artérias coronárias apresentam um espasmo, ou seja, uma forte contração que determina um défice parcial ou total no abastecimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado por este vaso contraído.

Localização anatómica do pericárdio, epicárdio miocárdio e endocárdio
Localização anatómica do pericárdio, epicárdio miocárdio e endocárdio

Causas de um ataque cardíaco

A principal causa de um ataque cardíaco é a doença das artérias coronárias, onde existe a formação de placas de gordura nas paredes das artérias coronárias, que diminui o transporte de oxigénio e sangue ao coração.

Eventualmente, uma placa pode romper, causando coágulo sanguíneo na superfície da placa. Se o coágulo ficar muito grande, ele pode bloquear totalmente ou quase totalmente o fluxo de sangue rico em oxigénio para a parte do músculo cardíaco alimentado pela artéria.

Durante um ataque cardíaco, se o bloqueio na artéria coronária não for tratado rapidamente, o músculo cardíaco começa a morrer e a ser substituído por tecido cicatrizado. Este dano do coração pode não ser óbvio, ou pode causar problemas graves de longo prazo.

Causas em detalhe

O enfarte está mais frequentemente associado a uma causa mecânica, ou seja, à interrupção do fluxo sanguíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável pela sua irrigação.

O tamanho da área necrosada depende de vários fatores, tais como o calibre da artéria lesada, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento da circulação colateral. Esta, quando bastante extensa, é capaz de impedir a instalação de enfarte, mesmo em casos de obstrução total da coronária.

Pode também ocorrer por aumento do trabalho cardíaco relacionado com um aumento da pressão arterial.

Miocárdio privado de oxigénio
Miocárdio privado de oxigénio

Fatores de risco

Os fatores de risco mais importantes que aumentam a probabilidade de enfarte são os seguintes:

  • Colesterol LDL alto e HDL baixo
  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • Hipertensão arterial
  • Menopausa
  • Stress
  • Excesso de peso
  • Diabetes mellitus
  • História familiar ou predisposição genética
  • Idade
  • Alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.

Sintomas de enfarte do miocárdio

sintoma clássico é uma dor e aperto no lado esquerdo ou no centro do peito podendo irradiar para o pescoço ou para o braço esquerdo, porém em cerca de 15% dos casos, o sintoma pode ser atípico tal como:

  • Dor no lado direito do peito
  • Dor no ombro
  • Suor
  • Enjoo
  • Vómitos
  • Dor de estômago
  • Falta de ar
  • Tonturas
  • Palpitações ( arritmias )

Esta dor tem, habitualmente, duração superior a 10 minutos, pode ter diferentes intensidades ou ainda desaparecer  e voltar espontaneamente.

Infelizmente, nem todos os pacientes têm este sintoma. Os diabéticos, por exemplo, podem ter um enfarte sem apresentar dor.

Diagnóstico de enfarte do miocárdio

O diagnóstico é baseado em 3 fatores:

  • Quadro clínico,
  • Alterações no ECG (eletrocardiograma)
  • Doseamento de enzimas cardíacas que se alteram no enfarte do miocárdio.

Escolha sempre um médico da sua confiança para tratar os seus sintomas e para lhe auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares.

Tratamento para o ataque cardíaco

Atualmente há tratamentos para ataques cardíacos que salvam vidas e previnem incapacidades graves. O tratamento é mais eficiente quando começa dentro de 1 hora após os sintomas do ataque cardíaco.

Tratamentos disponíveis

Qualquer que seja o tratamento escolhido pelo médico que vai prestar assistência ao paciente com enfarte, o ideal é que ele comece dentro das primeiras 6 horas após o início da dor.

Quanto mais precoce, maior é a possibilidade de ser restabelecido o fluxo sanguíneo e de oxigénio nas artérias coronárias, evitando as complicações decorrentes da necrose do músculo cardíaco.

Pontos importantes do tratamento são:

  • Alívio da dor
  • Repouso para reduzir o trabalho cardíaco
  • Administração de agentes trombolíticos para melhorar o fluxo sanguíneo

A administração de oxigénio em fluxo contínuo nas primeiras seis horas, reduz a dor associada à baixa concentração de oxigénio circulante. O uso de drogas que reduzem o uso de oxigénio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra menos isquemia (ausência de sangue).

A probabilidade aumentada de complicações no período de 72 horas, após o enfarte,  justifica a monitorização contínua.

Superada esta fase, o paciente é encaminhado para um quarto restringindo-se o número de visitas. Progressivamente, ele pode sentar-se durante breves períodos, começa a deambular por volta do quarto ou quinto dia.

Esta mobilização precoce melhora sensivelmente o bem-estar, além de reduzir a incidência de tromboembolia. Mas o paciente deve ser acompanhado de perto para detetar possíveis alterações consequentes a esta atividade física.

A dieta será liberada à medida que as condições clínicas permitirem, devendo ser hipocalórica e hipossódica (com pouco sal).

As evacuações não devem significar esforço para o paciente, usando, se necessário, laxantes suaves.

Os tranquilizantes podem ser utilizados para amenizar a angústia de alguns doentes, mas com muito cuidado, já que esses medicamentos podem aumentar a frequência cardíaca e a pressão sistólica.

Sequelas e complicações

Problemas graves relacionados com ataque cardíaco podem incluir:

  • Insuficiência cardíaca
  • Arritmias cardíacas potencialmente fatais.

Insuficiência cardíaca é uma condição na qual o coração não consegue bombear sangue suficiente pelo corpo.

Fibrilação ventricular é uma arritmia séria que pode causar morte se não for tratada rapidamente.

De forma resumida, as principais complicações do enfarte são:

  • Arritmia cardíaca
  • Choque cardiogénico
  • Insuficiência respiratória
  • Insuficiência renal
  • Paragem cardiorespiratória

As complicações mais letais são as arritmias, que podem ocorrer, mais frequentemente, nas primeiras 24 horas após o enfarte.

Por isso, é importante que, idealmente, pelo menos 72 horas, os pacientes fiquem sob cuidados médicos em unidades de tratamento intensivo, onde recebem todos os cuidados necessários para detetar precocemente e tratar essas arritmias, através de uma monitorização contínua das complicações do enfarte.

O que fazer se estiver sozinho?

Muitas pessoas estão sozinhas quando têm um ataque cardíaco. Sem ajuda, a pessoa sente o  coração a bater de forma irregular e começa a sentir-se fraca tendo apenas alguns segundos antes de desmaiar.

Para evitar o desmaio e tentar regularizar o ritmo cardíaco, deve:

  • Tossir repetidamente com bastante força
  • Respirar bem fundo antes de tossir e a tosse deve ser forte e prolongada, vinda do fundo do peito.
Uma inspiração e uma tosse devem ser repetidas a cada 2 segundos sem parar, até que chegue ajuda, ou que sinta que o coração voltou a bater normalmente.  As inspirações profundas trazem oxigênio para os pulmões e os movimentos de tossir “bombeiam” o coração e mantêm o sangue a circular.

Esta pressão no coração também faz com que ele volte a bater normalmente e dessa maneira a vítima tem tempo de chegar ao hospital.

Se reconhecer algum destes sinais, ligue o 112 imediatamente!

Concluindo

Este é sem dúvida um dos artigos que pode poupar muitas vidas se esta informação for passada para o público em geral. Todos os anos milhares de pessoas podiam ser salvas se soubessem reconhecer a tempo sintomas simples que não deixam muitas dúvidas sobre o que lhes pode estar a acontecer. A rapidez da assistência médica é essencial mas,  para ser eficaz, doentes e famílias têm de saber reconhecer os sintomas a tempo!

Uma dor no ombro é na maioria das vezes um sintoma de problemas musculares ou articulares mas em alguns casos pode ter origem cardiovascular sendo neste caso um evento de extrema gravidade que no entanto pode salvar-lhe a vida se for valorizado a tempo! A única forma de ter a certeza é procurar apoio médico urgente. Não arrisque principalmente se tiver fatores de risco cardiovasculares tais como colesterol alto, história familiar de pais ou irmãos com eventos cardíacos, excesso de peso, hipertensão, diabetes e picos de ansiedade entre outros fatores. Proteja-se… pela sua saúde e pelo afeto que tem aos que lhe são mais próximos!

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes



OLHOS ASTIGMATISMO MIOPIA E DOENÇAS COMUNS



Doenças dos olhos quais as que têm uma prevalência importante na população? Astigmatismo, miopia, cataratas, estrabismo, hipermetropia, ceratocone quais as mais comuns? Quais as diferenças? Quais os tratamentos? Como proteger os seus olhos? Quando deve consultar o oftalmologista? A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia aconselha os adultos saudáveis a fazer pelo menos uma visita ao oftalmologista entre os 20 e os 40 anos, para aferir a saúde dos seus olhos, desde que não surjam sintomas.

As pessoas diabéticas, ou com outras doenças que sejam um factor de risco para problemas oculares devem ser também examinadas com maior frequência (uma vez por ano). Antes dos 20 anos e muito em especial antes da entrada para a escola, o despiste e a descoberta de alguns problemas oculares reveste-se de uma importância particular pelo que o exame médico aos olhos deve ser mais frequente. Após os 40 anos a consulta médica com o oftalmologista deve ser feita de dois em dois anos nas pessoas saudáveis.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões?

  • Qual a anatomia do olho?
  • Como funciona o olho humano?
  • Doenças do olhos: Quais as mais comuns?
  • Defeitos refrativos: Quais são?
  • O que é a miopia?
  • Dioptrias: Quais os graus de miopia?
  • Hipermetropia o que é?
  • Astigmatismo o que é?
  • Presbiopia ou vista cansada o que é?
  • Catarata o que é?
  • Catarata: Quais as causas? Quais os sintomas? Como se trata?
  • Glaucoma o que é?
  • Porque sobe a tensão ocular?
  • Glaucoma quais os sintomas e os perigos?
  • Estrabismo o que é?
  • Retinopatia diabética o que é?
  • Ceratocone ou queratocone o que é?
  • Ceratocone quais os sintomas e tratamentos disponíveis?
  • Olhos das crianças: Como fazer a deteção precoce de doenças?
  • Olhos das crianças: Quais as doenças mais comuns?
  • Olhos das crianças: Quais as doenças mais graves?
  • Estimulação da visão funcional da criança com baixa visão, como fazer?
  • Prevenção de doenças oculares, conselhos úteis?
  • Oftalmologista: Com que frequência devo examinar os meus olhos?
  • Óculos de sol quais os melhores? Como escolher?
  • Écrans de computador fazem mesmo mal aos olhos?
  • Quando levar o meu filho ao oftalmologista?
  • Qual o tratamento da miopia, astigmatismo e hipermetropia?
  • Cirurgia refrativa laser o que é? LASIK e PRK o que é?
  • Lentes fáquicas o que são?

Anatomia do olho normal

Olhos anatomia do olho humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos anatomia do olho melhorsaude.org melhor blog de saude Imagem adaptada da American Academy of Ophthalmology

Córnea – A parte mais anterior e transparente do globo ocular. Tem um papel importante na focagem das imagens no interior do olho.

Íris – A parte que dá cor aos olhos. Regula a quantidade de luz que entra no globo ocular.

Pupila – É a zona escura e circular no centro da íris. É o espaço por onde as imagens penetram no nosso olho.

Cristalino – É uma estrutura transparente, em forma de lente, situada na área pupilar e atrás da íris. A sua principal função é a focagem fina das imagens na retina.

Vítreo – É uma substância gelatinosa e transparente que preenche o globo ocular atrás do cristalino.

Retina – É uma membrana composta por células nervosas que reveste o interior do globo ocular. Converte as imagens em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico.

Mácula – Região especial da retina com particular importância na visão fina da forma e da cor.

Nervo ótico – É o nervo que liga o olho ao cérebro. Atua como um fio elétrico que transmite ao cérebro os impulsos nervosos produzidos pela retina onde são depois interpretados como imagens.

Como funciona o olho humano?

Olhos: Funcionamento_do_olho_humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos: Funcionamento do olho humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Doenças dos olhos mais comuns

Pretende-se dar informação em linguagem simples sobre diversas doenças oculares. Conhecer as doenças e saber preveni-las é importante para a sua saúde. Em caso de doença, estas informações nunca deverão substituir a consulta com o oftalmologista.

Defeitos Refrativos

Os problemas visuais mais frequentes são os defeitos refrativos, tais como:

  • Miopia,
  • Hipermetropia,
  • Astigmatismo,
  • Presbiopia,
  • Retinopatia diabética.

Miopia astigmatismo Visão normal vs defeitos refractivos melhorsaude.org melhor blog de saude

Estes dizem respeito a um conjunto de alterações nos quais há uma focagem inadequada das imagens na retina. São, na grande maioria, facilmente corrigidos com óculos ou lentes de contacto. Em casos mais raros a cirurgia poderá ser uma opção.

É importante saber-se que:

Muitas alterações da visão não são defeitos refrativos (várias doenças oculares e não oculares levam a perturbações visuais); alguns defeitos refrativos podem ter como causa certas doenças que só um médico oftalmologista poderá avaliar corretamente;

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Miopia o que é?

É uma situação em que a imagem é focada à frente da retina e traduz-se por uma dificuldade de visão ao longe. Um olho míope é normalmente maior que o normal e é mais propenso a algumas doenças (ex. glaucoma, descolamento de retina, etc.) pelo que carece de uma atenção especial por parte do médico oftalmologista.

Miopia: Olho normal vs olho miope melhorsaude.org melhor blog de saude

Miopia correcção melhorsaude.org melhor blog de saude

Dioptrias quais os graus de miopia?

Existem diferentes graus de miopia medidos em dioptrias. O doente míope pode sentir maior ou menor dificuldade em ver ao longe, dependendo do seu grau de miopia. Quanto maior for o grau da miopia maior é a dificuldade em ver ao longe. Por exemplo, uma miopia de 1 dioptria ou uma miopia de 10 dioptrias possuem diferenças significativas sobre a acuidade visual dos doentes afetados.

A miopia é, normalmente, classificada nos seguintes graus:

  • Miopia ligeira – até 3 dioptrias;
  • Miopia moderada – de 3 a 6 dioptrias;
  • Miopia alta – mais de 6 dioptrias.

Uma miopia elevada (acima de 6 dioptrias) pode implicar uma drástica diminuição da qualidade de vida.

Hipermetropia o que é?

É um defeito refrativo caracterizado por dificuldade de visão ao perto. Provoca habitualmente fadiga ocular e até dores de cabeça com o trabalho mais minucioso ou com a leitura, pela exigência aumentada de focagem a que os olhos são solicitados. Um olho hipermétrope é habitualmente mais pequeno que o normal e a “resistência” à hipermetropia diminui com a idade. Pode ser a causa do mau aproveitamento escolar de uma criança

Hipermetropia melhorsaude.org melhor blog de saude

Astigmatismo o que é?

Corresponde a uma qualidade visual desigual consoante o eixo visual em causa. Resulta na maioria dos casos a uma curvatura desigual da córnea provocando uma visão distorcida. Pode ocorrer isoladamente ou associado aos outros defeitos refrativos.

Astigmatismo melhorsaude.org melhor blog de saude

Presbiopia ou vista cansada o que é?

Corresponde à dificuldade de visão ao perto que é normalmente sentida a partir de certa idade (por volta dos 45 anos). É devida à perda de elasticidade progressiva do cristalino fruto da idade.

Presbiopia melhorsaude.org melhor blog de saude

Catarata o que é?

A toda e qualquer alteração da transparência do cristalino chama-se catarata.

Catarata melhorsaude.org melhor blog de saude

Quais as causas da catarata?

São mais frequentemente resultado do normal envelhecimento mas podem também ser congénitas ou devidas a uma variedade de outros fatores como por exemplo:

  • Traumatismos,
  • Doenças crónicas dos olhos,
  • Doenças sistémicas (de todo o organismo) como a diabetes.

Quais os sintomas de catarata?

Habitualmente a catarata resulta numa turvação da imagem mas várias outras queixas poderão resultar da sua presença. O diagnóstico deverá ser sempre feito através da observação por um médico oftalmologista.

Como se tratam as cataratas?

O principal tratamento das cataratas é cirúrgico. A operação às cataratas consiste na remoção da parte do cristalino opacificado e na colocação de um “cristalino artificial” dentro do globo ocular (lente intraocular) levando à recuperação visual. Existem várias formas de se realizar a cirurgia da catarata mas a mais atual e evoluída denomina-se faco emulsificação.Tratamento da catarata melhorsaude.org melhor blog de saude

Glaucoma o que é?

É uma doença dos olhos na qual vai havendo uma progressiva subida da tensão ocular levando a diminuição da visão (podendo mesmo chegar à cegueira). Há vários tipos de glaucoma mas o mais frequente é o glaucoma de ângulo aberto.

Glaucoma melhorsaude.org melhor blog de saude

glaucoma melhorsaude.org melhor blog de saude

Porque sobe a tensão ocular?

Há um líquido transparente que circula de dentro para fora do globo ocular (humor aquoso). Nas pessoas com glaucoma, e por razões ainda pouco conhecidas, este líquido começa a ter dificuldade de sair do globo ocular levando a um aumento da tensão ocular.

Sintomas e perigos

O aumento da tensão ocular, se não detetado e devidamente tratado, leva à “morte” lenta e progressiva do nervo responsável pela visão (nervo ótico). Estas alterações provocam uma perda da visão (em especial do nosso campo de visão). O glaucoma só dá sintomas numa fase avançada da doença e as alterações na visão só são sentidas pelo doente quando o nervo ótico já tem lesões graves e irreversíveis.

No entanto um dos sintomas a que se deve dar toda a atenção e consultar um médico com urgência é a dor no globo ocular. Um aumento da pressão ocular pode, em alguns casos,  provocar uma dor que é sentida como vindo de dentro do globo ocular e não uma dor superficial. Nestes casos uma intervenção atempada pode evitar uma evolução mais grave com danos severos para a visão.

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Estrabismo o que é?

O termo estrabismo é usado sempre que há um desalinhamento ocular. Este problema ocular surge habitualmente nas crianças podendo em muitas delas estar presente já à nascença. É muito importante diagnosticar e tratar esta doença quando a criança ainda é pequena pois, caso contrário, a visão de um dos olhos poderá ficar irremediavelmente diminuída. A criança com estrabismo tem tendência a usar menos o olho desviado que vai ficando “preguiçoso”. A esta baixa da visão resultante do estrabismo chama-se ambliopia.

O estrabismo pode ser constante ou surgir apenas em certos momentos. Os olhos podem estar desviados das seguintes formas:

  • Para dentro (esotropia)
  • Para fora (exotropia)
  • Para cima (hipertropia)
  • Para baixo (hipotropia)

Estes desvios podem também estar associados.

estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude Estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude

A persistência de um desvio ocular numa criança com 4 meses de idade torna necessário um exame oftalmológico. É também recomendável que todas as crianças tenham um exame oftalmológico pelos 6 meses de idade. O estrabismo pode também surgir no adulto por doença ou traumatismo.

Estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude

Retinopatia diabética o que e?

A diabetes é uma doença na qual, entre outras alterações, existe um aumento de “açúcar” no sangue. Esse descontrolo pode prejudicar várias zonas do corpo. Os olhos são um dos orgãos que pode ser gravemente atingido embora inicialmente não haja grandes sintomas. A retinopatia diabética é uma manifestação ocular da doença e é uma das principais causas de cegueira. Para evitar a cegueira é necessário controlar o melhor possível os níveis de açúcar no sangue (glicémia) desde as fases iniciais da doença.

Retinopatia diabética melhorsaude.org melhor blog de saude

A retinopatia diabética surge em consequência de alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina no interior do olho. Os vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina levando à diminuição da visão. Nalguns casos desenvolvem-se vasos anormais na retina. Estes vasos são muito frágeis e sangram facilmente levando também à formação de tecido fibroso que repuxa a retina. Este estádio da doença é muito grave e chama-se retinopatia diabética proliferativa .

Retinopatia diabetica melhorsaude.org melhor blog de saude

Um diabético deve fazer regularmente um exame médico ocular para detetar as alterações iniciais da retinopatia diabética. Por vezes é necessário o tratamento com raios LASER. Lembre-se no entanto que melhor do que tratar as alterações, é tentar preveni-las através de um maior cuidado com a sua saúde e, no caso de ser diabético, com a instituição de um regime de vida que permita o controle da doença

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Ceratocone ou queratocone

Ceratocone o que é?

O Queratocone é uma doença da córnea caracterizada por uma alteração da sua conformação e um adelgaçamento progressivo. Em fases mais avançadas a córnea pode adquirir a forma de cone. Aparece nos jovens e pode evoluir até aos 35 anos. As alterações estruturais da córnea produzem um astigmatismo que não é homogéneo, o que faz com que o doente se aperceba de diminuição da gradual da visão.

Ceratocone melhorsaude.org melhor blog de saude

Para além do Queratocone, existem outras doenças, mais raras, que também se caracterizam por alteração do padrão normal da conformação da córnea e do seu adelgaçamento, tais como:

  • Degenerescência Marginal Pelúcida
  • Queratoglobo

A estas doenças chamamos Ectasias Corneanas.

Ceratocone quais os sintomas?

  • Diminuição da visão mesmo com óculos ou lentes de contacto.
  • Distorção da imagem.
  • Visão dupla.

Ceratocone quais os tratamentos disponíveis?

O objetivo primordial do tratamento do Queratocone, ou de qualquer outra ectasia, é a melhoria da visão. Como primeira linha temos os óculos ou as lentes de contacto, mas que numa fase avançada poderão não resultar.

Nos casos em que existe evolução do queratocone, e desde que a transparência da córnea esteja mantida e que a visão seja satisfatória, é possível optar pelo Crosslinking. Neste procedimento a córnea, depois de ter sido impregnada de riboflavina (vitamina B2), é irradiada com luz UV. Tem como objetivo aumentar a resistência mecânica da córnea, e desta forma impedir maior deformação da córnea.

Nos casos em que a visão não é corrigível com óculos, ou que exista intolerância ao uso de lentes de contacto, é necessário recorrer a cirurgia. Para estas situações a cirurgia mais indicada, desde que a córnea tenha transparência adequada, é a implantação de anéis intra-estromais. Esses anéis são segmentos semicirculares que são introduzidos em túneis feitos na espessura da córnea. Dependendo dos casos, pode estar indicado usar um ou dois segmentos. O objetivo desta cirurgia é de uniformizar a conformação da córnea.

Aneis intra-estromais melhorsaude.org melhor blog de saude

O transplante de córnea (queratoplastia) está reservado para quando o Queratocone é muito evoluído ou a córnea tenha uma transparência inadequada. Até há alguns anos, a queratoplastia que se fazia era a penetrante, ou seja, todas as camadas da córnea eram substituídas. Mais recentemente, foram desenvolvidos métodos para transplantar somente as camadas superficiais doentes, permitindo preservar as camadas mais profundas e saudáveis (endotélio e membrana de Descemet), e por isso diminuindo o risco de falência. A esta técnica chama-se queratoplastia lamelar anterior, e sempre que possível é a técnica de eleição.

Transplante da córnea melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos das crianças como detetar problemas?

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), recomenda a realização de rastreios visuais com o oftalmologista aos três anos de idade e antes do início do ano escolar.

Doenças visuais infantis mais frequentes

Os problemas oculares mais frequentes nesta faixa etária são os erros refrativos tais como:

  • Miopia,
  • Hipermetropia
  • Astigmatismo

Quais as doenças mais graves?

Os problemas oculares mais graves nesta faixa etária são:

  • Ambliopia (ou olhos preguiçosos)
  • Estrabismo

A ampliopia, por exemplo, não pode ser tratada depois dos sete, oito anos de idade. Estima-se que cerca de uma em cada cinco crianças em idade escolar tenha défices de função visual provocado por uma destas patologias e nem todas recebem a ajuda que necessitam.

Pode acontecer um olho ver bem e o outro ser amblíope ou quase cego e tudo pode passar despercebido até ao dia do rastreio. Ou seja, uma criança apenas com um olho bom pode não notar qualquer diferença, pois nunca foi alertada para tal.

Nem sempre é fácil para os pais, familiares e educadores reparar na falta de visão de uma criança, mas  alguns sintomas passam por:

  • Aproximar-se em demasia e constantemente às coisas para ver melhor,
  • Fechar ou tapar um dos olhos,
  • Erros na escrita,
  • Comichão,
  • Dores de cabeça,
  • Olhos vermelhos ou lacrimejantes e
  • Estrabismo ou fotofobia (dificuldade em suportar a luz).

A situação ideal devia passar por criar um programa nacional de rastreio, de forma a evitar a ambliopia em todas as crianças a partir do primeiro ano de idade.

Estimulação da visão funcional da criança com baixa visão

Esta brochura tem como objetivo partilhar algumas estratégias para a estimulação da visão funcional de criança com baixa visão nos primeiros anos de vida (dos 0-6 anos).

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Com que frequência devo examinar os olhos?

A frequência com que os nossos olhos devem ser examinados difere com a idade e com doenças associadas. Os adultos saudáveis deverão fazer pelo menos um exame oftalmológico entre os 20 e os 40 anos, desde que não surjam sintomas. Os indivíduos de raça negra deverão fazer exames mais frequentes para despiste de glaucoma (pelo menos de 4 em 4 anos). As pessoas diabéticas, ou com outras doenças que sejam um fator de risco para problemas oculares devem ser também examinadas com maior frequência (uma vez por ano).

Antes dos 20 anos e muito em especial antes da entrada para a escola, o despiste e a descoberta de alguns problemas oculares reveste-se de uma importância particular pelo que o exame médico aos olhos deve ser mais frequente. Após os 40 anos o exame ocular deve ser feito de dois em dois anos nas pessoas saudáveis.

Óculos de sol quais os melhores? Como escolher?

Será que o sol faz mal aos olhos? Devemos usar óculos de sol? Que tipos de óculos de sol devemos escolher? Há fatores que tornam os nossos olhos mais sensíveis à luz solar? Estas são algumas das questões que lhe tentaremos responder!

Vários estudos têm demonstrado que as pessoas mais expostas à luz solar têm uma maior tendência a desenvolverem algumas doenças oculares. Os raios ultravioletas (UV) são o componente da luz solar mais implicados no desenvolvimento destas doenças. É contra esta radiação solar que nos devemos proteger com óculos de sol pelo que, ter uns óculos muito escuros não significa maior proteção para os nossos olhos. Devemos escolher óculos cujas lentes filtrem 99 a 100% da luz UV (tanto UV-A como UV-B).

Mais do que a ação aguda dos raios UV sobre os nossos olhos (que provoca uma queimadura na superfície ocular do tipo da que é causada na pele), é o efeito cumulativo de longos períodos expostos à luz solar que tem um efeito mais pernicioso sobre a visão. A exposição prolongada à luz UV pode causar diversas alterações oculares mas a mais temida é uma alteração da mácula (ver em “O Olho Normal”) denominada degenerescência macular relacionada com a idade.

Pessoas mais atingidas pela radiação UV:

  • Por questões profissionais, estão mais expostas ao sol,
  • Vivem junto à praia (onde há maior reflexo de luz solar na àgua e na areia),
  • Vivem perto do equador,
  • Vivem em zonas mais elevadas.

Certos medicamentos podem também tornar os olhos mais sensíveis à luz (doxiciclina, tetraciclina, alopurinol, etc.). Não esquecer que um chapéu de abas largas, não substituindo os óculos, tem também um papel importante na proteção solar.

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Écrans de computador fazem mal aos olhos?

Até à data, e apesar de diversos testes realizados em vários países, não surgiram evidências científicas de que os terminais de vídeo dos computadores (écrans) sejam prejudiciais para os olhos.

Embora seja um facto que os écrans de computador emitem radiações durante o seu funcionamento, estas são produzidas em quantidades muito pequenas para se tornarem prejudiciais para a visão.

As queixas vulgares de desconforto ou fadiga ocular, dificuldades na focagem das imagens, dores de cabeça, etc., terão muito provavelmente como causa alterações dos próprios olhos ou inclusivamente questões relacionadas com o local de trabalho. No primeiro caso, deverá fazer um exame médico; o seu médico oftalmologista avaliará se tem doenças oculares que possam dar esses sintomas.

Relativamente ao seu local de trabalho deverá ter em conta questões ligadas à medicina ocupacional e à ergonomia como ajuda para a resolução dos seus problemas.

Aqui ficam alguns conselhos para se proteger:

  • Regule o brilho e o contraste do seu monitor de forma a que se torne menos “agressivo” para os seus olhos.
  • Evite o reflexo no monitor de luzes ambientes ou mesmo da luz duma janela. Altere se necessário a posição do seu monitor ou da sua secretária.
  • Evite “trabalhar em negativo”, ou seja, trabalhar por exemplo num processador de texto com fundo preto e letras a branco e a ver um texto numa folha de papel branco com letras a preto. Hoje em dia a generalidade dos programas são em fundo branco com letras a preto evitando assim esse inconveniente.
  • Em certos casos a colocação de filtros no ecran do computador ou o uso de óculos apropriados podem ser uma boa contribuição para um trabalho ao computador menos fatigante.
  • Questões mais ergonómicas poderão ser estudadas por especialistas em medicina no trabalho ou outros especialistas nesta matéria.

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Quando levar o meu filho ao oftalmologista?

Um exame médico aos olhos é aconselhável em todas as crianças, mesmo nas que aparentemente não têm problemas. Não existem datas certas para realizar os primeiros exames oftalmológicos mas, para se detetarem precocemente certas doenças é aconselhável realizar exames nos primeiros dias de vida, pelos 2 anos de idade e à entrada para a escola. Alguns oftalmologistas defendem também um exame pelos 6 meses de idade.

Alguns conselhos muito úteis:

  • Os medicamentos, se incorretamente manuseados, podem ser prejudiciais aos seus olhos (a automedicação é totalmente desaconselhável).
  • Nunca use os colírios ou pomadas oftálmicas de outras pessoas (podem transmitir doenças além de poderem não estar indicadas para o seu caso).
  • Nunca olhe diretamente para o sol (perigo de queimadura solar na retina).
  • Nunca olhe diretamente para a luz da soldadura (mesmo estando afastado) se não tiver proteção ocular apropriada (perigo de queimadura corneana – queratite por ultravioletas).

Tratamentos

Catarata qual o tratamento?

O único tratamento para a catarata é a cirurgia. Na cirurgia de catarata, o cristalino é removido, por meio de ultrassons, através de uma pequena incisão (cirurgia chamada de faco emulsificação). Durante a cirurgia, a lente natural do olho é substituída por uma lente intraocular (LIO) artificial. Ao contrário do que é corrente os doentes pensarem, a cirurgia é feita por meio de ultrassons e não de raios laser.

Indicações
A principal indicação para a cirurgia de catarata é uma diminuição da visão. No entanto poderão existir outras, como dificuldades com a visão no dia-a-dia (ex: deslumbramento, má visão de cores, noturna, etc.) ou indicações refrativas (altas graduações ou desejo de independência de óculos).

Preparação
Antes da cirurgia, é realizado um exame completo pelo oftalmologista e a LIO é calculada de acordo com as características do olho. No dia da cirurgia, são colocados colírios anestésicos e para dilatar a pupila. A cirurgia decorre, na maioria dos casos, sob anestesia tópica (apenas com gotas). As LIOs utilizadas podem ter diversos materiais (acrílico, silicone, etc.), sendo todas permanentemente compatíveis com as estruturas do olho.

Tipos de LIOs
Existem diversos tipos de LIOs:

  • LIOs monofocais – na maioria dos casos permitem visão apenas para longe, sendo necessários óculos para ver ao perto;
  • LIOs multifocais – permitem visão a diferentes distâncias, na maioria dos casos, sem necessidade de óculos. Por regra, a visão de contraste com estas lentes é inferior à das LIOs monofocais e poderão acontecer fenómenos com a luz, como maior deslumbramento e outros;
  • LIOs acomodativas – têm também como objetivo a independência de óculos, sendo menos eficazes que LIOs multifocais.

A escolha da lente ideal para cada caso será feita de acordo com o desejo do doente e a indicação do oftalmologista (nalguns casos não podem ser utilizadas lentes multifocais, por exemplo).

Recuperação
A recuperação é variável de caso para caso mas é, na maioria dos casos, rápida. Normalmente é necessário colocar colírios após a cirurgia e é fundamental seguir todas as indicações do médico. A taxa de sucesso da cirurgia é muito alta. No entanto, a recuperação visual pode ser limitada por doenças noutras estruturas do olho (córnea, retina, etc.)

Quais as complicações da cirurgia?

A maioria das complicações é extremamente rara. No entanto podem acontecer:

  • Infeção (complicação muito rara, ocorrendo em menos de 1 em 1000 cirurgias);
  • Edema/inchaço da córnea (geralmente transitório);
  • Descolamento da retina;

Poderão ainda acontecer diversas intercorrências durante a cirurgia, na maioria das vezes de fácil resolução

Miopia, hipermetropia e astigmatismo qual o tratamento?

Cirurgia refrativa laser – LASIK e PRK

A cirurgia laser permite tratar de forma segura e eficaz a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo e assim proporcionar independência do uso de óculos ou lentes de contacto. O laser funciona “polindo” a córnea e assim corrige a graduação do doente de duas formas possíveis:

  • LASIK – E criado um retalho muito fino da córnea o qual é rebatido. O Laser é aplicado nas camadas mais internas da córnea e de seguida o retalho é reposto cobrindo a zona tratada. O retalho adere e por isso não necessita de pontos.
  • PRK – Aplicação direta do laser na córnea, removendo apenas uma pequena película que cobre a córnea.

O tipo de procedimento depende de características do olho do doente. O Laser permite tratar miopia até 8-10 dioptrias, hipermetropia e astigmatismo até 4-6 dioptrias mas tem que ser avaliado cada caso em particular.

Preparação para a cirurgia – o doente não deve colocar lentes de contacto nas 24 h que precedem o procedimento e deverá remover a maquilhagem das pálpebras e bordo palpebral.

A intervenção é indolor e rápida – realizada com anestesia local através da aplicação de um colírio. Tem uma duração aproximada de 15 minutos por olho. O doente tem alta hospitalar, acompanhado, 30 minutos após o LASIK .

Recuperação: Nas primeiras horas é normal sentir “picadas”, alguma intolerância à luz e visão turva. No dia seguinte já com boa acuidade visual pode retomar alguma das sua atividade quotidiana. No caso do PRK o doente tem uma lente de contacto nos primeiros dias sendo que as queixas de picadas e desconforto ocular prolongam-se até as 72h. Nesta opção a recuperação visual é também significativamente mais lenta.

Cuidados: Nas primeiras 4 semanas após a cirurgia está contraindicado o uso de piscinas ou a prática de desportos com risco de contacto.  E estritamente proibido coçar os olhos nas primeiras semana após a cirurgia. A maquilhagem das pálpebras e bordo pode começar a ser reaplicada no final da 1 semana após a cirurgia.

Lentes fáquicas

O que são?

As lentes intraoculares (LIOs) fáquicas são lentes pequenas e finas fabricadas em material biocompatível (acrílico ou silicone) que são implantadas no interior do olho para corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo), diminuindo ou eliminando a dependência de óculos ou de lentes de contacto. O termo fáquico refere-se ao facto de a LIO ser implantada sem remover a lente natural do olho (cristalino), o que permite  manter a capacidade de acomodação.

Lente intra-ocular LIO melhorsaude.org Lentes faquicas melhorsaude.org

Uma grande vantagem das LIOs fáquicas é manterem-se no olho até ao surgimento de catarata sem qualquer necessidade de manutenção ou substituição periódica, podendo ser explantadas (retiradas) em qualquer momento, se houver essa necessidade.

A cirurgia de implante de LIOs fáquicas poderá ser uma alternativa segura e eficaz à cirurgia laser quando:

  • Esta esteja contraindicada;
  • Os erros refrativos (numero de dioptrias) são elevados,
  • Existem incompatibilidades ao nível da córnea ou da pupila.

Terá de ser feita uma avaliação pré-operatória cuidada para determinar se existem as necessárias condições de segurança para o implante das LIOs, nomeadamente a avaliação do endotélio da córnea e a medição da profundidade da câmara anterior

Preparação e Técnica 

A cirurgia de implante de LIOs fáquicas é efetuada em ambulatório, sob anestesia tópica (gotas), sedação ou anestesia geral, de acordo com as preferências do paciente e/ou do cirurgião, e de fatores como o tipo de LIO a implantar, a necessidade de sutura (pontos) ou o facto de ser uma cirurgia uni ou bilateral. Trata-se de um procedimento cirúrgico rápido (cerca de 20 minutos por olho) mas muito delicado, que necessita de microscópio de forma a garantir o implante da LIO de forma precisa e com o mínimo de traumatismo para as estruturas oculares.

A cirurgia consiste na introdução de uma LIO no interior do olho através de uma pequena abertura feita na base da córnea. As LIOs mais recentes, feitas de um material muito flexível, entram no olho dobradas e desdobram-se no seu interior, o que permite que entrem por aberturas cada vez mais pequenas e auto-selantes que não necessitam de sutura para fechar. Dependendo do tipo de LIO usada, esta poderá ser colocada a frente (câmara anterior) ou atrás (câmara posterior) da íris, mas sempre à frente do cristalino

Recuperação

O paciente poderá regressar a casa passado algum tempo de espera após a cirurgia e,  dependendo da preferência do cirurgião, poderá sair com o olho tapado com um penso e/ou um protetor ocular, de forma a evitar que coçe ou pressione o olho operado. Poderá haver algum desconforto/ dor ligeira, sensação de corpo estranho e fotossensibilidade nos primeiros dias do pós-operatório, mas a medicação prescrita associada a repouso relativo (evitando atividade física intensa e levantamento de pesos) e o uso de óculos com proteção UV permitirão o alívio significativo e rápido  desses sintomas.

Quanto tempo demora a recuperação?

A maioria dos pacientes apresenta uma melhoria muito significativa da sua visão imediatamente após a cirurgia e que evolui favoravelmente ao longo da primeira semana, mas a recuperação completa só ocorrerá cerca de 1 a 2 meses depois no caso de lentes flexíveis sem sutura, ou cerca de 6 meses de no caso de lentes rígidas em que haja necessidade de remoção progressiva de sutura. Em qualquer dos casos, a melhor visão corrigida que se pode atingir após o implante das LIOs é quase sempre igual ou superior à obtida com óculos ou lentes de contacto antes da cirurgia, e com grande qualidade visual.

O erro refrativo fica sempre corrigido definitivamente?

Em alguns casos, o erro refrativo poderá não ficar completamente corrigido apenas com o implante das LIOs fáquicas e ser necessário o uso de óculos ou lentes de contacto após a cirurgia. No caso de ser possível, a cirurgia LASER poderá ser efetuada num segundo tempo cirúrgico de forma a eliminar qualquer pequena graduação residual.

Quais as complicações possíveis?

O maior risco associado à cirurgia de implante de LIOs fáquicas deriva do facto de olho ser aberto para permitir a introdução da LIO e consiste na infeção intraocular denominada endoftalmite. Embora seja extremamente rara, a endoftalmite é potencialmente grave, podendo originar a perda do olho.

Outras possíveis complicações incluem:

  • Reações adversas das estruturas oculares ao implante, nomeadamente o desenvolvimento de catarata;
  • Perda de células do endotélio da córnea e/ou a inflamação da íris.

Nestes casos poderá ser necessário efetuar o explante definitivo das LIOs ou a sua substituição por outras de diferente material. Existe ainda a possibilidade de as LIOs faquicas saírem da sua posição correta após a implantação e haver necessidade de serem recolocadas.

Com que frequência deve consultar o oftalmologista após a cirurgia?

Após a recuperação total da cirurgia, haverá necessidade de o oftalmologista observar o paciente com periodicidade anual, de forma a avaliar a estabilidade da LIO e a evolução do número e da forma das células endoteliais da córnea ao longo do tempo.

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Concluindo

As doenças oculares são muito diversas e algumas podem ser graves. As mais comuns têm nos dias de hoje tratamento muito satisfatório e opções cirúrgicas rotineiras com técnicas evoluídas que devolvem uma qualidade de visual muito boa ao doente intervencionado. Como em é evidente a prevenção e o tratamento atempado fazem uma enorme diferença e permitem tratamentos menos agressivos e, portanto, com menos riscos de complicações nomeadamente pós cirúrgicas.

Uma palavra especial para as crianças, lembrando que algumas dificuldades de aprendizagem estão relacionadas com problemas oculares. As crianças devem ser examinadas à nascença, aos 2 anos e na altura da entrada escolar. A deteção precoce é de vital importância para corrigir esses problemas e permitir um percurso escolar normal que não deixe “marcas” nem “rótulos” nas crianças afetadas.

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

Fonte: Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

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Como estimular a visão de uma criança com baixa visão?

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ORTOREXIA OBSESSÃO SAUDÁVEL?

Ortorexia nervosa ( orthorexia ): Obsessão por comida saudável! Comer de forma saudável é claro que é positivo, no entanto quando tal se torna a principal prioridade da sua vida algo está errado! Segundo Dr. Steve Bratman, autor do livro Health Food Junkie, este transtorno alimentar recente e atual chama-se ortorexia nervosa e é diferente da anorexia ou da bulimia. Todos têm em comum o risco de danos graves para a sua saúde mas as causas e motivações são distintas. Não aproveite no entanto este artigo para validar a sua vontade de comer, em demasia, algumas “coisas saborosas” que só lhe fazem mal… 🙂

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:
  • Ortorexia: O que é?
  • Qual a prevalência na população?
  • Quais as causas?
  • Qual a diferença em relação à anorexia e bulimia?
  • Ortorexia vs Anorexia vs OCD (Distúrbio Obsessivo-Compulsivo), quais os sinais comuns?
  • O que pensa o doente?
  • Que hábitos podem encontrar-se num ortoréxico?
  • Jejum: Afinal é um bom ou mau hábito?
  • Como saber se sofre de ortorexia?
  • Quais os perigos?
  • Quais os fatores de risco?
  • Ser Vegan ou Macrobiótico afinal é bom ou mau?
  • Qual o tratamento?
  • Família e amigos: Como podem ajudar?

LEIA AQUI O ARTIGO COMPLETO

VARIZES NAS PERNAS ESTA É A VERDADE!

As varizes fazem parte de um espectro de situações clínicas que costuma ser designado por “Doença Venosa Crónica”. Segundo a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) A Doença Venosa Crónica é uma patologia crónica e evolutiva, que afecta as veias das pernas que transportam o sangue até ao coração. Quando não é identificada e tratada a tempo pode originar diversas complicações que têm um elevado impacto no dia-a-dia dos doentes.

Em Portugal, à semelhança de outros países ocidentais, esta doença tem uma elevada prevalência, atingindo cerca de 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos, embora também afecte os homens (60% F/ 40% M).

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Qual a estrutura do sistema venoso das pernas?
  • O que são as varizes?
  • Qual a diferença entre derrames e varizes?
  • Quais os principais sintomas dos derrames e varizes?
  • Que tipos de existem?
  • O que são varizes primárias e as secundárias?
  • Quais as causas?
  • Quais os sintomas?
  • Quais os riscos de doença venosa crónica?
  • Trombose venosa profunda: O que é?
  • Trombose venosa: Qual a causa?
  • Trombose: Quais os factores de risco?
  • Trombose venosa profunda: Quais os sintomas?
  • Quais os tratamentos?
  • Como evitar?
  • Como exercitar as pernas?
  • Qual o melhor desporto?
  • Quais os desportos que deve evitar?
  • Porquê evitar lugares quentes?
  • Porque faz bem o frio?
  • Porquê evitar a prisão de ventre e excesso de peso?
  • Qual o vestuário adequado?
  • Qual o calçado adequado?
  • Como melhorar a circulação venosa durante o sono?
  • Gravidez: Porque faz mal ás varizes?
  • Massagens: Porque fazem bem?

LEIA AQUI TODAS AS RESPOSTAS

Urticária alérgica causas tratamento e a verdade




Urticária alérgica causas, sintomas, tratamento e quanto tempo dura, tudo o que não sabe! O que é uma alergia? E uma urticária? Qual a ligação entre alergia e urticária? Neste artigo vamos desenvolver as respostas sobre a urticária.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Anatomia da pele
  • Alergia o que é?
  • Urticária o que é?
  • Urticária é contagiosa?
  • Ligação entre alergia e urticária
  • Mecanismo de ação da urticária
  • Tipos de urticária existentes
  • Urticária aguda
  • Urticária crónica
  • Urticárias físicas
  • Tipos especiais de urticária
  • Como se faz o diagnóstico?
  • Como evitar a urticária?
  • Alimentos e aditivos comuns que podem provocar urticária
  • Medicamentos mais usados na urticária
  • Anti-histamínicos, corticoides e outros medicamentos
  • Dosagens e posologias utilizadas

Leia também: Alergia alimentar ou intolerância alimentar qual a diferença?

Anatomia da pele

Antes de mais é sempre útil saber como é constituída a anatomia da nossa pele. Clique nas imagens  para ampliar:

Anatomia da pele melhorsaude.org melhor blog de saude

Anatomia da pele melhorsaude.org melhor blog de saude

Alergia, o que é?

Uma alergia é uma reação de hipersensibilidade, a estímulos externos, mediada pelo sistema imunitário, nomeadamente um tipo de anticorpo com uma importância central em todas as doenças alérgicas, designado imunoglobulina E (IgE).

Alergia mecanismo melhorsaude.org melhor blog de saude

Urticária o que é?

A urticária não é uma doença mas sim uma síndroma comum, com lesões cutâneas afetando todas as faixas etárias, estimando-se que cerca de 20 a 30% da população, em algum momento da sua vida, tenha pelo menos um episódio de urticária. É caracterizada pelo rápido aparecimento de pápulas (lesões cutâneas ligeiramente elevadas em relação à pele sã), eritematosas (avermelhadas) algumas vezes esbranquiçadas na parte central, acompanhadas de prurido (comichão) ou por vezes sensação de queimadura, desaparecendo por breves segundos após pressão. Estas lesões desaparecem espontaneamente ou com terapêutica anti-histamínica, sem pigmentação residual num período de 24 horas podendo no entanto voltar a aparecer.

Urticaria crónica melhorsaude.org melhor blog de saude

Em alguns casos, o edema da derme profunda e sub-cutis pode ser tão importante que dá origem ao aparecimento de angioedema (inchaço), por vezes doloroso em alternativa a pruriginoso, com envolvimento frequente das mucosas, sendo a resolução mais lenta comparativamente à da urticária (até 72 horas).

Leia também: Alergia rinite alérgica e asma toda a verdade e ligações perigosas

Urticária é contagiosa?

Decididamente não é contagiosa. Podemos tocar, conviver e estar no mesmo ambiente de doentes com urticária sem nenhum risco de transmissão da doença.

Alergia e urticária, qual a ligação?

Algumas alergias podem provocar sintomas cutâneos com o aparecimento de urticária. São exemplos algumas alergias a alimentos e medicamentos ou seja a urticária é em alguns casos uma consequência da alergia. No entanto tal como vamos descrever neste artigo, existem inúmeras outras causas de urticária que não são do foro alérgico, como por exemplo causas inflamatórias e infeciosas.

Mecanismo da urticária

Após processo de ativação dos mastócitos, pelo alergénio a que o indivíduo está sensibilizado, ou por outros mecanismos de natureza não alérgica, estas células existentes na pele e mucosas, libertam:

  • Histamina,
  • Citocinas.
  • Outros mediadores da inflamação.

Este processo dá início a uma série de alterações bioquímicas e intervenções celulares que culminam com o aparecimento e manutenção das lesões de urticária.

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Causas e tipos de urticárias

De seguida descrevemos a classificação dos diferentes tipos que são muito mais diversos do que a maioria das pessoas julga, a saber:

a) Com aparecimento espontâneo de pápulas

b) Físicas

c) Especiais

OS MAIS PARTILHADOS melhorsaude.org melhor blog de saude

Urticária com aparecimento espontâneo de pápulas

  1. Aguda
  2. Crónica

1. Urticária aguda – duração inferior a 6 semanas. Mais frequente em doentes com doenças atópicas como rinite, asma ou eczema atópico, e nas crianças e adultos jovens. São provocadas principalmente por:

  • Infeções virais,
  • Reacções a alimentos (principalmente em crianças)
  • Reações a medicamentos (alérgicas ou pseudoalérgicas).

2. Urticária crónica – duração superior a 6 semanas, podendo estender-se em aproximadamente 50% dos casos até 6 meses, ou mesmo ter uma duração superior a 10 anos (20% dos casos). Afeta principalmente o sexo feminino, entre os 30 e os 50 anos de idade. As causas principais são:

  • Reações alérgicas tipo I,
  • Reações pseudoalérgicas,
  • Auto-imunidade (anticorpos antiFc_RI, anticorpos anti-tiroideus, outras doenças auto-imunes),
  • Infeções (virais, bacterianas),
  • Infestações por parasitas,
  • Gastrite,
  • Esofagite,
  • Inflamação da vesícula biliar,
  • Neoplasias (ex. linfomas).

2a. Urticária crónica contínua – frequência diária ou em quase todos os dias da semana

2b. Urticária crónica recorrente – intervalos livres de dias ou semanas sem sintomas

Urticárias físicas

  1. Dermográfica ou dermografismo
  2. Pressão retardada ou tardia
  3. Contacto ao frio
  4. Contacto ao calor
  5. Solar
  6. Angioedema vibratório

As urticárias físicas embora de natureza crónica, são agrupadas separadamente porque dependem da presença de um factor físico desencadeante e agrupam-se em três tipos, a saber:

1. Urticária dermográfica ou dermatografismo – desencadeada por fricção da pele (aparecimento de pápulas 1 a 5 minutos depois). Afecta principalmente adultos jovens. Duração média 6,5 anos.

2. Urticária de pressão retardada – desencadeada por pressão vertical (aparecimento de pápulas 3 a 8 horas depois). Média de idade de aparecimento é os 30 anos, afetando 2 vezes mais os homens. Duração média 6-9 anos.

3. Urticária de contacto ao frio – desencadeada por ar frio, água ou vento (9 sub-tipos descritos). Mais frequente em jovens do sexo feminino. Duração média 4,2 anos. Na maioria dos casos, de causa desconhecida embora algumas doenças infeciosas possam estar na origem, tais como:

4. Urticária de contacto ao calor – esta é desencadeada por calor localizado.

5. Urticária solar – desencadeada por radiação UV ou luz visível. Mais frequente em adultos jovens do sexo feminino.

6. Urticária / angioedema vibratórios – desencadeada por forças vibratórias (ex. martelo pneumático)

Tipos especiais de urticária

  1. Colinérgica
  2. Adrenérgica
  3. De contacto (alérgica ou pseudo alérgica)
  4. Aquagénica

1. Urticária colinérgica – lesões muito pequenas com halo eritematoso, desencadeadas por breve aumento da temperatura corporal, como por exemplo:

  • Exercício físico,
  • Banho quente,
  • Stress emocional.

Frequente em adultos jovens.

2. Urticária adrenérgica – pequenas lesões eritematosas com halo esbranquiçado, desencadeadas por stress emocional.

3. Urticária de contacto (alérgica ou pseudoalérgica) – nesta há aparecimento de pápulas nos locais em que as substâncias químicas contactam a pele, por exemplo:

  • Alimentos,
  • Plantas,
  • Medicamentos,
  • Cosméticos,
  • Químicos industriais,
  • Produtos animais,
  • Têxteis.

4. Urticária aquagénica – desencadeada por um alergénio libertado do estrato córneo da pele, quando em contacto com a água. Cinco vezes mais frequente no sexo feminino, principalmente em adultos jovens.

Um ou mais subtipos de urticária podem coexistir num mesmo doente.

Diagnóstico da urticária

Nas formas agudas, habitualmente, não é necessário qualquer tipo de estudo, uma vez que a relação causa-efeito é na maioria das vezes evidente. Na urticária crónica, uma história clínica aprofundada é fundamental para orientar a investigação. O estudo complementar diagnóstico deverá ser direcionado.

Algumas ferramentas orientadas pela suspeição clínica, em muitos casos ajudam ao diagnóstico da urticária crónica. As principais são:

  • O diário de sintomas,
  • O registo alimentar,
  • Testes cutâneos de alergia,
  • Provas cutâneas específicas do diagnóstico de urticárias físicas,
  • Teste de soro autólogo,
  • Estudo laboratorial e imagiológico (radiografia, ecografia),
  • Provas de provocação com alimentos, medicamentos, ou aditivos alimentares,
  • Biópsia de pele,

Evitar a urticária mas como?

Algumas medidas podem ser úteis para aliviar o prurido, principalmente à noite: duche tépido e/ou aplicação de loção de calamina ou de creme anti-pruriginoso. É fundamental a hidratação cutânea com aplicação de emolientes, particularmente nas formas crónicas.

Embora os sub-tipos de urticária sejam desencadeados por uma grande variedade de fatores, o tratamento da urticária segue alguns princípios básicos, tais como:

  1. Evitar (evicção) ou eliminar os fatores desencadeantes  da urticária tais como:
  • Medicamentos,
  • Estímulos físicos,
  • Tratamento de infeções,
  • Processos inflamatórios crónicos,
  • Remoção de anticorpos anti-Fc_RI,
  • Alimentos.
  1. Minimizar os fatores favorecedores de stress e ansiedade.

Alimentos e aditivos que favorecem a libertação de histamina

Os alimentos com maior probabilidade de provocar urticária são:

  • Atum, bacalhau e crustáceos,
  • Charcutaria, tal como chouriço e outros enchidos,
  • Frutos tais como:
    • banana,
    • morango,
    • kiwi,
    • frutos tropicais quase todos
  • Frutos secos,
  • Tomate,
  • Cogumelos,
  • Queijos fermentados,
  • Enlatados,
  • Pré-cozinhados,
  • Aromatizantes tais como cacau, baunilha, malte, cola
  • Especiarias
  • Edulcorantes, corantes, conservantes e activadores de aroma
  • Infusões:
    • café
    • chá
  • Gaseificados,
  • Álcool.

Tratamento e medicamentos mais usados

O tratamento adequado depende da gravidade dos sintomas, história clínica do doente e idade. As classes de medicamentos mais usados são as seguintes:

  • Anti-histamínicos
  • Corticosteroides
  • Anti-leucotrienos

Anti-histamínicos

Anti-histamínicos em monoterapia ou associados. Reservam-se os sedativos para situações clínicas muito particulares e os de aplicação tópica não deverão nunca ser utilizados pois agravam a urticária, por exemplo:

  • Dimetindeno (Fenistil®)
  • Difenidramina (Caladryl®)

A urticária provoca lesões cutâneas muitas vezes extensas que podem ser “portas de entrada” para absorção sistémica de anti-histamínicos de aplicação tópica. Estes anti-histamínicos são formulados para atuarem apenas localmente porque geralmente são moléculas da primeira geração de anti-histaminicos e portanto com mais efeitos secundários sistémicos que os seus “parentes” de 2ª geração, nomeadamente atuando sobre o sistema nervoso central e provocando acentuada sonolência.

De seguida descrevo os anti-histamínicos mais usados na urticária e as respetivas dosagens diárias para um adulto com peso normal

Os anti-histamínicos clássicos mais usados, tomam-se em regra, de 8 em 8 horas, por via oral, e são os seguintes:

  • Dexclorferinamina (Polaramine®) , 2mg/6-8h,
  • Hidroxicina (Atarax®), 25mg/8h.

Nota: Em Portugal existe um xarope chamado Sinerbe® que é uma associação de Dexclorferinamina (anti-histamínico) + Pseudoefedrina (descongestinante) + Guaiafenesina (fluidificante da expectoração) mas que naturalmente é utilizado apenas nos quadros clínicos com sintomas respiratórios, nomeadamente quando existe  simultaneamente congestão nasal com tosse produtiva.

Os anti-histamínicos de 2ª geração mais utilizados, tomam-se em regra, uma vez por dia, por via oral, e são os seguintes:

  • Loratadina (Claritine®), 10mg/dia;
  • Desloratadina (Aerius®), 5mg/dia;
  • Fexofenadina (Telfast®), 180mg/dia;
  • Cetirizina (Zyrtec®), 10mg/dia;
  • Levocetirizina (Xyzal®), 5mg/dia;
  • Mizolastina (Mizolen®), 10mg/dia;
  • Rupatadina (Rinialer®), 10mg/dia;
  • Ebastina (Kestine®), 10mg/dia;
  • Bilastina (Lergonix®, Bilaxten®), 10mg/dia.

Nota: A Bilastina (Lergonis® e Bilaxten®) é o anti-histamínico mais recente disponível no mercado, em Portugal.

Em Portugal  os anti-histamínicos genéricos (menor preço) mais utilizados e disponíveis são os seguintes:

  • Desloratadina,
  • Cetirizina,
  • Levocetirizina,
  • Loratadina,
  • Ebastina.

Corticosteroides

Corticosteróides sistémicos injetáveis ou administrados por via oral em situações excepcionais, mas sempre acompanhados por terapêutica subsequente com anti-histamínicos em períodos prolongados para controlo clínico sustentado. Os corticoides mais utlizados são:

  • Prednisolona (Lepicortinolo®)
  • Prednisona

Anti-leucotrienos

Anti-leucotrienos representam em alguns doentes um benefício adicional, por exemplo:

  • Montelucaste (Singulair®), 10mg/dia, também disponivel em genérico.

Outros tratamentos

Outros tratamentos poderão ser utilizados em alguns casos particulares  mas sempre submetidos a estreita vigilância clínica. Os exemplos mais comuns são:

  • Imunoglobulinas endovenosas,
  • Salazopirina,
  • Ciclosporina A,
  • Dapsona,
  • PUVA

Concluindo

A urticária é uma patologia muito comum pois estima-se que 80% das pessoas a desenvolvam pelo menos uma vez na vida. Algumas crises de urticária são mais agressivas ou prolongadas prejudicando de forma significativa a qualidade de vida dos doentes. As lesões em zonas expostas podem ter um aspeto “assustador e contagioso” podendo levar algumas pessoas a sentirem-se socialmente mais inibidas nomeadamente nas situações desencadeadas por stress emocional. Conheça-se melhor a si própria e identifique os fatores que particularmente lhe provocam uma reação de urticária. Evitar os fatores desencadeantes é o melhor remédio!

Fique bem!

Referências bibliográficas:

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OS MAIS LIDOS

DOENÇA DE LYME E FEBRE DA CARRAÇA A VERDADE!




Febre da carraça e doença de Lyme pode ser muito perigosa, cuidado com a picada do carrapato ou carraça! Tempo de verão é tempo de sol, calor, piqueniques, passeios no campo, sentar no chão, deitar na relva e claro brincar com o seu cão ao ar livre em zonas arborizadas e relvadas. Tudo magnificamente relaxante mas muitas vezes desconhecendo ou esquecendo pequenos perigos, como as carraças, que podem originar graves problemas de saúde como a doença de Lyme que é apenas uma das doenças incluídas na chamada “febre da carraça”.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Carrapato ou carraças o que são?
  • Como se apanham?
  • Que fatores contribuem para as infestações?
  • Que lesões provoca a picada?
  • Febre da carraça o que é?
  • Febre maculosa o que é?
  • Que países são a afetados pela febre maculosa?
  • Quais os perigos da febre maculosa?
  • Quais os sintomas?
  • Qual o melhor tratamento da febre maculosa?
  • Carrapatos, carraças ou chatos, como controlar?
  • Deve desinfetar-se o ambiente da casa?
  • Que cuidados deve ter?
  • Carrapato ou carraças, como tirar de forma correta e segura?
  • Doença de Lyme o que é?
  • Doença de Lyme quais as causas?
  • Doença de Lyme, quais os fatores de risco?
  • Quais os sintomas?
  • Quais os sinais precoces da Doença de Lyme?
  • Sintomas tardios;
  • Quais os sinais sintomas menos comuns?
  • Qual o melhor tratamento para a Doença de Lyme?

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Carrapato ou carraças o que são?

Carrapato, Carraças, ou chatos são parasitas que se alimentam do sangue do homem, do cão, do gato, da ovelha e de muitos outros animais. Quando as carraças estão infetadas, são responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças!

CARRAÇA melhorsaude.org
Imagem de uma carraça cuja picada pode provocar febre da carraça

Onde se apanham?

Existem variadíssimas espécies de carraças espalhadas por todo o planeta. Como estes parasitas não voam nem saltam, ficam a aguardar a passagem de um hospedeiro, escondidos na relva, nos pastos, no solo ou nas frestas das madeiras, e quando o hospedeiro toca uma destas superfícies, as carraças percorrem o seu corpo até encontrarem um local seguro para se alimentarem e reproduzirem.

Que fatores contribuem para as infestações?

Cada fêmea pode pôr até 5000 ovos! As infestações por carraças acontecem principalmente na altura de maior calor, desde a Primavera até ao Outono. O que não significa que não existam no resto do ano. O aumento dos animais de estimação e, fundamentalmente, o crescente abandono de cães e gatos contribuem amplamente para a proliferação deste parasita.

Que lesões provoca?

A picada de carrapato ou carraças é prejudicial para o hospedeiro de diferentes formas:

  • Pode provocar lesões na pele com vermelhidão, ardor e comichão;
  • Anemia e fraqueza devido à ingestão de grandes quantidades de sangue pelo parasita
  • Paralisia motora por ação das suas neurotoxinas.

Febre da carraça 

Quando as carraças estão infetadas constituem um perigo para os animais e para a saúde pública! A carraça infetada, ao picar o hospedeiro, inocula no seu sangue micróbios responsáveis por inúmeras doenças, habitualmente designadas de Febre da Carraça, a saber:

  • Babesiose (Doença do carrapato causada por protozoários);
  • Borreliose ou Doença de Lyme;
  • Erliquiose (Doença do carrapato causada por bactérias);
  • Febre Maculosa .

Não só os animais apanham Febre da Carraça, as pessoas também estão suscetíveis se contactarem com carraças.

Febre maculosa o que é?

A febre maculosa, é uma doença que surge quando uma pessoa é picada por um carrapato ou carraças contaminadas pela bactéria Rickettsia rickettsii.

Que países afeta?

A febre maculosa é uma doença que ocorre em todo o continente americano, afetando países desde o Canadá até a Argentina. No Brasil, a maioria dos casos se na concentra na Região Sudeste, havendo também casos isolados em estados de outras regiões, tais como Bahia, Ceará, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul. São Paulo e Minas Gerais são os estados com maior número de casos notificados. Apesar de ser uma doença tipicamente rural, nos últimos anos, o número de casos nas cidades tem vindo a aumentar. A doença não é muito comum, sendo responsável, por exemplo, no Brasil por cerca de 40 a 100 casos por ano.

Perigos

A febre maculosa é uma febre da carraça que responde bem ao tratamento com antibióticos, mas se não for tratada prontamente, pode causar sérios danos aos órgãos internos, como:

  • Rins,
  • Fígado,
  • Coração,
  • Sistema nervoso central.

Nos casos maios graves pode levar à morte. Por não ser uma doença muito comum, frequentemente não é corretamente identificada, o que atrasa o início de um tratamento adequado e eficaz, fazendo com que a taxa anual de mortalidade possa rondar os 15 a 35%.

Sintomas

O período de incubação da febre maculosa varia de 2 a 14 dias, dependo da quantidade de bactérias que foi inoculada. No início do quadro é muito difícil distinguir a febre maculosa de várias outras doenças febris comuns, incluindo as viroses mais conhecidas. Em geral os primeiros sinais e sintomas da infeção são:

  • Febre alta,
  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo,
  • Mal-estar geral,
  • Náuseas
  • Vómitos.

Poucos dias depois, lesões de pele, chamadas de máculas, podem aparecer nos membros e no tronco, daí o nome da doença ser febre maculosa.

Tratamento

Sem tratamento antibiótico, o taxa de mortalidade da febre maculosa chega a 75%. Os doentes que começam o tratamento com antibiótico antes do 5º dia têm até 5 vezes mais probabilidades de ficarem curados e sem sequelas (surdez e paralisia de membros) do que os que só iniciam o tratamento após o 5º dia de doença.

Felizmente, nem todos os casos desta febre da carraça evoluem de forma grave. Há formas mais brandas da doença, que pode curar-se espontaneamente após 2 ou 3 semanas de sintomas. Porém, a maioria dos casos não se comporta de forma tão benigna.

Dúvidas no diagnóstico

Não se deve esperar para ver se a pessoa vai apresentar a forma grave ou branda, deste tipo de febre da carraça, pois essa espera pode ser fatal. Da mesma forma, se pela história clínica e epidemiológica o médico suspeitar de febre maculosa, ele não deve esperar pelo aparecimento do rash para confirmá-la,  muito menos pelos resultados dos exames laboratoriais.

Se o médico suspeita de febre maculosa, ele deve iniciar os antibióticos, mesmo não tendo certeza do diagnóstico. Por exemplo, se o paciente tem os sintomas iniciais da doença, principalmente febre alta e mal-estar, e conta uma história de picada recente de carrapato, isso já é suficiente para o início do tratamento. De forma semelhante, se o paciente com sintomas vem de uma área que recentemente têm registrado casos de febre maculosa, isso também já autoriza o médico a iniciar o tratamento.

Entretanto, é importante destacar que o simples fato de ter sido picado por um carrapato não é motivo para iniciar o tratamento. Estima-se que apenas 1% dos carrapatos em áreas endémicas estejam contaminados com a Rickettsia rickettsii. Fora das áreas endêmicas, nenhum carrapato está contaminado.  Se o médico têm dúvidas, não é errado começar mais de um antibiótico visando o tratamento das hipótese diagnósticas mais graves. Sendo assim, o médico pode começar antibióticos visando a febre maculosa e a meningite meningocócica, por exemplo. Ambas são infeções com alta taxa de mortalidade e que precisam de tratamento precoce.

Antibióticos mais eficazes

O antibiótico de escolha para o tratamento da febre maculosa é a doxiclina (Actidox®), que pode ser administrada de forma oral ou intravenosa, dependendo da gravidade do quadro. O tratamento é mantido até 72 horas depois do desaparecimento da febre, o que costuma ocorrer no 2º ou 3º dia de tratamento. Na maioria dos casos o tratamento costuma durar 7 dias.

Uma alternativa é o cloranfenicol, sendo este o antibiótico mais indicado para grávidas com febre maculosa, pois a doxiclina é contraindicada na gravidez.  O problema do cloranfenicol é o risco de efeitos colaterais graves, como a aplasia de medula, evento que ocorre em 1 a cada 25.000 pessoas tratadas. Portanto, em todas as pessoas não grávidas o tratamento deve ser feito preferencialmente com doxiclina.

A maioria dos pacientes responde rapidamente ao tratamento e a mortalidade é baixa quando o antibiótico é iniciado nos primeiros 5 dias. Uma vez curado, a maioria dos doentes desenvolve imunidade contra Rickettsia rickettsii para o resto vida, não havendo risco de ter a doença novamente.

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Carrapato, carraças ou chatos como controlar?

As carraças são essencialmente trazidas para dentro de casa à “boleia” dos animais de estimação. Por isso, é essencial fazer uma desparasitação externa eficaz das mascotes durante todo o ano, usando:

  • Coleiras,
  • Líquidos spot-on (ampolas)
  • Sprays
  • Champôs

A maioria dos produtos disponíveis no mercado faz um controlo simultâneo de pulgas e carraças e, alguns deles, também de moscas e mosquitos.

Deve desinfestar-se o ambiente de casa?

Quando o ambiente onde o animal vive está muito infestado, seja num canil, no quintal ou dentro de casa, é recomendada a pulverização destes locais. Deve ter sempre em atenção que estes produtos são medicamentos que, quando usados em excesso, são tóxicos e podem ser prejudiciais para a saúde do seu animal ou até mesmo para a sua saúde. Aconselhe-se junto do médico veterinário e na Farmácia sobre qual o produto mais adequado para cada animal e ambiente.

Cuidados de proteção

Principalmente no tempo mais quente, as carraças acumulam-se nos locais com ervas altas, matos e vegetação pelo que se deve limitar o acesso dos animais a estas áreas, mesmo quando estão devidamente desparasitados.

Ao chegar a casa, é prudente fazer a inspeção do animal, não esquecendo as zonas mais escondidas como o espaço entre os dedos. As carraças encontradas devem ser removidas com cuidado de forma a eliminar totalmente o parasita sem deixar as suas peças bucais que podem ser responsáveis pela formação de reações inflamatórias locais. Se após a remoção da carraça, o animal apresentar alterações no seu estado de saúde como falta de apetite, prostração ou urina muito escura deve recorrer imediatamente ao veterinário.

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Como tirar a carraça de forma correta?

Se encontrar uma carraça a morder a sua pele, deve removê-la o mais depressa possível. Deve fazê-lo de forma cuidadosa e segura de acordo com os passos abaixo indicados:

  1. Proteja as mãos com luvas de látex ou com papel;
  2. Segure a carraça o mais próximo possível da sua pele, com o auxílio de uma pinça de pontas finas ou com um extrator próprio. Não deve apertar a “barriga” da carraça pois poderá provocar a injeção do seu fluido infetado;
  3. Depois de bem presa, deve puxar a carraça para cima aplicando uma força constante, sem a arrancar de forma brusca nem torcer para não partir as peças bucais deixando-as enterradas na pele. Se isso acontecer, pode removê-las com a pinça;
  4. Após a remoção da carraça, lavar o local da picada com água e sabão e desinfetar com solução iodada;
  5. Colocar a carraça num frasco com álcool, pois isso irá causar a sua morte, e, se possível, guarda-lo para auxiliar o seu médico no diagnóstico no caso de ficar doente;
  6. Não é recomendável usar vaselina, azeite ou recorrer ao calor para “adormecer” a carraça pois estes métodos causam a regurgitação de saliva para o hospedeiro, aumentado as possibilidades de infeção.

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Retirar carraça de forma segura

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Carraça retirada de forma errada

Se até cerca de um mês após a mordedura da carraça, encontrar manchas vermelhas no local da picada ou se sentir cansado, febril ou com dores no corpo e cabeça, recorra imediatamente ao médico. Se não o fizer, a infeção vai progredindo com o aparecimento de sintomas cada vez mais graves como paralisias ou alteração das capacidades intelectuais.

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Doença de Lyme o que é?

A doença de Lyme é uma infeção bacteriana transmitida por carraças, muito comum na América do Norte e na Europa.

O nome te origem nos diversos casos que ocorreram em 1997 na cidade de Lyme, em Connecticut (EUA). Pelo facto de um dos principais sintomas ser inchaço e dor nas articulações, acreditava-se que era artrite. Porém, como os casos eram agudos (os sintomas desapareciam) e afetavam apenas adolescentes, os pacientes foram estudados e a doença de Lyme foi descoberta. Apesar disso, acredita-se que a doença seja muito mais antiga.

Causas

A doença de Lyme é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, mas a transmissão dá-se através das carraças. São elas que carregam e as bactérias e que podem transmiti-las para os seres humanos por meio de picadas. As carraças prendem-se à pele, onde podem permanecer bastante tempo enquanto sugam o sangue do hospedeiro. Os locais preferidos do corpo humano para as carraças são as axilas, couro cabeludo e região da virilha.

Para transmitir a doença, as carraças devem ficar presas à pele do hospedeiro durante 36 a 48 horas no mínimo. Quanto menor a carraça, maiores são as probabilidades de transmitir a doença de Lyme, pois são mais difíceis de serem detetadas.

Quando são transmitidas, as bactérias entram na pele através da picada e invadem a corrente sanguínea, espalhando-se pelo corpo.

Fatores de risco

A doença de Lyme é mais comum nos Estados Unidos e em algumas regiões central e leste da Europa, bem como no sudeste da Escandinávia e no norte do Mediterrâneo, em países como Itália, Espanha e Grécia. Pessoas que viajam para esses locais e passam muito tempo em áreas arborizadas e com relva estão sob maior risco de contrair a doença. Pessoas com ocupações ao ar livre também são mais propensas a desenvolver este problema.

Se for viajar para esses locais, certifique-se quais as regiões que ainda sofrem com infestações de carraças e evite ficar com a pele exposta. Se detetar uma carraça, remova-a rapidamente, mas de forma correta. Não identificar e não remover corretamente a carraça da pele também aumentam probabilidades de desenvolver doença de Lyme.

Sintomas

Os sinais e sintomas da doença de Lyme variam e normalmente afetam mais de uma parte do corpo, principalmente pele, articulações e sistema nervoso.

Sinais precoces

Estes sinais e sintomas podem ocorrer dentro de aproximadamente um mês após a infeção pela bactéria causadora da doença de Lyme:

  • Surgimento de uma protuberância avermelhada na região em que houve picada. A erupção, denominada eritema migrans, é uma das características da doença de Lyme. Algumas pessoas desenvolvem esta erupção em mais do que um local do corpo
  • Sintomas gripais, como febre, calafrios, fadiga, dores no corpo e dor de cabeça pode acompanhar a erupção cutânea.

Sinais e sintomas tardios

Em algumas pessoas, a erupção cutânea pode espalhar-se para outras partes do corpo e, várias semanas ou meses depois de ter sido infetado, podem surgir:

  • Dores nas articulações e inchaço
  • Problemas neurológicos, como meningite, paralisa temporária de um lado do rosto (chamado de paralisia de Bell), dormência ou fraqueza dos membros, além de movimentos musculares prejudicados.

Sintomas menos comuns

Várias semanas após a infeção, algumas pessoas podem desenvolver sintomas menos comuns, a exemplo de:

  • Problemas de coração, como um batimento cardíaco irregular, que não costumam durar mais do que alguns dias ou semanas
  • Inflamação dos olhos
  • Inflamação do fígado (hepatite)
  • Fadiga severa.

Tratamento

Consulte um médico se foi picado recentemente por uma carraça, mesmo se não estiver apresentando sintomas. Caso sinta fraqueza, dormência nos membros, dores ou quaisquer outros sintomas, procure a ajuda de um especialista o mais rápido possível.

Sendo uma infeção bacteriana os antibióticos mais utilizados são os seguintes:

  • Doxiciclina (Actidox®), excepto crianças até aos 9 anos, grávidas e mães a amamentar;
  • Cefuroxima (Zoref®, Zipos®);
  • Amoxicilina (Clamoxyl®);
  • Ceftriaxona intravenosa (Mesporin®), nos casos mais graves;
  • Penicilina intravenosa (nos casos mais graves)

Concluindo

A picada de uma carraça não é coisa pouca… pode correr muito mal! Tenha especial atenção aos seus animais de estimação principalmente cão e gato e quando for fazer um piquenique tenha um cuidado suplementar aos sintomas de irritação na pele “tipo picada” que possam surgir durante ou após os seus “momentos de lazer com a Natureza”.  Deve ser aplicada um vigilância especial ás crianças que adoram cães e gostam de “rebolar na relva”… o que é ótimo desde que não recebam a visita dos parasitas em causa neste artigo!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Fontes:

  • Manuais MSD;
  • Globalvet;
  • Dr Pedro Pinheiro;

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Hepatite aguda fulminante de origem desconhecida em crianças

Segundo o CEDIME (centro de informação do medicamento) da Ordem dos Farmacêuticos, no dia 15 de abril de 2022, surgiram notícias sobre surtos de hepatite aguda fulminante de etiologia desconhecida em crianças pequenas no Reino Unido e surgiram depois relatos de casos noutros países. Segundo dados do Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 28 de abril de 2022, pelo menos 111 casos foram reportados no Reino Unido, aproximadamente 55 casos prováveis e confirmados reportados em 12 países da UE/EEE, outros 12 casos nos Estados Unidos da América, 12 em Israel e um no Japão.

https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-news/item/2022-DON376https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-news/item/2022-DON376

Hepatite o que é?

Simplificando, uma hepatite é uma inflamação do fígado. Existem várias causas de hepatite, como drogas, medicamentos, toxinas, mas uma das mais comuns são as infeções virais. A hepatite pode prejudicar o normal funcionamento do fígado, um órgão de extrema importância que desempenha as seguintes funções essenciais:

  • Processamento de nutrientes;
  • Metabolismo e eliminação de substâncias como se fosse responsável pela “Filtração” de substâncias (toxinas, drogas, medicamentos) do sangue;
  • Combate às infeções.

Tipos de hepatites

Existem cinco tipos de hepatites conhecidas, as hepatites A, B, C, D e E cujas formas de transmissão são essencialmente as seguintes:

  • Hepatite A – Transmite-se através do consumo de alimentos ou água contaminados e contacto pessoa a pessoa. Existe vacina.
  • Hepatite B – Transmissível pelo sangue, de mãe para filho durante a gravidez, por contacto sexual desprotegido e por seringas infetadas. Existe vacina.
  • Hepatite C – Transmite-se pelo sangue de pessoa infetada ou por contágio sexual. Existe tratamento.
  • Hepatite D – Apenas infeta pessoas com infeção concomitante com a hepatite B. Não tem vacina.
  • Hepatite E – Infeção aguda contraída pelo contacto com matéria fecal presente em água ou alimentos contaminados.

Sintomas da hepatite aguda grave

O quadro clínico é de hepatite aguda grave que requer hospitalização com icterícia e transaminases hepáticas acentuadamente elevadas. Na maioria dos casos até ao momento, o início da icterícia foi precedido nas semanas anteriores por uma doença gastrointestinal com dor abdominal, vómitos (como característica mais acentuada), diarreia e náusea em crianças até aos 16 anos. A maioria dos casos não apresentou febre.

As informações sobre o desfecho dos casos ainda estão a ser recolhidas e analisadas. Até agora, a maioria dos doentes para os quais há informações disponíveis recuperou, mas alguns evoluíram para insuficiência hepática aguda tendo sido submetidos a transplante de fígado. No Reino Unido, a autoridade de saúde recomendou particular atenção a todas as crianças que apresentem sinais e sintomas potencialmente atribuíveis à hepatite que possam exigir testes de função hepática. os principais sintomas incluem: 

• Descoloração da urina (escura) e/ou fezes (pálido); 

• Icterícia (coloração amarelada da parte branca do olho e da pele);

• Prurido  (comichão);

• Artralgias (dores articulares) e mialgias (dores musculares);

• Pirexia (febre);

• Náuseas, vômitos ou dor abdominal;

• Letargia (falta de energia mental e física) e ou perda de apetite.

Causas da hepatite aguda em crianças

A causa destes casos de hepatite permanece desconhecida mas sabe-se que não há associação com viagens e que os vírus que usualmente causam hepatites (A, B, C, D e E) não foram detetados nestas crianças. Inicialmente, as hipóteses acerca da etiologia dos casos foram no sentido de se tratar de um agente infecioso ou de uma possível exposição tóxica. Não foi identificado nenhum vínculo com a vacina COVID-19 e informações detalhadas, recolhidas por meio de um questionário, sobre alimentos, bebidas e hábitos pessoais não identificaram nenhuma exposição comum.

Infeção por adenovírus será hipótese forte

Atualmente, muito embora as investigações toxicológicas continuem em curso, uma etiologia infeciosa é considerada a mais provável devido ao quadro epidemiológico e às características clínicas dos casos. A infeção por adenovírus é uma das hipóteses em estudo e considerada a principal, à data mas um facto estranho compromete esta hipótese é que em diversos casos não foi detetada qualquer presença de adenovírus, além de ser habitual a presença deste tipo de vírus nas crianças.

Adenovírus F41 é o maior suspeito

Das 169 crianças com esta hepatite severa incluídas no boletim da OMS, 85 foram testadas para a presença do adenovírus. Dessas, 74 apresentaram o resultado positivo.

Existe uma grande variedade na família dos adenovírus, boa parte provoca doenças respiratórias. O serotipo 41, particularmente comum nos exames feitos entre essas crianças, tende a desencadear reações gastrointestinais.

O ECDC tem estado a trabalhar em proximidade com as equipas dos vários países e, em conjunto com a OMS e outros parceiros, tem estado a apoiar as investigações em curso partilhando todas as informações disponíveis com os países através da sua Rede de Hepatites e com organizações clínicas – Associação Europeia para o Estudo do Fígado e Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas (ESCMID).

O que é um adenovírus?

Adenovírus são vírus de DNA classificados de acordo com 3 antígénios capsídeos principais:

  • hexon,
  • penton,
  • fibra.

Existem 7 espécies de adenovírus humanos (A a G) e 57 serotipos. Diferentes serotipos estão associados a diferentes doenças.

Adenovírus são geralmente adquiridos por meio de contato com secreções (inclusive transmissão por dedos) de uma pessoa infetada ou por contato com um objeto contaminado como uma toalha ou um instrumento. A infeção pode ser transmitida pelo ar ou pela água por exemplo ao nadar em lagos ou em piscinas sem a dose de cloro adequada. A disseminação assintomática do vírus, gastrintestinal ou respiratória, pode continuar durante meses, ou mesmo anos.

Sinais e sintomas das infeções por adenovírus

Em hospedeiros imunocompetentes, a maioria das infeções por adenovírus não apresenta sintomas (assintomática). Quando as infeções são sintomáticas, um amplo espectro de manifestações clínicas é possível porque a maioria dos adenovírus que causam doença leve tem afinidade a vários tecidos no nosso organismo.

A maioria das infecções sintomáticas ocorre nas crianças e causa febre com sinais e sintomas respiratórios altos, como faringite, otite média, tosse e tonsilite exsudativa com adenopatia cervical, que podem ser difíceis de diferenciar da faringite estreptocócica do grupo A.

Os tipos 3 e 7 do adenovírus causam uma síndrome diferente de conjuntivite, faringite e febre (febre da faringoconjuntivite).

As raras síndromes por adenovírus nos lactentes são a bronquiolite e a pneumonia graves. Em populações fechadas de adultos jovens (p. ex., recrutas militares), podem ocorrer epidemias por doença respiratória; os sintomas incluem febre e sintomas do trato respiratório inferior, normalmente traqueobronquite e, algumas vezes, pneumonia.

Ocorreram agrupamentos de casos de doença respiratória grave por adenovírus específicos (particularmente os tipos 7, 14 e 55) em adultos saudáveis.

As infeções por adenovírus são cada vez mais reconhecidas como causas de doença respiratória grave e outras doenças clínicas em adultos imunocomprometidos.

Algumas vezes a ceratoconjuntivite epidêmica é grave e ocorre de forma esporádica e em epidemias. Conjuntivites são frequentemente bilaterais. Adenopatia pré-auricular pode também surgir. Quemose, dor e lesões puntiformes das córneas, visíveis à coloração com fluoresceína, podem estar presentes. Os sinais e sintomas sistémicos são leves ou ausentes. A ceratoconjuntivite epidémica normalmente desaparece em 3 ou 4 semanas, embora as lesões da córnea possam persistir por mais tempo.

Síndromes adenovirais não respiratórias incluem cistite hemorrágica, diarreia em crianças e meningoencefalite.

A maioria dos pacientes recupera completamente. Até mesmo a pneumonia primária grave por adenovírus não é fatal, com exceção de casos fulminantes raros, predominantemente em crianças, recrutas militares e pacientes imunocomprometidos.

Diagnóstico de infeções por adenovírus

  • Avaliação clínica
  • Na doença grave, testes por reação em cadeia da polimerase (PCR [polymerase chain reaction]) das secreções respiratórias e do sangue

O diagnóstico laboratorial de infecção por adenovírus raramente modifica a conduta. Durante a doença aguda, o vírus pode ser isolado de secreções respiratórias e oculares e frequentemente das fezes e da urina. Uma elevação de 4 vezes no título de anticorpos do soro indica infecção recente por adenovírus.

O PCR pode detectar DNA dos adenovírus nas secreções respiratórias e no sangue, sendo útil quando os pacientes têm doença grave e o diagnóstico é necessário.

Tratamento das infeções das crianças por adenovírus

Tratamento sintomático

O tratamento das infeções por adenovírus é sintomático e de suporte. Nenhum antiviral tem eficácia comprovada, embora a ribavirina e o cidofovir tenham sido usados com resultados variados em pacientes imunocomprometidos.

Prevenção de infecções por adenovírus

Como prevenção primária todos nós infelizmente deveremos continuar a ter o hábito de desinfeção das mãos depois de tocar em objetos e superfícies que possam ter secreções de outras pessoas, embora ainda não se tenha a certeza da verdadeira eficácia destas medidas.

Vacinas que contêm adenovírus vivos dos tipos 4 e 7, administradas por via oral em uma cápsula entérica revestida, podem prevenir a maioria das doenças causadas por esses dois tipos. A vacina não esteve disponível durante alguns anos, mas foi reintroduzida em 2011. Contudo, só está disponível para os militares. Pode ser administrada a pacientes dos 17 aos 50 anos de idade e não deve ser prescrita para gestantes ou nutrizes.

Para minimizar a transmissão, os médicos devem trocar as luvas e lavar as mãos depois de examinar os pacientes infetados, esterilizar corretamente os instrumentos e evitar o uso dos mesmos instrumentos oftalmológicos em vários pacientes.

Os adenovírus são resistentes a muitos desinfetantes comuns; recomendam-se produtos contendo água sanitária com 2.000 a 5.000 ppm (partes por mlhão) de cloro, assim como antimicrobianos eficazes contra o norovírus recomendados pela US Environmental Protection Agency (EPA). Os US Centers for Disease Control and Prevention (CDC) emitem recomendações específicas para desinfectar equipamentos oftalmológicos a fim de prevenir a ceratoconjuntivite epidêmica.

Hipótese de Covid longo

A expressão Covid longo é utilizada para se referir às sequelas já conhecidas mas também às que ainda poderão revelar-se com o tempo. Assim convém lembrar um artigo publicado em 28 de março de 2022 na Nature metabolism com o título “Molecular consequences of SARS-CoV-2 liver tropism” cuja tradução do resumo, descrevo de seguida:

As manifestações extrapulmonares da COVID-19 têm ganhado atenção devido às suas ligações com os desfechos clínicos e as suas potenciais sequelas a longo prazo. O coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) exibe tropismo em relação a vários órgãos, incluindo coração e rim. Tem sido debatido se também afeta diretamente o fígado. 

Aqui nós fornecemos evidências clínicas, histopatológicas, moleculares e bioinformáticas para o tropismo hepático do SARS-CoV-2. Descobrimos que a lesão hepática, indicada por uma alta frequência de testes de função hepática anormais, é uma característica clínica comum do COVID-19 em duas coortes independentes de pacientes com COVID-19 que requerem hospitalização. 

Usando amostras de autópsia obtidas de uma terceira coorte de pacientes, fornecemos vários níveis de evidência para o tropismo do fígado por SARS-CoV-2, incluindo deteção de RNA viral em 69% das amostras de fígado de autópsia e isolamento bem-sucedido de SARS-CoV-2 infecioso do tecido hepático post mortem. Além disso, identificamos perfis de atividade baseados em fatores de transcrição, proteômicos e de transcrição em amostras de autópsia hepática, revelando semelhanças com as assinaturas associadas a várias outras infeções virais do fígado humano. 

Juntos, fornecemos uma análise multimodal abrangente do tropismo hepático SARS-CoV-2, que aumenta a nossa compreensão das consequências moleculares do COVID-19 grave e pode ser útil para a identificação de alvos farmacológicos específicos de órgãos.

Após a publicação deste estudo não parece haver dúvidas sobre a capacidade do SARS-CoV-2 causar danos e sequelas de médio longo prazo no fígado, tornando este órgão vital mais vulnerável a infeções virais, toxinas e medicamentos que normalmente não causam doença hepática severa.

Em Israel todas as crianças afetadas pela hepatite aguda tinham sido anteriormente infetadas pelo SARS-CoV-2!

Depois das crianças em geral terem sido poupadas a consequências severas do SARS-CoV-2 seria um ironia do destino a descoberta de tão graves sequelas de Covid-19 nas crianças. Como pai de três sei bem o pesadelo que seria a confirmação desta hipótese!

Evento de saúde pública preocupante

Considerando a etiologia desconhecida, a população pediátrica afetada e o potencial desfecho grave, o ECDC considera estarmos perante um evento de saúde pública preocupante. É essencial estabelecer uma vigilância a nível nacional para os países da UE/EEE o mais rapidamente possível para recolher informações detalhadas sobre os caso, tais como:

  • Epidemiológicas,
  • Clínicas,
  • Virológicas e outras, incluindo análises toxicológicas.

Os Estados-Membros da UE/EEE podem partilhar informações sobre todos os casos suspeitos na plataforma EpiPulse do ECDC para facilitar a investigação. Em Portugal ainda não há casos reportados, mas foi constituída uma taskforce pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com o Programa Nacional para as Hepatites Virais e com a Sociedade Portuguesa de Pediatria. Esta taskforce acompanhará a situação internacional, a avaliação de risco a nível nacional e a elaboração de orientações técnicas para a deteção precoce de eventuais casos que venham a ser identificados no país. A Direção-Geral da Saúde (DGS) irá atualizando as informações e recomendações no seu site. 

Bibliografia

Nature metabolism – Molecular consequences of SARS-CoV-2 liver tropism

CDC – Acute Hepatitis and Adenovirus Infection Among Children — Alabama, October 2021–February 2022

CNN Portugal – Porque é que os médicos não acreditam que seja o adenovírus F41 a causar a hepatite aguda?

1. Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC). ECDC publishes Rapid Risk Assessment – Increase in severe acute hepatitis cases of unknown aetiology in children, Disponível em: https://www.ecdc.europa.eu/en/news-events/ecdc-publishes-rapid-risk-assessment-increase-severeacute-hepatitis-cases-unknown , acedido em 28 abril 2022. 

2. Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC). Increase in severe acute hepatitis cases of unknown aetiology in children, Disponível em: https://www.ecdc.europa.eu/en/publicationsdata/increase-severe-acute-hepatitis-cases-unknown-aetiology-children , acedido em 28 abril 2022 

3. Direção-Geral da Saúde (DGS). Casos de Hepatite de etiologia desconhecida em diversos países europeus, Disponível em: https://www.dgs.pt/em-destaque/hepatite-aguda-de-origem-desconhecidaem-criancas-informacao.aspx, acedido em 28 abril 2022. 

4. Organização Mundial de Saúde (OMS) (23 abril 2022). Disease Outbreak News; Multi-Country – Acute, severe hepatitis of unknown origin in children, Disponível em: https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-news/item/2022-DON376, acedido em 28 abril 2022. 

5. Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC). Increase in acute hepatitis of unknown origin among children – United Kingdom., Disponível em: https://www.ecdc.europa.eu/en/newsevents/increase-acute-hepatitis-unknown-origin-among-children-united-kingdom, acedido em 27 abril 2022. 

6. Site do Governo do Reino Unido (GOV.UK), Disponível em: https://www.gov.uk/government/publications/hepatitis-increase-in-acute-cases-of-unknownaetiology-in-children/increase-in-acute-hepatitis-cases-of-unknown-aetiology-in-children, acedido em 27 abril 2022. 

7. Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UK Health Security Agency), Disponível em: https://gpwebsite-cdn-prod.s3.amazonaws.com/news-images/1649679961- 72c99b95fd94121c2acd01adf53f42da.pdf, acedido em 27 abril 2022.

8. CEDIME – Centro de informação do medicamento

9. CDC Alerts Providers to Hepatitis Cases of Unknown Origin