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Dor de barriga apendicite perigosa verdade



Dor de barriga apendicite e outros perigos, toda a verdade! Quais as dores mais perigosas? Quais as causas? Quais os perigos? Quais os órgãos envolvidos? Quais os sinais de alarme? A região abdominal é aquela que possui mais órgãos no nosso corpo, aumentando as probabilidades de doer devido a uma vasta quantidade de causas e doenças diferentes. A dor abdominal, chamada popularmente de dor de barriga, pode ser simplesmente fruto de uma obstipação pontual mas é muitas vezes um desafio para o médico, dada a grande quantidade de diagnósticos diferenciais possíveis.

Na maioria das vezes, a dor de barriga é uma condição de saúde benigna e autolimitada. Certamente que já teve uma dor de barriga de leve intensidade, que desapareceu sem necessidade de tratamento médico. No entanto, quando a dor abdominal é de forte intensidade ou há outros sintomas associados, como febre, vómitos, prostração ou diarreia com sangue, a avaliação de um médico é necessária.

A dor abdominal pode ser aguda ou crónica e requer, frequentemente, uma ida ao médico. Uma criança com dor abdominal é sempre motivo de preocupação para os pais, o que leva frequentemente a recorrer ao médico.

Leia também: Estas são as 7 dores que nunca deve ignorar!

Neste artigo vou tratar os seguintes temas:

  • Órgãos da região abdominal
  • Quadrantes abdominais
  • Órgãos localizados em cada quadrante
  • Patologias originam dor abdominal aguda
  • Diagnóstico da causa da dor de barriga
  • Sintomas e sinais de alarme na dor abdominal aguda
  • Caraterística da dor abdominal crónica
  • Sinais de alarme na dor abdominal crónica
  • Dor abdominal funcional
  • Crianças com dor abdominal funcional
  • Dor do lado direito do abdómen, quais as causas mais comuns?
  • Dores no centro da barriga, quais as causas mais comuns?
  • Dor no baixo ventre, quais as causas mais comuns?
  • Dores do lado esquerdo do abdómen, quais as causas mais comuns?
  • Apendicite, quais os perigos?
  • Apendicite o que é?
  • Sintomas de apendicite
  • Apendicite em bebés, crianças e adolescentes
  • Tratamento para a apendicite




Órgãos da região abdominal

Todos os órgãos que se encontram dentro da cavidade abdominal e da cavidade pélvica podem causar dor de barriga. Algumas vezes, os órgãos da cavidade torácica também podem causar dor abdominal, como é o caso do coração ou das inflamações nas bases dos pulmões.

Os órgãos dentro do abdómen que podem causar dor abdominal são:

  • Fígado,
  • Vesícula biliar,
  • Vias biliares,
  • Pâncreas,
  • Baço,
  • Estômago,
  • Rins,
  • Glândulas suprarrenais,
  • Intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo),
  • Cólon (incluindo apêndice).

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Já os órgãos dentro da pelve são:

  • Ovários,
  • Trompas,
  • Útero,
  • Bexiga,
  • Próstata,
  • Reto,
  • Sigmoide (porção final do intestino grosso).

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Quadrantes abdominais

Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte forma:

  1. Região Hipocondríaca Direita
  2. Região Epigástrica
  3. Região Hipocondríaca Esquerda
  4. Região Lateral Direita
  5. Região Umbilical
  6. Região Lateral Esquerda
  7. Região Inguinal Direita
  8. Região Púbica (Hipogástrica)
  9. Região Inguinal Esquerda

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Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica é em Quatro Quadrantes.
Esse método é frequentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a localização de um tumor. Os planos sagital, mediano e transversal passam através do umbigo e dividem a região abdominopélvica nos quatro quadrantes seguintes:

  • Quadrante superior direito
  • Quadrante superior esquerdo
  • Quadrante inferior direito
  • Quadrante inferior esquerdo

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Quadrante superior direito:

  • Lobo direito do fígado
  • Vesícula biliar
  • Piloro
  • Duodeno
  • Cabeça do pâncreas
  • Flexura hepática do cólon
  • Partes do cólon ascendente e transverso

Quadrante superior esquerdo:

  • Lobo esquerdo do fígado
  • Estômago
  • Corpo do pâncreas
  • Flexura esplénica do cólon
  • Partes do cólon transverso e descendente

Quadrante inferior direito:

  • Ceco e apêndice
  • Parte do cólon ascendente
  • Parte do ovário na mulher

Quadrante inferior esquerdo:

  • Cólon sigmoide
  • Parte do cólon descendente
  • Parte do ovário na mulher



Dor de barriga aguda 

A dor abdominal aguda é um sintoma comum em várias patologias, tais como:

  • Gastroenterite;
  • Apendicite;
  • Infeção urinária;
  • Invaginação;
  • Adenite mesentérica;
  • Obstipação;
  • Úlcera péptica;
  • Pancreatite;
  • Patologia do ovário;
  • Litíase renal (pedra no rim) ou litíase biliar (pedra na vesicula);
  • Pneumonia (quando se manifesta na base do pulmão juntamente com febre e dificuldade respiratória);
  • Etc…

Leia também: Obstipação toda a verdade!

Diagnóstico

Para facilitar o diagnóstico, deve ser feita uma história detalhada sobre a origem e evolução dos sintomas. Diversos fatores são importantes no processo de diagnóstico, a saber:

  • Idade;
  • Tipo de dor;
  • Localização da dor;
  • Duração da dor;
  • Hora do dia;
  • Presença de outros sintomas tais como:
    • Febre,
    • Náuseas,
    • Vómitos,
    • Sintomas urinários,
    • Alterações do trânsito intestinal.

Sinais de alarme na dor abdominal aguda

Na maioria das situações benignas a dor de barriga localiza-se no umbigo ou em volta deste. As crianças com dor abdominal vomitam frequentemente, mas a maioria das vezes os vómitos desaparecem rapidamente. Além da sensação de doença (sentir-se doente), alguns sinais de alarme que aconselham consulta médica são:

  • Dor localizada em outras áreas, principalmente no quadrante inferior direito do abdómen levantando a hipótese de apendicite;
  • Dor com duração superior a 24h,
  • Febre alta,
  • Palidez,
  • Sudação (suar sem razão aparente),
  • Prostração (fadiga),
  • Recusa em brincar,
  • Recusa em beber ou comer,
  • Vómitos persistentes (já amarelados/verdes ou com sangue),
  • Laivos de sangue na diarreia ou alterações na pele.

Dor abdominal crónica, sintomas

A dor abdominal crónica é um motivo muito frequente de consulta, sobretudo no sexo feminino. Os doentes geralmente têm uma sintomatologia pouco específica e na investigação dessas situações apenas em 10% se encontra uma causa orgânica, como por exemplo:

  • Doença de refluxo gastroesofágico;
  • Úlceras gástricas;
  • Gastrite;
  • Alergia alimentar;
  • Intolerância à lactose,
  • Doença inflamatória do intestino;
  • Doença celíaca;
  • Litíase biliar;
  • Pancreatite;
  • Parasitose.

Sinais de alarme na dor abdominal crónica

As seguintes condições de saúde devem ser motivo de alarme e consulta médica:

  • Dor que acorda a criança a meio da noite;
  • Dor bem localizada e longe do umbigo;
  • Vómitos persistentes (sobretudo biliosos);
  • Diarreia crónica grave;
  • Febre;
  • Perda de peso;
  • Atraso de crescimento,
  • Exantema cutâneo,
  • Dor articular;
  • Sangue nas fezes;
  • Fístula/fissura anal;
  • História familiar de doença péptica e /ou doença inflamatória do intestino;
  • Idade inferior a quatro anos.

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Dor abdominal funcional

A dor abdominal funcional caracteriza-se por ter uma causa funcional ou seja não identificada com testes laboratoriais. São diversos os factores implicados nestas queixas abdominais sendo os mais importantes os seguintes:

  • Stress psicológico;
  • Hipersensibilidade visceral;
  • Distúrbios da motilidade gastrointestinal.

Crianças com dor abdominal funcional

Crianças com sintomas funcionais têm geralmente as seguintes características pessoais:

  • Tímidas,
  • Ansiosas,
  • Perfeccionistas,
  • Interiorizam muito os seus problemas.

Estas crianças têm episódios curtos de dor abdominal periumbilical (na zona do umbigo) que não se relacionam temporalmente com a ingestão de alimentos, defecação ou exercício. Por vezes têm algumas características e sintomas associados a saber:

  • Cefaleias,
  • Fadiga,
  • Dores no corpo,
  • Mantêm o apetite e um bom desenvolvimento de peso e estatura;
  • O seu exame físico e os exames complementares não revelam alterações;
  • Muitas vezes há história familiar de enxaqueca ou de dor abdominal recorrente.

A aceitação por parte dos pais e pela criança da possibilidade de existir uma causa biopsicológica para a doença é um fator importante para a resolução dos sintomas.

Causas da dor do lado direito do abdómen

As dores de barriga no lado direito podem ser dividas em dores no quadrante superior direito e quadrante inferior direito.

Quadrante superior direito do abdómen

As principais causas de dor neste quadrante são:

  • Causadas pelo fígado e pela vesícula, com destaque para a cólica biliar, provocada por pedra na vesícula ou colecistite.
  • Inflamações do fígado, como nos casos de hepatite viral, também podem causar dor nesta região.
  • Lesões na porção inferior do pulmão direito podem ser uma causa de dor abdominal à direita sem origem no abdômen.

Quadrante inferior direito do abdómen

Neste quadrante as causas intestinais são as mais prevalentes, com destaque para:

  • Apendicite;
  • Nas mulheres, problemas no ovário, como a presença de um quisto, também são muito comuns;
  • Uma gravidez ectópica na trompa direita;
  • Problemas no testículo;
  • Cálculo renal que tenha migrado para a região inferior do ureter podem manifestar-se com dor no quadrante inferior do abdômen (esquerdo ou direito);
  • Dor de origem muscular deve ser pensada, caso o paciente tenha feito esforço excessivo recentemente.

Dor no centro da barriga

A dor no centro da barriga, também chamada  dor na boca do estômago, é geralmente provocada por problemas estomacais. A gastrite ou a úlcera péptica são as causas mais comuns. Problemas do pâncreas, como a pancreatite, costumam causar intensa dor de barriga em toda a parte superior, podendo irradiar para as costas.  Tanto os problemas do estômago como os do pâncreas podem causar uma dor descrita como dor no fundo da barriga.

Dor de origem muscular também pode afectar esta região.

O infarte agudo do miocárdio, em alguns casos, pode irradiar para a região central do abdômen, podendo ser confundido inicialmente com algum problema de estômago.

Dor no baixo ventre

Dores abdominais que se localizam no chamado de baixo ventre ou região hipogástrica, são geralmente provocadas por:

  • Bexiga ou útero, este último, obviamente, só no caso das mulheres.
  • Infeção urinária (cistite) e cólica menstrual são as causas mais comuns.
  • Quadros diarreicos, como gastroenterite viral ou intoxicação alimentar também podem causar dor nesta região, mas geralmente são mais dispersos por todo o abdómen.
  • Gravidez não costuma causar dor, apenas uma sensação de peso. Porém, em caso de aborto, podem haver cólicas intensas.

Dor no lado esquerdo do abdómen

Assim como do lado direito, as dores de barriga no lado esquerdo podem ser dividas em dores no quadrante superior  e quadrante inferior.

Quadrante superior esquerdo

As dores mais comuns neste quadrante têm as seguintes origens:

  • Musculares;
  • Estômago;
  • Raramente, o baço, órgão localizado abaixo das costelas do lado esquerdo do abdómen;
  • Dor epigástrica;
  • Enfarte também pode causar dor no quadrante superior esquerdo da barriga.
  • Problemas na base do pulmão esquerdo também podem ser a causa.

Região central e inferior do abdómen esquerdo

Os problemas intestinais costumam ser as principais causas:

  • Gastroenterites,
  • Diverticulite.

Nas mulheres com dor no quadrante inferior esquerdo, problemas nos ovários e uma possível gravidez ectópica devem sempre ser lembrados.

Apendicite, quais os perigos?

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Para uma localização e diagnóstico mais adequado da causa da dor abdominal, divide-se o abdómen em 4 quadrantes, conforme descrito na imagem seguinte:

Quadrantes do abdómen melhorsaude.org melhor blog de saude

Apendicite

A apendicite é uma doença comum causada pela infeção do apêndice. Afeta cerca de 7% da população, o que a torna uma das principais emergências médicas em todo o mundo. A apendicite geralmente surge entre os 10 e 30 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, apesar de ser rara nas crianças com menos de 2 anos.

Apêndice o que é? Onde se localiza?

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Localização do apêndice e órgãos próximos

O apêndice é um órgão com tamanho e localização variáveis, e a sua proximidade com outros órgãos da pelve e do abdómen podem fazer com que os sintomas de apendicite sejam parecidos com os de outras doenças, tais como, diverticulite, torção do ovário, gravidez ectópica, cálculos renais e outros problemas do abdómen ou da pélvis.

Apendice melhorsaude.org melhor blog de saude
Localização do #apêndice

Sintomas da apendicite

O sintomas da apendicite nem sempre se manifestam do lado direito do abdómen. Assim de seguida descrevo os diversos cenários de sintomatologia associada à apendicite.

Dor abdominal típica:

  • A dor típica começa de forma difusa junto ao umbigo e no espaço de 24 horas migra para o quadrante inferior direito do abdómen;
  • Tipicamente existe dor à palpação do abdómen que se torna muito mais intensa quando se retira de repente a mão que executa a palpação ( sinal de Blumberg )

Dor abdominal atípica:

  • Em cerca de 15% das pessoas o apêndice localiza-se mais posteriormente, fazendo com que o local da dor da apendicite seja diferente. Neste caso o paciente pode queixar-se de dor lombar  à direita, dor no quadrante superior direito ou dor em todo o flanco direito.
  • Há também aqueles pacientes com apêndices mais baixos, cuja ponta se estende até a região da pelve. Nestes casos, a dor pode ser na virilha à direita, no ânus ou na região púbica. Evacuar ou urinar podem provocar exacerbações da dor.

Dor abdominal do lado esquerdo:

  • Apesar de raro, não é impossível que o paciente com apendicite tenha dor do lado esquerdo do abdómen, caso o apêndice seja mais comprido que o habitual e se estenda até o lado esquerdo da cavidade abdominal. Porém, apendicite não deve ser a primeira hipótese diagnóstica nos pacientes com dor abdominal no lado esquerdo, exceto nos raros casos de situs inversus (condição rara na qual os pacientes apresentam órgãos do tórax e abdómen em posição oposta à habitualmente esperada).
  • Endurecimento da parede do abdómen
  • Enjoos ( em 90% dos casos )
  • Vómitos ( em 90% dos casos )
  • Perda do apetite ( em 90% dos casos )
  • Febre
    • A febre é geralmente baixa. Só existe febre alta quando há perfuração do apêndice e extravasamento de material fecal dos intestinos para dentro da cavidade abdominal, o que gera uma intensa reação inflamatória e grave infeção.
  • Diarreia
  • Prisão de ventre
  • Distensão abdominal
  • Leucocitose (aumento do número de leucócitos ou glóbulos brancos no hemograma). Mais de 80% dos pacientes com apendicite aguda apresentam leucocitose no exame de hemograma. Quanto mais intensa é a leucocitose, em geral, mais extenso é o processo inflamatório.

Nem todos os sinais e sintomas listados acima estão necessariamente presentes nos pacientes com apendicite aguda. Alguns, tais como diarreia, prisão de ventre ou distensão abdominal, ocorrem em menos da metade dos casos.

Tipicamente os três sintomas associados mais comuns num quadro de apendicite são a dor abdominal, os vómitos e perda do apetite.

Sintomas em bebés, crianças e adolescentes 

O quadro clínico da apendicite em adolescentes é basicamente o mesmo dos adultos. Já nas crianças com menos de 12 anos, os sintomas podem ser um pouco diferentes.

Crianças entre 5 e os 12 anos (sintomas)

Assim como nos adultos, a dor de barriga e os vómitos são os sintomas mais comuns nas crianças em idade escolar, embora a característica migração da dor da região peri umbilical para o quadrante inferior direito possa não ocorrer.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Dor no quadrante inferior direito do abdómen – 82%
  • Náuseas – 79%
  • Perda do apetite – 75%
  • Vómitos – 66%
  • Febre – 47%
  • Diarreia- 16%

Crianças de 1 a 5 anos de idade

A apendicite é incomum em crianças com menos de 5 anos. Febre, vómitos, dor abdominal difusa e rigidez abdominal são os sintomas predominantes, embora irritabilidade, respiração ruidosa, dificuldade para andar e queixas de dor na região direita do quadril também possam estar presentes.

A típica migração da dor para o quadrante inferior direito do abdómen ocorre em menos do que 50% dos casos. Diarreia e febre, todavia, são bem mais comuns que nos adultos. As crianças pequenas costumam apresentar febre baixa (ao redor de 37,8ºC) e ruborização das bochechas.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Dor abdominal – 94%
  • Febre – 90%
  • Vômitos – 83%
  • Dor à descompressão – 81%
  • Perda do apetite – 74%
  • Rigidez abdominal – 72%
  • Diarreia- 46%
  • A distensão abdominal – 35%

Bebés ou crianças com menos de 1 ano

Se a apendicite em crianças com menos de 5 anos é incomum, a apendicite em recém-nascidos e no primeiro ano de vida é ainda mais rara. A baixa frequência de apendicite nesta faixa etária deve-se provavelmente ao formato mais afunilado e menos propenso à obstrução do apêndice, em oposição ao formato mais tubular do órgão nos adultos e crianças mais velhas.

Apesar de rara, infelizmente, a mortalidade neonatal de apendicite é de quase 30%, pois o diagnóstico precoce é muito difícil, já que o quadro clínico costuma ser muito atípico. A distensão abdominal é mais comum que a própria dor abdominal, provavelmente porque os bebés não conseguem comunicar adequadamente.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Distensão abdominal – 75%
  • Vómitos – 42%
  • Perda do apetite – 40%
  • Dor abdominal – 38%
  • Febre – 33%
  • Inflamação da parede abdominal – 24%
  • Irritabilidade ou letargia – 24%
  • Dificuldade respiratória – 15%
  • Massa abdominal – 12%
  • Sangramento nas fezes – 10%

Tratamento para a apendicite

O tratamento é, naturalmente, cirúrgico com retirada do apêndice inflamado.

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Procedimento usa técnicas de Laparoscopia interna mas também de cirurgia tradicional

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Concluindo

O nosso corpo é uma “máquina extraordinária” com mecanismos que nos alertam quando algo está errado e pode vir a ser potencialmente perigoso e ás vezes fatal! As dores são o melhor e mais forte exemplo desse mecanismo de defesa. Conheça melhor o seu corpo, preste atenção aos seus sinais porque quase sempre significam um pedido de ajuda para evitar a queda num “precipício” com consequências graves para a sua saúde!

Fique bem!

Franklim Fernandes

Referências:  

  • Dr. Houman Danesh, do Hospital Mt. Sinai, em Nova Iorque;
  • Dr. Pedro Pinheiro, especialista em Medicina Interna e Nefrologista. Títulos reconhecidos pela Universidade do Porto e pelo Colégio Português de Nefrologia.

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TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL TODA A VERDADE

Tensão pré-menstrual (TPM) toda a verdade! Embora possa não parecer este é um síndrome que pode destruir a vida de imensas mulheres e respetivas relações conjugais e sociais pois afeta cerca de 75% de todas as mulheres com ciclos menstruais regulares, obviamente com diferentes graus de gravidade! O que é a TPM? Quais os sintomas e quais as causas? Qual o melhor tratamento?

Em muitas mulheres a gravidade dos sintomas pode destruir relações sociais e familiares deixando muitas mulheres numa situação psicológica extremamente frágil.

Este artigo pretende ser um contributo importante para melhorar a vida de muitas mulheres, suas famílias e suas relações próximas para que todos possam ser mais Felizes!

Leia também: Top 16 doenças mais comuns nas mulheres, toda a verdade!

O primeiro passo é sempre identificar e reconhecer este síndrome nas mulheres afetadas, com vários graus de gravidade.

Neste artigo vou tratar ás seguintes questões:

  • Tensão Pré-Menstrual ou TPM o que é?
  • Qual a sua frequência?
  • Transtorno disfórico pré-menstrual ou TDPM o que é?
  • Tipos de TPM;
  • Sintomas da TPM
  • Ansiedade e TPM A;
  • Compulsão ou desejo alimentar e TPM C;
  • Depressão e TPM D;
  • Hidratação e retenção de líquidos e TPM H;
  • Outros sintomas e TPM O;
  • Causas da Tensão Pré-Menstrual
  • Fatores de risco prováveis;
  • Influência da personalidade da mulher;
  • Alimentação qual influência?
  • Quais os sintomas da TPM por ordem de frequência?
  • TPM pode confundir-se com depressão?
  • Diagnóstico da TPM:
  • Que especialidades médicas devem ser consultadas?
  • O que deve perguntar ao médico?
  • O que vai perguntar o médico?
  • Tratamento da Tensão Pré-Menstrual:
  • Tratamento do Transtorno Disfórico Pré-menstrual ou  TDPM;
  • Pílula anticoncecional qual a influência?
  • Como gerir melhor a Tensão Pré-Menstrual?
  • Melhores hábitos para amenizar os sintomas da TPM.

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Tensão pré-menstrual ou TPM o que é?

A famosa tensão pré-menstrual (TPM), também conhecida como síndrome da tensão pré-menstrual, é um termo que se refere a um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem de modo cíclico durante a segunda metade do ciclo menstrual, ou seja, entre o período que compreende a ovulação e a menstruação.

Frequência

Cerca de 75% das mulheres com ciclos menstruais regulares são afetadas por alguma mudança de humor no período pré-menstrual. A mulher com TPM pode apresentar desde leves alterações do humor, até sintomas comportamentais graves, com grande impacto na qualidade de vida e prejuízos na vida social.

Transtorno disfórico pré-menstrual ou TDPM

A TPM apresenta um pico de incidência entre os 25 e 35 anos de idade. A forma mais grave ocorre em  8-10% dos casos e é chamada de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).

Tipos de tensão pré-menstrual

Nem todas as mulheres sentem os mesmos sintomas durante a TPM. São tantas as sensações que a medicina separou a tensão pré-menstrual em cinco tipos diferentes, que podem acontecer separadamente ou ao mesmo tempo nas mulheres, a saber:

  • TPM A e ansiedade
  • TPM C e compulsão alimentar
  • TPM D e depressão
  • TPM H e hidratação
  • TPM O e outros sintomas

Ansiedade e TPM A

A TPM tipo A está relacionada com a ansiedade. O estrogénio ajuda a baixar o stress. Na TPM A os níveis de estrogénio diminuem, existe maior libertação de adrenalina e cortisol e este fatores contribuem para um aumento acentuado de stress. Os principais sintomas são:

  • Ansiedade
  • Tensão
  • Dificuldade em dormir
  • Irritabilidade
  • Alterações de humor
  • Falta de concentração

Compulsão ou desejo alimentar e TPM C

A TPM tipo C está relacionada principalmente com a compulsão alimentar. Ela recebe a classificação C porque vem do inglês “craving”, que significa desejo. Se durante a menstruação ou antes dela prefere os restaurantes mais gordurosos ou ataca o chocolate que está no armário, esse é o seu tipo de TPM.

Os sintomas que se encaixam na TPM C são:

  • Compulsão por doces ou salgados
  • Vontade de comer guloseimas ou comidas diferentes
  • Dores de cabeça

A TPM tipo C está relacionada com os mecanismos de recompensa que temos no cérebro. Quando comemos um alimento rico em açúcar ou gordura, algumas áreas do cérebro são ativadas, dando a sensação de prazer. Como durante a TPM existem alterações hormonais, este mecanismo pode gerar uma reação exagerada, causando uma sensação de prazer ainda maior.

Depressão e TPM D

A tensão pré-menstrual do tipo D está relacionada com os sintomas depressivos. Os principais sinais dessa TPM são:

  • Raiva sem razão
  • Sentimentos perturbadores
  • Pouca concentração
  • Lapsos de memória
  • Baixa autoestima
  • Sentimentos violentos

Estes sintomas são causados geralmente pela redução de serotonina sendo uma  resposta exagerada do organismo perante às oscilações hormonais normais do período.

Hidratação e retenção de líquidos e TPM H

A TPM tipo H tem esse nome porque está relacionada com a “hidratação”. A TPM H está relacionada principalmente com a retenção de líquidos e suas consequências. Mulheres que têm a TPM do tipo H sentem:

  • Ganho de peso (por causa da retenção de líquido)
  • Inchaço ou distensão abdominal
  • Sensibilidade e inchaço nas mamas
  • Inchaço nas mãos e pés

Outros sintomas e TPM O

Existem outros sintomas menos comuns que também podem estar relacionados com a TPM. Esses sintomas foram agrupados e classificados como TPM tipo O  significando “outros” sintomas. Entre eles estão:

  • Alteração nos hábitos intestinais
  • Aumento da frequência urinar
  • Afrontamentos ou suores frios
  • Dores generalizadas, incluindo cólicas
  • Náuseas
  • Acne
  • Reações alérgicas
  • Infeções do trato respiratório

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Causas

Ainda não há uma explicação completa da causa da TPM. Os estudos sugerem uma interação das hormonas produzidas pelos ovários na segunda metade do ciclo menstrual com alguns neurotransmissores do sistema nervoso central, como a serotonina e a endorfina, associados ao controle do humor.

Não se sabe exatamente por que algumas mulheres tem síndrome de tensão pré-menstrual muito sintomática e outras não apresentam sintoma algum.

Já é comprovado que não há diferenças entre os níveis de estrogênios e progesterona entre mulheres com e sem TPM. Imagina-se que algumas mulheres sejam mais sensíveis às flutuações dos neurotransmissores cerebrais causados pelas alterações hormonais fisiológicas do ciclo menstrual.

Fatores de risco

Entre os fatores que, provavelmente, aumentam o risco de TPM estão:

  • Histórico familiar de TPM
  • Idade, sendo que os sintomas são mais comuns com o envelhecimento
  • Ansiedade, depressão ou outros problemas de saúde mental
  • Sedentarismo
  • Stresse
  • Uma dieta com baixo teor em vitamina B6, cálcio, ou magnésio
  • Alta ingestão de cafeína

Personalidade da mulher

Também ainda não se conseguiu comprovar qualquer relação entre os diferentes tipos de personalidade com a ocorrência ou não de TPM. Do mesmo modo, fatores de stress parecem não ter um papel tão importante no aparecimento da TPM como se pensava. Na verdade, é muito mais comum que a tensão pré-menstrual cause stresse do que o contrário.

Alimentação

A interferência da alimentação nos sintomas também é controversa. Excesso de sal, álcool e cafeína podem causar alterações nos níveis de neurotransmissores, porém, ainda não se conseguiu comprovar uma relação inequívoca entre dieta e TPM.

Alguns trabalhos mostraram relação entre o baixo consumo de vitaminas e sais minerais com a TPM, mas nada prova que a simples reposição destes melhora os sintomas de todas as mulheres com tensão pré-menstrual.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da TPM, em ordem decrescente de frequência, são:

  • Cansaço ou fadiga – 92%
  • Irritabilidade – 91%
  • Enfartamento – 90%
  • Ansiedade – 89%
  • Sensibilidade nas mamas – 85%
  • Alterações de humor – 81%
  • Depressão – 80%
  • Desejos alimentares – 78%
  • Acne – 71%
  • Aumento do apetite – 70%
  • Hipersensibilidade – 69%
  • Retenção de líquidos – 67%
  • Raiva e nervosismo – 67%
  • Choro fácil – 65%
  • Sensação de isolamento – 65%
  • Dor de cabeça – 60%
  • Memória fraca, esquecimentos – 56%
  • Sintomas gastrointestinais – 48%
  • Falta de concentração – 47%
  • Ondas de calor – 18%
  • Palpitações – 14%
  • Tonturas – 14%

Depressão e tensão pré-menstrual

Os sintomas da TPM e da TDPM podem ser confundidos com os de doenças psiquiátricas, como depressão e transtornos da ansiedade.

Os doentes com depressão podem piorar no período pré-menstrual e melhorar após a menstruação. Porém, eles nunca ficam completamente livres dos sintomas. Na síndrome de tensão pré-menstrual, os sintomas desaparecem por completo após a menstruação.

A estreita relação temporal com os sintomas a piorar na segunda metade do ciclo menstrual e resolução completa dos mesmos sintomas após a menstruação é a base para o diagnóstico da TPM.

Diagnóstico

Não existe um teste ou exame definitivo para o diagnóstico da TPM. O diagnóstico é dado após uma cuidadosa obtenção da história clínica e do exame físico da paciente. Análises de sangue são completamente normais na TPM, mas são solicitadas para se descartar outras causas para os sintomas, como, por exemplo, alterações da tireoide.

Médico especialista a consultar

Os especialistas que devem diagnosticar a TPM são:

  • Endocrinologista
  • Ginecologista

Estar preparada para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Para ajudar o médico pode chegar à consulta já com algumas informações importantes, a saber:

  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Historial médico, incluindo outras condições que a mulher tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça a uma pessoa da sua confiança para a acompanhar

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

  • Quão graves são os sintomas?
  • Em que dias do ciclo menstrual os sintomas são piores?
  • Tem dias livres de sintomas durante o ciclo menstrual?
  • Pode prever quando os sintomas vão aparecer?
  • Alguma coisa parece fazer os sintomas melhores ou piores?
  • Os sintomas interferem com suas atividades diárias?
  • Você ou alguém da sua família foi diagnosticado com um transtorno psiquiátrico?
  • Que tratamentos já tentou até agora? Eles funcionaram?
  • Toma a pilula anticoncecional? Qual?
  • Quais os medicamentos e suplementos que toma?

Também é importante levar as suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pelas mais importantes. Isso garante que conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar.

Para TPM, algumas perguntas básicas incluem:

  • Há algo que eu possa fazer para minimizar os sintomas da TPM?
  • Os sintomas da TPM, eventualmente, podem desaparecer?
  • Será que esses sintomas indicam uma doença mais grave?
  • Recomenda um tratamento para os sintomas da TPM? Quais são os tratamentos disponíveis?
  • Existe uma alternativa genérica para o medicamento prescrito?
  • Existe literatura impressa que possa levar comigo? Que sites recomenda para melhor informação?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Diagnóstico do transtorno disfórico pré-menstrual

A TDPM é uma TPM grave. Normalmente, a paciente apresenta sintomas mais intensos, como explosões de raiva e crises de ansiedade. A paciente com transtorno disfórico pré-menstrual, ao contrário da TPM simples, apresenta problemas de relacionamento interpessoal e frequentemente entra em conflitos no trabalho, o que pode gerar prejuízos na vida íntima e profissional.

Para auxiliar no diagnóstico, o médico pode lançar mão de questionários, para serem preenchidos pela mulher, relatando seus sintomas durante todos os dias do ciclo menstrual.

Tratamento

Uma série de medicamentos podem ser úteis para controlar a TPM. Porém, muitas mulheres conseguem controlar os sintomas apenas com mudanças de estilo de vida.

  • A prática de exercícios físicos regulares e uma
  • Alimentação equilibrada, rica em frutas e verduras, e pobre em sal pode ajudar mais do que se imagina.
  • Técnicas de relaxamento
  • Suplementação de vitaminas pode ser indicada pelo seu médico, em alguns casos.

Não existe um único remédio ou tratamento para todas as mulheres que sofrem com TPM, mas sim tratamentos diferenciados em função dos sintomas manifestados. De seguida descrevemos algumas das abordagens de tratamento em função do tipo de TPM diagnosticado, a saber:

TPM A ( Ansiedade ) tratamento

A melhor maneira de amenizar o stresse e a ansiedade da TPM tipo A é praticando exercícios físicos, além de manter uma dieta adequada. A atividade física ajuda a liberar endorfinas, hormonas que dão a sensação de prazer.

Para casos mais graves, existem alguns medicamentos, como os ansiolíticos, que podem ser usados para amenizar os sintomas. No entanto só um médico, que pode ser o ginecologista, o endocrinologista ou um psiquiatra, poderá prescrever o tratamento mais adequado à mulher.

TPM C ( Compulsão alimentar ) tratamento

Para amenizar esse tipo de sintoma, primeiramente deve-se tentar fazer escolhas alimentares mais saudáveis ou então praticar atividade física – que ajuda a diminuir a dor de cabeça. Manter uma dieta equilibrada e rica em ômega 3, presente nos peixes e frutos do mar, pode ajudar a controlar essa compulsão.

O uso de ansiolíticos e alguns medicamentos para compulsão em casos específicos também pode ser receitado. Algumas mulheres relataram que suplementos como ômega 3 e óleo de prímula ajudam na redução dos sintomas de desejo.

A enxaqueca e dor de cabeça pode ser prevenida com o uso de medicamentos, como o topiramato. Mas só um médico poderá receitá-lo. Além disso, o uso de anticoncecional de baixa dose também pode ser utilizado e também analgésicos para o alívio da dor.

TPM D ( Depressão ) tratamento

Se os sintomas de depressão e tristeza forem graves, pode ser receitado o uso de antidepressivos. No entanto, geralmente os sintomas podem ser controlados com uma dieta equilibrada, prática de atividade física e cessação de vícios, como álcool e tabaco.

TPM H ( Hidratação ) tratamento

Em alguns casos o uso de diuréticos pode ser necessário para combater a retenção de líquido. No entanto, o principal é reduzir o consumo de alimentos que promovem a retenção de líquidos, como sal e cafeína. Isso ajuda a reduzir o inchaço e sensibilidade.

TPM O ( Outros ) tratamento

A libertação de agentes inflamatórios relacionados com o fluxo menstrual pode interferir no fluxo intestinal e causar dores, como cólicas. O uso de anti-inflamatórios nos dias que precedem o fluxo menstrual e nos primeiros dias pode ajudar a regularizar. Devido à retenção hídrica o organismo pode tentar autorregular-se, levando ao aumento na frequência de urina. Reduzir o consumo de sódio é a principal medida.

Já os afrontamentos e sudorese fria, se forem realmente incómodos, podem ser tratados com o uso dos anticoncecionais de baixa dosagem. Isso evita as oscilações hormonais maiores e com isso previne as queixas relacionadas com os afrontamentos que provocam uma sensação de calor intenso.

A acne terá tratamento local para redução da oleosidade e uso de anticoncecional com ação anti-androgénica, ou seja, bloquear a ação hormonal masculina sobre a pele.

As náuseas e infeções do trato respiratório têm um tratamento preventivo mais global, com prática de exercícios, redução de sal, cafeína, álcool, açúcar e cigarro.

Transtorno disfórico pré-menstrual tratamento

Nos casos mais sintomáticos ou naquelas com diagnóstico de TDPM a terapia medicamentosa deve ser utilizada.

Os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina são os medicamentos de primeira linha. As drogas mais conhecidas desta classe são:

  • Sertralina
  • Fluoxetina
  • Paroxetina
  • Citalopram

Pílula anticoncecional

O uso de anticoncecionais apresenta efeitos dispares. Algumas mulheres referem grande melhoria do quadro, porém, outras queixam-se que piora.

A Yaz® é uma pílula aprovada especificamente para o controle da TPM e apresenta eficácia em mais de 60% do casos, o que a torna o anticoncecional com os melhores resultados.

Nos casos graves refratários ao tratamento convencional, pode-se lançar mão de drogas que inibam a produção de estrogênio e progesterona pelo ovário, chamadas agonistas do GnRH (Leuprolide). Essas drogas causam uma menopausa medicamentosa, por isso, para serem usadas de forma prolongada, o seu médico terá que fazer reposições de estrogênio e progesterona.

A grande maioria das mulheres consegue um bom controle da TPM com o tratamento, porém, em casos mais graves de TDPM, quando todos os tratamentos falham, a cirurgia para remoção dos ovários é uma opção que deve ser proposta para as mulheres que não desejam mais ter filhos.

Como gerir melhor a TPM?

O primeiro passo para gerir melhor a TPM é manter um diário menstrual. Anote o tipo de sintomas que tem, se são graves, quando ocorre a menstruação e quando é a ovulação. Isso pode ajudar a identificar padrões no ciclo e planear com antecedência a melhor maneira de lidar com os sintomas.

Siga algumas das seguintes dicas para lidar com os sintomas da TPM:

Pratique hábitos saudáveis:

  • Fazer pelo menos 2 horas e meia de exercícios moderados por semana
  • Comer uma dieta equilibrada, que inclui grãos integrais, proteínas, laticínios de baixo teor de gordura, frutas e legumes
  • Limitar cafeína, álcool, chocolate e sal
  • Considere suplementação de cálcio, ômega 3 e vitamina B6 com o seu médico
  • Parar de fumar

Como gerir melhor a dor?

Usar um medicamento anti-inflamatório não esteroide ou analgésico pode ajudar a aliviar a dor e reduzir o sangramento menstrual. Usar um sutiã com mais apoio, como um sutiã desportivo, pode ajudar a reduzir a dor na área.

Como reduzir o stress?

  • Tente algumas técnicas de relaxamento, tais como exercícios de respiração, yoga ou massagem terapêutica
  • Pratique uma melhor gestão do seu tempo e tente dormir o suficiente
  • Crie um sistema de apoio. Junte-se a um grupo de apoio sobre TPM e procure o apoio de seus amigos e familiares

Com este artigo pretendemos ser um contributo importante para melhorar a vida de muitas mulheres, das suas famílias e das suas relações próximas para que todos possam ser mais Felizes!

Fique bem!

Franklim M. Fernandes

Por favor PARTILHE este artigo e ajude muitas mulheres e suas famílias a terem uma vida mais FELIZ!

Referências

Endometriose dores menstruais melhorsaude.org melhor blog de saude

Queda de cabelo tratamento e as melhores vitaminas

Queda de cabelo excessiva e calvície tudo o que não sabe! Conhecida como calvície (ou calvície), recebe em medicina o nome de alopecia androgénica. Alopecia significa queda de cabelo, e androgénica refere-se à influência das hormonas masculinos no processo. Muitas pessoas acham que a calvície é um problema exclusivo dos homens, mas, na verdade, a perda definitiva de cabelos afeta mulheres na mesma proporção. A diferença é que, como no sexo feminino a calvície costuma ser menos intensa e, portanto, mais discreta, ela é mais facilmente camuflável.

Estudos:

Neste artigo vou tratar as seguintes questões:

  • Qual o ciclo de vida do cabelo normal?
  • Como nasce e cresce o cabelo?
  • O que são as fases anagénica, catagénica e telogénica?
  • Será que o cabelo cresce de modo contínuo?
  • O que causa a calvície?
  • Quais os padrões de queda de cabelo no homem e na mulher?
  • Porque cai o cabelo?
  • Porque cai mais cabelo no Outono?
  • Quais as causas principais?
  • Gravidez: Porque cai o cabelo?
  • Queda de cabelo súbita e intensa: Qual a causa?
  • Queda de cabelo no homem: Quais os sintomas?
  • Quais as causas da queda no homem?
  • Quais os tratamentos anti-queda?
  • Quais as regras de ouro para um cabelo mais bonito?
  • Quais os tratamentos para uma calvície incipiente?
  • Que outros tipos de queda de cabelo existem?
  • Estudos sobre queda de cabelo




Anatomia da pele

Anatomia da pele e cabelo

Anatomia do pêlo


Estrutura do pêlo estrutura-cabelo

Anatomia de um cabelo




Ciclo de vida do cabelo

Os pelos e os cabelos são estruturas cilíndricas compostas por proteínas, principalmente queratina, que crescem através da pele pelos folículos pilosos situados nas regiões mais profundas da derme. Todo o corpo, exceto as palmas das mãos e plantas dos pés, possuem folículos pilosos e pelos. Em alguns locais, por serem muito claros e finos, os pelos podem passar despercebidos, mas estão lá.

Os pelos apresentam características e velocidade de crescimento diferentes em cada local do corpo, o que é facilmente percetível quando comparamos cílios, cabelos, pelos púbicos e a barba, por exemplo. O couro cabeludo possui, em média, 100.000 fios de cabelo, com um crescimento médio de 1 a 2 cm por mês.

Todos os dias, perdemos entre 50 e 80 cabelos. A sua vida dura, em média, entre 2 e 7 anos. O cabelo nasce no folículo piloso, cresce por entre ciclos sucessivos, até cair.

Fases do ciclo de vida do cabelo

O ciclo de vida do cabelo é constituído pelas seguintes fases:

  1. Anagénica,
  2. Catagénica,
  3. Telogénica.

Alopécia ou calvície melhorsaude-org melhor blog de saude
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Cabelo como nasce e cresce?

O cabelo nasce no folículo piloso. Cada folículo piloso tem vida própria, ou seja, cada cabelo cresce independentemente do crescimento dos outros. Se os folículos estivessem sincronizados, todos os cabelos cresceriam ao mesmo tempo. Nesse caso, haveria um período em que o homem ficaria totalmente calvo antes de recuperar uma farta cabeleira.

Fase anagénica

O período durante o qual o cabelo cresce tem o nome de fase anagénica e dura cerca de 1 a 3 ou 4 anos. Durante esta fase, o bulbo piloso situado na extremidade inferior do folículo regenera-se para voltar a produzir a fibra capilar. O cabelo cresce cerca de 1 cm por mês.

Fase catagénica

A segunda fase, catagénica, também chamada fase de involução, dura 2 a 3 semanas. É a conclusão da produção da fibra. O folículo retrai-se à superfície do couro cabeludo. Essas semanas vão permitir ao cabelo preparar-se para a fase de repouso.

Fase telogénica

A terceira e última fase do ciclo de vida do cabelo é a fase telogénica e corresponde ao período de repouso. O cabelo não cresce mais, mas permanece agarrado ao folículo durante cerca de 3 meses. No final desses 3 meses, o cabelo cai durante a lavagem ou escovagem. Pode dar-se início a uma nova fase anagénica.

Fases do ciclo de vida do cabelo

Crescimento do cabelo

O cabelo não cresce de modo contínuo, mas através de ciclos sucessivos. 90% dos cabelos encontram-se constantemente em fase de crescimento, enquanto que 10% estão em fase de queda. Todos os dias, caem naturalmente cerca de 50 a 80 cabelos, com 2 a 7 anos de vida. Estes cabelos são substituídos. Cada folículo piloso reproduz um total de 25 a 30 ciclos ao longo da sua vida. No entanto, pode ocorrer por vezes um descontrolo. Sob a influência das hormonas masculinas, estes ciclos podem ficar perturbados.

Calvície ou alopecia quais as causas?

A calvície ou alopecia androgénica é causada pelas seguintes alterações:

  • Encurtamento da fase de crescimento (anágena),
  • Afinamento progressivo do fio de cabelo,
  • Redução do tamanho dos folículos.

Estas alterações fazem com que a raiz fique cada vez mais próxima da superfície da pele.

Testosterona e dihidrotestosterona

Essa miniaturização do folículo é um processo hereditário e mediado por hormonas masculinas. Para ser mais exato, o problema ocorre naqueles pacientes que produzem excessivamente uma enzima chamada 5 alfa-redutase, que transforma a hormona masculina testosterona no seu derivado dihidrotestosterona. Fatores genéticos determinam essa produção excessiva.

A dihidrotestosterona liga-se a recetores existente em alguns folículos pilosos provocando a redução do seu tamanho. Portanto, a calvície ocorre naqueles indivíduos com altos níveis de dihidrotestosterona e numerosos folículos com recetores para esta hormona. As diferentes distribuições dos recetores de dihidrotestosterona entre indivíduos explica porque temos diferentes tipos de calvície.

Homem e padrões de queda de cabelo

A figura abaixo ilustra os padrões mais comuns de queda de cabelo no sexo masculino.

Padrões de calvície melhorsaude.org melhor blog de saude

Mulher e padrões de queda de cabelo

A figura abaixo ilustra os padrões mais comuns de queda de cabelo no sexo feminino.

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Micro-irritação

Uma descoberta trouxe à luz do dia um fenómeno responsável pela reação em cadeia da queda de cabelo: a Micro-irritação. A Micro-irritação é induzida pelo stress repetido que desencadeia a produção excessiva de radicais livres.

Outono e mais queda de cabelo

Devido à influência da exposição sazonal ao Sol sobre as hormonas esteroides, todos os mamíferos, incluindo o ser humano, têm tendência a perder mais pelos ou cabelos no Outono. A testosterona, a hormona masculina que acelera o crescimento piloso nos homens, também contribui para uma queda de cabelo diária mais marcada.

Causas da queda de cabelo

A queda de cabelo, em particular no homem, tem frequentemente uma origem genética. Trata-se, neste caso, de uma alopecia androgenética ou calvície associada à sensibilidade particular dos folículos pilosos aos androgénios.

As principais causas da queda de cabelo são as seguintes:

Sob a influência de stress repetido, surge uma Micro-irritação mesmo por baixo da superfície do couro cabeludo. Imperceptível e indolor, esta Micro-irritação acaba por desencadear uma reação em cadeia que se propaga em cascata até ao bulbo. Em resposta, os tecidos contraem-se. O bulbo fica menos irrigado e menos nutrido, tendo como consequência o cabelo torna-se mais fino e acabando por cair.

Fadiga poluição sol e stress

O stress interno e o stress externo afetam diretamente o couro cabeludo. O stress interno pode ser induzido por:

  • Fadiga,
  • Excesso de trabalho,
  • Mudança de estação,
  • Falta de sono.

Quanto ao stress externo, este resulta de:

  • Cuidados capilares não adaptados,
  • Brushings sucessivos,
  • Poluição,
  • Radiações UV, etc

O couro cabeludo regista os vários tipos de stress e transforma-os numa produção excessiva de radicais livres. Em resposta aos estímulos exercidos pela ameaça dos radicais livres, dá-se a produção de agentes químicos pró inflamatórios que provocam um fenómeno imperceptível na superfície do couro cabeludo: a micro-irritação. Os ingredientes ativos permitem reabsorver a micro-irritação na sua origem e prevenir a sua repercussão até ao bulbo.

Gravidez e queda de cabelo

Queda de cabelo na gravidez melhorsaude.org melhor blog de saude

Qual o papel das hormonas nesta questão?

A testosterona, a hormona masculina que acelera o crescimento piloso nos homens, também contribui para uma queda de cabelo diária mais marcada. As variações hormonais estão na origem da perda significativa de cabelo de que as jovens mães padecem frequentemente. De facto, os cabelos que deviam ter caído durante os nove meses anteriores são retidos pelas hormonas da gravidez.

Assim que os níveis de estrogénio regressam ao normal após o parto, estes cabelos perdem a sua ligação hormonal e caem. No entanto, este processo é temporário e, geralmente, normaliza-se ao fim de alguns meses. Por outro lado, um choque físico ou emocional (morte, divórcio, operação cirúrgica significativa) pode provocar uma queda súbita de cabelo três a quatro meses após o evento em questão. Também neste caso, as hormonas são as responsáveis mas, à medida que o organismo e a moral se restabelecem, os cabelos retomam o seu ciclo habitual.

Queda de cabelo súbita e intensa

Mesmo que perca uma quantidade de cabelos que lhe pareça significativa, se continuar a ter um crescimento normal e se a densidade do seu cabelo permanecer estável, não há motivo para preocupações. Por outro lado, se o seu cabelo perder volume visivelmente ou se constatar que determinadas zonas ficam desguarnecidas, consulte o seu farmacêutico. Se a queda for súbita ou grave, não hesite em consultar um dermatologista. Este especialista poderá descobrir problemas ou patologias subjacentes (carência de ferro, distúrbios da tiróide ou hormonais, efeitos secundários de certos medicamentos…) que podem contribuir para a queda de cabelo.

QUEDA DE CABELO NO HOMEM

HEREDITARIEDADE E STRESS, OS PRINCIPAIS FACTORES

Face a uma queda significativa de cabelo ou alopecia, aconselha-se agir rapidamente. Muitas vezes de origem hereditária, a alopecia masculina pode ser interrompida através de cuidados específicos antiqueda de cabelo. Recomenda-se igualmente a prevenção contra o stress e a prática de uma alimentação equilibrada.

Sintomas

Perdemos cerca de 50 a 80 cabelos por dia. Tal como as células da pele, o cabelo renova-se naturalmente. Novos nascimentos substituem, em princípio, os cabelos que caem diariamente. Na verdade, cada cabelo dura entre 2 e 7 anos e cada folículo piloso que origina o cabelo reproduz entre 25 a 30 ciclos. Contudo, sob a influência de determinados fatores, a queda de cabelo acelera. Na ausência de crescimento, começam a surgir zonas escassas em cabelo.

Causas da queda de cabelo no homem

No homem, a queda de cabelo é, sobretudo, de origem genética. Na verdade, a alopecia androgenética hereditária afeta cerca de 70% dos homens. Normalmente, referem-se à alopecia como calvície. Esta deve-se à influência das hormonas masculinas, os androgénios. A calvície pode surgir muito cedo, desde os 18 anos.

Progressivamente, o crescimento do cabelo fica mais lento e passa a um ano em vez dos três ou quatro. O folículo piloso implanta-se cada vez menos na derme e atrofia. Consequência: o cabelo fica mais fino. O couro cabeludo fica desprovido de cabelo, primeiro ao nível das têmporas, da testa e do topo do crânio.

Outras causas

  • Toma de medicamentos, como os anticoagulantes ou tratamentos contra o cancro
  • Choque psicológico
  • Stresse
  • Carências alimentares
  • Mudanças de estação

Tratamentos anti-queda

É mais fácil atrasar a queda de cabelo do que estimular o seu crescimento. Existem vários tratamentos, sob a forma de champôs específicos, de loções ou de séruns. O dermatologista poderá ainda prescrever tratamentos medicamentosos. Por fim, as técnicas cirúrgicas de enxerto constituem mais uma solução para a queda de cabelo.

Recomenda-se :

  • Cuidado diário do seu cabelo, privilegiando os champôs suaves e evitando o uso abusivo de produtos agressivos;
  • Descansar e evitar o stress;
  • Ter uma alimentação saudável e equilibrada

Prevenir a queda de cabelo

5 regras para ter um cabelo mais bonito

Para manter um cabelo bonito e saudável adopte uma rotina de cuidados diária. O seu cabelo e couro cabeludo exigem cuidados suaves!

  • A temperatura certa
  • Cuidados capilares muito suaves!
  • Deixe o seu cabelo respirar!
  • Massaje o couro cabeludo
  • Evite o stress!
  • Alimentação e exercício físico

Temperatura certa

Sempre que lavar o seu cabelo, garanta que a água está a uma temperatura adequada. Deve estar morna de forma a não agredir o couro cabeludo. Deve igualmente enxaguar abundantemente de forma a que não existam vestígios do seu champô ou de outros produtos capilares aplicados.

Cuidados capilares muito suaves

O calor excessivo ou a lavagem com um champô não adequado podem danificar o seu cabelo ou torná-lo mais frágil. Use uma champô suave que não agrida o seu couro cabeludo. E, mantenha o seu secador a uma temperatura baixa!

Na lavagem deve usar um champô adequado ao seu tipo de cabelo, aplicá-lo com uma massagem suave, deixá-lo atuar durante 2 a 3 minutos, enxaguar bem, e em seguida usar um condicionador, ou tónico capilar, se adequado.

Pentear ou escovar o cabelo é quase tão importante como lavá-lo, pois ajuda a eliminar a sujidade, a caspa, os cabelos caídos e as células mortas que se vão acumulando, e que podem obstruir a passagem de nutrientes. Evite fazê-lo com o cabelo molhado, e evite o secador sempre que possível.

Deixe o seu cabelo respirar

O seu cabelo precisa de respirar. Não o mantenha amarrado durante horas sem fim. Alterne o seu cabelo entre solto e apanhado. Não use bandoletes, toucas ou chapéus durante um longo período de tempo.

Massaje o couro cabeludo

A massagem não é somente para o corpo. Pode ser igualmente benéfica para o cabelo. Durante a lavagem, massaje o couro cabeludo durante 2 a 3 minutos, sem o agredir. Assim estimulará a circulação sanguínea e relaxar o seu couro cabeludo.

Evite o stress

Cuidar do seu cabelo significa também cuidar de si! Uma dieta equilibrada, exercício físico e um sono descansado são essenciais para um cabelo saudável. Experimente o yoga para eliminar o stress da sua vida!

Alimentação e exercício

Para preservar o nosso cabelo devemos ter alguns cuidados na alimentação e no nosso estilo de vida, e adotar alguns cuidados capilares básicos.

A alimentação e o exercício físico são fatores que podem influenciar a saúde dos cabelos, pois interferem com a circulação sanguínea, que transporta os nutrientes para a raiz do cabelo. Quando o organismo está carente de nutrientes, também o cabelo e o couro cabeludo se ressentem.

Uma dieta equilibrada e atividade física frequente refletem-se num cabelo saudável, adiando ou diminuindo o ritmo da queda do cabelo.

Algumas vitaminas são particularmente benéficas para os cabelos, assim como vários minerais, a saber:

  • Vitamina A,
  • B1 (tiamina),
  • B2 (riboflavina),
  • B3 (niacina),
  • B6 (piridoxina),
  • B9 (ácido fólico)
  • B12 (cianocobalamina),
  • Vitamina C,
  • Vitamina E,
  • Cálcio,
  • Ferro,
  • Fósforo,
  • Magnésio,
  • Iodo,
  • Zinco.

Sendo os cabelos compostos por 60% a 90% de proteínas, estas são muito importantes na dieta, sobretudo carnes magras, peixe, leite, e ovos. No entanto devemos ter sempre em consideração que o excesso de proteína na alimentação pode trazer consequências graves para a nossa saúde (Ex: doença renal), pelo que, como é óbvio, deve moderar o consumo.

Consultar o dermatologista

Todos os dias há pacientes com queda de cabelo.

Trata-se muitas vezes do aumento de uma queda fisiológica que afeta, sobretudo, as mulheres, durante o Outono ou a Primavera, altura em que o número de consultas aumenta. Também  pode tratar-se de uma calvície real instalada, muitas vezes mal cuidada pelos homens mais jovens. A queda de cabelo é sempre um fenómeno de angústia para os pacientes.

Dermatologista e tratamentos antiqueda

Quando consulta um dermatologista os tratamentos seguem determinadas fases. Primeiro, faz uma análise ao sangue para aferir os seguintes parâmetros:

Depois, explica o mecanismo da queda de cabelo. É importante para diminuir a ansiedade.  Prescreve preferencialmente suplementos alimentares (aminoácidos sulfurados: taurina, cistina) que permitem encurtar o período de queda. As loções antiqueda podem ser eficazes desde que sejam  produtos com eficácia comprovada.

Tratamento da calvície incipiente

O tratamento da calvície masculina é baseado no uso dos seguintes medicamentos e substâncias:

  1. Minoxidil em solução tópica (aprovado para homens e mulheres).
  2. Finasterida por via oral (aprovado apenas para homens).
  3. Stemoxydine (Neogenic®)

Minoxidil a 2% e 5%

A solução de minoxidil para aplicação direta no couro cabeludo melhora a queda de cabelo por aumentar o tempo da fase anagénica e estimular o crescimento dos folículos miniaturizados. Os resultados demoram pelo menos 4 meses, sendo mais pronunciados no ápice do couro cabeludo e menores na região frontal. O tratamento é para a vida inteira. Com a interrupção, a perda de cabelo retorna.

Finasterida a 1mg

A Finasterida é um medicamento originalmente usado na hipertrofia prostática, mas que, com o tempo, demonstrou como efeito colateral uma redução na queda de cabelo dos pacientes.

A finasterida é um bloqueador da enzima 5 alfa-redutase, o que, como explicado anteriormente, impede a transformação da testosterona em dihidrotestosterona (DHT), responsável pelos efeitos negativos nos folículos pilosos.

Em geral, preconiza-se o uso de comprimidos de 1 mg por dia, por pelo menos, 1 ano. Com o uso da Finasterida ocorre aumento do número de fios de cabelo, que também se tornam mais grossos e fortes. Se a droga for suspensa, porém, dentro de 6 a 9 meses o paciente perde todo o cabelo novo que havia crescido.

Finasterida nas mulheres

A Finasterida em mulheres ainda não se mostrou eficaz e comprovadamente causa más formações fetais. Portanto, não é uma droga indicada para a calvície feminina.

Se tem uma queda de cabelo que considere grave procure um dermatologista para que ele possa decidir a melhor estratégia terapêutica para o seu caso. Não se automedique. Lembre-se que tanto a Finasterida quanto o minoxidil apresentam efeitos colaterais e contraindicações.  Além disso, existem várias outras causas para perda de cabelo além da alopécica androgénica, que não devem ser tratadas com nenhuma dessas duas drogas.

Stemoxydine® a 5%

Entre dois ciclos de crescimento, o bolbo capilar entra em fase de inatividade onde suspende a sua atividade e permanece vazio.
Para despertar, o bolbo capilar precisa de um sinal : foi a trabalhar nessa etapa que a pesquisa do laboratórios L’Oréal descobriu o papel das células estaminais no despertar dos bolbos adormecidos e na renovação do cabelo.

Stemoxydine é a 1ª molécula de ação biomimética que simula um ambiente ótimo para as células estaminais e favorece o seu bom funcionamento. Os bolbos em fase de inatividade são despertados. 1700 novos cabelos em 90 dias (estudo clínico vs placebo em 101 indivíduos – valor médio para uma cabeleira alopécica).  Para couros cabeludos sensíveis. A fórmula é hipoalergénica sem parabenos e não colante.

Outros tipos de queda de cabelo

Existem várias outras causas para queda de cabelo. Ao contrário da calvície, elas costumam causar perdas localizadas e irregulares. Porém, em casos difusos podem se assemelhar à alopécia androgénica. Vamos citar as causas mais comuns:

Eflúvio anagénica

É a queda de cabelo que ocorre, por exemplo, na quimioterapia, radioterapia ou envenenamentos com mercúrio.

Eflúvio felogénico

Queda de cabelo que ocorre como efeito colateral de várias drogas, deficiências de vitaminas, stresse psicológico ou doenças da tiroide.

Alopécia traumática

Ocorre por trauma mecânico e/ou químico do cabelo. Pode surgir após algumas técnicas de alisamento de cabelo com repetidas tração do mesmo associado ao uso de produtos químicos. Algumas pessoas com crises nervosas podem arrancar o próprio cabelo e ter esse tipo de alopécia.

Alopécia areata

É uma doença autoimune, onde o corpo passa a equivocadamente a produzir anticorpos contra os seus folículos pilosos. O couro cabeludo é o mais afetado, mas pode haver perda de pelos em qualquer parte do corpo.

Tinea capitis

Infeção do couro cabeludo por fungos.

Lúpus discoide

O lúpus eritematoso discoide é uma doença crónica e recorrente caracterizada por manchas arredondadas vermelhas de bordos bem definidos na pele. A sua causa é desconhecida e é mais frequente no sexo feminino e mais ainda em mulheres com cerca de 30 anos de idade. O leque de idades é muito mais amplo que o habitual para o lúpus eritematoso sistémico.

Estudos sobre queda de cabelo

De seguida descrevo alguns estudos publicados e disponíveis para consulta pública:

Concluindo

O cabelo é uma parte importante do nosso corpo por influenciar decisivamente a nossa autoestima. Essa influência psicológica é tanto mais marcada quanto menor for a idade da pessoa pelo que os jovens com casos de calvície na família próxima (pais e irmãos) devem estar atentos aos sintomas e tratar o problema, logo que surjam os primeiros sinais, com a ajuda do dermatologista e do Farmacêutico nos casos mais ligeiros e comuns de queda de cabelo.

A queda de cabelo, se for repentina e intensa, pode também ser um sinal de problemas de saúde mais profundos, pelo que  deve, neste caso, consultar de imediato o seu médico.

Fique bem!

FranklimA. Moura Fernandes

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Franklim Fernandes ÁREA RESERVADA melhorsaude.org

Alzheimer quais os 10 sinais precoces e toda a verdade

Demência e Alzheimer afinal o que é a doença de Alzheimer? O que é uma demência? Quais os sinais? Quais os tratamentos mais atuais? Como evitar? Tenho falhas de memória…será um sinal já preocupante?

Este artigo pretende ser um contributo importante na clarificação de imensas dúvidas sobre a doença baseando-se na informação pública disponibilizada pela Alzheimer Europe  pela Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer e pela Alzheimer Association. Acrescentei também a última informação publicada sobre as causas e o tratamento da doença.

Demência e Alzheimer

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

    • O que é a demência?
    • Quem desenvolve demência?
    • Qual a prevalência da demência?
    • Demência quais as mais comuns?
    • Alzheimer o que é?
    • Demência vascular o que é?
    • Doença de Parkinson o que é?
    • Demência de corpos de Lewy o que é?
    • Demência frontotemporal o que é?
    • Doença de Huntington o que é?
    • Demência provocada pelo álcool  ou Síndrome de Korsakoff
    • Doença de Creutzfeldt-Jacob o que é?
    • O que pode parecer demência mas não é?
    • A demência é hereditária?
    • Quais os sinais iniciais?
    • Como ajudar alguém com demência?
    • Quais os 10 sinais de alerta precoce?
    • Que tipos de Alzheimer existem?
    • Qual a diferença entre Alzheimer esporádica e familiar?
    • Porque pode uma família na Colômbia ser a chave para a descoberta de uma cura?
    • Qual a causa da Doença?
    • Quais as últimas descobertas?
    • Qual o tratamento adequado?
    • Quais os fármacos atualmente utilizados?
    • Qual a influência da alimentação?
    • Qual a influência do exercício físico?
    • Qual a minha experiência pessoal?

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NEUROFIBROMATOSE SINTOMAS E TRATAMENTO

Neurofibromatose o que é? Quais os sintomas? Qual o melhor tratamento? A neurofibromatose tipo 1 (NF1) ou doença de von Recklinghausen é uma das doenças genéticas mais comuns, afetando 1/4.000 a 1/3.000 indivíduos. Tem um modo de transmissão autossómico dominante e a frequência em que o gene é expresso (expressão genética), é praticamente completa aos 5 anos de idade.

Segundo a Associação Portuguesa de Neurofibromatose, a Neurofibromatose não é uma doença rara mas é pouco conhecida.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • O que é a neurofibromatose ( NF )?
  • Que tipos de neurofibromatose existem?
  • Qual a incidência da neurofibromatose?
  • A neurofibromatose é contagiosa?
  • Quais as diferenças e manifestações clínicas da NF1 e da NF2?
  • Em resumo, quais os sintomas da neurofibromatose?
  • Como acontece a transmissão genética da NF?
  • Qual o tratamento para a neurofibromatose?
  • Existem consequências psicológicas?
  • É possível o diagnóstico precoce?
  • Existem especialistas nesta doença?

Neurofibromatose o que é?

A Neurofibromatose, também denominada doença de Recklinghausen, é  uma doença hereditária que se caracteriza pelo aparecimento de tumores benignos múltiplos do sistema nervoso. A  evolução é progressiva e imprevisível. Normalmente, os tumores surgem durante a puberdade, entre os 10 e os 15 anos de idade, na pele ou em outras partes do corpo.

Não é uma doença rara e tem sido descrita em indivíduos de todas as raças, com ligeira predileção pelo sexo masculino. A Neurofibromatose (NF) é uma doença genética e pode ocorrer, maioritariamente, sob duas formas:

  • Neurofibromatose tipo 1 ( NF1 ) – causada por mutações no cromossoma 17 que reduzem a produção de neurofibromina, uma proteína utilizada pelo organismo para evitar o surgimento de tumores. Este tipo de neurofibromatose também pode provocar perda de visão e impotência.

  • Neurofibromatose tipo 2 ( NF2 ) – provocada por mutações no cromossoma 22, diminuindo a produção de merlina, outra proteína que suprime o crescimento de tumores em indivíduos saudáveis. Este tipo de neurofibromatose pode causar perda de audição.

Existe uma enorme variedade de doenças genéticas conhecidas. A Neurofibromatose é relativamente comum, sendo a NF1 mais frequente que a NF2.

Neurofibromas da neurofibromatose
Neurofibromas da neurofibromatose
Manchas marron da neurofibromatose
Manchas marron da neurofibromatose

Estudos e publicações

Neste espaço tentarei deixar ligações para artigos recentemente publicados que podem ser relevantes sobre a doença:

Incidência da Neurofibromatose

Estima-se que cerca de 1 em cada 4000 indivíduos nascem com NF1. A NF2 é menos comum e estima-se que atinja 1 em cada 20 000 indivíduos.

Contagiosa ou não?

Não, para se ter Neurofibromatose, essa pessoa tem que nascer com a doença ou seja não é algo que se adquira ao longo da vida nem algo contagioso. No entanto, alguns dos sinais e sintomas podem manifestar-se apenas mais tarde e não logo no nascimento.

Neurofibromatose tipo 1 (NF1)

As manifestações da NF1 são variáveis e não ocorrem em todas as pessoas da mesma forma. Muitas pessoas vivem com a NF1 sem que isso interfira significativamente no seu quotidiano ou sem que se apercebam que têm a doença.

Todas as pessoas com NF1 apresentam, normalmente, manchas de cor acastanhada espalhadas pelo corpo. Essas manchas são denominadas manchas “café-au-lait” (café com leite). A grande maioria da população apresente mais de 6 manchas.

As manchas café-au-lait têm, pelo menos 0,5 cm de diâmetro e estão presentes no nascimento ou desenvolvem-se no decorrer dos primeiros 5 anos de vida.

Manifestações clínicas da NF1

Embora seja uma das principais manifestações da NF1, estas manchas não constituem perigo algum do ponto de vista médico.

A maioria das crianças apresenta ainda zonas de hiperpigmentação da íris dos olhos (zona colorida), denominadas de nódulos de Lisch.

Quando a criança atinge a puberdade, podem surgir alguns “altos” por baixo da pele. São aquilo a que se chama neurofibromas.

O número de neurofibromas é variável de pessoa para pessoa assim como a sua localização no corpo. Na maioria dos casos os neurofibromas não causam problemas médicos. Outras manifestações incluem dificuldades de aprendizagem e problemas ósseos.

Neurofibromatose tipo  2 (NF2)

A NF2 é mais rara que a NF1. As manifestações da NF2 são também variáveis de pessoa para pessoa mas, normalmente, as pessoas afectadas não apresentam grandes sinais de alerta.

Para além disso, também não se encontram associados problemas ósseos ou dificuldades de aprendizagem. No entanto, a partir da adolescência, estas pessoas podem desenvolver tumores associados aos nervos situados ao longo de todo o corpo.

A localização mais frequente destes tumores é a seguinte:

  • Nervos acústicos (importantes para a manutenção do equilíbrio e para a audição);
  • Nervos situados ao longo da coluna e que controlam os músculos dos braços e das pernas.

Algumas pessoas com NF2 apresentam alguns tumores nos nervos mais superficiais (junto à pele) mas, ao contrário do que acontece com a NF1, apresentam poucas ou nenhumas manchas café-au-lait.

Por vezes algumas pessoas desenvolvem cataratas numa idade precoce. No entanto, esta situação pode não causar alterações significativas na capacidade visual.

Sintomas

O principal sintoma da neurofibromatose é o surgimento de tumores moles na pele. No entanto, dependendo do tipo de neurofibromatose, outros sintomas podem ocorrer, tais como:

Neurofibromatose tipo 1

  • Manchas marrons na pele;
  • Sardas na região inguinal e axilas aos 4 ou 5 anos;
  • Pequenos nódulos debaixo da pele;
  • Problemas de desenvolvimento e deformação dos ossos.

Neurofibromatose tipo 2

  • Redução gradual da visão ou da audição;
  • Dificuldades de equilíbrio;
  • Problemas na coluna, como escoliose;
  • Problemas de visão e audição.

Os sintomas de neurofibromatose surgem durante a infância e, por isso, é recomendado consultar um pediatra para fazer o diagnóstico da neurofibromatose com exame físico, exames de raio x ou tomografia, assim como testes genéticos de sangue, por exemplo.

Genética

O desenvolvimento normal do nosso corpo depende dos nossos genes. Cada célula do nosso corpo contém um conjunto de cromossomas onde se encontram os nossos genes.

Existem 23 pares de cromossomas, sendo um deles o par responsável pelo sexo do indivíduo. Em cada par de cromossomas, um deles é proveniente da mãe (através do óvulo) e o outro do pai (através do espermatozoide).

A Neurofibromatose é causada por uma alteração num gene localizado num determinado cromossoma e pode ser resultado da transmissão desse gene alterado por um dos pais ou de uma alteração que surge de novo quando o óvulo ou o espermatozoide se formam (mutação).

Esta mutação não resulta do decorrer da gravidez, mas sim de uma alteração que ocorre por acaso.

Neurofibromatose esquema de transmissão genética

Tratamento

Atualmente não existe cura para a NF, porém existe uma gama de tratamentos alternativos que consistem na ressecção das lesões que comprometem a função e/ou estética através de técnicas cirúrgicas:

1 –
Cirurgia ortopédica para correção de pseudo-artrose e escoliose;
2 –
Cirurgia plástica na remoção de tumores, principalmente, em áreas de atrito (porém tem-se observado um alto índice de recidiva desses tumores) e os tumores que causam alguma alteração funcional no doente.
3 –
Neurocirurgia para prevenir sérias complicações decorridas do desenvolvimento de tumores cerebral e espinal.

Existem projetos de estudo em curso com novos medicamentos para o tratamento de neurofibroma plexiforme e glioma ótico, cujas lesões são progressivas, em adultos e crianças com NF1.

Consequências psicológicas

A neurofibromatose contribui para múltiplos fatores de stress psicossocial. Problemas no desenvolvimento da expressão podem afetar o desenvolvimento académico, a autoestima e as atividades sociais do indivíduo.

Diagnóstico precoce

Com os recentes avanços na área da genética, atualmente há meios para se diagnosticar a NF. Em alguns casos é possível fazer um diagnóstico pré-natal. Por isso, a orientação de um especialista é imprescindível.

Especialistas nesta doença

Apesar da neurofibromatose ser uma doença genética comum e portanto muitos profissionais de saúde se depararem com alguns casos durante as suas vidas profissionais, não são casos suficientes para se tornarem especialistas.

Esta doença é um verdadeiro desafio para diversas especialidades médicas pois as suas manifestações e severidade variam de doente para doente.

Em mais de 100 anos em que foi descrito a neurofibromatose por Von Recklinghausen pouco ainda se sabe sobre diversos pontos desta patologia genética. Acredita-se que as novas pesquisas no campo da gene-terapia e de modernos exames trarão resultados animadores e um conforto muito grande para os pacientes e seus familiares.

Associação Portuguesa de Neurofibromatose (APNF)

A APNF é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que se dedica ao apoio aos portadores de Neurofibromatoses. Tem como objeto a implementação de todas as ações relacionadas com os aspetos científicos, educacionais, investigacionais e sociais da Neurofibromatose, bem como a promoção da integração dos portadores da doença.

A APNF tem também como objetivo proporcionar aos portadores de Neurofibromatose a melhor qualidade de vida possível através de várias ações como:

  • Promoção da sua divulgação nacional;
  • Obter e tornar efetivos, junto das entidades oficiais, todos os meios de ação que visem proporcionar facilidades de diagnóstico, terapêutica, reabilitação e integração social do doente, bem como o apoio aos seus familiares;
  • Estabelecer intercâmbio em organizações internacionais congéneres;
  • Promover ações de índole científica, investigacional e educacional, nomeadamente: Identificação precoce da doença e aconselhamento genético;
  • Programar a intervenção médica e a educação para a saúde;
  • Reavaliação periódica e supervisão contínua;
  • Promover a realização de estudos científicos, se possível multicêntricos;
  • Promover a introdução de novas terapêuticas;
  • Organizar uma biblioteca sobre o tema;
  • Colaborar no ensino, quando solicitado;
  • Promover ações de índole social;

Concluindo

Todas as doenças são importantes, no entanto as mais relevantes são sempre aquelas que nos afetam! Se for uma “doença comum” existe quase sempre um ou mais tratamentos eficazes na tentativa de oferecer ao doente uma qualidade de vida boa ou aceitável.

Se for uma doença rara ou “comum mas pouco conhecida”  os tratamentos disponíveis são em regra muito menos ou de menor eficácia, pelo simples facto de não haver investigação suficiente por parte dos laboratórios farmacêuticos, que investem essencialmente nas doenças que afetam milhões de pessoas para terem o retorno financeiro suficiente para pagar a investigação e ainda dar lucro significativo aos seu acionistas durante vários anos!

É neste quadro que é merecido todo o apoio ás associações de doentes e aos laboratórios e institutos públicos e privados que desenvolvem alguma investigação nesta área das doenças raras ou “menos conhecidas”, desde que as suas contas sejam auditadas de forma isenta e transparente!

Fiquem bem

Franklim A. Moura Fernandes

Referências bibliográficas:

  • APNF;  Centro Nacional de Neurofibromatose;
  • Dr. Arthur Frazão (médico)

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DOENÇAS TECNOLÓGICAS TODA A VERDADE!

Doenças tecnológicas o que são? São várias as doenças das novas tecnologias. Conheça quais e proteja-se… use mas não abuse do seu “gadget”… seja ele smartphone, tablet, computador…ou todos ao mesmo tempo !

iPosture

Nome dado ás dores de pescoço e na zona inferior da coluna, causadas pelo excesso de tempo com as costas curvadas ao usar um smartphone, tablet ou computador.


Eritema ab igne

Provocado por trabalhar com o portátil ao colo. Trata-se de uma reação cutânea que provoca vermelhidão e manchas na zona das coxas e é causada pelo aquecimento excessivo do aparelho pousado no colo.


Nomophobia 

É a fobia ou medo de não ter o telemóvel e afeta uma percentagem significativa da população. Traduz-se numa ansiedade manifestada por suores, tremores e náuseas.


Tendinite do polegar

Patologia causada pelo  uso excessivo do polegar para escrever mensagens, podendo originar dor, dormência ou sensação de latejar.


Síndrome de vibração fantasma

Afeta 70% dos utilizadores de telemóvel…!  Trata-se de acreditar que o telemóvel está a vibrar ou a tocar quando não está…!


Insónia

Tal como com a televisão, a utilização do smartphone ou tablet antes de dormir altera os ciclos de sono porque as luzes impedem a libertação de melatonina, não nos deixando adormecer.


Doenças tecnológicas como se proteger?

1. O tempo de utilização do smartphone, tablet e computador deve ser reduzido e adequado ás necessidades, protegendo assim a sua visão e evitando as patologias acima descritas.

2. Prefira falar com as pessoas em vez de utilizar o sms, chat ou email.

3. Quando está sentado em frente ao computador sente-se de costas direitas e levante-se a cada 20 minutos, rolando os ombros e pescoço ou caminhando um pouco . Se puder pratique exercício físico de forma regular pois este melhora muito a sua postura.

4. Está “totalmente proibido” de usar o smartphone, tablet ou computador antes de se deitar.

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Por favor PARTILHE esta informação e ajude a evitar novos problemas de saúde.

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

melhorsaude.org

DEPRESSÃO E ANSIEDADE DIFERENÇAS E PERIGOS!




Depressão e ansiedade são facilmente confundidas. Existem situações, no âmbito das perturbações mentais, em que ambas se parecem sobrepor ou até mesmo coexistir. Em outros casos, uma pode ser produto de outra – muitas vezes a depressão surge de casos graves de ansiedade crónica. O diagnóstico correto é essencial de forma a poder proceder-se ao tratamento e à recuperação adequada.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • O que é a ansiedade?
  • Que tipos de ansiedade existem?
  • O que é a depressão?
  • Quais os sintomas de alarme  para a ansiedade?
  • Quais os sintomas de alarme  para a depressão?
  • Como acalmar a ansiedade?

O que é a ansiedade?

A ansiedade pode manifestar-se através de sintomas físicos e psicológicos. É normalmente caracterizada por uma preocupação excessiva face a uma situação futura. Não se vive bem o presente, sempre com inquietação pelo futuro. Quando controlada, é uma reação natural do organismo a possíveis ameaças, que permite que nos mantenhamos alerta para qualquer perigo que possa surgir.

No entanto, por vezes a ansiedade apresenta-se de forma intensa, prolongada e sem causa aparente. Nestes casos, as pessoas tendem a isolar-se e a evitar quaisquer situações que considerem perigosas, mesmo quando não o são.

Que tipos de ansiedade existem?

De forma simples a ansiedade pode ser de dois tipos:

  • Generalizada e constante;
  • Específica, manifestando-se em situações especiais.

Em relação a situações específicas temos os seguintes exemplos mais comuns:

  • Ataques de pânico;
  • Perturbações obsessivo-compulsivas;
  • Agorafobia (medo de espaços abertos ou no meio de uma multidão);
  • Ansiedade social;
  • Stresse pós-traumático.

O que é a depressão?

A tristeza, tal como a ansiedade, é uma reação natural a certas experiências, tendendo a ser ultrapassada após um determinado período de tempo. O sentimento de tristeza pode, contudo, prolongar-se mais tempo do que o habitual, tornando-se um problema crónico e incapacitante que afeta as várias esferas da vida da pessoa que dela sofre.

Diferente de preocupação ou receio de situações futuras, a depressão é caracterizada por este sentimento de tristeza crónica. Existem vários fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento, tais como:

  • Predisposição familiar;
  • Acontecimentos desagradáveis ou traumáticos (situações de perda, separação, luto ou tragédia);
  • Personalidades mais introvertidas.

As mulheres, assim como os indivíduos com excesso de peso, baixa autoestima, vítimas de violência ou de outros acontecimentos perturbantes, têm também uma maior predisposição para desenvolver depressão. No entanto, esta também pode surgir sem motivo aparente ou no decorrer de um problema prévio de ansiedade.

Sinais de alarme de depressão ou ansiedade

Tanto a ansiedade como a depressão apresentam vários sintomas a nível físico e psicológico. No entanto, por serem doenças do foro psiquiátrico e se desenvolverem de uma forma gradual, podem ser de difícil diagnóstico.

Algumas manifestações possíveis de ansiedade:

  • Sensação injustificada de medo ou pânico;
  • Problemas de concentração;
  • Irritabilidade;
  • Insónias;
  • Dificuldade em respirar;
  • Palpitações;
  • Boca seca;
  • Náuseas;
  • Tensão muscular;
  • Tonturas.

A depressão, por sua vez, tende a provocar menos sintomas físicos. Alguns dos sinais mais comuns de depressão, são os seguintes:

  • Sensação persistente de tristeza;
  • Menor interesse por atividades do quotidiano, mesmo que antes fossem prazerosas;
  • Sensação de culpa ou falta de esperança para o futuro;
  • Fadiga crónica;
  • Insónias ou hipersónia (dormir em demasia);
  • Variações abruptas de peso;
  • Alterações ao nível da cognição ou seja memória, concentração e raciocínio;
  • Diminuição da autoestima e da autoconfiança.

Como acalmar a ansiedade?

Acalmar a ansiedade é mais fácil de dizer do que fazer! No entanto existem “ferramentas” comprovadamente eficazes, a saber:

  • Exercício físico – aumenta a libertação de serotonina que é um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer;
  • Massagens;
  • Acupuntura;
  • Ioga;
  • Meditação;
  • Controlar a respiração, inspirando calmamente pelo nariz e expirando pela boca, mas utilizando o diafragma e o abdómen em vez do tórax;
  • Evite pensamentos negativos e catastrofistas –  Sempre que um pensamento negativo se iniciar, devesse substituí-lo por outro pensamento qualquer, preferencialmente, agradável. Isto certamente não é fácil de ser feito, mas é possível e trata-se de um aspeto importante, pois os pensamentos e as falas negativas agravam a situação, intensificando as respostas autónomas, como o mal-estar e o descontrole respiratório;
  • Ingerir alimentos que sejam fonte de triptofano que é um aminoácido precursor da serotonina, como a banana e o chocolate, de forma moderada, para não ganhar peso. Outra possibilidade é ingerir o triptofano em cápsulas, junto com vitamina B6 e magnésio. Outros aminoácidos que podem ajudar são a taurina e a glutamina. Eles aumentam a disponibilidade de um neurotransmissor chamado GABA, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade. Eles também podem ser ingeridos em cápsulas, mas apenas com a orientação de um médico especialista.
  • Chás ansiolíticos – A maioria possui substâncias que funcionam como sedativos suaves e podem ajudar no controle da ansiedade diária. As plantas mais conhecidas e estudadas com essa ação são a passiflora, a melissa a camomila e a valeriana.

Depressão como ajudar? Qual o melhor tratamento?

Clique na imagem seguinte para conhecer respostas muito importantes:

DEPRESSÃO melhorsaude.org melhor blog de saúde

Concluindo

Tanto a ansiedade como a depressão podem fragilizar e afetar severamente a qualidade de vida e até “destruir algumas vidas”. Caso reconheça em si ou em alguém que lhe seja próximo alguns dos sintomas mencionados, procure ajuda médica.

Fique bem

Franklim Fernandes

Fonte: Saúde CUF;

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OLHOS ASTIGMATISMO MIOPIA E DOENÇAS COMUNS



Doenças dos olhos quais as que têm uma prevalência importante na população? Astigmatismo, miopia, cataratas, estrabismo, hipermetropia, ceratocone quais as mais comuns? Quais as diferenças? Quais os tratamentos? Como proteger os seus olhos? Quando deve consultar o oftalmologista? A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia aconselha os adultos saudáveis a fazer pelo menos uma visita ao oftalmologista entre os 20 e os 40 anos, para aferir a saúde dos seus olhos, desde que não surjam sintomas.

As pessoas diabéticas, ou com outras doenças que sejam um factor de risco para problemas oculares devem ser também examinadas com maior frequência (uma vez por ano). Antes dos 20 anos e muito em especial antes da entrada para a escola, o despiste e a descoberta de alguns problemas oculares reveste-se de uma importância particular pelo que o exame médico aos olhos deve ser mais frequente. Após os 40 anos a consulta médica com o oftalmologista deve ser feita de dois em dois anos nas pessoas saudáveis.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões?

  • Qual a anatomia do olho?
  • Como funciona o olho humano?
  • Doenças do olhos: Quais as mais comuns?
  • Defeitos refrativos: Quais são?
  • O que é a miopia?
  • Dioptrias: Quais os graus de miopia?
  • Hipermetropia o que é?
  • Astigmatismo o que é?
  • Presbiopia ou vista cansada o que é?
  • Catarata o que é?
  • Catarata: Quais as causas? Quais os sintomas? Como se trata?
  • Glaucoma o que é?
  • Porque sobe a tensão ocular?
  • Glaucoma quais os sintomas e os perigos?
  • Estrabismo o que é?
  • Retinopatia diabética o que é?
  • Ceratocone ou queratocone o que é?
  • Ceratocone quais os sintomas e tratamentos disponíveis?
  • Olhos das crianças: Como fazer a deteção precoce de doenças?
  • Olhos das crianças: Quais as doenças mais comuns?
  • Olhos das crianças: Quais as doenças mais graves?
  • Estimulação da visão funcional da criança com baixa visão, como fazer?
  • Prevenção de doenças oculares, conselhos úteis?
  • Oftalmologista: Com que frequência devo examinar os meus olhos?
  • Óculos de sol quais os melhores? Como escolher?
  • Écrans de computador fazem mesmo mal aos olhos?
  • Quando levar o meu filho ao oftalmologista?
  • Qual o tratamento da miopia, astigmatismo e hipermetropia?
  • Cirurgia refrativa laser o que é? LASIK e PRK o que é?
  • Lentes fáquicas o que são?

Anatomia do olho normal

Olhos anatomia do olho humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos anatomia do olho melhorsaude.org melhor blog de saude Imagem adaptada da American Academy of Ophthalmology

Córnea – A parte mais anterior e transparente do globo ocular. Tem um papel importante na focagem das imagens no interior do olho.

Íris – A parte que dá cor aos olhos. Regula a quantidade de luz que entra no globo ocular.

Pupila – É a zona escura e circular no centro da íris. É o espaço por onde as imagens penetram no nosso olho.

Cristalino – É uma estrutura transparente, em forma de lente, situada na área pupilar e atrás da íris. A sua principal função é a focagem fina das imagens na retina.

Vítreo – É uma substância gelatinosa e transparente que preenche o globo ocular atrás do cristalino.

Retina – É uma membrana composta por células nervosas que reveste o interior do globo ocular. Converte as imagens em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico.

Mácula – Região especial da retina com particular importância na visão fina da forma e da cor.

Nervo ótico – É o nervo que liga o olho ao cérebro. Atua como um fio elétrico que transmite ao cérebro os impulsos nervosos produzidos pela retina onde são depois interpretados como imagens.

Como funciona o olho humano?

Olhos: Funcionamento_do_olho_humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos: Funcionamento do olho humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Doenças dos olhos mais comuns

Pretende-se dar informação em linguagem simples sobre diversas doenças oculares. Conhecer as doenças e saber preveni-las é importante para a sua saúde. Em caso de doença, estas informações nunca deverão substituir a consulta com o oftalmologista.

Defeitos Refrativos

Os problemas visuais mais frequentes são os defeitos refrativos, tais como:

  • Miopia,
  • Hipermetropia,
  • Astigmatismo,
  • Presbiopia,
  • Retinopatia diabética.

Miopia astigmatismo Visão normal vs defeitos refractivos melhorsaude.org melhor blog de saude

Estes dizem respeito a um conjunto de alterações nos quais há uma focagem inadequada das imagens na retina. São, na grande maioria, facilmente corrigidos com óculos ou lentes de contacto. Em casos mais raros a cirurgia poderá ser uma opção.

É importante saber-se que:

Muitas alterações da visão não são defeitos refrativos (várias doenças oculares e não oculares levam a perturbações visuais); alguns defeitos refrativos podem ter como causa certas doenças que só um médico oftalmologista poderá avaliar corretamente;

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Miopia o que é?

É uma situação em que a imagem é focada à frente da retina e traduz-se por uma dificuldade de visão ao longe. Um olho míope é normalmente maior que o normal e é mais propenso a algumas doenças (ex. glaucoma, descolamento de retina, etc.) pelo que carece de uma atenção especial por parte do médico oftalmologista.

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Dioptrias quais os graus de miopia?

Existem diferentes graus de miopia medidos em dioptrias. O doente míope pode sentir maior ou menor dificuldade em ver ao longe, dependendo do seu grau de miopia. Quanto maior for o grau da miopia maior é a dificuldade em ver ao longe. Por exemplo, uma miopia de 1 dioptria ou uma miopia de 10 dioptrias possuem diferenças significativas sobre a acuidade visual dos doentes afetados.

A miopia é, normalmente, classificada nos seguintes graus:

  • Miopia ligeira – até 3 dioptrias;
  • Miopia moderada – de 3 a 6 dioptrias;
  • Miopia alta – mais de 6 dioptrias.

Uma miopia elevada (acima de 6 dioptrias) pode implicar uma drástica diminuição da qualidade de vida.

Hipermetropia o que é?

É um defeito refrativo caracterizado por dificuldade de visão ao perto. Provoca habitualmente fadiga ocular e até dores de cabeça com o trabalho mais minucioso ou com a leitura, pela exigência aumentada de focagem a que os olhos são solicitados. Um olho hipermétrope é habitualmente mais pequeno que o normal e a “resistência” à hipermetropia diminui com a idade. Pode ser a causa do mau aproveitamento escolar de uma criança

Hipermetropia melhorsaude.org melhor blog de saude

Astigmatismo o que é?

Corresponde a uma qualidade visual desigual consoante o eixo visual em causa. Resulta na maioria dos casos a uma curvatura desigual da córnea provocando uma visão distorcida. Pode ocorrer isoladamente ou associado aos outros defeitos refrativos.

Astigmatismo melhorsaude.org melhor blog de saude

Presbiopia ou vista cansada o que é?

Corresponde à dificuldade de visão ao perto que é normalmente sentida a partir de certa idade (por volta dos 45 anos). É devida à perda de elasticidade progressiva do cristalino fruto da idade.

Presbiopia melhorsaude.org melhor blog de saude

Catarata o que é?

A toda e qualquer alteração da transparência do cristalino chama-se catarata.

Catarata melhorsaude.org melhor blog de saude

Quais as causas da catarata?

São mais frequentemente resultado do normal envelhecimento mas podem também ser congénitas ou devidas a uma variedade de outros fatores como por exemplo:

  • Traumatismos,
  • Doenças crónicas dos olhos,
  • Doenças sistémicas (de todo o organismo) como a diabetes.

Quais os sintomas de catarata?

Habitualmente a catarata resulta numa turvação da imagem mas várias outras queixas poderão resultar da sua presença. O diagnóstico deverá ser sempre feito através da observação por um médico oftalmologista.

Como se tratam as cataratas?

O principal tratamento das cataratas é cirúrgico. A operação às cataratas consiste na remoção da parte do cristalino opacificado e na colocação de um “cristalino artificial” dentro do globo ocular (lente intraocular) levando à recuperação visual. Existem várias formas de se realizar a cirurgia da catarata mas a mais atual e evoluída denomina-se faco emulsificação.Tratamento da catarata melhorsaude.org melhor blog de saude

Glaucoma o que é?

É uma doença dos olhos na qual vai havendo uma progressiva subida da tensão ocular levando a diminuição da visão (podendo mesmo chegar à cegueira). Há vários tipos de glaucoma mas o mais frequente é o glaucoma de ângulo aberto.

Glaucoma melhorsaude.org melhor blog de saude

glaucoma melhorsaude.org melhor blog de saude

Porque sobe a tensão ocular?

Há um líquido transparente que circula de dentro para fora do globo ocular (humor aquoso). Nas pessoas com glaucoma, e por razões ainda pouco conhecidas, este líquido começa a ter dificuldade de sair do globo ocular levando a um aumento da tensão ocular.

Sintomas e perigos

O aumento da tensão ocular, se não detetado e devidamente tratado, leva à “morte” lenta e progressiva do nervo responsável pela visão (nervo ótico). Estas alterações provocam uma perda da visão (em especial do nosso campo de visão). O glaucoma só dá sintomas numa fase avançada da doença e as alterações na visão só são sentidas pelo doente quando o nervo ótico já tem lesões graves e irreversíveis.

No entanto um dos sintomas a que se deve dar toda a atenção e consultar um médico com urgência é a dor no globo ocular. Um aumento da pressão ocular pode, em alguns casos,  provocar uma dor que é sentida como vindo de dentro do globo ocular e não uma dor superficial. Nestes casos uma intervenção atempada pode evitar uma evolução mais grave com danos severos para a visão.

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Estrabismo o que é?

O termo estrabismo é usado sempre que há um desalinhamento ocular. Este problema ocular surge habitualmente nas crianças podendo em muitas delas estar presente já à nascença. É muito importante diagnosticar e tratar esta doença quando a criança ainda é pequena pois, caso contrário, a visão de um dos olhos poderá ficar irremediavelmente diminuída. A criança com estrabismo tem tendência a usar menos o olho desviado que vai ficando “preguiçoso”. A esta baixa da visão resultante do estrabismo chama-se ambliopia.

O estrabismo pode ser constante ou surgir apenas em certos momentos. Os olhos podem estar desviados das seguintes formas:

  • Para dentro (esotropia)
  • Para fora (exotropia)
  • Para cima (hipertropia)
  • Para baixo (hipotropia)

Estes desvios podem também estar associados.

estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude Estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude

A persistência de um desvio ocular numa criança com 4 meses de idade torna necessário um exame oftalmológico. É também recomendável que todas as crianças tenham um exame oftalmológico pelos 6 meses de idade. O estrabismo pode também surgir no adulto por doença ou traumatismo.

Estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude

Retinopatia diabética o que e?

A diabetes é uma doença na qual, entre outras alterações, existe um aumento de “açúcar” no sangue. Esse descontrolo pode prejudicar várias zonas do corpo. Os olhos são um dos orgãos que pode ser gravemente atingido embora inicialmente não haja grandes sintomas. A retinopatia diabética é uma manifestação ocular da doença e é uma das principais causas de cegueira. Para evitar a cegueira é necessário controlar o melhor possível os níveis de açúcar no sangue (glicémia) desde as fases iniciais da doença.

Retinopatia diabética melhorsaude.org melhor blog de saude

A retinopatia diabética surge em consequência de alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina no interior do olho. Os vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina levando à diminuição da visão. Nalguns casos desenvolvem-se vasos anormais na retina. Estes vasos são muito frágeis e sangram facilmente levando também à formação de tecido fibroso que repuxa a retina. Este estádio da doença é muito grave e chama-se retinopatia diabética proliferativa .

Retinopatia diabetica melhorsaude.org melhor blog de saude

Um diabético deve fazer regularmente um exame médico ocular para detetar as alterações iniciais da retinopatia diabética. Por vezes é necessário o tratamento com raios LASER. Lembre-se no entanto que melhor do que tratar as alterações, é tentar preveni-las através de um maior cuidado com a sua saúde e, no caso de ser diabético, com a instituição de um regime de vida que permita o controle da doença

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Ceratocone ou queratocone

Ceratocone o que é?

O Queratocone é uma doença da córnea caracterizada por uma alteração da sua conformação e um adelgaçamento progressivo. Em fases mais avançadas a córnea pode adquirir a forma de cone. Aparece nos jovens e pode evoluir até aos 35 anos. As alterações estruturais da córnea produzem um astigmatismo que não é homogéneo, o que faz com que o doente se aperceba de diminuição da gradual da visão.

Ceratocone melhorsaude.org melhor blog de saude

Para além do Queratocone, existem outras doenças, mais raras, que também se caracterizam por alteração do padrão normal da conformação da córnea e do seu adelgaçamento, tais como:

  • Degenerescência Marginal Pelúcida
  • Queratoglobo

A estas doenças chamamos Ectasias Corneanas.

Ceratocone quais os sintomas?

  • Diminuição da visão mesmo com óculos ou lentes de contacto.
  • Distorção da imagem.
  • Visão dupla.

Ceratocone quais os tratamentos disponíveis?

O objetivo primordial do tratamento do Queratocone, ou de qualquer outra ectasia, é a melhoria da visão. Como primeira linha temos os óculos ou as lentes de contacto, mas que numa fase avançada poderão não resultar.

Nos casos em que existe evolução do queratocone, e desde que a transparência da córnea esteja mantida e que a visão seja satisfatória, é possível optar pelo Crosslinking. Neste procedimento a córnea, depois de ter sido impregnada de riboflavina (vitamina B2), é irradiada com luz UV. Tem como objetivo aumentar a resistência mecânica da córnea, e desta forma impedir maior deformação da córnea.

Nos casos em que a visão não é corrigível com óculos, ou que exista intolerância ao uso de lentes de contacto, é necessário recorrer a cirurgia. Para estas situações a cirurgia mais indicada, desde que a córnea tenha transparência adequada, é a implantação de anéis intra-estromais. Esses anéis são segmentos semicirculares que são introduzidos em túneis feitos na espessura da córnea. Dependendo dos casos, pode estar indicado usar um ou dois segmentos. O objetivo desta cirurgia é de uniformizar a conformação da córnea.

Aneis intra-estromais melhorsaude.org melhor blog de saude

O transplante de córnea (queratoplastia) está reservado para quando o Queratocone é muito evoluído ou a córnea tenha uma transparência inadequada. Até há alguns anos, a queratoplastia que se fazia era a penetrante, ou seja, todas as camadas da córnea eram substituídas. Mais recentemente, foram desenvolvidos métodos para transplantar somente as camadas superficiais doentes, permitindo preservar as camadas mais profundas e saudáveis (endotélio e membrana de Descemet), e por isso diminuindo o risco de falência. A esta técnica chama-se queratoplastia lamelar anterior, e sempre que possível é a técnica de eleição.

Transplante da córnea melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos das crianças como detetar problemas?

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), recomenda a realização de rastreios visuais com o oftalmologista aos três anos de idade e antes do início do ano escolar.

Doenças visuais infantis mais frequentes

Os problemas oculares mais frequentes nesta faixa etária são os erros refrativos tais como:

  • Miopia,
  • Hipermetropia
  • Astigmatismo

Quais as doenças mais graves?

Os problemas oculares mais graves nesta faixa etária são:

  • Ambliopia (ou olhos preguiçosos)
  • Estrabismo

A ampliopia, por exemplo, não pode ser tratada depois dos sete, oito anos de idade. Estima-se que cerca de uma em cada cinco crianças em idade escolar tenha défices de função visual provocado por uma destas patologias e nem todas recebem a ajuda que necessitam.

Pode acontecer um olho ver bem e o outro ser amblíope ou quase cego e tudo pode passar despercebido até ao dia do rastreio. Ou seja, uma criança apenas com um olho bom pode não notar qualquer diferença, pois nunca foi alertada para tal.

Nem sempre é fácil para os pais, familiares e educadores reparar na falta de visão de uma criança, mas  alguns sintomas passam por:

  • Aproximar-se em demasia e constantemente às coisas para ver melhor,
  • Fechar ou tapar um dos olhos,
  • Erros na escrita,
  • Comichão,
  • Dores de cabeça,
  • Olhos vermelhos ou lacrimejantes e
  • Estrabismo ou fotofobia (dificuldade em suportar a luz).

A situação ideal devia passar por criar um programa nacional de rastreio, de forma a evitar a ambliopia em todas as crianças a partir do primeiro ano de idade.

Estimulação da visão funcional da criança com baixa visão

Esta brochura tem como objetivo partilhar algumas estratégias para a estimulação da visão funcional de criança com baixa visão nos primeiros anos de vida (dos 0-6 anos).

Documento grátis disponível na área reservada

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Com que frequência devo examinar os olhos?

A frequência com que os nossos olhos devem ser examinados difere com a idade e com doenças associadas. Os adultos saudáveis deverão fazer pelo menos um exame oftalmológico entre os 20 e os 40 anos, desde que não surjam sintomas. Os indivíduos de raça negra deverão fazer exames mais frequentes para despiste de glaucoma (pelo menos de 4 em 4 anos). As pessoas diabéticas, ou com outras doenças que sejam um fator de risco para problemas oculares devem ser também examinadas com maior frequência (uma vez por ano).

Antes dos 20 anos e muito em especial antes da entrada para a escola, o despiste e a descoberta de alguns problemas oculares reveste-se de uma importância particular pelo que o exame médico aos olhos deve ser mais frequente. Após os 40 anos o exame ocular deve ser feito de dois em dois anos nas pessoas saudáveis.

Óculos de sol quais os melhores? Como escolher?

Será que o sol faz mal aos olhos? Devemos usar óculos de sol? Que tipos de óculos de sol devemos escolher? Há fatores que tornam os nossos olhos mais sensíveis à luz solar? Estas são algumas das questões que lhe tentaremos responder!

Vários estudos têm demonstrado que as pessoas mais expostas à luz solar têm uma maior tendência a desenvolverem algumas doenças oculares. Os raios ultravioletas (UV) são o componente da luz solar mais implicados no desenvolvimento destas doenças. É contra esta radiação solar que nos devemos proteger com óculos de sol pelo que, ter uns óculos muito escuros não significa maior proteção para os nossos olhos. Devemos escolher óculos cujas lentes filtrem 99 a 100% da luz UV (tanto UV-A como UV-B).

Mais do que a ação aguda dos raios UV sobre os nossos olhos (que provoca uma queimadura na superfície ocular do tipo da que é causada na pele), é o efeito cumulativo de longos períodos expostos à luz solar que tem um efeito mais pernicioso sobre a visão. A exposição prolongada à luz UV pode causar diversas alterações oculares mas a mais temida é uma alteração da mácula (ver em “O Olho Normal”) denominada degenerescência macular relacionada com a idade.

Pessoas mais atingidas pela radiação UV:

  • Por questões profissionais, estão mais expostas ao sol,
  • Vivem junto à praia (onde há maior reflexo de luz solar na àgua e na areia),
  • Vivem perto do equador,
  • Vivem em zonas mais elevadas.

Certos medicamentos podem também tornar os olhos mais sensíveis à luz (doxiciclina, tetraciclina, alopurinol, etc.). Não esquecer que um chapéu de abas largas, não substituindo os óculos, tem também um papel importante na proteção solar.

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Écrans de computador fazem mal aos olhos?

Até à data, e apesar de diversos testes realizados em vários países, não surgiram evidências científicas de que os terminais de vídeo dos computadores (écrans) sejam prejudiciais para os olhos.

Embora seja um facto que os écrans de computador emitem radiações durante o seu funcionamento, estas são produzidas em quantidades muito pequenas para se tornarem prejudiciais para a visão.

As queixas vulgares de desconforto ou fadiga ocular, dificuldades na focagem das imagens, dores de cabeça, etc., terão muito provavelmente como causa alterações dos próprios olhos ou inclusivamente questões relacionadas com o local de trabalho. No primeiro caso, deverá fazer um exame médico; o seu médico oftalmologista avaliará se tem doenças oculares que possam dar esses sintomas.

Relativamente ao seu local de trabalho deverá ter em conta questões ligadas à medicina ocupacional e à ergonomia como ajuda para a resolução dos seus problemas.

Aqui ficam alguns conselhos para se proteger:

  • Regule o brilho e o contraste do seu monitor de forma a que se torne menos “agressivo” para os seus olhos.
  • Evite o reflexo no monitor de luzes ambientes ou mesmo da luz duma janela. Altere se necessário a posição do seu monitor ou da sua secretária.
  • Evite “trabalhar em negativo”, ou seja, trabalhar por exemplo num processador de texto com fundo preto e letras a branco e a ver um texto numa folha de papel branco com letras a preto. Hoje em dia a generalidade dos programas são em fundo branco com letras a preto evitando assim esse inconveniente.
  • Em certos casos a colocação de filtros no ecran do computador ou o uso de óculos apropriados podem ser uma boa contribuição para um trabalho ao computador menos fatigante.
  • Questões mais ergonómicas poderão ser estudadas por especialistas em medicina no trabalho ou outros especialistas nesta matéria.

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Quando levar o meu filho ao oftalmologista?

Um exame médico aos olhos é aconselhável em todas as crianças, mesmo nas que aparentemente não têm problemas. Não existem datas certas para realizar os primeiros exames oftalmológicos mas, para se detetarem precocemente certas doenças é aconselhável realizar exames nos primeiros dias de vida, pelos 2 anos de idade e à entrada para a escola. Alguns oftalmologistas defendem também um exame pelos 6 meses de idade.

Alguns conselhos muito úteis:

  • Os medicamentos, se incorretamente manuseados, podem ser prejudiciais aos seus olhos (a automedicação é totalmente desaconselhável).
  • Nunca use os colírios ou pomadas oftálmicas de outras pessoas (podem transmitir doenças além de poderem não estar indicadas para o seu caso).
  • Nunca olhe diretamente para o sol (perigo de queimadura solar na retina).
  • Nunca olhe diretamente para a luz da soldadura (mesmo estando afastado) se não tiver proteção ocular apropriada (perigo de queimadura corneana – queratite por ultravioletas).

Tratamentos

Catarata qual o tratamento?

O único tratamento para a catarata é a cirurgia. Na cirurgia de catarata, o cristalino é removido, por meio de ultrassons, através de uma pequena incisão (cirurgia chamada de faco emulsificação). Durante a cirurgia, a lente natural do olho é substituída por uma lente intraocular (LIO) artificial. Ao contrário do que é corrente os doentes pensarem, a cirurgia é feita por meio de ultrassons e não de raios laser.

Indicações
A principal indicação para a cirurgia de catarata é uma diminuição da visão. No entanto poderão existir outras, como dificuldades com a visão no dia-a-dia (ex: deslumbramento, má visão de cores, noturna, etc.) ou indicações refrativas (altas graduações ou desejo de independência de óculos).

Preparação
Antes da cirurgia, é realizado um exame completo pelo oftalmologista e a LIO é calculada de acordo com as características do olho. No dia da cirurgia, são colocados colírios anestésicos e para dilatar a pupila. A cirurgia decorre, na maioria dos casos, sob anestesia tópica (apenas com gotas). As LIOs utilizadas podem ter diversos materiais (acrílico, silicone, etc.), sendo todas permanentemente compatíveis com as estruturas do olho.

Tipos de LIOs
Existem diversos tipos de LIOs:

  • LIOs monofocais – na maioria dos casos permitem visão apenas para longe, sendo necessários óculos para ver ao perto;
  • LIOs multifocais – permitem visão a diferentes distâncias, na maioria dos casos, sem necessidade de óculos. Por regra, a visão de contraste com estas lentes é inferior à das LIOs monofocais e poderão acontecer fenómenos com a luz, como maior deslumbramento e outros;
  • LIOs acomodativas – têm também como objetivo a independência de óculos, sendo menos eficazes que LIOs multifocais.

A escolha da lente ideal para cada caso será feita de acordo com o desejo do doente e a indicação do oftalmologista (nalguns casos não podem ser utilizadas lentes multifocais, por exemplo).

Recuperação
A recuperação é variável de caso para caso mas é, na maioria dos casos, rápida. Normalmente é necessário colocar colírios após a cirurgia e é fundamental seguir todas as indicações do médico. A taxa de sucesso da cirurgia é muito alta. No entanto, a recuperação visual pode ser limitada por doenças noutras estruturas do olho (córnea, retina, etc.)

Quais as complicações da cirurgia?

A maioria das complicações é extremamente rara. No entanto podem acontecer:

  • Infeção (complicação muito rara, ocorrendo em menos de 1 em 1000 cirurgias);
  • Edema/inchaço da córnea (geralmente transitório);
  • Descolamento da retina;

Poderão ainda acontecer diversas intercorrências durante a cirurgia, na maioria das vezes de fácil resolução

Miopia, hipermetropia e astigmatismo qual o tratamento?

Cirurgia refrativa laser – LASIK e PRK

A cirurgia laser permite tratar de forma segura e eficaz a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo e assim proporcionar independência do uso de óculos ou lentes de contacto. O laser funciona “polindo” a córnea e assim corrige a graduação do doente de duas formas possíveis:

  • LASIK – E criado um retalho muito fino da córnea o qual é rebatido. O Laser é aplicado nas camadas mais internas da córnea e de seguida o retalho é reposto cobrindo a zona tratada. O retalho adere e por isso não necessita de pontos.
  • PRK – Aplicação direta do laser na córnea, removendo apenas uma pequena película que cobre a córnea.

O tipo de procedimento depende de características do olho do doente. O Laser permite tratar miopia até 8-10 dioptrias, hipermetropia e astigmatismo até 4-6 dioptrias mas tem que ser avaliado cada caso em particular.

Preparação para a cirurgia – o doente não deve colocar lentes de contacto nas 24 h que precedem o procedimento e deverá remover a maquilhagem das pálpebras e bordo palpebral.

A intervenção é indolor e rápida – realizada com anestesia local através da aplicação de um colírio. Tem uma duração aproximada de 15 minutos por olho. O doente tem alta hospitalar, acompanhado, 30 minutos após o LASIK .

Recuperação: Nas primeiras horas é normal sentir “picadas”, alguma intolerância à luz e visão turva. No dia seguinte já com boa acuidade visual pode retomar alguma das sua atividade quotidiana. No caso do PRK o doente tem uma lente de contacto nos primeiros dias sendo que as queixas de picadas e desconforto ocular prolongam-se até as 72h. Nesta opção a recuperação visual é também significativamente mais lenta.

Cuidados: Nas primeiras 4 semanas após a cirurgia está contraindicado o uso de piscinas ou a prática de desportos com risco de contacto.  E estritamente proibido coçar os olhos nas primeiras semana após a cirurgia. A maquilhagem das pálpebras e bordo pode começar a ser reaplicada no final da 1 semana após a cirurgia.

Lentes fáquicas

O que são?

As lentes intraoculares (LIOs) fáquicas são lentes pequenas e finas fabricadas em material biocompatível (acrílico ou silicone) que são implantadas no interior do olho para corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo), diminuindo ou eliminando a dependência de óculos ou de lentes de contacto. O termo fáquico refere-se ao facto de a LIO ser implantada sem remover a lente natural do olho (cristalino), o que permite  manter a capacidade de acomodação.

Lente intra-ocular LIO melhorsaude.org Lentes faquicas melhorsaude.org

Uma grande vantagem das LIOs fáquicas é manterem-se no olho até ao surgimento de catarata sem qualquer necessidade de manutenção ou substituição periódica, podendo ser explantadas (retiradas) em qualquer momento, se houver essa necessidade.

A cirurgia de implante de LIOs fáquicas poderá ser uma alternativa segura e eficaz à cirurgia laser quando:

  • Esta esteja contraindicada;
  • Os erros refrativos (numero de dioptrias) são elevados,
  • Existem incompatibilidades ao nível da córnea ou da pupila.

Terá de ser feita uma avaliação pré-operatória cuidada para determinar se existem as necessárias condições de segurança para o implante das LIOs, nomeadamente a avaliação do endotélio da córnea e a medição da profundidade da câmara anterior

Preparação e Técnica 

A cirurgia de implante de LIOs fáquicas é efetuada em ambulatório, sob anestesia tópica (gotas), sedação ou anestesia geral, de acordo com as preferências do paciente e/ou do cirurgião, e de fatores como o tipo de LIO a implantar, a necessidade de sutura (pontos) ou o facto de ser uma cirurgia uni ou bilateral. Trata-se de um procedimento cirúrgico rápido (cerca de 20 minutos por olho) mas muito delicado, que necessita de microscópio de forma a garantir o implante da LIO de forma precisa e com o mínimo de traumatismo para as estruturas oculares.

A cirurgia consiste na introdução de uma LIO no interior do olho através de uma pequena abertura feita na base da córnea. As LIOs mais recentes, feitas de um material muito flexível, entram no olho dobradas e desdobram-se no seu interior, o que permite que entrem por aberturas cada vez mais pequenas e auto-selantes que não necessitam de sutura para fechar. Dependendo do tipo de LIO usada, esta poderá ser colocada a frente (câmara anterior) ou atrás (câmara posterior) da íris, mas sempre à frente do cristalino

Recuperação

O paciente poderá regressar a casa passado algum tempo de espera após a cirurgia e,  dependendo da preferência do cirurgião, poderá sair com o olho tapado com um penso e/ou um protetor ocular, de forma a evitar que coçe ou pressione o olho operado. Poderá haver algum desconforto/ dor ligeira, sensação de corpo estranho e fotossensibilidade nos primeiros dias do pós-operatório, mas a medicação prescrita associada a repouso relativo (evitando atividade física intensa e levantamento de pesos) e o uso de óculos com proteção UV permitirão o alívio significativo e rápido  desses sintomas.

Quanto tempo demora a recuperação?

A maioria dos pacientes apresenta uma melhoria muito significativa da sua visão imediatamente após a cirurgia e que evolui favoravelmente ao longo da primeira semana, mas a recuperação completa só ocorrerá cerca de 1 a 2 meses depois no caso de lentes flexíveis sem sutura, ou cerca de 6 meses de no caso de lentes rígidas em que haja necessidade de remoção progressiva de sutura. Em qualquer dos casos, a melhor visão corrigida que se pode atingir após o implante das LIOs é quase sempre igual ou superior à obtida com óculos ou lentes de contacto antes da cirurgia, e com grande qualidade visual.

O erro refrativo fica sempre corrigido definitivamente?

Em alguns casos, o erro refrativo poderá não ficar completamente corrigido apenas com o implante das LIOs fáquicas e ser necessário o uso de óculos ou lentes de contacto após a cirurgia. No caso de ser possível, a cirurgia LASER poderá ser efetuada num segundo tempo cirúrgico de forma a eliminar qualquer pequena graduação residual.

Quais as complicações possíveis?

O maior risco associado à cirurgia de implante de LIOs fáquicas deriva do facto de olho ser aberto para permitir a introdução da LIO e consiste na infeção intraocular denominada endoftalmite. Embora seja extremamente rara, a endoftalmite é potencialmente grave, podendo originar a perda do olho.

Outras possíveis complicações incluem:

  • Reações adversas das estruturas oculares ao implante, nomeadamente o desenvolvimento de catarata;
  • Perda de células do endotélio da córnea e/ou a inflamação da íris.

Nestes casos poderá ser necessário efetuar o explante definitivo das LIOs ou a sua substituição por outras de diferente material. Existe ainda a possibilidade de as LIOs faquicas saírem da sua posição correta após a implantação e haver necessidade de serem recolocadas.

Com que frequência deve consultar o oftalmologista após a cirurgia?

Após a recuperação total da cirurgia, haverá necessidade de o oftalmologista observar o paciente com periodicidade anual, de forma a avaliar a estabilidade da LIO e a evolução do número e da forma das células endoteliais da córnea ao longo do tempo.

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Concluindo

As doenças oculares são muito diversas e algumas podem ser graves. As mais comuns têm nos dias de hoje tratamento muito satisfatório e opções cirúrgicas rotineiras com técnicas evoluídas que devolvem uma qualidade de visual muito boa ao doente intervencionado. Como em é evidente a prevenção e o tratamento atempado fazem uma enorme diferença e permitem tratamentos menos agressivos e, portanto, com menos riscos de complicações nomeadamente pós cirúrgicas.

Uma palavra especial para as crianças, lembrando que algumas dificuldades de aprendizagem estão relacionadas com problemas oculares. As crianças devem ser examinadas à nascença, aos 2 anos e na altura da entrada escolar. A deteção precoce é de vital importância para corrigir esses problemas e permitir um percurso escolar normal que não deixe “marcas” nem “rótulos” nas crianças afetadas.

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

Fonte: Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

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DOR NO OUVIDO TUDO O QUE NÃO SABE!

Dor no ouvido ou otalgia é muitas vezes forte e deve ser tratada de imediato, principalmente quando a sua origem é infeciosa, levando inclusive a um tratamento antibiótico (quando existe infeção) mais prolongado do que noutras infeções comuns como as de garganta.

Neste artigo vou tratar ás seguintes questões:

      • Qual a anatomia do ouvido humano?
      • O que é o ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno?
      • Quais os tipos de dor no ouvido?
      • Porque sentimos dor no ouvido?
      • A dor de ouvido pode ser causada por infeções externas?
      • O que é uma otite?
      • O que é uma otite externa?
      • Quais os mecanismos de defesa do ouvido?
      • Quais as causas de uma otite externa?
      • Quais os fatores de risco para otite externa?
      • Quais os sintomas de otite externa?
      • O que é uma otite externa necrotizante ou maligna?
      • Qual o tratamento da otite externa?
      • O que é uma otite média?
      • Quais os fatores de risco para otite média?
      • Quais os sintomas de uma otite média?
      • Quais as complicações de uma otite média?
      • Qual o tratamento da otite média?
      • Quais os sinais de dor no ouvido em crianças pequenas?
      • Quais as causas mais comuns de dor no ouvido?
      • Que cuidados podemos ter em casa para diminuir a dor no ouvido?
      • Como diminuir a dor no ouvido causada por grandes altitudes?
      • Que cuidados pediátricos devemos ter em casa?
      • Quando se deve pedir apoio médico urgente?
    • Quais os tratamentos mais utilizados para a dor de ouvido?

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Anatomia do ouvido humano

Anatomia do ouvido melhorsaude.org melhor blog de saude

Ouvido externo, médio e interno

O ouvido divide-se em três partes principais, a saber:

  • Ouvido externo, formado pelo canal auditivo.
  • Ouvido médio, onde se situa o tímpano, o martelo a bigorna e o estribo.
  • Ouvido interno, onde se situa a cóclea e se faz a ligação ao nervo auditivo que envia e recebe a informação ao cortex cerebral.

Ouvido externo médio e interno melhorsaude.org melhor blog de saude

Ouvido externo médio interno cerebro melhorsaude.org melhor blog de saude

Otalgia e tipos de dor no ouvido

A otalgia ou dor no ouvido pode ser aguda, fraca, ardente, transitória ou constante.

Porque sentimos dor no ouvido?

A dor no ouvido é causada por uma acumulação de líquido, e por pressão na parte posterior do tímpano (chamada de ouvido médio).

O ouvido médio é drenado por um tubo curto e estreito (a trompa de Eustáquio) para as cavidades nasais. Um resfriado ou alergia pode causar a obstrução da trompa de Eustáquio devido ao inchaço, especialmente em crianças pequenas onde a trompa é menor.

Quando a trompa de Eustáquio se fecha, o fluxo normal de líquidos do ouvido médio é obstruído, e o líquido passa a acumular-se, o que pode causar entupimento, dor e perda auditiva.

Otite média melhorsaude.org melhor blog de saude

Infeções externas ao ouvido

Sim, a dor de ouvido não é causada necessariamente por uma doença do ouvido e pode ser consequência de infeções e outros problemas de:

        • Nariz,
        • Boca,
        • Garganta,
      • Articulação do maxilar.

Otite o que é?

As infeções do ouvido recebem o nome de otite. A otite média é a infeção do ouvido médio, espaço cheio de ar atrás do tímpano, que contém os pequenos ossos vibratórios do sistema auditivo. As otites médias são habitualmente causadas por bactérias ou vírus, atacando preferencialmente as crianças.

Otite externa o que é?

Otite externa é uma inflamação da porção externa do ouvido, chamada também de orelha externa. O ouvido externo é composto pelo pavilhão auricular (orelha) e pelo canal auditivo, terminando na membrana timpânica.

Após o tímpano, inicia-se a região do ouvido médio. Quando há uma inflamação em qualquer parte do ouvido externo, damos o nome de otite externa. Quando a inflamação ocorre após o tímpano, chamamos de otite média.

Anatomia do ouvido externo

O canal auditivo externo é um ducto cilíndrico com mais ou menos 2,5cm de comprimento e 1cm de diâmetro. Inicia-se na orelha e termina na membrana timpânica.

A parte mais externa do canal auditivo é revestida por uma pele mais grossa com numerosas estruturas anexas, como glândulas que produzem cerúmen, glândulas sebáceas e folículos pilosos.

A porção interna do canal, mais próxima do tímpano, contém uma pele fina e frágil, sem tecido subcutâneo. A pele nesta área está em contato direto com o osso subjacente. Deste modo, inflamações mínimas ou instrumentação do canal (como uso de objetos para coçar o ouvido) são capazes de provocar dor significativa e/ou ferimentos.

Mecanismos de defesa do ouvido

O nosso canal auditivo possui alguns mecanismos de defesa intrínsecos que dificultam a ocorrência de infeções:

A própria anatomia da orelha já é protetora, pois ela cobre parcialmente o canal auditivo, dificultando a entrada de objetos estranhos. Outro fator que impede a entrada de objetos estranhos é o facto do canal auditivo apresentar uma área mais estreita, o que impede, por exemplo, o dedo de chegar até ao tímpano. A presença de pelos na região mais externa do canal auditivo também age como barreira.

A produção de cerúmen também é essencial, pois além da barreira física, ela causa uma diminuição do pH do canal auditivo, inibindo o crescimento de fungos e bactérias. O cerúmen também é uma substância hidrofóbica (repele a água), o que ajuda a diminuir a humidade dentro do ouvido.

O ouvido é um órgão que faz “autolimpeza”. A pele do canal auditivo cresce de dentro para fora, o que vai naturalmente empurrando a sujidade, o excesso de cera e a descamação da pele para fora do ouvido.

– Assim como várias regiões do nosso organismo, o canal auditivo possui sua própria flora de bactérias, que normalmente não causam problemas de saúde e ainda dificultam a chegada de bactérias mais agressivas.

Causas de infeções do ouvido

Feridas no canal auditivo podem facilitar a penetração de bactérias para tecidos mais profundos, causando infeções. A maioria das otites externas são causadas pela bactéria Pseudomonas aeruginosa,  uma bactéria invasora que normalmente não coloniza o canal auditivo. Das bactérias que normalmente habitam o ouvido, o Staphylococcus aureus é aquela que mais causa otite, principalmente se houver uma ferida na pele do canal do ouvido.

Fatores de risco para otite externa

A otite externa costuma surgir quando algum dos sistemas de proteção atrás citados apresenta problemas, tais como:

Exposição à água é um fator de risco bem documentado para otite externa. Excesso de humidade leva à maceração da pele e à quebra da barreira de cerúmen, mudando a microflora do canal do ouvido, favorecendo o crescimento de bactérias que causam a otite. A otite externa é também conhecida como a otite do nadador.

Traumas, tais como limpeza excessiva (ou agressiva) do ouvido, não só removem cerúmen, mas também podem criar escoriações ao longo da fina camada de pele no canal auditivo, permitindo que bactérias tenham acesso aos tecidos mais profundos. Além disso, parte de um cotonete pode soltar-se ou um pequeno pedaço de papel tecido pode ser deixado para trás no canal do ouvido; esses resquícios podem causar uma reação cutânea grave, levando à infeção.

O uso de cotonete empurra mais o cerúmen para dentro do canal do que o remove. Esse cerúmen comprimido pode agir como uma rolha e só sai com o auxilio de um otorrinolaringologista. O ouvido não precisa ser limpo, ele mesmo é capaz de expulsar o cerúmen e as impurezas. O cotonete além de poder ferir o canal auditivo, ainda impede a “autolimpeza” do ouvido.

Uso frequente de dispositivos que ocluem o canal do ouvido, como aparelhos auditivos, fones de ouvido (auriculares) ou tampões de mergulho também predispõem à otite externa.

Dermatite de contacto alérgica pode levar à otite externa (por exemplo, alergia a brincos ou produtos químicos em cosméticos ou shampoos), assim como outras condições dermatológicas, como, por exemplo, psoríase ou dermatite atópica.

A otite externa pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum em crianças entre 7 e 12 anos.

Sintomas da otite externa

Os sintomas mais comuns da otite externa são:

    • Dor,
    • Comichão,
    • Sensação de entupimento
    • Corrimento de líquido do ouvido.

A dor de ouvido na otite externa costuma ser muito forte e piora quando se puxa ou aperta a orelha. É possível surgirem alguns linfonodos palpáveis no pescoço do lado do ouvido afetado.

Ao exame com o otoscópio é possível notar o canal auditivo muito edemaciado e avermelhado, sinais típicos de inflamação. A febre só costuma surgir nos casos mais graves.

Otite externa necrotizante (Otite externa maligna)

Otite externa maligna, também chamada de otite externa necrotizante, é uma complicação grave e potencialmente fatal de otite externa bacteriana aguda. Mais comum em pacientes diabéticos, idosos e imunocomprometidos, ela ocorre quando a infeção se espalha a partir da pele aos ossos e espaços da medula da base do crânio (também envolvendo tecidos moles e da cartilagem da região temporal).

Pacientes com otite externa necrotizante normalmente têm dor forte e corrimento purulento. Edema, vermelhidão e franca necrose da pele do canal auditivo podem ser evidentes ao exame otoscópico. Paralisia de nervos cranianos são um sinal de mau prognóstico.

Meningite causada por otite

A otite externa maligna pode levar a abscesso cerebral e à meningite bacteriana.

O diagnóstico é auxiliado pela ressonância magnética ou tomografia computadorizada, mostrando progressão da infeção para as estruturas ósseas. Pacientes suspeitos de terem otite externa maligna devem ser imediatamente encaminhados a um otorrinolaringologista.

Tratamento da otite externa

A maioria das pessoas com otite externa pode ser tratada em casa. Em alguns casos, o médico vai lavar o ouvido com água e peróxido de hidrogênio antes de começar o tratamento. Este procedimento acelera a cura, removendo as células mortas da pele e o excesso de cera do ouvido.

A prescrição de medicamentos em gotas para ouvido servem para reduzir a dor e inchaço causado pela otite externa. Essas gotas normalmente contêm uma combinação de corticoides, antifúngicos e antibióticos. Não use medicamentos por conta própria, antes de pingar qualquer remédio no ouvido para tratar uma otite é preciso ter certeza que o tímpano não está perfurado.

A aplicação correta das gotas é essencial para que estas atinjam o canal do ouvido, a saber:

    • Deite-se de lado ou incline a cabeça para o ombro oposto.
    • Preencha o canal do ouvido com gotas.
    • Deite-se de lado por 20 minutos e coloque uma bola de algodão no canal do ouvido.

Você deve começar a sentir-se melhor dentro de 36 a 48 horas após o início do tratamento. Se a dor piorar ou não houver sinais de melhora neste período de tempo, procure o médico. Analgésicos ou anti-inflamatórios  em comprimidos podem ser usados para alivio da dor.

Evite molhar os ouvidos  durante o tratamento. Durante o banho, pode colocar uma bola de algodão revestido com vaselina na orelha. Evite nadar durante pelo menos dez dias após o início do tratamento. Evite também usar aparelhos auditivos e “fones” de ouvido até a dor desaparecer.

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Otite média o que é?

A otite média aguda é a inflamação e acumulação de líquido no ouvido médio, habitualmente causados por infeções virais do trato respiratório, como resfriados ou gripe. Estas infeções podem causar um inchaço nas mucosas do nariz e da garganta, diminuindo as defesas naturais do organismo e a eliminação de bactérias a partir do nariz. As infeções virais do trato respiratório também podem prejudicar o funcionamento da trompa de Eustáquio, favorecendo a acumulação de líquidos dentro do ouvido médio. A falta de drenagem de líquido favorece a colonização do mesmo por bactérias, levando à infeção e aumento da pressão do ouvido médio.

Nas crianças, a trompa de Eustáquio é anatomicamente diferente dos adultos, sendo menos angulada, o que dificulta a abertura e favorece seu entupimento em casos de infeção respiratória. Cerca de 60% das crianças têm pelo menos um episódio de otite média durante o seu primeiro ano de vida. Esta taxa sobe para quase 90% até os três anos. A otite média não é uma infeção contagiosa. Não é preciso isolar a criança.

Fatores de risco para a otite média

O principal fator de risco é a idade, sendo as crianças pequenas as principais vítimas. O pico de incidência da otite média ocorre entre 6 e 18 meses de vida. Conforme a criança cresce, as otites vão se tornando menos frequentes, apesar de haver novo pico de incidência entre os 4 e 5 anos de idade. Após o surgimento dos dentes definitivos a taxa de otite média cai drasticamente. Adultos também podem ter otite média, mas é pouco comum.

Sintomas da otite média

Os principais sintomas da otite média aguda nas crianças são:

  • Febre,
  • Dor de ouvido,
  • Perda auditiva temporária.

Estes sintomas habitualmente surgem de forma súbita.

Em lactentes e crianças pequenas, o diagnóstico pode ser mais difícil, pois os sintomas são menos típicos, podendo incluir irritabilidade, puxar a orelha frequentemente, apatia, falta de apetite, vômitos, diarreia ou conjuntivite.

A perfuração do tímpano é uma das complicações mais comuns. O paciente sente um súbito alívio da dor e melhora da audição, associados a saída de secreção pelo ouvido (otorreia), que pode ser clara, purulenta ou com sangue. A perfuração do tímpano e a otorreia podem permanecer durante semanas, levando à otite média crónica supurativa, ou simplesmente desaparecer espontaneamente após poucos dias.

Através da otoscopia (exame do ouvido) o médico pode avaliar o tímpano, conseguindo notar a presença de inflação do mesmo e líquido dentro do ouvido médio. O exame também permite comprovar perfurações na membrana timpânica. A otoscopia não dói, mas é um exame difícil de ser feito em crianças, pois as mesmas não costumam aceitar a introdução do aparelho dentro do ouvido. Muitas vezes a criança fica tão inquieta que o médico não consegue realizar o exame adequadamente.

Complicações da otite média

Uma perda auditiva leve e temporária é um sintoma comum das otites médias e costuma melhorar após a resolução do quadro. Todavia, otites crónicas ou não tratadas adequadamente podem causar perdas significativas e permanentes de audição, caso haja algum dano permanente no tímpano ou noutras estruturas do ouvido médio.

Entre outras complicações da otite média aguda, podemos também citar:

  • Otite média crônica supurativa,
  • Labirintite,
  • Meningite,
  • Colesteatoma (crescimento de tecido no ouvido médio levando à destruição dos ossículos),
  • Paralisia facial,
  • Mastoidite,
  • Abscesso cerebral.

Tratamento da otite média

A maioria das otites médias não precisa de ser tratada com antibióticos, pois boa parte resolve-se espontaneamente em 1 ou 2 semanas. O uso indiscriminado de antibióticos, além de desnecessário em muitos casos, pode levar à seleção de bactérias mais resistentes, o que pode dificultar o tratamento nos casos em que os antibióticos são realmente necessários.

Muitos pacientes podem ser tratados apenas com anti-inflamatórios. Anti-histamínicos e descongestionantes nasais não estão indicados.

Se a criança estiver bem, sugere-se uma reavaliação médica em 72 horas para avaliar a necessidade de tratamento com antibióticos. Habitualmente, indica-se o uso de antibiótico no seguintes casos:

  • Idade menor que 2 anos,
  • Otite bilateral,
  • Otorreia,
  • Sintomas intensos, como febre alta, dor e prostração,
  • Ausência de melhora em 72 horas.

Quando os antibióticos estão indicados, a amoxicilina costuma ser a droga de escolha. Outras opções são a amoxicilina + ácido clavulânico, cefuroxima ou ceftriaxona. Nos pacientes alérgicos à penicilina e cefalosporinas, as opções são a claritromicina, azitromicina ou eritromicina .

Vacinas disponíveis

Atualmente o calendário vacinal inclui vacinas contra algumas das principais bactérias e vírus causadoras das otites médias, como Haemophilus influenza, Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e vírus Influenza (gripe). Estas vacinas têm conseguido reduzir substancialmente a incidência de otites médias.

Crianças e sinais de dor no ouvido

O aumento da irritabilidade ou o ato de puxar as orelhas são sinais frequentes de dor de ouvido em crianças. Os sintomas de infeção do ouvido podem incluir:

    • Febre,
    • Dor de ouvido,
    • Inquietação,
    • Aumento do choro,
    • Irritabilidade,
    • Puxar as orelhas.

As infeções de ouvido são muito comuns na infância, e estão frequentemente associadas a resfriados. A maioria das crianças terá uma perda auditiva temporária e sem importância durante, e logo após, uma infeção do ouvido, mas raramente há qualquer perda auditiva permanente, desde que o problema seja adequadamente tratado por um médico.

Causas mais comuns de dor no ouvido

As causas mais comuns de dor no ouvido são as seguintes:

  • Obstrução do ouvido externo (por um corpo estranho ou cera do ouvido)
  • Infeção do ouvido externo e interno:
    • otite externa
    • otite média aguda
    • otite externa crónica
    • otite externa maligna
    • otite média crónica
  • Grandes altitudes (e outras causas de barotrauma agudo)
  • Tímpano rompido ou perfurado
  • Infeção dentária
  • Infeção dos seios nasais
  • Artrite do maxilar
  • Dor de garganta (faringite, amigdalite e assim por diante), com dor que se irradia aos ouvidos

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Tratar em casa a dor de ouvido

Um vaporizador pode ser útil pois aumenta a humidade, o que pode manter o muco fino. Os analgésicos de venda livre na farmácia podem oferecer alívio parcial da dor para os adultos que estiverem com dor de ouvido.

A abertura da trompa de Eustáquio pode ajudar. Os anti-histamínicos, os descongestionantes ou as gotas nasais diminuem a quantidade de secreção nasal e reduzem as membranas mucosas. Utilize estes produtos somente por alguns dias. Se os sintomas persistirem por mais tempo consulte um médico.

Grandes altitudes e dor de ouvido

A dor de ouvido causada pela descida rápida de grandes altitudes, por exemplo nas viagens de avião, pode ser aliviada das seguintes formas:

    • Pela deglutição (Ex: engolir saliva),
    • Mascar pastilha elástica ou outros métodos,
    • Permitir que os bebés mamem no biberão durante a descida pode ajudar.

Cuidados pediátricos em casa

    • Administre um analgésico em supositório ou em líquido (paracetamol oral ou ibuprofeno), utilizando as doses recomendadas na embalagem
    • Evite fumar perto da criança (devido ao aumento do risco de infeções),
    • Se previamente prescritas pelo médico, coloque gotas no ouvido da criança para aliviar a dor,
    • Aplique uma compressa morna (com um pano ou garrafa com água) no ouvido para reduzir o desconforto,
    • Se a criança sentir desconforto ao deitar, deixe-a inclinada para ajudar a reduzir a pressão no ouvido médio. Evite o uso de aspirina em adolescentes ou crianças que possam estar com gripe ou varicela, devido ao risco da síndrome de Reye, um problema grave que compromete o fígado e o cérebro.

Apoio médico urgente: Quando pedir?

O apoio médico e farmacêutico urgente deve ser pedido, sem demoras, nas seguintes situações:

  • Dor de ouvido e/ou desconforto forte ou persistente por mais de 2 dias. Todas as infeções de ouvido, mesmo as leves, requerem tratamento

O que acontece na consulta?

Será obtida a história clínica e realizado um exame físico. A documentação detalhada da história clínica da dor de ouvido poderá incluir as seguintes perguntas:

  • evolução:
    • quando começou?
    • está a melhorar, piorar ou está igual?
    • a dor é constante?
  • outros:
    • que outros sintomas também estão presentes?
    • há pressão no ouvido?
    • há drenagem do ouvido?
    • há ruído incomum no ouvido?
    • há febre?
    • há dor no osso atrás do ouvido?

O exame físico pode incluir um exame do ouvido, do nariz, do mastoide (estrutura óssea atrás do ouvido) e da garganta. A dor, sensibilidade ou vermelhidão do mastoide frequentemente indicam uma infeção grave. Os possíveis exames de diagnóstico incluem cultura sanguínea e estudos de sensibilidade (se houver secreção).

Tratamento para a dor de ouvido

Antibióticos e medicamentos para abrir a(s) trompa(s) de Eustáquio (tais como descongestionantes e anti-histamínicos), são frequentemente prescritos. É importante tomar todos os antibióticos prescritos no horário correto.

Os antibióticos mais utilizados são os seguintes:

      • Amoxicilina + ácido clavulânico,
      •  Amoxicilina
      •  Cefuroxima
      • Ceftriaxona injectável.

Nos pacientes alérgicos à penicilina e cefalosporinas, as opções são:

  • Claritromicina,
  • Azitromicina,
  • Eritromicina.

A colocação de tubos auditivos pode ser recomendada para crianças que têm otite média persistente, para restabelecer o funcionamento adequado do ouvido médio. A inserção de tubos é um procedimento simples e muito eficiente.

Concluindo

As dores de ouvido são, em muitos casos, bastante dolorosas. Atacam  muitas crianças pequenas pelo que é de grande importância estar com muita atenção aos sinais que um bebé ou criança pequena demonstra e que por vezes são difíceis de detetar ao ponto de poderem ser apenas um coçar de orelha! Se tiver dúvidas, febre ou dor consulte o seu médico para um exame ao ouvido como única forma de diagnosticar atempadamente uma otite.

Fique bem!

Franklim Fernandes

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Urticária alérgica causas tratamento e a verdade




Urticária alérgica causas, sintomas, tratamento e quanto tempo dura, tudo o que não sabe! O que é uma alergia? E uma urticária? Qual a ligação entre alergia e urticária? Neste artigo vamos desenvolver as respostas sobre a urticária.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Anatomia da pele
  • Alergia o que é?
  • Urticária o que é?
  • Urticária é contagiosa?
  • Ligação entre alergia e urticária
  • Mecanismo de ação da urticária
  • Tipos de urticária existentes
  • Urticária aguda
  • Urticária crónica
  • Urticárias físicas
  • Tipos especiais de urticária
  • Como se faz o diagnóstico?
  • Como evitar a urticária?
  • Alimentos e aditivos comuns que podem provocar urticária
  • Medicamentos mais usados na urticária
  • Anti-histamínicos, corticoides e outros medicamentos
  • Dosagens e posologias utilizadas

Leia também: Alergia alimentar ou intolerância alimentar qual a diferença?

Anatomia da pele

Antes de mais é sempre útil saber como é constituída a anatomia da nossa pele. Clique nas imagens  para ampliar:

Anatomia da pele melhorsaude.org melhor blog de saude

Anatomia da pele melhorsaude.org melhor blog de saude

Alergia, o que é?

Uma alergia é uma reação de hipersensibilidade, a estímulos externos, mediada pelo sistema imunitário, nomeadamente um tipo de anticorpo com uma importância central em todas as doenças alérgicas, designado imunoglobulina E (IgE).

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Urticária o que é?

A urticária não é uma doença mas sim uma síndroma comum, com lesões cutâneas afetando todas as faixas etárias, estimando-se que cerca de 20 a 30% da população, em algum momento da sua vida, tenha pelo menos um episódio de urticária. É caracterizada pelo rápido aparecimento de pápulas (lesões cutâneas ligeiramente elevadas em relação à pele sã), eritematosas (avermelhadas) algumas vezes esbranquiçadas na parte central, acompanhadas de prurido (comichão) ou por vezes sensação de queimadura, desaparecendo por breves segundos após pressão. Estas lesões desaparecem espontaneamente ou com terapêutica anti-histamínica, sem pigmentação residual num período de 24 horas podendo no entanto voltar a aparecer.

Urticaria crónica melhorsaude.org melhor blog de saude

Em alguns casos, o edema da derme profunda e sub-cutis pode ser tão importante que dá origem ao aparecimento de angioedema (inchaço), por vezes doloroso em alternativa a pruriginoso, com envolvimento frequente das mucosas, sendo a resolução mais lenta comparativamente à da urticária (até 72 horas).

Leia também: Alergia rinite alérgica e asma toda a verdade e ligações perigosas

Urticária é contagiosa?

Decididamente não é contagiosa. Podemos tocar, conviver e estar no mesmo ambiente de doentes com urticária sem nenhum risco de transmissão da doença.

Alergia e urticária, qual a ligação?

Algumas alergias podem provocar sintomas cutâneos com o aparecimento de urticária. São exemplos algumas alergias a alimentos e medicamentos ou seja a urticária é em alguns casos uma consequência da alergia. No entanto tal como vamos descrever neste artigo, existem inúmeras outras causas de urticária que não são do foro alérgico, como por exemplo causas inflamatórias e infeciosas.

Mecanismo da urticária

Após processo de ativação dos mastócitos, pelo alergénio a que o indivíduo está sensibilizado, ou por outros mecanismos de natureza não alérgica, estas células existentes na pele e mucosas, libertam:

  • Histamina,
  • Citocinas.
  • Outros mediadores da inflamação.

Este processo dá início a uma série de alterações bioquímicas e intervenções celulares que culminam com o aparecimento e manutenção das lesões de urticária.

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Causas e tipos de urticárias

De seguida descrevemos a classificação dos diferentes tipos que são muito mais diversos do que a maioria das pessoas julga, a saber:

a) Com aparecimento espontâneo de pápulas

b) Físicas

c) Especiais

OS MAIS PARTILHADOS melhorsaude.org melhor blog de saude

Urticária com aparecimento espontâneo de pápulas

  1. Aguda
  2. Crónica

1. Urticária aguda – duração inferior a 6 semanas. Mais frequente em doentes com doenças atópicas como rinite, asma ou eczema atópico, e nas crianças e adultos jovens. São provocadas principalmente por:

  • Infeções virais,
  • Reacções a alimentos (principalmente em crianças)
  • Reações a medicamentos (alérgicas ou pseudoalérgicas).

2. Urticária crónica – duração superior a 6 semanas, podendo estender-se em aproximadamente 50% dos casos até 6 meses, ou mesmo ter uma duração superior a 10 anos (20% dos casos). Afeta principalmente o sexo feminino, entre os 30 e os 50 anos de idade. As causas principais são:

  • Reações alérgicas tipo I,
  • Reações pseudoalérgicas,
  • Auto-imunidade (anticorpos antiFc_RI, anticorpos anti-tiroideus, outras doenças auto-imunes),
  • Infeções (virais, bacterianas),
  • Infestações por parasitas,
  • Gastrite,
  • Esofagite,
  • Inflamação da vesícula biliar,
  • Neoplasias (ex. linfomas).

2a. Urticária crónica contínua – frequência diária ou em quase todos os dias da semana

2b. Urticária crónica recorrente – intervalos livres de dias ou semanas sem sintomas

Urticárias físicas

  1. Dermográfica ou dermografismo
  2. Pressão retardada ou tardia
  3. Contacto ao frio
  4. Contacto ao calor
  5. Solar
  6. Angioedema vibratório

As urticárias físicas embora de natureza crónica, são agrupadas separadamente porque dependem da presença de um factor físico desencadeante e agrupam-se em três tipos, a saber:

1. Urticária dermográfica ou dermatografismo – desencadeada por fricção da pele (aparecimento de pápulas 1 a 5 minutos depois). Afecta principalmente adultos jovens. Duração média 6,5 anos.

2. Urticária de pressão retardada – desencadeada por pressão vertical (aparecimento de pápulas 3 a 8 horas depois). Média de idade de aparecimento é os 30 anos, afetando 2 vezes mais os homens. Duração média 6-9 anos.

3. Urticária de contacto ao frio – desencadeada por ar frio, água ou vento (9 sub-tipos descritos). Mais frequente em jovens do sexo feminino. Duração média 4,2 anos. Na maioria dos casos, de causa desconhecida embora algumas doenças infeciosas possam estar na origem, tais como:

4. Urticária de contacto ao calor – esta é desencadeada por calor localizado.

5. Urticária solar – desencadeada por radiação UV ou luz visível. Mais frequente em adultos jovens do sexo feminino.

6. Urticária / angioedema vibratórios – desencadeada por forças vibratórias (ex. martelo pneumático)

Tipos especiais de urticária

  1. Colinérgica
  2. Adrenérgica
  3. De contacto (alérgica ou pseudo alérgica)
  4. Aquagénica

1. Urticária colinérgica – lesões muito pequenas com halo eritematoso, desencadeadas por breve aumento da temperatura corporal, como por exemplo:

  • Exercício físico,
  • Banho quente,
  • Stress emocional.

Frequente em adultos jovens.

2. Urticária adrenérgica – pequenas lesões eritematosas com halo esbranquiçado, desencadeadas por stress emocional.

3. Urticária de contacto (alérgica ou pseudoalérgica) – nesta há aparecimento de pápulas nos locais em que as substâncias químicas contactam a pele, por exemplo:

  • Alimentos,
  • Plantas,
  • Medicamentos,
  • Cosméticos,
  • Químicos industriais,
  • Produtos animais,
  • Têxteis.

4. Urticária aquagénica – desencadeada por um alergénio libertado do estrato córneo da pele, quando em contacto com a água. Cinco vezes mais frequente no sexo feminino, principalmente em adultos jovens.

Um ou mais subtipos de urticária podem coexistir num mesmo doente.

Diagnóstico da urticária

Nas formas agudas, habitualmente, não é necessário qualquer tipo de estudo, uma vez que a relação causa-efeito é na maioria das vezes evidente. Na urticária crónica, uma história clínica aprofundada é fundamental para orientar a investigação. O estudo complementar diagnóstico deverá ser direcionado.

Algumas ferramentas orientadas pela suspeição clínica, em muitos casos ajudam ao diagnóstico da urticária crónica. As principais são:

  • O diário de sintomas,
  • O registo alimentar,
  • Testes cutâneos de alergia,
  • Provas cutâneas específicas do diagnóstico de urticárias físicas,
  • Teste de soro autólogo,
  • Estudo laboratorial e imagiológico (radiografia, ecografia),
  • Provas de provocação com alimentos, medicamentos, ou aditivos alimentares,
  • Biópsia de pele,

Evitar a urticária mas como?

Algumas medidas podem ser úteis para aliviar o prurido, principalmente à noite: duche tépido e/ou aplicação de loção de calamina ou de creme anti-pruriginoso. É fundamental a hidratação cutânea com aplicação de emolientes, particularmente nas formas crónicas.

Embora os sub-tipos de urticária sejam desencadeados por uma grande variedade de fatores, o tratamento da urticária segue alguns princípios básicos, tais como:

  1. Evitar (evicção) ou eliminar os fatores desencadeantes  da urticária tais como:
  • Medicamentos,
  • Estímulos físicos,
  • Tratamento de infeções,
  • Processos inflamatórios crónicos,
  • Remoção de anticorpos anti-Fc_RI,
  • Alimentos.
  1. Minimizar os fatores favorecedores de stress e ansiedade.

Alimentos e aditivos que favorecem a libertação de histamina

Os alimentos com maior probabilidade de provocar urticária são:

  • Atum, bacalhau e crustáceos,
  • Charcutaria, tal como chouriço e outros enchidos,
  • Frutos tais como:
    • banana,
    • morango,
    • kiwi,
    • frutos tropicais quase todos
  • Frutos secos,
  • Tomate,
  • Cogumelos,
  • Queijos fermentados,
  • Enlatados,
  • Pré-cozinhados,
  • Aromatizantes tais como cacau, baunilha, malte, cola
  • Especiarias
  • Edulcorantes, corantes, conservantes e activadores de aroma
  • Infusões:
    • café
    • chá
  • Gaseificados,
  • Álcool.

Tratamento e medicamentos mais usados

O tratamento adequado depende da gravidade dos sintomas, história clínica do doente e idade. As classes de medicamentos mais usados são as seguintes:

  • Anti-histamínicos
  • Corticosteroides
  • Anti-leucotrienos

Anti-histamínicos

Anti-histamínicos em monoterapia ou associados. Reservam-se os sedativos para situações clínicas muito particulares e os de aplicação tópica não deverão nunca ser utilizados pois agravam a urticária, por exemplo:

  • Dimetindeno (Fenistil®)
  • Difenidramina (Caladryl®)

A urticária provoca lesões cutâneas muitas vezes extensas que podem ser “portas de entrada” para absorção sistémica de anti-histamínicos de aplicação tópica. Estes anti-histamínicos são formulados para atuarem apenas localmente porque geralmente são moléculas da primeira geração de anti-histaminicos e portanto com mais efeitos secundários sistémicos que os seus “parentes” de 2ª geração, nomeadamente atuando sobre o sistema nervoso central e provocando acentuada sonolência.

De seguida descrevo os anti-histamínicos mais usados na urticária e as respetivas dosagens diárias para um adulto com peso normal

Os anti-histamínicos clássicos mais usados, tomam-se em regra, de 8 em 8 horas, por via oral, e são os seguintes:

  • Dexclorferinamina (Polaramine®) , 2mg/6-8h,
  • Hidroxicina (Atarax®), 25mg/8h.

Nota: Em Portugal existe um xarope chamado Sinerbe® que é uma associação de Dexclorferinamina (anti-histamínico) + Pseudoefedrina (descongestinante) + Guaiafenesina (fluidificante da expectoração) mas que naturalmente é utilizado apenas nos quadros clínicos com sintomas respiratórios, nomeadamente quando existe  simultaneamente congestão nasal com tosse produtiva.

Os anti-histamínicos de 2ª geração mais utilizados, tomam-se em regra, uma vez por dia, por via oral, e são os seguintes:

  • Loratadina (Claritine®), 10mg/dia;
  • Desloratadina (Aerius®), 5mg/dia;
  • Fexofenadina (Telfast®), 180mg/dia;
  • Cetirizina (Zyrtec®), 10mg/dia;
  • Levocetirizina (Xyzal®), 5mg/dia;
  • Mizolastina (Mizolen®), 10mg/dia;
  • Rupatadina (Rinialer®), 10mg/dia;
  • Ebastina (Kestine®), 10mg/dia;
  • Bilastina (Lergonix®, Bilaxten®), 10mg/dia.

Nota: A Bilastina (Lergonis® e Bilaxten®) é o anti-histamínico mais recente disponível no mercado, em Portugal.

Em Portugal  os anti-histamínicos genéricos (menor preço) mais utilizados e disponíveis são os seguintes:

  • Desloratadina,
  • Cetirizina,
  • Levocetirizina,
  • Loratadina,
  • Ebastina.

Corticosteroides

Corticosteróides sistémicos injetáveis ou administrados por via oral em situações excepcionais, mas sempre acompanhados por terapêutica subsequente com anti-histamínicos em períodos prolongados para controlo clínico sustentado. Os corticoides mais utlizados são:

  • Prednisolona (Lepicortinolo®)
  • Prednisona

Anti-leucotrienos

Anti-leucotrienos representam em alguns doentes um benefício adicional, por exemplo:

  • Montelucaste (Singulair®), 10mg/dia, também disponivel em genérico.

Outros tratamentos

Outros tratamentos poderão ser utilizados em alguns casos particulares  mas sempre submetidos a estreita vigilância clínica. Os exemplos mais comuns são:

  • Imunoglobulinas endovenosas,
  • Salazopirina,
  • Ciclosporina A,
  • Dapsona,
  • PUVA

Concluindo

A urticária é uma patologia muito comum pois estima-se que 80% das pessoas a desenvolvam pelo menos uma vez na vida. Algumas crises de urticária são mais agressivas ou prolongadas prejudicando de forma significativa a qualidade de vida dos doentes. As lesões em zonas expostas podem ter um aspeto “assustador e contagioso” podendo levar algumas pessoas a sentirem-se socialmente mais inibidas nomeadamente nas situações desencadeadas por stress emocional. Conheça-se melhor a si própria e identifique os fatores que particularmente lhe provocam uma reação de urticária. Evitar os fatores desencadeantes é o melhor remédio!

Fique bem!

Referências bibliográficas:

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