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DESCOBERTA, O QUE CAUSA FALHAS DE MEMÓRIA ?

Descoberta causa das falhas de memória
Descoberta causa das falhas de memória

Descoberta possivel causa para as falhas de memória

Uma equipa de duas dezenas de investigadores de Portugal, Holanda, Estados Unidos e China acaba de identificar o “possível responsável pelo surgimento de problemas de memória”, anunciou hoje a Universidade de Coimbra (UC).

A equipa de investigadores daqueles quatro países descobriu que “os recetores A2A para a adenosina” têm “um papel crucial no surgimento de problemas de memória”, afirma a UC numa nota hoje divulgada.

Receptores A2 para a adenosina
Receptor A2 para a adenosina

 O que é a adenosina ?

A adenosina é a “molécula que funciona como sinal de stress no funcionamento de vários sistemas do organismo, especialmente no cérebro”.

Esta é uma “investigação sem precedentes”, sublinha a UC, adiantando que o estudo, envolvendo especialistas da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, vai ser publicado no Molecular Psychiatry, “o mais importante jornal internacional da área da psiquiatria”.

A investigação, desenvolvida com “modelos animais (ratinhos) saudáveis”, permitiu verificar, pela primeira vez, que o funcionamento em excesso dos recetores A2A (“localizados na membrana dos neurónios”) é “suficiente para causar distúrbios na memória”, salienta a UC.

Receptor A2A para a adenosina
Receptor A2a para a adenosina

Como foi feito o estudo?

Para conseguir a máxima precisão na informação sobre o comportamento dos ratinhos durante as experiências, os especialistas de Coimbra envolvidos no estudo criaram “um dispositivo inovador para, através da utilização de uma técnica de optogenética (técnica que não existe na natureza e que utiliza a luz para atuar e controlar ocorrências específicas em sistemas biológicos), ativar este recetor de adenosina e controlar de forma única o comportamento dos circuitos neuronais”.

Assim, “no exato momento em que os modelos animais desempenhavam as tarefas de memória, foi possível verificar, inequivocamente, que uma simples ativação intensa do recetor A2A era suficiente para provocar danos no circuito e gerar problemas de memória”, explica Rodrigo Cunha, coordenador da equipa portuguesa.

Qual a importância desta descoberta ?

Esta descoberta é determinante para a Alzheimer, doença incurável caracterizada pela perda de memória, nomeadamente “para o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da demência mais comum”, sustenta Rodrigo Cunha.

“Se a simples ativação do recetor A2A é suficiente para causar distúrbios na memória, é possível desenvolver bloqueadores seletivos deste recetor”, acrescenta aquele professor da Faculdade de Medicina de Coimbra.

Qual o papel da cafeína ?

O consumo de cafeína diminui a probabilidade de desenvolver Alzheimer e  age sobre os recetores A2A (a cafeína liga-se aos recetores A2A )
O consumo de cafeína diminui a probabilidade de desenvolver Alzheimer e age sobre os recetores A2A (a cafeína liga-se aos recetores A2A )

“Os investigadores já sabem o caminho a seguir”, conclui Rodrigo Cunha, recordando que “seis anteriores estudos epidemiológicos (alguns europeus) distintos” já tinham confirmado que “o consumo de cafeína diminui a probabilidade de desenvolver Alzheimer e que age sobre os recetores A2A (a cafeína liga-se aos recetores e impede o perigo)”.

Os investigadores pretendem agora “desenhar moléculas químicas semelhantes à cafeína capazes de atuar exclusivamente sobre este recetor, impedindo-o de provocar danos na memória”, conclui Rodrigo Cunha.

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NOVA DESCOBERTA CONTRA AS METÁSTASES DO CANCRO?

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Laço, simbolo da luta contra o cancro
Laço, simbolo da luta contra o cancro

Como se forma um cancro?

Fases do processo de formação de um cancro
Fases do processo de formação de um cancro

 

Qual a nova descoberta contra o cancro ?

Pela primeira vez, foi possível detectar e isolar, no fluxo sanguíneo, células susceptíveis de criar metástases e espalhar um cancro. Isto poderá permitir avaliar a agressividade dos cancros de forma precoce.

Qual a importância desta técnica?

Uma equipa de cientistas nos Estados Unidos demonstrou que é possível, graças a pequenos bocados específicos de ADN espetados à superfície de diminutas bolinhas de ouro, detectar no sangue humano células cancerosas que estão à deslocar-se à procura de novos sítios do corpo para invadir.

A inédita técnica, que poderá permitir destruir estas células antes de elas se instalarem noutros órgãos e formarem metástases, foi descrita recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Luta contra as metástases do cancro

Quando um cancro forma metástases, o prognóstico para o doente não é bom; já pode ser tarde demais. Ora, até aqui, não era possível apanhar as células cancerosas circulantes directamente no sangue, antes de elas colonizarem novos tecidos.

 O que são afinal os NanoFlares ?

A bolinha de ouro que forma o núcleo dos NanoFlares, está coberta por uma camada de pequenas sequências de ADN capazes de reconhecer e de se ligar a genes específicos das células cancerosas
A bolinha de ouro que forma o núcleo dos NanoFlares, está coberta por uma camada de pequenas sequências de ADN capazes de reconhecer e de se ligar a genes específicos das células cancerosas

 

Agora, Chad Mirkin, da Universidade Northwestern (EUA), e colegas, conseguiram literalmente fazer brilhar essas células iluminando-as do interior por uma salva de microscópicos very-light.

Os cientistas deram à sua invenção o nome de NanoFlares (nano-clarões) e mostraram, em várias condições experimentais, que eles permitem não só detectar individualmente as células cancerosas na circulação sanguínea, como também isolá-las.

Leia aqui o resumo do artigo original

É possivel capturar e cultivar estas células?

Como não matam estas células, permitem ainda cultivá-las no laboratório para testar a eficácia de diversos fármacos anti-cancro.

“Tanto quanto sabemos, esta é a primeira abordagem baseada na genética que permite ao mesmo tempo o isolamento e a análise genética intracelular de células tumorais vivas em circulação”, escrevem os autores na PNAS.

Qual a composição do NanoFlare ?

A bolinha de ouro que forma o núcleo dos NanoFlares, com apenas 13 nanómetros (milionésimo de milímetro) de diâmetro, está coberta por uma camada de pequenas sequências de ADN (em hélice simples) capazes de reconhecer e de se ligar a genes específicos das células cancerosas. Por sua vez, essas sequências de ADN estão “acopladas” a bocadinhos de ADN que contêm o clarão propriamente dito (uma molécula fluorescente).

Inicialmente, a fluorescência do clarão é abafada pela proximidade do ouro, explicam ainda os cientistas no seu artigo. Mas o que acontece é que os NanoFlares penetram, não se sabe bem como, no interior das células. E se vierem a dar com o material genético específico do cancro que são capazes de reconhecer, ligam-se a ele, libertando o bocadinho que contém o clarão.

Ao afastar-se da bolinha de ouro central, o clarão vai assim iluminar o interior da célula em causa, marcando-a como cancerosa.

Conseguir encontrar uma “agulha num palheiro”!

“O NanoFlare acende uma luz dentro das células cancerosas que procuramos”, diz o co-autor Shad Thaxton em comunicado de Universidade Northwestern. “E o facto de os NanoFlares serem eficazes na complexa matriz do sangue humano constitui um enorme avanço técnico. Conseguimos encontrar pequenos números de células cancerosas no sangue, o que é mesmo como procurar uma agulha num palheiro.”

É possivel preparar tratamentos à medida?

Os cientistas construíram quatro tipos de NanoFlares, cada um dirigido contra um alvo genético conhecido por estar associado a cancros da mama agressivos (isto é, que formam facilmente metástases).

Mais precisamente, os NanoFlares são dirigidos contra o “ARN mensageiro” (uma outra forma de material genético) que codifica certas proteínas que se sabe estarem associadas às células dos cancros agressivos da mama.

A seguir mostraram, em particular, que esses NanoFlares eram capazes de detectar as células cancerosas, com uma taxa de erro inferior a 1%, quando estas eram misturadas com sangue de dadores humanos saudáveis.

Células detectadas sobrevivem e são cultivadas

Uma vez identificadas as células, os cientistas conseguiram separá-las das células normais e estudá-las em cultura. “Ao contrário de outras técnicas de isolamento de células cancerosas, baseadas em anticorpos, a exposição das células aos NanoFlares não resulta na morte celular”, escrevem ainda.

Ausência de toxicidade é essencial

Ora, esta ausência de toxicidade poderá permitir estudar células cancerosas vivas, avaliar o seu potencial metastático e determinar qual a melhor combinação de fármacos para as eliminar.

“Isto poderia conduzir a terapias personalizadas, nas quais olhamos para a forma como as células de um dado doente respondem a diversos cocktails terapêuticos”, diz por seu lado Chad Mirkin.

Os autores testaram os nano-clarões, com resultados igualmente promissores (embora com maiores taxas de falsos positivos), em ratinhos que são utilizados como modelo experimental de cancro da mama humano.

Neste momento, explica ainda o comunicado, estão a tentar ver se a sua nova técnica consegue detectar células cancerosas diretamente no sangue de doentes com cancro da mama.

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EPIDEMIA DA GRIPE ESTÁ A SER MAIS AGRESSIVA?

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Virus da gripe 2014/2015 está a ser mais agressivo e perigoso
Virus da gripe 2014/2015 está a ser mais agressivo e perigoso

Virus da gripe 2014/2015 está a ser mais agressivo, perigoso e até mortal!

A epidemia de gripe sazonal poderá este Inverno ser mais complicada e até mais mortal do que é habitual, por uma série de factores, admitem os especialistas, que voltam a aconselhar a vacinação aos grupos de risco, como as pessoas mais idosas.

Um dos problemas neste Inverno prende-se com o facto de uma das estirpes do vírus da gripe em circulação, a A (H3N2), ser ligeiramente diferente da que está presente na vacina e, por isso, se poder revelar mais agressiva.

Veja aqui a composição da vacina 2014/2015

Nota da DGS :

Este fim-de-semana, confrontada com notícias que dão conta deste problema, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu numa nota que, “mesmo que se venha a verificar uma menor efetividade da componente A (H3N2) da vacina”, esta protege contra os outros vírus da gripe que possam vir a circular este Inverno e, nesta altura, ainda não se sabe qual vai ser o vírus dominante no país.

Acrescenta que com a imunização há outros benefícios “relevantes “a considerar, como a redução na duração da doença e na sua gravidade, nomeadamente “complicações, internamentos e morte”.

Por isso, e como em Portugal a atividade epidémica ainda está no início e o pico da gripe sazonal “não deverá acontecer antes do final de Janeiro, as pessoas ainda vão a tempo de se vacinar”, recomenda a subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Os centros de saúde têm cerca de 100 mil vacinas disponíveis, diz, lembrando que cerca de 40% de um dos principais grupos de risco – os idosos – não se vacinou, apesar de o poderem fazer gratuitamente. Outros grupos de risco são os doentes crónicos e os profissionais de saúde.

Afinal o que está a acontecer este ano ?

O que aconteceu de diferente este ano, afinal? Em Fevereiro, os centros de vigilância gripal a nível mundial prevêem quais serão as estirpes de vírus de gripe em circulação no Inverno seguinte para as incluir na vacina.

Normalmente são contempladas três estirpes diferentes, duas A (este ano o H1N1 e o H3N2) e uma B.

Só que nos países onde já há atividade epidémica, como nos EUA, percebeu-se entretanto que a estirpe do H3N2, além de ser a dominante, é diferente da que está presente na vacina, por ter sofrido já depois de Fevereiro uma pequena mutação. O que significa que, em vez de uma proteção da ordem dos 60% a 70%, confere uma proteção de cerca de 40% a 50%.

Apesar disto, sublinha o pneumologista e consultor da DGS Filipe Froes, a vacinação continua a fazer todo o sentido. “É preferível ter alguma proteção do que proteção nenhuma”, frisa o especialista, que nota que a gripe pode conduzir a descompensação de doenças crónicas e a complicações graves, como pneumonias.

Pode ocorrer um pico de mortalidade ?

Seja como for, se durante este Inverno a estirpe A (H3N2) for a dominante em Portugal, tudo indica que poderá ocorrer um pico de mortalidade, porque esta afecta sobretudo as pessoas mais idosas, a partir dos 75 anos. Foi o que aconteceu em 2011/2012, ano em que se verificou um excesso de mortalidade associado à gripe.

Dados de países do Norte da Europa onde já há atividade epidémica, como o Reino Unido e a Suécia, indicam que esta estirpe está a ser a predominante. Em Portugal, porém, os últimos dados reportados ao Instituto de Saúde Ricardo Jorge, e que dizem respeito à semana do Natal, apontam ainda para poucos casos e são sobretudo da estirpe B.

Clique e saiba tudo sobre as diferenças entre gripe e constipação e qual o risco de pneumonia.

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Quais as causas do cancro ? Será que a “sorte” importa?

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Simbolo da luta contra o cancro da mama
Simbolo da luta contra o cancro da mama

Afinal a “sorte” têm importância como causa do cancro ?

A ocorrência da maior parte dos tipos de cancro pode ser atribuída mais à «má sorte» do que a fatores de risco conhecidos, como o hábito de fumar, segundo um estudo norte-americano.

A investigação que chegou a essa conclusão tem o objetivo de explicar a razão de alguns tecidos do corpo serem mais vulneráveis ao cancro do que outros.

Os resultados, publicados no jornal científico Science, mostraram que dois terços de todos os tipos de cancro analisados são originados de forma aleatória por mutações genéticas, independentemente do estilo de vida levado pelo paciente.

 

Um estilo de vida saudável importa ou não ?

A organização Cancer Research UK afirmou que, apesar do factor sorte ter a sua importância, um estilo de vida saudável ainda aumenta muito as probabilidades de não desenvolver a doença.

Nos Estados Unidos, 6,9% da população desenvolve câncro de pulmão, 0,6% tem cancro cerebral e 0,00072% sofre de tumores na laringe em algum momento das suas vidas. As toxinas do cigarro podem explicar porque é que o cancro do pulmão é mais comum.

Mas, apesar do sistema digestivo estar mais exposto a toxinas do ambiente do que o cérebro, os tumores cerebrais são três vezes mais comuns que os do intestino.

Qual a explicação para esta “surpresa” ?

O estudo foi realizado por investigadores da Universidade Johns Hopkins e da Escola de Saúde Pública Bloomberg. Afirmam acreditar que a explicação para esse fator aleatório está na forma como os tecidos do corpo se regeneram.

Células velhas e desgastadas do corpo são constantemente substituídas através de células-tronco, que se dividem para formar novas células.

Mas em cada divisão há o risco de que ocorra uma mutação perigosa, que aumenta as probabilidades de a célula-tronco se tornar cancerígena. O ritmo dessa renovação celular varia de acordo com a parte do corpo, sendo mais rápida no intestino e mais lenta no cérebro, por exemplo.

Os pesquisadores compararam o número de vezes que essas células se dividem em 31 tecidos do corpo durante a vida de um indivíduo com os dados de incidência de cancro nessas partes do corpo.

Concluíram que dois terços dos tipos de carcinoma eram «provocados pelo azar» de células-tronco em processo de divisão sofrerem mutações imprevisíveis. Esses tipos de cancro incluem: cancro no cérebro, no intestino delgado e no pâncreas.

Prevenção e diagnóstico precoce do cancro

Segundo Cristian Tomasetti, professor assistente de oncologia e um dos investigadores, as ações de prevenção não são suficientes para impedir a ocorrência desses tipos de carcinoma.

«Se dois terços da incidência de cancro nos tecidos é explicada por mutações de DNA aleatórias que ocorrem na divisão das células-tronco, mudar o estilo de vida e os hábitos é uma grande ajuda para prevenir certos tipos de cancro, mas não é efetivo em relação a uma grande variedade de outros tipos», afirmou.

«Temos que concentrar os nossos esforços em encontrar formas de detetar esses cancros mais cedo, em fases em que ainda sejam curáveis”.

Árvore cor de rosa da luta contra o cancro da mama
Árvore cor de rosa da luta contra o cancro da mama

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