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VACINAS COVID PERIGOS E TODA A VERDADE

Vacinas Covid-19 vacinas RNA e DNA diferenças, vantagens e perigos, toda a verdade! Como funcionam estas vacinas? Quais as vantagens? Quais os perigos e polémicas? O que dizem os céticos anti-vacinas? Quais as vacinas Covid-19 já em fase de aprovação? Quais os preços já anunciados?

Qual a melhor vacina Covid-19? Sim no final do artigo respondo sem rodeios a esta questão!

As empresas farmacêuticas Pfizer (americada) e BioNTech (alemã), Moderna (americana) e AstraZeneca/Oxford (Inglesa) anunciaram em Novembro de 2020, que as suas vacinas contra a covid-19, eram capazes de prevenir a doença Covid-19 em mais de 90% (Pfizer e Moderna) e 70% a 90% (AstraZeneca/Oxford) das pessoas vacinadas. A Janssen/Johnson anunciou 66,1% a 66,9% de eficácia no documento de autorização para uso de emergência, aprovado pela FDA dos EUA, em 27 de Fevereiro de 2021.

Segundo estes laboratórios, nenhum efeito adverso grave devido à vacina foi descrito até ao momento nos estudos clínicos, após vários milhares de voluntários terem sido injetados e muitos mais milhares efetivamente já vacinados em vários países.

Será que podemos mesmo confiar na informação apenas dos laboratórios que são parte interessada no “negócio”? O que importa de facto analizar? Afinal até agora qual será… provavelmente, a melhor vacina!

Este é mais um artigo detalhado com informação relevante e recente para que possa, de maneira mais conhecedora, formar a sua própria opinião sobre um assunto que a todos nos afeta!

Leia também: Estes medicamentos e suplementos contra a Covid-19 salvaram vidas! Sabia que alguns deles podes comprar na Farmácia?

O seguinte índice inicial deste artigo ajuda-te a identificar a estrutura do texto e saltar, se desejares, para os temas que mais te interessam.

Neste artigo vou tratar os seguintes temas:

  • Tabela das vacinas mais avançadas;
  • Documentos informativos oficiais;
  • Resposta imune como funciona?
  • Vacina comum como funciona?
  • Tipos de vacinas
  • Vacinas vivas atenuadas
  • Vacinas inativadas
  • Vacinas de subunidades proteicas
  • Vacinas de partículas semelhantes a vírus
  • Vacinas de toxoides
  • Vacinas de vetor viral
  • Plano Nacional de Vacinação 2020 (PNV 2020)
  • Vacinas extra PNV 2020
  • Vacinas de DNA e RNA (genéticas)
  • Vacinas de DNA vantagens perigos e problemas
  • Polémicas e céticos das vacinas de DNA
  • Polémicas vias de administração
  • Vacinas de RNA vantagens e problemas
  • Temperatura de conservação e logística de distribuição
  • Vacinas da Covid-19 quais as que estão prontas ou quase?
  • Quais os preços já divulgados?
  • Segurança e aprovação oficial.
  • Qual a melhor vacina Covid-19?

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Tabela de vacinas Covid-19 mais avançadas

Segundo a Organização Mundial de Saúde são 11 as vacinas em fase final de estudos clínicos prontas ou quase prontas para aprovação das entidades reguladoras do medicamento.

Descrevo de seguida quais são essas vacinas, laboratórios responsáveis pelo seu desenvolvimento, países de origem, temperatura de conservação, eficácia e qual o tipo de vacina.

Laboratório/Vacina
Nacionalidade
Temperatura
de conservação
EficáciaTipo de
vacina
Pfizer/BioNTech/Fosun
EUA/Alemanha/China
-70ºC95%mRNA
Moderna/NIAID
EUA
-20ºC94,1%mRNA
Oxford/AstraZeneca
Reino Unido/Suécia
2ºC a 8ºC70%Vetor viral não replicante
Gamaleya Research Institute (Sputnik V)
Russia
2ºC a 8ºC95%Vetor viral não replicante
Janssen Biotech/ Johnson & Johnson
Bélgica/EUA
2ºC a 8ºC66,1% a 66,9%Vetor viral não replicante
CanSino Biological Inc.
China
2ºC a 8ºCNDVetor viral não replicante
Novavax
EUA
2ºC a 8ºCNDSubunidade proteica
Sinovac (CoronaVac)
China
2ºC a 8ºC97%Vírus
inativado
Sinopharm/Beijing Institute of Biological
Products
China
2ºC a 8ºCNDVírus
inativado
Sinopharm/Wuhan Institute of Biological
Products
China
2ºC a 8ºCNDVírus
inativado
Bharat Biotech
India
2ºC a 8ºCNDVírus
inativado
Fontes: Organização Mundial de Saúde (OMS). ND significa não divulgado.

Pfizer/BioNTech

A Pfizer irá distribuir a vacina Comirnaty em contentores especiais que mantêm a sua temperatura durante duas semanas, segundo uma especialista do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças, Janell Routh, dizendo que para já não está a ser recomendado que hospitais ou clínicas comprem equipamento especial.

Moderna

A vacina da Moderna parece ser mais estável no que concerne à temperatura mas também é claro que vai precisar de uma rigorosa cadeia de frio, não se sabendo ainda detalhes mais rigorosos sobre as temperaturas que devem ser asseguradas na sua distribuição e armazenamento que no entanto deve estar próxima dos -20ºC.

AstraZeneca/Oxford

Já a vacina da AstraZeneca/Oxford necessita apenas de um intervalo de refrigeração comum entre os 2ºC a 8ºC habituais (temperatura conseguida num frigorífico normal) sendo a mais barata das três vacinas em fase mais avançada. Embora aparentemente a eficácia seja menor que as da Pfizer e Moderna, a temperatura e o preço (ver final deste artigo) conferem-lhe uma enorme vantagem competitiva!

Janssen Biotech / Johnson & Johnson

A vacina anti-Covid desenvolvida pela Janssen-Cilag, o laboratório belga que pertence à Johnson & Johnson, foi considerada segura e eficaz pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (Food and Drug Administration – FDA) que em 27 de Fevereiro de 2021 atribuiu uma autorização para uso de emergência, Os pontos mai relevantes são os seguintes:

  • Eficácia 66,9% na prevenção de formas moderadas de Covid-19 e 66,1% nas formas severas/criticas;
  • Temperatura de armazenamento de 2ºC a 8ºC;
  • Dose única de 0,5ml;
  • Efeitos adversos mais frequentes são dor no local da aplicação, dor de cabeça, fadiga, mialgia, náuseas, eritema e inchaço no local da aplicação.
  • Existiram alguns casos de anafilaxia durante os estudos clínicos;
  • Preço 10 USD por dose,

Documentos de aprovação da FDA dos EUA:

FDA – Janssen COVID-19 Vaccine Frequently Asked Questions

Vacinas contra a covid-19

Há 40 vacinas genéticas entre as 187 que estão a ser desenvolvidas contra a covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dez já são testadas em humanos e duas estão na última etapa desta parte da pesquisa.

Pode consultar os relatórios que vão sendo actualizados pela OMS clicando na imagem seguinte.

Vacinas Covid-19 prontas e fase 3

Descrevo de seguida, segundo relatório de Organização Mundial de Saúde (OMS) a lista de 11 vacinas já em fase 3 (última fase) de estudos clínicos ou seja as mais adiantadas e quase prontas para aprovação de Autorização de Introdução no Mercado (AIM) das mais importantes agências mundiais do medicamento como a FDA (americana) e a EMA (europeia). Algumas destas vacinas, entretanto já estão aprovadas para uso de emergência e a ser aplicadas na população com maior risco de contrair doença grave por COVID-19.

Vacina Covi-19
Laboratório/Produtor

Nacionalidade
Plataforma da
Vacina
Tipo de vacinaDosesDias entre dosesVia de administração
Sinovac (CoronaVac) (China)InativadaInativada214IM
Wuhan Institute of Biological
Products/Sinopharm (China)
InativadaInativada221IM
Beijing Institute of Biological
Products/Sinopharm (China)
InativadaInativada221IM
Bharat Biotech (Índia)InativadaVirião completo inativado228IM
University of Oxford/AstraZeneca (Reino Unido/Suécia)Vetor viral não-replicanteChAdOx1-S228IM
CanSino Biological Inc./Beijing Institute
of Biotechnology (China)
Vetor viral não-replicanteVetor tipo 5 Adenovirus10IM
Gamaleya Research Institute (Sputnik V) RussiaVetor viral não-replicanteAdeno-based (rAd26-S+rAd5-S)221IM
Janssen/Johnson & Johnson Pharmaceutical Companies (Bélgica e EUA)Vetor viral não-replicanteAdenovirus Type 26 vector1
0
IM
Novavax (EUA)Subunidades proteicasFull length recombinant SARS
CoV-2 glycoprotein nanoparticle
vaccine adjuvanted with Matrix M
221IM
Moderna/NIAID (EUA)RNALNP-encapsulated mRNA228IM
Pfizer/BioNTech/Fosun Pharma (EUA/Alemanha/China)RNA3 LNP-mRNAs228IM
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS). IM significa intramuscular.

Preços das vacinas

Alguns laboratórios começaram já a revelar o preço ou intervalo de preços das suas vacinas. Descrevo de seguida os preços de algumas das vacinas covid-19 mais faladas, segundo o Business Standard.

Vacina/laboratórioPreço por dose (USD)Doses
Moderna coronavirus vaccine$372
Pfizer/BioNTech coronavirus vaccine$202
Oxford/ AstraZeneca coronavirus vaccine$3 a $42
Jassen/Johnson & Johnson Covid-19 vaccine$101
Russia Sputnik V coronavirus vaccineNão anunciado2
Covaxin India coronavirus vaccine$1,35 (100 rupias)ND
Novavax coronavirus vaccine NVX-CoV2373$162
Fonte: Business Standard ND significa informação não disponível

No final do artigo descrevo as razões da minha escolha para melhor vacina anti Covid-19. Se tem curiosidade deslize já até ao fim deste artigo que vai sendo constantemente atualizado e já mudou a escolha acertada em função dos efeitos colaterais entretanto conhecidos.

Resposta imune como funciona?

Afinal, em termos simples, como responde o nosso sitema imunitário à entrada de um novo vírus? Como se forma a memória imunitária e passa a reconhecer o vírus? A imagem seguinte descreve de forma clara e simplificada esse mecanismo.

Leia também: Este é o TOP 10 medicamentos contra a Covid-19!

Vacina comum como funciona?

A primeira vacina foi criada pelo médico britânico Edward Jenner há pouco mais de 220 anos, na passagem do século 18 para o século 19, para prevenir a varíola.

As vacinas que até agora usavamos envolviam a administração no nosso organismo do vírus ou bactéria (ou parte desses micoorganismos) causadores da doença que desejamos ficar imunes, de forma a causar uma reação do nosso sistema imunitário que a partir desse momento reconhecia uma nova ameaça e passava a responder combatendo esses vírus ou bactérias e evitando a sua reprodução e respectiva doença.

Leia também: Isto é o que torna o sistema imunitário mais forte… toda a verdade!

Para estas vacinas serem seguras, no caso dos vírus e bactérias, antes de nos serem administrados na forma de vacinas, são enfraquecidos na sua capacidade de causar doença (vacinas vivas atenuadas) ou inativados para serem incapazes de se reproduzir no nosso organismo (vacinas mortas inativadas).

Também existem as chamadas vacinas de subunidades. Nestas apenas fragmentos característicos de um vírus, como por exemplo uma proteína da superfície do vírus, são produzidos em laboratório e purificados para serem usados na vacina.

Existem também vacinas de toxoides em que a doença é causada não pela bactéria mas por uma tooxina por ela produzida, como é o caso das vacinas contra a difteria e tétano.

Mais recentemente surgiram as vacinas de vetor viral não- replicante, as vacinas de DNA e as vacinas de RNA.

Resumindo, no decurso da história das vacinas, os cientistas inventaram os seguintes tipos de vacinas:

Vacinas de vírus ou bactérias– Vivas atenuadas
– Inativadas ou mortas
Vacinas de base proteica– Subunidades proteicas
– Partículas semelhantes a vírus
Vacinas toxoides– Imitam a toxina que causa a doença
Vacinas de vetor viral– Replicante
– Não-replicante
Vacinas de ácido nucleico ou genéticas– DNA
– RNA (mais recentes)
Tipos de vacinas

Leia também: Este é o novo plano nacional de vacinação desde os 2 meses até aos 120 anos de idade!

Vacinas vivas atenuadas e vacinas inativadas

Existem já 4 vacinas inativadas anti-Covid-19 em fase 3 de estudos clínicos. São elas as seguintes:

  • Sinovac;
  • Wuhan Institute of Biological Products/Sinopharm;
  • Beijing Institute of Biological Products/Sinopharm;
  • Bharat Biotech.
Vacinas vivas atenuadas e vacinas inactivadas ou mortas.

Vacinas de subunidades proteicas

Neste tipo de vacina, proteínas do coronavírus são injetadas diretamente no corpo. Da mesma forma, fragmentos ou invólucros de proteínas que imitam a estrutura do vírus também podem ser usados.

A maioria delas imita a proteína spike (espícula), que desempenha papel determinante no processo de entrada vírus na célula, por meio da ligação com o receptor ACE2.

Esse tipo de vacina requer adjuvantes para estimular o sistema imune, bem como múltiplas doses.

Existe já uma vacina deste tipo anti-covid-19 em fase 3 de estudos clínicos. É a seguinte:

  • Novavax.

Vacinas de partículas semelhantes a vírus

Estas são também vacinas de base proteica que utilizam partículas semelhantes a vírus, que imitam um invólucro contendo a estrutura externa viral, porém sem o conteúdo interior.

Estas partículas não são capazes de causar infecção pois não possuem material genético do interior do vírus. Têm a capacidade de gerar uma forte resposta imune, mas são difíceis de ser produzidas.

Vacina de vetor viral

Nas vacinas que utilizam vetores virais, um vírus como o do sarampo ou um adenovírus é geneticamente modificado para produzir ou transportar até às células, as proteínas do coronavírus. 

Esses vírus estão enfraquecidos e não podem causar doenças. Existem dois tipos:

  • Replicante – que ainda se podem replicar dentro das células;
  • Não-replicante – que perderam o poder replicante porque os genes principais foram desativados.

Existem já em fase 3 de estudos clínicos 4 vacinas anti-covid de vetor viral não-replicante. são elas:

  • University of Oxford/AstraZeneca (ChAdOx1-S, 2 doses. IM, com 2ª dose 28 dias após a 1ª dose);
  • CanSino Biological Inc./Beijing Institute of Biotechnology;
  • Gamaleya Research Institute;
  • Janssen/Johnson & Johnson (Adenovirus Type 26 vector, 1 ou 2 doses, IM, com 2ª dose 56 dias após a 1ª dose).

Vacina Covid-19 AstraZeneca/Universidade de Oxford

Por exemplo, a vacina da Universidade de Oxford para a Covid-19 é feita com um vector viral não-replicante que utiliza um adenovírus de chimpanzés que foi modificado para ficar inofensivo, que não se replica e entrega nas células humanas um fragmento de material genético do novo coronavírus, induzindo-as a produzir uma proteína semlehante à existente no vírus do SARS-CoV-2.

Segundo informação publicada no jornal Público, a plataforma do vector viral com o adenovírus que a nova vacina de Oxford usa já existe desde 1991, segundo Adrian Hill.

Hill trabalhou com Sarah Gilbert, outra especialista, para aperfeiçoar a tecnologia, o que envolveu usar o vírus da constipação de chimpanzés como o vector através do qual se entregam as instruções de produção da proteína do vírus que se procura imitar, em testes com doenças como a gripe, a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) e o Ébola durante a última década. A esperança era que isto se provasse útil um dia contra uma ou mais doenças mortíferas.

A pandemia virou o seu foco para o novo coronavírus, o SARS-CoV-2, em Janeiro de 2020. A vice-reitora da Universidade de Oxford, Louise Richardson, foi informada sobre o trabalho de Gilbert que parecia promissor para combater o novo coronavírus, mas que a investigação estava a ser levada a cabo sem fundos.

A universidade ofereceu um milhão de libras (cerca de 1,12 milhões de euros) para financiar a investigação até que obtivessem mais financiamento, contou Louise Richardson, o que aconteceu quando o Governo britânico e a AstraZeneca se entenderam em Maio.

Plano Nacional de Vacinação

Em Portugal fazem parte do Plano Nacional de Vacinação recomendado 11 vacinas essenciais aplicadas gratuitamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A imagem seguinte descreve o plano completo de vacinação recomendado.

Fonte: Direção Geral de Saúde (DGS). Plano Nacional de Vacinação 2020.

Vacinas extra PNV 2020

Apesar de Portugal ter um excelente plano nacional de vacinação (PNV) existem ainda vacinas recentes mas importantes que estão fora desse plano, principalmente por razões orçamentais.

Vacinas de DNA e RNA

As vacinas de DNA e RNA ou vacinas de ácido nucleico, também denominadas vacinas genéticas são um mundo novo no campo da vacinação em larga escala! Em vez de injetar em nós um vírus ou parte dele, o nosso próprio organismo é “programado” para produzir a proteína do vírus, contra a qual o nosso sistema imunitário vai depois reagir e criar memória imunitária.

Neste tipo de vacina, o ácido nucleico é inserido nas células humanas, que produzem cópias de alguma proteína do vírus. A maioria dessas vacinas codifica a proteína spike do vírus.

Esse fragmento de código genético denomina-se plasmídeo. Neste caso os cientistas identificam a parte do código genético viral que carrega as instruções para a fabricação dessa proteína viral e criam um veiculo de transporte estável (por vezes outro vírus ou um veículo lipídico) para carregar essa “peça genética viral”, plasmídeo, para dentro do nosso organismo e das nossas células.

São vacinas fáceis de desenvolver, porque envolvem apenas o material genético, e não o vírus. No entanto, esta é uma tecnologia que nunca foi usada em nenhuma vacina atualmente licenciada e aprovada pelas autoridades do medicamento como a FDA agência do medicamento norte americana e a EMA agência do medicamento europeia. Assim falta ainda comprovar oficialmente a sua eficácia.

Os termos genéticos mais usados significam o seguinte:

  • DNA (sigla inglesa) ou ADN (sigla portuguesa) significa Àcido Desoxirribonucleico ;
  • RNA (sigla inglesa) ou ARN (sigla portuguesa) significa Àcido Ribonucleico;
  • mRNA significa Àcido Ribonucleico mensageiro.

Plasmídeo

Plasmídeos são moléculas circulares duplas de DNA capazes de se reproduzir independentemente do DNA cromossómico. Ocorrem geralmente em bactérias e por vezes também em organismos eucarióticos unicelulares e células de eucariotas superiores.

O tamanho de um plasmídeo é bastante diverso variando entre poucos milhares a mais de cem mil pares de bases. Numa única célula, podem existir uma ou várias dezenas de cópias de um mesmo plasmídeo.

A replicação do DNA plasmídico é feita pela mesma maquinaria celular que realiza a replicação do DNA cromossómico, à mesma velocidade ou a uma velocidade superior (o que provoca um número elevado de cópias do plasmídeo na célula).  Os plasmídeos replicam-se de forma independente do DNA cromossómico mas a sua replicação dá-se a cada divisão celular de forma a conservar pelo menos uma cópia em cada célula-filha.

Mecanismo de ação

Depois de absorvidas pelas nossas células, vai funcionar como um manual de instruções para a produção da proteína do vírus. A célula fabrica essa proteína e exibe-a na sua superfície ou liberta-a na corrente sanguínea, estimulando e “alertando” o nosso sistema imunitário.

Existem em fase 3 de estudos clínicos apenas 2 vacinas de RNA anti-covid-19, são elas:

  • Moderna/NIAID (LNP-encapsulated mRNA, 2 doses, IM, com 2ª dose 28 dias após a 1ª dose);
  • BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer (3 LNP-mRNAs, 2 doses, IM, com 2ª dose 28 dias após a 1ª dose);

Vantagens das vacinas genéticas

No caso das comuns vacinas atenuadas ou inativadas, é preciso cultivar uma grande quantidade de vírus para usá-los como matéria prima. Com as vacinas genéticas basta criar em laboratório a sequência genética desejada. Isto exige uma estrutura de produção mais simples e provavelmente com menores custos de produção.

Este tipo de vacina pode ser produzida mais rapidamente em grande escala e também é mais flexivel ou seja podem ser rapidamente adaptadas se o SARS-CoV-2 sofrer mutações perigosas.

As vacinas genéticas eliminam o risco da pessoa vacinada ficar doente, o que pode acontecer em pacientes imunodeprimidos quando são usadas vacinas com os vírus atenuados.

O tempo necessário para desenvolver uma vacina também diminui drasticamente. Normalmente, leva-se meses para ter uma vacina pronta para os primeiros testes. Com a vacinas genéticas, pode demorar apenas algumas semanas.

A Moderna levou 42 dias do momento em que recebeu a sequência genética do vírus até começar os estudos da vacina contra a covid-19. Isso é quase impossível com outras tecnologias.

Os testes mostraram, até agora, que as vacinas genéticas contra a covid-19 geraram uma reação do sistema imunológico pelo menos tão boa quanto a de outras candidatas não genéticas. Assim elas não são apenas mais seguras e relativamente baratas de produzir, mas bastante eficazes.

Vacinas de DNA

Se estas vacinas têm tantas vantagens, porque é que ainda não há nenhuma aprovada para o uso em humanos?

Trata-se de uma tecnologia é recente. As vacinas genéticas estão a ser desenvolvidas há cerca de 30 anos mas só recentemente começaram a dar resultados positivos e garantias de utilização segura e eficaz.

No início, os cinentistas acreditavam que seria melhor fazer este tipo de vacina usando DNA, a molécula que guarda todas as informações genéticas de um organismo sendo usada pelas nossas células para produzir as proteínas essenciais à nossa sobrevivência.

No entanto nesse processo de produção proteica o DNA precisa de ser transformado em moléculas de RNA, que transporta essas instruções até à parte da célula onde as proteínas são produzidas.

Os cientistas acreditavam que, ao injetar o DNA do vírus em nós, ele poderia ser absorvido pelas nossas células e transformado em RNA para produzir a proteína desse microorganismo, dando assim início à reação imune do nosso corpo.

No entanto os testes feitos até agora mostraram que as vacinas de DNA não produzem uma resposta imunológica suficientemente forte em humanos.

Vantagens das vacinas de DNA

São diversas as vantagens das vacinas de DNA se conseguirem ser estáveis e seguras. Descrevo de seguida as principais.

Desenho– Sequências podem ser rapidamente clonadas e modificadas
– Altamente flexivel, podendo codificar vários tipos de proteínas como antigéneos virais ou bacterianos e proteínas imunoreguladoras
Produção– Produção e formulação rápidas
– Reproduzivel em larga escala
– Baixo custo e fácil de produzir
Segurança– Não reverte para forma virulenta ao contrário das vacinas atenuadas
– Não foram observados efeitos adversos significativos nos ensaios clínicos já efectuados.
Estabilidade– Estável à temperatura ambiente ao contrário das vacinas de RNA
– Longo tempo de armazenamento.
Mobilidade– Facilidade de armazenamento
– Facil transporte
– Não necessitam cadeia de frio.
Imunogenicidade– Indução de resposta imune celular (celulas T) e humoral (celulas B) específicas para os antigénios testados.

Polémicos riscos e problemas

Os céticos deste tipo de vacinas de DNA alegam os riscos associados à manipulação do nosso material genético celular com consequências ainda imprevisiveis para a nossa saúde a médio e longo prazo. De facto as vacinas de DNA podem apresentar alguns problemas e riscos descritos no quadro seguinte.

Integração no DNA celularA integração poderia causar mutagénese de inserção, instabilidade cromossómica ou ativação/inativação de genes supressores de tumor. Não foi detectável em níveis relevantes → abaixo da frequência de mutação espontânea. Contudo vetores modificados ou métodos para aumentar a imunogenicidade (adjuvante e transfecção) poderiam aumentar as probabilidades de integração. Assim, há necessidade de mais estudos.
Resposta autoimune (DNA)A introdução do DNA e um plasmídeo poderia levar ao desenvolvimento de doenças autoimunes. Estudos pré-clínicos em primatas não humanos e humanos não detectaram aumento de anticorpos anti-DNA ou anti-núcleo.
Resistência aos antibióticosA produção das vacinas de DNA envolve a seleção de bactérias que contêm o plasmídeo recombinante usando a resistência a antibióticos, que é conferida por um gene presente neste plasmídeo. Sendo que alguns plasmídeos contêm o gene de resistência à canamicina, um antibiótico pouco usado no tratamento de infecções em humanos. Estratégias alternativas estão a ser desenvolvidas substituindo a seleção com antibiótico por outros tipos de seleção para o uso em humanos.
Baixa imunogenicidade em humanos e animais de grande porteOs plasmídeos de DNA de primeira geração promoveram níveis baixos de resposta de células T e B e memória celular em humanos e primatas não humanos de grande porte. Entretanto, novas formulações de adjuvantes, sistemas de libertação de DNA e sistema o “prime-boost” estão em desenvolvimento para melhorar essa resposta.

Vacinas de RNA perigos e problemas

Como alternativa ao uso de DNA na vacina os cientistas tentam usar diretamente o RNA. No entanto existe um problema sério… é que essa molécula é capaz de gerar uma inflamação demasiado forte no organismo humano que pode no limite ser fatal!

O RNA também é muito mais instável do que o DNA e degrada-se facilmente no nosso organismo pois temos imensas enzimas que atacam o RNA. Assim para ser injectado no nosso corpo o RNA tem que ser protegido da ação destruidora dessas enzimas.

A instabilidade do RNA também pode exigir para uma vacina viável, que a cadeia de frio seja efectuada a uma temperatura muito mais baixa que o habitual. Assim o transporte em cadeia de frio sem falhas obriga a um esforço acrescido dessa logística de conservação e transporte até ao local de aplicação.

Como exemplo a Pfizer anunciou que a sua vacina de RNA anti-covid19 pode necessitar de refrigeração até -70ºC para manter a sua estabilidade!

Proteção do RNA

Nos últimos 15 anos, os cientistas desenvolveram uma espécie de envelope para proteger o RNA. Também conseguiram reduzir o potencial inflamatório do RNA. Assim os passos decisivos na grande evolução destas vacinas nos últimos meses é a tecnologia para estabilização do envelope protetor do RNA e a mitigação do seu poder inflamatório para níveis aceitáveis e compativeis com uma vacina que seja segura para uso humano.

Temperatura de conservação

A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech tem uma eficácia superior a 90% e está a ser vista com esperança em todo o mundo, mas até ela chegar é preciso enfrentar os problemas logísticos da sua distribuição. E a Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que nenhum país está preparado para armazenar a vacina.

Esta vacina precisa de ser mantida e transportada a uma temperatura de -70ºC e pode aguentar apenas cinco dias a temperaturas entre os 2ºC e os 8.ª . Com termo de comparação, a vacina da gripe comum aplicada anualmente, pode ser armazenada num frigorífico comum.

Distribuição como vai funcionar?

Já existe uma ideia de como será feita a distribuição nos EUA e no mundo. A vacina Pfizer distribuída nos EUA será fabricada na sua principal fábrica, em Kalamazoo, no Michigan. Na Europa, o centro de distribuição está em Puurs, na Bélgica. Toda a logistica exigirá um imenso esforço de coordenação para que não se percam muitas doses da vacina por quebra da cadeia de frio.

Contentores termais serão cheios de gelo seco (dióxido de carbono sólido) e 975 frascos da vacina, sendo que cada um contém cinco doses, num total de 4875, segundo disse a Pfizer à AFP.

Todos os dias, seis camiões vão levar essas doses para transportadoras como a FedEx, UPS ou DHL, que as distribuírão pelos EUA num ou dois dias e, no resto do mundo, em três dias. A empresa espera uma média de 20 voos de carga diários para todo o mundo.

A FedEx teve que obter permissão especial das autoridades de aviação civil para transportar tanto gelo seco, já que este pode ser um perigo para a tripulação se passar pelo processo de sublimação, do dióxido de carbono do estado sólido para o gasoso.

Assim que as caixas chegarem ao destino, podem ser abertas por pouco tempo apenas duas vezes por dia, pelo que só será viável que seja administrada em grandes clínicas ou hospitais, não em farmácias ou pequenos consultórios, já que estes não terão os meios necessários para a manter.

A Pfizer prevê produzir 50 milhões de doses este ano e 1,3 mil milhões em 2021. Os EUA já encomendaram cem milhões no total, incluindo 20 a 30 milhões que devem ser entregues até ao final de dezembro. Já a União Europeia encomendou 200 milhões, o Japão 120 milhões, o Reino Unido 30 milhões e o Canadá 20 milhões.

A DHL estima que seja necessário entregar 15 milhões de contentores nos próximos dois anos, sendo precisos 15 mil voos em todo o mundo.

Cada pessoa precisa de receber duas doses da vacina, com três semanas de diferença, para esta funcionar, segundo a Pfizer e a BioNTech.

Polémicas vias de administração

As vias de administração das vacinas de DNA, pela sua sofisticação e importância na eficácia da resposta imune, são um dos argumentos dos céticos da vacinação para fortalecer as suas polémicas teorias da conspiração. Descrevo de seguida a complexidade deste tema para enterdermos melhor a polémica instalada!

Importância da via de administração

Para garantir a expressão eficaz do antigénio de interesse e desencadear a reposta imunológica do hospedeiro é fundamental que o DNA seja entregue, sem danos, às células do hospedeiro e transportado ao núcleo celular. Uma das grandes dificuldades de utilização das vacinas de DNA é a transferência ineficaz, in vivo, do plasmídeo de DNA para os núcleos de células de mamíferos.

A injeção intramuscular de DNA nu (”naked DNA”) tem mostrado eficácia em modelo animal, no entanto os resultados obtidos em estudos com primatas e estudos clínicos, mesmo utilizando altas doses de plasmídeo, não foram satisfatórios.

Para conseguir ultrapassar estes problemas, diversas estratégias foram desenvolvidas. A utilização de diferentes vias de inoculação da vacina de DNA é apenas uma delas. No início, os estudos utilizaram o bombardeamento das células com partículas de ouro envoltas por DNA (gene-gun) ou inoculação intramuscular. Entretanto, novos métodos físicos de administração estão a ser pesquisados.

O plasmídeo de DNA pode ser inoculado na pele ou no músculo. A administração do DNA pela via intramuscular leva à produção da proteína codificada pelo plasmídeo nas células musculares durante meses.

Se for utilizada a via intradérmica induz-se maior imunogenicidade, devido à presença de células apresentadoras de antígenos em grande quantidade na pele, como as células de Langehans na epiderme e células dendriticas na derme.

Outros métodos físicos de inoculação estão em teste, como por exemplo o jet-injector e a tatuagem intradérmica (DNA tatooing).

Intradérmica e intramuscular

A administração das vacinas de DNA por via intramuscular foi uma das primeiras a ser utilizada, principalmente em função da facilidade e simplicidade do método, que permite o uso em larga escala. Entretanto, de acordo com a via de administração utilizada para a inoculação dos plasmídeos obtemos níveis de expressão dos antígenos diferentes. Este facto sugere que quantidade e características das células transfectadas interferem neste processo.

Tanto a via intramuscular, quanto a intradérmica promovem uma libertação do DNA do plasmídeo no meio extracelular, onde surge o problema da maior parte ser degradada rapidamente por nucleases. Dessa forma, os estudos que avaliaram essas vias, relatam a necessidade de uma concentração de DNA pela via intramuscular 100 vezes maior que o sistema gene gun para proporcionar uma resposta imune equivalente.

Gene Gun

Esta técnica, também conhecida como biobalística, utiliza microesferas de ouro envoltas em DNA que são bombardeadas através da pele. Assim o DNA chega diretamente ao citoplasma celular, o que não acontece com as administrações intradérmicas e intramusculares com agulha em que o DNA é libertado no espaço extracelular.

Esta técnica utiliza uma quantidade menor de plasmídeos de DNA se comparada às injeções de DNA clássicas. Num estudo comparando a técnica de gene-gun com injeção intradérmica direta, em modelo murino e aviário, utilizando uma vacina contra o vírus Influenza (causador da gripe), foi necessária uma quantidade 250 a 2500 vezes menor de DNA utilizando a técnica gene gun. No entanto, devido às limitações da técnica, esta não está a ser utilizada para estudos em humanos.

Eletroporação

Esta é a técnica em maior destaque para uso em animais. Consiste na estimulação elétrica do tecido muscular, após a injeção de plasmídeos de DNA pela via intramuscular ou intradérmica com o objetivo de permeabilizar as membranas das células de forma transitória e assim melhorar a eficiência da transfecção.

Esta técnica também induz a produção de citocinas pró-inflamatórias e aumenta a migração de células T e apresentadoras de antígenos. É descrito que a eletroporação aumenta à eficácia das vacinas de 10 a 1000 vezes.

Os pontos negativos da eletroporação são os seguintes:

  • Dor e desconforto do próprio procedimento;
  • Dispositivos ainda pesados;
  • Custo elevado;
  • Dificuldade da aplicação intramuscular em indivíduos obesos.

O desconforto da eletroporação intradérmica é menor do que a intramuscular. Ainda é necessário avaliar a sua viabilidade para uso em vacinas profiláticas. Atualmente, a eletroporação in vivo tem sido amplamente utilizada em ensaios clínicos.

Jet-injector

O método Jet-injector faz a inoculação do plasmídeo de DNA sem utilizar agulhas, como por exemplo o Biojector® (Bioject Medical Technologies, EUA). Nesta técnica, uma solução contendo o DNA do plasmídeo é pulverizada através da pele com o objetivo de transfectar células de Langerhans diretamente.

Os estudos existentes com primatas não humanos comparando o Biojector® com a seringa convencional não relataram aumento da imunogenicidade. Outros ensaios clínicos estão a ser desenvolvidos, assim como outros dispositivos de administração intradérmica sem agulha.

Tatuagem intradérmica

Esta técnica utiliza a estratégia de introdução dos plasmídeos de DNA na pele em multiplas injeções em vez de uma única, o que desencadearia uma resposta imunológica mais eficiente. Dessa forma, o DNA é entregue para a camada epidérmica da pele por milhares de injeções usando um dispositivo de tatuagem que foi denominado tatuagem de DNA (DNA tattooing).

Após a tatuagem, relata-se uma expressão de antígeno 10 a 100 vezes menor e de duração mais curta que a obtida pela inoculação intramuscular. Porém a apresentação do epítopo codificado pela vacina para as células T CD8+ foi nitidamente melhor.

Esse facto poderia ser explicado pela característica da pele ser mais rica em células apresentadoras de antígenos que o músculo. Além disso, o procedimento de tatuagem levaria a uma maior agressão local resultando na libertação de mais citocinas que uma única injeção intramuscular ou intradérmica, atuando assim como uma espécie de adjuvante.

Via mucosa

Esta via tem grande vantagem, uma vez que vários patógenos utilizam a mucosa como porta de entrada no organismo hospedeiro. Por esse motivo, vários adjuvantes, e sistemas de distribuição foram avaliados para a imunização por essa via, incluindo os sistemas de entrega mediada por partículas, lipossomas, bactérias como carreadores, entre outros.

Além da avaliação de diferentes vias de inoculação das vacinas de DNA, outras metodologias vêm sendo desenvolvidas e testadas visando aumentar a imunogenicidade destas vacinas. Alguns grupos direcionam o DNA para células alvo, como por exemplo para as células dendríticas, que são excelentes APCs.

Uma abordagem muito promissora é o “prime-boost” heterólogo, em que o animal recebe duas vacinas diferentes usando o mesmo antígeno:

– Uma dose com a vacina de DNA e outra dose com um outro tipo de vacina, como por exemplo, vacinas que utilizam vetores virais ou vacinas de subunidade.

Uma outra abordagem é a utilização de bactérias como carreadores da vacina de DNA, já que com essas há um direcionamento para células específicas e a ativação de receptores de padrões moleculares associados a agentes patogênico.

O estudo da vacina da Moderna envolve 30 mil participantes nos Estados Unidos. A pesquisa da Pfizer/BioNTech/Fosun também conta com 30 mil voluntários nos Estados Unidos e em outros países, entre eles o Brasil. Em ambos os casos, as empresas já desenvolviam vacinas de RNA para combater outros vírus.

No caso da Moderna, era o Nipah, que é transmitido por morcegos e pode causar problemas respiratórios e inflamação no cérebro potencialmente mortais.

A Pfizer e a BioNTech estavam a desenvolver uma vacina de RNA contra o vírus influenza, causador da gripe comum.

O objetivo é fazer as nossas células produzirem a proteína do coronavírus conhecida como espícula, que tem uma grande capacidade de gerar uma resposta forte do nosso sistema imunitário.

Os resultados publicados mostram que elas induzem à produção de uma grande quantidade de anticorpos que neutralizam o vírus. O teste final será ver se essa proteção é duradoura. O estudo da Pfizer vai durar dois anos, mas a empresa já apresentou resultados positivos.

Segurança e aprovação

A corrida às vacinas contra a Covid-19 é uma coisa nunca vista, principalmente do lado científico da pesquisa, desenvolvimento e testagem em massa para aferição de eficácia e segurança.

Na minha opinião um dos detalhes de segurança para já mais preocupantes é haver apenas para consulta a documentação científica dos laboratórios produtores da vacina ou seja da parte interessada na aprovação da autorização de introdução no mercado (AIM)… e respectivo lucro associado!

Toda a informação dos ensaios clínicos deve ser revista com rigor, sem falhas, por cientístas independentes que trabalham nas diversas agências do medicamento, como a FDA americana e a EMA europeia, antes de ser dada a AIM. Esta é uma regra de ouro na aprovação de qualquer novo medicamento e as vacinas devem seguir o mesmo protocolo de segurança.

Confio que as mais relevantes Farmacêuticas e laboratórios de pesquisa científica na área do medicamento, que desenvolvem vacinas contra a Covid-19, sejam geridas por “pessoas de bem” mas infelizmente a história lembra-nos que sempre existiram casos de falso protagonismo, lutas de poder, mentiras, ganância descarada… e muitas omissões…!

Da minha parte salvo informação científica em contrário confio um pouco mais nas vacinas de parceria Europeia, Japonesa e Americana.

Qual a melhor vacina?

Das vacinas mais faladas, Pfizer, Moderna e AstraZeneca/Oxford, Janssen/Johnson&johnson, já aprovadas na União Europeia e/ou nos EUA, a vacina da Janssen/Johnson tem a grande vantagem de necessitar apenas de uma dose, mantendo as seguintes importantes características:

  • Sem efeitos adversos graves registados em vacinados o que significa um elevado perfil de segurança;
  • Eficácia média/alta, entre 66,1% a 66,9% o que é considerado bom tendo em conta, por exemplo, que a eficácia da vacina sazonal da gripe comum é menor que 50%.
  • Não necessita de cadeia de frio especial pelo que pode ser aplicada em Farmácias e centros de saúde, por exemplo, desde que armazenada a uma temperatura entre 2ºC e 8ºC em frascos selados;
  • Preço médio 10 USD (dólares americanos) o que significa que pode chegar a mais países;
  • A tecnologia utilizada de vetor viral não-replicante é menos polémica e portanto mais resistente a teorias da conspiração que as vacinas que utilizam RNA como as da Pfizer e Moderna;
  • Reconhecida confiança global de uma empresa Farmacêutica sólida apoiada por investigação prestigiada.

Em março de 2021, a melhor vacina para vacinação global parecia ser a da Janssen/Jonhson, já aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA). No entanto, tal como no caso da vacina da Astrazeneca, a vacina da Janssen e J&J parece ter originado casos muitos raros de formação de estranhos coágulos no cérebro em simultâneo com baixos níveis de plaquetas, provocando a morte a algumas pessoas, principalmente mulheres com menos de 60 anos!

Ambas as vacinas, Astrazeneca e Janssen, foram assim sujeitas a uma suspensão, temporária, em alguns países, para avaliação da sua segurança em virtude do surgimento destes efeitos secundários graves, não descritos nos ensaios clínicos!

Referências:

DOENÇAS DO SMARTPHONE OU TELEMÓVEL TODA A VERDADE!

Doenças do smartphone toda a verdade!  Conheces estas doenças? iPostue, eritema ab igne, nomophobia, tendinite do polegar, síndrome da vibração fantasma, depressão  e claro… insónia! Depressão e insónia todos conhecemos mas e as outras? Sabia que algumas podem ser graves? Será que não tem nenhuma destas doenças causada pelo telemóvel? Fique já a saber tudo e proteja-se!




Neste artigo vou tratar os seguintes temas:

  • Pode um smartphone prejudicar a nossa coluna?
  • Quais as doenças das novas tecnologias?
  • iPosture
  • Eritema ab igne
  • Nomophobia?
  • Tendinite do polegar?
  • Síndrome da vibração fantasma?
  • FoMO e depressão
  • O smartphone pode causar insónia?
  • Como proteger a sua saúde das novas tecnologias?

A inclinação da cabeça para a frente para consultar o telemóvel, prejudica a coluna
A inclinação da cabeça para a frente para consultar o telemóvel, prejudica a coluna

  

São várias as doenças das novas tecnologias. Conheça quais e proteja-se… use mas não abuse do seu “gadget”… seja ele smartphone, tablet, computador…ou todos ao mesmo tempo !

Smartphone e a nossa coluna

Os famosos smartphones fazem mal às costas porque alteram a postura correta dos seres humanos, será verdade?

De acordo com uma investigação publicada na revista científica Surgery Technology International, consultar o telemóvel diariamente pode criar nas suas costas o dano equivalente a um peso de 27 quilos, dependendo se apenas consulta o telemóvel por alguns minutos ou se lê textos e passa horas em aplicações que o absorvem.

Estudo: Assessment of stresses in the cervical spine caused by posture and position of the head

A cabeça humana não é leve e ao incliná-la está a exercer-se pressão sobre a coluna vertebral, que não se destina a ser puxada com tanta frequência.

Segundo o médico cirurgião Kenneth Hansraj, responsável pelo estudo e citado pela imprensa internacional, “à medida que a cabeça é inclinada para a frente a força gravitacional gerada na coluna sobe para 12 kg se estiver a 15 graus, 18 kg a 30 graus, 22 kg a 45 graus e 27 kg a 60 graus”.

Força gravitacional gerada pela inclinação da cabeça para a frente
Força gravitacional gerada pela inclinação da cabeça para a frente

Essa posição de stress para a coluna pode danificar seriamente os músculos das costas e do pescoço a ponto de ser necessária uma intervenção cirúrgica para minimizar os efeitos e a dor, alerta o especialista.

Leia também: Dores musculares lombalgia, estes são os melhores tratamentos, toda a verdade!

iPosture

Nome dado ás dores de pescoço e na zona inferior da coluna, causadas pelo excesso de tempo com as costas curvadas ao usar um smartphone, tablet ou computador.

Evolução da postura do Homem ao longo da história!
Evolução da postura do Homem ao longo da história!

Leia também: Dor de costas inflamatória ou mecânica? Toda a verdade sobre os perigos ocultos e os melhores tratamentos!

Eritema ab igne

Provocado por trabalhar com o portátil ao colo. Trata-se de uma reação cutânea que provoca vermelhidão e manchas na zona das coxas e é causada pelo aquecimento excessivo do aparelho pousado no colo.

Nomophobia 

Nomophobia ou NO MObile PHone PhoBIA é a fobia ou medo de não ter o telemóvel e afeta uma percentagem significativa da população. Traduz-se numa ansiedade manifestada por suores, tremores, náuseas e outros adiante descritos.

Vários fatores psicológicos estão envolvidos quando uma pessoa usa excessivamente o telemóvel, por exemplo, baixa auto-estima, personalidade extrovertida. O fardo desse problema está a aumentar globalmente. Outros transtornos mentais como fobia social ou ansiedade social e transtorno do pânico também podem precipitar sintomas NOMOFÓBICOS.

É muito difícil diferenciar se o paciente se tornou NOMOFÓBICO devido ao uso viciante de telemóveis ou devido a transtornos de ansiedade já existentes que se manifestam como sintomas NOMOFÓBICOS.

Os sinais e sintomas observados nos casos de NOMOFOBIA incluem ansiedade, alterações respiratórias, tremores, transpiração, agitação, desorientação e taquicardia. NOMOFOBIA também pode atuar como um proxy para outros transtornos. Portanto, temos que ser muito criteriosos quanto ao seu diagnóstico.

Alguns transtornos mentais também podem precipitar a NOMOFOBIA e vice-versa. A complexidade desta condição é muito desafiadora para os familiares dos pacientes, bem como para os médicos, uma vez que a NOMOFOBIA compartilha sintomas clínicos comuns com outras doenças. É por isso que a NOMOFOBIA deve ser diagnosticada por exclusão.

Temos que permanecer no mundo real mais do que no mundo virtual. Temos que restabelecer as interações humano-humanas, as conexões face a face. Portanto, precisamos limitar o uso de telemóveis, em vez de bani-los, porque não podemos escapar à força do avanço tecnológico.

Tendinite do polegar

Patologia causada pelo  uso excessivo do polegar para escrever mensagens, podendo originar dor, dormência ou sensação de latejar.

Leia também: Dor no ombro será sinal de perigo? Toda a verdade!

Síndrome de vibração fantasma

Afeta 70% dos utilizadores de telemóvel…!  Trata-se de acreditar que o telemóvel está a vibrar ou a tocar quando não está…!

FoMO e depressão

Num estudo publicado em Janeiro de 2021 intitulado “The influence of depressive symptoms and fear of missing out on severity of problematic smartphone use and Internet gaming disorder among Chinese young adults: A three-wave mediation model” os investigadores Guangzhe Yuan Jon D Elhai  e Brian J Hall   concluiram o seguinte:

Os sintomas de transtorno de jogos na Internet (IGD – Internet Gaming Disorder) e uso problemático de smartphone (PSU – Problematic Smatphone Use) estão associados ao aumento da gravidade dos sintomas de depressão em todos os estudos.

O presente estudo teve como objetivo examinar o medo de perder (FoMO – Fear of Missing Out) como um possível mediador nessa relação. Empregamos um projeto longitudinal de três ondas entre 341 estudantes universitários chineses.

Os resultados indicaram que a gravidade da depressão estava significativamente relacionada ao aumento dos sintomas de PSU e IGD. FoMO mediou significativamente a ligação entre a depressão e a gravidade da PSU. Os sintomas de IGD também mediaram parcialmente a relação de gravidade entre FoMO e PSU. Este estudo longitudinal demonstra o papel fundamental do FoMO na ligação entre os sintomas psicopatológicos e o uso excessivo relacionado à Internet.

Leia também: Depressão isto pode ajudar, toda a verdade!

Insónia

Tal como com a televisão, a utilização do smartphone ou tablet antes de dormir altera os ciclos de sono porque as luzes impedem a libertação de melatonina, não nos deixando adormecer.

Leia também: Incrível, isto é o que acontece durante o sono e faz enorme diferença!

Telemóvel como proteger  a nossa saúde?

Estas são três decisões que pode tomar de imediato para proteger a sua saúde, a saber:

  1. O tempo de utilização do smartphone, tablet e computador deve ser reduzido e adequado ás necessidades, protegendo assim a sua visão e evitando as patologias acima descritas.
  2. Prefira falar com as pessoas em vez de utilizar o sms, chat ou email.
  3. Quando está sentado em frente ao computador sente-se de costas direitas e levante-se a cada 20 minutos, rolando os ombros e pescoço ou caminhando um pouco . Se puder pratique exercício físico de forma regular pois este melhora muito a sua postura.

Postura correcta em frente ao computador, para proteger a coluna
Postura correcta em frente ao computador, para proteger a coluna

Está “totalmente proibido” de usar o smartphone, tablet ou computador antes de se deitar!

Referências:

ENFARTE DO MIOCARDIO E AVC COMO SOBREVIVER ATÉ CHEGAR APOIO MÉDICO?

Enfarte do miocárdio  como sobreviver até chegar ajuda médica de emergência num enfarte agudo do miocárdio? Como reconhecer os sintomas que indicam que está a ter um ataque cardíaco (enfarte)? O que pode fazer se estiver sozinho e achar que está a ter um enfarte? E se for um AVC (Acidentes Vascular Cerebral) o que pode fazer? Quais as diferenças nos sintomas?  Algumas são surpreendentes mas podem salvar-nos a vida!

Além dos fatores de risco individuais de cada um de nós, dias de festa como aniversários, casamentos, batizados, festas populares e encontros de amigos são um facto de risco acrescido para todos mas claro muito mais para quem tem um historial familiar e clínico já reconhecido!

No entanto são conhecidos inúmeros casos de Enfarte e AVC em pessoas aparentemente de boa saúde mas que não conheciam os seus fatores de risco, pelo que este artigo será um contributo para que possam detetar a tempo, atuar e saber o que fazer para manter o doente vivo até à chegada de ajuda médica urgente!

Vou começar por falar do AVC, acidente vascular cerebral e mais adiante do enfarte agudo do miocárdio. Por favor partilhe este artigo pois pode salvar vidas!



Neste artigo vou responder ás seguintes perguntas:

  • Quantas mortes são causadas por AVC?
  • Como diminuir o risco de AVC?
  • Quais as pessoas com maior probabilidade de ter um AVC?
  • O que é um AVC?
  • Quais os tipos de AVC?
  • Como reconhecer a tempo um AVC?
  • Existe algum teste para reconhecer se a pessoa teve um AVC?
  • O que é um ataque cardíaco? E um enfarte do miocárdio?
  • Quais os sintomas de um enfarte do miocárdio?
  • Quais as causas de um enfarte do miocárdio?
  • Quais os fatores de risco associados a um enfarte do miocárdio?
  • Como é feito o diagnóstico de um enfarte do miocárdio?
  • Quais as opções de tratamento disponíveis para o enfarte do miocárdio?
  • Quais as sequelas possíveis de um ataque cardíaco ou enfarte do miocárdio?
  • O que pode fazer se estiver sozinho e começar a sentir um ataque cardíaco?
  • Como tentar evitar o desmaio e aguentar até chegar ajuda?




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AVC quantas mortes causa?

Segundo o relatório sobre o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, em 2015, 6432 portugueses morreram devido ao acidente vascular cerebral (AVC), o que, de acordo com o Ministério da Saúde, representa uma quebra de 39% face a 2011. Uma diminuição que contribuiu para que a mortalidade associada às diversas doenças cérebro-cardiovasculares, no seu conjunto, atingisse um dos valores mais baixos das últimas décadas.

A descida muito acentuada da mortalidade por AVC foi acompanhada pelo aumento do número de fármacos, explica o coordenador do programa nacional, Rui Cruz Ferreira. Entre os quais, acrescenta, novos medicamentos para tratar a fibrilação auricular, uma arritmia crónica que aumenta em cinco vezes o risco de AVC.

AVC, reaja a tempo!
AVC, reaja a tempo!

Como diminuir o risco?

Adotar uma alimentação saudável, com consumo de frutas, vegetais, redução de sal e gorduras, praticar exercício físico e alterar rotinas diárias – usar as escadas em vez do elevador, por exemplo – e deixar de fumar, visto que parar de fumar pode cortar os riscos de AVC pela metade.

Os principais fatores de risco são os seguintes:

  • Excesso de peso e obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Hipertensão arterial;
  • Colesterol muito elevado;
  • Tabaco;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Diabetes;
  • Stress.

PÚBLICO -

Adotar uma alimentação saudável, com consumo de frutas, vegetais, redução de sal e gorduras, praticar exercício físico e alterar rotinas diárias – usar as escadas em vez do elevador, por exemplo, e deixar de fumar, visto que parar de fumar pode cortar os riscos de AVC pela metade, refere Diogo Valadas, Diretor Técnico da Associação Nacional AVC.

Grupos de risco

Além dos fatores de risco que podem ser reduzidos com a mudança de hábitos é crucial prestar atenção a situações que não dependem da alteração de comportamentos.

Existem pessoas com maior probabilidade de sofrer AVC do que outras, a saber:

  • Idosos
  • Pessoas com histórico familiar de ocorrência de AVC
  • Homens com menos de 75 anos
  • Indivíduos com doença coronária e diabetes

No âmbito das doenças cardiovasculares e tendo em conta o objetivo da associação, cujo foco é o apoio aos doentes que sofreram um AVC, a instituição pretende integrar o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, um dos projetos de saúde prioritários da Direcção-Geral da Saúde, assumindo o papel de entidade representante de famílias vítimas de AVC.

Acidente Vascular Cerebral o que é?

O AVC acontece quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido
O AVC acontece quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido

Um AVC surge quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido. O sangue leva nutrientes essenciais e oxigénio para o cérebro. Sem o fornecimento de sangue, as células cerebrais podem ficar danificadas, impossibilitando-as de cumprir a sua função.

O cérebro controla tudo que o corpo faz, por isso, uma lesão no cérebro afetará as funções corporais. Por exemplo, se um AVC danificar a parte do cérebro que controla o movimento dos membros, ficaremos com essa função alterada.

Área do cérebro com maior incidência de AVC
Área do cérebro com maior incidência de AVC

Tipos de AVC

Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico e o isquémico.

A imagem seguinte descreve claramente a diferença:

Existem 2 tipos de AVC: o hemorrágico e o isquémico.
Existem 2 tipos de AVC: o hemorrágico e o isquémico.

Reconhecer a tempo um  AVC

A doença é repentina e os efeitos no corpo são imediatos. Reconhecer os sintomas seguintes pode evitar um AVC de causar danos muito graves.  Esse sintomas podem ser os seguintes:

  • Dormência
  • Fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (pode ser um braço, perna ou parte inferior da pálpebra descaídos, ou a boca torta e salivante)
  • Fala arrastada ou dificuldade em encontrar palavras ou discurso compreensível
  • Visão subitamente enublada ou perda de visão
  • Confusão ou instabilidade
  • Forte dor de cabeça

Alguns sintomas de AVC no braço e na posição da boca
Alguns sintomas de AVC no braço e na posição da boca

AVC, uma mulher com dor de cabeça deve sempre consultar um médico
AVC, uma mulher com dor de cabeça deve sempre consultar um médico

Teste para reconhecer AVC em curso

Use um teste simples que o pode ajudar a reconhecer se uma pessoa teve um AVC:

  • Fraqueza Facial:
    • A pessoa pode sorrir? Tem a sua boca ou um olho caído?
  • Fraqueza no braço:
    • A pessoa consegue levantar os braços?
  • Problemas de expressão: a pessoa consegue falar com clareza e entender o que lhe dizem?

AVC sintomas faciais
AVC sintomas faciais

Se detectar ulguns dos sintomas descritos seja rápido e ligue 112 ( Portugal )

 

Ataque cardíaco como ganhar tempo? 

Ataque cardíaco é a mesma coisa que enfarte do miocárdio

Enfarte do miocárdio o que é?

O enfarte é definido como uma lesão isquémica do músculo cardíaco (miocárdio), que se deve à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sanguíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósitos de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração.

As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem “abastecimento” de sangue. É assim que ocorre o enfarte do miocárdio. Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reação inflamatória local.

Localização das artérias coronárias e infarte do miocárdio
Localização das artérias coronárias e enfarte do miocárdio

O enfarte também pode ocorrer em vasos coronários normais quando as artérias coronárias apresentam um espasmo, ou seja, uma forte contração que determina um déficit parcial ou total no abastecimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado por este vaso contraído.

Localização anatómica do pericárdio, epicárdio miocárdio e endocárdio
Localização anatómica do pericárdio, epicárdio miocárdio e endocárdio

Sintomas

sintoma clássico é uma dor e aperto no lado esquerdo ou no centro do peito podendo irradiar para o pescoço ou para o braço esquerdo, porém em cerca de 15% dos casos, o sintoma pode ser atípico tal como:

  • Dor no lado direito do peito
  • Suor
  • Enjoo
  • Vómitos
  • Dor de estômago
  • Falta de ar
  • Tonturas
  • Palpitações ( arritmias )

Esta dor tem, habitualmente, duração superior a 10 minutos, pode ter diferentes intensidades ou ainda desaparecer  e voltar espontaneamente.

Infelizmente, nem todos os pacientes têm este sintoma. Os diabéticos, por exemplo, podem ter um enfarte sem apresentar dor.

Causas

O enfarte está mais frequentemente associado a uma causa mecânica, ou seja, à interrupção do fluxo sanguíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável pela sua irrigação.

O tamanho da área necrosada depende de vários fatores, tais como o calibre da artéria lesada, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento da circulação colateral. Esta, quando bastante extensa, é capaz de impedir a instalação de enfarte, mesmo em casos de obstrução total da coronária.

Pode também ocorrer por aumento do trabalho cardíaco relacionado com um aumento da pressão arterial.

Miocárdio privado de oxigénio
Miocárdio privado de oxigénio

Fatores de risco

As seguintes condições de saúde são os fatores de risco mais comuns no enfarte do miocárdio:

  • Colesterol LDL alto e HDL baixo
  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • Hipertensão arterial
  • Menopausa
  • Stress
  • Excesso de peso
  • Diabetes mellitus
  • História familiar ou predisposição genética
  • Idade
  • Alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado em 3 fatores:

  • Quadro clínico,
  • Alterações no ECG (eletrocardiograma)
  • Doseamento de enzimas cardíacas que se alteram no enfarte do miocárdio.

Escolha sempre um médico da sua confiança para tratar os seus sintomas e para lhe auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares.

Tratamentos disponíveis

Qualquer que seja o tratamento escolhido pelo médico que vai prestar assistência ao paciente com enfarte, o ideal é que ele comece dentro das primeiras 6 horas após o início da dor.

Quanto mais precoce, maior é a possibilidade de ser restabelecido o fluxo sanguíneo e de oxigênio nas artérias coronárias, evitando as complicações decorrentes da necrose do músculo cardíaco.

Pontos importantes do tratamento são:

  • Alívio da dor
  • Repouso para reduzir o trabalho cardíaco
  • Administração de agentes trombolititos para melhorar o fluxo sanguíneo

A administração de oxigênio em fluxo contínuo nas primeiras seis horas, reduz a dor associada à baixa concentração de oxigênio circulante. O uso de drogas que reduzem o uso de oxigênio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra menos isquemia (ausência de sangue).

A probabilidade aumentada de complicações no período de 72 horas, após o enfarte,  justifica a monitorização contínua.

Superada esta fase, o paciente é encaminhado para um quarto restringindo-se o número de visitas. Progressivamente, ele pode sentar-se durante breves períodos, começa a deambular por volta do quarto ou quinto dia.

Esta mobilização precoce melhora sensivelmente o bem-estar, além de reduzir a incidência de tromboembolia. Mas o paciente deve ser acompanhado de perto para detetar possíveis alterações consequentes a esta atividade física.

A dieta será liberada à medida que as condições clínicas permitirem, devendo ser hipocalórica e hipossódica (com pouco sal).

As evacuações não devem significar esforço para o paciente, usando, se necessário, laxantes suaves.

Os tranquilizantes podem ser utilizados para amenizar a angústia de alguns doentes, mas com muito cuidado, já que esses medicamentos podem aumentar a frequência cardíaca e a pressão sistólica.

Complicações da doença

As principais complicações do enfarte são:

  • Arritmia cardíaca
  • Choque criogénico
  • Insuficiência respiratória
  • Insuficiência renal
  • Paragem cardiorrespiratória

As complicações mais letais são as arritmias, que podem ocorrer, mais frequentemente, nas primeiras 24 horas após o enfarte.

Por isso, é importante que, idealmente, pelo menos 72 horas, os pacientes fiquem sob cuidados médicos em unidades de tratamento intensivo, onde recebem todos os cuidados necessários para detetar precocemente e tratar essas arritmias, através de uma monitorização contínua das complicações do enfarte.

Ataque cardíaco o que posso se está sozinho?

Muitas pessoas estão sozinhas quando têm um ataque cardíaco.

Sem ajuda, a pessoa sente o  coração a bater de forma irregular e começa a sentir-se fraca tendo apenas alguns segundos antes de desmaiar.

Evitar o desmaio e tentar regularizar o ritmo cardíaco

Estas técnicas podem dar-lhe tempo até chegar ajuda:

  • Tossir repetidamente com bastante força
  • Respirar bem fundo antes de tossir e a tosse deve ser forte e prolongada, vinda do fundo do peito.
Uma inspiração e uma tosse devem ser repetidas a cada 2 segundos sem parar, até que chegue ajuda, ou que sinta que o coração voltou a bater normalmente.  As inspirações profundas trazem oxigênio para os pulmões e os movimentos de tossir “bombeiam” o coração e mantêm o sangue a circular.

Esta pressão no coração também faz com que ele volte a bater normalmente e dessa maneira a vítima tem tempo de chegar ao hospital.

Se reconhecer algum destes sinais, ligue o 112 imediatamente!

Este é sem dúvida um dos artigos que pode poupar muitas vidas se esta informação for passada para o público em geral. Todos os anos milhares de pessoas podiam ser salvas se soubessem reconhecer a tempo sintomas simples que não deixam muitas dúvidas sobre o que lhes pode estar a acontecer. A rapidez da assistência médica é essencial mas,  para ser eficaz, doentes e famílias têm de saber reconhecer os sintomas a tempo!

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

Por favor PARTILHE ESTA INFORMAÇÃO E AJUDE A SALVAR MUITAS VIDAS!

PNEUMONIA SINTOMAS CAUSAS E RISCO DE VIDA!



Pneumonia quais os sintomas? Quais as causas? Quais os perigos? A pneumonia pode causar a morte! Este perigo real não deve nunca ser ignorado causando um atraso na assistência médica que pode ser fatal! Este artigo pretende ser um contributo importante para clarificar os riscos da pneumonia se não for atempadamente tratada pelo médico.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Pneumonia: O que é?
  • O que são os alvéolos?
  • Como se apanha uma pneumonia?
  • Apanhar frio pode provocar pneumonia?
  • O que são pneumonias por aspiração?
  • Pneumonias atípicas: O que são?
  • A pneumonia é contagiosa?
  • Quais os mecanismos de defesa?
  • Quais as causas de uma pneumonia?
  • Qual o risco de pneumonia causada pela gripe?
  • Quais os sintomas de pneumonia? E os mais graves?
  • Que factores de risco são mais importantes?
  • Como se faz o diagnóstico?
  • Pneumonia: Porque é perigosa?
  • Qual o tratamento mais eficaz?
  • Existe vacina contra a pneumonia?

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Pneumonia o que é?

Pneumonia é o nome que damos à infecção de um ou ambos os pulmões. Para sermos mais precisos, a pneumonia é a infecção dos tecidos pulmonares e seus alvéolos.

Anatomia dos pulmões

Anatomia do pulmão melhorsaude.org melhor blog de saude

Alvéolos o que são?

O ar que respiramos entra pelo nariz e/ou boca e vai para a traqueia. A traqueia, ao chegar ao nível dos pulmões, bifurca-se, formando os brônquios principais, um para o lado esquerdo, outro para o direito; estes brônquios também se bifurcam, formando os bronquíolos, que por fim, acabam nos alvéolos. Cada vez que ocorre uma bifurcação, as estruturas vão se tornando progressivamente menores.

Os alvéolos, que ficam no ponto final da árvore respiratória, são bolsas microscópicas que estão em contato com a corrente sanguínea. Através deles são feitas as trocas dos gases respirados (oxigênio e gás carbônico). No alvéolo entrega o oxigênio respirado para as hemácias (glóbulos vermelhos) no sangue e recebe delas o gás carbônico produzido pelas células do corpo. Portanto, como todos sabemos, inspiramos oxigênio e expiramos gás carbônico.

Cada um dos pulmões contém milhões de alvéolos. Se pegarmos cada um dos alvéolos e esticarmos lado a lado, a superfície coberta seria de cerca de 75 metros quadrados.

Na pneumonia, os alvéolos ficam cheios de secreções purulentas, impedindo a entrada e saída dos gases. Nestes alvéolos afectados pela infecção não há troca de oxigênio por gás carbônico. Quantos mais alvéolos afectados, mais grave é a doença e os sintomas. O doente com pneumonia extensa pode apresentar insuficiência respiratória, precisando de ser entubado e ligado a um respirador artificial para conseguir manter o sangue adequadamente oxigenado.

Alveolos-pulmonares melhorsaude.org melhor blog de saude hematose

Causas de pneumonia

A pneumonia pode ser causada, em ordem decrescente de frequência, por:

  • Bactérias,
  • Vírus,
  • Fungos,
  • Parasitas.

A maioria das pneumonias são de origem bacteriana. As bactérias que mais habitualmente provocam pneumonia são:

  • Streptococcus pneumoniae,
  • Pseudomonas aeruginosa,
  • Klebsiella pneumoniae,
  • Haemophilus influenzae,
  • Moraxella catarrhalis,
  • Staphylococcus aureus.

Frio pode provocar pneumonia?

Para se apanhar uma  pneumonia é necessário uma infecção principalmente bacteriana, não bastando uma corrente de ar frio para nos infectar.

No entanto durante o tempo frio  as nossas defesas, principalmente os cílios das vias aéreas, funcionam de modo mais lento, o que favorece a invasão de bactérias. No inverno as pessoas andam menos tempo na rua e tendem a juntar-se em locais fechados, favorecendo a transmissão de vírus como o da gripe, sendo esta um factor de risco.

Resumindo, não é por abrir o frigorífico, em tronco nu e com o cabelo molhado depois de sair do banho, no Inverno… que vai apanhar uma pneumonia ou outra infecção respiratória!



Pneumonia por aspiração

Uma forma muito grave é a pneumonia por aspiração. Ocorre em pessoas que vomitam e logo após aspiram o seu conteúdo. É um tipo de pneumonia comum em pacientes com nível de consciência reduzido, que perdem a capacidade de tossir ou de engolir a própria saliva, fazendo com que as secreções da cavidade oral entrem nas vias respiratórias. A via aérea desta pessoa fica exposta a uma quantidade imensa de micróbios, muito maior do que o habitual, favorecendo o desenvolvimento des pneumonias. Um exemplo comum é alguém que bebeu muito e está em coma ou pré-coma alcoólico.

Pneumonias atípicas

Existe um grupo de bactérias,  que causam as chamadas pneumonias atípicas. São formas que podem ter evolução mais lenta e com quadro não tão óbvio de pneumonia. Destas bactérias atípicas destacamos:

  • Mycoplasma,
  • Legionella,
  • Clamídia.

Contagiosa ou não?

Na grande maioria dos casos, a pneumonia não é uma doença contagiosa como a gripe ou tuberculose (que pode até ser considerada um tipo de pneumonia). Pode entrar em contacto com um doente com pneumonia, que, exceto em situações especiais, não haverá risco de contaminação.

Mecanismos de defesa

Os nossos pulmões são órgãos expostos constantemente a micróbios do ar e da nossa própria flora bacteriana da boca. Nós não ficamos constantemente doentes  porque os pulmões têm os seus próprios mecanismos de defesa, que os mantêm livres de germes. Entre estes mecanismos que “varrem” os agentes invasores para fora das vias respiratórias, podemos  destacar:

      • O reflexo de tosse,
      • A presença de células do sistema imunitário ao longo de todo trato respiratório,
      • A existência de microscópicos cílios na árvore brônquica.

Desenvolvimento de uma pneumonia

O desenvolvimento da pneumonia depende dos seguintes factores:

  • Grau de virulência do invasor,
  • Quantidade de micróbios que conseguem chegar aos pulmões,
  • Condições imunológicas do paciente.

Em geral, uma pneumonia surge quando um germe agressivo consegue penetrar o trato respiratório e encontra o sistema de defesa comprometido.

Situações banais podem debilitar as defesas do sistema respiratório. por exemplo:

      • Os doentes que fumam apresentam um irritação constante de toda árvore brônquica e disfunção dos cílios protetores. As células de defesa pulmonar também são afetadas pelo cigarro e não funcionam tão bem. Tudo isso favorece o aparecimento de infecções respiratórias.
      • Os doentes com gripe. A lesão que o vírus da gripe provoca no sistema respiratório também favorece a invasão de bactérias, que se aproveitam da redução da capacidade do doente de combater os germes que chegam às partes mais interiores do sistema respiratório.
      • Pessoas idosas naturalmente têm seu sistema imunológico mais frágil, o que as coloca sob maior risco de desenvolver pneumonias.
    • Pessoas já debilitadas por outras doenças, como insuficiência cardíaca, alcoolismo ou diabetes, também apresentam maiores riscos.

Factores de risco

Os grupos de pessoas com mais probabilidade de contrair uma pneumonia são:

  • Idade superior a 65 anos;
  • Infecções respiratórias virais, como a gripe;
  • Tabagismo;
  • Doenças imunossupressoras ( HIV, transplante, cancro, hepatites…etc);
  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC);
  • Consumo de drogas;
  • Doentes acamados;
  • Pessoas com redução do nível de consciência;
  • Hospitalizações prolongadas, que aumentam o risco de contrair uma infecção hospitalar, potencialmente grave;
  • Doentes em ventilação mecânica (em uso de respirador artificial).
  • Doentes com outra doença pulmonar prévia (sequelas de tuberculose, bronquiectasias, fibrose cística, etc.)

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Gripe e risco de pneumonia

O combate à infecção gripal desvia muitos recursos do sitema imunitário deixando-o mais frágil por ficar “sobrecarregado de trabalho”. Quando o nosso organismo e sistema imunitário está debilitado os microorganismos infecciosos conseguem passar mais facilmente os filtros naturais do nosso corpo tais como os cílios nasais (os conhecidos “pêlos do nariz”) e chegar mais facilmente aos pulmões.

Nos pulmões instalam-se numa especie de pequenos sacos de ar chamados alvéolos onde são “atacados” pelos nossos glóbulos brancos que circulam no sangue. No entanto nem sempre esta defesa é eficaz levando ao aparecimento dos primeiros sintomas da infecção principalmente nos doentes crónicos e imunodeprimidos

Sintomas de pneumonia

Alguns dos sintomas da pneumonia são similares aos da gripe mas mais graves, a saber:

  • Febre elevada,
  • Suores,
  • Arrepios,
  • Tosse,
  • Fadiga,
  • Dores musculares,
  • Dor de cabeça.

Quando a infecção avança aparecem sintomas mais graves tais como:

  • Produção de muco,
  • Dificuldade em respirar,
  • Dor no peito.

Como inicialmente a pneumonia pode confundir-se com  gripe ou constipação, deve consultar o médico se os primeiros sintomas persistirem demasiado dias ou de imediato se aparecerem os sintomas mais graves acima referidos como a falta de ar ou dor no peito.

Perigo da pneumonia

Se não for tratada a tempo a infecção pode alastrar para a corrente sanguinea (septicémia) e generalizar-se a outras parates do organismo, podendo nos casos mais graves causar a morte.

Diagnóstico

O diagnóstico da pneumonia é feito normalmente com exame físico e uma radiografia de tórax. Análises de sangue podem ajudar, mas não são imprescindíveis. Um médico experiente é capaz de diagnosticar uma pneumonia apenas com a história clínica e o exame físico.

A radiografia, por ser um exame barato e amplamente disponível, é normalmente solicitada para confirmação do diagnóstico. Os alvéolos cheios de secreção aparecem como uma mancha branca à radiografia de tórax.

O hemograma do doente  apresenta um valor elevado no número de leucócitos, típico de infecções bacterianas. Nos doentes mais graves, que necessitam de hospitalização, normalmente tenta-se identificar qual é a bactéria responsável pela pneumonia, pesquisando a bactéria no sangue (hemocultura) ou na própria expectoração do doente. Em casos especiais pode ser necessária a colheita de secreções directamente do pulmão, através da broncoscopia.



Tratamento para a pneumonia

O tratamento para a pneumonia depende da causa ou seja se é causada por um vírus, uma bactéria ou um fungo. Assim para os diversos casos temos os seguintes tratamentos:

  • Viral – tomar medicamentos antivíricos, repouso, ingestão abundante de líquidos
  • Bacteriana – tomar medicamentos antibióticos
  • Fúngica – tomar medicamentos antifúngicos

As pneumonias são também divididas em comunitárias, quando adquiridas no dia-a-dia ou hospitalares, quando surgem em doentes hospitalizados. A pneumonia hospitalar é mais grave e mais difícil de tratar, pois é normalmente causada por bactérias mais resistentes e afecta principalmente doentes com o sistema imunitário comprometido.

O tratamento das pneumonias bacterianas é feito com antibióticos durante pelo menos 8 dias. Geralmente ao fim de 3 dias começam a notar-se já melhorias mas o tratamento deve sempre ser levado até ao fim. As pneumonias comunitárias podem ser tratadas com antibióticos orais, porém, aquelas que evoluem mal necessitam de internação hospitalar e antibióticos por via venosa.

Antibióticos mais usados

Os principais antibióticos usados na comunidade para combater a pneumonia, à venda nas Farmácias, são:

  • Amoxacilina com ácido clavulânico,
  • Azitromicina,
  • Claritromicina,
  • Ceftriaxona,
  • Levofloxacina,
  • Moxifloxacina.

As pneumonias podem facilmente levar ao surgimento de uma septicémia (bactéria entra na corrente sanguínea) que é muito grave e uma importante causa de morte em idosos e doentes imunodeprimidos.

Vacina contra a pneumonia

Existe uma vacina contra a pneumonia estreptocócica, causada pelo Streptococcus pneumoniae, o tipo mais comum. Ela está indicada em crianças e pessoas acima dos 50 anos, mas não evita pneumonias causadas por outras bactérias.

Existem 2 vacinas pneumocócicas:

      • Pneumo23® (actualmente não disponivel)
      • Prevenar13®

Pneumo23®

A vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica) é uma vacina utilizada para prevenir infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, responsável por doenças graves como:

      • Pneumonia,
      • Meningite,
      • Septicémia (infecção generalizada no sangue).

O efeito da vacina aparece duas a três semanas após sua aplicação e dura por pelo menos 5 anos, podendo chegar a até 10 anos. Em crianças, a duração do efeito pode ser menor, especialmente em crianças com doenças dos rins, com anemia hemolítica hereditária (ex. anemia falciforme) ou que não tenham o baço, o efeito da vacina pode durar de 3 a 5 anos.

Prevenar13®

Prevenar® é uma vacina pneumocócica. sendo administrada a crianças desde as 6 semanas até aos 5 anos para ajudar a proteger contra doenças causadas por 13 tipos da bactéria Streptococcus pneumoniae, tais como:

  • Meningite (inflamação à volta do cérebro),
  • Septicémia ou bacteriémia (bactérias na corrente sanguínea),
  • Pneumonia (infecção nos pulmões),
  • Infecções nos ouvidos.

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Concluindo

A pneumonia é uma doença grave, com risco de morte, que pode ser evitada com a informação correcta e atenção a sintomas simples que que podem instalar-se de forma lenta e prolongada tais como tosse persistente, cansaço e febre ligeira. Muitas vezes como estes sintomas têm uma intensidade moderada o doente deixa-se arrastar no tempo sem consultar o médico. Só quando aparecem os sintomas mais graves como dor no peito e dificuldade em respirar é que o doente admite que se pode estar a passar algo de grave com a sua saúde! Nessa altura a recuperação é muito mais lenta e dificil e o risco de sequelas graves e permanentes torna-se maior.

Não se descuide principalmente se for um doente de risco ou seja com alguma doença crónica e o seu sistema imunitário fragilizado. Preste atenção aos sinais e procure o seu médico para auscultação se tiver dúvidas.

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

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ARTRITE REUMATOIDE TODA A VERDADE!




Artrite reumatoide (AR):  Dor e outros sinais? Quais as causas? A cura espontânea é verdade ou mito? A artrite reumatoide não é uma doença rara. Segundo o American College of Rheumatology a sua prevalência (frequência) varia de 0,5-1,5% da população nos países industrializados. Em Portugal, segundo a Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR), estima-se que afete 0,8 a 1,5% da população e que existam cerca de 40.000 doentes diagnosticados com Artrite Reumatoide.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

    • O que é uma artrite?
    • Que doenças provocam artrite?
    • Artrite Reumatoide (AR), o que é?
    • Quais os fatores de risco?
    • Quais as formas de prevenção?
    • Quais os sintomas e sinais precoces?
    • Quais as manifestações atípicas da doença?
    • Quais as restantes manifestações da doença?
    • Quais as causas da artrite reumatoide?
    • Como se faz o diagnóstico?
    • Qual o tratamento mais eficaz para a artrite reumatoide?
    • Quais as medidas não farmacológicas que ajudam a melhorar?
    • Quais os fármacos mais usados e eficazes?
    • Quais os tratamentos alternativos?
    • Como se deve fazer a vigilância da doença?
    • A artrite reumatoide é contagiosa?
    • É possível a cura da artrite reumatoide?
    • Qual a diferença entre cura e remissão da doença?
    • Qual a influência da gravidez?
    • O que é a certidão multiuso? Quais os benefícios?

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Artrite o que é?

Damos o nome de artrite à inflamação de uma ou mais articulações. Uma articulação com artrite fica inchada, vermelha, quente e bastante dolorosa.

Quando apenas uma articulação está inflamada, chama-se monoartrite. Quando ocorre inflamação de várias articulações estamos diante de uma poliartrite. A artrite pode ainda ser simétrica quando afeta simultaneamente duas articulações irmãs como joelhos, punhos, tornozelos, etc.

A articulação é a região onde há a ligação de dois ou mais ossos distintos, por exemplo:

    • Joelhos,
    • Cotovelo,
    • Punhos,
    • Tornozelo,
    • Ombros, etc.

Artrite reumatoide melhorsaude.org melhor blog de saude

As articulações ao longo do corpo não são todas iguais. Algumas articulações são ligadas por um tecido fibroso, que “cola” um osso ao outro, tornando-os imóveis, como no caso dos ossos do crânio; outras são ligadas por cartilagens e permitem uma pequena mobilidade como os discos vertebrais que unem as vértebras da coluna; há ainda as articulações móveis chamadas também articulações sinoviais, que normalmente são ligadas por uma cartilagem e uma bolsa cheia de líquido (líquido sinovial) permitindo amplo movimento dos ossos com mínimo atrito entre eles, como é o caso do joelho, cotovelo, ombros, etc.

Articulação sinovial melhorsaude.org melhor blog de saude

Quando a articulação está inflamada chama-se a essa lesão artrite. Quando a articulação está dolorosa, mas sem sinais clínicos de inflamação (inchaço, calor e rubor) dizemos que há uma artralgia.

Articulação sinovial inflamada melhorsaude.org melhor blog de saude

Doenças que provocam artrite

Várias outras doenças afetam as articulações, manifestando-se com quadros de artrite, fazendo parte do diagnóstico diferencial da artrite reumatoide, a saber:

  • Lúpus,
  • Gota.
  • Osteoartrite/artrose,
  • Artrite séptica.
  • Artrite psoriática,
  • Doença de Still,
  • Espondilite anquilosante,
  • Febre reumática.

Artrite reumatoide o que é?

É uma doença inflamatória crónica que pode limitar os gestos diários destes doentes, como abrir uma porta, agarrar uma caneta ou calçar uns sapatos. A ocorrência global de AR é duas a quatro vezes maior em mulheres do que em homens. O pico de incidência nas mulheres é após a menopausa, mas pessoas de todas as idades podem desenvolver a doença, incluindo adolescentes.

A Artrite Reumatoide é uma doença reumática inflamatória crónica autoimune, de etiologia desconhecida, que pode conduzir à destruição do tecido articular e peri articular. Existe também uma ampla variedade de alterações extra-articulares. Ocorre em todas as idades e apresenta, como manifestação predominante, o envolvimento repetido e habitualmente crónico das estruturas articulares e peri articulares. Pode, contudo, afetar o tecido conjuntivo em qualquer parte do organismo e originar as mais variadas manifestações sistémicas.

Quando não tratada precoce e corretamente, a artrite reumatoide acarreta, em geral, graves consequências para os doentes, traduzidas em incapacidade funcional e para o trabalho. Tem elevada comorbilidades e mortalidade acrescida em relação à população em geral.

Fatores de risco

São 3 os principais fatores de risco, a saber:

Género

As mulheres são frequentemente mais afetadas que os homens na proporção de quatro mulheres para um homem.

Idade

É, sobretudo, uma doença dos adultos jovens e das mulheres
pós-menopáusicas.

Historial de doença e vacinação

Esporadicamente, surgem casos de artrite depois de infeções por
parvo vírus e vírus da rubéola ou vacinações para a rubéola, tétano,
hepatite B e influenza.

Prevenção

Entre os fatores de proteção sugeridos destacam-se:

    • Gravidez,
    • Uso de contracetivos orais,
    • Ingestão moderada de álcool.

O diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que esta doença, diagnosticada nos primeiros três a seis meses do seu curso clínico e tratada corretamente, tem grandes probabilidades de não evoluir para a incapacidade funcional para o trabalho, diminuir a comorbilidades e não reduzir a esperança média de vida.

Não podemos evitar o surgimento da doença. A prevenção destina-se, fundamentalmente, a diminuir a gravidade da doença, de forma a reduzir a incapacidade funcional e a melhorar a qualidade de vida.

Sintomas

O principal sintoma é a inflamação das articulações. Além disso, podem aparecer nódulos duros nos cotovelos, ou na zona dorsal dos dedos das mãos e dos pés; também podem localizar-se nos órgãos internos. Com o tempo, a deterioração progressiva das articulações afetadas pode levar a deformidades.

Artrite reumatoide quais os sinais?

Os principais sinais são os seguintes:

  • Dor articular;
  • Inflamação articular;
  • Rigidez articular matinal;
  • Febre;
  • Cansaço.

Frequentemente, a doença começa como uma poliartrite simétrica (mais de 4 articulações inchadas e dolorosas, nos dois lados do corpo). Qualquer articulação com membrana sinovial (membrana que reveste algumas articulações e que produz um líquido que lubrifica, nutre e facilita os movimentos articulares) pode ser atingida, mas geralmente afeta primeiro as pequenas articulações das mãos e dos pés. À medida que a doença progride, mais articulações podem inflamar, incluindo:

    • Ombros,
    • Cotovelos,
    • Ancas,
    • Joelhos.

Outra articulação que pode estar envolvida é a primeira articulação cervical, entre a primeira e segunda vértebras cervicais, resultando em instabilidade da coluna cervical. Para além dos sintomas articulares, os sintomas constitucionais (por exemplo, o cansaço, sintomas de gripe, febre, suores e perda de peso) são comuns.

Se não for tratada, a inflamação conduz à destruição progressiva das articulações e sua perda de função. Podem surgir nesta altura deformidades articulares, algumas muito características nas mãos. Ao dano articular, pode adicionar-se perda de massa muscular por atrofia, podendo levar de forma progressiva a dificuldades motoras.

Os tendões estão envolvidos por bainhas e estas são também constituídas por membranas sinoviais, podendo ficar inflamadas, tal como as articulações.

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Manifestações atípicas da doença

Ocasionalmente, o doente pode ter apresentações mais atípicas, o que pode dificultar o diagnóstico. Nomeadamente quando tem um início súbito ou surge como uma doença mais sistémica, com perda de peso, febre e fadiga e poucas manifestações articulares. Outras vezes, os doentes começam por apresentar inflamação articular de grandes articulações (joelho, cotovelo) e só mais tarde desenvolvem artrite das mãos.

Outras manifestações

A AR é uma doença que pode afetar muitos órgãos e há outras manifestações da doença:

Olhos: Secura ocular (Síndrome seca secundária, chamada “Síndrome de Sjögren secundária”); inflamação ocular (esclerite e episclerite).

Pele: úlceras de perna e lesões cutâneas eritematosas (avermelhadas).

Nódulos reumatoides: tumefações subcutâneas (debaixo da pele) não dolorosas que ocorrem na maioria das vezes nos cotovelos, joelhos e dorso das mãos. Surgem sobretudo em pessoas com a doença de longa evolução.

Sistema Nervoso: Pode ocorrer compressão de nervos periféricos pelo edema articular, sendo comum o “síndrome do túnel cárpico”. Mais raramente, pode ocorrer subluxação atlanto-axial (das duas primeiras vértebras cervicais) o que poderá conduzir a comprometimento da medula espinhal.

Sistema respiratório: pode ocorrer inflamação pleural (membrana que cobre os pulmões), e alterações dos pulmões e vias aéreas.

Sistema cardiovascular: Pode ocorrer a inflamação da membrana que cobre o coração (pericárdio), o que é pouco frequente. Estudos recentes mostram que a AR contribui para o aumento do risco cardiovascular, existindo um aumento do risco de enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Sistema renal: Raramente envolvido, mas pode ocorrer nefropatia tóxica (pela toma de anti-inflamatórios não esteroides).

Fígado: A presença de hepatomegalia discreta (aumento das dimensões do fígado) e enzimas hepáticas (transamínases) elevadas são comuns.

Outras manifestações: Podem ainda ocorrer distúrbios da tiroide, osteoporose e depressão.

O aparecimento de outras doenças pode aumentar o risco de desenvolver complicações de AR e pode aumentar ainda mais a morbidade e mortalidade, por exemplo, desenvolver diabetes, que associada a AR conduzem a mais complicações cardíacas.

Causas da artrite reumatoide

A AR manifesta-se por uma inflamação das articulações. A inflamação é uma reação do organismo a uma agressão, como o inchaço após um traumatismo ou a garganta inflamada após uma infeção.

Não é conhecida a causa da AR: poderá tratar-se de um agente externo, um vírus ou um agente interno. Por uma razão desconhecida, o organismo deixa de reconhecer a articulação como sua e reage contra ela – reação autoimune. Outra hipótese será a de que não há agressão, mas uma reação inflamatória que aparece sem razão, depois de uma desregulação inexplicada do organismo.

Diagnóstico?

O diagnóstico precoce é feito com base na verificação de:

  • Tumefação de três ou mais articulações;
  • Envolvimento das articulações metacarpo falângicas e/ou metatarso falângicas;
  • Rigidez matinal superior a trinta minutos;
  • Simetria do envolvimento articular.

Não basta fazer exames laboratoriais e radiografias para estabelecer o diagnóstico. É necessário realizar outros exames, como:

  • Cintigrafia, a
  • Ultrassonografia e a
  • Ressonância magnética nuclear,

São estes exames que revelam sinovite (inflamação da membrana sinovial) ao termo de apenas algumas semanas.

O diagnóstico deve ser o mais precoce possível, com iniciação rápida do tratamento. Estudos científicos demonstram que no período inicial da doença há uma oportunidade única para influenciar o progresso da doença. O desafio para o médico é reconhecer os primeiros sintomas e encaminhar precocemente.

O diagnóstico é essencialmente clínico; as investigações são importantes na avaliação e exclusão de outros diagnósticos possíveis. Algumas das investigações realizadas são inespecíficas, podendo estar alteradas em várias doenças, sendo muito importante fazer as seguintes averiguações clínicas:

Velocidade de sedimentação e proteína C reativa (parâmetros analíticos que traduzem inflamação): na AR costumam estar elevadas, mas podem ser normais.

Hemograma: anemia normocítica normocrómica e trombocitose (aumento das plaquetas) reativa são comuns na doença ativa.

Fator Reumatoide: Deve ser requisitado em doentes com suspeita de terem AR, ou seja, naqueles em que se encontrou artrite no exame objetivo. Este é positivo em 60-70% dos doentes (e 5% da população normal). Pode ser positivo em outras doenças pelo que se deve ter atenção à sua interpretação.

Anticorpo contra péptidos citrulinados (anti-CCP): Deve ser requisitado se suspeita de AR, se o paciente é negativo para o fator reumatoide ou na eventualidade de se ponderar terapia de combinação. Este anticorpo é mais específico do que o fator reumatoide na AR e pode ser mais sensível na doença erosiva.

Anticorpo antinuclear (ANA): pode ser positivo em cerca de 30% dos pacientes com AR.

Radiografias das mãos e dos pés: Quando realizados no início da doença, podem ser normais se a doença tiver pouco tempo de evolução. Devem ser repetidos durante a monitorização da doença.

Tratamento

Nos últimos 15 anos, o tratamento da artrite reumatoide evoluiu significativamente, em consequência da avaliação da atividade inflamatória, do conhecimento dos fatores de pior prognóstico, do uso precoce de fármacos antirreumáticos de ação lenta, do aparecimento de terapêutica combinada e, mais recentemente, da terapêutica biológica. Os doentes com artrite reumatoide devem ser acompanhados por um médico reumatologista.

O tratamento dos doentes deve ser sempre individualizado e deve ser realizado de forma multidisciplinar. Idealmente, todos os pacientes deveriam ter acesso a uma equipa de profissionais, incluindo:

    • Médico de família,
    • Reumatologista,
    • Enfermeiro,
    • Fisioterapeuta,
    • Terapeuta ocupacional,
    • Nutricionista,
    • Farmacêutico,
    • Assistente social.

Sempre que necessário serão pedidas colaborações com outras Especialidades Médicas. Sempre que tiver dúvidas sobre algum tratamento deve colocá-las ao seu Reumatologista Assistente. A sua adesão aos tratamentos adequados é fundamental para melhorar o prognóstico da sua doença.

O tratamento da AR deve envolver modalidades farmacológicas e não farmacológicas.

Medidas não farmacológicas

Um estilo de vida saudável deve ser promovido nos doentes com AR incentivando os seguintes hábitos:

    • Deixar de fumar.
    • Se excesso de peso, é aconselhado a perda ponderal para prevenir o desgaste articular e outras doenças, como hipertensão e diabetes.
    • Prática de exercício físico deve mas sempre orientada pela equipa médica. É aconselhada a realização de exercícios isotónicos e isométricos para fortalecimento muscular e manutenção da função articular, assim como exercícios aeróbicos para otimização do sistema cardiorrespiratório.

Quando há suspeita de AR e enquanto se aguarda pela avaliação por especialistas, as medidas não medicamentosas e tratamento sintomático – como analgésicos não opióides e medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) – pode ser instituído. Em qualquer fase da doença, a utilização de analgesia deve ser considerado como um adjuvante.

Tratamentos farmacológicos

Analgésicos

O paracetamol, ou analgésicos compostos (paracetamol + tramadol, por exemplo) devem ser oferecidos a pessoas cujo controlo da dor não é adequado, para reduzir potencialmente a sua necessidade de tratamento a longo prazo com AINEs.

Anti-inflamatórios (AINEs)

Como por exemplo temos:

  • Ibuprofeno,
  • Diclofenac,
  • Naproxeno.

Têm indicação para o tratamento sintomático da inflamação na AR, contribuindo para aliviar os sinais e sintomas desta. Têm um rápido início de ação, mas não alteram a progressão da doença nem a incapacidade funcional a longo prazo e podem ter toxicidade importante.

A toma simultânea de mais do que um AINE não aumenta a eficácia e resulta em maior toxicidade. Pode ser necessário adicionar um fármaco inibidor da bomba de protões adequado (para proteção gástrica). Há diversos disponíveis, o problema é decidir qual preparação será melhor para que cada doente, visto que as respostas têm variação individual.

De um modo geral, os chamados inibidores da COX 2 (“coxibs”) têm menos efeitos gastrointestinais e os AINE’s clássicos menos efeitos cardiovasculares. Os AINEs podem interagir com outros medicamentos ou estarem contraindicados no seu caso. Pelo que não se aconselha nunca a toma sem prescrição médica.

O principais anti-inflamatórios inibidores da COX2 são:

    • Etoricoxib (Exxiv®, Arcoxia®, Turox®)
    • Celecoxib (Celebrex®, Solexa®)

Corticosteroides

Como exemplo temos:

  • Prednisolona,
  • Prednisona,
  • Metilprednisolona.

Em doses baixas podem ser usados em combinação com DMARDs (Disease-modifying antirheumatic drugs) ou seja medicamentos antirreumáticos modificadores da doença, para controlo de sintomas a curto prazo e a médio e longo prazo para minimizar o dano articular.

Pode ser proposto um tratamento de curta duração com doses mais elevadas de corticoides (administrado de forma oral, intramuscular ou intra-articulares) para melhorar rapidamente os sintomas em doentes com diagnóstico recente de AR ou quando surge um surto da doença. Pela existência de efeitos adversos potencialmente graves (diabetes, osteoporose, cataratas), as doses recomendadas pelo seu médico devem ser respeitadas.

Quando usar injeções de corticosteroides?

Injeções intra-articulares de corticosteroides podem ser usadas para:

    • Fornecer alívio sintomático numa articulação mais dolorosa enquanto se espera pelo efeito dos outros fármacos.
    • Aliviar os sintomas de articulações particularmente problemáticos onde o controlo da doença não é bom.
    • Tratamento de monoartrite (1 articulação) ou oligoartrite (2-4 articulações) nos casos em que outras medidas são desaconselhadas.

Medicamentos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs) clássicos

DMARDs (Disease-modifying antirheumatic drugs) são fármacos antirreumáticos modificadores da doença, usados isoladamente ou em combinação. Os fármacos mais usados são:

    • Metotrexato,
    • Leflunomida,
    • Sulfassalazina,
    • Hidroxicloroquina,
    • Azatioprina.

O início precoce do tratamento com DMARDs é recomendado para controlar os sintomas e sinais de AR, bem como limitar dano radiológico (diminuir o risco de deformidades).

a.     Os DMARD’s devem ser instituídos por especialistas assim que o diagnóstico, evolução e gravidade da doença foram confirmados.

b.    A melhor estratégia de tratamento, conhecida por “Treat to target” estabeleceu que os doentes devem ser tratados com o objetivo de atingir remissão, o que significa aumentar a terapia (adicionar fármacos ou aumentar doses) sempre que a doença não é totalmente suprimida. Por outro lado, sempre que se obtenha controlo da doença por um longo período de tempo, pode-se com cautela tentar reduzir as doses de medicação, mantendo vigilância apertada.

c.     Metotrexato: é o DMARD de escolha, devido ao seu bom perfil de eficácia e toxicidade.

DMARD’s biológicos

São moléculas que modulam as citocinas (proteínas da inflamação) e demonstraram que são eficazes no tratamento da AR, incluindo pacientes resistentes ao metotrexato. A introdução destes medicamentos é feita em situações muito específicas de acordo com guidelines da Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Estão aprovados para o tratamento da AR em Portugal:

a.     Inibidores do fator de necrose tumoral (TNF):

  • Infliximab,
  • Adalimumab,
  • Etanercept,
  • Golimumab,
  • Certolizumab.

b.    Anti-CD20:

  • Rituximab.

c.     Anti recetor da interleucina 6:

  • Tocilizumab.

d.    Inibidor da ativação das células T (recetor solúvel de CD80 e CD86):

  • Abatacept.

e.     Anti-interleucina-1:

  • Anakinra.

Tratamentos alternativos

a)     Fisioterapia:

A realização de fisioterapia deve ser considerada. O plano de reabilitação deve ser definido pelo seu Reumatologista ou Fisiatra, tendo em conta as articulações afetadas e a fase da doença em que se encontra. A realização de fisioterapia passa ainda pelo fortalecimento muscular e treino de atividades de vida diária, por vezes com recurso a instrumentos que o podem auxiliar na realização das suas tarefas (ex: abre boiões, adaptadores da escova de dentes, adaptadores de instrumentos de cozinha).

b)    Cirurgia:

A opinião de um cirurgião ortopédico ou neurocirurgião com um interesse especial em AR deve ser procurada de acordo com indicações específicas, a discutir com o reumatologista assistente.

c)     Dieta e terapias complementares:

    • Não há fortes evidências de que pacientes com AR irão beneficiar de mudanças na dieta. A dieta mediterrânica pode ser encorajada (mais pão, frutas, legumes e peixe; menos carne; e substituir a manteiga e queijo com produtos à base de vegetais e óleos vegetais), uma vez que está associada a menos risco cardiovascular.
    • As terapias complementares podem fornecer o benefício sintomático de curta duração, mas há pouca ou nenhuma evidência de benefício a longo prazo. Se desejar experimentar terapias complementares, não deve substituir o tratamento convencional e esta terapia não devem afetar o atendimento oferecido pelos restantes cuidadores (reumatologista, médico de família, enfermeiro, fisioterapeuta).

Vigilância da doença

O diagnóstico de uma doença crónica como a AR implica que os doentes devem ser vigiados regularmente, incluindo consulta médica e a realização frequente de análises de sangue, para analisar a eficácia e efeitos adversos da medicação.

O rastreio e avaliação de outras doenças, deve ser feito de acordo com o que está recomendado para a população em geral. É fundamental que mantenha um acompanhamento regular no seu Médico de Família.

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Perguntas frequentes:

A artrite reumatoide é contagiosa?

Não. A artrite reumatoide não é uma doença infeciosa nem uma doença contagiosa.

Quem é mais atingido pela artrite reumatoide?

A artrite reumatoide atinge uma em cada mil pessoas e um por cento da população global. Afeta sobretudo mulheres, mais frequentemente por volta dos 50 anos, embora possa surgir em crianças, homens e mulheres jovens. Quanto mais precoce for o início da artrite reumatoide, maior será a probabilidade de ser mulher (3,7 mulheres para um homem se a artrite reumatoide começar aos 30 anos), sendo a frequência idêntica no homem e na mulher se a doença se manifestar depois dos 60 anos.

Qual é a diferença entre cura e remissão?

A principal diferença entre a cura e a remissão é que na primeira a doença desaparece com o tratamento e não volta após este ser suspendido; na remissão, a doença desaparece com o tratamento, mas regressa com a suspensão do tratamento. A artrite reumatoide evolui por surtos mais ou menos longos e de intensidade variável, intervalado com remissões. A cura, eventualidade na verdade pouco frequente, pode todavia surgir espontânea e inesperadamente.

Qual é a causa da artrite reumatoide?

A AR manifesta-se por uma inflamação das articulações. A inflamação é uma reação do organismo a uma agressão, como o inchaço após um traumatismo ou a garganta inflamada após uma infeção.

Não é conhecida a causa da AR: poderá tratar-se de um agente externo, um vírus ou um agente interno. Por uma razão desconhecida, o organismo deixa de reconhecer a articulação como sua e reage contra ela – reação autoimune. Outra hipótese será a de que não há agressão, mas uma reação inflamatória que aparece sem razão, depois de uma desregulação inexplicada do organismo.

Qual a influência na gravidez?

Há evidências de que a gravidez melhora a artrite reumatoide. Algumas mulheres que sofrem desta doença souberam que estavam grávidas por terem tido uma melhoria inesperada. No entanto, esta resposta não é absoluta: a melhoria só é observada em em três casos em cada quatro e desaparece rapidamente após o parto.

Por outro lado, a artrite reumatoide não influencia a gravidez: não há maior risco de infertilidade, abortos espontâneos ou partos prematuros. Contudo, os tratamentos administrados na artrite reumatoide podem ter um efeito na gravidez, pelo que deverá prevenir o seu reumatologista imediatamente.

O que é a Certidão Multiuso?

Quais os benefícios? Como pode obtê-la?

A Certidão Multiuso atesta o grau de incapacidade e é necessária para requerer certos benefícios, desde que a incapacidade seja no mínimo de 60% e, em alguns casos, de 95% (por exemplo, para a isenção do imposto automóvel). Tem de ser requerida pelo utente ou seu representante.

O requerimento para obter esta certidão tem de ser feito na Unidade de Saúde Pública (Delegação de Saúde) da área de residência do utente com incapacidade ou deficiência.

Benefícios mais relevantes da Certidão Multiuso:

  • redução do IRS;
  • isenção de imposto automóvel;
  • redução de juros no empréstimo bancário;
  • redução do preçário em alguns títulos de transporte público;
  • dístico para estacionamento.

Concluindo

As doenças que provocam dor e inflamação nas articulações estão entre as doenças mais frequentes na população e são responsáveis por uma acentuada perda de qualidade de vida e muitos dias de trabalho perdidos. Originam uma enorme sobrecarga de custos para as famílias e para o sistema de saúde público. É muito importante atuar a tempo para evitar a degradação e destruição das articulações afetadas. Para isso não ignore nunca uma dor articular que teima em não desaparecer e consulte rapidamente o seu médico para saber se necessita de intervenção terapêutica mais profunda.

Trate bem de si e não se esqueça que a família que o acompanha também sofre.

Fique bem!

Franklim Fernandes

Fontes:

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MASCNE E ACNE PREVENIR E TRATAR TODA A VERDADE

Mascne ou acne causado pelo uso da máscara é uma nova condição de saúde que está a aumentar muito a incidência na população e a preocupar cada vez mais pessoas de várias idades, incluindo muito adultos mesmo alguns que nunca tiveram acne.

A Mascne aparece mais nas mulheres com peles mistas a oleosas e as zonas do rosto mais afectadas são as seguintes:

  • Maçãs do rosto
  • Queixo
  • Nariz

Não importa se costuma ter erupções cutâneas ou se tem uma pele quase perfeita, mascne ou acne provocado pela máscara, é um efeito colateral infeliz do uso diário de máscara que todos nós usamos para retardar a transmissão de Covid -19.

A macne pode ser literalmente uma dor de cabeça, mas isso não significa que deva parar de usar máscara. Se tratar a sua pele e limpar adequadamente as coberturas do rosto, deverá ser capaz de controlá-la e eliminar a ocorrência de erupções maiores.

A pele de cada pessoa reage de maneira diferente a produtos e diversas causas de stress. Assim vá devagar e faça um teste local de qualquer ingrediente novo e potencialmente irritante.

Anatomia da pele

Para entendermos bem o mecanismo de formação do acne é essencial conhecer a anatomia da pele e em particular o folículo piloso.

Acne o que é?

O acne surge devido a uma interação entre hormonas, óleos da pele e bactérias levando à inflamação dos folículos pilosos (os poros na pele onde crescem os pelos). O acne caracteriza-se por muitos tipos de lesões da pele, tais como:

  • Comedões abertos, denominados cravos;
  • Comedões fechados, chamados pontos brancos;
  • Comedões fechados inflamados, chamados espinhas;
  • Pápulas que são protuberâncias salientes e sólidas;
  • Pústulas, que são protuberâncias superficiais contendo pus;
  • Nódulos, são protuberâncias mais profundas e firmes contendo pus;
  • Cistos são bolsas maiores contendo pus;
  • Abcessos, surgem por vezes e são bolsas ainda maiores e mais profundas que os cistos, contendo pus.

Formação do acne : Ponto branco, ponto negro, pápula, pústula, nódulo e cisto

Acne é uma condição cutânea de longa duração caracterizada por áreas de pontos negros, pontos brancos, pústulas, pele oleosa e possibilidade de aparecimento de cicatrizes. Dependendo do grau de incidência, infecção e dimensão dos pontos de acne sobre a pele, as consequências na aparência podem provocar desde desconfortos pontuais, passando por ansiedade, diminuição da autoestima até, em casos extremos, depressão e pensamentos de suicídio.

É um problema que deve ser encarado com seriedade pois, além das lesões físicas, as implicações psicológicas podem ser bem mais graves!

Causas do Acne

Estima-se que 80% dos casos tenham origem genética. O papel da dieta enquanto causa ainda não é claro. A higiene ou a luz do sol não parecem ter qualquer influência. No entanto, o tabagismo aumenta o risco de vir a desenvolver acne e a sua gravidade. 

O acne afeta principalmente a pele com elevado número de glândulas sebáceas, como o rosto, a parte superior do peito e as costas. O consumo de esteroides anabolizantes geralmente provoca o aparecimento de acne nos ombros e na parte superior das costas.

Durante a puberdade, em ambos os sexos, o aparecimento do acne deve-se muitas vezes ao aumento da quantidade de andrógenos como a testosterona, estando também envolvida a bactéria Propionibacterium acnes.

Tipos de acne

Conforme a profundidade e gravidade das lesões o acne pode manifestar-se de várias formas e divide-se em leve, moderado e grave.

Acne leve

No acne leve desenvolvem somente alguns (menos de 20) cravos e comedões sem inflamação ou um número moderado de espinhas pequenas, ligeiramente irritadas. Pústulas, que parecem espinhas com topo amarelado, também podem desenvolver-se. Cravos aparecem como pequenas saliências da cor da carne com um centro escuro. Comedões têm uma aparência semelhante, mas sem o centro escuro. Espinhas provocam um ligeiro incómodo e têm um núcleo branco rodeado por uma pequena área de pele avermelhada.

Acne moderado

Pessoas com acne moderada têm mais cravos, comedões, espinhas e pústulas.

Acne grave

No acne grave aparecem um grande número de cravos e comedões, espinhas e pústulas ou acne cística (profunda). Na acne cística, as pessoas têm cinco ou mais cistos consistindo em nódulos grandes, vermelhos, dolorosos e cheios de pus que podem se fundir sob a pele formando abscessos maiores e supurativos.

Acne conglobata

O acne conglobata é a forma mais grave de acne, causando cicatrizes graves e outras complicações decorrentes de abscessos. A acne grave pode surgir nos braços, no abdômen, nas nádegas e até mesmo no couro cabeludo.

Acne fulminante e pioderma facial

O acne fulminante e o pioderma facial (também chamado rosácea fulminante) são dois tipos de acne grave possivelmente relacionados e raros que costumam surgir de repente.

Tratamento

O cuidado geral da acne é muito simples. As áreas afetadas devem ser cuidadosamente lavadas com sabão suave, uma ou duas vezes por dia. Sabões antibacterianos ou abrasivos, compressas de álcool e fricção constante não proporcionam qualquer benefício adicional e podem irritar ainda mais a pele. Os cosméticos devem ser à base de água, pois produtos muito gordurosos pioram a acne.

Estão disponíveis muitas opções de tratamento destinadas a melhorar a aparência do acne, entre as quais alterações ao estilo de vida e medicação. Ingerir hidratos de carbono simples em menor quantidade, como o açúcar, pode ajudar. Os tratamentos mais comuns são a aplicação tópica de peróxido de benzoílo, ácido salicílico e ácido azelaico. 

Estão também disponíveis antibióticos e retinoides tópicos e orais No entanto, é possível que possam provocar resistência antibiótica. Em mulheres, algumas pílulas contraceptivas orais combinadas podem ser benéficas no tratamento. A isotretinoína oral geralmente só é administrada em casos graves devido aos efeitos secundários. Alguns especialistas recomendam o tratamento agressivo e numa fase precoce de modo a diminuir o impacto a longo prazo na pessoa.

Embora não existam restrições a alimentos específicos, deve-se seguir uma dieta saudável e equilibrada que evite alimentos processados. Pode-se considerar o uso de uma dieta de baixo índice glicémico e moderação da ingestão de leite, se o tratamento para o acne for ineficaz em adolescentes.

Medicamentos usados no acne

Descrevo de seguida alguns dos medicamentos mais usados nos diversos tipos de acne, tais como:

  • Para cravos e comedões, creme de tretinoína;
  • Para acne leve, tratamento da pele com creme de tretinoína, às vezes com peróxido de benzoílo ou um antibiótico, ou ambos;
  • Para acne moderada, antibióticos por via oral em combinação com tratamento cutâneo igual ao usado para acne leve;
  • Para acne grave, isotretinoína por via oral;
  • Para acne cística, corticosteroides injetados.
people wearing diy masks
Photo by cottonbro on Pexels.com

Mascne quais as causas?

Tal como a acne comum, há várias coisas que podem causar mascne ou acne da máscara:

  • Não lavar a máscara com frequência suficiente,
  • Lavá-la com detergente forte,
  • Os materiais da própria máscara,
  • Frequência de utilização, quanto mais pior.

As máscaras ajudam a evitar que a saliva e quaisquer outras gotículas, emitidas pela respiração, fala, tosse ou espirro, fiquem no ar e transmitam potencialmente Covid-19 (ou outras doenças). Isso é o que queremos que elas façam, mas isso significa que elas retêm humidade e bactérias dentro, tocando sua pele.

As máscaras criam uma vedação que evita que a humidade escape, originando um ambiente húmido onde as bactérias causadoras de acne podem desenvolver-se, segundo explicação de Dylan Mustapich, esteticista da Face Haus em Nova York.

A dermatologista certificada Meghan Feely compara a acne com a qual os atletas costumam lutar. Segundo ela os atletas que usam capacete podem desenvolver erupções acneiformes, pois poeiras, óleo e suor ficam presos nos poros, criando um ambiente propício ao crescimento de bactérias.

Se não lavarmos a máscara, as bactérias continuarão a infiltrar-se na pele. Por outro lado a lavagem também pode causar fugas. Também pode ter uma reação ao detergente que usar na lavagem. Experimente um detergente suave e sem perfume para ver se isso ajuda.

Se tem tendência a desenvolver erupções cutâneas relacionadas com stress ou ansiedade, o contexto de uma pandemia certamente é uma fonte de stress… por isso faça o seu melhor para relaxar.

Outros efeitos adversos

Além das lesões de acne, muitos doentes referem também o aumento da oleosidade cutânea e prurido local que pode originar o surgimento de infeções oportunistas por outros fungos e bactérias.

Tratamento

Obviamente devemos continuar a usar uma máscara quando estamos em público sem condições de distanciamento seguro. Mas se não precisa de estar em público, fique em casa e deixe sua pele respirar.

Invista em algumas máscaras que você pode trocar e lavar com frequência. Estas são as nossas máscaras favoritas e veja como fazer a sua própria máscara. Idealmente, deve lavá-las após cada uso, se usar por longos períodos de tempo. Os especialistas com quem falamos concordam que as máscaras 100% algodão são as melhores, porque é um tecido respirável e fácil de lavar.

Segundo Katie Jae, uma esteticista médica licenciada no Texas, prefere máscaras descartáveis, mas isso pode prejudicar o seu orçamento e o meio ambiente se usar todos os dias. Ela sugere, mesmo que use uma máscara descartável, que não use a mesma o dia todo. É uma boa ideia trocar a máscara ao longo do dia apenas para que a bactéria que se formou não tenha oportunidade de continuar a crescer e romper a pele.

Segundo Jae, se costuma usar maquiagem, evite colocá-la nas áreas que a máscara cobre. Mantenha o rosto limpo e hidratado e não exfolie demais. As pessoas costumam pensar que precisam secar o acne, mas ressecar a pele pode dar origem a mais erupções. Mesmo tendo pele oleosa, é vital manter a barreira da pele intacta. Pele hidratada ajudará a prevenir irritações ou erupções cutâneas.

Lave o rosto antes de colocar a máscara e depois de retirá-la. Use limpadores de espuma suaves que removerão a oleosidade com eficiência. Se tem pele com tendência acneica ou extremamente oleosa, use um sabonete facial com ácido salicílico para que o excesso de oleosidade e a pele morta possam ser removidos, o que pode ajudar a prevenir o entupimento de poros ou erupções cutâneas.

Lista resumida de medidas anti-Mascne

  • Evite ou reduza a frequência da esfoliação mecânica ou química;
  • Se necessário, os produtos anti-acne mais adequados devem conter alfa-hidroxiácidos, ácido salicílico, agentes matificantes e propriedades calmantes;
  • Use produtos sem perfume, não comedogénicos ou seja em óleos (oli-free) e com textura ligeira;
  • À noite antes de deitar, use hidratantes;
  • Se passa muito tempo de máscara hidrate bem a pele antes e depois do trabalho;
  • Antes de colocar a máscara deixe o hidratante e/ou protetor solar secar completamente;
  • Use um protetor solar não comedogénico (oil-free);
  • Evite maquilhagem na região coberta pela máscara e use sempre esponjas e pincéis limpos.

Masc-rosácea:

A rosácea também é uma condição de saúde que pode piorar com o uso frequente da máscara.

A rosácea é uma doença cutânea que provoca vermelhidão, pápulas e pústulas e está a aumentar na zona da boca, queixo, nariz e maçãs do rosto. 

Causas da Masc-rosácea

Devido à predisposição individual e características da circulação sanguínea na face da pessoa com tendência para a rosácea, a utilização da máscara vai criar um ambiente quente e húmido que vai descompensar a microbiota ou flora microbiana da face.

Trata-se duma flora saprófita onde existe um equilíbrio constante entre bactérias, fungos, parasitas, desde que o meio de cultura seja adequado. Quando o ambiente, induzido pelo uso da máscara, descompensa esse equilíbrio, alguns desses microorganismos crescem acima do normal e provocam um processo inflamatório.

Dermatite periodal

A rosácea está a promover o aparecimento da dermatite periodal que é uma variação da rosácea caracterizada por uma erupção facial formada por pequeninas pápulas (lesões elevadas) avermelhadas, eritema (vermelhidão), ressecamento e descamação da pele, podendo haver também a presença de pústulas em alguns casos.

Para além da lavagem da máscara, manter uma boa rotina de cuidados de pele ajuda à prevenção do aparecimento da rosácea e, posteriormente, da dermatite periodal.

Lista de medidas para prevenir e/ou tratar a rosácea
  • Higiene suave com água micelar para pele sensível;
  • Lavagem com geleia micelar ou creme de limpeza (syndets que são produtos de limpeza eficazes mas que não têm sabão);
  • Esfoliações e limpezas de pele são contra-indicadas;
  • Não utilizar toalhitas nem esponjas de limpeza;
  • Fazer hidratação com cremes simples, com poucos componentes, sem perfume e sem efeito oclusivo.

Concluindo

O uso da máscara em contexto de pandemia viral é essencial para a nossa proteção mas também dos que nos rodeiam pois evita de forma decisiva um grau de contágio que sem a máscara é muito mais elevado.

No entanto só agora começamos a entender as consequências que o uso prolongado da máscara acarreta, nomeadamente para a pele da nossa face. Será certamente um problema menor mas que deve merecer a devida atenção para não originar lesões mais graves e permanentes.

Mielite transversa e vacina anti-covid suspensa

Mielite transversa afinal que relação tem com a vacina contra a Covid-19? A farmacêutica AstraZeneca, empresa multinacional detida por uma parceria privada Britânica e Sueca, anunciou a suspensão dos testes de fase 3 à vacina para a Covid-19 que está a desenvolver em parceria com a Universidade de Oxford.

Esta vacina é considerada uma das mais avançadas por estar já na última fase de testes (fase 3) cumprindo os protocolos mais seguros e rigorosos de investigação científica de medicamentos, sem “saltar” fases… sendo por isso uma das preferidas pelas autoridades de saúde Americanas e Europeias.

Descrição do estudo clínico: Phase III Double-blind, Placebo-controlled Study of AZD1222 for the Prevention of COVID-19 in Adults

A fase 3 é a última fase de testes em larga escala usada para identificar efeitos adversos graves, pouco comuns, que só se tornam visiveis quando são testadas milhares de pessoas.

Leia também: Top 20 medicamentos mais perigosos do mundo

A AstraZeneca, citada pela agências de notícias CNBC e StatNews, justificou que a suspensão foi originada por uma reação adversa séria num dos participantes voluntários do estudo.

Em julho de 2020, a empresa publicou dados que mostraram que a sua vacina produziu uma resposta imune promissora nas fases de testes anteriores já concluidas (fase 1 e fase 2).

Mecanismo de ação da vacina AZD1222

A vacina da AstraZeneca, chamada AZD1222, usa material genético do coronavírus com um adenovírus modificado. Este adenovírus carrega um gene para uma das proteínas do SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19. O adenovírus é projetado para induzir o nosso sistema imunológico a gerar uma resposta imune protetora contra o SARS-2.

Esta vacina usa tecnologias que foram aplicadas para fazer uma vacina experimental contra o Ebola, que foi fornecida a pessoas na República Democrática do Congo no final de 2019.

Efeitos adversos

A vacina foi considerada bem tolerada e não houve efeitos adversos graves, de acordo com os investigadores na época. Os efeitos colaterais mais comumente relatados foram:

  • Fadiga,
  • Dor de cabeça.

Outros efeitos colaterais comuns incluem:

  • Dor no local da injeção,
  • Dores musculares,
  • Calafrios,
  • Febre.

Qual foi o efeito adverso grave?

Apesar da AstraZeneca não ter divulgado detalhes sobre o efeito adverso grave em causa, de acordo com o The New York Times, uma pessoa apresentou problemas relacionados com uma doença congénita denominada mielite transversa, mas não está claro se é a mesma pessoa que teve as reações adversas, se o caso está realmente relacionado com a vacina, ou se é mera coincidência. No entanto nos telejornais já é descrita uma doença neurológica como estando na origem da suspensão dos ensaios clínicos da vacina o que reforça a hipótese de mielite transversa.

Notícia do The New York Times: AstraZeneca Pauses Vaccine Trial for Safety Review.

Mielite transversa

A Mielite Transversa (MT) é uma doença grave do foro neurológico causada por um processo inflamatório das substâncias cinzenta e branca da medula espinal que pode causar desmielinização axonal ou seja dano na bainha de mielina do axónio que é uma parte do neurónio responsável pela condução dos impulsos elétricos que partem do corpo celular, até outro local mais distante, como um músculo ou outro neurónio.

Fonte: Khan Academy

É uma doença neurológica rara, que faz parte de um conjunto de doenças neuroimunológicas do sistema nervoso central.

Todas essas desordens envolvem ataques inflamatórios no sistema nervoso central. Elas são diferenciadas principalmente pelo local do ataque, e por elas serem ou monofásicas (ocorrência única) ou muiltifásicas (de múltiplos episódios). Essas desordens têm muitos sintomas em comum, e as estratégias de tratamento delas são similares.

Sintomas

Há uma grande variedade na apresentação de sintomas, que são baseados na parte da medula espinhal que foi afetada e na gravidade dos danos na mielina e nos neurónios na medula espinhal. Os sintomas da mielite transversa incluem:

  • Fraqueza muscular,
  • Paralisia, parestesia ou sensações desconfortáveis nos nervos,
  • Dor neuropática,
  • Espasticidade,
  • Fadiga,
  • Depressão,
  • Disfunção sexual, intestinal, e vesical.

A mielite transversa pode ser aguda ou também pode desenvolver-se lentamente.

Causas

Na maioria dos casos a causa é idiopática (desconhecida). Em alguns casos pode estar associado a vasculite em conjunto com outras condições infecciosas (incluindo virais), parainfecciosas e doenças sistémicas autoimunes.

Quadro clínico

Aproximadamente um terço dos pacientes com MT apresentam uma doença febril (como gripe com febre) pouco antes do início de sintomas neurológicos. Sabe-se que vacinas carregam riscos de desenvolvimento da encefalomielite disseminada aguda (ADEM), que é uma inflamação do cérebro e da medula espinhal.

MT é geralmente uma doença monofásica (ocorre uma só vez); entretanto, uma percentagem muito rara dos pacientes pode sofrer uma recorrência, especialmente se há uma doença subjacente que predispõe.

As manifestações mais comuns da Mielite transversa incluem fraqueza muscular, perda de sensibilidade e disfunção autonómica.

Tratamento

Corticosteróides são drogas usadas tipicamente como tratamento para a inflamação da medula espinhal em pacientes com MT. A plasmaférese também é usada como um tratamento para suprimir o sistema imunológico. A reabilitação, especialmente a fisioterapia, é uma parte essencial do tratamento. Os pacientes seguem um regime de reabilitação típico para lesões da medula espinhal. O tratamento de longo prazo para a MT se concentra no manejo de sintomas.

Quem contrai MT e quais são as possibilidades para a recuperação?

Essa doença pode aparecer em qualquer idade (desde os 5 meses até os 80 anos). O maior número de casos de MT parece estar entre 10 a 19 anos e após 40 anos de idade. Pessoas de ambos os sexos parecem ser diagnosticadas igualmente. A literatura sugere que a taxa anual da incidência de um diagnóstico de MT é 1,34 casos por milhão de pessoas.

A recuperação pode ser ausente, parcial ou completa e geralmente inicia-se entre um a três meses. Uma recuperação significante é improvável se nenhuma melhora ocorrer por três meses. A maioria dos pacientes com MT demonstram uma recuperação boa ou moderada . Um terço daqueles diagnosticados têm uma recuperação boa, um terço têm somente uma recuperação moderada e um terço não demonstram recuperação após o período inicial.

Quanto tempo demora uma vacina?

Desenvolver e aprovar uma vacina segura não é nada fácil! A vacina contra a poliomielite demorou 60 anos! Contra o Ébola demorou 15 anos! Contra o SARS-CoV-1 passaram 17 anos e ainda não temos vacina! Contra o MERS passaram 6 anos e vacina nada… a figura seguinte é bastante elucidativa acerca da dificuldade de aprovar uma vacina segura!

Fonte: https://www.frontiersin.org/

Investigação desenvolvimento e distribuição

A figura seguinte resume as fases necessárias ao desenvolvimento da vacina desde a investigação inicial até á distribuição final pela população.

Fonte: https://www.frontiersin.org/

Concluindo

As vacinas são medicamentos! Como farmacêutico desconheço medicamentos sem efeitos secundários… portanto é claro que podem manifestar-se efeitos adversos. No entanto, regra geral, essas manifestações secundárias são ligeiras a moderadas e os eventos graves são raros. A decisão sobre tomar vacinas tal como todos os medicamentos em geral é uma análise de benefício/risco e as autoridades de saúde só aprovam a comercialização se essa relação for positiva.

No caso especial das vacinas esta relação tem uma dupla importância pois confere proteção individual mas também pode ser alcançada uma certa imunidade de grupo que limita imenso o risco de morte das populações e no limite consegue irradicar algumas doenças muito graves quando a população adere em massa á vacinação ou ela é declarada obrigatória.

Até ao momento confio na vacinação como poderosa arma de proteção das populações…

Referências

COVID-19 PORQUE NÃO ADOECEM AS CRIANÇAS?

Na Covid-19 o coronavírus entra nas células humanas por meio de uma espécie de espigão, que se projecta para penetrar em algo chamado receptor ACE-2 nas células humanas. As crianças não têm tantos destes receptores nos pulmões quanto os adultos, mas têm nas passagens nasais e na garganta. Portanto, quando as crianças são infectadas pelo coronavírus, é mais provável que os sintomas sejam apenas corrimento nasal ou dor de garganta e nunca entrem nos pulmões.

Crianças com nariz a pingar e garganta inflamada deveriam ser testadas para o novo coronavírus. O facto de as crianças não ficarem gravemente doentes e não serem testadas, mas ainda assim infectadas com o vírus, torna-as portadoras eficientes do vírus.

Ao contrário da gripe comum, onde crianças e adultos apresentam sintomas muito semelhantes, não é óbvio o diagnóstico de Covid-19 nas crianças pelo que será comum as crianças espalharem facilmente o coronavírus sem que os pais e família tenham ideia que tal está a acontecer.

É uma estratégia extraordinária que este vírus utiliza na perfeição. A capacidade de se espalhar rapidamente dentro de uma população é necessária para que um vírus se torne uma pandemia porque, por definição, os vírus pandémicos espalham-se rápido o suficiente para causar impacto no mundo inteiro ao mesmo tempo. No entanto a rápida disseminação não é o que torna este vírus mais mortal.

Actualização: Misteriosa doença ataca crianças com Covid-19?

No entanto nos últimos dias de Abril de 2020, médicos britânicos alertaram as autoridades de saúde para um aumento misterioso de doenças inflamtórias sistémicas em crianças que contactaram com o coronavírus SARS-CoV-2.

Estas crianças apresentam um quadro de doença grave similar á Doença de Kawasaki que pode afectar as artérias coronárias das crianças implicando o seu internamento urgente numa unidade de cuidados intensivos, por dificuldades respiratórias e quadros clínicos sistémicos com diversos orgãos afectados.

Notícia do The Guardian: At least 12 UK children have needed intensive care due to illness linked to Covid-19

Leia tudo sobre a doença de Kawasaki clicando na imagem seguinte

Doença de Kawasaki e Covid-19 nas crianças

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GRIPE, RESFRIADO, TOSSE, DOR DE GARGANTA, COMO TRATAR?

Gripe, constipação, tosse, dor de garganta…doenças do tempo frio!

Pois é o tempo frio e húmido já chegou e com ele trás a “família” de doenças típicas que lhe fazem companhia… gripe, constipação, tosse, dor de garganta, dor de ouvidos, etc!

É altura de preparar a sério as nossas defesas imunitárias e ter a melhor informação para evitar e tratar tais doenças. Neste artigo reunimos a informação mais importante sobre as seguintes doenças e sintomas mais comuns no tempo frio:

  • Gripe,
  • Constipação,
  • Tosse,
  • Dor de garganta,
  • Dor de ouvidos
  • Como proteger do frio pessoas e animais,
  • Depressão (aumenta a incidência)

A depressão parece estar fora do contexto das “doenças de Inverno” mas é um facto que a sua incidência, principalmente nas mulheres, aumenta com a diminuição do número de horas de luz natural e do exercício físico e convivência ao ar livre, pelo que me parece muito importante também falar deste assunto nesta época do ano, por se tratar de uma patologia que pode ser muito penalizante para imensas famílias!

Para ler basta clicar nas imagens seguintes:

Resfriado ou gripe melhorsaude.org melhor blog de saude

Tosse melhorsaude.org melhor blog de saude

DOR DE GARGANTA MELHORSAUDE.ORG MELHOR BLOG DE SAUDE

Dores no ouvido melhorsaude.org melhor blog de saude

Proteger do FRIO melhorsaude.org melhor blog de saude

DEPRESSÃO melhorsaude.org melhor blog de saude

JEJUM INTERMITENTE PODE “CURAR” DIABETES EM ALGUNS DOENTES?


Jejum intermitente será que pode “curar” alguns diabéticos? Um estudo observacional publicado pelo British Medical Journal na revista BMJ Case Reports  por três médicos que testaram esta terapia em três doentes, com resultados positivos, descreve que o jejum intermitente pode ajudar a eliminar a necessidade de insulina e outros medicamentos para baixar o nível de glicose em doentes com diabetes tipo 2.

Estudo: Planned intermittent fasting may help reverse type 2 diabetes, suggest doctors

Este é um estudo observacional com uma amostra muito reduzida mas que deve ser valorizado pois é publicado numa revista científica credivel e sinaliza resultados verdadeiramente extraordinários que se espera sejam confirmados por estudos mais profundos, controlados e duplamente cegos, utilizando amostras muito mais alargadas.

Os doentes, 3 homens, com idades entre os 40 e os 67 anos, com hipertensão arterial e colesterol elevado, tomavam, por dia, pelo menos 70 doses de insulina. Dois deles fizeram jejum de 24 horas em dias alternados, enquanto o terceiro fez jejum três dias por semana. Durante os dias de jejum, estes homens só podiam ingerir o seguinte:

  • Líquidos de baixo teor calórico, como água, chá, café ou caldo;
  • Uma refeição também pobre em calorias à noite, ao jantar.

Jejum intermitente e diabetes

Este programa alimentar foi seguido durante um período que variou entre os sete e os onze meses. No final as reações ao jejum observadas no estudo foram as seguintes:

  • Ao fim de 5 dias, um dos doente parou de tomar insulina;
  • Ao fim de 1 mês os restantes doentes pararam de tomar insulina;
  • Dois dos doentes conseguiram parar de tomar todos os medicamentos para controlar a diabetes;
  • O terceiro interrompeu três dos quatro fármacos que tomava para os diabetes.

Os autores do estudo referem também o seguinte:

  • Todos  perderam peso, entre 10 e 18% do peso inicial;
  • Todos reduziram as suas leituras de glicemia de jejum média (HbA1c) ou hemoglobina glicada;
  • Diminuiram o perímetro da cintura;
  • Diminuiram todos o risco de complicações futuras;
  • Os doentes deixaram de injetar insulina;
  • Mantiveram o esquema de refeições sem dificuldade.

Apesar de ser apenas observacional o estudo, já teve reações positivas, referem os autores.

Estudo em detalhe

Paciente com 40 anos

O paciente 1 era um homem de 40 anos com diabetes tipo 2 há 20 anos e que tinha também hipertensão e colesterol alto. No início do estudo, este homem tomava:

  • Metformina,
  • Canagliflozina,
  • Insulina de ação longa,
  • Insulina de ação curta.

Depois de jejuar três vezes por semana durante sete meses, este doente interrompeu todos os fármacos, à exceção da canagliflozina.

Paciente com 52 anos

O paciente 2 era um homem de 52 anos que sofria da doença também há mais de duas décadas. Para além do colesterol elevado e hipertensão, tinha também uma doença renal crónica. À semelhança do primeiro doente, neste caso registou-se um jejum três vezes por semana mas durante onze meses. Este paciente deixou de tomar a dose fixa de insulina.

Paciente com 67 anos

O paciente 3, com 67 anos  sofria de diabetes tipo 2 há mais de dez. Após ter jejuado em dias alternados durante onze meses, deixou de precisar dos dois medicamentos que tomava para a diabetes:

  • Metformina,
  • Insulina pré-misturada.

“O jejum terapêutico é uma intervenção dietética subutilizada que pode fornecer uma redução superior da glicose no sangue em comparação com agentes farmacológicos padrão”, concluem os autores da investigação.

Segredos do jejum

O meu artigo sobre jejum intermitente é um dos mais antigos e interessantes publicados neste  blog e certamente um dos mais completos que encontrará para consulta informada e estudos crediveis sobre este tópico!

Clique na imagem para tirar todas as dúvidas:

JEJUM INTERMITENTE melhorsaude.org melhor blog de saude

Concluindo

O uso do jejum intermitente para controlar os niveis elevados de glicémia em doentes com diabetes tipo 2, usando insulina é virtualmente desconhecido na comunidade científica!

Este estudo embora não possa, de forma alguma, ser conclusivo, relata casos de doentes reais com diabetes tipo 2 que, alterando hábitos alimentares, conseguiram com éxito diminuir ou deixar de tomar insulina e outros medicamentos que tomavam diariamente.

Este facto é só por si de uma extrema importância pois levanta a hipótese de a medicação tradicional não ser o único caminho possivel para reverter a diabetes tipo 2!

Fique bem

Franklim Fernandes

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