A varíola dos macacos (Monkeypox ou mpox) foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colónias de macacos mantidos para pesquisa, daí o nome “monkeypox”.
Segundo o Manual MSD a varíola do macaco, assim como a varíola, é um membro do grupo dos ortopoxvírus. Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (p. ex., esquilos) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central.
A doença em humanos ocorre na África esporadicamente e em epidemias ocasionais. A maioria dos casos notificados ocorreu na República Democrática do Congo. Desde 2016, também foram notificados casos confirmados em Serra Leoa, Libéria, República Centro-Africana, República do Congo e Nigéria, que sofreu o maior surto recente.
Acredita-se que um aumento recente de 20 vezes na incidência seja decorrente da interrupção da vacinação contra a varíola em 1980; as pessoas que receberam a vacina contra a varíola, mesmo > 25 anos antes, têm menor risco de varíola símia. Casos da varíola símia na África também estão a aumentar porque as pessoas estão a invadir cada vez mais os habitats dos animais que carregam o vírus.
Nos EUA, em 2003, ocorreu uma epidemia de varíola do macaco quando roedores infetados, importados da África como animais de estimação, disseminaram o vírus para cães de estimação que, então, infetaram pessoas no Meio Oeste. Essa epidemia teve 35 casos confirmados, 13 prováveis e 22 suspeitos em 6 estados, mas não houve mortes.
Depois de a Suécia ter registado o primeiro caso de uma variante mais contagiosa e perigosa da doença, a Organização Mundial de Saúde alertou para a possibilidade de serem detetados na Europa outros casos importados de mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
O mpox transmite-se sobretudo pelo contacto próximo com pessoas infetadas, incluindo por via sexual. A nova variante, clade I, pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022. A quase totalidade dos casos são homens, com idades entre os 19 e os 64 anos. Em 2022, uma epidemia mundial do subtipo clade II propagou-se a uma centena de países onde a doença não era endémica, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais.
Ao contrário de surtos anteriores, em que as lesões eram visíveis sobretudo no peito, mãos e pés, a nova estirpe causa sintomas moderados e lesões nos genitais, tornando-o mais difícil de identificar, o que significa que as pessoas podem infetar terceiros sem saber que estão infetadas.
Sinais e sintomas
Em humanos, os sintomas da varíola são semelhantes, mas mais leves do que os sintomas da varíola. Monkeypox começa com febre, dor de cabeça, dores musculares e exaustão. A principal diferença entre os sintomas da varíola e da varíola do macaco é que a varíola do macaco faz com que os gânglios linfáticos inchem (linfadenopatia), enquanto a varíola não. O período de incubação (tempo desde a infecção até os sintomas) da varíola dos macacos é geralmente de 7 a 14 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.
A doença começa com:
Febre
Dor de cabeça
Dores musculares
Dor nas costas
Linfonodos inchados
Arrepios
Exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões progridem através dos seguintes estágios antes de cair:
Máculas
Pápulas
Vesículas
Pústulas
Escaras
A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas. Na África, a varíola dos macacos causa a morte de até 1 em cada 10 pessoas que contraem a doença.
Transmissão
A varíola símia é provavelmente transmitida de animais através de secreções fisiológicas, como gotículas de saliva ou respiratórias ou contato com exsudato de feridas. A transmissão de um indivíduo para outro ocorre de modo ineficaz e acredita-se que ocorra principalmente por meio de grandes gotículas respiratórias via contato direto e pessoal prolongado. A taxa geral de ataque secundário depois do contato com uma fonte humana conhecida é de 3%, e taxas de ataque de até 50% foram relatadas em pessoas que vivem com uma pessoa infetada pela varíola do macaco. Também foi documentada transmissão em ambientes hospitalares. A maioria dos pacientes é criança. Na África, a taxa de casos fatais varia de 4 a 22%.
Diagnóstico
Clinicamente, a varíola símia é semelhante à varíola; entretanto, as lesões cutâneas ocorrem com mais frequência em surtos e a linfadenopatia ocorre na varíola símia, mas não na varíola humana. Infecção bacteriana secundária da pele e dos pulmões pode ocorrer.
A diferenciação clínica entre varíola do macaco e varíola e varicela (um herpesvírus, não um vírus pox) pode ser difícil. O diagnóstico da varíola símia é por cultura, PCR (polymerase chainreaction), exame imuno-histoquímico ou microscopia eletrônica, dependendo de quais testes estão disponíveis.
Tratamento
Não há tratamento seguro e comprovado para infecção por vírus da varíola do macaco. O tratamento da varíola símia é de suporte. Fármacos potencialmente úteis incluem:
Tecovirimat – fármaco antiviral tecovirimat, aprovado pela US Food and Drug Administration (FDA)] para o tratamento da varíola;
O fármaco antiviral cidofovir ou brincidofovir (CMX001)
Todas esses fármacos têm atividade contra a varíola símia in vitro e em modelos experimentais. Mas nenhum desses fármacos foi estudado ou utilizado em áreas endêmicas para tratar a varíola do macaco.
Prevenção
ACAM200 e JYNNEOSTM (também conhecido como Imvamune ou Imvanex) são as duas vacinas atualmente licenciadas nos Estados Unidos para prevenir a varíola. JYNNEOS também é licenciado especificamente para prevenir a varíola dos macacos.
A nova vacina contra varíola JYNNEOS foi autorizada pela FDA em 2019 para a prevenção tanto da varíola símia quanto da varíola. A aprovação foi baseada em dados sobre imunogenicidade e eficácia obtidos de estudos com animais. O Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) está atualmente avaliando a JYNNEOS para a proteção daqueles em risco de exposição ocupacional ao ortopoxvírus. A JYNNEOS não está disponível ao público.
Dados prévios da África sugerem que a vacina contra varíola é pelo menos 85% eficaz na prevenção da varíola símia, pois o vírus desta doença está intimamente relacionado com o vírus que causa a varíola.
Nolen LD, Osadebe L, Katomba J, et al: Extended human-to-human transmission during a monkeypox outbreak in the Democratic Republic of the Congo. Emerg Infect Dis 22 (6):1014–1021, 2016. doi: 10.3201/eid2206.150579;
Dor de garganta quais as causas? Viral ou bacteriana? Quais os perigos incluindo para o coração? Qual o melhor tratamento? Faringite, laringite e amigdalite, quais as diferenças? São imensas as “pastilhas” que existem para tratar a dor de garganta! Este artigo pretende ser uma ferramenta útil para estar informado sobre a melhor escolha para cada caso… porque as dores de garganta não são todas iguais e algumas podem ser mais graves que outras!
Neste artigo vou responder ás seguintes questões:
Dor de garganta, o que é?
Causas crónicas da dor de garganta, quais são?
Faringite, laringite e amigdalite, quais as diferenças?
Quanto tempo dura?
Riscos e perigos porque deve ter cuidado?
Viral ou bacteriana?
Vírus e bactérias envolvidos, quais são?
Amigdalite o que é?
Causas da amigdalite quais são?
Tratamento da amigdalite qual o melhor?
Origem viral ou bacteriana?
Causas crónicas da dor de garganta quais são?
Medicamentos podem causar dor de garganta?
Sintomas associados à dor de garganta quais são?
Qual a diferença entre rouquidão e laringite?
Quais os sintomas graves de laringite nas crianças e latentes?
Quais os sintomas das dores de garganta graves?
Quais os grupos de risco?
Como tratar a dor de garganta?
Quais os tratamentos não farmacológicos?
Quais os tratamentos farmacológicos?
Quais as marcas de partilhas para a garganta mais utilizadas? E os preços?
Quais as que têm ação antibiótica, anti-inflamatória, antissética e anestésica?
Afinal quais são as melhores pastilhas para a dor de garganta?
A “dor de garganta” é caracterizada por picadas e dor ao deglutir os alimentos ou apenas a saliva. Normalmente não perturba de forma significativa a vida do doente embora em alguns casos se possa associar a dor de cabeça e mal-estar geral.
Cerca de 90% das dores de garganta apresentadas na Farmácia são de origem viral e resolvem-se naturalmente no espaço de 7 dias apenas com hidratação e toma de analgésicos e anti-inflamatórios locais ou sistémicos.
Os restantes 10% dos casos de dor de garganta são geralmente causados por:
Entre as causas crónicas de dor de garganta destacam-se as seguintes:
Alterações na respiração quando esta se faz mais pela boca do que pelo nariz o que origina a secura as mucosas da garganta;
Faringite crónica atrófica;
Reduzida ingestão de líquidos e atrofia glandular, principalmente nos idosos;
Refluxo esofágico;
Contacto com substâncias irritantes como o fumo do tabaco, solventes e corpos estranhos;
Inalação de corticoides;
Alguns medicamentos como anti-histamínicos, diuréticos, antidepressivos, e anti parkinsónicos.
Faringite Laringite e Amigdalite
As diferenças entre amigdalite, faringite e laringite estão na localização em que a inflamação ocorre na garganta e nos sintomas que elas manifestam. Assim temos:
Amigdalite é uma inflamação nas amígdalas;
Faringite é uma inflamação na faringe;
Laringite é uma inflamação na laringe.
Duração de uma crise
Sem tratamento normalmente dura entre 3 a 7 dias.
Riscos da infeção de garganta
Em alguns casos a infeção de garganta pode causar as seguintes patologias:
Dores de garganta, como faringites e amidalites, mal curadas, podem causar febre reumática que é uma reação do organismo a infeções causadas por bactérias estreptococos beta-hemolíticos do grupo A.
Como consequência da febre reumática podem ocorrer os seguintes problemas de saúde:
Dores nas articulações;
Coreia de Sydenham (distúrbio neurológico que causa movimentos involuntários e abruptos principalmente nas extremidades e na face). Também conhecida por Coreia reumática de Sydenham ou a dança de São Vito sendo um distúrbio neurológico afeta a coordenação motora de 20 a 40% dos portadores de febre reumática, principalmente entre meninas e/ou crianças e adolescentes;
Reações dermatológicas como manchas avermelhadas (eritema);
Doença cardíaca.
Doença cardíaca
A febre reumática não é a única maneira da dor de garganta evoluir para um problema cardíaco, mas é a mais importante. Uma dor de garganta pode ser causada por bactérias, vírus e fungos, que ao entrarem na circulação sanguínea, podem-se alojar no coração e originar lesões cardíacas.
Dos doentes com infeções de garganta oriundas de estreptococos beta-hemolíticos grupo A, apenas cerca de 0,3% dos casos desenvolvem a febre reumática aguda e destes um terço apresentam cardiopatia reumática.
Doenças cardíacas com origem em dores/infeções de garganta podem afetar qualquer pessoa, mas na infância e nas pessoas imunodeprimidas, regista-se maior prevalência. Por isso, a melhor maneira de diagnosticar se a febre reumática causou algum dano ao coração é através de um ecocardiograma transtoráxico.
As bactérias que afetam a garganta podem alterar algumas estruturas do coração como as válvulas cardíacas mitral, aórtica, tricúspide e pulmonar.
Válvulas cardíacas
As válvulas cardíacas regulam o fluxo sanguíneo através das quatro câmaras do coração – duas câmaras circulares pequenas superiores (átrios) e duas câmaras maiores em formato de cone inferiores (ventrículos). Cada ventrículo tem uma válvula de entrada e outra de saída. Cada válvula é composta por abas (cúspides ou folhetos) que se abrem e fecham como portas de um só sentido.
No ventrículo direito, a válvula de entrada é a válvula tricúspide, que se abre desde o átrio direito, e a válvula de saída é a válvula pulmonar, que se abre para a artéria pulmonar.
Lesões cardíacas graves
As válvulas são danificadas e podem ficar muito fechadas, o que se denomina estenose ou podem ficar muito abertas, como nos casos das insuficiências. Se o comprometimento severo dessas válvulas acontecer é recomendável operar restaurando a válvula (valvuloplastia) ou substituindo-a por uma prótese.
Prevenção de doença cardíaca
Dores de garganta são infeções comuns, mas é preciso tomar as devidas precauções para evitar que evoluam para uma patologia mais grave. A medida mais eficaz para prevenir as infeções bacterianas de garganta por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A, é a administração de antibióticos e a extração da amídala, em casos extremos.
Faringite o que é?
A faringe é a parede localizada no final da boca. A faringite normalmente é causada por vírus ou bactérias, sendo a infecção viral a mais comum. Também pode ter como causas a sinusite e refluxo gastroesofágico.
Faringite viral ou bacteriana ?
A faringite, na maior parte dos casos é de origem viral ( 80 a 90% ) pelo que não devem ser usados antibióticos porque são ineficazes e fragilizam o nosso sistema imunitário.
Sintomas da faringite
Os sintomas são semelhantes nas faringites virais e bacterianas e incluem:
Dor de garganta
Dificuldade em engolir.
A membrana mucosa que reveste a faringe pode estar inflamada e coberta por uma membrana branca ou por pus se for de origem bacteriana.
Neste caso de origem bacteriana é habitual ocorrer:
Febre
Inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço.
As faringites podem complicar-se, causando infeções como otite, sinusite ou com formação de abcesso em torno das amígdalas.
Diagnostico da Faringite
O exame médico, em muitos casos, permite a realização do diagnóstico da faringite.
Em alguns casos, recomenda-se a colheita de exsudado da garganta que será enviado para o laboratório com o propósito de se identificar a causa da faringite.
Poderão, ainda, ser solicitadas análises ao sangue, onde se poderá detetar, por exemplo, uma contagem elevada de glóbulos brancos, sugestiva de processo inflamatório e/ou infecioso.
Tratamento da Faringite
Os sintomas podem ser aliviados recorrendo a analgésicos, pastilhas para a garganta ou gargarejos de água morna com sal.
É importante não esquecer que a crianças ou adolescentes com menos de 18 anos não deve ser administrada aspirina porque pode provocar a síndroma de Reye, que corresponde a uma doença muito grave, de rápida progressão e frequentemente fatal, que atinge o cérebro e o fígado.
Os antibióticos não têm interesse se a infeção for viral, mas serão receitados se o médico suspeitar que a infeção tem uma origem bacteriana. Caso contrário, não se administram antibióticos até que as análises de laboratório tenham confirmado um diagnóstico de faringite bacteriana.
Se as análises indicarem que a faringite é provocada por uma infeção estreptocócica, o antibiótico mais indicado é a penicilina. Em caso de alergia à penicilina, existem antibióticos alternativos como a eritromicina.
Vírus que causam a dor de garganta
Alguns dos mais importantes originam a faringite virica, tais como:
Vírus Coxsackie
Vírus Gingivitis herpética
Vírus da mononucleose infeciosa, também conhecida como doença do beijo, é uma doença contagiosa, causada por um vírus da família do herpes chamado vírus Epstein-Barr (EBV), transmitido através da saliva. A mononucleose é mais comum em adolescentes e adultos jovens e os sintomas habituais são febre, dor de garganta e aumento do volume dos gânglios linfáticos.
Bactérias que causam a dor de garganta
A mais comum e significativa origina a faringite estreptocócica, a saber:
Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A ( por exemplo a amigdalite bacteriana )
Prevenir a Faringite
Os microrganismos virais e bacterianos que causam faringite são contagiosos. Como tal, a melhor prevenção é uma boa higiene:
lavar as mãos regularmente, sobretudo depois de utilizar instalações sanitárias, antes e depois de comer e sempre que se espirra ou tosse;
não partilhar alimentos, copos ou talheres;
tossir ou espirrar para um lenço de papel que deve ser eliminado;
recorrer a soluções alcoólicas para lavar as mãos sempre que não exista disponibilidade de água e sabonete;
evitar tocar em telefones públicos ou beber água de fontes públicas;
limpar regularmente telefones, comandos remotos e teclados de computador com soluções desinfetantes;
fazer o mesmo sempre que se viaja;
evitar contacto próximo com pessoas que estejam doentes.
É também importante permanecer em casa em dias com maior índice de poluição, utilizar máscaras quando se fazem limpezas para se evitar a inalação de partículas de pó, deixar de fumar e evitar a exposição a fumo de tabaco, bem como utilizar humidificadores em casa se o ar for muito seco.
Laringite o que é?
A laringe faz a ligação entre a faringe a traqueia e é onde estão localizadas as cordas vocais. A maioria das laringites são causadas por vírus ou esforço vocal excessivo. Outras causas de laringite incluem:
Abuso de bebidas alcoólicas;
Sinusites recorrentes;
Tabagismo;
Fumaças;
Refluxo gastroesofágico;
Substâncias alérgicas.
Sintomas de Laringite
Rouquidão;
Dor na garganta;
Tosse seca.
Amigdalite o que é?
A amigdalite é a inflamação e o inchaço nas amígdalas. Amígdalas são gânglios linfáticos localizados na parte superior da garganta e na parte de trás da boca. Elas ajudam a manter bactérias e outros germes longe de locais em que possam causar infeções.
Causas da amigdalite
Amigdalite é geralmente causada por vírus, mas também pode haver infeção bacteriana. A bactéria mais comum entre as causas de amigdalite é a Streptococcus pyogenes, mais conhecida como estreptococo do grupo A, também responsável por exemplo pela faringite. Outras bactérias também podem estar envolvidas no desenvolvimento da doença.
Sintomas da amigdalite
Amígdalas inchadas e vermelhas
Manchas brancas ou amareladas nas amígdalas
Dor de garganta
Dificuldade e dor ao engolir
Febre
Nódulos linfáticos no pescoço
Voz rouca
Dor de estômago, especialmente em crianças pequenas
Mau hálito
Dor de cabeça
Pescoço rígido.
Tratamento da amigdalite
Se uma bactéria como uma estreptocócica for a causa da amigdalite, serão receitados antibióticos para curar a infeção. Os antibióticos podem ser ministrados por injeção ou por via oral durante dez dias.
Além disso aconselham-se as seguintes medidas:
Repouso
Beber líquidos leves, frios ou mornos (não quentes)
Fazer gargarejos com água morna salgada
Usar pastilhas para reduzir a dor (as pastilhas não devem ser usadas em crianças porque podem causar engasgamento)
Tomar medicamentos vendidos sem receita para reduzir a dor e a febre. NÃO dê aspirina a crianças. A aspirina está associada a casos de síndrome de Reye
Humidificar o ar para, assim evitar a irritação na garganta.
Diagnóstico: vírica ou bacteriana?
Como sabemos se a dor de garganta é de origem vírica ou bacteriana?
A dor de garganta de origem bacteriana mais comum (faringite estreptocócica) geralmente tem alguns sintomas mais agressivos, tais como :
Febre superior a 38,3⁰C
Placas brancas purulentas na garganta
Adenopatias ( aumento de tamanho de alguns gânglios linfáticos por exemplo situados do pescoço )
Sintomas da dor de garganta vírica
Associada a uma constipação
Não há febre alta
Não existem placas brancas na garganta
A infeção vírica é o mais habitual em 80% dos casos de dor de garganta.
Causas crónicas da dor de garganta
Algumas das causas crónicas da dor de garganta são as seguintes:
Alterações na respiração pela boca
Faringite crónica atrófica
Reduzida ingestão de líquidos ( por exemplo nos idosos )
Atrofia glandular
Refluxo esofágico
Substâncias irritantes ( por exemplo o fumo do tabaco )
Medicamentos podem causar dor de garganta?
Alguns medicamentos de facto podem causar dor de garganta, a saber:
Corticoides inalados ( por exemplo para a asma )
Anti-histamínicos ( por exemplo para alergias e congestão nasal )
Diuréticos
Antidepressivos
Anti parkinsónicos
Sintomas associados à dor de garganta
Num quadro mais amplo os seguintes sintomas aparecem muitas vezes associados à dor de garganta:
Constipação
Catarro
Tosse
Rouquidão
Rouquidão e laringite, diferenças
A rouquidão :
É causada pela inflamação das cordas vocais na laringe
Pode prolongar-se vários dias ou semanas
Necessita de descansar a voz
Geralmente a dor de garganta é de intensidade moderada ou inexistente
A laringite :
Geralmente causada por uma infeção viral localizada na laringe
Normalmente associada a dor de garganta
Passa em poucos dias
Normalmente não precisa de apoio médico
Localização anatómica da faringe e da laringe
Sintomas graves de laringite, nas crianças e latentes
Alguns sintomas nas crianças e lactentes necessitam de encaminhamento para o médico, a saber:
Tosse ferina ( Coqueluche ) – é uma infeção causada por uma bactéria chamada Bordetella pertussis. Essa doença é caracterizada por febre e tosse seca. Hoje em dia, a tosse ferina, ou coqueluche, é pouco frequente no mundo, graças às vacinas específicas contra a doença. O problema é altamente contagioso e evolui entre 4 a 6 semanas. Essa doença é típica do inverno e pode atacar as crianças já nas primeiras semanas de vida.
Dificuldades respiratórias
Estridor – O estridor é um som semelhante ao grasnar e é predominantemente inspiratório; é consequência de uma obstrução parcial da garganta (faringe), da caixa dos órgãos da fonação (laringe) ou da traqueia.
A intensidade do estridor costuma ser suficiente para se poder ouvir a certa distância, mas por vezes pode ser percetível só durante uma respiração profunda. O som é provocado por uma corrente de ar turbulenta através de uma via aérea superior que se estreitou.
Nas crianças, a causa pode ser uma infeção da epiglote ou a aspiração de um corpo estranho.
Nos adultos, pode tratar-se de um tumor, de um abcesso, de uma tumefação (edema) da via aérea superior ou de um mau funcionamento das cordas vocais.
O estridor pode ser um sintoma de uma afeção potencialmente mortal, que requer atenção urgente. Nesses casos, introduz-se um tubo através da boca ou do nariz (intubação traqueal) ou diretamente na traqueia (traqueotomia) para permitir que o ar ultrapasse a obstrução e assim salvar a vida da pessoa.
Sintomas graves!
Disfagia ao deglutir– O termo disfagia pode referir-se tanto à dificuldade de iniciar a deglutição (geralmente denominada disfagia orofaríngea) quanto à sensação de que alimentos sólidos e/ou líquidos estão retidos de algum modo na sua passagem da boca para o estômago (geralmente denominada disfagia esofágica).
Disfagia, portanto, é a perceção de que há um impedimento para engolir.
Dificuldade respiratória
Febre superior a 38,3⁰C
Gânglios linfáticos inflamados ou sensíveis no pescoço
Exsudado faríngeo ou das amígdalas
Doentes de risco para apoio médico imediato
Alguns grupos de doentes têm um risco acrescido de complicações pelo que devem ser de imediato consultados pelo médico se apresentarem dores de garganta. Os principais grupos de risco são:
Doentes crónicos
Doentes com febre reumática
Imunodeprimidos
VIH positivos
Diabéticos
Em tratamento quimioterápico
Tratamentos da dor de garganta
Tratamentos não farmacológicos
Evitar irritantes da faringe:
Tabaco
Bebidas muito quentes ou frias
Alimentos ásperos que podem “arranhar” a garganta ao serem deglutidos
Ingerir líquidos abundantemente, sobretudo nas crianças, para uma hidratação adequada, até que a urina fique de cor amarelo claro ou transparente
Gargarejar com água morna salgada 4xdia
Usar rebuçados sem açúcar, excepto nas crianças por risco de engasgamento
Lavar as mãos com frequência para evitar o contágio
Tapar a boca ao tossir para evitar contágio
Usar aerossóis de hidratação para reduzir a secura da garganta
Evitar mudança de ambientes quentes para ambientes frios porque a contração dos vasos sanguíneos provocada pelo frio diminui a irrigação sanguínea na garganta, dificultando a chegada de leucócitos para combater o vírus ou a bactéria.
Evitar o ar-condicionado porque, tendencialmente, seca o ambiente
Tratamentos farmacológicos
Anti-inflamatórios locais
Descrevo alguns dos anti-inflamatórios que podem ser comprados sem receita médica:
Flurbiprofeno 8,75mg, pastilhas, chupar cada 3 a 4 horas, máximo 5xdia
Benzidamida 3mg, pastilhas, chupar 3xdia
Antissépticos locais
Descrevo alguns dos antissépticos que podem ser comprados sem receita médica:
Clorhexidina 3mg, pastilhas, chupar 4xdia
Hexetidina 2mg/ml ou 1mg/ml, spray solução, 1-2 aplicações, 4xdia
Álcool diclorobenzílico 1,2mg/Amilmetacresol 0,6mg pastilhas, cada 1-2 horas
Cetilpiridínio 1mg, pastilhas, cada 1-2 horas
Cloreto de dequalínio 0,25mg, comp. Bucais, cada 2h, máximo 8xdia
Brometo de domifeno 0,5mg, comprimidos orodispersiveis, máx. 8xdia
Iodeto de tibezónio, 5mg, 0,5ml, pastilhas, solução 6xdia
Amilmetacresol 0,6mg, pastilhas
Antibióticos locais
Descrevo um dos poucos que pode ser comprado sem receita médica, pois tem uma ação antibiótica local muito limitada. A saber:
A tirotricina (Hydrotricine®) fundamenta a sua atividade na aplicação das propriedades antibióticas, solubilizada e superativada, para o tratamento das doenças da boca e da faringe.
Exerce sobre os germes responsáveis pelas afeções da
boca e garganta uma ação inibidora e bactericida. A apresentação na forma de pastilhas tem a vantagem de permitir pôr a mucosa bucal em contacto com uma forte concentração de tirotricina permitindo a obtenção de um efeito terapêutico rápido.
Anestésicos locais
Benzocaína
Oxibuprocaina
Tetracaína
Medicamentos de ação sistémica
Estes são medicamentos de ação sistémica que necessitam regra geral de receita médica. A saber:
Paracetamol500-1000mg, 3xdia ( 8/8h ). A partir dos 6 anos de idade já pode aplicar-se um supositório de 500mg, no máximo de 8/8h, durante 2 a 3 dias. Nos adultos a dosagem eficaz é de 1000mg de 8/8h durante 2 a 3 dias. Tem um efeito analgésico (diminui a dor) e antipirético (diminui a febre). Não tem efeito anti-inflamatório.
Ibuprofeno, 400-600mg, 2-3xdia ( 400mg de 8/8h ou 600mg de 12/12h ). O ibuprofeno tem efeito anti-inflamatório ( diminui a inflamação ), analgésico ( diminui a dor ) e antipirético ( diminui a febre ).
Antibióticos de ação sistémica
Estes antibióticos são sempre vendidos obrigatoriamente com apresentação de uma prescrição médica. A sua escolha depende obviamente do diagnóstico do médico que tenta descobrir qual a bactéria que está na origem da infeção, gravidade, evidencia clínica de resistência anterior do doente a certos antibióticos , etc.
Os mais usuais na prescrição ambulatória são os seguintes:
Amoxicilna
Amoxicilina + ácido clavulânico
Claritromicina
Azitromicina
Penicilina injectável
Cefuroxima
Marcas de pastilhas mais conhecidas?
Mebocaína® forte 24 pastilhas
Mebocaína® anti-inflam 20 comprimidos de chupar
Strepfen® 24 pastilhas
Strepsils® 24 pastilhas
Tantum verde® 20 pastilhas
Drill® 24 pastilhas
Hydrotricine® 24 pastilhas
Tabela das pastilhas mais utilizadas para a dor de garganta e respetivas ações terapêuticas.
Os preços são meramente indicativos e podem não estar atualizados.
Concluindo
Afinal quais são as melhores pastilhas para a garganta ?
A escolha mais adequada depende da origem viral ou bacteriana da dor de garganta.
Dor de garganta de origem viral:
É a mais comum ( cerca de 80% dos casos ) sendo neste caso indicada uma acção anti-inflamatória e analgésica, complementada por uma acção anestésica se a dor for muito forte, por exemplo:
Mebocaína® anti-inflam
Strepfen®
Dor de garganta de origem bacteriana:
É muito menos frequente, sendo neste caso indicada uma acção antibiótica, antissética, complementada por uma acção anestésica se a dor for muito intensa, por exemplo:
Mebocaína® forte
Hydrotricine®
E pronto… 🙂 depois de tanta coisa dita sobre dor de garganta, sabemos que vai ficar muito mais fácil tratar e até escolher o tratamento mais adequado com a ajuda….claro… do seu médico ou farmacêutico!
Fique bem
Franklim A. Moura Fernandes
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Acne é uma das patologias cutâneas mais frequentes em dermatologia. O acne juvenil, nome científico dado às inestéticas e irritantes borbulhas que infestam a face dos adolescentes e lhes atormentam a existência, afeta 80% dos jovens entre os 12 e os 19 anos. As adolescentes são afetadas mais cedo entre os 14 e os 17 anos. Os rapazes entre os 16 e os 19 anos. É mais frequente nos latinos e nos países com menor exposição solar.
É uma doença crónica inflamatória do folículo pilossebáceo que ocorre em 4 fases:
Hiperplasia sebácea, com produção exagerada de sebo principalmente devido a níveis elevados de androgénios como a testosterona sobre a qual atua a enzima 5-α redutase transformando a testosterona em diidrotestosterona (DHT) que estimula ainda mais a produção de sebo pela glândula sebácea.
Hiperqueratinização do folículopiloso que leva ao bloqueio do sebo, não o deixando sair pelo poro para o exterior e originando o comedão que é a lesão primária da acne.
Colonização bacteriana do folículo pela Propionibacterium acnes
Inflamação do folículo piloso
Zonas mais afetadas
Rosto (99%)
Costas (60%)
Tórax (15%)
Fatores potenciadores
Alguns fatores parecem estar relacionados com o aparecimento da acne, tais como:
História genética familiar;
Tabaco;
Fármacos como os corticosteroides, fenitína, isoniazida, androgénios e lítio;
Cosméticos comedogénicos ou seja que bloqueiam a saída de sebo levando à formação do comedões.
Adolescência;
Gravidez;
Período menstrual;
Stress;
Humidade pois o clima húmido aumenta a secreção sebácea.
Acne existe na idade adulta?
Sim pode aparecer apenas na idade adulta. Nestes casos de acne tardia será mais prevalente nas mulheres do que nos homens.
Depressão e ansiedade
Existe de facto uma prevalência maior de depressão, ansiedade e ideação suicida nos adolescentes com acne.
Chocolate provoca acne?
Será que o consumo de chocolate provoca acne ? A correlação deste fenómeno com fatores alimentares é discutida há largos anos sem que, contudo, se tenha atingido qualquer consenso científico.
A maior incidência entre as populações jovens dos países mais desenvolvidos sugere que poderão nele estar implicados fatores de ordem alimentar ou genética.
Dos poucos estudos até agora efetuados para determinar a influência da alimentação na eclosão de lesões acneicas, apenas alguns sugerem uma eventual relação do elevado consumo de açúcar com o agravamento das lesões cutâneas. O papel direto do chocolate enquanto fator desencadeante ou agravante não está inequivocamente provado.
Concluindo:
Para já os estudos não provaram a relação entre acne e o consumo de chocolate (ainda bem 🙂 para os gulosos!) pelo que esta crença está no campo dos mitos na saúde!
Fique bem!
Franklim Moura Fernandes
Fontes: Dr José Barata, médico especialista em medicina interna.
Doenças de verão mais comuns toda a verdade. No verão não são apenas os escaldões que prejudicam a saúde, existem outras complicações que podem mesmo estragar as férias. Descrevo aqueles que são os oitos problemas de saúde mais comuns no verão e que são muitas vezes desvalorizados e alguns podem ser bastante perigosos!
Irritações nos olhos
Os óculos de sol podem não ser suficientes para a proteção dos olhos durante o verão. Mesmo que estejam colocados, os raios ultravioletas, as poeiras, pólenes e até mesmo cloro da água das piscinas podem causar serias irritações, como é o caso da inflamação na córnea ou conjuntivite.
Sintomas:
Dores
Visão nublada.
Prurido
Olho vermelho
Tratamento:
O tratamento principal passa por evitar as causas da irritação que muitas vezes é conhecida e recorrente em anos anteriores. A alergia aos pólenes é um exemplo flagrante em que deve evitar-se a saída para o exterior em dias quente e ventosos.
A aplicação local de um anti-histamínico em gotas oculares ou a toma de comprimidos é necessária com frequência quando os sintomas de prurido e irritação já se manifestam.
Quando o sintoma é dor ocular é urgente uma consulta médica.
É no verão que os jantares de família e entre amigos mais acontecem, mas é também nesta estação do ano que as indisposições são mais frequentes. Entre comidas menos frescas ou escolhas menos adequadas para a temperatura ambiente, as intoxicações alimentares podem estragar uma viagem, principalmente se for ao estrangeiro e os níveis de higiene não estiverem assegurados.
Sintomas:
Cólicas,
Enjoos,
Diarreia
Vómitos.
Tratamento:
A hidratação é fundamental para controlar o mau estar e “limpar” o organismo. Uma consulta médica é necessária quando os sintomas são mais agressivos nomeadamente febre, vómitos ou diarreia.
O calor pede muitas idas à água mas os mergulhos mal calculados ou as ondas mais agressivas com entrada de água nos ouvidos podem provocar vários problemas.
Sintomas:
Dores
Zumbidos
Dores de cabeça
Prevenção e tratamento:
Para prevenir esta situação, é recomendado o uso de tampões e a limpeza dos ouvidos após os mergulhos. Quando já existe otite é necessária uma consulta médica por causa do risco de infeção.
Comum nos dias em que os níveis de pólenes estão mais elevados, esta doença começa por parecer uma mera alergia mas pode mesmo acabar no aparecimento de eczemas.
Sintomas:
Tosse
Corrimento nasal
Prurido
Dores de cabeça
Cansaço
Tratamento
Evitar a todo o custo sair à rua principalmente junto de zonas arborizadas, em dias de calor e vento de forma a evitar os pólenes e a reação de hipersensibilidade.
Se já está com uma crise então deve tomar um anti-histamínico como a cetirizina, loratadina e a desloratadina. Pode usar um spray nasal vasoconstritor , como o ácido cromoglicico, para aliviar os sintomas do nariz e um colírio anti-histamínico se houver sintomas oculares como prurido e lacrimejo mais intenso. Em casos mais graves a consulta médica é necessária e pode acrescentar um corticosteroide para controlar os sintomas mais agressivos.
A exposição excessiva ao sol e sem proteção provoca queimaduras usualmente chamadas de “escaldões”. Contudo, esta situação (muito comum no verão) é extremamente agressiva para a pele, podendo originar infeções e, nos casos mais graves, ao aparecimento de cancro na pele.
Sintomas:
Pele vermelha e quente
Suores frios,
Dores,
Cansaço,
Náusea,
Dores de cabeça,
Febre
Confusão
Tratamento:
Aplicar um gel com ação calmante sobre a pele afetada
Beber mais água
Tomar um anti-histamínico em comprimidos
Consultar com urgência um médico em caso de ser extensa a área do corpo afetada e/ou apresentar dores, febre, confusão e náuseas
As idas ao campo podem ser ótimas para relaxar mas podem também ser propícias a infeções bacterianas como a doença de Lyme. Transmitida por carraças, esta doença pode ser das mais graves a acontecer no verão.
Médicos dizem que está subdiagnosticada, não é de notificação obrigatória e pensava-se que não existia cá nem no resto da Europa. Só que nos últimos anos foram detetados milhares de casos.
Se algum dia foi mordido por uma carraça e tempos depois – meses, um ano, cinco, uma década ou mais – lhe diagnosticaram um problema ao nível do sistema nervoso central, talvez valha a pena perguntar ao seu médico o que acha sobre a despistagem da doença de Lyme. A mesma que se pode confundir com esclerose múltipla, artrite reumatoide ou fibromialgia, mas que será combatida com antibiótico. Trata-se, afinal, de uma bactéria, do género Borrelia (Borrelia burgdorferi) que se transmite através da mordida da carraça, mas que ainda está subdiagnosticada no nosso país.
Contudo, a transmissão apenas acontece se a carraça estiver em contacto com a pele da pessoa pelo menos 36 horas.
Sintomas:
Inchaço no local da picada
Dores nas articulações
Sintomas gripais
Febre,
Calafrios
Dores de cabeça.
Tratamento:
Se for picado por uma carraça deve imediatamente consultar um médico para avaliar o risco de infeção.
O calor provoca desidratação e temperaturas elevadas no corpo, que levam a que a pessoa se sinta cansada e sem forças. A hidratação, mais uma vez, é fundamental para manter o corpo com a temperatura ideal. Além disso, o exercício físico nos dias de calor deve ser moderado.
Erupções cutâneas
Seja por insolações, picadas de mosquitos ou eczemas provocados por irritações, as erupções cutâneas são comuns e podem provocar outros problemas dermatológicos.
Sintomas
São muito variados os sinais de erupções cutâneas.
Pele vermelha
Pele a descamar
Borbulhas
Prurido
Tratamento:
O tratamento depende do risco de infeção das lesões e da sua quantidade ou seja quanto mais lesões maior o risco de algumas infetarem. Deve ser dada especial atenção e consulta assistência médica se aparecer febre e dor local nas lesões. Nunca é demais lembrar que uma lesão na pele, principalmente quando existe ferida é uma porta de entrada de fungos, vírus e bactérias que podem estar na origem das mais variadas doenças.
Pílula contracetiva ou anticoncecional afinal o que corta o efeito da pilula? Será que os chás e o álcool cortam o efeito da pílula? E se tiver vómitos e diarreia, o que acontece? E os lapsos de memória na toma da pílula? Quais os medicamentos que cortam o efeito? Saiba tudo e evite surpresas pois em princípio… os bebés serão mais felizes se forem desejados 🙂
Contracepção e medicamentos
Diversos medicamentos diminuem a eficácia da pílula contraceptiva sendo alguns antibióticos os mais conhecidos. Se o seu médico ou farmacêutico confirmar que esse medicamento corta o efeito da pílula contraceptiva, deve tomar precauções adicionais, continuando a tomar a pílula anticoncepcional como habitualmente nas seguintes situações:
1ª ou 2ª semana da toma da pílula – Se iniciou ou terminou o medicamento durante 1ª ou 2ª semana de toma da pílula, deve utilizar proteção adicional durante todo o tratamento e 7 dias após ter terminado. A toma da pílula mantém-se como normalmente;
3ª semana da toma da pílula – Se iniciou ou terminou a toma do medicamento durante a 3ª semana da toma da pílula, deve continuar a toma da pílula e fazer a habitual pausa para lhe aparecer o período menstrual. É essencial utilizar uma proteção complementar até chegar ao 7.° comprimido da próxima carteira da pílula.
Parece não existir evidência científica de que a generalidade dos antibióticos corta o efeito da pílula anticoncepcional , exceto no caso dosindutores de enzimas, como a rimfapicina.
Aparentemente os antibióticos não indutores, não interferem com a ação contracetiva da pílula. No entanto, por vezes, estes alteram a flora intestinal e, ao causar diarreia próxima da hora de tomar a pílula contracetiva, o efeito contracetivo pode ficar diminuindo.
Antibióticos
É aconselhável a utilização de métodos contracetivos adicionais aos da pílula na toma dos seguintes antibióticos:
Existem diversos antibióticos que parecem não interferir com a eficácia da pílula contracetiva, a saber:
Azitromicina;
Claritromicina;
Clindamicina;
Ciprofloxacina;
Doxiciclina;
Fosfomicina;
Levofloxacina;
Metronidazol;
Nitrofurantoína;
Norfloxacina;
Ofloxacina.
Antifungicos
A Griseofulvina é um dos antifungicos mais descritos como responsável pelo aumento do risco de gravidez quando a mulher toma a pílula. No entanto é já pouco utilizado nos tratamentos mais actuais.
Itraconazol
O itraconazol é um antifungico muito usado no tratamento de infeções fungicas nomeadamente:
Pés (tinha dos pés),
Mãos (tinha das mãos),
Pernas (tinha das pernas)
Erupções fungicas em forma de farelo, uma doença fúngica cutânea com manchas amarelas (Pitiríase versicolor),
Segundo a literatura incluída nas embalagens de itraconazol à venda nas Farmácias, as mulheres com potencial para engravidar têm de utilizar métodos contraceptivos eficazes até ao próximo período menstrual (hemorragia menstrual) após a conclusão do tratamento.
Fluconazol
O fluconazol é um dos antifungicos mais usados actualmente. A sua literatura descreve que pode interagir com os contracetivos mas não é clara quanto ao risco de cortar o efeito da pílula ou seja não há segurança suficiente para afirmar que é 100% seguro tomar a pílula simultaneamente com o fluconazol.
Neste caso a mulher deve usar medidas suplementares de contracepção, até ao ciclo menstrual seguinte após terminar o tratamento antifúngico.
Anti-inflamatórios
Se está a tomar algum anti-inflamatório, pode estar descansada, pois nenhum destes componentes corta o efeito da pílula contraceptiva, pelo que não necessita cuidados adicionais. Alguns dos anti-inflamatórios mais utilizados são:
Ibuprofeno (Ex: Brufen, Trifene)
Diclofenac (Ex: Voltaren)
Nimesulide (Ex: Nimed, Aulin)
Naproxeno (Ex: Naprosyn)
Paracetamol
O paracetamol é um dos analgésicos mais utilizados no mundo, para mitigar sintomas de dores moderadas e febre, não tendo ação anti-inflamatória. É seguro ulilizar com a pílula contracetiva.
Esquecimento inferior a 12 horas
Uma das maiores desvantagens da pílula anticoncepcional é a necessidade da sua toma diária, fazendo do esquecimento da mesma algo bastante frequente. No entanto, caso o esquecimento da toma da pílula não seja superior a 12 horas, a eficácia da pílula mantém-se.
Mesmo assim, é importante tomar o comprimido assim que se lembrar, continuando a tomar a pílula anticoncepcional como habitualmente. Um lapso nesta situação não coloca em causa a eficácia da mesma, independentemente da semana em que ocorra o esquecimento.
Esquecimento superior a 24 horas
No caso do esquecimento ser de mais de um comprimido e a falta da toma da pílula ultrapasse as 24 horas, há medidas de prevenção a considerar, a saber:
Uso de preservativo
Pílula do dia seguinte.
Em caso de dúvida, pode sempre consultar o seu médico, de forma a avaliar a hipótese de uma possível gravidez.
Vómitos até 4 horas após a toma
O vómito só corta o efeito da pílula se ocorrer nas 3 a 4 horas seguintes à toma. Assim, caso vomite no intervalo que compreenda as 4 horas seguintes à toma da pílula, deverá tomar outro comprimido, pois o princípio ativo do comprimido não é totalmente absorvido pelo organismo.
Se os vómitos ocorrerem mais de 4 horas depois da toma da pílula anticoncepcional, não será necessário tomar qualquer precaução complementar, uma vez que esta já foi absorvida pelo organismo, não comprometendo assim o efeito contracetivo.
Diarreia até 4 horas após a toma
Diarreias líquidas e frequentes podem cortar o efeito da pílula. neste cenário deve tomar nova pílula, à semelhança do que acontece com os vómitos. Estudos comprovam que a pílula demora cerca de 4 horas para ser totalmente absorvida e, por isso, o seu efeito pode ficar comprometido se ocorrer um episódio de diarreia intensa e constante durante este período.
A toma do novo comprimido deve ser efetuado o quanto antes, até 12 horas a seguir à hora habitual da pílula. Uma vez mais, quanto mais tarde tomar, menor eficácia tem a pílula. Esta toma deve ser efetuada o quanto antes (até 12 horas a seguir à hora habitual de toma).
Bebidas alcoólicas
Esta é outra situação que deve ser analisada cuidadosamente. Isto é, não é por beber uma cerveja ou mesmo uma caipirinha que vai colocar em causa a eficácia da pílula. Mas a verdade é que, ao beber álcool em excesso, aumenta as probabilidades de ficar mal-disposta e de vomitar, colocando assim em causa o efeito da pílula.
Por outro lado, como a pílula deve ser tomada sempre à mesma hora, é provável que se possa atrasar na toma da mesma ou, então, esquecer-se mesmo de a tomar.
Chá de hipericão (Erva de São João)
Outro produto que corta o efeito da pílula é o chá de hipericão, também conhecido por erva-de-são-joão. Apesar das suas vastas propriedades como tratamento de depressões, efeito analgésico e antissético, facilitador da digestão, entre outros, este chá e produtos derivados da planta, devem ser consumidos com alguma precaução e moderação.
A verdade é que já foi comprovado que este chá e os seus derivados podem interferir com contracetivos e outros medicamentos, como, por exemplo, os retrovirais.
O alerta surgiu da agência de regulamentação de medicamentos sueca, quando duas mulheres que usavam produtos de ervanária contendo hipericão, engravidaram sem o desejarem. No caso, os produtos em questão eram suplementos nutricionais para tratar depressões leves.
Doenças intestinais
A pílula é principalmente absorvida nas paredes do intestino delgado. Assim, mulheres que apresentam algumas doenças intestinais como a Doença de Crohn, reticolite ulcerativa ou outras patologias intestinais inflamatórias, ou ainda que tenham realizado cirurgia bariátrica e implante de bypass jejunoileal tem maior probabilidade de engravidar, mesmo usando a pílula anticoncepcional.
Isso acontece porque, nestes casos, a absorção do medicamento pelo intestino delgado é prejudicada, e consequentemente, o efeito da pílula anticoncepcional é reduzido.
Pílula 30 respostas essenciais
Existem inúmeras questões sobre o uso da pílula contracetiva que nem sempre são respondidas de forma correcta.
Assim clique aqui ou na imagem seguinte para ler tudo o que necessita saber sobre a pílula.
Polimedicação vs desprescrição e efeitos adversos que provocam mais prescrição, como travar esse ciclo vicioso? Como farmacêutico comunitário este é um problema de confrontação diária em conversa com os meus utentes. Existem cada vez mais doentes crónicos polimedicados que tomam mais de 10 medicamentos por dia! Os efeitos adversos são inevitáveis mas muitas vezes são erradamente interpretados como novas doenças a tratar! Isto origina tipicamente um ciclo vicioso de polimedicação denominado cascata de prescrição que consiste basicamente na prescrição de mais medicamentos para tratar os efeitos secundários em vez de se tentar a desprescrição ou seja o desmame ou substituição do medicamento que está a causar esse efeito adverso.
Se é certo que em alguns casos graves não é possível retirar o medicamento que causa efeitos adversos noutros é perfeitamente exequível a desprescrição sendo até o mais adequado terapeuticamente… desde que o diagnóstico seja correto! Esta é sempre uma tarefa difícil que deve ser preparada em conjunto pelo médico e farmacêutico que assistem o doente.
Neste artigo descreve-se um caso típico de uma doente crónica idosa que toma 14 medicamentos diferentes por dia e quais os medicamentos que poderiam ser retirados do seu esquema terapêutico aplicando uma desprescrição adequada e segura.
Polimedicação caso de estudo
The University of British Columbia caso de estudo: Uma mulher de 70 anos é diagnosticada com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), apneia do sono obstrutiva, disfunção ventricular esquerda com obstrução da via de saída, hipertensão, embolia, insônia, ansiedade, depressão, comprometimento cognitivo leve e laringite inexplicável. Ela toma 14 medicamentos prescritos e 4 suplementos, mas prefere menos. A sua enfermeira de cuidados primários consulta um farmacêutico clínico de ambulatório para uma revisão abrangente da medicação.
A lista de patologias, medicamentos e respetiva posologia está descrita na tabela seguinte:
Antes inimagináveis, listas de medicamentos intimidadoras agora são comuns.1 A mitigação pode ser mais fácil se os prescritores e farmacêuticos dispensadores reconhecerem o potencial de “cascatas de prescrição” e começarem a “especializar-se” também em desprescrição. Cunhado por dois geriatras em 1995,2 “uma cascata de prescrição começa quando um medicamento é prescrito, ocorre um evento adverso de medicamento que é interpretado erradamente como uma nova condição médica e um medicamento subsequente é prescrito para tratar esse efeito adverso induzido por medicamento.”3 As sequelas também incluem medicamentos não sujeitos a receita médica ou dispositivos médicos (por exemplo, inserção de pacemaker cardíaco).
As potenciais cascatas de prescrição identificadas, neste caso de estudo, são as que constam da tabela seguinte, que apresenta os medicamentos usados (coluna 1), os efeitos adversos mais comuns dessa medicação (coluna 2) e os fármacos acrescentados a esta medicação crónica apenas para combater os efeitos secundários (coluna 3).
Medicamento
Efeito adverso comum
Cascata de prescrições possível (para combater efeitos adversos)
Diltiazem
Edema periférico
Furosemida para tratar edema erradamente diagnosticado como excesso de volume ou insuficiência cardíaca noturna
Tiotrópio
Anticolinérgico: Rouquidão/laringite
Pantoprazol para reduzir o ácido gástrico erradamente diagnosticado como refluxo gástrico
Prescrições adicionadas para combater um ou mais efeitos de medicamentos podem induzir quedas por super sedação, “distúrbio cognitivo leve” ou outros efeitos anticolinérgicos (anti muscarínicos) ou efeitos adversos de um Inibidor da Bomba de Protões (IBP). Dado o interesse dessa mulher em desprescrever, o farmacêutico clínico também questionou outros medicamentos da sua lista.
Efeitos adversos e cascatas de prescrição
Os estudos publicados sobre cascatas de prescrição concentram-se em várias classes de medicamentos.4 Os identificados anteriormente incluem alguns dos 200 medicamentos mais frequentemente prescritos. Descrevo de seguida sete exemplos predominantes sobre possíveis cascatas de prescrição.
Medicamentos anticolinérgicos >> disfunção cognitiva >> medicamentos para a demência
Medicamentos anticolinérgicos (por exemplo, antidepressivos tricíclicos, ciclobenzaprina, mirtazapina, Quetiapina, oxibutinina)5 bloqueiam a neurotransmissão acetilcolinérgica no cérebro, prejudicando a cognição e a memória mesmo na presença de inibidores da acetilcolinesterase (AChE-I: donepezilo, galantamina, rivastigmina).6,7 O declínio cognitivo percebido como uma nova condição ou agravamento da demência pode levar a novas prescrições ou aumento das doses de AChE-I.8,9
Medicamentos para a demência >> incontinência >> medicamentos anticolinérgicos
Por outro lado, os inibidores da acetilcolinesterase (AChE-I) podem causar incontinência urinária ou fecal, que pode causar uma “cascata” para prescrição de um anticolinérgico. Dois estudos encontraram aumento do uso de medicamentos antimuscarínicos da bexiga (por exemplo, oxibutinina) após prescrição de inibidores da colinesterase para demência.10 Bradicardia ou síncope (muscarínica) ou cãibras musculares (nicotínicos) são outros efeitos colinérgicos que podem precipitar novos tratamentos.11-13
Anticolinérgicos >> dispepsia/refluxo >> medicamentos inibidores da bomba de protões
Dispepsia ou azia devido ao esvaziamento gástrico retardado podem ser confundidos com refluxo gastrointestinal espontâneo. Essa associação foi sugerida como uma possível cascata em um estudo que avaliou prescrições de IBPs de longa data.14 Num estudo nos EUA com 248 residentes de casas de repouso, a probabilidade de receber um IBP aumentou com a carga anticolinérgica. Similarmente um grande estudo de coorte, de idosos com demência, na da Nova Escócia sugeriu que os anticolinérgicos aumentaram a prescrição de IBP “consistente com uma cascata de prescrição”.16
A obstipação induzida por medicamentos é uma associação bem conhecida e confirmada por uma revisão sistemática de 2021.17 Entre os residentes de casas de repouso italianas, os antidepressivos tricíclicos aumentaram o uso de laxantes (OR 2,98, IC 95% 1,31-6,77), assim como outros antidepressivos, especialmente mirtazapina ( OR 1,37, IC 95% 1,09-1,71).18
Bloqueadores dos canais de cálcio / gabapentina/pregabalina >> edema >> medicamentos diuréticos
Os bloqueadores dos canais de cálcio dihidropiridínicos (BCC), tais como, por exemplo, amlodipina, lercanidipina, nifedidina e felodipina, frequentemente causam edema dose-dependente, afetando até 30% dos pacientes idosos.19,20 Dois estudos de coorte recentes descobriram que as prescrições de furosemida aumentaram em pessoas que tomam BCC, em comparação com outros anti hipertensivos.21,22 A redução ou interrupção de um BCC pode ser preferível à adição de furosemida, dada a sua multiplicidade efeitos adversos.
A gabapentina e a pregabalina também causam edema periférico dose-dependente. Na dor crônica, isso afeta até 9% das pessoas que tomam gabapentina e 10% para pregabalina (até 4 vezes versus placebo).23-25 Um grande estudo de coorte de Ontário de 2011-2019 encontrou aumento nas prescrições de diuréticos de alça após o início de gabapentina/pregabalina para dor lombar de início recente em idosos (HR: 1,44, IC 95%: 1,23, 1,70; aumento do risco absoluto 0,7%).26 Ambos podem ser associada ao diagnóstico inadequado de insuficiência cardíaca.27
Desordem de movimentos induzida por medicamentos >> medicamentos anti Parkinson
A maioria dos antipsicóticos, alguns antidepressivos e os antieméticos metoclopramida e proclorperazina bloqueiam os recetores de dopamina ou causam distúrbios do movimento por outros mecanismos. Esses eventos adversos podem ser confundidos com a doença de Parkinson.28 Embora um estudo canadiano tenha achado essas cascatas de prescrição incomuns,10 outros veem mais motivos para preocupação. As prescrições de antipsicóticos, antidepressivos e metoclopramida mais recentes e mais antigos foram associadas ao aumento da prescrição subsequente de l-DOPA/carbidopa e outros medicamentos antiparkinsonianos.3,28-32
Hipertensão induzida por medicamentos >> medicamentos anti-hipertensores
Cerca de 15% dos adultos americanos (19% dos adultos com hipertensão) tomam um medicamento que pode aumentar a pressão arterial.33 Antidepressivos (8,7% dos adultos) e AINEs prescritos (6,5%) foram os candidatos potenciais mais frequentes para uma cascata de prescrição pouco reconhecida.
Desprescrição
A desprescrição ou seja prevenir, detetar e reverter cascatas de prescrição não é fácil.34 Os pesquisadores citados nesta Carta propõem uma abordagem abrangente, enquanto a Canadian Deprescribe Network oferece uma mais simples para o público.4,35,36 Reconhecer e intercetar cascatas ainda requer conhecimento e revisão especializada de medicamentos, incluindo atenção a cascatas conhecidas.37 Como um revisor médico rural desta Carta escreveu:
“O problema é em grande parte a nossa mentalidade de tratar reflexivamente novos sintomas com medicamentos, sem primeiro pensar em relação aos efeitos colaterais induzidos por medicamentos em pacientes que já tomam muitos”.
Conclusões
▪ As cascatas de prescrição causam polimedicação e danos evitáveis.
▪ Preveni-los por meio de prescrição cuidadosa baseada em indicação e triagem de cascatas durante as revisões de medicamentos. Utilizar o farmacêutico especializado ou consulta médica quando disponível.
▪ Comece pela familiarização com cascatas envolvendo medicamentos comuns na atenção primária; reduza as doses se a desprescrição parecer muito radical.
▪ Identificar uma cascata de prescrição é um momento de aprendizagem, use-o.
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Bronzear sem queimar a pele é mais fácil do que se pensa desde que se saiba toda a verdade sobre o bronzeado! Antes de mais convém saber algumas coisas importantes sobre a exposição solar, quais os seu benefícios, malefícios, tipo de pele, qual o protetor mais adequado e qual o tempo que a sua pele aguenta, sem proteção, até fazer uma queimadura.
Neste artigo vou tratar os seguintes temas:
Benefícios do sol
Perigos do sol
Eritema e tempo de queimadura
Quanto tempo demora a aparecer uma queimadura solar
No início do século XX descobriu-se que a exposição à luz solar era um preventivo do raquitismo e mesmo a sua possível cura porque pequenas quantidades de UV são benéficas e essenciais na produção da vitamina D3. Além disso parece claro também que em muitas pessoas existe um benefício psicológico que se expressa num aumento do otimismo e do humor em dias com mais exposição à luz solar.
Perigos do sol
A exposição humana à radiação solar poderá ter efeitos graves sobre a saúde, nomeadamente:
O tempo de formação para o eritema (queimadura solar) é o tempo máximo de exposição ao sol com a pele desprotegida e sem que se tenha dado o eritema. O tempo de formação para o eritema pode ser calculado, para cada tipo de pele, a partir do Índice UV e o valor de 1MED para cada tipo de pele.
Escaldão quanto tempo demora?
O “vermelhão” (mais frequentemente conhecido como “escaldão”), resultante da exposição ao sol, torna-se visível após algumas horas, ocorrendo o eritema nas 3 a 5 horas após a exposição à radiação ultravioleta, alcançando um máximo entre 8 a 24 horas e desvanecendo ao longo de 3 dias.
A vasodilatação dos capilares das áreas expostas inicia-se antes do eritema se tornar visível e isto ocorre da mesma forma para as crianças, jovens, adultos e idosos. Alterações benignas dos melanocitos podem também ocorrer como resultantes de uma sobre-exposição ao UV durante a infância ou a adolescência.
Olhos ao sol, que problemas origina?
Ao contrário da pele humana que parcialmente se adapta à radiação UV (espessura e bronzeado), o olho humano não possui quaisquer mecanismos de adaptação. Como doenças dos olhos, a nível externo, temos principalmente:
Fotoqueratite
Fotocunjuntivite
Podem ocorrer entre 30 minutos e 24 horas após uma exposição prolongada a uma radiação solar intensa, muitas vezes em ambientes altamente refletores, de que é exemplo o caso da “cegueira da neve”. Outros problemas que podem ocorrer nos olhos devido a excesso de exposição solar são:
Pterigium que é uma doença degenerativa que afeta a parte externa dos olhos.
Catarata humana relativa à qual estudos diversos indicam ser a radiação UV um fator de risco no desenvolvimento levando ao aumento da opacidade da lente do olho.
Supressão do sistema imunológico pelo facto daradiação UV induzie e favorecer a progressão de infeções originadas por vírus, bactérias e fungos.
Olhos como proteger bem do sol?
Os olhos deverão ser protegidos por óculos de sol com as seguintes características:
Conter filtros UVA e UVB.
Indicar a categoria de proteção das lentes para a luz visível e ultravioleta, e acordo com a diretiva C. E. 89/686/CEE.
Para uso geral recomenda-se a categoria 3,
Para atividades de alto risco como o montanhismo ou os desportos náuticos se recomenda a categoria 4.
Proteções laterais nos óculos devido à exposição lateral.
A proteção lateral é especialmente importante para as crianças pois a transmitância da radiação UV através dos olhos é mais elevada para criança do que para o adulto – a retina da criança é menos protegida.
Pele como proteger eficazmente?
Para bronzear sem queimar a melhor proteção para a pele é o uso de roupa (camisola, calças, chapéu) adequada. A roupa transparente à radiação UV deverá existir no mercado devidamente identificada como tal. As zonas da pele não cobertas por roupa deverão ser protegidas com um protetor solar contendo filtros de UVA e UVB. Durante as primeiras exposições ao sol recomenda-se o uso de um Fator de Proteção Solar (FPS ou SPF) de pelo menos 30.
Protetor solar qual a aplicação correta?
Deverão existir cuidados especiais com bebés e crianças. É importante notar que o efeito do protetor solar depende não somente da sua qualidade mas também da sua correta aplicação.
O protetor solar deverá ser aplicado de acordo com as instruções do fabricante. Um protetor solar com FPS de pelo menos 15 deverá ser generosamente aplicado de 2 em 2 horas para ter efeito protetor. Deverá também ser aplicado antes da exposição ao sol bem como após o banho de mar ou piscina. Se os protetores solares forem corretamente usados eles poderão constituir uma proteção para o eritema, cancro e fotoenvelhecimento.
Bronzeado como se forma?
Diferente do eritema é o bronzeado, quando a pele é exposta à radiação ultravioleta podem distinguir-se duas reações ao bronzeado:
Uma diz respeito à absorção imediata da radiação UV pela melanina presente na pele, e que lhe confere um tom escuro que desvanece poucas horas após o fim da exposição,
Outra refere-se ao escurecimento da pele que requer cerca de 3 dias a desenvolver. Trata-se de um bronzeado mais persistente e resulta numa intensificação da produção de pigmentação.
No primeiro caso a radiação mais efetiva é a radiação UVA, neste ultimo é a UVB. Um outro efeito da exposição ao UVB é o aumento da espessura da epiderme a qual irá contribuir para a atenuação da radiação UV que penetra nas camadas mais profundos da pele. Uma exposição moderada à radiação UVB mantém a capacidade da pele tolerar novas exposições.
Bronzear sem queimar
A verdade é que a capacidade de ficar bronzeada depende do tipo de pele e não é necessário expor-se ao sol das 11 ás 16 horas ou seja nas horas de maior calor e índice UV mais elevado porque apenas vai aumentar o risco de queimadura e danos oculares e não vai bronzear de forma saudável e duradoura!
Bronzeado e tipo de pele
O bronzeado depende essencialmente do tipo de pele ou seja a pele tipo III e IV bronzeia sempre, a pele tipo II só ás vezes e a pele tipo I nunca bronzeia por mais exposição solar que tenha!
Bronzear sem queimar para ruivas e loiras
Por exemplo uma ruiva nunca bronzeia e uma loira só ás vezes! As morenas… essas bronzeiam sempre… sortudas 🙂
Apresentamos de seguida uma tabela para que possa saber qual o seu tipo de pele.
Fototipo de pele qual o seu?
BRONZEIA
QUEIMA
CABELO
COR OLHOS
I
Nunca
Queima
Ruivo
Azul
II
Às vezes
Às vezes
Loiro
Azul/Verde
III
Sempre
Raramente
Castanho
Cinza/Castanho
IV
Sempre
Raramente
Preto
Castanho
Índice UV o que é?
A necessidade de fazer chegar ao público em geral informação sobre a radiação UV e sobre os seus possíveis efeitos nocivos, levou a comunidade científica a definir um parâmetro que pudesse ser usado como um indicador para as exposições a esta radiação. Este parâmetro chama-se Índice UV (IUV). Assim, o IUV é uma medida dos níveis da radiação solar ultravioleta que efetivamente contribui para a formação de uma queimadura na pele humana (eritema), sendo que a sua formação depende dos tipos de pele (I, II, III, IV) e do tempo máximo de exposição solar com a pele desprotegida.
IUV como varia?
O Índice UV exprime-se numericamente como o resultado da multiplicação do valor médio no tempo da irradiância efetiva (W/m2) por 40. Exemplo: Uma irradiância efetiva de 0.2 W/m2 corresponde a um valor do UVI de 8.0.
O Índice UV varia entre:
menor que 2, Baixo,
3 a 5, Moderado,
6 a 7, Alto,
8 a 9, Muito Alto,
superior a 11 Extremo.
Os valores médios do UV para a latitude de Portugal, enquadram-se para o período compreendido entre os meses de Outubro e Abril entre 3 e 6, o que significa Moderado com possibilidade de Alto em alguns momentos deste período e entre 9 e 10 para o período compreendido entre Maio e Setembro, o que corresponde a Muito Alto.
Guia de medidas de proteção solar
Consulte o nosso guia para aplicação das medidas de proteção para diferentes valores do Índice UV e para uma pele de tipo sensível (pele tipo I e bebés) e para uma pele tipo III, mais tolerante. Este guia é apenas um exemplo de uma forma simples de como o público pode ser sensibilizado e informado.
Para além do tipo de pele, possíveis reações cutâneas ou oculares podem modificar a eficiência das medidas de proteção. Tais reações de fotossensitividade poderão ser devidas a um certo número de agentes internos ou externos. Alguns medicamentos, tais como psoralens, porphyrins, coal tar, antibióticos ou diversos tipos de agentes inflamatórios, produtos antimicrobióticos, fragrâncias, plantas, etc., podem causar eritema mesmo para baixas doses de UV.
Protetor solar como escolher e usar?
Os protetores solares atenuam a transmissão da radiação UV na pele. O fator de proteção solar (apresentado pelos protetores solares existentes no mercado) é determinado com base na razão entre as quantidades de radiação UV necessárias para que ocorra a queimadura solar, com protetor solar e sem protetor solar. É importante saber que este efeito de proteção não aumenta linearmente com o FPS. Por exemplo, um FPS de 10 reduz em cerca de 90% a radiação UVB, um FPS de 20 em cerca 95% e um FPS de 30 reduzirá adicionalmente apenas um pouco mais.
Tendo em atenção os danos causados pela radiação UVA recomenda-se a verificação da existência de filtros UVA no produto: por ainda não existir um método padrão para a avaliação dos filtros da radiação UVA nos protetores solares, quando o produto possui filtro para a radiação UVA, tal é referido na embalagem do produto.
Em todos os casos, o protetor solar não deverá ser usado para prolongar o tempo de exposição, mas sim limitar os danos resultantes da exposição ao sol. É esta a razão pela qual os protetores solares se aplicam em zonas não cobertas pela roupa, especialmente em áreas sensíveis como o nariz, o pescoço, os ombros, no peito dos pés, etc.. Para a escolha do protetor solar mais apropriado, existe indicação dos valores de FPS de acordo com os diferentes tipos de pele e valores do Índice UV.
FATORES DE PROTEÇÃO SOLAR RECOMENDADOS PARA DIFERENTES TIPOS DE PELE E DE ÍNDICE UV
ÍNDICE ULTRAVIOLETA
TIPOS DE PELE
I
II
III
IV
1 a 3
15
12
9
6
4 a 6
30
25
15
12
7 a 9
50
40
30
20
superior a 10
60
50
40
30
Concluindo
A proteção solar, principalmente dos bebés, crianças e adultos com pele mais sensível é um tema que está na ordem do dia pela simples razão de que não existem dúvidas sobre o aumento do número de casos de cancros de pele. Nunca é demais lembrar que quanto mais sol em excesso uma criança apanha mais vai aumentar a sua probabilidade de vir a desenvolver cancro de pele na idade adulta!
Mesmo sabendo que existe uma maior e melhor informação para os malefícios do excesso de exposição solar ainda há muitos pais que não protegem adequadamente os seus filhos e a prova está nas praias apinhadas de gente e em particular de crianças nas horas de exposição mais prejudiciais ou seja entre as 11 e as 16 horas!
Talvez se possa convencer alguns esses pais “menos informados” deixando claro que um bronzeado saudável e duradouro consegue-se essencialmente até ás 11horas e depois das 16 horas sendo que as horas de maior calor, entre as 11 e as 16 horas apenas aumentam o risco de queimadura solar e danos oculares!
Ar condicionado e os perigos fatais, toda a verdade! Os ambientes climatizados tornaram-se um hábito generalizado nas sociedades ditas mais “modernas”! O conforto acima de tudo e, onde quer que esteja, no carro, no escritório ou em casa, nada melhor que ter à escolha uma temperatura ambiente de fazer inveja aos “transeuntes”… no Inverno, um ambiente “quentinho” quando cá fora está um frio de “rachar” e no verão quando toda a gente derrete na rua nada melhor que ter uma “brisa personalizada” só para si 🙂
Mas será que este conforto é saudável quando se trata de o conseguir por via do ar condicionado?
Pois é… parece que há perigos bem reais quando os cuidados devidos não são garantidos! Neste artigo vou ajudar a diminuir esses perigos… saiba tudo!
O que é uma alergia?
Alergia ou reação de hipersensibilidade é uma resposta imunológica exagerada, que se desenvolve após a exposição a um determinado antigénio (substância estranha ao nosso organismo) e que ocorre em indivíduos geneticamente suscetíveis e previamente sensibilizados.
Agentes principais que provocam alergia
Ácaros
Mofo (fungos)
Epitélio (pele) e pelos de animais (gatos e cães)
Esporos de fungos e pólenes de flores
Alimentos
Medicamentos
Sintomas causados pelo ar condicionado
A maioria das pessoas quando entra em ambientes com climatização por meio de ar condicionado sente algum tipo de irritação, a saber:
Aqueles que têm RINITE (ver artigo) são os que mais se queixam, sofrendo de inflamação nas mucosas nasais e até nos olhos.
A culpa é só dos filtros?
A questão é que durante muito tempo essa culpa foi atribuída à falta de limpeza dos filtros, cuja função é a de purificar o ar, mas acumulavam lixo e microrganismos nocivos à saúde.
Foi então que se iniciou uma verdadeira batalha contra ácaros, fungos e bactérias. O lado bom de tudo isto foi a consciencialização que despertou nas pessoas sobre a necessidade de cuidados adequados com tais aparelhos.
Para ter uma noção, respiramos cerca de 20 mil vezes por dia e o ar climatizado artificialmente pode ser prejudicial à saúde, se alguns cuidados essenciais com os aparelhos não forem tomados.
Vantagens para a saúde
As principais vantagens na utilização do ar condicionado referidas pelos médicos são:
Diminuição da mortalidade intra-hospitalar principalmente nos doentes crónicos e polimedicados;
Aumento da produtividade durante as vagas de calor
No entanto apesar destas vantagens aconselham muita moderação.
Grandes diferenças de temperatura é mau!
Deve evitar-se a exposição a grandes variações térmicas. Por exemplo, a passagem, em minutos, de temperaturas superiores de 35ºC para menos de 20ºC agride as vias aéreas superiores e inferiores, explicam os alergologistas.
O ar muito frio congestiona os tecidos. No nariz, por exemplo, os cílios nasais podem paralisar, deixando de expulsar para o exterior impurezas e “corpos estranhos”. Assim as queixas nasais podem ser de obstrução, ou seja, nariz tapado e com secreções, a que se associa frequentemente dores de cabeça e sensação de garganta seca.
Micro-organismos muito perigosos
Fungos, bactérias e ácaros podem ser os grandes problemas, porque a redução drástica da captação do ar externo, provoca o aumento da concentração de poluentes biológicos no ar interno, fazendo com que a taxa de renovação seja insuficiente.
Com isso, existe o risco de concentração dessas formas de vida nos ductos de ar condicionado, o que favorece a proliferação desses agentes, e compromete a qualidade de vida das pessoas, principalmente as que são mais vulneráveis à contaminação, como aquelas que têm problemas respiratórios como a rinite alérgica.
O problema do ar condicionado central
Os sistemas de ar condicionado central podem contribuir para o surgimento ou piorar os sintomas de alergias respiratórias. Isso ocorre porque o filtro de ar desses aparelhos, não está preparado para reter as micropartículas dos agentes mais implicados no desencadeamento de alergias respiratórias, tais como:
Fungos,
Bactérias,
Mofos,
Ácaros.
Vírus.
Salas amplas e cheias de gente a trabalhar, acabam por se tornar ambientes insalubres, criando condições ideais para a proliferação das doenças provocadas por esses alérgenos.
Relação com doenças respiratórias
O ar frio paralisa os pelos que revestem as paredes do sistema respiratório, que são encarregues de atirar para fora as impurezas que entram juntamente com o ar que respiramos. Assim, fungos, mofo, bactérias, vírus e ácaros permanecem no organismo, livres para provocar doenças respiratórias de natureza alérgica.
Principais doenças do aparelho respiratório
Normalmente quase todos os anos as principais doenças do aparelho respiratório são as seguintes:
Sinusite,
Rinite,
Otite,
Amigdalite,
Faringite,
Bronquite,
Pneumonia,
Asma,
Gripes,
Constipações.
Gripes, por exemplo, comprometem as defesas e favorecem infeções mais graves, como a pneumonia.
Alergias como prevenir?
As principais medidas de proteção contra as alergias são as seguintes:
Evite locais fechados, com grande concentração de pessoas, por tempo prolongado, pois facilita a contaminação,
Evite salas com carpete ou alcatifa porque o perigo é muito maior. Mesmo que a pessoa não seja alérgica, a exposição aos elementos causadores de alergias (ácaros, fungos, mofo, poeira de local fechado, bactérias) acaba por fazer com que ela fique com maior sensibilidade.
Dessa forma, a exposição repetida pode levar ao desenvolvimento de sintomas alérgicos. Como em todas as doenças alérgicas, a prevenção é o melhor remédio.
Quais os cuidados a serem tomados?
Evitar permanência em ambientes insalubres por muito tempo,
Tratar a alergia quando as crises surgirem,
Tomar vacinas, quando houver indicação; Alérgicos e pessoas com mais de 50 anos devem tomar vacinas contra gripe, pneumonias e outras infeções respiratórias, provocadas por bactérias como o pneumococo e o hemófilo;
Tomar banho à temperatura ambiente (mais frio);
Fazer exercício físico; Praticar natação preferencialmente em piscina fria (esta recomendação não é válida para quem tem sinusite, porque a natação pode agravar o problema).
Janelas fechadas, cortinas ou persianas que não deixam entrar nem uma nesga de sol, contribuem para um ar que entra pelas narinas levando aos pulmões algo mais que puro oxigênio.
Se mora ou trabalha num ambiente com essas características, previna-se: lugares onde apenas dez por cento do ar circulante é renovado com ar de fora do prédio são propícios à proliferação das alergias respiratórias.
Locais com refrigeração central são a habitação ideal para ácaros, fungos, bactérias e outros agentes causadores de alergias respiratórias.
Ar condicionado do carro e alergias
O caso do ar condicionado no carro é um pouco diferente porque é constantemente renovado com ar exterior dependendo portanto da qualidade deste ar. Neste caso as principais “vitimas” são as pessoas com alergia a pólen de flores e fumo dos camiões.
Aparelhos de ar condicionado em casa são perigosos?
Também não representa perigo instalar em casa aquele aparelho pequeno, de parede. O ar é todo renovado pelo aparelho. Sai o ar quente do interior e entra novo ar de fora.
Mas deve-se ter cuidado com a limpeza do filtro e da parte externa que reveste o aparelho. Nestes locais podem estar acumuladas fezes de pombos e de outros pássaros, que representam perigo à saúde das pessoas.
Essa fezes, quando secas, podem ser aspiradas para dentro do sistema, dessa forma sendo levadas para o ambiente refrigerado. As fezes do pombo têm um fungo chamado Criptococcus neoformans, que pode provocar pneumonia e meningite.
Como eliminar os microoganismos?
O calor do sol é o maior inimigo de fungos, ácaros e mofo. Por isso, os alergologistas recomendam que deixe entrar em sua casa a luz do sol e o ar puro.
Como evitar as alergias?
Evitar as causas das alergias respiratórias é fundamental, o que significa o seguinte:
Manter a casa ou escritório livre da poeira,
Manter casa e escritório livre do mofo,
Limpar os insetos mortos.
Consequência mais grave de uma alergia
O problema mais grave que pode surgir na sequência de uma reação alérgica é um quadro de anafilaxia ou choque anafilático. É uma reação alérgica grave, que provoca comprometimento de todo o organismo;
Os principais sintomas são:
Dificuldade de respiração;
Perda de consciência;
Até a morte, quando não tratada imediatamente.
Dicas para uma casa saudável
Ventilação: manter as janelas abertas durante o dia…vento não faz mal!
Móveis:o mobiliário deve ser simples, com bordas lisas e de fácil limpeza.
A limpeza: deve ser feita diariamente, com água, sabão e produtos de limpeza adequados. Evitar produtos com odor intenso, como os derivados de amoníaco. Evitar, também, usar vassouras e espanadores, bem como aspiradores que não tenham filtros para reter partículas bem pequenas.
Colchões e travesseiros: trocar travesseiros uma vez por ano e preferir modelos com espuma inteiriça. Evitar penas ou flocos. Encapar colchões e travesseiros com capas especiais contra ácaros e trocar as roupas de cama semanalmente.
Concluindo
O ar condicionado é uma mais valia no nosso quotidiano desde que sejam cumpridas as regras básicas de limpeza do aparelho quer internamente com os filtros e ductos quer com a entrada externa de ar que pode ficar suja e aspirar microrganismos Patogénicos para o interior. Quando essas regras não são atendidas aí sim podem surgir problemas bem graves que tem de prestar a devida atenção nomeadamente se trabalha num local com ar condicionado central cuja manutenção não depende de si e ao qual geralmente acrescem os perigos inerentes de ter a companhia de muitos colegas de trabalho no mesmo espaço, potenciando a propagação de microrganismos “pouco amigáveis”!
Fique bem!
Franklim A. Moura Fernandes
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Envelhecimento e viver até aos 90 ou mais anos, mas como? Afinal o que nos pode fazer prolongar a vida acima dos 90 anos? Que segredos revelou o famoso estudo 90+ que acompanhou, durante várias décadas, milhares de pessoas com 90 ou mais anos de idade? Algumas descobertas confirmaram o que já esperava mas outras foram verdadeiramente surpreendentes… ninguém estava à espera disto!
Estudo 90+ o que é?
O Estudo 90+ utiliza uma base de dados de 14.000 indivíduos, que eram aposentados em 1981 e responderam a inquéritos detalhados sobre os hábitos e rotinas diárias e que pela sua dimensão pode ser considerada um dos maiores “Tesouros estatísticos” do mundo nesta área.
Como farmacêutico há já 30 anos que, com prazer, atendo, converso e tento ajudar doentes de todas as idades na sua busca por uma melhor saúde e qualidade de vida. No que concerne aos idosos com 90 ou mais anos questiono-me sempre sobre a “receita de vida” para tal longevidade, nomeadamente:
Quais os seus segredos?
Que tipo de vida foi a sua?
Fizeram muitas “asneiras” ou foram regrados?
Bebiam ou não “um copo” de vinho?
O café era um hábito ou nem por isso?
Fumavam?
O peso como evoluiu?
Os suplementos vitamínicos têm importância?
Qual a importância do exercício físico?
E a memória…como resiste?
Algumas descobertas deste estudo são verdadeiramente surpreendentes!
O Estudo 90+ foi iniciado em 2003, para estudar os idosos mais velhos, a faixa etária que mais cresce nos Estados Unidos. O Estudo 90 + é um dos maiores estudos do mundo sobre os idosos mais velhos. Mais de 1.600 pessoas foram inscritas. Como pouco se sabe sobre as pessoas que alcançam este marco, o aumento notável no número de idosos mais velhos representa um desafio de saúde pública para promover a qualidade, bem como a “quantidade” de vida.
Quem participou no estudo 90 + ?
Todos os participantes do estudo 90 + foram membros da Leisure World Cohort Study (LWCS), que foi iniciado em 1981. O LWCS enviou inquéritos a todos os residentes do Leisure World ( “O Mundo do ócio” ), uma grande comunidade de aposentados em Orange County, Califórnia (agora incorporado na cidade de Laguna Woods). Usando os 14.000 indivíduos do LWCS, os investigadores do estudo 90 + decidiram fazer uma importante pergunta: O que permite ás pessoas viver até aos 90 ou mais anos?
Quem estudou o mais idoso dos idosos?
Os participantes do estudo 90 + são visitados a cada 6 meses por investigadores neuropsicológicos e neurológicos. Estes investigadores da Clínica de Pesquisas sobre o Envelhecimento e Educação (CARE), localizado em Laguna Woods, obtêm informações sobre a dieta, atividades, historial clinico, medicamentos e inúmeros outros fatores. Além disso, os participantes recebem uma série de testes cognitivos e físicos, com a finalidade de determinar até que ponto as pessoas nessa faixa etária estão a “funcionar” bem.
Objetivos do estudo
Os objectivos do estudo 90+ foram muito relevantes, a saber:
Quais os factores associados à longevidade?
Qual a epidemiologia da demência nos idosos mais velhos?
Quais os níveis de declínio cognitivo e funcional nos idosos mais velhos?
Quais as relações clínico-patológicas nos idosso mais velhos?
Quais os factores de risco modificaveis para a mortalidade e demência?
Determinar os fatores associados à Longevidade:
O que faz as pessoas viver até aos 90 anos ou mais anos?
Que tipos de alimentos, atividades e estilos de vida estão associados a uma vida mais longa?
Epidemiologia da demência nos idosos mais velhos:
Quantas pessoas com 90 anos ou mais têm demência?
Quantos se tornaram dementes a cada ano?
Como se pode manter livre da demência aos 90 anos?
Niveis de declinio cognitivo e funcional nos idosos mais velhos:
Como é que a perda de memória e incapacidade afeta os que têm 90 anos?
Como é que as pessoas podem evitar a perda de memória e incapacidade nessa idade?
Correlações clínico-patológicas nos idosos mais velhos:
Será que os cérebros das pessoas com 90 anos mostram evidências de perda de memória e demência?
Será que as pessoas com demência têm diferenças nos seus cérebros que podem ser detectadas e tratadas?
Determinar fatores de risco modificáveis para a mortalidade e demência:
Que tipo de coisas podem as pessoas mudar nas suas vidas para viver mais tempo?
Será que as pessoas podem mudar o seu risco de demência através da dieta, exercício ou suplementos?
Descobertas surpreendentes!
Os investigadores do Estudo 90 + têm publicado vários artigos científicos em revistas de referência. Algumas das principais descobertas eram espectáveis mas outras são surpreendentes:
Pessoas que bebem quantidades moderadas de álcool ( 1 copo ao almoço e jantar ) ou café ( até 3 por dia ) viveram mais do que aqueles que se abstiveram.
Pessoas que estavam com excesso de peso ( mas não obesos ) aos 70 anos viveram mais tempo do que as pessoas com peso normal ou abaixo do peso normal.
Mais de 40% das pessoas com 90 ou mais anos sofrem de demência, enquanto quase 80% estão incapacitados. Ambos são mais comuns nas mulheres do que nos homens.
Cerca de metade das pessoas com demência e mais de 90 anos não tem neuropatologia suficiente no seu cérebro para explicar a perda cognitiva.
Pessoas com 90 ou mais anos e que tenham um gene APOE2 têm menos probabilidade de ter a demência associada à doença de Alzheimer clínica, mas têm muito mais probabilidade de ter a neuropatologia de Alzheimer nos seus cérebros.
Exercício fisico não intenso durante 15 a 45 minutos por dia aumenta a longevidade ( 45 minutos é ideal ).
Convívio social e jogos de tabuleiro diminuem o risco de demência.
Tensão arterial elevada nos idosos diminui o risco de demência.
Fumar diminui sempre a longevidade.
Nenhuma vitamina demostrou aumentar a longevidade.
Conclusão
De facto algumas descobertas são no mínimo surpreendentes! Com excepção do tabaco, os mais velhos parecem dever a sua longevidade a uma vida de prazeres diversos, onde um copo de vinho ás refeições, café e alimentação diversificada, sem dietas, são presença constante.
Acrescenta-se aos “segredos da longevidade” o estímulo do convívio diário, prazer pela conversa e exercício físico moderado. Termino partilhando o único padrão empírico que consigo identificar nos meus anos de convívio com esta faixa de idosos… são no geral felizes, tolerantes, de bem com a vida e sorriem acima da média…
Psicopata vs Sociopata quais os sinais? Quais as diferenças? A psicopatia tem sido associada com o perfil do assassino em série. No entanto, nem todos os assassinos são psicopatas e nem todos os psicopatas chegam a ser assassinos ou mesmo fisicamente violentos! A ferramenta mais usadas na avaliação de psicopatas é a Hare Psychopathy Checklist. Uma das publicações mais do Dr. Robert Hare intitula-se “Into the Mind of a Psychopath“. Este artigo pretende ser uma ferramenta que possa ser usada pelos nossos leitores para se protegerem ajudando a detetar, dentro do possível, os casos mais perigosos. Pretende também evitar, noutros casos, juízos de valor injustos.
Podemos estar a lidar diariamente com um psicopata sem termos a noção que aquela pessoa está realmente doente. Todas as intrigas , confusões, desacatos, mentiras e mal-estar causados pelo mesmo não são apenas fruto de “mau feitio”. Há pessoas que só se apercebem que têm lidado de perto com um psicopata momentos antes de lhes acontecer uma fatalidade, nomeadamente o seu homicídio. Embora este distúrbio seja mais frequente em homens, também é possível encontrar mulheres psicopatas.
Os primeiros sinais começam a tornar-se mais evidentes a partir dos quinze anos de idade, embora se possam reconhecer algumas atitudes que apontem neste sentido em idade mais precoce.
Neste artigo vou responder ás seguintes questões:
Psicopata: Quais os sintomas?
Como tratam o sentimento de culpa?
Como lidam com a verdade e a mentira?
De que forma manipulam os mais próximos?
Que visão têm deles próprios?
Qual o grau de inteligência?
Como lidam com os sentimentos?
São sempre agressivos ou não?
Como lidam com a monotonia?
Psicopata violento: Quais os sinais?
Que dizem os estudos que analisaram os psicopatas assassinos?
Qual a conclusão dos cientistas sobre psicopatas violentos?
10 factos científicos sobre psicopatas: O que dizem?
Como reagem perante demonstrações de medo?
Psicopatas: Em que são viciados?
Como lidam ou utilizam a empatia?
Psicopatas são ou não prejudicados pelas sentenças judiciais?
Qual a prevalência de psicopatas nas empresas?
Os “Trolls” da internet são psicopatas?
Será que existem psicopatas pró-sociais que seguem as regras aceites em sociedade?
Podemos detetar psicopatas com um teste de olfato?
Qual a semelhança entre Presidentes e psicopatas?
Será que podemos reconhecer um psicopata pelo seu padrão de fala?
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