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Mielite transversa e vacina anti-covid suspensa

Mielite transversa afinal que relação tem com a vacina contra a Covid-19? A farmacêutica AstraZeneca, empresa multinacional detida por uma parceria privada Britânica e Sueca, anunciou a suspensão dos testes de fase 3 à vacina para a Covid-19 que está a desenvolver em parceria com a Universidade de Oxford.

Esta vacina é considerada uma das mais avançadas por estar já na última fase de testes (fase 3) cumprindo os protocolos mais seguros e rigorosos de investigação científica de medicamentos, sem “saltar” fases… sendo por isso uma das preferidas pelas autoridades de saúde Americanas e Europeias.

Descrição do estudo clínico: Phase III Double-blind, Placebo-controlled Study of AZD1222 for the Prevention of COVID-19 in Adults

A fase 3 é a última fase de testes em larga escala usada para identificar efeitos adversos graves, pouco comuns, que só se tornam visiveis quando são testadas milhares de pessoas.

Leia também: Top 20 medicamentos mais perigosos do mundo

A AstraZeneca, citada pela agências de notícias CNBC e StatNews, justificou que a suspensão foi originada por uma reação adversa séria num dos participantes voluntários do estudo.

Em julho de 2020, a empresa publicou dados que mostraram que a sua vacina produziu uma resposta imune promissora nas fases de testes anteriores já concluidas (fase 1 e fase 2).

Mecanismo de ação da vacina AZD1222

A vacina da AstraZeneca, chamada AZD1222, usa material genético do coronavírus com um adenovírus modificado. Este adenovírus carrega um gene para uma das proteínas do SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19. O adenovírus é projetado para induzir o nosso sistema imunológico a gerar uma resposta imune protetora contra o SARS-2.

Esta vacina usa tecnologias que foram aplicadas para fazer uma vacina experimental contra o Ebola, que foi fornecida a pessoas na República Democrática do Congo no final de 2019.

Efeitos adversos

A vacina foi considerada bem tolerada e não houve efeitos adversos graves, de acordo com os investigadores na época. Os efeitos colaterais mais comumente relatados foram:

  • Fadiga,
  • Dor de cabeça.

Outros efeitos colaterais comuns incluem:

  • Dor no local da injeção,
  • Dores musculares,
  • Calafrios,
  • Febre.

Qual foi o efeito adverso grave?

Apesar da AstraZeneca não ter divulgado detalhes sobre o efeito adverso grave em causa, de acordo com o The New York Times, uma pessoa apresentou problemas relacionados com uma doença congénita denominada mielite transversa, mas não está claro se é a mesma pessoa que teve as reações adversas, se o caso está realmente relacionado com a vacina, ou se é mera coincidência. No entanto nos telejornais já é descrita uma doença neurológica como estando na origem da suspensão dos ensaios clínicos da vacina o que reforça a hipótese de mielite transversa.

Notícia do The New York Times: AstraZeneca Pauses Vaccine Trial for Safety Review.

Mielite transversa

A Mielite Transversa (MT) é uma doença grave do foro neurológico causada por um processo inflamatório das substâncias cinzenta e branca da medula espinal que pode causar desmielinização axonal ou seja dano na bainha de mielina do axónio que é uma parte do neurónio responsável pela condução dos impulsos elétricos que partem do corpo celular, até outro local mais distante, como um músculo ou outro neurónio.

Fonte: Khan Academy

É uma doença neurológica rara, que faz parte de um conjunto de doenças neuroimunológicas do sistema nervoso central.

Todas essas desordens envolvem ataques inflamatórios no sistema nervoso central. Elas são diferenciadas principalmente pelo local do ataque, e por elas serem ou monofásicas (ocorrência única) ou muiltifásicas (de múltiplos episódios). Essas desordens têm muitos sintomas em comum, e as estratégias de tratamento delas são similares.

Sintomas

Há uma grande variedade na apresentação de sintomas, que são baseados na parte da medula espinhal que foi afetada e na gravidade dos danos na mielina e nos neurónios na medula espinhal. Os sintomas da mielite transversa incluem:

  • Fraqueza muscular,
  • Paralisia, parestesia ou sensações desconfortáveis nos nervos,
  • Dor neuropática,
  • Espasticidade,
  • Fadiga,
  • Depressão,
  • Disfunção sexual, intestinal, e vesical.

A mielite transversa pode ser aguda ou também pode desenvolver-se lentamente.

Causas

Na maioria dos casos a causa é idiopática (desconhecida). Em alguns casos pode estar associado a vasculite em conjunto com outras condições infecciosas (incluindo virais), parainfecciosas e doenças sistémicas autoimunes.

Quadro clínico

Aproximadamente um terço dos pacientes com MT apresentam uma doença febril (como gripe com febre) pouco antes do início de sintomas neurológicos. Sabe-se que vacinas carregam riscos de desenvolvimento da encefalomielite disseminada aguda (ADEM), que é uma inflamação do cérebro e da medula espinhal.

MT é geralmente uma doença monofásica (ocorre uma só vez); entretanto, uma percentagem muito rara dos pacientes pode sofrer uma recorrência, especialmente se há uma doença subjacente que predispõe.

As manifestações mais comuns da Mielite transversa incluem fraqueza muscular, perda de sensibilidade e disfunção autonómica.

Tratamento

Corticosteróides são drogas usadas tipicamente como tratamento para a inflamação da medula espinhal em pacientes com MT. A plasmaférese também é usada como um tratamento para suprimir o sistema imunológico. A reabilitação, especialmente a fisioterapia, é uma parte essencial do tratamento. Os pacientes seguem um regime de reabilitação típico para lesões da medula espinhal. O tratamento de longo prazo para a MT se concentra no manejo de sintomas.

Quem contrai MT e quais são as possibilidades para a recuperação?

Essa doença pode aparecer em qualquer idade (desde os 5 meses até os 80 anos). O maior número de casos de MT parece estar entre 10 a 19 anos e após 40 anos de idade. Pessoas de ambos os sexos parecem ser diagnosticadas igualmente. A literatura sugere que a taxa anual da incidência de um diagnóstico de MT é 1,34 casos por milhão de pessoas.

A recuperação pode ser ausente, parcial ou completa e geralmente inicia-se entre um a três meses. Uma recuperação significante é improvável se nenhuma melhora ocorrer por três meses. A maioria dos pacientes com MT demonstram uma recuperação boa ou moderada . Um terço daqueles diagnosticados têm uma recuperação boa, um terço têm somente uma recuperação moderada e um terço não demonstram recuperação após o período inicial.

Quanto tempo demora uma vacina?

Desenvolver e aprovar uma vacina segura não é nada fácil! A vacina contra a poliomielite demorou 60 anos! Contra o Ébola demorou 15 anos! Contra o SARS-CoV-1 passaram 17 anos e ainda não temos vacina! Contra o MERS passaram 6 anos e vacina nada… a figura seguinte é bastante elucidativa acerca da dificuldade de aprovar uma vacina segura!

Fonte: https://www.frontiersin.org/

Investigação desenvolvimento e distribuição

A figura seguinte resume as fases necessárias ao desenvolvimento da vacina desde a investigação inicial até á distribuição final pela população.

Fonte: https://www.frontiersin.org/

Concluindo

As vacinas são medicamentos! Como farmacêutico desconheço medicamentos sem efeitos secundários… portanto é claro que podem manifestar-se efeitos adversos. No entanto, regra geral, essas manifestações secundárias são ligeiras a moderadas e os eventos graves são raros. A decisão sobre tomar vacinas tal como todos os medicamentos em geral é uma análise de benefício/risco e as autoridades de saúde só aprovam a comercialização se essa relação for positiva.

No caso especial das vacinas esta relação tem uma dupla importância pois confere proteção individual mas também pode ser alcançada uma certa imunidade de grupo que limita imenso o risco de morte das populações e no limite consegue irradicar algumas doenças muito graves quando a população adere em massa á vacinação ou ela é declarada obrigatória.

Até ao momento confio na vacinação como poderosa arma de proteção das populações…

Referências

COVID-19 PORQUE NÃO ADOECEM AS CRIANÇAS?

Na Covid-19 o coronavírus entra nas células humanas por meio de uma espécie de espigão, que se projecta para penetrar em algo chamado receptor ACE-2 nas células humanas. As crianças não têm tantos destes receptores nos pulmões quanto os adultos, mas têm nas passagens nasais e na garganta. Portanto, quando as crianças são infectadas pelo coronavírus, é mais provável que os sintomas sejam apenas corrimento nasal ou dor de garganta e nunca entrem nos pulmões.

Crianças com nariz a pingar e garganta inflamada deveriam ser testadas para o novo coronavírus. O facto de as crianças não ficarem gravemente doentes e não serem testadas, mas ainda assim infectadas com o vírus, torna-as portadoras eficientes do vírus.

Ao contrário da gripe comum, onde crianças e adultos apresentam sintomas muito semelhantes, não é óbvio o diagnóstico de Covid-19 nas crianças pelo que será comum as crianças espalharem facilmente o coronavírus sem que os pais e família tenham ideia que tal está a acontecer.

É uma estratégia extraordinária que este vírus utiliza na perfeição. A capacidade de se espalhar rapidamente dentro de uma população é necessária para que um vírus se torne uma pandemia porque, por definição, os vírus pandémicos espalham-se rápido o suficiente para causar impacto no mundo inteiro ao mesmo tempo. No entanto a rápida disseminação não é o que torna este vírus mais mortal.

Actualização: Misteriosa doença ataca crianças com Covid-19?

No entanto nos últimos dias de Abril de 2020, médicos britânicos alertaram as autoridades de saúde para um aumento misterioso de doenças inflamtórias sistémicas em crianças que contactaram com o coronavírus SARS-CoV-2.

Estas crianças apresentam um quadro de doença grave similar á Doença de Kawasaki que pode afectar as artérias coronárias das crianças implicando o seu internamento urgente numa unidade de cuidados intensivos, por dificuldades respiratórias e quadros clínicos sistémicos com diversos orgãos afectados.

Notícia do The Guardian: At least 12 UK children have needed intensive care due to illness linked to Covid-19

Leia tudo sobre a doença de Kawasaki clicando na imagem seguinte

Doença de Kawasaki e Covid-19 nas crianças

Leia também: Covid-19 quais os tratamentos recentes mais promissores e quais os polémicos!

Leia também: Como fortalecer o sistema imunitário contra o coronavírus

FALTA DE AR CAUSAS E PERIGOS

Falta de ar ou dispneia, é um sintoma não uma doença. Pode indicar que o oxigénio não está a chegar às células e tecidos do organismo em quantidade suficiente, sendo por conseguinte um sinal de alarme!

Falta de ar o que é exactamente?

A falta de ar caracteriza-se por desconforto ou dificuldade em respirar, podendo associar-se a outrosa sinais tais como:

  • Aperto no peito,
  • Cansaço,
  • Fadiga ao realizar tarefas diárias simples como andar, subir escadas ou comer.

Causas

A falta de ar pode ter diversas cusas tais como:

  • Oxigénio abaixo dos níveis desejáveis como por exemplo, a grandes altitudes;
  • Obstrução das vias aéreas;
  • Problema no coração ou obstrução à circulação sanguínea;
  • Níveis de glóbulos vermelhos/hemoglobina, que transportam o oxigénio no sangue, demasiado baixos;
  • Problema nos pulmões que impede as trocas gasosas.

Doenças que causam falta de ar

Diversas doenças podem ter como sintoma a falta de ar, a saber:

  • Asma;
  • DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica);
  • Pneumonia;
  • Tuberculose;
  • Infeção respiratória;
  • Infeção pulmonar;
  • Edema pulmonar;
  • Enfarte do miocárdio;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Anemia;
  • Anafilaxia (reação alérgica grave);
  • Ansiedade;
  • Crise de pânico.

Exames para detetar niveis de oxigénio

Exames simples permitem saber se os níveis de oxigénio estão baixos ou se a falta de ar é provocada por ansiedade ou crise de pânico. Os mais utilizados são:

  • Oxímetro de pulso – é um exame não invasivo que permite medir a saturação de oxigénio que deve estar acima dos 95%;
  • Gasometria arterial – feita através de exame de sangue.

Saturação de oxigénio

saturação de oxigênio aso o termo saturação para indicar a quantidade (em %) de um gás num líquido. Em medicina mede-se a saturação de oxigênio em fluídos corporais, principalmente no sangue.

Assim o termo saturação de oxigênio emprega-se para referir o nível de oxigenação do sangue. A oxigenação produz-se quando as moléculas de oxigênio entram nos tecidos do corpo. Por exemplo, o sangue oxigena-se nos pulmões, onde as moléculas de oxigênio viajam do ar para o sangue e combinam-se com a hemoglobina formando a oxi-hemoglobina, e com ela chegam a todo o corpo.

saturação de oxigênio no sangue, concretamente a saturação arterial de oxigênio (SaO2), é um importante parâmetro para avaliar a função respiratória. Em muitos casos, segundo o quadro clínico, a idade e a situação do paciente, permite tirar conclusões sobre a função e a atividade do pulmão.

Pressão parcial de oxigênio (pO2)

O uso mais corrente da saturação em medicina é o nível de saturação de oxigénio no sangue arterial mediante o método da pulsioximetría para poder detectar a insuficiência respiratória. É muito importante a monitorização do paciente durante a anestesia geral utilizada nas cirurgias ou durante a oxigenoterapia de um doente com falta de ar. Mede-se a % de oxigénio  ligada à hemoglobina do sangue (oxi-hemoglobina).

Os valores de saturação expressam-se com a abreviatura “S”, acrescentando o símbolo químico do oxigênio (SO2).

A baixas pressões parciais de oxigénio, a maioria da hemoglobina está desoxigenada. Cerca de 90% (o valor varia segundo o contexto clínico), a saturação de oxigénio aumenta de acordo com uma curva de dissociação de oxi-hemoglobina e aproxima-se ao 100% a pressões parciais de oxigênio superiores aos 10 kPa.

O gráfico em forma de curva mostra que a % de hemoglobina saturada de oxigénio está diretamente relacionada com a pressão arterial parcial de oxigênio (pO2). Quanto mais alta é a pressão parcial do oxigênio (pO2) mais alta é a saturação de oxigénio no sangue arterial (SaO2). Devido à dependência da afinidade do oxigénio com a hemoglobina, que depende do número de moléculas de O2 já ligadas, esta relação não é linear. A curva do oxigénio ligado à hemoglobina mostra uma pendente em forma de “S”.

Valores médios:

  • pO2 (sangue arterial): 71 – 100 mm Hg; sO2: 94 – 97 %
  • pO2 venosa mista: pO2: 36 – 44 mm Hg; sO2: 65 – 82 %

A medida da saturação realiza-se com o oxímetro de pulso e baseia-se no princípio de absorção de uma luz característica pela oxi-hemoglobina. O valor da saturação de oxigénio no sangue para os humanos está na faixa de 95-99%. Para os fumadores, estes valores são mais baixos.

Uma saturação de oxigénio no sangue inferior ao 90% implica uma hipoxia que pode ser originada, entre outras causas, por uma anemia. Um dos sintomas de uma baixa saturação de oxigênio no sangue é a cianose.

Morte eminente

Em doentes terminais, por exemplo na sequência de processos oncológicos, um dos indicadores de probabilidade de morte eminente, no espaço de 48 horas, é a conjugação do nível de saturação de oxigénio abaixo de 90% em simultâneo com uma baixa acentuada da pressão arterial.

Para prever a morte de um paciente em estado terminal, esta é uma das métricas mais usadas juntamente com sons respiratórios associados com o movimento das secreções e a confusão mental.

Tratamento

O tratamento dependerá sempre da causa subjacente pois as causas de falta de ar são muito diversas . Assim, o tratamento poderá consistir na administração de:

  • Antibióticos se causa for doença infeciosa bacteriana;
  • Corticoides, por via inalatória, oral ou outra se a doença for, por exemplo, asma ou outras doenças inflamatórias sem vestígios de infeção;
  • Oxigénio, incluindo através de máscara, ventilação mecânica ou mesmo intubação se SaO2 < 90%.

Prevenção

Há um conjunto de recomendações que ajudam a prevenir a falta de ar. Proteja-se, a saber:

  • Evitar fatores de risco, como tabagismo, obesidade e sedentarismo;
  • Se tem asma, evite os alergénios que podem provocar falta de ar;
  • Use a medicação de acordo com a prescrição médica, mesmo que se sinta bem;
  • Mantenha-se ativo;
  • Treine a respiração com algumas técnicas respiratórias;
  • Faça exercício para fortalecer os músculos da caixa torácica (sob recomendação e orientação de um profissional de saúde).

Emergência

Um tom arroxeado em zonas como os lábios, nariz ou dedos é sinal de falta de oxigenação dos tecidos. Procure ajuda médica imediata.

Adesão ao tratamento

As pessoas com determinadas doenças respiratórias podem ter falta de ar quando não tomam os medicamentos ou quando não os tomam conforme prescrição médica por pensarem que já não precisam.

Referências bibliográficas:

  • Pubmed.gov
  • Saúde CUF

GRIPE, RESFRIADO, TOSSE, DOR DE GARGANTA, COMO TRATAR?

Gripe, constipação, tosse, dor de garganta…doenças do tempo frio!

Pois é o tempo frio e húmido já chegou e com ele trás a “família” de doenças típicas que lhe fazem companhia… gripe, constipação, tosse, dor de garganta, dor de ouvidos, etc!

É altura de preparar a sério as nossas defesas imunitárias e ter a melhor informação para evitar e tratar tais doenças. Neste artigo reunimos a informação mais importante sobre as seguintes doenças e sintomas mais comuns no tempo frio:

  • Gripe,
  • Constipação,
  • Tosse,
  • Dor de garganta,
  • Dor de ouvidos
  • Como proteger do frio pessoas e animais,
  • Depressão (aumenta a incidência)

A depressão parece estar fora do contexto das “doenças de Inverno” mas é um facto que a sua incidência, principalmente nas mulheres, aumenta com a diminuição do número de horas de luz natural e do exercício físico e convivência ao ar livre, pelo que me parece muito importante também falar deste assunto nesta época do ano, por se tratar de uma patologia que pode ser muito penalizante para imensas famílias!

Para ler basta clicar nas imagens seguintes:

Resfriado ou gripe melhorsaude.org melhor blog de saude

Tosse melhorsaude.org melhor blog de saude

DOR DE GARGANTA MELHORSAUDE.ORG MELHOR BLOG DE SAUDE

Dores no ouvido melhorsaude.org melhor blog de saude

Proteger do FRIO melhorsaude.org melhor blog de saude

DEPRESSÃO melhorsaude.org melhor blog de saude

JEJUM INTERMITENTE PODE “CURAR” DIABETES EM ALGUNS DOENTES?


Jejum intermitente será que pode “curar” alguns diabéticos? Um estudo observacional publicado pelo British Medical Journal na revista BMJ Case Reports  por três médicos que testaram esta terapia em três doentes, com resultados positivos, descreve que o jejum intermitente pode ajudar a eliminar a necessidade de insulina e outros medicamentos para baixar o nível de glicose em doentes com diabetes tipo 2.

Estudo: Planned intermittent fasting may help reverse type 2 diabetes, suggest doctors

Este é um estudo observacional com uma amostra muito reduzida mas que deve ser valorizado pois é publicado numa revista científica credivel e sinaliza resultados verdadeiramente extraordinários que se espera sejam confirmados por estudos mais profundos, controlados e duplamente cegos, utilizando amostras muito mais alargadas.

Os doentes, 3 homens, com idades entre os 40 e os 67 anos, com hipertensão arterial e colesterol elevado, tomavam, por dia, pelo menos 70 doses de insulina. Dois deles fizeram jejum de 24 horas em dias alternados, enquanto o terceiro fez jejum três dias por semana. Durante os dias de jejum, estes homens só podiam ingerir o seguinte:

  • Líquidos de baixo teor calórico, como água, chá, café ou caldo;
  • Uma refeição também pobre em calorias à noite, ao jantar.

Jejum intermitente e diabetes

Este programa alimentar foi seguido durante um período que variou entre os sete e os onze meses. No final as reações ao jejum observadas no estudo foram as seguintes:

  • Ao fim de 5 dias, um dos doente parou de tomar insulina;
  • Ao fim de 1 mês os restantes doentes pararam de tomar insulina;
  • Dois dos doentes conseguiram parar de tomar todos os medicamentos para controlar a diabetes;
  • O terceiro interrompeu três dos quatro fármacos que tomava para os diabetes.

Os autores do estudo referem também o seguinte:

  • Todos  perderam peso, entre 10 e 18% do peso inicial;
  • Todos reduziram as suas leituras de glicemia de jejum média (HbA1c) ou hemoglobina glicada;
  • Diminuiram o perímetro da cintura;
  • Diminuiram todos o risco de complicações futuras;
  • Os doentes deixaram de injetar insulina;
  • Mantiveram o esquema de refeições sem dificuldade.

Apesar de ser apenas observacional o estudo, já teve reações positivas, referem os autores.

Estudo em detalhe

Paciente com 40 anos

O paciente 1 era um homem de 40 anos com diabetes tipo 2 há 20 anos e que tinha também hipertensão e colesterol alto. No início do estudo, este homem tomava:

  • Metformina,
  • Canagliflozina,
  • Insulina de ação longa,
  • Insulina de ação curta.

Depois de jejuar três vezes por semana durante sete meses, este doente interrompeu todos os fármacos, à exceção da canagliflozina.

Paciente com 52 anos

O paciente 2 era um homem de 52 anos que sofria da doença também há mais de duas décadas. Para além do colesterol elevado e hipertensão, tinha também uma doença renal crónica. À semelhança do primeiro doente, neste caso registou-se um jejum três vezes por semana mas durante onze meses. Este paciente deixou de tomar a dose fixa de insulina.

Paciente com 67 anos

O paciente 3, com 67 anos  sofria de diabetes tipo 2 há mais de dez. Após ter jejuado em dias alternados durante onze meses, deixou de precisar dos dois medicamentos que tomava para a diabetes:

  • Metformina,
  • Insulina pré-misturada.

“O jejum terapêutico é uma intervenção dietética subutilizada que pode fornecer uma redução superior da glicose no sangue em comparação com agentes farmacológicos padrão”, concluem os autores da investigação.

Segredos do jejum

O meu artigo sobre jejum intermitente é um dos mais antigos e interessantes publicados neste  blog e certamente um dos mais completos que encontrará para consulta informada e estudos crediveis sobre este tópico!

Clique na imagem para tirar todas as dúvidas:

JEJUM INTERMITENTE melhorsaude.org melhor blog de saude

Concluindo

O uso do jejum intermitente para controlar os niveis elevados de glicémia em doentes com diabetes tipo 2, usando insulina é virtualmente desconhecido na comunidade científica!

Este estudo embora não possa, de forma alguma, ser conclusivo, relata casos de doentes reais com diabetes tipo 2 que, alterando hábitos alimentares, conseguiram com éxito diminuir ou deixar de tomar insulina e outros medicamentos que tomavam diariamente.

Este facto é só por si de uma extrema importância pois levanta a hipótese de a medicação tradicional não ser o único caminho possivel para reverter a diabetes tipo 2!

Fique bem

Franklim Fernandes

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DIABETES E STRESS melhorsaude.org melhor blog de saude

FIBRILHAÇÃO AURICULAR NOVO APPLE WATCH 4 CAUSA POLÉMICA!


Fibrilhação auricular: Novo Apple Watch® 4 com monitor de electrocardiograma aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) permite fazer um electrocardiograma em qualquer lugar mas talvez aumente a paranóia e ansiedade dos utilizadores!

O novo relógio inteligente da Apple, apresentado em 12 de Setembro de 2018, detecta possíveis problemas com o ritmo cardíaco dos utilizadores.  A Apple apresentou o Watch Series 4 como um “guardião inteligente da saúde”, pois ajudará as pessoas a respirar e a comer melhor e permite fazer um electrocardiograma sem o médico presente em qualquer local!

O relógio permite ainda detectar a queda do utilizador utilizando os dados do acelerómetro e do giroscópio, iniciando uma chamada telefónica de emergência se o utilizador não responder no espaço de 1 minuto!

Apple watch 4 ECG melhorsaude.org melhor blog de saude

Neste artigo vou tratar os seguintes tópicos:

  • Apple Watch 4 qual a polémica?
  • FDA e aprovação polémica
  • Fibrilhação auricular: O que é?
  • Quais os factores de risco?
  • Fibrilhação auricular: Porque é perigosa?
  • Quais os sintomas?
  • Qual o tratamento?
  • Electrocardiograma: Como interpretar os sinais de fibrilhação auricular?
  • Apple watch 4: Que cuidados deve ter?
  • Qual a minha opinião?

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Apple Watch 2018: Qual a polémica?

Apple_watch_4 e fibrilhação auricular melhorsaude.org melhor blog de saude

No entanto a medição num contexto informal pode levar a “paranóia” e aumentar a ansiedade dos utilizadores que na sua maioria terão dificuldades em interpretar os resultados.

Atul Gupta, médico edirector do centro de tecnologia médica da Philips nos EUA afirmou que a fibrilhação auricular é uma causa muito comum de ritmo cardíaco irregular e um dos factores de risco mais importantes para um AVC.

No entanto os falsos positivos de electrocardiogramas feitos com poucos eléctrodos (2 no caso do Apple Watch 4) podem acontecer em percentagem relevante levando muitas pessoas a preocuparem-se sem razão e frequentarem desnecessáriamente os serviços de saúde.

FDA e aprovação polémica

Esta tecnologia tem já a aprovação da FDA (Food and Drug Administration) que é a mais importante  entidade reguladora de saúde nos Estados Unidos da América, mas não foi aprovada pela FDA como dispositivo médico! A classificação aprovada pela FDA foi a seguinte:

  • Class II risk device category

Esta classificação significa que o dispositivo mostrou provas crediveis  de funcionar, de ser seguro e não ameaçador da vida humana.

Significa também que mesmo que deixe de funcionar a vida humana não depende dele tal como acontece, por exemplo com um pacemaker, que tem uma classificação de Class III risk device, pois se deixar de funcionar o doente morre!

O Apple Watch 4 vai avisar o utilizador quando o batimento cardiaco for muito baixo (novidade) ou muito elevado.

O Apple Watch 4 vai notificar o utilizador quando este corre o risco de fibrilhação auricular, se o coração começar a bater de forma irregular.


Fibrilhação auricular (FA): O que é?

A fibrilhação auricular é a arritmia crónica mais frequente com uma prevalência superior a 6% a partir da sexta década de vida sendo rara antes dos 40 anos.

Na FA há uma perda da função mecânica auricular, o que leva à estagnação do sangue e à formação de coágulos nas aurículas, que podem desprender-se e embolizar as artérias cerebrais.

A FA é responsável por 15% dos AVCs , afectando cerca de 33 milhões de pessoas em todo o mundo. Só nos EUA a US Centers for Disease Control (CDC) estima que existam entre 2,7 e 6,1 milhões de Americanos afectados por esta arritmia, muitos deles sem o saberem!

Quais os factores de risco?

Os factores de risco mais frequentes são:

  • Idade avançada,
  • Hipertensão arterial,
  • Diabetes,
  • Insuficiência cardíaca.

Fibrilhação auricular: Porque é perigosa?

Na FA há uma perda da função mecânica auricular, o que leva à estagnação do sangue e à formação de coágulos nas aurículas, que podem desprender-se e embolizar as artérias cerebrais. Os riscos acrescidos são os seguintes:

  • 5 x mais risco de AVC (o principal problema),
  • 3 x mais risco de insuficiência cardíaca,
  • 2 x mais risco de demência,
  • 2 x mais risco de morte.

Quais os sintomas?

A fibrilhação auricular é uma doença cujos principais sintomas são os seguintes:

  • Sensação dos batimentos descordenados do coração (palpitações),
  • Pulsação rápida e irregular, com períodos de aceleração e desaceleração do seu ritmo.

Em alguns doentes podem ainda existir associados os seguintes sintomas:

  • Tonturas,
  • Sensação de desmaio,
  • Perda do conhecimento,
  • Dificuldade em respirar,
  • Cansaço,
  • Dor ou sensação de aperto no peito.

Tratamento

Os objectivos da terapêutica são:

  • Prevenir o AVC,
  • Controlar a frequência cardíaca,
  • Restaurar e manter o ritmo sinusal,
  • Melhorar os sintomas,
  • Prevenir a insuficiência cardíaca,
  • Prolongar a esperança de vida.

Atualmente existem novos tratamentos, que podem ser utilizados de forma mais eficaz e segura.

Electrocardiograma (ECG) quais os sinais?

Um electrocardiograma normal apresenta um padrão similar ao da seguinte imagem:

Fibrilhação auricular ECG melhorsaude.org melhor blog de saude
Imagem de Electrocardiograma com ritmo sinusal normal

Na fibrilação auricular, as ondas P, que representam a despolarização das aurículas, estão ausentes.

Apple watch: Que cuidados deve ter?

A FDA ressalva que o relógio Apple Watch nunca substitui um exame médico, não deve ser realizado por menores de 22 anos nem por pessoas já diagnosticadas com problemas cardíacos. A consulta com um profissional de saúde é insubstituivel!

Os electrocardiogramas usualmente são efectuados por um profissional de saúde, que coloca no peito do paciente vários adesivos com eléctrodos. Ás vezes,  também são colocados eléctrodos nos braços e pernas. O número exacto varia, sendo comum existirem entre três, cinco e doze eléctrodos no corpo consoante o tipo de exame. Os mais crediveis serão os de 12 derivações.

Nos electrocardiogramas com prova de esforço, a pessoa faz uma prova de esforço físico no local sendo geralmente correr um determinado tempo numa passadeira.

Em alguns casos mais dificeis de detectar o doente leva um aparelho portátil para casa durante 48 a 72 horas para tentar detectar arritmias “escondidas” pois muitas vezes não ocorrem durante o tempo do electrocardiograma tradicional, que demora apenas uns minutos.

Concluindo com a minha opinião

Para mim é óbvio que mesmo correndo o risco de alguns falsos positivos este Apple Watch pode salvar vidas pois estará muitas horas no pulso da pessoa e por essa circunstância aumenta a probabilidade de conseguir detectar ou alertar para a existência de uma possível arritmia “escondida”.

É claro que terá sempre que ser confirmada por um verdadeiro dispositivo médico nomeadamente com um electrocardiograma de 12 derivações. Depois de confirmada a fibrilhação auricular poderá então o médico estabelecer com o doente uma estratégia de mitigação de riscos prevenindo um possível AVC, por exemplo com medicamentos anticoagulantes.

Fique bem!

Bibliografia:

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Azia Refluxo e Omeprazol: Quais os perigos?

Azia refluxo antiácidos e Inibidores da Bomba de Protões (IBPs) Omeprazol: Quais os perigos? Neste artigo escrevo sobre azia a acidez do estómago e o refluxo gastroesofágico e descrevo os perigos do excesso de IBPs tais como o omeprazol, em estudos recentes, como por exemplo: Stanford School of Medicine – Some heartburn drugs may boost risk of heart attack, study finds assim como Harvard Health Publications from Harvard Medical School – Do PPIs have long-term side effects?

Os inibidores da bomba de protões (IBPs) estão entre os medicamentos mais utilizados principalmente nos Estados Unidos e Europa. Esta classe de fármacos é utilizada para tratar a azia crónica. Embora a dor muitas vezes aconteça na região inferior e média do peito, não está relacionada com doença cardíaca ou com um ataque cardíaco.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Qual a anatomia do esófago e do estômago?
  • O que é o pH?
  • Qual a escala de pH que mede a acidez e a alcalinidade?
  • Qual o pH dos fluidos corporais? São ácidos ou alcalinos?
  • Azia: Porque causa dor?
  • Ácido gástrico: Quais as suas funções?
  • Refluxo gastroesofágico: Quais as causas?
  • Azia e refluxo: Qual o tratamento habitual?
  • Inibidores da Bomba de Protões (IBPs): Porque são suspeitos?
  • IBPs: Quais os problemas associados?
  • Será que favorecem o sobre crescimento bacteriano?
  • Absorção de nutrientes: Será afectada pela utilização dos IBPs?
  • Acidez demasiado baixa: Quais as consequências?
  • Densidade óssea: Será que se altera com os IBPs?
  • Antiácidos com aspirina: Qual o perigo?
  • Esófago de Barrett: O que é?
  • Demência e IBPs: Qual a verdade?
  • Doença renal e IBPs: Qual a ligação?
  • Ataque cardíacos e IBPs: Qual a verdade?
  • Azia: Como prevenir e tratar sem IBPs?

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LEIA AQUI TODAS AS RESPOSTAS

PARKINSON DOENÇA COMEÇA NO INTESTINO?

Parkinson 2016: Um novo estudo científico vem revelar que a doença de Parkinson pode não estar apenas no cérebro. A doença pode ter início nos intestinos e mais tarde migrar para o cérebro.

Estudo:

Uma estranha coincidência entre os doentes com Parkinson levou os cientistas a investigar o sistema digestivo. A maioria queixava-se de obstipação e outros problemas intestinais, muitos cerca de 10 anos antes de a doença se manifestar.

Estudos anteriores demonstraram já que os doentes com Parkinson têm um conjunto de bactérias nos intestinos diferentes de pessoas saudáveis. Agora, em experiências realizadas em ratinhos de laboratório, os cientistas da Universidade da Califórnia CalTech perceberam que há toxinas que estão presentes tanto nos intestinos como no cérebro dos doentes.

“Encontrámos a ligação biológica entre o microbioma – comunidade de microorganismos que colonizam diversas partes do organismo – dos intestinos e a doença de Parkinson”, afirma o autor principal do estudo Sarkis Mazmanian. “Genericamente, esta investigação revela que a doença neurodegenerativa pode ter origem nos intestinos e não no cérebro, como se julga”, declarou à revista New Scientist.

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O que é a doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é uma perturbação progressiva do sistema nervoso central, caracterizada por:

  • Tremores,
  • Rigidez nos membros e articulações,
  • Problemas na fala,
  • Dificuldade na iniciação dos movimentos.

Numa fase mais avançada da doença, algumas pessoas podem desenvolver Demência. A medicação pode melhorar a sintomatologia física, mas também pode provocar efeitos secundários que incluem:

  • Alucinações,
  • Delírios,
  • Aumento temporário da confusão,
  • Movimentos anormais.

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Fique bem!

Franklim Fernandes

Fontes:

CANSAÇO OU ASTENIA DA PRIMAVERA A VERDADE!




Chegou a Primavera e o bom tempo que tanto ansiava e no entanto sinto um enorme cansaço… mas porquê? Esta é uma pergunta que muitas pessoas fazem a si mesmas e é mais frequente do que julga! Será que tem astenia ou cansaço da Primavera?

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Quais os sintomas da astenia ou cansaço de Primavera?
  • O que causa o cansaço da Primavera?
  • O que fazer para debelar o cansaço?
  • Quando deve consultar o médico?

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Quais os sintomas da astenia da Primavera?

A chegada desta estação, com as consequentes mudanças climáticas, pode fazer surgir a chamada “astenia de primavera”, cujos sintomas podem ser os seguintes:

  • Falta de energia,
  • Falta de apetite,
  • Dificuldades de concentração,
  • Falhas de memória,
  • Irritabilidade,
  • Diminuição da libido (desejo sexual),
  • Fadiga,
  • Fraqueza,
  • Desconforto geral.

O que causa a astenia de primavera?

As principais causas do cansaço de Primavera são as seguintes:

  • Alterações climáticas,
  • Dieta desequilibrada, com insuficientes vitaminas e minerais que assegurem o bom funcionamento do organismo),
  • Stress diário,
  • Sedentarismo.

Cansaço ou astenia que fazer?

Para contrariar os sintomas descritos deixo alguns conselhos que podem ajudar imenso. Alguns são óbvios mas não são colocados em prática por imensas pessoas.

Alimentação geral

Faça uma dieta equilibrada e variada, rica em fruta e vegetais. Evite o consumo de alimentos processados, fritos, fast food e alimentos e bebidas que contenham açúcar e beba pouco ou nenhum café.

Alimentação entre refeições

Encontre o intervalo de horas para se alimentar entre as refeições principais, que seja adequado a si ou seja não é necessário comer de 3 em 3 horas como muitos “Gurus” aconselham mas sim comer alimentos saudáveis quando tiver fome!

Esqueça o pão, os lanches mistos, as bolachas de água e sal (já para não falar nas outras piores!), o “suminho” de fruta  “docinho”, a torradinha  e outros alimentos acabados em “inho e inha” e trate a sério da sua saúde! Beba água de qualidade (que diga no rótulo que é de nascente), coma iogurtes naturais, coma nozes, avelãs, amêndoas (claro que não as da páscoa docinhas e com chocolate!), fruta fresca de preferência local e não a que vem de avião de outro continente, lindissima, brilhante e cheia de pesticidas!

Exercício físco

Pratique exercício físico regularmente, de preferência de manhã ou até ao final da tarde. A prática de exercício físico moderado provoca o aumento da produção de endorfinas que promovem a sensação de bem-estar. No entanto não exagere fazendo exercício “à maluca” pois o excesso de exercício fisico não dá saúde e pode originar lesões crónicas.

O sono

Dormir 7 horas e meia  por noite chega… nem mais nem menos… desde que sejam bem dormidas ou seja que faça uma especíe  de viagem no tempo julgando que passaram 2 horas desde que se deitou mas já passaram 7 ou 8 horas.

A água que se bebe

Beba 1,5L de água diariamente, principalmente entre refeições e se a sua urina ainda não sair limpida e transparente beba ainda mais! Se puder evite beber água da torneira por causa do cloro que é prejudicial para o nosso microbioma ou seja a nossa flora intestinal, que é essencial na saúde do nosso sistema imunitário. Geralmente a melhor água é a que refere no rótulo ser água de nascente. Existem no mercado águas de marca branca (mais económicas) que são de nascente.

O Stress

Aprenda a gerir o stresse no emprego, planeando bem o dia de trabalho. Estabeleça prioridades escrevendo, no início do dia, numa folha de papel as difentes tarefas e classificando-as como:

  • A (fazer hoje) + tempo de execução estimado
  • B (pode ser amanhã) + tempo de execução estimado
  • C (pode esperar alguns dias) + tempo de execução estimado

Sempre que possível, delegue tarefas. Esta é uma das principais causas de cansaço psicológico que se reflete na parte física nomeadamente nos músculos e articulações.

Quando consultar o médico?

Se os sintomas não se atenuarem, consulte o seu médico e este avaliará se poderá estar na presença de alguma doença que necessite de tratamento, tal como:

  • Anemia,
  • Depressão,
  • Doença celíaca,
  • Problemas de tiroide.

Concluindo

O tema do cansaço é recorrente e parece ser cada vez mais frequente. Uma enorme parte da população vive cansada psicológicamente e isso tem também consequências físicas evidentes tais como dores musculares, articulares e de cabeça. No entanto cada um de nós tem a possibilidade de fazer opcções e escolher mudar hábitos alimentares pouco saudáveis que em nada favorecem a nossa saúde. Quanto à “saúde mental” o mais importante é evoluir psicológicamente e ser mais forte que a corrente não se deixando arrastar por coisas pequenas sem importância. Aprenda a comprender que as coisas não têm todas a mesma prioridade e de certeza que umas têm de se fazer hoje mas  outras podem ficar para amanhã ou depois sem que com isso venha mal ao Mundo!

Fique bem

Franklim Fernandes

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MEMÓRIA e alimentos

RINITE ALÉRGICA E ALERGIA TUDO O QUE NÃO SABE



Rinite alérgica, asma, alergias… são diversas as consequências menos bonitas da chegada da primavera! A incidência de rinite alérgica e doenças alérgicas está claramente a aumentar na população em geral pelo que é muito importante, antes de mais, saber o que realmente provoca as reações mais severas, como se podem evitar e quais os melhores tratamentos. Este artigo pretende ser um importante contributo para melhorar a qualidade de vida de imensas pessoas que sofrem com estas patologias.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Alergia, o que é?
  • O que é a rinite?
  • Quais os sintomas da rinite alérgica?
  • Quais as causas?
  • Complicações da rinite, quais são?
  • Qual o mecanismo bioimunulógico da rinite?
  • Qual a classificação da rinite alérgica?
  • Porque se dá mais importância à asma?
  • Porque se dá menos atenção à rinite?
  • Qual a prevalência da rinite na população?
  • Será a rinite um factor de risco para desenvolver asma?
  • Rinite e asma partilham mecanismos comuns?
  • Tratar a rinite pode evitar a asma?
  • Será que pode ter rinite e asma ao mesmo tempo?
  • Como distinguir a rinite de constipação ou resfriado?
  • Que complicações pode causar a rinite se não for tratada?
  • Qual a eficácia dos medicamentos mais usados na rinite alérgica?
  • Qual o melhor tratamento para a rinite alérgica?



Alergia o que é?

Uma alergia é uma reação de hipersensibilidade, a estímulos externos, mediada pelo sistema imunitário, nomeadamente um tipo de anticorpo com uma importância central em todas as doenças alergicas, designado imunoglobulina E (IgE).

Reacção alérgica

Rinite o que é?

A rinite é uma inflamação crónica da mucosa nasal com presença de um número aumentado de células inflamatórias, das quais as mais importantes são linfócitos, eosinófilos e mastócitos.

Sintomas e mecanismo bioimunológico

A entrada na mucosa nasal de alergénios que se ligam ás IgE de superficie de mastócitos da mucosa nasal, induz a desgranulação destes mastócitos com libertação de mediadores inflamatórios como a histamina e os leucotrienos, entre outros, que vão induzir os seguintes sintomas:

  • Obstrução nasal devido à vasodilatação que vai provocar o edema da mucosa dos cornetos nasais;
  • Rinorreia aquosa ou serosa devido ao aumento da permeabilidade nasal com exsudação plamática;
  • Prurido (comichão) nasal, ocular, palatino, orofaríngeo e até otológicos (ouvidos) e esternutos ( frequentemente salvas de 5 a 20 espirros seguidos ), devido a irritação das terminações nervosas nasais e pel aestimulação adicional de células calciformes do epitélio nasalcontribuindo para o agravamento da rinorreia aquosa ou sero-mucosa.

A esta fase aguda, dependendo da intensidade e da frequência de reexposição ao estímulo alergénico, segue-se uma fase sub-aguda e depois uma fase crónica, caracterizadas sobretudo pela infiltração de linfócitos e eosinófilos e que se traduz, do ponto de vista clínico, por uma predominância e persistência da obstrução nasal.

Causas da rinite alérgica

Os principais alergénios responsáveis pela rinite são:

  • Ácaros do pó da casa
  • Pólenes (cujas concentrações no ar aumentam na primavera)
  • Pelos de animais
  • Fungos
  • Poeira

Problemas associados à rinite alérgica

  • Asma (as pessoas com rinite têm um risco quatro vezes maior de sofrerem de asma)
  • Rinoconjuntivite
  • Rinossinusite
  • Otite
  • Problemas de sono
  • Interferência nas atividades de vida diárias e diminuição da qualidade de vida

Classificação da rinite alérgica

Actualmente, tanto em adultos como em crianças, a rinite alérgica é classificada segundo o esquema proposto pelo programma ARIA (Allergic Rhinitis and its impact on asthma). Este esquema classificativo veio romper com a forma tradicional de classificar a rinite em perene e sazonal, tornando esta classificação mais próxima da que é utilizada na asma. A saber:

  • Intermitente ligeira;
  • Persistente ligeira
  • Intermitente moderada/grave
  • Persistente moderada/grave

Clique na tabela para melhor leitura:

Classificação da rinite alérgica melhorsaude.org

Asma e rinite

De todas as doenças alérgicas que podem afectar a população, a asma tem merecido a atenção principal não só pelo seu impacto familiar, sócio-profissional e económico mas também pela deficiente qualidade de vida e risco de morte que pode condicionar quando não devidamente controlada.

A rinite, alérgica ou não, não é uma doença que mata mas, como todos sabemos, mói! Sendo uma doença sub-diagnosticada e sub-tratada muitos doentes habituam-se a viver «constipados», a maior parte das vezes não procurando cuidados médicos, sejam do seu médico de família ou de um especialista.

Prevalência da rinite na população

A rinite alérgica é  reconhecida como a doença alérgica mais frequente. Diversos estudos da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) têm demosntrado que mais de 25% da populaçãoPortuguesa apresenta queixas crónicas de rinite, à semelhança do que acontece noutros países.

Verifica-se que existe um pico de prevalência de cerca de 40% nos adolescentes e adultos jovens e que as queixas oculares concomitantes vão sendo mais frequentes com ao avançar da idade. Assim temos:

  • 3 – 5 anos
    • Rinite 20%
    • Rinoconjuntivite 10%
  • 15 – 25 anos
    • Rinite 40%
    • Rinoconjuntivite 18%
  • 15 – 64 anos
    • Rinite 25%
    • Rino conjuntivite 19%
  • 65 – 98 anos
    • Rinite 30%
    • Rinoconjuntivite 20%

Um estudo (RDR2000), com o objectivo de conhecer a prevalência da rinite em Portugal Continental no ano de 1998, revela que apenas 20% dos doentes com rinite procura o seu médico de Clínica Geral por queixas da doença e apenas 16% tinham sido observados em consultas de especialidade de Imunoalergologia.

Rinite factor de risco para a asma?

No que diz respeito à asma, sabe-se que rinite e asma coexistem frequentemente e um estudo recente considera mesmo que a rinite é um fenómeno universal em doentes com asma alérgica ocorrendo em 99% de adultos e em 93% de adolescentes. Da mesma maneira, há estudos recentes que revelam que a asma aparece três vezes mais nos indivíduos com rinite do que naqueles que nunca tiveram sintomas nasais. Todos estes dados apontam para que a rinite seja considerada um factor de risco para a asma.

Rinite e asma mecanismos comuns

As duas entidades, partilham mecanismos inflamatórios comuns que explicam o conjunto de sintomas que as caracterizam e todos estão de acordo, clínicos e investigadores, que é importante iniciar, o mais precocemente possivel o tratamento anti-inflamatório e o tratamento preventivo, evitando:

  • Os ácaros do pó de casa,
  • O pólen,
  • O fumo do tabaco,
  • Os ambientes poluídos, etc.

Tratamento da rinite evita asma?

Sim, o tratamento da rinite com anti-histamínicos orais e corticosteróides de aplicação nasal e, em casos criteriosamente seleccionados, com vacinas anti-alérgicas, pode evitar o aparecimento da asma ou no caso dela já existir, melhorar os seus sintomas, evitar agudizações e reduzir a reactividade dos brônquios que caracteristicamente está aumentada.

Rinite para além da asma

O nariz reage sempre de maneira idêntica quer se trate de uma agressão vírica (a banal constipação) quer se trate de um alergénio (ácaros do pó de casa ou pólen), a saber:

  • Prurido nasal (comichão),
  • Espirros,
  • Rinorreia (nariz a pingar)
  • Obstrução (entupimento) nasal em maior ou menor grau.

A suspeita de rinite alérgica levanta-se quando este conjunto de sintomas surge repetidamente, o que pode acontecer ao longo do ano todo, como no caso da rinite alérgica perene, muitas vezes associada ao pó de casa como factor desencadeante, ou num período determinado do ano como é o caso da rinite alérgica polínica com sintomas predominantes em Maio e Junho, meses em que é maior a concentração de grãos de pólen de gramíneas, os mais frequentemente incriminados.

Diferenças entre rinite e resfriado

A constipação banal, o resfriado comum, ocorre a maior parte das vezes nas transições de estação e no Inverno, duram 3 a 7 dias e em cada indivíduo, uma ou duas vezes por ano. O indivíduo que «anda sempre constipado» ou que, quando chega a Primavera arrasta «uma constipação» até ao Verão, deve procurar cuidados médicos. A estes sintomas de rinite, associam-se muitas vezes sintomas dos olhos (comichão, lacrimejo, intolerância à luz, vermelhidão), sendo esta associação mais frequente na rinite polínica.

Complicações se não tratada

Embora o conjunto de todos os sintomas da rinite seja muito incomodativo e interfira negativamente nas actividades diárias dos doentes, a obstrução nasal é de longe o sintoma com mais consequências, a saber:

  • Perturba o sono, com uma fadiga anormal no dia seguinte, a
  • Tosse e irritabilidade brônquica (em alguns casos com o quadro típico de asma) que a respiração obrigatória pela boca acaba por condicionar.
  • Nas crianças, a obstrução nasal persistente leva a deformação do palato (vulgo «céu da boca») com anomalias nas arcadas dentárias e anormal implantação dos dentes, por vezes de correcção muito difícil.
  • A sinusite, processo inflamatório dos seios perinasais, complica cerca de metade dos casos de rinite alérgica, aumenta a susceptibilidade a infecções víricas e bacterianas e o conjunto de sintomas que a caracterizam, nomeadamente as dores de cabeça, as náuseas, as tonturas, o aparecimento de secreções nasais de difícil eliminação, complica ainda mais o dia-a-dia dos doentes.

Eficácia dos fármacos mais utilizados

Clique na tabela para melhor leitura:

Eficácia_terapêutica_dos_fármacos_na_rinite

Nota:  Esternutos é o termo médico para espirros.

Qual o melhor tratamento da rinite alérgica?

Quais os degraus terapêuticos no tratamento da rinite alérgica?

Clique na tabela para melhor leitura:

Terapêutica_para_rinite_alérgica

Conclusão

Assim, podemos concluir que há hoje evidência de que a rinite mal controlada pode conduzir a complicações que vão desde a sinusite à asma, passando pela otite média, por anomalias na implantação dos dentes e por perturbações do sono mais ou menos graves.

Por favor PARTILHE esta importante informação para que possa chegar a muitos milhares de Portugueses que sofrem desta alergia ajudando a melhorar a sua qualidade de vida.

Juntos por uma MELHOR SAÚDE!

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

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