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Dor de barriga apendicite perigosa verdade



Dor de barriga apendicite e outros perigos, toda a verdade! Quais as dores mais perigosas? Quais as causas? Quais os perigos? Quais os órgãos envolvidos? Quais os sinais de alarme? A região abdominal é aquela que possui mais órgãos no nosso corpo, aumentando as probabilidades de doer devido a uma vasta quantidade de causas e doenças diferentes. A dor abdominal, chamada popularmente de dor de barriga, pode ser simplesmente fruto de uma obstipação pontual mas é muitas vezes um desafio para o médico, dada a grande quantidade de diagnósticos diferenciais possíveis.

Na maioria das vezes, a dor de barriga é uma condição de saúde benigna e autolimitada. Certamente que já teve uma dor de barriga de leve intensidade, que desapareceu sem necessidade de tratamento médico. No entanto, quando a dor abdominal é de forte intensidade ou há outros sintomas associados, como febre, vómitos, prostração ou diarreia com sangue, a avaliação de um médico é necessária.

A dor abdominal pode ser aguda ou crónica e requer, frequentemente, uma ida ao médico. Uma criança com dor abdominal é sempre motivo de preocupação para os pais, o que leva frequentemente a recorrer ao médico.

Leia também: Estas são as 7 dores que nunca deve ignorar!

Neste artigo vou tratar os seguintes temas:

  • Órgãos da região abdominal
  • Quadrantes abdominais
  • Órgãos localizados em cada quadrante
  • Patologias originam dor abdominal aguda
  • Diagnóstico da causa da dor de barriga
  • Sintomas e sinais de alarme na dor abdominal aguda
  • Caraterística da dor abdominal crónica
  • Sinais de alarme na dor abdominal crónica
  • Dor abdominal funcional
  • Crianças com dor abdominal funcional
  • Dor do lado direito do abdómen, quais as causas mais comuns?
  • Dores no centro da barriga, quais as causas mais comuns?
  • Dor no baixo ventre, quais as causas mais comuns?
  • Dores do lado esquerdo do abdómen, quais as causas mais comuns?
  • Apendicite, quais os perigos?
  • Apendicite o que é?
  • Sintomas de apendicite
  • Apendicite em bebés, crianças e adolescentes
  • Tratamento para a apendicite




Órgãos da região abdominal

Todos os órgãos que se encontram dentro da cavidade abdominal e da cavidade pélvica podem causar dor de barriga. Algumas vezes, os órgãos da cavidade torácica também podem causar dor abdominal, como é o caso do coração ou das inflamações nas bases dos pulmões.

Os órgãos dentro do abdómen que podem causar dor abdominal são:

  • Fígado,
  • Vesícula biliar,
  • Vias biliares,
  • Pâncreas,
  • Baço,
  • Estômago,
  • Rins,
  • Glândulas suprarrenais,
  • Intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo),
  • Cólon (incluindo apêndice).

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Já os órgãos dentro da pelve são:

  • Ovários,
  • Trompas,
  • Útero,
  • Bexiga,
  • Próstata,
  • Reto,
  • Sigmoide (porção final do intestino grosso).

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Quadrantes abdominais

Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte forma:

  1. Região Hipocondríaca Direita
  2. Região Epigástrica
  3. Região Hipocondríaca Esquerda
  4. Região Lateral Direita
  5. Região Umbilical
  6. Região Lateral Esquerda
  7. Região Inguinal Direita
  8. Região Púbica (Hipogástrica)
  9. Região Inguinal Esquerda

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Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica é em Quatro Quadrantes.
Esse método é frequentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a localização de um tumor. Os planos sagital, mediano e transversal passam através do umbigo e dividem a região abdominopélvica nos quatro quadrantes seguintes:

  • Quadrante superior direito
  • Quadrante superior esquerdo
  • Quadrante inferior direito
  • Quadrante inferior esquerdo

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Quadrante superior direito:

  • Lobo direito do fígado
  • Vesícula biliar
  • Piloro
  • Duodeno
  • Cabeça do pâncreas
  • Flexura hepática do cólon
  • Partes do cólon ascendente e transverso

Quadrante superior esquerdo:

  • Lobo esquerdo do fígado
  • Estômago
  • Corpo do pâncreas
  • Flexura esplénica do cólon
  • Partes do cólon transverso e descendente

Quadrante inferior direito:

  • Ceco e apêndice
  • Parte do cólon ascendente
  • Parte do ovário na mulher

Quadrante inferior esquerdo:

  • Cólon sigmoide
  • Parte do cólon descendente
  • Parte do ovário na mulher



Dor de barriga aguda 

A dor abdominal aguda é um sintoma comum em várias patologias, tais como:

  • Gastroenterite;
  • Apendicite;
  • Infeção urinária;
  • Invaginação;
  • Adenite mesentérica;
  • Obstipação;
  • Úlcera péptica;
  • Pancreatite;
  • Patologia do ovário;
  • Litíase renal (pedra no rim) ou litíase biliar (pedra na vesicula);
  • Pneumonia (quando se manifesta na base do pulmão juntamente com febre e dificuldade respiratória);
  • Etc…

Leia também: Obstipação toda a verdade!

Diagnóstico

Para facilitar o diagnóstico, deve ser feita uma história detalhada sobre a origem e evolução dos sintomas. Diversos fatores são importantes no processo de diagnóstico, a saber:

  • Idade;
  • Tipo de dor;
  • Localização da dor;
  • Duração da dor;
  • Hora do dia;
  • Presença de outros sintomas tais como:
    • Febre,
    • Náuseas,
    • Vómitos,
    • Sintomas urinários,
    • Alterações do trânsito intestinal.

Sinais de alarme na dor abdominal aguda

Na maioria das situações benignas a dor de barriga localiza-se no umbigo ou em volta deste. As crianças com dor abdominal vomitam frequentemente, mas a maioria das vezes os vómitos desaparecem rapidamente. Além da sensação de doença (sentir-se doente), alguns sinais de alarme que aconselham consulta médica são:

  • Dor localizada em outras áreas, principalmente no quadrante inferior direito do abdómen levantando a hipótese de apendicite;
  • Dor com duração superior a 24h,
  • Febre alta,
  • Palidez,
  • Sudação (suar sem razão aparente),
  • Prostração (fadiga),
  • Recusa em brincar,
  • Recusa em beber ou comer,
  • Vómitos persistentes (já amarelados/verdes ou com sangue),
  • Laivos de sangue na diarreia ou alterações na pele.

Dor abdominal crónica, sintomas

A dor abdominal crónica é um motivo muito frequente de consulta, sobretudo no sexo feminino. Os doentes geralmente têm uma sintomatologia pouco específica e na investigação dessas situações apenas em 10% se encontra uma causa orgânica, como por exemplo:

  • Doença de refluxo gastroesofágico;
  • Úlceras gástricas;
  • Gastrite;
  • Alergia alimentar;
  • Intolerância à lactose,
  • Doença inflamatória do intestino;
  • Doença celíaca;
  • Litíase biliar;
  • Pancreatite;
  • Parasitose.

Sinais de alarme na dor abdominal crónica

As seguintes condições de saúde devem ser motivo de alarme e consulta médica:

  • Dor que acorda a criança a meio da noite;
  • Dor bem localizada e longe do umbigo;
  • Vómitos persistentes (sobretudo biliosos);
  • Diarreia crónica grave;
  • Febre;
  • Perda de peso;
  • Atraso de crescimento,
  • Exantema cutâneo,
  • Dor articular;
  • Sangue nas fezes;
  • Fístula/fissura anal;
  • História familiar de doença péptica e /ou doença inflamatória do intestino;
  • Idade inferior a quatro anos.

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Dor abdominal funcional

A dor abdominal funcional caracteriza-se por ter uma causa funcional ou seja não identificada com testes laboratoriais. São diversos os factores implicados nestas queixas abdominais sendo os mais importantes os seguintes:

  • Stress psicológico;
  • Hipersensibilidade visceral;
  • Distúrbios da motilidade gastrointestinal.

Crianças com dor abdominal funcional

Crianças com sintomas funcionais têm geralmente as seguintes características pessoais:

  • Tímidas,
  • Ansiosas,
  • Perfeccionistas,
  • Interiorizam muito os seus problemas.

Estas crianças têm episódios curtos de dor abdominal periumbilical (na zona do umbigo) que não se relacionam temporalmente com a ingestão de alimentos, defecação ou exercício. Por vezes têm algumas características e sintomas associados a saber:

  • Cefaleias,
  • Fadiga,
  • Dores no corpo,
  • Mantêm o apetite e um bom desenvolvimento de peso e estatura;
  • O seu exame físico e os exames complementares não revelam alterações;
  • Muitas vezes há história familiar de enxaqueca ou de dor abdominal recorrente.

A aceitação por parte dos pais e pela criança da possibilidade de existir uma causa biopsicológica para a doença é um fator importante para a resolução dos sintomas.

Causas da dor do lado direito do abdómen

As dores de barriga no lado direito podem ser dividas em dores no quadrante superior direito e quadrante inferior direito.

Quadrante superior direito do abdómen

As principais causas de dor neste quadrante são:

  • Causadas pelo fígado e pela vesícula, com destaque para a cólica biliar, provocada por pedra na vesícula ou colecistite.
  • Inflamações do fígado, como nos casos de hepatite viral, também podem causar dor nesta região.
  • Lesões na porção inferior do pulmão direito podem ser uma causa de dor abdominal à direita sem origem no abdômen.

Quadrante inferior direito do abdómen

Neste quadrante as causas intestinais são as mais prevalentes, com destaque para:

  • Apendicite;
  • Nas mulheres, problemas no ovário, como a presença de um quisto, também são muito comuns;
  • Uma gravidez ectópica na trompa direita;
  • Problemas no testículo;
  • Cálculo renal que tenha migrado para a região inferior do ureter podem manifestar-se com dor no quadrante inferior do abdômen (esquerdo ou direito);
  • Dor de origem muscular deve ser pensada, caso o paciente tenha feito esforço excessivo recentemente.

Dor no centro da barriga

A dor no centro da barriga, também chamada  dor na boca do estômago, é geralmente provocada por problemas estomacais. A gastrite ou a úlcera péptica são as causas mais comuns. Problemas do pâncreas, como a pancreatite, costumam causar intensa dor de barriga em toda a parte superior, podendo irradiar para as costas.  Tanto os problemas do estômago como os do pâncreas podem causar uma dor descrita como dor no fundo da barriga.

Dor de origem muscular também pode afectar esta região.

O infarte agudo do miocárdio, em alguns casos, pode irradiar para a região central do abdômen, podendo ser confundido inicialmente com algum problema de estômago.

Dor no baixo ventre

Dores abdominais que se localizam no chamado de baixo ventre ou região hipogástrica, são geralmente provocadas por:

  • Bexiga ou útero, este último, obviamente, só no caso das mulheres.
  • Infeção urinária (cistite) e cólica menstrual são as causas mais comuns.
  • Quadros diarreicos, como gastroenterite viral ou intoxicação alimentar também podem causar dor nesta região, mas geralmente são mais dispersos por todo o abdómen.
  • Gravidez não costuma causar dor, apenas uma sensação de peso. Porém, em caso de aborto, podem haver cólicas intensas.

Dor no lado esquerdo do abdómen

Assim como do lado direito, as dores de barriga no lado esquerdo podem ser dividas em dores no quadrante superior  e quadrante inferior.

Quadrante superior esquerdo

As dores mais comuns neste quadrante têm as seguintes origens:

  • Musculares;
  • Estômago;
  • Raramente, o baço, órgão localizado abaixo das costelas do lado esquerdo do abdómen;
  • Dor epigástrica;
  • Enfarte também pode causar dor no quadrante superior esquerdo da barriga.
  • Problemas na base do pulmão esquerdo também podem ser a causa.

Região central e inferior do abdómen esquerdo

Os problemas intestinais costumam ser as principais causas:

  • Gastroenterites,
  • Diverticulite.

Nas mulheres com dor no quadrante inferior esquerdo, problemas nos ovários e uma possível gravidez ectópica devem sempre ser lembrados.

Apendicite, quais os perigos?

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Para uma localização e diagnóstico mais adequado da causa da dor abdominal, divide-se o abdómen em 4 quadrantes, conforme descrito na imagem seguinte:

Quadrantes do abdómen melhorsaude.org melhor blog de saude

Apendicite

A apendicite é uma doença comum causada pela infeção do apêndice. Afeta cerca de 7% da população, o que a torna uma das principais emergências médicas em todo o mundo. A apendicite geralmente surge entre os 10 e 30 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, apesar de ser rara nas crianças com menos de 2 anos.

Apêndice o que é? Onde se localiza?

Localização do apêndice melhorsaude.org melhor blog de saude
Localização do apêndice e órgãos próximos

O apêndice é um órgão com tamanho e localização variáveis, e a sua proximidade com outros órgãos da pelve e do abdómen podem fazer com que os sintomas de apendicite sejam parecidos com os de outras doenças, tais como, diverticulite, torção do ovário, gravidez ectópica, cálculos renais e outros problemas do abdómen ou da pélvis.

Apendice melhorsaude.org melhor blog de saude
Localização do #apêndice

Sintomas da apendicite

O sintomas da apendicite nem sempre se manifestam do lado direito do abdómen. Assim de seguida descrevo os diversos cenários de sintomatologia associada à apendicite.

Dor abdominal típica:

  • A dor típica começa de forma difusa junto ao umbigo e no espaço de 24 horas migra para o quadrante inferior direito do abdómen;
  • Tipicamente existe dor à palpação do abdómen que se torna muito mais intensa quando se retira de repente a mão que executa a palpação ( sinal de Blumberg )

Dor abdominal atípica:

  • Em cerca de 15% das pessoas o apêndice localiza-se mais posteriormente, fazendo com que o local da dor da apendicite seja diferente. Neste caso o paciente pode queixar-se de dor lombar  à direita, dor no quadrante superior direito ou dor em todo o flanco direito.
  • Há também aqueles pacientes com apêndices mais baixos, cuja ponta se estende até a região da pelve. Nestes casos, a dor pode ser na virilha à direita, no ânus ou na região púbica. Evacuar ou urinar podem provocar exacerbações da dor.

Dor abdominal do lado esquerdo:

  • Apesar de raro, não é impossível que o paciente com apendicite tenha dor do lado esquerdo do abdómen, caso o apêndice seja mais comprido que o habitual e se estenda até o lado esquerdo da cavidade abdominal. Porém, apendicite não deve ser a primeira hipótese diagnóstica nos pacientes com dor abdominal no lado esquerdo, exceto nos raros casos de situs inversus (condição rara na qual os pacientes apresentam órgãos do tórax e abdómen em posição oposta à habitualmente esperada).
  • Endurecimento da parede do abdómen
  • Enjoos ( em 90% dos casos )
  • Vómitos ( em 90% dos casos )
  • Perda do apetite ( em 90% dos casos )
  • Febre
    • A febre é geralmente baixa. Só existe febre alta quando há perfuração do apêndice e extravasamento de material fecal dos intestinos para dentro da cavidade abdominal, o que gera uma intensa reação inflamatória e grave infeção.
  • Diarreia
  • Prisão de ventre
  • Distensão abdominal
  • Leucocitose (aumento do número de leucócitos ou glóbulos brancos no hemograma). Mais de 80% dos pacientes com apendicite aguda apresentam leucocitose no exame de hemograma. Quanto mais intensa é a leucocitose, em geral, mais extenso é o processo inflamatório.

Nem todos os sinais e sintomas listados acima estão necessariamente presentes nos pacientes com apendicite aguda. Alguns, tais como diarreia, prisão de ventre ou distensão abdominal, ocorrem em menos da metade dos casos.

Tipicamente os três sintomas associados mais comuns num quadro de apendicite são a dor abdominal, os vómitos e perda do apetite.

Sintomas em bebés, crianças e adolescentes 

O quadro clínico da apendicite em adolescentes é basicamente o mesmo dos adultos. Já nas crianças com menos de 12 anos, os sintomas podem ser um pouco diferentes.

Crianças entre 5 e os 12 anos (sintomas)

Assim como nos adultos, a dor de barriga e os vómitos são os sintomas mais comuns nas crianças em idade escolar, embora a característica migração da dor da região peri umbilical para o quadrante inferior direito possa não ocorrer.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Dor no quadrante inferior direito do abdómen – 82%
  • Náuseas – 79%
  • Perda do apetite – 75%
  • Vómitos – 66%
  • Febre – 47%
  • Diarreia- 16%

Crianças de 1 a 5 anos de idade

A apendicite é incomum em crianças com menos de 5 anos. Febre, vómitos, dor abdominal difusa e rigidez abdominal são os sintomas predominantes, embora irritabilidade, respiração ruidosa, dificuldade para andar e queixas de dor na região direita do quadril também possam estar presentes.

A típica migração da dor para o quadrante inferior direito do abdómen ocorre em menos do que 50% dos casos. Diarreia e febre, todavia, são bem mais comuns que nos adultos. As crianças pequenas costumam apresentar febre baixa (ao redor de 37,8ºC) e ruborização das bochechas.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Dor abdominal – 94%
  • Febre – 90%
  • Vômitos – 83%
  • Dor à descompressão – 81%
  • Perda do apetite – 74%
  • Rigidez abdominal – 72%
  • Diarreia- 46%
  • A distensão abdominal – 35%

Bebés ou crianças com menos de 1 ano

Se a apendicite em crianças com menos de 5 anos é incomum, a apendicite em recém-nascidos e no primeiro ano de vida é ainda mais rara. A baixa frequência de apendicite nesta faixa etária deve-se provavelmente ao formato mais afunilado e menos propenso à obstrução do apêndice, em oposição ao formato mais tubular do órgão nos adultos e crianças mais velhas.

Apesar de rara, infelizmente, a mortalidade neonatal de apendicite é de quase 30%, pois o diagnóstico precoce é muito difícil, já que o quadro clínico costuma ser muito atípico. A distensão abdominal é mais comum que a própria dor abdominal, provavelmente porque os bebés não conseguem comunicar adequadamente.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Distensão abdominal – 75%
  • Vómitos – 42%
  • Perda do apetite – 40%
  • Dor abdominal – 38%
  • Febre – 33%
  • Inflamação da parede abdominal – 24%
  • Irritabilidade ou letargia – 24%
  • Dificuldade respiratória – 15%
  • Massa abdominal – 12%
  • Sangramento nas fezes – 10%

Tratamento para a apendicite

O tratamento é, naturalmente, cirúrgico com retirada do apêndice inflamado.

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Procedimento usa técnicas de Laparoscopia interna mas também de cirurgia tradicional

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Concluindo

O nosso corpo é uma “máquina extraordinária” com mecanismos que nos alertam quando algo está errado e pode vir a ser potencialmente perigoso e ás vezes fatal! As dores são o melhor e mais forte exemplo desse mecanismo de defesa. Conheça melhor o seu corpo, preste atenção aos seus sinais porque quase sempre significam um pedido de ajuda para evitar a queda num “precipício” com consequências graves para a sua saúde!

Fique bem!

Franklim Fernandes

Referências:  

  • Dr. Houman Danesh, do Hospital Mt. Sinai, em Nova Iorque;
  • Dr. Pedro Pinheiro, especialista em Medicina Interna e Nefrologista. Títulos reconhecidos pela Universidade do Porto e pelo Colégio Português de Nefrologia.

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TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL TODA A VERDADE

Tensão pré-menstrual (TPM) toda a verdade! Embora possa não parecer este é um síndrome que pode destruir a vida de imensas mulheres e respetivas relações conjugais e sociais pois afeta cerca de 75% de todas as mulheres com ciclos menstruais regulares, obviamente com diferentes graus de gravidade! O que é a TPM? Quais os sintomas e quais as causas? Qual o melhor tratamento?

Em muitas mulheres a gravidade dos sintomas pode destruir relações sociais e familiares deixando muitas mulheres numa situação psicológica extremamente frágil.

Este artigo pretende ser um contributo importante para melhorar a vida de muitas mulheres, suas famílias e suas relações próximas para que todos possam ser mais Felizes!

Leia também: Top 16 doenças mais comuns nas mulheres, toda a verdade!

O primeiro passo é sempre identificar e reconhecer este síndrome nas mulheres afetadas, com vários graus de gravidade.

Neste artigo vou tratar ás seguintes questões:

  • Tensão Pré-Menstrual ou TPM o que é?
  • Qual a sua frequência?
  • Transtorno disfórico pré-menstrual ou TDPM o que é?
  • Tipos de TPM;
  • Sintomas da TPM
  • Ansiedade e TPM A;
  • Compulsão ou desejo alimentar e TPM C;
  • Depressão e TPM D;
  • Hidratação e retenção de líquidos e TPM H;
  • Outros sintomas e TPM O;
  • Causas da Tensão Pré-Menstrual
  • Fatores de risco prováveis;
  • Influência da personalidade da mulher;
  • Alimentação qual influência?
  • Quais os sintomas da TPM por ordem de frequência?
  • TPM pode confundir-se com depressão?
  • Diagnóstico da TPM:
  • Que especialidades médicas devem ser consultadas?
  • O que deve perguntar ao médico?
  • O que vai perguntar o médico?
  • Tratamento da Tensão Pré-Menstrual:
  • Tratamento do Transtorno Disfórico Pré-menstrual ou  TDPM;
  • Pílula anticoncecional qual a influência?
  • Como gerir melhor a Tensão Pré-Menstrual?
  • Melhores hábitos para amenizar os sintomas da TPM.

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Tensão pré-menstrual ou TPM o que é?

A famosa tensão pré-menstrual (TPM), também conhecida como síndrome da tensão pré-menstrual, é um termo que se refere a um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem de modo cíclico durante a segunda metade do ciclo menstrual, ou seja, entre o período que compreende a ovulação e a menstruação.

Frequência

Cerca de 75% das mulheres com ciclos menstruais regulares são afetadas por alguma mudança de humor no período pré-menstrual. A mulher com TPM pode apresentar desde leves alterações do humor, até sintomas comportamentais graves, com grande impacto na qualidade de vida e prejuízos na vida social.

Transtorno disfórico pré-menstrual ou TDPM

A TPM apresenta um pico de incidência entre os 25 e 35 anos de idade. A forma mais grave ocorre em  8-10% dos casos e é chamada de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).

Tipos de tensão pré-menstrual

Nem todas as mulheres sentem os mesmos sintomas durante a TPM. São tantas as sensações que a medicina separou a tensão pré-menstrual em cinco tipos diferentes, que podem acontecer separadamente ou ao mesmo tempo nas mulheres, a saber:

  • TPM A e ansiedade
  • TPM C e compulsão alimentar
  • TPM D e depressão
  • TPM H e hidratação
  • TPM O e outros sintomas

Ansiedade e TPM A

A TPM tipo A está relacionada com a ansiedade. O estrogénio ajuda a baixar o stress. Na TPM A os níveis de estrogénio diminuem, existe maior libertação de adrenalina e cortisol e este fatores contribuem para um aumento acentuado de stress. Os principais sintomas são:

  • Ansiedade
  • Tensão
  • Dificuldade em dormir
  • Irritabilidade
  • Alterações de humor
  • Falta de concentração

Compulsão ou desejo alimentar e TPM C

A TPM tipo C está relacionada principalmente com a compulsão alimentar. Ela recebe a classificação C porque vem do inglês “craving”, que significa desejo. Se durante a menstruação ou antes dela prefere os restaurantes mais gordurosos ou ataca o chocolate que está no armário, esse é o seu tipo de TPM.

Os sintomas que se encaixam na TPM C são:

  • Compulsão por doces ou salgados
  • Vontade de comer guloseimas ou comidas diferentes
  • Dores de cabeça

A TPM tipo C está relacionada com os mecanismos de recompensa que temos no cérebro. Quando comemos um alimento rico em açúcar ou gordura, algumas áreas do cérebro são ativadas, dando a sensação de prazer. Como durante a TPM existem alterações hormonais, este mecanismo pode gerar uma reação exagerada, causando uma sensação de prazer ainda maior.

Depressão e TPM D

A tensão pré-menstrual do tipo D está relacionada com os sintomas depressivos. Os principais sinais dessa TPM são:

  • Raiva sem razão
  • Sentimentos perturbadores
  • Pouca concentração
  • Lapsos de memória
  • Baixa autoestima
  • Sentimentos violentos

Estes sintomas são causados geralmente pela redução de serotonina sendo uma  resposta exagerada do organismo perante às oscilações hormonais normais do período.

Hidratação e retenção de líquidos e TPM H

A TPM tipo H tem esse nome porque está relacionada com a “hidratação”. A TPM H está relacionada principalmente com a retenção de líquidos e suas consequências. Mulheres que têm a TPM do tipo H sentem:

  • Ganho de peso (por causa da retenção de líquido)
  • Inchaço ou distensão abdominal
  • Sensibilidade e inchaço nas mamas
  • Inchaço nas mãos e pés

Outros sintomas e TPM O

Existem outros sintomas menos comuns que também podem estar relacionados com a TPM. Esses sintomas foram agrupados e classificados como TPM tipo O  significando “outros” sintomas. Entre eles estão:

  • Alteração nos hábitos intestinais
  • Aumento da frequência urinar
  • Afrontamentos ou suores frios
  • Dores generalizadas, incluindo cólicas
  • Náuseas
  • Acne
  • Reações alérgicas
  • Infeções do trato respiratório

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Causas

Ainda não há uma explicação completa da causa da TPM. Os estudos sugerem uma interação das hormonas produzidas pelos ovários na segunda metade do ciclo menstrual com alguns neurotransmissores do sistema nervoso central, como a serotonina e a endorfina, associados ao controle do humor.

Não se sabe exatamente por que algumas mulheres tem síndrome de tensão pré-menstrual muito sintomática e outras não apresentam sintoma algum.

Já é comprovado que não há diferenças entre os níveis de estrogênios e progesterona entre mulheres com e sem TPM. Imagina-se que algumas mulheres sejam mais sensíveis às flutuações dos neurotransmissores cerebrais causados pelas alterações hormonais fisiológicas do ciclo menstrual.

Fatores de risco

Entre os fatores que, provavelmente, aumentam o risco de TPM estão:

  • Histórico familiar de TPM
  • Idade, sendo que os sintomas são mais comuns com o envelhecimento
  • Ansiedade, depressão ou outros problemas de saúde mental
  • Sedentarismo
  • Stresse
  • Uma dieta com baixo teor em vitamina B6, cálcio, ou magnésio
  • Alta ingestão de cafeína

Personalidade da mulher

Também ainda não se conseguiu comprovar qualquer relação entre os diferentes tipos de personalidade com a ocorrência ou não de TPM. Do mesmo modo, fatores de stress parecem não ter um papel tão importante no aparecimento da TPM como se pensava. Na verdade, é muito mais comum que a tensão pré-menstrual cause stresse do que o contrário.

Alimentação

A interferência da alimentação nos sintomas também é controversa. Excesso de sal, álcool e cafeína podem causar alterações nos níveis de neurotransmissores, porém, ainda não se conseguiu comprovar uma relação inequívoca entre dieta e TPM.

Alguns trabalhos mostraram relação entre o baixo consumo de vitaminas e sais minerais com a TPM, mas nada prova que a simples reposição destes melhora os sintomas de todas as mulheres com tensão pré-menstrual.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da TPM, em ordem decrescente de frequência, são:

  • Cansaço ou fadiga – 92%
  • Irritabilidade – 91%
  • Enfartamento – 90%
  • Ansiedade – 89%
  • Sensibilidade nas mamas – 85%
  • Alterações de humor – 81%
  • Depressão – 80%
  • Desejos alimentares – 78%
  • Acne – 71%
  • Aumento do apetite – 70%
  • Hipersensibilidade – 69%
  • Retenção de líquidos – 67%
  • Raiva e nervosismo – 67%
  • Choro fácil – 65%
  • Sensação de isolamento – 65%
  • Dor de cabeça – 60%
  • Memória fraca, esquecimentos – 56%
  • Sintomas gastrointestinais – 48%
  • Falta de concentração – 47%
  • Ondas de calor – 18%
  • Palpitações – 14%
  • Tonturas – 14%

Depressão e tensão pré-menstrual

Os sintomas da TPM e da TDPM podem ser confundidos com os de doenças psiquiátricas, como depressão e transtornos da ansiedade.

Os doentes com depressão podem piorar no período pré-menstrual e melhorar após a menstruação. Porém, eles nunca ficam completamente livres dos sintomas. Na síndrome de tensão pré-menstrual, os sintomas desaparecem por completo após a menstruação.

A estreita relação temporal com os sintomas a piorar na segunda metade do ciclo menstrual e resolução completa dos mesmos sintomas após a menstruação é a base para o diagnóstico da TPM.

Diagnóstico

Não existe um teste ou exame definitivo para o diagnóstico da TPM. O diagnóstico é dado após uma cuidadosa obtenção da história clínica e do exame físico da paciente. Análises de sangue são completamente normais na TPM, mas são solicitadas para se descartar outras causas para os sintomas, como, por exemplo, alterações da tireoide.

Médico especialista a consultar

Os especialistas que devem diagnosticar a TPM são:

  • Endocrinologista
  • Ginecologista

Estar preparada para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Para ajudar o médico pode chegar à consulta já com algumas informações importantes, a saber:

  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Historial médico, incluindo outras condições que a mulher tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
  • Se possível, peça a uma pessoa da sua confiança para a acompanhar

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

  • Quão graves são os sintomas?
  • Em que dias do ciclo menstrual os sintomas são piores?
  • Tem dias livres de sintomas durante o ciclo menstrual?
  • Pode prever quando os sintomas vão aparecer?
  • Alguma coisa parece fazer os sintomas melhores ou piores?
  • Os sintomas interferem com suas atividades diárias?
  • Você ou alguém da sua família foi diagnosticado com um transtorno psiquiátrico?
  • Que tratamentos já tentou até agora? Eles funcionaram?
  • Toma a pilula anticoncecional? Qual?
  • Quais os medicamentos e suplementos que toma?

Também é importante levar as suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pelas mais importantes. Isso garante que conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar.

Para TPM, algumas perguntas básicas incluem:

  • Há algo que eu possa fazer para minimizar os sintomas da TPM?
  • Os sintomas da TPM, eventualmente, podem desaparecer?
  • Será que esses sintomas indicam uma doença mais grave?
  • Recomenda um tratamento para os sintomas da TPM? Quais são os tratamentos disponíveis?
  • Existe uma alternativa genérica para o medicamento prescrito?
  • Existe literatura impressa que possa levar comigo? Que sites recomenda para melhor informação?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Diagnóstico do transtorno disfórico pré-menstrual

A TDPM é uma TPM grave. Normalmente, a paciente apresenta sintomas mais intensos, como explosões de raiva e crises de ansiedade. A paciente com transtorno disfórico pré-menstrual, ao contrário da TPM simples, apresenta problemas de relacionamento interpessoal e frequentemente entra em conflitos no trabalho, o que pode gerar prejuízos na vida íntima e profissional.

Para auxiliar no diagnóstico, o médico pode lançar mão de questionários, para serem preenchidos pela mulher, relatando seus sintomas durante todos os dias do ciclo menstrual.

Tratamento

Uma série de medicamentos podem ser úteis para controlar a TPM. Porém, muitas mulheres conseguem controlar os sintomas apenas com mudanças de estilo de vida.

  • A prática de exercícios físicos regulares e uma
  • Alimentação equilibrada, rica em frutas e verduras, e pobre em sal pode ajudar mais do que se imagina.
  • Técnicas de relaxamento
  • Suplementação de vitaminas pode ser indicada pelo seu médico, em alguns casos.

Não existe um único remédio ou tratamento para todas as mulheres que sofrem com TPM, mas sim tratamentos diferenciados em função dos sintomas manifestados. De seguida descrevemos algumas das abordagens de tratamento em função do tipo de TPM diagnosticado, a saber:

TPM A ( Ansiedade ) tratamento

A melhor maneira de amenizar o stresse e a ansiedade da TPM tipo A é praticando exercícios físicos, além de manter uma dieta adequada. A atividade física ajuda a liberar endorfinas, hormonas que dão a sensação de prazer.

Para casos mais graves, existem alguns medicamentos, como os ansiolíticos, que podem ser usados para amenizar os sintomas. No entanto só um médico, que pode ser o ginecologista, o endocrinologista ou um psiquiatra, poderá prescrever o tratamento mais adequado à mulher.

TPM C ( Compulsão alimentar ) tratamento

Para amenizar esse tipo de sintoma, primeiramente deve-se tentar fazer escolhas alimentares mais saudáveis ou então praticar atividade física – que ajuda a diminuir a dor de cabeça. Manter uma dieta equilibrada e rica em ômega 3, presente nos peixes e frutos do mar, pode ajudar a controlar essa compulsão.

O uso de ansiolíticos e alguns medicamentos para compulsão em casos específicos também pode ser receitado. Algumas mulheres relataram que suplementos como ômega 3 e óleo de prímula ajudam na redução dos sintomas de desejo.

A enxaqueca e dor de cabeça pode ser prevenida com o uso de medicamentos, como o topiramato. Mas só um médico poderá receitá-lo. Além disso, o uso de anticoncecional de baixa dose também pode ser utilizado e também analgésicos para o alívio da dor.

TPM D ( Depressão ) tratamento

Se os sintomas de depressão e tristeza forem graves, pode ser receitado o uso de antidepressivos. No entanto, geralmente os sintomas podem ser controlados com uma dieta equilibrada, prática de atividade física e cessação de vícios, como álcool e tabaco.

TPM H ( Hidratação ) tratamento

Em alguns casos o uso de diuréticos pode ser necessário para combater a retenção de líquido. No entanto, o principal é reduzir o consumo de alimentos que promovem a retenção de líquidos, como sal e cafeína. Isso ajuda a reduzir o inchaço e sensibilidade.

TPM O ( Outros ) tratamento

A libertação de agentes inflamatórios relacionados com o fluxo menstrual pode interferir no fluxo intestinal e causar dores, como cólicas. O uso de anti-inflamatórios nos dias que precedem o fluxo menstrual e nos primeiros dias pode ajudar a regularizar. Devido à retenção hídrica o organismo pode tentar autorregular-se, levando ao aumento na frequência de urina. Reduzir o consumo de sódio é a principal medida.

Já os afrontamentos e sudorese fria, se forem realmente incómodos, podem ser tratados com o uso dos anticoncecionais de baixa dosagem. Isso evita as oscilações hormonais maiores e com isso previne as queixas relacionadas com os afrontamentos que provocam uma sensação de calor intenso.

A acne terá tratamento local para redução da oleosidade e uso de anticoncecional com ação anti-androgénica, ou seja, bloquear a ação hormonal masculina sobre a pele.

As náuseas e infeções do trato respiratório têm um tratamento preventivo mais global, com prática de exercícios, redução de sal, cafeína, álcool, açúcar e cigarro.

Transtorno disfórico pré-menstrual tratamento

Nos casos mais sintomáticos ou naquelas com diagnóstico de TDPM a terapia medicamentosa deve ser utilizada.

Os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina são os medicamentos de primeira linha. As drogas mais conhecidas desta classe são:

  • Sertralina
  • Fluoxetina
  • Paroxetina
  • Citalopram

Pílula anticoncecional

O uso de anticoncecionais apresenta efeitos dispares. Algumas mulheres referem grande melhoria do quadro, porém, outras queixam-se que piora.

A Yaz® é uma pílula aprovada especificamente para o controle da TPM e apresenta eficácia em mais de 60% do casos, o que a torna o anticoncecional com os melhores resultados.

Nos casos graves refratários ao tratamento convencional, pode-se lançar mão de drogas que inibam a produção de estrogênio e progesterona pelo ovário, chamadas agonistas do GnRH (Leuprolide). Essas drogas causam uma menopausa medicamentosa, por isso, para serem usadas de forma prolongada, o seu médico terá que fazer reposições de estrogênio e progesterona.

A grande maioria das mulheres consegue um bom controle da TPM com o tratamento, porém, em casos mais graves de TDPM, quando todos os tratamentos falham, a cirurgia para remoção dos ovários é uma opção que deve ser proposta para as mulheres que não desejam mais ter filhos.

Como gerir melhor a TPM?

O primeiro passo para gerir melhor a TPM é manter um diário menstrual. Anote o tipo de sintomas que tem, se são graves, quando ocorre a menstruação e quando é a ovulação. Isso pode ajudar a identificar padrões no ciclo e planear com antecedência a melhor maneira de lidar com os sintomas.

Siga algumas das seguintes dicas para lidar com os sintomas da TPM:

Pratique hábitos saudáveis:

  • Fazer pelo menos 2 horas e meia de exercícios moderados por semana
  • Comer uma dieta equilibrada, que inclui grãos integrais, proteínas, laticínios de baixo teor de gordura, frutas e legumes
  • Limitar cafeína, álcool, chocolate e sal
  • Considere suplementação de cálcio, ômega 3 e vitamina B6 com o seu médico
  • Parar de fumar

Como gerir melhor a dor?

Usar um medicamento anti-inflamatório não esteroide ou analgésico pode ajudar a aliviar a dor e reduzir o sangramento menstrual. Usar um sutiã com mais apoio, como um sutiã desportivo, pode ajudar a reduzir a dor na área.

Como reduzir o stress?

  • Tente algumas técnicas de relaxamento, tais como exercícios de respiração, yoga ou massagem terapêutica
  • Pratique uma melhor gestão do seu tempo e tente dormir o suficiente
  • Crie um sistema de apoio. Junte-se a um grupo de apoio sobre TPM e procure o apoio de seus amigos e familiares

Com este artigo pretendemos ser um contributo importante para melhorar a vida de muitas mulheres, das suas famílias e das suas relações próximas para que todos possam ser mais Felizes!

Fique bem!

Franklim M. Fernandes

Por favor PARTILHE este artigo e ajude muitas mulheres e suas famílias a terem uma vida mais FELIZ!

Referências

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Tosse causas perigos e tratamento toda a verdade



Tosse causas perigos e tratamento… toda a verdade! Quais os tipos de tosse? Tosse seca persistente, tosse com expectoração, tosse alérgica, tosse do canil, etc quais as causas? Qual o melhor tratamento? A tosse é um sintoma muito comum geralmente sem gravidade mas que em alguns casos e doentes de risco pode ser um alerta que, se for bem diagnosticado, sinaliza algumas doenças graves como pneumonias e problemas cardíacos!

Neste artigo vou tratar os seguintes :

  • Tosse o que é ?
  • Qual a função?
  • Causas;
  • Tosse pode sinalizar problemas cardíacos?
  • Refluxo gastroesofágico pode provocar tosse?
  • Infeções podem desencadear tosse?
  • Quais as principais causas da tosse crónica?
  • Medicamentos podem causar tosse?
  • Situações de encaminhamento para apoio médico urgente;
  • Aconselhamento e diagnóstico correto?
  • Tosse não produtiva (seca);
  • Tosse produtiva (com expetoração);
  • O que significa a presença de expetoração amarelo-esverdeada?
  • O que significa a presença de muco com sangue?
  • Terapêutica não farmacológica;
  • Terapêutica farmacológica;
  • Antitússicos mais eficazes;
  • Mucolíticos e expetorantes mais eficazes.

Tosse qual a sua função?

A tosse é um mecanismo de defesa que consiste na expulsão súbita e violenta de ar dos pulmões com o objetivo de remover as secreções e corpos estranhos das vias aéreas superiores. A tosse mais frequente é a causada por infeções virais do trato respiratório superior e está muitas vezes associada ao resfriado comum. A tosse pode ocorrer em qualquer altura do ano com maior prevalência na época mais fria.

Reflexo da tosse fisiologia e anatomia

O reflexo da tosse envolve cinco grupos de componentes:

  • Recetores de tosse,
  • Nervos aferentes,
  • Centro da tosse,
  • Nervos eferentes,
  • Músculos efetores.

O mecanismo da tosse requer um complexo arco reflexo iniciado pelo estímulo irritativo em recetores distribuídos pelas vias aéreas e em localização extratorácica. O início deste reflexo dá-se pelo estímulo irritativo que sensibiliza os recetores difusamente localizados na árvore respiratória, e posteriormente é enviado à medula.

Reflexo_da_tosse_anatomia

Recetores e estímulos

Os recetores da tosse podem ser encontrados em grande número nas vias aéreas altas, da laringe até a carina, e nos brônquios, e podem ser estimulados pelos seguintes mecanismos:

  • Químicos (gases),
  • Mecânicos (secreções, corpos estranhos),
  • Térmicos (ar frio, mudanças bruscas de temperatura),
  • Inflamatórios (asma, fibrose cística).

Também podem existir recetores para tosse nas seguintes localizações anatómicas:

  • Cavidade nasal e os seios maxilares (nervo trigémeo aferente),
  • Faringe (nervo glossofaríngeo aferente),
  • Canal auditivo externo e a membrana timpânica,
  • Pleura,
  • Estômago (nervo vago aferente),
  • Pericárdio e diafragma (nervo frênico aferente),
  • Esófago.

Alvéolos não têm recetores da tosse

Os recetores de tosse não estão presentes nos alvéolos e no parênquima pulmonar. Portanto, um indivíduo poderá apresentar uma pneumonia alveolar com consolidação extensa, sem apresentar tosse.

Nervo vago

Os impulsos da tosse são transmitidos pelo nervo vago até um centro da tosse no cérebro que fica difusamente localizado na medula. Não se conhece o local exato do centro da tosse. O centro da tosse pode estar presente ao longo de sua extensão, já que ainda faltam evidências significativas capazes de definir sua localização precisa no encéfalo.

Os recetores da tosse pertencem ao grupo dos recetores rapidamente adaptáveis, que representam fibras mielinizadas, delgadas e contribuem para a condução do estímulo, mas ainda permanece não esclarecido seu potencial de indução de bronco-constrição.(5-6)

Os recetores rapidamente adaptáveis têm a característica de sofrerem rápida adaptação perante a insuflação pulmonar mantida por cerca de 1 a 2 segundos, e são ativados por substâncias como:

  • Tromboxane,
  • Leucotrieno C4,
  • Histamina,
  • Taquicininas,
  • Metacolina,
  • Esforço inspiratório e expiratório com a glote fechada.

Agem sinergicamente com outros subtipos de nervos aferentes para gerar tosse. Recetores de adaptação lenta ao estiramento também participam do mecanismo da tosse de forma ainda não definida.

Nervos aferentes

Outro grupo de nervos aferentes envolvidos no mecanismo da tosse é o composto pelas fibras C, as quais não são mielinizadas, possuem a capacidade de produzir neuropeptídeos, têm relativa insensibilidade à distensão pulmonar e ativam-se pelo efeito da bradicinina e da capsaicina.

As terminações das fibras C brônquicas ou pulmonares estão envolvidas na bronco constrição. No entanto, o real papel das fibras C na fisiopatologia da tosse tem sido alvo de discussões na literatura, já que o transporte dos estímulos da tosse ocorre preferencialmente através de fibras mielinizadas.

Há indícios de que as fibras C brônquicas possam inibir o reflexo da tosse. Os recetores rapidamente adaptáveis interagem com estas fibras, que geram inflamação neurogénica em resposta ao seu próprio estímulo (ácido cítrico, tabagismo, bradicinina) e, por sua vez, passam a libertar taquicininas, que ativam os recetores rapidamente adaptáveis. Este ciclo induz tosse na dependência do grau de ação nestes recetores, já que mediante estímulo leve poderá potencializá-la por mecanismo local e, sendo o mesmo mais intenso, pode inibi-la por ação reflexa central.

Em regiões basais do epitélio respiratório encontram-se terminações nervosas, principalmente do tipo sensitivas, capazes de mediar inflamação neurogénica e libertar neuropeptídeos (taquicininas) como a substância P, neurocinina A e peptídeo relacionado com o gene da calcitonina, que acarretam a produção de muco, além das consequências relacionadas com o processo inflamatório.

Causas da tosse

As causas da tosse são múltiplas, a saber:

  • Presença de irritantes inalados ou aspirados, incluindo o fumo do tabaco, secreções, conteúdo gástrico;
  • Doenças pulmonares agudas ou crónicas ou ainda mais graves como o cancro;
  • Qualquer situação que desenvolva inflamação, constrição, infiltração ou compressão das vias respiratórias pode desencadear tosse;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Refluxo gastroesofágico.

Tosse produtiva e não produtiva

Tosse com expetoração (produtiva)

  • Há produção de muco ou expetoração
  • Sentida no peito

Tosse seca persistente (não produtiva)

  • Seca e irritativa
  • Não existe produção de muco
  • Sentida na garganta

Problemas cardíacos e tosse

A tosse pode ser um sintoma de insuficiência cardíaca pelo que, havendo história desta doença, especialmente existindo tosse persistente, o encaminhamento médico é aconselhável.

Refluxo gastroesofágico e tosse

O refluxo gastroesofágico é uma doença que afeta muitos doentes e que consiste  na libertação de parte do ácido gástrico para o esófago provocando, no mínimo, uma irritação local do esófago e por vezes da traqueia provocando uma tosse tipicamente seca.

Esta tosse é mais persistente à noite ao deitar por causa da posição horizontal que potencia o refluxo gastroesofágico em pessoas mais sensíveis. Assim uma tosse noturna persistente cuja causa seja refluxo gastroesofágico,, deve ser tratada com uma saqueta de sucralfato antes de deitar. A emulsão de sucralfato forma uma barreira à entrada do estômago que dificulta a saída do ácido para o esófago e traqueia.

Infeções podem desencadear tosse

Infeções que provocam tosse com duração superior a 3 semanas como a tosse convulsa que se caracteriza por uma duração de meses, uma tosse de tipo espasmódica seguida de um “guincho” característico e infeções provocadas por microrganismos como o Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumonias, Mycobacterium tuberculoso e avium, adenovírus, vírus da influenza e outros vírus respiratórios causadores de bronquite crónica podem ser causas de tosse prolongada.

Tosse crónica e principais causas

A bronquite crónica (tosse e expetoração, na maior parte dos dias, durante 3 meses contínuos, em 2 anos sucessivos) provocada por tabagismo ou por exposição a agentes tóxicos é uma causa muito comum de tosse crónica na população em geral. Em adultos não fumadores a asma é a causa mais importante de tosse crónica. O refluxo esofágico é também uma das causas de tosse.

Medicamentos podem causar tosse?

Alguns medicamentos podem causar tosse. Entre os mais frequentes podemos referir os inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA), utilizados na hipertensão, tais como:

  • Enalapril,
  • Captopril,
  • Lisinopril,
  • Ramipril,

A incidência da tosse varia entre 5 e 35% dos doentes que tomam estes medicamentos e cujo aparecimento dos efeitos pode ser de horas até 3 meses desde o início do tratamento.

Existem muitos outros medicamentos associados ao aparecimento da tosse, entre outros:

    • Antagonistas dos recetores AT1 da angiotensina II (ARA II), utilizados na hipertensão,
    • Inibidores da bomba de protões, utilizados para diminuir a acidez do estômago
    • Antiretrovirais, usados no HIV
    • Antagonistas dos canais cálcio, utilizados na hipertensão (ex: amlodipina)
    • Anti-inflamatórios não-esteroides (AINE), utilizados nas dores e inflamação,
    • Betabloqueadores, utilizados na hipertensão e algumas patologias cardíacas.

Apoio médico urgente

Há situações em que a tosse sinaliza a necessidade de consulta médica urgente de forma a assegurar que não estamos na presença de um grave problema de saúde. A saber:

  • Idade inferior a 2 anos;
  • Idade superior a 75 anos;
  • Tosse há mais de 2 semanas;
  • Falta de ar (dispneia) e/ou ruídos respiratórios;
  • Dor;
  • Expetoração espessa ou opaca com sangue;
  • Febre >38,5°C ou febre baixa durante mais de 3 dias;
  • Astenia, cansaço e/ou perda de peso;
  • Placas de pus na garganta;
  • Disfagia (dificuldade em engolir);
  • Doentes com Asma, DPOC, enfisema  insuficiência cardíaca;
  • Doentes a tomar medicamentos como amiodarona (arritmias), IECA (tensão arterial), bloqueadores do canais de cálcio (taquiarritmia, angina de Prinzmetal e hipertensão).  digoxina (coração), infliximab (doenças autoimunes);
  • Gravidez;
  • Amamentação;
  • Sem eficácia há mais de 7 dias;
  • Hemorragias.

Diagnóstico correto como se faz?

  • Distinção da tosse produtiva da não produtiva;
  • Momento do dia em que se manifesta;
  • Diabetes, úlcera péptica, hipertensão arterial, rinite alérgica;
  • Antiagregantes plaquetários;
  • Tabagismo;
  • Vigiar obstipação, depressão respiratória, antecedentes de úlceras;
  • Refluxo gastroesofágico.

Resumo de pontos chave:

  • A tosse que se prolongada mais de 2 semanas deve ser avaliada pelo médico, com auscultação pulmonar;
  • Antes de selecionar um medicamento deve identificar a possível origem da tosse;
  • Deve-se evitar a indicação sistemática de antitússicos ou seja medicamentos para tosse seca.

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SINTOMAS

Tosse seca (não produtiva)

Na tosse não produtiva não há produção de muco. Este tipo de tosse é, normalmente, provocado por infeções virais e é autolimitada. No entanto existem outras causas de tosse seca, tais como:

    • Fumo do tabaco,
    • Ambiente seco,
    • Alterações bruscas de temperatura,
    • Alergénios do ar,
    • Asma,
    • Cancro do pulmão,
    • Alguns medicamentos, nomeadamente para a hipertensão
    • Refluxo gastroesofágico.

Tosse com expetoração (produtiva)

Na tosse produtiva há produção de muco (expectoração). Surge na sequência de uma hiperprodução de muco devido à irritação das vias áreas causada por uma infeção, alergia, etc. O muco transparente ou esbranquiçado não está infetado.

Expetoração amarelo-esverdeado

Quando o muco tem coloração pode significar a existência de uma infeção pulmonar tal como bronquite ou pneumonia e é necessário encaminhamento médico. Nestes casos, o muco pode ser amarelo-esverdeado e estar muito espesso.

Sangue no muco expetorado

Podem aparecer vestígios de sangue no muco dando uma coloração rosa a vermelho forte. A presença de sangue no muco pode significar apenas o rompimento de um pequeno vaso devido ao esforço de tossir mas também pode ser um sinal muito grave. Sangue na expetoração necessita de encaminhamento médico. 

Mucolítico e expetorante diferenças

Um mucolítico diminui a viscosidade das secreções e mucosidades facilitando a sua expulsão natural. Um expetorante estimula os mecanismos orgânicos de expulsão do muco, tais como:

    • Ativação do movimento ciliar,
    • Aumento do volume hídrico,
    • Aumenta a secreção aquosa das glândulas submucosas, salivares e mucosa nasal,
    • Estimulam o reflexo da tosse.

Terapêutica não farmacológica

  • Hidratação (beber 1,5 a 2 I de água por dia)
  • Humidificação do ambiente
  • Levantar a cabeceira da cama
  • Rebuçados sem açúcar ou pastilhas de chupar podem contribuir para o alívio da tosse.

Terapêutica farmacológica

Que cuidados devo ter?

Alguns medicamentos para a tosse devem ser evitados em diabéticos (Ex: xaropes com açúcar) e em doentes com doença coronária e hipertensão (Ex: antitússicos com codeína).

Antitússicos

São medicamentos adequados para o tratamento da tosse seca ou não produtiva. De seguida descrevo os principais e a posologia habitual para um adulto:

  • Levodropropizina (60mg 3xdia – antitússico de ação periférica), Ex: Levotuss®
  • Dextrometorfano (10 a 20mg 4/4h ou 30mg cada 6/8h – opiácio de ação central), Ex: Bisoltussin®
  • Oxolamina (100 a 200mg 3xdia – anticolinérgico/antihistamínico)
  • Codeína + Feniltoloxamina 2.22 mg/ml + 0.733 mg/ml ( 10ml de 12/12h) Ex: Codipront®
  • Butamirato (6mg 4xdia – antitussico) Ex: Sinecod®

Antitússicos quando utilizar?

Antitússicos utilizam-se quando é necessário impedir o processo de tosse por alguma destas razões:

  • Alteração do descanso noturno ou da atividade diurna;
  • Irritação brônquica induz ataques de tosse posteriores
  • Perigo de dano para os doentes por diversos motivos (cirurgias, etc.)

Mucolíticos e expetorantes

Fármacos mucolíticos e expetorantes adequados na tosse produtiva  e respetiva  posologia habitual para um adulto:

  • Ambroxol (20 a 40mg  3xdia) Ex: Broncoliber®, Mucosolvan®
  • Bromexina (8 a 10mg 3xdia) Ex: Bisolvon®
  • Acetilcisteína (200mg 3xdia ou 600 mg 1xdia) Ex: Fluimucil®
  • Carbocisteína (750mg 3xdia, reduzir a 1/3 após a melhoria dos sintomas) Ex: Pulmiben®
  • Sobrerol ou ciclidrol (80 a 160 mg 2xdia) Ex: Mucodox®

Os fármacos mucolíticos e expetorantes ajudam a incrementar a expetoração, conseguindo aliviar e facilitar a tosse produtiva tendo ação sobre o sistema muco ciliar:

  • Aumentando o volume da secreção (expetorantes, ex: ambroxol);
  • Diminuindo a viscosidade do muco (mucolíticos, ex: acetilcisteína);
  • Regulando a sua consistência (mucoreguladores);
  • Potenciando a atividade de limpeza muco ciliar.

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Quais os melhores seguros e eficazes?

A escolha do medicamento para combater a tosse depende antes demais do tipo de tosse, produtiva ou não e da segurança no que concerne a efeitos secundário e interações com outros medicamentos, assegurando sempre a eficácia do tratamento. Atualmente uma imensa fatia das prescrições médicas utiliza os medicamentos que descrevo de seguida. Entre parêntesis apresenta-se  a posologia habitual para um adulto.

Tosse não produtiva ou seca

No que concerne à tosse não produtiva ou seja seca tem havido uma utilização crescente da:

  • Levodropropizina (60mg 3xdia – antitússico de ação periférica), Ex: Levotuss®. Não existe genérico no mercado.

Tosse produtiva ou com expetoração

No que concerne à tosse  produtiva ou seja com expetoração, tem havido uma utilização crescente da:

  • Acetilcisteína (200mg 3xdia ou 600 mg 1xdia) Ex: Fluimucil®. Já existe genérico no mercado.
  • Ambroxol (20 a 40mg  3xdia) Ex: Broncoliber®. Já existe genérico no mercado.

Efeitos secundários

Levodropropizina (antitússico)

Muito raramente observaram-se as seguintes reações adversas: Urticária, vermelhidão da pele, erupção da pele, comichão, angioedema, reações cutâneas. Foi notificado um caso isolado, fatal, de epidermólise. Dor abdominal e dor de estômago, náuseas, vómitos, diarreia. Foram notificados dois casos individuais de glossite (inflamação da língua) e febre aftosa, respetivamente. Foi também notificado um caso de hepatite colestática, assim como um caso de coma hipoglicémico numa doente idosa, que estava a tomar simultaneamente hipoglicemiantes orais.

Reações alérgicas e anafiláticas, mal-estar geral. Foram notificados casos individuais de edema generalizado, síncope e astenia. Tonturas, vertigens, tremores, parestesia. Foi notificado um único caso de convulsões tónico-clónicas e um ataque de pequeno mal. Palpitações, taquicardia, hipotensão. Foi notificado um caso de arritmia cardíaca (bigeminismo auricular). Irritabilidade, sonolência, despersonalização. Dispneia, tosse, edema do trato respiratório. Astenia e fraqueza nos membros inferiores. Foram notificados alguns casos de edema da pálpebra, na sua maioria referidos como edema angioneurótico, considerando a presença simultânea de urticária.

Foi reportado um caso individual de midríase, assim como um único caso de perda da capacidade de visão bilateral. Em ambos os casos, as reações desapareceram após a interrupção do tratamento. Foi notificado um caso isolado de sonolência, hipotonia e vómitos num recém-nascido, após a toma de levodropropizina pela mãe que o amamentava. Os sintomas apareceram depois do bebé ser amamentado e desapareceram espontaneamente, algumas mamadas, após a interrupção do aleitamento materno.

Ocasionalmente, foram observadas as seguintes reações adversas consideradas graves: alguns casos de reações cutâneas (urticária, prurido), o já mencionado caso de arritmia cardíaca, o caso de coma hipoglicémico, assim como algumas reações alérgicas/anafiláticas envolvendo edema, dispneia, vómitos e diarreia. Como já referido, um caso isolado, fatal, de epidermólise, ocorrido numa doente idosa submetida a múltiplos tratamentos.

Acetilcisteína (mucolítico)

Ocasionalmente podem produzir-se alterações digestivas tais como náuseas, vómitos e diarreias, raramente apresentam-se reações de hipersensibilidade, como urticária e broncoespasmos. Especial atenção nos doentes asmáticos pelo risco de ocorrer uma crise de asma (broncoconstrição). Nestes casos deve interromper-se o tratamento e consultar um médico

Ambroxol (expectorante)

Foram descritos pirose, dispepsia, náuseas, vómitos, diarreia e outros sintomas gastrointestinais moderados. Foram descritos, muito raramente, erupção cutânea, urticária, edema angioneurótico, reações anafiláticas (incluindo choque anafilático) e outras reações alérgicas (hipersensibilidade). Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Concluindo

A tosse é um sintoma muito comum na população principalmente porque é muitas vezes consequência de fatores desencadeantes que estão presentes na nossa rotina diária tais como fumos, poeiras, pós com alergénios e diferenças de temperatura, só para citar alguns. Os sinais mais importantes são, no entanto, quando a tosse é causada por problemas de saúde mais graves tais como asma, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), cancro e claro infeções do trato respiratório.

Uma tosse seja ela qual for é portanto um sinal de alarme que deve ser tratado de imediato e se for persistente (mais de 15 dias) ou acompanhada de febre, dificuldade respiratória ou dor no peito deve também ser procurado apoio médico urgente! Proteja-se a tempo e evite uma evolução grave da doença subjacente.

Referências:

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Beber álcool a mais como recuperar? Toda a verdade!

Beber demais o que fazer? Álcool e Ressaca como evitar e recuperar do excesso? Tudo o que não sabe sobre beber álcool a mais! Porque nos faz sentir tão mal? Beber demais prejudica o fígado, como pode evitar? E se acontecer…como posso curar mais rápido? Nas quadras festivas e dias especiais estas questões colocam-se demasiadas vezes sem que se faça o que é possível para evitar tantos danos para o nosso organismo! Saiba como se pode proteger e curar se não conseguir evitar…tomar três copos a mais!

Para piorar tudo muitas vezes nas ocasiões festivas além do álcool juntam-se os exageros alimentares de carnes, gorduras e doces que são viciantes… tal como o álcool! Se este é o teu caso  então lê aqui o meu artigo sobre Indigestão, azia, refluxo e enfartamento e como podes recuperar dos excessos!

Leia também: Indigestão, azia, refluxo e enfartamento… toda a verdade!

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

    • Quais os efeitos psicoativos do álcool?
    • Quais os efeitos imediatos do álcool?
    • Efeitos a longo prazo do álcool, quais são?
    • Quais as perturbações psíquicas que provoca?
    • Quais os riscos de consumir álcool na gravidez?
    • O que é a tolerância inversa?
    • Quais os efeitos da supressão súbita do álcool?
    • Quais os sinais duma intoxicação alcoólica aguda?
    • Como é metabolizado o álcool?
    • O que é a metabolização alcoólica?
    • Qual a bioquímica do álcool?
    • Porque ficamos bêbados?
    • O que acontece se beber durante a refeição?
    • O que acontece quando os níveis de álcool são elevados?
    • O que é uma ressaca?
    • Porque acontece a ressaca?
    • Porque ocorre intoxicação pelo acetaldeído?
    • Queda da glicose sanguínea, porque acontece?
    • Porque ocorre a desidratação com o consumo de álcool?
    • Que quantidade de álcool posso beber sem ter ressaca?
    • Como evitar uma ressaca?
    • Como curar uma ressaca?

Álcool e os efeitos Psicoativos

O marcado carácter social desta substância e a grande aceitação de que goza, permitem catalogar como sendo normais padrões de consumo que, na realidade, são claramente exagerados. Do exagero surgem uma série de consequências adversas que descrevo de seguida.

Beber demais efeitos Imediatos

Quando bebemos demais à sensação inicial de euforia e de desinibição, segue-se um estado de sonolência, turvação da visão, descoordenação muscular, diminuição da capacidade de reação, diminuição da capacidade de atenção e compreensão, fadiga muscular, etc.

O álcool atua bloqueando o funcionamento do sistema cerebral responsável pelo controlo das inibições. Estas, ao verem-se diminuídas, fazem com que o indivíduo se sinta eufórico, alegre e com uma falsa segurança em si mesmo que o poderá levar, em determinadas ocasiões, a adotar comportamentos perigosos.

Acidentes rodoviários

Os acidentes rodoviários merecem uma menção especial. Uma altíssima percentagem destes têm relação direta com o consumo do álcool. Há mais mortes, por dia, causadas pelo álcool do que por outras substâncias psicoativas. Podemos afirmar que é a primeira causa de morte entre os jovens. Contrariamente ao que se diz, o álcool não é um estimulante do sistema nervoso central mas sim um depressor.

O excessivo consumo de álcool produz:

Se as doses ingeridas forem muito elevadas, caso de intoxicação etílica aguda, pode surgir depressão respiratória, coma etílico e eventualmente a morte.

Leia também: Esta é a melhor forma de desintoxicação do nosso corpo, toda a verdade!

Efeitos a longo prazo

O consumo crónico produz alterações diversas em diferentes órgãos vitais:

  • Cérebro – deterioração e atrofia;
  • Sangue – anemia, diminuição das defesas imunitárias;
  • Coração – alterações cardíacas (miocardite);
  • Fígado – hepatopatia, hepatite, cirrose;
  • Estômago – gastrite, úlceras;
  • Pâncreas – inflamação, deterioração;
  • Intestino – transtornos na absorção de vitaminas, hidratos e gorduras, que provocam sintomas de carência.

Leia também: Fígado gordo sem consumo de álcool, estes são os perigos, toda a verdade!

Perturbações Psíquicas

As perturbações psíquicas mais relevantes causadas pelo álcool são as seguintes:

  • Irritabilidade;
  • Insónia;
  • Delírios por ciúmes;
  • Ideias de perseguição;
  • Encefalopatias com deterioração psico-orgânica (demência alcoólica).

Consumo na gravidez

O consumo habitual na mulher grávida pode dar lugar à síndrome alcoólica-fetal, caracterizado por malformações no feto, baixo coeficiente intelectual, etc.

Tolerância inversa

O álcool provoca tolerância e um alto grau de dependência, tanto física como psicológica. Nos consumidores crónicos pode surgir a Tolerância Inversa, então, basta uma pequena quantidade para se ficar embriagado.

Supressão súbita do álcool

A supressão súbita do álcool no paciente consumidor dependente pode desencadear uma grave síndrome de abstinência que requer atenção médica urgente. Os sintomas entre as doze e as dezasseis horas seguintes à privação da bebida, são os seguintes:

  • Inquietação,
  • Nervosismo,
  • Ansiedade.

Várias horas depois, podem aparecer:

  • Cãibras musculares,
  • Tremores,
  • Náuseas,
  • Vómitos,
  • Grande irritabilidade.

A partir do segundo dia de abstinência, nos casos mais graves, surge o denominado “delirium tremens”, caracterizado por:

  • Confusão mental,
  • Desorientação no tempo e no espaço, em relação a si e aos outros,
  • Clara desintegração dos conceitos,
  • Aparecimento de delírios,
  • Alucinações,
  • Fortes tremores.

No núcleo familiar, um elevado grau de alcoolismo pode conduzir à falta de responsabilidade, desintegração familiar, crises, maus tratos, etc. Outras consequências provocadas pelo alcoolismo são:

  • Instabilidade e o absentismo laboral,
  • Aumento de acidentes,
  • Comportamentos criminosos,
  • Alterações da ordem,
  • Suicídio.

Intoxicação alcoólica aguda

Após a ingestão de grandes quantidades, o álcool chega rapidamente ao cérebro e provoca os sintomas da embriaguez nos seus mais variados aspetos. As manifestações mais importantes são: comportamentos desadaptados, como por exemplo os impulsos sexuais desinibidos ou agressivos, sensibilidade emocional, deterioração da capacidade de raciocínio e da atividade social, fala premente, descoordenação, instabilidade motora, rubor facial, mudanças no estado de ânimo, irritabilidade, loquacidade e falta de atenção. A conduta habitual do indivíduo pode acentuar-se ou alterar-se. Por vezes, aparecem fenómenos de amnésia durante a intoxicação.

Fatores como a existência de tolerância; o tipo do álcool; a quantidade ingerida; a rapidez do consumo; a ingestão simultânea de alimentos; as circunstâncias ambientais; a personalidade do consumidor ou o consumo de algum medicamento, poderão influir de forma acentuada nas características da embriaguez. Os casos mais graves de intoxicação levam à perda de consciência, ao coma e inclusivamente à morte por depressão cardiorrespiratória.

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Metabolização hepática

Quando ingerimos qualquer substância, ela passa basicamente por três fases:

    • Digestão,
    • Absorção,
    • Metabolização no fígado.

Todos os alimentos que ingerimos são decompostos ou quebrados na boca, estomago e intestino em elementos mais simples na forma de proteínas, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas, minerais e toxinas para serem  absorvidos pelo trato gastrointestinal e passarem pelo fígado antes de chegar a qualquer outro órgão. Isto é válido para alimentos, álcool, remédios, drogas, etc. O fígado é uma espécie de central de tratamento dos alimentos que comemos e bebemos. Nada chega à circulação sanguínea sem antes ter sido metabolizado pelo fígado. Este processo chama-se metabolização hepática.

A metabolização hepática inativa substâncias tóxicas que tenham sido ingeridas, como por exemplo o álcool (etanol). O processo de metabolização hepática do álcool  é curioso, pois, como o fígado humano não produz uma enzima que neutralize diretamente o álcool, ele é metabolizado em duas fases:

    • Fase 1 – transforma o álcool em acetaldeído (metabolito tóxico)
    • Fase 2 – transformação do acetaldeído em acido acético (metabolito neutro, não ativo e não tóxico)

Esta metabolização tem dois problemas:

  1. O acetaldeído é uma substância mais tóxica que o próprio álcool;
  2. O acetaldeído só é transformado e inativado em ácido acético após uma segunda passagem pelo fígado.

Resumindo, consumimos álcool, mas antes do mesmo chegar à circulação sanguínea central, o fígado transforma-o em acetaldeído, uma substância ainda mais tóxica. Só depois de rodar todo o organismo e retornar ao fígado é que finalmente o álcool ingerido (agora sob a forma de acetaldeído) consegue ser transformando-se em  ácido acético, este sim inativo e não tóxico.

Após bebermos álcool, o resultado final é o seguinte:

    • 92% do etanol ingerido é metabolizado e inativado pelo fígado,
    • 3% é eliminado na urina,
    • 5% é eliminado pelos pulmões na respiração (daí o teste do balão)
    • Menos de 1% sai na pele através do suor.

O acetaldeído é um carcinogénico e pode levar à lesão do fígado se a exposição for frequente e prolongada.

Bioquímica do álcool

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Porque ficamos bêbados?

Já sabemos que o álcool, que é uma substância tóxica, após ser ingerido é transformado noutro elemento ainda mais tóxico antes de circular por todo o corpo. Mas o problema não termina aí. A absorção do álcool pelos intestinos é muito mais rápida do que a capacidade do fígado de metabolizá-lo. O fígado só consegue metabolizar o equivalente a 10 gramas de álcool por hora, o que é menos que um 1 copo de vinho ou 300 ml de cerveja, que possuem cerca de 12 gramas de álcool. Portanto, se tomarmos o equivalente a 5 copos de vinho, o corpo vai demorar, em média, 6 horas para eliminar todo esse volume. Isso significa que após um consumo exagerado de álcool, durante várias horas o nosso organismo vai ter que lidar com duas substâncias altamente tóxicas a circular no sangue:

    • Álcool,
    • Acetaldeído.

Beber durante a refeição

Quando estamos de estômago cheio, a absorção de etanol fica mais lenta, dando mais tempo ao fígado para metabolizar o álcool que chega. Por isso, a intoxicação por etanol é mais intensa quando bebemos em jejum. Bebidas alcoólicas gasosas são absorvidas mais lentamente e alimentos ricos em proteínas (ex: carne e peixe) ou em açúcar reduzem a absorção do álcool.

Níveis de álcool elevados

Conforme o nível de álcool aumenta, a capacidade de julgamento fica alterada e surgem os comentários e as ações impróprias. Doses maiores de álcool e acetaldeído na circulação intoxicam os neurónios, levando à inibição do funcionamento do sistema nervoso. Á medida que a concentração sanguínea aumenta, a pessoa vai passando pelas seguintes fases:

  1. Letargia,
  2. Sonolência,
  3. Redução do nível de consciência,
  4. Coma alcoólico,
  5. Eventualmente, morte.

Estar bêbado significa estar com os neurónios intoxicados por álcool (e acetaldeído). Os sintomas da bebedeira duram até o fígado conseguir neutralizar todo o álcool e o acetaldeído que circulam no sangue, o que já vimos que pode levar horas.

Ressaca, o que é?

Estes são os principais sintomas que sinalizam uma ressaca:

  • Sensibilidade à luz,
  • Boca seca,
  • Gosto amargo,
  • Tonturas,
  • Fraqueza nas pernas,
  • Dor de cabeça,
  • Náuseas,
  • Vómitos,
  • Diarreia,
  • Fezes com cheiro a álcool,
  • Dificuldade de raciocínio,
  • Falha de memória.

A ressaca habitualmente surge quando o nível de álcool no sangue já está baixo, quase zero, após um enorme trabalho de limpeza feito pelo fígado.

Ressaca porque acontece?

A ressaca parece ocorrer basicamente por três motivos:

  1. Intoxicação pelo acetaldeído.
  2. Queda da glicose sanguínea (hipoglicémia).
  3. Desidratação.

Intoxicação pelo acetaldeído

O acetaldeído chega a ser até 30 vezes mais tóxico para as células do que o etanol. No caso de um consumo exagerado de álcool pode haver presença deste metabólito tóxico na circulação ainda por várias horas após o indivíduo ter parado de beber. Grande parte do mal estar da ressaca é consequência da exposição prolongada das células ao acetaldeído, o que provoca uma espécie de inflamação generalizada do organismo. Além disso, os neurónios ficam intoxicados, o que atrapalha o estabelecimento de um padrão adequado de sono. A pessoa fica sonolenta, mas a qualidade do sono é má, mantendo o cansaço.

Glicose sanguínea baixa

O processo de metabolização do etanol envolve vias enzimáticas do fígado que também participam na produção de glicose, principalmente em períodos de jejum. Como essa enzimas estão ocupadas metabolizando o etanol, temos uma queda no nível de glicose para o cérebro e outras regiões do organismo. Daí surgem os sintomas de fraqueza e mal-estar.

Desidratação

Um dos efeitos adversos do etanol no cérebro é inativar a produção de uma hormona chamada ADH (hormona antidiurética). Os rins filtram em média 180 litros de sangue (água) por dia. Graças à hormona ADH, destes 180 litros filtrados, urinamos apenas 1 ou 2 por dia. A hormona ADH é um dos principais mecanismos de controle da quantidade de água corporal. Quando ele é inibida, toda a água que passa pelos rins é eliminada na urina. Por isso, alguns minutos após o ingestão de álcool, começamos a urinar com frequência. Após consumo de bebidas alcoólicas a urina fica clara porque neste momento a sua urina é basicamente água pura. Esse efeito diurético leva à desidratação, que causa os seguintes sintomas sintomas:

    • Boca seca,
    • Sede,
    • Dor de cabeça,
    • Irritação,
    • Cãibras.

A hormona ADH só volta a ser produzida pelo sistema nervoso central quando os níveis de álcool voltam a valores baixos, o que só acontece, geralmente, após horas de eliminação excessiva de água.

Quantidade de álcool a beber sem ressaca?

O risco de ressaca é maior quando há um consumo de pelo menos 4 copos de vinho ou 4 latas de cerveja (ou o equivalente em álcool de qualquer outra bebida) no intervalo de 2 horas. Esta é uma quantidade de álcool consumido acima da capacidade de metabolização hepática, promovendo a formação no fígado de grandes quantidades de acetaldeído que é de seguida libertado para a corrente sanguínea.

Evitar a ressaca

Alccol e ressaca melhorsaude.org

Afinal como conseguimos evitar a ressaca? Antes de mais deve dizer-se que é possível beber uma boa quantidade de álcool sem ficar com ressaca… basta ter os cuidados ou técnicas que de seguida se descrevem. No entanto, que fique claro, que qualquer quantidade de álcool consumida parece ser lesiva para o nosso corpo… portanto evite ou pelo menos modere o consumo e a frequência com que bebe!

Beber devagar

Beber mais devagar e só depois de ingerir alimentos ricos em proteínas e carboidratos diminui a velocidade de absorção de álcool pelos intestinos, dando tempo para o fígado metabolizar o álcool que vai sendo consumido. O ideal é comer antes de começar a beber. Depois de bêbado, o álcool já foi todo absorvido, comer só vai aumentar o risco de você vomitar. Todavia, nada impede que você petisque durante a festa enquanto bebe, pois isso ajuda a retardar a absorção do álcool.

Beber muita água

Beber muita água antes, durante e depois da festa talvez seja a melhor dica. Sempre que for urinar, beba algo não alcoólico, seja água, sumo ou refrigerantes (com açúcar de preferência).

Evitar bebidas mais escuras

Bebidas mais escuras – como uísque, vinho tinto, tequila (que não é tão escura) e conhaque – geralmente causam ressacas piores do que o vinho branco, cerveja ou bebidas claras, como vodka ou gin. No entanto não esqueça que a cerveja ou a vodka também provocam  ressaca quando tomadas de forma exagerada.

Produtos anti-ressaca

Produtos anti-ressaca, tomados antes de beber têm pouco fundamento científico. São drogas que misturam substâncias contra náuseas, analgésicos e cafeína, tentando amenizar alguns dos sintomas da ressaca. O problema é que o seu efeito já não é tão grande muitas horas depois de tomado e alguns deles ainda contêm anti-inflamatórios ou aspirina, que são substâncias que irritam o estômago.

Estas drogas não são eficazes sobre a desidratação, nem sobre a hipoglicemia, nem sobre a irritação que o acetaldeído provoca nas células. Além de não funcionarem bem como prevenção da ressaca, estes medicamentos ainda podem estimular o indivíduo a beber mais, pois o mesmo passa a achar que está protegido contra os efeitos maléficos de um consumo exagerado de álcool.

Pera asiática antes de beber

Pera asiática– A Organização de Pesquisas da Comunidade Científica e Industrial da Austrália desenvolveu um estudo para saber de que maneira uma ressaca pode ser curada. Os cientistas descobriram que beber 220ml de sumo de pera asiática é o ideal antes de ingerir bebida alcoólica. A pera asiática tem formato de maçã e possui enzimas capazes de acelerar o metabolismo do álcool, inibindo a absorção da substância.

A autora do estudo, Manny Noakes disse que as reduções foram observadas nos níveis de acetaldeído do sangue. A gravidade da ressaca, medida numa escala com 14 sintomas, diminuiu significativamente no grupo que bebeu o sumo de pera-asiática, comparado com aqueles que beberam placebo. O efeito mais forte foi visto no sintoma de dificuldade de concentração.

Estudo Autraliano: Researchers find pear juice can ward off hangovers

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Curar ressaca mas como?

Beba muitos líquidos ao acordar. A não ser que esteja habituado a beber café de manhã, o ideal é evitá-lo, pois a cafeína também é um diurético. Água e sumos são o ideal. Isotónicos também podem ser usados.

Não existe um remédio que cure a ressaca nem que acelere o metabolismo do etanol. De nada adianta tomar banho frio, café, chás, produtos com cheiro forte ou qualquer outra medicação caseira. O importante é hidratação, carboidratos e bastante repouso. Habitualmente, a ressaca melhora no espaço de um dia.

Desintoxicantes ajudam na ressaca

Existem diversos produtos que alegam ter efeito mitigador da ressaca ou seja diminuir os seus danos e sintomas no nosso organismo. No entanto para ser utilizado com eficácia e segurança e comprado facilmente na sua Farmácia  destaca-se um medicamento não sujeito a receita médica chamado Guronsan®, muito utilizado como desintoxicante, após uma noite de copos, cuja composição é a seguinte:

  • Cafeína (50mg), um estimulante psíquico por excelência.
  • Glucuronamida (400mg), responsável pela eliminação de toxinas do organismo, daí a sua importância como efeito desintoxicante.
  • Ácido ascórbico (500mg), tónico geral, a famosa vitamina C.

Pela composição, é indicado como desintoxicante, mas também para um dia de estudo ou esforço intenso e é tomado ao pequeno-almoço e almoço, dissolvido em água, para que os efeitos sejam sentidos logo pela manhã e ao longo do dia.

O problema deste produto quando usado para tratar a ressaca é a cafeína porque esta tem um efeito diurético e portanto num contexto de desidratação e excesso de urina pode aumentar ainda mais o efeito desidratante da ressaca. Este produto é portanto útil apenas quando a frequência urinária volta ao normal ou seja quando deixamos de sentir a vontade permanente de urinar.

Cafeína

A Cafeína, que no Guronsan aparece na dose de 50mg, equivale a meio café expresso e tem um efeito estimulante. Quando em circulação, estimula a libertação de cortisol e adrenalina. O cortisol e a adrenalina ajudam a acelerar o metabolismo, a melhorar a concentração e o estado de vigília.

Glucuronamida

O ácido glucorónico é uma substância que existe naturalmente no fígado. A Glucuronamida é um derivado deste ácido. No organismo, a Glucuronamida vai ligar-se às toxinas, tornando-as mais solúveis, fazendo com que as toxinas sejam mais facilmente excretadas pela urina.

Vitamina C ou ácido ascórbico

A Vitamina C tem um papel importante na proteção de todas as estruturas do organismo. Em casos de “intoxicação”, a Vitamina C encontra-se diminuída. Nessas situações, o aumento do aporte de Vitamina C ajudará ao reforço do sistema imunitário, acelerando a resposta natural do organismo a agressões e claro intoxicações

 Concluindo

O consumo excessivo e generalizado de álcool é um assunto que deve preocupar-nos a todos. São inúmeros os casos de jovens alcoolizados em idade escolar e universitária que acabam na urgência do hospital passando a ser motivo apenas de “risota” em vez de serem motivo de séria preocupação e acompanhamento por parte dos educadores! O álcool é de longe a maior “droga legal” e o seu consumo é tão transversal por toda a sociedade que os custos de saúde associados são “monstruosos”! A educação dos mais jovens têm de ser muito mais eficaz a alertar para os malefícios do álcool, não só para os proteger mas também para que levem a mensagem para casa onde, em muitos lares, é certamente necessária!

Referências

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OLHOS ASTIGMATISMO MIOPIA E DOENÇAS COMUNS



Doenças dos olhos quais as que têm uma prevalência importante na população? Astigmatismo, miopia, cataratas, estrabismo, hipermetropia, ceratocone quais as mais comuns? Quais as diferenças? Quais os tratamentos? Como proteger os seus olhos? Quando deve consultar o oftalmologista? A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia aconselha os adultos saudáveis a fazer pelo menos uma visita ao oftalmologista entre os 20 e os 40 anos, para aferir a saúde dos seus olhos, desde que não surjam sintomas.

As pessoas diabéticas, ou com outras doenças que sejam um factor de risco para problemas oculares devem ser também examinadas com maior frequência (uma vez por ano). Antes dos 20 anos e muito em especial antes da entrada para a escola, o despiste e a descoberta de alguns problemas oculares reveste-se de uma importância particular pelo que o exame médico aos olhos deve ser mais frequente. Após os 40 anos a consulta médica com o oftalmologista deve ser feita de dois em dois anos nas pessoas saudáveis.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões?

  • Qual a anatomia do olho?
  • Como funciona o olho humano?
  • Doenças do olhos: Quais as mais comuns?
  • Defeitos refrativos: Quais são?
  • O que é a miopia?
  • Dioptrias: Quais os graus de miopia?
  • Hipermetropia o que é?
  • Astigmatismo o que é?
  • Presbiopia ou vista cansada o que é?
  • Catarata o que é?
  • Catarata: Quais as causas? Quais os sintomas? Como se trata?
  • Glaucoma o que é?
  • Porque sobe a tensão ocular?
  • Glaucoma quais os sintomas e os perigos?
  • Estrabismo o que é?
  • Retinopatia diabética o que é?
  • Ceratocone ou queratocone o que é?
  • Ceratocone quais os sintomas e tratamentos disponíveis?
  • Olhos das crianças: Como fazer a deteção precoce de doenças?
  • Olhos das crianças: Quais as doenças mais comuns?
  • Olhos das crianças: Quais as doenças mais graves?
  • Estimulação da visão funcional da criança com baixa visão, como fazer?
  • Prevenção de doenças oculares, conselhos úteis?
  • Oftalmologista: Com que frequência devo examinar os meus olhos?
  • Óculos de sol quais os melhores? Como escolher?
  • Écrans de computador fazem mesmo mal aos olhos?
  • Quando levar o meu filho ao oftalmologista?
  • Qual o tratamento da miopia, astigmatismo e hipermetropia?
  • Cirurgia refrativa laser o que é? LASIK e PRK o que é?
  • Lentes fáquicas o que são?

Anatomia do olho normal

Olhos anatomia do olho humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos anatomia do olho melhorsaude.org melhor blog de saude Imagem adaptada da American Academy of Ophthalmology

Córnea – A parte mais anterior e transparente do globo ocular. Tem um papel importante na focagem das imagens no interior do olho.

Íris – A parte que dá cor aos olhos. Regula a quantidade de luz que entra no globo ocular.

Pupila – É a zona escura e circular no centro da íris. É o espaço por onde as imagens penetram no nosso olho.

Cristalino – É uma estrutura transparente, em forma de lente, situada na área pupilar e atrás da íris. A sua principal função é a focagem fina das imagens na retina.

Vítreo – É uma substância gelatinosa e transparente que preenche o globo ocular atrás do cristalino.

Retina – É uma membrana composta por células nervosas que reveste o interior do globo ocular. Converte as imagens em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico.

Mácula – Região especial da retina com particular importância na visão fina da forma e da cor.

Nervo ótico – É o nervo que liga o olho ao cérebro. Atua como um fio elétrico que transmite ao cérebro os impulsos nervosos produzidos pela retina onde são depois interpretados como imagens.

Como funciona o olho humano?

Olhos: Funcionamento_do_olho_humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos: Funcionamento do olho humano melhorsaude.org melhor blog de saude

Doenças dos olhos mais comuns

Pretende-se dar informação em linguagem simples sobre diversas doenças oculares. Conhecer as doenças e saber preveni-las é importante para a sua saúde. Em caso de doença, estas informações nunca deverão substituir a consulta com o oftalmologista.

Defeitos Refrativos

Os problemas visuais mais frequentes são os defeitos refrativos, tais como:

  • Miopia,
  • Hipermetropia,
  • Astigmatismo,
  • Presbiopia,
  • Retinopatia diabética.

Miopia astigmatismo Visão normal vs defeitos refractivos melhorsaude.org melhor blog de saude

Estes dizem respeito a um conjunto de alterações nos quais há uma focagem inadequada das imagens na retina. São, na grande maioria, facilmente corrigidos com óculos ou lentes de contacto. Em casos mais raros a cirurgia poderá ser uma opção.

É importante saber-se que:

Muitas alterações da visão não são defeitos refrativos (várias doenças oculares e não oculares levam a perturbações visuais); alguns defeitos refrativos podem ter como causa certas doenças que só um médico oftalmologista poderá avaliar corretamente;

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Miopia o que é?

É uma situação em que a imagem é focada à frente da retina e traduz-se por uma dificuldade de visão ao longe. Um olho míope é normalmente maior que o normal e é mais propenso a algumas doenças (ex. glaucoma, descolamento de retina, etc.) pelo que carece de uma atenção especial por parte do médico oftalmologista.

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Dioptrias quais os graus de miopia?

Existem diferentes graus de miopia medidos em dioptrias. O doente míope pode sentir maior ou menor dificuldade em ver ao longe, dependendo do seu grau de miopia. Quanto maior for o grau da miopia maior é a dificuldade em ver ao longe. Por exemplo, uma miopia de 1 dioptria ou uma miopia de 10 dioptrias possuem diferenças significativas sobre a acuidade visual dos doentes afetados.

A miopia é, normalmente, classificada nos seguintes graus:

  • Miopia ligeira – até 3 dioptrias;
  • Miopia moderada – de 3 a 6 dioptrias;
  • Miopia alta – mais de 6 dioptrias.

Uma miopia elevada (acima de 6 dioptrias) pode implicar uma drástica diminuição da qualidade de vida.

Hipermetropia o que é?

É um defeito refrativo caracterizado por dificuldade de visão ao perto. Provoca habitualmente fadiga ocular e até dores de cabeça com o trabalho mais minucioso ou com a leitura, pela exigência aumentada de focagem a que os olhos são solicitados. Um olho hipermétrope é habitualmente mais pequeno que o normal e a “resistência” à hipermetropia diminui com a idade. Pode ser a causa do mau aproveitamento escolar de uma criança

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Astigmatismo o que é?

Corresponde a uma qualidade visual desigual consoante o eixo visual em causa. Resulta na maioria dos casos a uma curvatura desigual da córnea provocando uma visão distorcida. Pode ocorrer isoladamente ou associado aos outros defeitos refrativos.

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Presbiopia ou vista cansada o que é?

Corresponde à dificuldade de visão ao perto que é normalmente sentida a partir de certa idade (por volta dos 45 anos). É devida à perda de elasticidade progressiva do cristalino fruto da idade.

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Catarata o que é?

A toda e qualquer alteração da transparência do cristalino chama-se catarata.

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Quais as causas da catarata?

São mais frequentemente resultado do normal envelhecimento mas podem também ser congénitas ou devidas a uma variedade de outros fatores como por exemplo:

  • Traumatismos,
  • Doenças crónicas dos olhos,
  • Doenças sistémicas (de todo o organismo) como a diabetes.

Quais os sintomas de catarata?

Habitualmente a catarata resulta numa turvação da imagem mas várias outras queixas poderão resultar da sua presença. O diagnóstico deverá ser sempre feito através da observação por um médico oftalmologista.

Como se tratam as cataratas?

O principal tratamento das cataratas é cirúrgico. A operação às cataratas consiste na remoção da parte do cristalino opacificado e na colocação de um “cristalino artificial” dentro do globo ocular (lente intraocular) levando à recuperação visual. Existem várias formas de se realizar a cirurgia da catarata mas a mais atual e evoluída denomina-se faco emulsificação.Tratamento da catarata melhorsaude.org melhor blog de saude

Glaucoma o que é?

É uma doença dos olhos na qual vai havendo uma progressiva subida da tensão ocular levando a diminuição da visão (podendo mesmo chegar à cegueira). Há vários tipos de glaucoma mas o mais frequente é o glaucoma de ângulo aberto.

Glaucoma melhorsaude.org melhor blog de saude

glaucoma melhorsaude.org melhor blog de saude

Porque sobe a tensão ocular?

Há um líquido transparente que circula de dentro para fora do globo ocular (humor aquoso). Nas pessoas com glaucoma, e por razões ainda pouco conhecidas, este líquido começa a ter dificuldade de sair do globo ocular levando a um aumento da tensão ocular.

Sintomas e perigos

O aumento da tensão ocular, se não detetado e devidamente tratado, leva à “morte” lenta e progressiva do nervo responsável pela visão (nervo ótico). Estas alterações provocam uma perda da visão (em especial do nosso campo de visão). O glaucoma só dá sintomas numa fase avançada da doença e as alterações na visão só são sentidas pelo doente quando o nervo ótico já tem lesões graves e irreversíveis.

No entanto um dos sintomas a que se deve dar toda a atenção e consultar um médico com urgência é a dor no globo ocular. Um aumento da pressão ocular pode, em alguns casos,  provocar uma dor que é sentida como vindo de dentro do globo ocular e não uma dor superficial. Nestes casos uma intervenção atempada pode evitar uma evolução mais grave com danos severos para a visão.

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Estrabismo o que é?

O termo estrabismo é usado sempre que há um desalinhamento ocular. Este problema ocular surge habitualmente nas crianças podendo em muitas delas estar presente já à nascença. É muito importante diagnosticar e tratar esta doença quando a criança ainda é pequena pois, caso contrário, a visão de um dos olhos poderá ficar irremediavelmente diminuída. A criança com estrabismo tem tendência a usar menos o olho desviado que vai ficando “preguiçoso”. A esta baixa da visão resultante do estrabismo chama-se ambliopia.

O estrabismo pode ser constante ou surgir apenas em certos momentos. Os olhos podem estar desviados das seguintes formas:

  • Para dentro (esotropia)
  • Para fora (exotropia)
  • Para cima (hipertropia)
  • Para baixo (hipotropia)

Estes desvios podem também estar associados.

estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude Estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude

A persistência de um desvio ocular numa criança com 4 meses de idade torna necessário um exame oftalmológico. É também recomendável que todas as crianças tenham um exame oftalmológico pelos 6 meses de idade. O estrabismo pode também surgir no adulto por doença ou traumatismo.

Estrabismo melhorsaude.org melhor blog de saude

Retinopatia diabética o que e?

A diabetes é uma doença na qual, entre outras alterações, existe um aumento de “açúcar” no sangue. Esse descontrolo pode prejudicar várias zonas do corpo. Os olhos são um dos orgãos que pode ser gravemente atingido embora inicialmente não haja grandes sintomas. A retinopatia diabética é uma manifestação ocular da doença e é uma das principais causas de cegueira. Para evitar a cegueira é necessário controlar o melhor possível os níveis de açúcar no sangue (glicémia) desde as fases iniciais da doença.

Retinopatia diabética melhorsaude.org melhor blog de saude

A retinopatia diabética surge em consequência de alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina no interior do olho. Os vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina levando à diminuição da visão. Nalguns casos desenvolvem-se vasos anormais na retina. Estes vasos são muito frágeis e sangram facilmente levando também à formação de tecido fibroso que repuxa a retina. Este estádio da doença é muito grave e chama-se retinopatia diabética proliferativa .

Retinopatia diabetica melhorsaude.org melhor blog de saude

Um diabético deve fazer regularmente um exame médico ocular para detetar as alterações iniciais da retinopatia diabética. Por vezes é necessário o tratamento com raios LASER. Lembre-se no entanto que melhor do que tratar as alterações, é tentar preveni-las através de um maior cuidado com a sua saúde e, no caso de ser diabético, com a instituição de um regime de vida que permita o controle da doença

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Ceratocone ou queratocone

Ceratocone o que é?

O Queratocone é uma doença da córnea caracterizada por uma alteração da sua conformação e um adelgaçamento progressivo. Em fases mais avançadas a córnea pode adquirir a forma de cone. Aparece nos jovens e pode evoluir até aos 35 anos. As alterações estruturais da córnea produzem um astigmatismo que não é homogéneo, o que faz com que o doente se aperceba de diminuição da gradual da visão.

Ceratocone melhorsaude.org melhor blog de saude

Para além do Queratocone, existem outras doenças, mais raras, que também se caracterizam por alteração do padrão normal da conformação da córnea e do seu adelgaçamento, tais como:

  • Degenerescência Marginal Pelúcida
  • Queratoglobo

A estas doenças chamamos Ectasias Corneanas.

Ceratocone quais os sintomas?

  • Diminuição da visão mesmo com óculos ou lentes de contacto.
  • Distorção da imagem.
  • Visão dupla.

Ceratocone quais os tratamentos disponíveis?

O objetivo primordial do tratamento do Queratocone, ou de qualquer outra ectasia, é a melhoria da visão. Como primeira linha temos os óculos ou as lentes de contacto, mas que numa fase avançada poderão não resultar.

Nos casos em que existe evolução do queratocone, e desde que a transparência da córnea esteja mantida e que a visão seja satisfatória, é possível optar pelo Crosslinking. Neste procedimento a córnea, depois de ter sido impregnada de riboflavina (vitamina B2), é irradiada com luz UV. Tem como objetivo aumentar a resistência mecânica da córnea, e desta forma impedir maior deformação da córnea.

Nos casos em que a visão não é corrigível com óculos, ou que exista intolerância ao uso de lentes de contacto, é necessário recorrer a cirurgia. Para estas situações a cirurgia mais indicada, desde que a córnea tenha transparência adequada, é a implantação de anéis intra-estromais. Esses anéis são segmentos semicirculares que são introduzidos em túneis feitos na espessura da córnea. Dependendo dos casos, pode estar indicado usar um ou dois segmentos. O objetivo desta cirurgia é de uniformizar a conformação da córnea.

Aneis intra-estromais melhorsaude.org melhor blog de saude

O transplante de córnea (queratoplastia) está reservado para quando o Queratocone é muito evoluído ou a córnea tenha uma transparência inadequada. Até há alguns anos, a queratoplastia que se fazia era a penetrante, ou seja, todas as camadas da córnea eram substituídas. Mais recentemente, foram desenvolvidos métodos para transplantar somente as camadas superficiais doentes, permitindo preservar as camadas mais profundas e saudáveis (endotélio e membrana de Descemet), e por isso diminuindo o risco de falência. A esta técnica chama-se queratoplastia lamelar anterior, e sempre que possível é a técnica de eleição.

Transplante da córnea melhorsaude.org melhor blog de saude

Olhos das crianças como detetar problemas?

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), recomenda a realização de rastreios visuais com o oftalmologista aos três anos de idade e antes do início do ano escolar.

Doenças visuais infantis mais frequentes

Os problemas oculares mais frequentes nesta faixa etária são os erros refrativos tais como:

  • Miopia,
  • Hipermetropia
  • Astigmatismo

Quais as doenças mais graves?

Os problemas oculares mais graves nesta faixa etária são:

  • Ambliopia (ou olhos preguiçosos)
  • Estrabismo

A ampliopia, por exemplo, não pode ser tratada depois dos sete, oito anos de idade. Estima-se que cerca de uma em cada cinco crianças em idade escolar tenha défices de função visual provocado por uma destas patologias e nem todas recebem a ajuda que necessitam.

Pode acontecer um olho ver bem e o outro ser amblíope ou quase cego e tudo pode passar despercebido até ao dia do rastreio. Ou seja, uma criança apenas com um olho bom pode não notar qualquer diferença, pois nunca foi alertada para tal.

Nem sempre é fácil para os pais, familiares e educadores reparar na falta de visão de uma criança, mas  alguns sintomas passam por:

  • Aproximar-se em demasia e constantemente às coisas para ver melhor,
  • Fechar ou tapar um dos olhos,
  • Erros na escrita,
  • Comichão,
  • Dores de cabeça,
  • Olhos vermelhos ou lacrimejantes e
  • Estrabismo ou fotofobia (dificuldade em suportar a luz).

A situação ideal devia passar por criar um programa nacional de rastreio, de forma a evitar a ambliopia em todas as crianças a partir do primeiro ano de idade.

Estimulação da visão funcional da criança com baixa visão

Esta brochura tem como objetivo partilhar algumas estratégias para a estimulação da visão funcional de criança com baixa visão nos primeiros anos de vida (dos 0-6 anos).

Documento grátis disponível na área reservada

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A_criança_com_baixa_visão melhorsaude.org

Com que frequência devo examinar os olhos?

A frequência com que os nossos olhos devem ser examinados difere com a idade e com doenças associadas. Os adultos saudáveis deverão fazer pelo menos um exame oftalmológico entre os 20 e os 40 anos, desde que não surjam sintomas. Os indivíduos de raça negra deverão fazer exames mais frequentes para despiste de glaucoma (pelo menos de 4 em 4 anos). As pessoas diabéticas, ou com outras doenças que sejam um fator de risco para problemas oculares devem ser também examinadas com maior frequência (uma vez por ano).

Antes dos 20 anos e muito em especial antes da entrada para a escola, o despiste e a descoberta de alguns problemas oculares reveste-se de uma importância particular pelo que o exame médico aos olhos deve ser mais frequente. Após os 40 anos o exame ocular deve ser feito de dois em dois anos nas pessoas saudáveis.

Óculos de sol quais os melhores? Como escolher?

Será que o sol faz mal aos olhos? Devemos usar óculos de sol? Que tipos de óculos de sol devemos escolher? Há fatores que tornam os nossos olhos mais sensíveis à luz solar? Estas são algumas das questões que lhe tentaremos responder!

Vários estudos têm demonstrado que as pessoas mais expostas à luz solar têm uma maior tendência a desenvolverem algumas doenças oculares. Os raios ultravioletas (UV) são o componente da luz solar mais implicados no desenvolvimento destas doenças. É contra esta radiação solar que nos devemos proteger com óculos de sol pelo que, ter uns óculos muito escuros não significa maior proteção para os nossos olhos. Devemos escolher óculos cujas lentes filtrem 99 a 100% da luz UV (tanto UV-A como UV-B).

Mais do que a ação aguda dos raios UV sobre os nossos olhos (que provoca uma queimadura na superfície ocular do tipo da que é causada na pele), é o efeito cumulativo de longos períodos expostos à luz solar que tem um efeito mais pernicioso sobre a visão. A exposição prolongada à luz UV pode causar diversas alterações oculares mas a mais temida é uma alteração da mácula (ver em “O Olho Normal”) denominada degenerescência macular relacionada com a idade.

Pessoas mais atingidas pela radiação UV:

  • Por questões profissionais, estão mais expostas ao sol,
  • Vivem junto à praia (onde há maior reflexo de luz solar na àgua e na areia),
  • Vivem perto do equador,
  • Vivem em zonas mais elevadas.

Certos medicamentos podem também tornar os olhos mais sensíveis à luz (doxiciclina, tetraciclina, alopurinol, etc.). Não esquecer que um chapéu de abas largas, não substituindo os óculos, tem também um papel importante na proteção solar.

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Écrans de computador fazem mal aos olhos?

Até à data, e apesar de diversos testes realizados em vários países, não surgiram evidências científicas de que os terminais de vídeo dos computadores (écrans) sejam prejudiciais para os olhos.

Embora seja um facto que os écrans de computador emitem radiações durante o seu funcionamento, estas são produzidas em quantidades muito pequenas para se tornarem prejudiciais para a visão.

As queixas vulgares de desconforto ou fadiga ocular, dificuldades na focagem das imagens, dores de cabeça, etc., terão muito provavelmente como causa alterações dos próprios olhos ou inclusivamente questões relacionadas com o local de trabalho. No primeiro caso, deverá fazer um exame médico; o seu médico oftalmologista avaliará se tem doenças oculares que possam dar esses sintomas.

Relativamente ao seu local de trabalho deverá ter em conta questões ligadas à medicina ocupacional e à ergonomia como ajuda para a resolução dos seus problemas.

Aqui ficam alguns conselhos para se proteger:

  • Regule o brilho e o contraste do seu monitor de forma a que se torne menos “agressivo” para os seus olhos.
  • Evite o reflexo no monitor de luzes ambientes ou mesmo da luz duma janela. Altere se necessário a posição do seu monitor ou da sua secretária.
  • Evite “trabalhar em negativo”, ou seja, trabalhar por exemplo num processador de texto com fundo preto e letras a branco e a ver um texto numa folha de papel branco com letras a preto. Hoje em dia a generalidade dos programas são em fundo branco com letras a preto evitando assim esse inconveniente.
  • Em certos casos a colocação de filtros no ecran do computador ou o uso de óculos apropriados podem ser uma boa contribuição para um trabalho ao computador menos fatigante.
  • Questões mais ergonómicas poderão ser estudadas por especialistas em medicina no trabalho ou outros especialistas nesta matéria.

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Quando levar o meu filho ao oftalmologista?

Um exame médico aos olhos é aconselhável em todas as crianças, mesmo nas que aparentemente não têm problemas. Não existem datas certas para realizar os primeiros exames oftalmológicos mas, para se detetarem precocemente certas doenças é aconselhável realizar exames nos primeiros dias de vida, pelos 2 anos de idade e à entrada para a escola. Alguns oftalmologistas defendem também um exame pelos 6 meses de idade.

Alguns conselhos muito úteis:

  • Os medicamentos, se incorretamente manuseados, podem ser prejudiciais aos seus olhos (a automedicação é totalmente desaconselhável).
  • Nunca use os colírios ou pomadas oftálmicas de outras pessoas (podem transmitir doenças além de poderem não estar indicadas para o seu caso).
  • Nunca olhe diretamente para o sol (perigo de queimadura solar na retina).
  • Nunca olhe diretamente para a luz da soldadura (mesmo estando afastado) se não tiver proteção ocular apropriada (perigo de queimadura corneana – queratite por ultravioletas).

Tratamentos

Catarata qual o tratamento?

O único tratamento para a catarata é a cirurgia. Na cirurgia de catarata, o cristalino é removido, por meio de ultrassons, através de uma pequena incisão (cirurgia chamada de faco emulsificação). Durante a cirurgia, a lente natural do olho é substituída por uma lente intraocular (LIO) artificial. Ao contrário do que é corrente os doentes pensarem, a cirurgia é feita por meio de ultrassons e não de raios laser.

Indicações
A principal indicação para a cirurgia de catarata é uma diminuição da visão. No entanto poderão existir outras, como dificuldades com a visão no dia-a-dia (ex: deslumbramento, má visão de cores, noturna, etc.) ou indicações refrativas (altas graduações ou desejo de independência de óculos).

Preparação
Antes da cirurgia, é realizado um exame completo pelo oftalmologista e a LIO é calculada de acordo com as características do olho. No dia da cirurgia, são colocados colírios anestésicos e para dilatar a pupila. A cirurgia decorre, na maioria dos casos, sob anestesia tópica (apenas com gotas). As LIOs utilizadas podem ter diversos materiais (acrílico, silicone, etc.), sendo todas permanentemente compatíveis com as estruturas do olho.

Tipos de LIOs
Existem diversos tipos de LIOs:

  • LIOs monofocais – na maioria dos casos permitem visão apenas para longe, sendo necessários óculos para ver ao perto;
  • LIOs multifocais – permitem visão a diferentes distâncias, na maioria dos casos, sem necessidade de óculos. Por regra, a visão de contraste com estas lentes é inferior à das LIOs monofocais e poderão acontecer fenómenos com a luz, como maior deslumbramento e outros;
  • LIOs acomodativas – têm também como objetivo a independência de óculos, sendo menos eficazes que LIOs multifocais.

A escolha da lente ideal para cada caso será feita de acordo com o desejo do doente e a indicação do oftalmologista (nalguns casos não podem ser utilizadas lentes multifocais, por exemplo).

Recuperação
A recuperação é variável de caso para caso mas é, na maioria dos casos, rápida. Normalmente é necessário colocar colírios após a cirurgia e é fundamental seguir todas as indicações do médico. A taxa de sucesso da cirurgia é muito alta. No entanto, a recuperação visual pode ser limitada por doenças noutras estruturas do olho (córnea, retina, etc.)

Quais as complicações da cirurgia?

A maioria das complicações é extremamente rara. No entanto podem acontecer:

  • Infeção (complicação muito rara, ocorrendo em menos de 1 em 1000 cirurgias);
  • Edema/inchaço da córnea (geralmente transitório);
  • Descolamento da retina;

Poderão ainda acontecer diversas intercorrências durante a cirurgia, na maioria das vezes de fácil resolução

Miopia, hipermetropia e astigmatismo qual o tratamento?

Cirurgia refrativa laser – LASIK e PRK

A cirurgia laser permite tratar de forma segura e eficaz a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo e assim proporcionar independência do uso de óculos ou lentes de contacto. O laser funciona “polindo” a córnea e assim corrige a graduação do doente de duas formas possíveis:

  • LASIK – E criado um retalho muito fino da córnea o qual é rebatido. O Laser é aplicado nas camadas mais internas da córnea e de seguida o retalho é reposto cobrindo a zona tratada. O retalho adere e por isso não necessita de pontos.
  • PRK – Aplicação direta do laser na córnea, removendo apenas uma pequena película que cobre a córnea.

O tipo de procedimento depende de características do olho do doente. O Laser permite tratar miopia até 8-10 dioptrias, hipermetropia e astigmatismo até 4-6 dioptrias mas tem que ser avaliado cada caso em particular.

Preparação para a cirurgia – o doente não deve colocar lentes de contacto nas 24 h que precedem o procedimento e deverá remover a maquilhagem das pálpebras e bordo palpebral.

A intervenção é indolor e rápida – realizada com anestesia local através da aplicação de um colírio. Tem uma duração aproximada de 15 minutos por olho. O doente tem alta hospitalar, acompanhado, 30 minutos após o LASIK .

Recuperação: Nas primeiras horas é normal sentir “picadas”, alguma intolerância à luz e visão turva. No dia seguinte já com boa acuidade visual pode retomar alguma das sua atividade quotidiana. No caso do PRK o doente tem uma lente de contacto nos primeiros dias sendo que as queixas de picadas e desconforto ocular prolongam-se até as 72h. Nesta opção a recuperação visual é também significativamente mais lenta.

Cuidados: Nas primeiras 4 semanas após a cirurgia está contraindicado o uso de piscinas ou a prática de desportos com risco de contacto.  E estritamente proibido coçar os olhos nas primeiras semana após a cirurgia. A maquilhagem das pálpebras e bordo pode começar a ser reaplicada no final da 1 semana após a cirurgia.

Lentes fáquicas

O que são?

As lentes intraoculares (LIOs) fáquicas são lentes pequenas e finas fabricadas em material biocompatível (acrílico ou silicone) que são implantadas no interior do olho para corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo), diminuindo ou eliminando a dependência de óculos ou de lentes de contacto. O termo fáquico refere-se ao facto de a LIO ser implantada sem remover a lente natural do olho (cristalino), o que permite  manter a capacidade de acomodação.

Lente intra-ocular LIO melhorsaude.org Lentes faquicas melhorsaude.org

Uma grande vantagem das LIOs fáquicas é manterem-se no olho até ao surgimento de catarata sem qualquer necessidade de manutenção ou substituição periódica, podendo ser explantadas (retiradas) em qualquer momento, se houver essa necessidade.

A cirurgia de implante de LIOs fáquicas poderá ser uma alternativa segura e eficaz à cirurgia laser quando:

  • Esta esteja contraindicada;
  • Os erros refrativos (numero de dioptrias) são elevados,
  • Existem incompatibilidades ao nível da córnea ou da pupila.

Terá de ser feita uma avaliação pré-operatória cuidada para determinar se existem as necessárias condições de segurança para o implante das LIOs, nomeadamente a avaliação do endotélio da córnea e a medição da profundidade da câmara anterior

Preparação e Técnica 

A cirurgia de implante de LIOs fáquicas é efetuada em ambulatório, sob anestesia tópica (gotas), sedação ou anestesia geral, de acordo com as preferências do paciente e/ou do cirurgião, e de fatores como o tipo de LIO a implantar, a necessidade de sutura (pontos) ou o facto de ser uma cirurgia uni ou bilateral. Trata-se de um procedimento cirúrgico rápido (cerca de 20 minutos por olho) mas muito delicado, que necessita de microscópio de forma a garantir o implante da LIO de forma precisa e com o mínimo de traumatismo para as estruturas oculares.

A cirurgia consiste na introdução de uma LIO no interior do olho através de uma pequena abertura feita na base da córnea. As LIOs mais recentes, feitas de um material muito flexível, entram no olho dobradas e desdobram-se no seu interior, o que permite que entrem por aberturas cada vez mais pequenas e auto-selantes que não necessitam de sutura para fechar. Dependendo do tipo de LIO usada, esta poderá ser colocada a frente (câmara anterior) ou atrás (câmara posterior) da íris, mas sempre à frente do cristalino

Recuperação

O paciente poderá regressar a casa passado algum tempo de espera após a cirurgia e,  dependendo da preferência do cirurgião, poderá sair com o olho tapado com um penso e/ou um protetor ocular, de forma a evitar que coçe ou pressione o olho operado. Poderá haver algum desconforto/ dor ligeira, sensação de corpo estranho e fotossensibilidade nos primeiros dias do pós-operatório, mas a medicação prescrita associada a repouso relativo (evitando atividade física intensa e levantamento de pesos) e o uso de óculos com proteção UV permitirão o alívio significativo e rápido  desses sintomas.

Quanto tempo demora a recuperação?

A maioria dos pacientes apresenta uma melhoria muito significativa da sua visão imediatamente após a cirurgia e que evolui favoravelmente ao longo da primeira semana, mas a recuperação completa só ocorrerá cerca de 1 a 2 meses depois no caso de lentes flexíveis sem sutura, ou cerca de 6 meses de no caso de lentes rígidas em que haja necessidade de remoção progressiva de sutura. Em qualquer dos casos, a melhor visão corrigida que se pode atingir após o implante das LIOs é quase sempre igual ou superior à obtida com óculos ou lentes de contacto antes da cirurgia, e com grande qualidade visual.

O erro refrativo fica sempre corrigido definitivamente?

Em alguns casos, o erro refrativo poderá não ficar completamente corrigido apenas com o implante das LIOs fáquicas e ser necessário o uso de óculos ou lentes de contacto após a cirurgia. No caso de ser possível, a cirurgia LASER poderá ser efetuada num segundo tempo cirúrgico de forma a eliminar qualquer pequena graduação residual.

Quais as complicações possíveis?

O maior risco associado à cirurgia de implante de LIOs fáquicas deriva do facto de olho ser aberto para permitir a introdução da LIO e consiste na infeção intraocular denominada endoftalmite. Embora seja extremamente rara, a endoftalmite é potencialmente grave, podendo originar a perda do olho.

Outras possíveis complicações incluem:

  • Reações adversas das estruturas oculares ao implante, nomeadamente o desenvolvimento de catarata;
  • Perda de células do endotélio da córnea e/ou a inflamação da íris.

Nestes casos poderá ser necessário efetuar o explante definitivo das LIOs ou a sua substituição por outras de diferente material. Existe ainda a possibilidade de as LIOs faquicas saírem da sua posição correta após a implantação e haver necessidade de serem recolocadas.

Com que frequência deve consultar o oftalmologista após a cirurgia?

Após a recuperação total da cirurgia, haverá necessidade de o oftalmologista observar o paciente com periodicidade anual, de forma a avaliar a estabilidade da LIO e a evolução do número e da forma das células endoteliais da córnea ao longo do tempo.

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Concluindo

As doenças oculares são muito diversas e algumas podem ser graves. As mais comuns têm nos dias de hoje tratamento muito satisfatório e opções cirúrgicas rotineiras com técnicas evoluídas que devolvem uma qualidade de visual muito boa ao doente intervencionado. Como em é evidente a prevenção e o tratamento atempado fazem uma enorme diferença e permitem tratamentos menos agressivos e, portanto, com menos riscos de complicações nomeadamente pós cirúrgicas.

Uma palavra especial para as crianças, lembrando que algumas dificuldades de aprendizagem estão relacionadas com problemas oculares. As crianças devem ser examinadas à nascença, aos 2 anos e na altura da entrada escolar. A deteção precoce é de vital importância para corrigir esses problemas e permitir um percurso escolar normal que não deixe “marcas” nem “rótulos” nas crianças afetadas.

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

Fonte: Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

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DOR NO OUVIDO TUDO O QUE NÃO SABE!

Dor no ouvido ou otalgia é muitas vezes forte e deve ser tratada de imediato, principalmente quando a sua origem é infeciosa, levando inclusive a um tratamento antibiótico (quando existe infeção) mais prolongado do que noutras infeções comuns como as de garganta.

Neste artigo vou tratar ás seguintes questões:

      • Qual a anatomia do ouvido humano?
      • O que é o ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno?
      • Quais os tipos de dor no ouvido?
      • Porque sentimos dor no ouvido?
      • A dor de ouvido pode ser causada por infeções externas?
      • O que é uma otite?
      • O que é uma otite externa?
      • Quais os mecanismos de defesa do ouvido?
      • Quais as causas de uma otite externa?
      • Quais os fatores de risco para otite externa?
      • Quais os sintomas de otite externa?
      • O que é uma otite externa necrotizante ou maligna?
      • Qual o tratamento da otite externa?
      • O que é uma otite média?
      • Quais os fatores de risco para otite média?
      • Quais os sintomas de uma otite média?
      • Quais as complicações de uma otite média?
      • Qual o tratamento da otite média?
      • Quais os sinais de dor no ouvido em crianças pequenas?
      • Quais as causas mais comuns de dor no ouvido?
      • Que cuidados podemos ter em casa para diminuir a dor no ouvido?
      • Como diminuir a dor no ouvido causada por grandes altitudes?
      • Que cuidados pediátricos devemos ter em casa?
      • Quando se deve pedir apoio médico urgente?
    • Quais os tratamentos mais utilizados para a dor de ouvido?

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Anatomia do ouvido humano

Anatomia do ouvido melhorsaude.org melhor blog de saude

Ouvido externo, médio e interno

O ouvido divide-se em três partes principais, a saber:

  • Ouvido externo, formado pelo canal auditivo.
  • Ouvido médio, onde se situa o tímpano, o martelo a bigorna e o estribo.
  • Ouvido interno, onde se situa a cóclea e se faz a ligação ao nervo auditivo que envia e recebe a informação ao cortex cerebral.

Ouvido externo médio e interno melhorsaude.org melhor blog de saude

Ouvido externo médio interno cerebro melhorsaude.org melhor blog de saude

Otalgia e tipos de dor no ouvido

A otalgia ou dor no ouvido pode ser aguda, fraca, ardente, transitória ou constante.

Porque sentimos dor no ouvido?

A dor no ouvido é causada por uma acumulação de líquido, e por pressão na parte posterior do tímpano (chamada de ouvido médio).

O ouvido médio é drenado por um tubo curto e estreito (a trompa de Eustáquio) para as cavidades nasais. Um resfriado ou alergia pode causar a obstrução da trompa de Eustáquio devido ao inchaço, especialmente em crianças pequenas onde a trompa é menor.

Quando a trompa de Eustáquio se fecha, o fluxo normal de líquidos do ouvido médio é obstruído, e o líquido passa a acumular-se, o que pode causar entupimento, dor e perda auditiva.

Otite média melhorsaude.org melhor blog de saude

Infeções externas ao ouvido

Sim, a dor de ouvido não é causada necessariamente por uma doença do ouvido e pode ser consequência de infeções e outros problemas de:

        • Nariz,
        • Boca,
        • Garganta,
      • Articulação do maxilar.

Otite o que é?

As infeções do ouvido recebem o nome de otite. A otite média é a infeção do ouvido médio, espaço cheio de ar atrás do tímpano, que contém os pequenos ossos vibratórios do sistema auditivo. As otites médias são habitualmente causadas por bactérias ou vírus, atacando preferencialmente as crianças.

Otite externa o que é?

Otite externa é uma inflamação da porção externa do ouvido, chamada também de orelha externa. O ouvido externo é composto pelo pavilhão auricular (orelha) e pelo canal auditivo, terminando na membrana timpânica.

Após o tímpano, inicia-se a região do ouvido médio. Quando há uma inflamação em qualquer parte do ouvido externo, damos o nome de otite externa. Quando a inflamação ocorre após o tímpano, chamamos de otite média.

Anatomia do ouvido externo

O canal auditivo externo é um ducto cilíndrico com mais ou menos 2,5cm de comprimento e 1cm de diâmetro. Inicia-se na orelha e termina na membrana timpânica.

A parte mais externa do canal auditivo é revestida por uma pele mais grossa com numerosas estruturas anexas, como glândulas que produzem cerúmen, glândulas sebáceas e folículos pilosos.

A porção interna do canal, mais próxima do tímpano, contém uma pele fina e frágil, sem tecido subcutâneo. A pele nesta área está em contato direto com o osso subjacente. Deste modo, inflamações mínimas ou instrumentação do canal (como uso de objetos para coçar o ouvido) são capazes de provocar dor significativa e/ou ferimentos.

Mecanismos de defesa do ouvido

O nosso canal auditivo possui alguns mecanismos de defesa intrínsecos que dificultam a ocorrência de infeções:

A própria anatomia da orelha já é protetora, pois ela cobre parcialmente o canal auditivo, dificultando a entrada de objetos estranhos. Outro fator que impede a entrada de objetos estranhos é o facto do canal auditivo apresentar uma área mais estreita, o que impede, por exemplo, o dedo de chegar até ao tímpano. A presença de pelos na região mais externa do canal auditivo também age como barreira.

A produção de cerúmen também é essencial, pois além da barreira física, ela causa uma diminuição do pH do canal auditivo, inibindo o crescimento de fungos e bactérias. O cerúmen também é uma substância hidrofóbica (repele a água), o que ajuda a diminuir a humidade dentro do ouvido.

O ouvido é um órgão que faz “autolimpeza”. A pele do canal auditivo cresce de dentro para fora, o que vai naturalmente empurrando a sujidade, o excesso de cera e a descamação da pele para fora do ouvido.

– Assim como várias regiões do nosso organismo, o canal auditivo possui sua própria flora de bactérias, que normalmente não causam problemas de saúde e ainda dificultam a chegada de bactérias mais agressivas.

Causas de infeções do ouvido

Feridas no canal auditivo podem facilitar a penetração de bactérias para tecidos mais profundos, causando infeções. A maioria das otites externas são causadas pela bactéria Pseudomonas aeruginosa,  uma bactéria invasora que normalmente não coloniza o canal auditivo. Das bactérias que normalmente habitam o ouvido, o Staphylococcus aureus é aquela que mais causa otite, principalmente se houver uma ferida na pele do canal do ouvido.

Fatores de risco para otite externa

A otite externa costuma surgir quando algum dos sistemas de proteção atrás citados apresenta problemas, tais como:

Exposição à água é um fator de risco bem documentado para otite externa. Excesso de humidade leva à maceração da pele e à quebra da barreira de cerúmen, mudando a microflora do canal do ouvido, favorecendo o crescimento de bactérias que causam a otite. A otite externa é também conhecida como a otite do nadador.

Traumas, tais como limpeza excessiva (ou agressiva) do ouvido, não só removem cerúmen, mas também podem criar escoriações ao longo da fina camada de pele no canal auditivo, permitindo que bactérias tenham acesso aos tecidos mais profundos. Além disso, parte de um cotonete pode soltar-se ou um pequeno pedaço de papel tecido pode ser deixado para trás no canal do ouvido; esses resquícios podem causar uma reação cutânea grave, levando à infeção.

O uso de cotonete empurra mais o cerúmen para dentro do canal do que o remove. Esse cerúmen comprimido pode agir como uma rolha e só sai com o auxilio de um otorrinolaringologista. O ouvido não precisa ser limpo, ele mesmo é capaz de expulsar o cerúmen e as impurezas. O cotonete além de poder ferir o canal auditivo, ainda impede a “autolimpeza” do ouvido.

Uso frequente de dispositivos que ocluem o canal do ouvido, como aparelhos auditivos, fones de ouvido (auriculares) ou tampões de mergulho também predispõem à otite externa.

Dermatite de contacto alérgica pode levar à otite externa (por exemplo, alergia a brincos ou produtos químicos em cosméticos ou shampoos), assim como outras condições dermatológicas, como, por exemplo, psoríase ou dermatite atópica.

A otite externa pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum em crianças entre 7 e 12 anos.

Sintomas da otite externa

Os sintomas mais comuns da otite externa são:

    • Dor,
    • Comichão,
    • Sensação de entupimento
    • Corrimento de líquido do ouvido.

A dor de ouvido na otite externa costuma ser muito forte e piora quando se puxa ou aperta a orelha. É possível surgirem alguns linfonodos palpáveis no pescoço do lado do ouvido afetado.

Ao exame com o otoscópio é possível notar o canal auditivo muito edemaciado e avermelhado, sinais típicos de inflamação. A febre só costuma surgir nos casos mais graves.

Otite externa necrotizante (Otite externa maligna)

Otite externa maligna, também chamada de otite externa necrotizante, é uma complicação grave e potencialmente fatal de otite externa bacteriana aguda. Mais comum em pacientes diabéticos, idosos e imunocomprometidos, ela ocorre quando a infeção se espalha a partir da pele aos ossos e espaços da medula da base do crânio (também envolvendo tecidos moles e da cartilagem da região temporal).

Pacientes com otite externa necrotizante normalmente têm dor forte e corrimento purulento. Edema, vermelhidão e franca necrose da pele do canal auditivo podem ser evidentes ao exame otoscópico. Paralisia de nervos cranianos são um sinal de mau prognóstico.

Meningite causada por otite

A otite externa maligna pode levar a abscesso cerebral e à meningite bacteriana.

O diagnóstico é auxiliado pela ressonância magnética ou tomografia computadorizada, mostrando progressão da infeção para as estruturas ósseas. Pacientes suspeitos de terem otite externa maligna devem ser imediatamente encaminhados a um otorrinolaringologista.

Tratamento da otite externa

A maioria das pessoas com otite externa pode ser tratada em casa. Em alguns casos, o médico vai lavar o ouvido com água e peróxido de hidrogênio antes de começar o tratamento. Este procedimento acelera a cura, removendo as células mortas da pele e o excesso de cera do ouvido.

A prescrição de medicamentos em gotas para ouvido servem para reduzir a dor e inchaço causado pela otite externa. Essas gotas normalmente contêm uma combinação de corticoides, antifúngicos e antibióticos. Não use medicamentos por conta própria, antes de pingar qualquer remédio no ouvido para tratar uma otite é preciso ter certeza que o tímpano não está perfurado.

A aplicação correta das gotas é essencial para que estas atinjam o canal do ouvido, a saber:

    • Deite-se de lado ou incline a cabeça para o ombro oposto.
    • Preencha o canal do ouvido com gotas.
    • Deite-se de lado por 20 minutos e coloque uma bola de algodão no canal do ouvido.

Você deve começar a sentir-se melhor dentro de 36 a 48 horas após o início do tratamento. Se a dor piorar ou não houver sinais de melhora neste período de tempo, procure o médico. Analgésicos ou anti-inflamatórios  em comprimidos podem ser usados para alivio da dor.

Evite molhar os ouvidos  durante o tratamento. Durante o banho, pode colocar uma bola de algodão revestido com vaselina na orelha. Evite nadar durante pelo menos dez dias após o início do tratamento. Evite também usar aparelhos auditivos e “fones” de ouvido até a dor desaparecer.

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Otite média o que é?

A otite média aguda é a inflamação e acumulação de líquido no ouvido médio, habitualmente causados por infeções virais do trato respiratório, como resfriados ou gripe. Estas infeções podem causar um inchaço nas mucosas do nariz e da garganta, diminuindo as defesas naturais do organismo e a eliminação de bactérias a partir do nariz. As infeções virais do trato respiratório também podem prejudicar o funcionamento da trompa de Eustáquio, favorecendo a acumulação de líquidos dentro do ouvido médio. A falta de drenagem de líquido favorece a colonização do mesmo por bactérias, levando à infeção e aumento da pressão do ouvido médio.

Nas crianças, a trompa de Eustáquio é anatomicamente diferente dos adultos, sendo menos angulada, o que dificulta a abertura e favorece seu entupimento em casos de infeção respiratória. Cerca de 60% das crianças têm pelo menos um episódio de otite média durante o seu primeiro ano de vida. Esta taxa sobe para quase 90% até os três anos. A otite média não é uma infeção contagiosa. Não é preciso isolar a criança.

Fatores de risco para a otite média

O principal fator de risco é a idade, sendo as crianças pequenas as principais vítimas. O pico de incidência da otite média ocorre entre 6 e 18 meses de vida. Conforme a criança cresce, as otites vão se tornando menos frequentes, apesar de haver novo pico de incidência entre os 4 e 5 anos de idade. Após o surgimento dos dentes definitivos a taxa de otite média cai drasticamente. Adultos também podem ter otite média, mas é pouco comum.

Sintomas da otite média

Os principais sintomas da otite média aguda nas crianças são:

  • Febre,
  • Dor de ouvido,
  • Perda auditiva temporária.

Estes sintomas habitualmente surgem de forma súbita.

Em lactentes e crianças pequenas, o diagnóstico pode ser mais difícil, pois os sintomas são menos típicos, podendo incluir irritabilidade, puxar a orelha frequentemente, apatia, falta de apetite, vômitos, diarreia ou conjuntivite.

A perfuração do tímpano é uma das complicações mais comuns. O paciente sente um súbito alívio da dor e melhora da audição, associados a saída de secreção pelo ouvido (otorreia), que pode ser clara, purulenta ou com sangue. A perfuração do tímpano e a otorreia podem permanecer durante semanas, levando à otite média crónica supurativa, ou simplesmente desaparecer espontaneamente após poucos dias.

Através da otoscopia (exame do ouvido) o médico pode avaliar o tímpano, conseguindo notar a presença de inflação do mesmo e líquido dentro do ouvido médio. O exame também permite comprovar perfurações na membrana timpânica. A otoscopia não dói, mas é um exame difícil de ser feito em crianças, pois as mesmas não costumam aceitar a introdução do aparelho dentro do ouvido. Muitas vezes a criança fica tão inquieta que o médico não consegue realizar o exame adequadamente.

Complicações da otite média

Uma perda auditiva leve e temporária é um sintoma comum das otites médias e costuma melhorar após a resolução do quadro. Todavia, otites crónicas ou não tratadas adequadamente podem causar perdas significativas e permanentes de audição, caso haja algum dano permanente no tímpano ou noutras estruturas do ouvido médio.

Entre outras complicações da otite média aguda, podemos também citar:

  • Otite média crônica supurativa,
  • Labirintite,
  • Meningite,
  • Colesteatoma (crescimento de tecido no ouvido médio levando à destruição dos ossículos),
  • Paralisia facial,
  • Mastoidite,
  • Abscesso cerebral.

Tratamento da otite média

A maioria das otites médias não precisa de ser tratada com antibióticos, pois boa parte resolve-se espontaneamente em 1 ou 2 semanas. O uso indiscriminado de antibióticos, além de desnecessário em muitos casos, pode levar à seleção de bactérias mais resistentes, o que pode dificultar o tratamento nos casos em que os antibióticos são realmente necessários.

Muitos pacientes podem ser tratados apenas com anti-inflamatórios. Anti-histamínicos e descongestionantes nasais não estão indicados.

Se a criança estiver bem, sugere-se uma reavaliação médica em 72 horas para avaliar a necessidade de tratamento com antibióticos. Habitualmente, indica-se o uso de antibiótico no seguintes casos:

  • Idade menor que 2 anos,
  • Otite bilateral,
  • Otorreia,
  • Sintomas intensos, como febre alta, dor e prostração,
  • Ausência de melhora em 72 horas.

Quando os antibióticos estão indicados, a amoxicilina costuma ser a droga de escolha. Outras opções são a amoxicilina + ácido clavulânico, cefuroxima ou ceftriaxona. Nos pacientes alérgicos à penicilina e cefalosporinas, as opções são a claritromicina, azitromicina ou eritromicina .

Vacinas disponíveis

Atualmente o calendário vacinal inclui vacinas contra algumas das principais bactérias e vírus causadoras das otites médias, como Haemophilus influenza, Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e vírus Influenza (gripe). Estas vacinas têm conseguido reduzir substancialmente a incidência de otites médias.

Crianças e sinais de dor no ouvido

O aumento da irritabilidade ou o ato de puxar as orelhas são sinais frequentes de dor de ouvido em crianças. Os sintomas de infeção do ouvido podem incluir:

    • Febre,
    • Dor de ouvido,
    • Inquietação,
    • Aumento do choro,
    • Irritabilidade,
    • Puxar as orelhas.

As infeções de ouvido são muito comuns na infância, e estão frequentemente associadas a resfriados. A maioria das crianças terá uma perda auditiva temporária e sem importância durante, e logo após, uma infeção do ouvido, mas raramente há qualquer perda auditiva permanente, desde que o problema seja adequadamente tratado por um médico.

Causas mais comuns de dor no ouvido

As causas mais comuns de dor no ouvido são as seguintes:

  • Obstrução do ouvido externo (por um corpo estranho ou cera do ouvido)
  • Infeção do ouvido externo e interno:
    • otite externa
    • otite média aguda
    • otite externa crónica
    • otite externa maligna
    • otite média crónica
  • Grandes altitudes (e outras causas de barotrauma agudo)
  • Tímpano rompido ou perfurado
  • Infeção dentária
  • Infeção dos seios nasais
  • Artrite do maxilar
  • Dor de garganta (faringite, amigdalite e assim por diante), com dor que se irradia aos ouvidos

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Tratar em casa a dor de ouvido

Um vaporizador pode ser útil pois aumenta a humidade, o que pode manter o muco fino. Os analgésicos de venda livre na farmácia podem oferecer alívio parcial da dor para os adultos que estiverem com dor de ouvido.

A abertura da trompa de Eustáquio pode ajudar. Os anti-histamínicos, os descongestionantes ou as gotas nasais diminuem a quantidade de secreção nasal e reduzem as membranas mucosas. Utilize estes produtos somente por alguns dias. Se os sintomas persistirem por mais tempo consulte um médico.

Grandes altitudes e dor de ouvido

A dor de ouvido causada pela descida rápida de grandes altitudes, por exemplo nas viagens de avião, pode ser aliviada das seguintes formas:

    • Pela deglutição (Ex: engolir saliva),
    • Mascar pastilha elástica ou outros métodos,
    • Permitir que os bebés mamem no biberão durante a descida pode ajudar.

Cuidados pediátricos em casa

    • Administre um analgésico em supositório ou em líquido (paracetamol oral ou ibuprofeno), utilizando as doses recomendadas na embalagem
    • Evite fumar perto da criança (devido ao aumento do risco de infeções),
    • Se previamente prescritas pelo médico, coloque gotas no ouvido da criança para aliviar a dor,
    • Aplique uma compressa morna (com um pano ou garrafa com água) no ouvido para reduzir o desconforto,
    • Se a criança sentir desconforto ao deitar, deixe-a inclinada para ajudar a reduzir a pressão no ouvido médio. Evite o uso de aspirina em adolescentes ou crianças que possam estar com gripe ou varicela, devido ao risco da síndrome de Reye, um problema grave que compromete o fígado e o cérebro.

Apoio médico urgente: Quando pedir?

O apoio médico e farmacêutico urgente deve ser pedido, sem demoras, nas seguintes situações:

  • Dor de ouvido e/ou desconforto forte ou persistente por mais de 2 dias. Todas as infeções de ouvido, mesmo as leves, requerem tratamento

O que acontece na consulta?

Será obtida a história clínica e realizado um exame físico. A documentação detalhada da história clínica da dor de ouvido poderá incluir as seguintes perguntas:

  • evolução:
    • quando começou?
    • está a melhorar, piorar ou está igual?
    • a dor é constante?
  • outros:
    • que outros sintomas também estão presentes?
    • há pressão no ouvido?
    • há drenagem do ouvido?
    • há ruído incomum no ouvido?
    • há febre?
    • há dor no osso atrás do ouvido?

O exame físico pode incluir um exame do ouvido, do nariz, do mastoide (estrutura óssea atrás do ouvido) e da garganta. A dor, sensibilidade ou vermelhidão do mastoide frequentemente indicam uma infeção grave. Os possíveis exames de diagnóstico incluem cultura sanguínea e estudos de sensibilidade (se houver secreção).

Tratamento para a dor de ouvido

Antibióticos e medicamentos para abrir a(s) trompa(s) de Eustáquio (tais como descongestionantes e anti-histamínicos), são frequentemente prescritos. É importante tomar todos os antibióticos prescritos no horário correto.

Os antibióticos mais utilizados são os seguintes:

      • Amoxicilina + ácido clavulânico,
      •  Amoxicilina
      •  Cefuroxima
      • Ceftriaxona injectável.

Nos pacientes alérgicos à penicilina e cefalosporinas, as opções são:

  • Claritromicina,
  • Azitromicina,
  • Eritromicina.

A colocação de tubos auditivos pode ser recomendada para crianças que têm otite média persistente, para restabelecer o funcionamento adequado do ouvido médio. A inserção de tubos é um procedimento simples e muito eficiente.

Concluindo

As dores de ouvido são, em muitos casos, bastante dolorosas. Atacam  muitas crianças pequenas pelo que é de grande importância estar com muita atenção aos sinais que um bebé ou criança pequena demonstra e que por vezes são difíceis de detetar ao ponto de poderem ser apenas um coçar de orelha! Se tiver dúvidas, febre ou dor consulte o seu médico para um exame ao ouvido como única forma de diagnosticar atempadamente uma otite.

Fique bem!

Franklim Fernandes

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VARIZES NAS PERNAS ESTA É A VERDADE!

As varizes fazem parte de um espectro de situações clínicas que costuma ser designado por “Doença Venosa Crónica”. Segundo a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) A Doença Venosa Crónica é uma patologia crónica e evolutiva, que afecta as veias das pernas que transportam o sangue até ao coração. Quando não é identificada e tratada a tempo pode originar diversas complicações que têm um elevado impacto no dia-a-dia dos doentes.

Em Portugal, à semelhança de outros países ocidentais, esta doença tem uma elevada prevalência, atingindo cerca de 35% da população adulta, com maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos, embora também afecte os homens (60% F/ 40% M).

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Qual a estrutura do sistema venoso das pernas?
  • O que são as varizes?
  • Qual a diferença entre derrames e varizes?
  • Quais os principais sintomas dos derrames e varizes?
  • Que tipos de existem?
  • O que são varizes primárias e as secundárias?
  • Quais as causas?
  • Quais os sintomas?
  • Quais os riscos de doença venosa crónica?
  • Trombose venosa profunda: O que é?
  • Trombose venosa: Qual a causa?
  • Trombose: Quais os factores de risco?
  • Trombose venosa profunda: Quais os sintomas?
  • Quais os tratamentos?
  • Como evitar?
  • Como exercitar as pernas?
  • Qual o melhor desporto?
  • Quais os desportos que deve evitar?
  • Porquê evitar lugares quentes?
  • Porque faz bem o frio?
  • Porquê evitar a prisão de ventre e excesso de peso?
  • Qual o vestuário adequado?
  • Qual o calçado adequado?
  • Como melhorar a circulação venosa durante o sono?
  • Gravidez: Porque faz mal ás varizes?
  • Massagens: Porque fazem bem?

LEIA AQUI TODAS AS RESPOSTAS

Alergia alimentar quais os alimentos mais perigosos?



Alergia alimentar: Quais os alimentos comuns que podem provocar problemas alérgicos? Saiba tudo neste artigo que pretende ser um instrumento de ajuda essencial para quem tem ou suspeita que pode ter uma alergia, nomeadamente a alguns alimentos. É essencial alertar para a necessidade de, havendo suspeita, o mais cedo possível serem identificadas essas alergias sob pena de terem a sua qualidade de vida bastante degradada e em alguns casos até correr perigo de vida devido à possibilidade, embora rara, de choque anafilático.

Neste artigo vamos responder ás seguintes questões:

  • Alergia: O que é?
  • Atopia: O que é?
  • Qual a incidência de alergias na população?
  • Porque têm aumentado as alergias?
  • Será que o nosso sistema imunológico está diferente?
  • Doenças alérgicas: Quais as principais?
  • Alergia alimentar: Quais os sintomas?
  • Intolerância alimentar o que é? Qual a diferença?
  • A alergia alimentar tem influência genética familiar?
  • Reacções alérgicas  imediatas vs retardadas: Quais são e quais as diferenças?
  • Anafilaxia ou reação anafilática: O que é?
  • Urticária: O que é?
  • Angioedema: O que é?
  • Alergias em crianças: Quais as mais frequentes?
  • Alergia nos adultos: Quais as mais frequentes?
  • Sindrome de Alergia Oral: O que é?
  • Reactividade cruzada: O que é?
  • Diagnóstico de alergia alimentar: Como se faz?
  • Exercício físico após comer pode provocar alergia alimentar?
  • Teste cutâneo positivo significa sempre alergia a esse alimento?
  • Teste cutâneo negativo significa sempre ausência de alergia a esse alimento?
  • Teste de provocação oral (TPO): O que é?
  • Como evitar uma alergia alimentar?
  • Uma alergia pode desaparecer com a idade?
  • Tratamento de uma alergia alimentar: Qual o melhor?
  • Alimentos que mais frequentemente causam alergias alimentares: Quais são?

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Alergia o que é?

Uma alergia é uma reação de hipersensibilidade, a estímulos externos, mediada pelo sistema imunitário, nomeadamente um tipo de anticorpo com uma importância central em todas as doenças alergicas, designado imunoglobulina E (IgE).

Reacção alérgica

Alergia alimentar o que é?

Alergia alimentar é uma reação do sistema imunológico contra um determinado alimento considerado inofensivo para a maioria das pessoas. Algumas pessoas apresentam alergia a mais do que um alimento de grupos diferentes, situação menos frequente, que é designada de alergia alimentar múltipla.

É obviamente uma reação alérgica provocada por um alimento ou aditivo contido nesse alimento. Por vezes existem alergias a alimentos importantes e muito usados na nossa alimentação como por exemplo leite, ovos e trigo.

Intolerância alimentar o que é?

A intolerância alimentar não é uma alergia pois não é mediada pelo nosso sistema imunitário.  A Intolerância Alimentar consiste numa reação adversa ao alimento que não envolve o sistema imunológico. Frequentemente resulta de alterações ou distúrbios do metabolismo do alimento. Neste caso, as reações não têm o mesmo potencial de gravidade da resposta alérgica e os sintomas desenvolvem-se com maior frequência ao nível gastrointestinal.

Os sintomas mais frequentes da intolerância alimentar são:

  • Inchaço ou distensão abdominal;
  • Gases;
  • Cólicas;
  • Flatulência;
  • Azia;
  • Dor de cabeça;
  • Mal estar geral.

Saber mais sobre intolerância alimentar aqui

Atopia o que é?

A atopia pode ser entendida como uma tendência individual e/ou familiar para desencadear reações de hipersensibilidade mediadas pela IgE.

Um dos exemplos mais frequentes é a pele atópica.

Alergia e incidência na população

De acordo com a World Allergy Organization (WAO), cerca de 40% da população mundial sofre de pelo menos uma doença alérgica sendo o 5º grupo de doenças crónicas mais frequentes nos países desenvolvidos. Estes números serão mais graves no futuro porque um dos segmentos da população mais afetados são as crianças e portanto haverá, um aumento das patologias alérgicas. Na altura da primavera  maior parte das pessoas que sofre de rinaconjuntivite tem alergia ao pólenes.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), cerca de:

  • 30% da população sofre de rinite,
  • 16% da população terá também conjuntivite,

No entanto, muitos doentes nunca fizeram diagnóstico. Apenas um terço das pessoas foram vistas por causa da doença e ainda menos fizeram testes de alergia.

Causas do aumento das alergias

As doenças alérgicas estão a aumentar, o que tem sido associado a diversos fatores tais como:

  • Mudanças no estilo de vida,
  • Alterações climáticas, nomeadamente aumento da temperatura
  • Aumento da poluição atmosférica,

Sistema imunitário será que está diferente?

Nas crianças do países ocidentais o número de infeções por bactérias, vírus e parasitas tem vindo a diminuir graças à evolução das vacinas, antibióticos e melhoria das condições sanitárias.

Estas circunstâncias no seu conjunto levaram a que o nosso sistema imunitário, pelo facto de não ter uma ameaça tão forte de parasitas e agentes microbianos patogénicos, se concentre agora mais nos alérgenos ambientais que teoricamente deveriam ser inofensivos para as pessoas.

Doenças alérgicas quais as principais?

As principais doenças alérgicas são as seguintes:

Alergia alimentar qual a incidência?

A alergia alimentar  atinge cerca de 1-2 %  da população geral nos países  industrializados e mais de 8% das crianças. O número de indivíduos com reações graves de causa  alérgica, após ingestão  de alimentos, tem vindo a aumentar.

As reações a alimentos poderão não ter uma causa alérgica,  designando-se então  como reações alimentares  adversas.

Influência genética qual a importância?

A alergia alimentar tem uma forte componente genética e até 70% dos doentes apresentam história familiar positiva.

Sintomas quais são?

A alergia a um determinado alimento origina, habitualmente, o aparecimento dos sintomas poucos minutos após a ingestão.

Estas reações denominadas imediatas podem atingir de uma forma isolada ou combinada:

  • Pele e mucosas,
  • Vias respiratórias,
  • Sistema gastrointestinal,
  • Sistema cardiovascular.

Os sintomas alergia alimentar são geralmente os seguintes:

  • Urticária,
  • Angioedema,
  • Rinoconjuntivite,
  • Asma,
  • Choque anafilático.

Reações alérgicas imediatas vs retardadas

As manifestações clínicas de tipo alérgico imediato mais frequentes são:

As reações anafiláticas são mais raras. Assumem, no entanto, uma importância primordial, já que se desencadeiam muito rapidamente, colocando em risco a vida do doente, quando não tratadas de forma imediata.

Outras manifestações de alergia alimentar incluem reações retardadas que ocorrem em doentes com:

  • Eczema atópico e/ou enteropatia ao glúten, sendo mais difíceis de diagnosticar porque, frequentemente, decorre muito tempo entre a ingestão alimentar e a ocorrência dos sintomas.

Alergias nas crianças mais frequentes

As manifestações clínicas de alergia alimentar variam com a idade.

Na infância, a forma de apresentação alérgica mais comum é o eczema atópico.

Os alimentos mais frequentemente envolvidos são:

  • Leite,
  • Ovo,
  • Frutos secos,
  • Soja,
  • Trigo,
  • Peixe,
  • Marisco.

Alergias nos adultos mais frequentes

No adulto são habituais as reações imediatas sendo os alimentos mais problemáticos os seguintes:

  • Frutos secos,
  • Peixe e marisco,
  • Alimentos de origem vegetal.

Síndrome de alergia oral

A síndrome de alergia oral caracteriza-se  pelo aparecimento de edema, comichão  e/ou formigueiro dos lábios, boca e garganta quando o agente causal, habitualmente um fruto fresco ou vegetal, contacta  com  a  mucosa  oral  do  indivíduo alérgico.

Reatividade cruzada

Na sua maioria, os doentes estão sensibilizados a pólens. Esta sensibilização simultânea (pólens e alimentos) deve-se à existência de reatividade cruzada a proteínas com estrutura semelhante que ocorrem, naturalmente, em plantas de diferentes origens.

Os exemplos mais comuns destas síndromes de reatividade cruzada são:

  • Síndrome bétula-maça
  • Síndrome artemisia-aipo-cenoura-especiarias
  • Síndrome gramíneas-rosáceas
  • Síndrome Plantago-Cucurbitaceae

Urticária

A urticária não é uma doença mas sim um síndrome comum, com lesões cutâneas afetando todas as faixas etárias, estimando-se que cerca de 20 a 30% da população, em algum momento da sua vida, tenha pelo menos um episódio de urticária.

É caracterizada pelo rápido aparecimento de pápulas (lesões cutâneas ligeiramente elevadas em relação à pele sã), eritematosas (avermelhadas) algumas vezes esbranquiçadas na parte central, acompanhadas de prurido (comichão) ou por vezes sensação de queimadura, desaparecendo por breves segundos após pressão.

Estas lesões desaparecem espontaneamente ou com terapêutica anti-histamínica, sem pigmentação residual num período de 24 horas podendo no entanto voltar a aparecer.

Em alguns casos, o edema da derme profunda e sub-cutis pode ser tão importante que dá origem ao aparecimento de angioedema (inchaço), por vezes doloroso em alternativa a pruriginoso, com envolvimento frequente das mucosas, sendo a resolução mais lenta comparativamente à da urticária (até 72 horas).

Saber mais sobre urticária aqui

Sintomas gastrointestinais frequentes

Na alergia alimentar os sintomas intestinais mais frequentes são:

  • Náuseas
  • Vómitos
  • Cólicas abdominais
  • Diarreia

Anafilaxia ou reação anafilática

As reações anafiláticas (anafilaxia) são reações alérgicas repentinas, generalizadas, potencialmente graves e que apresentam risco à vida.

Caracterizam-se pela ocorrência de sintomas envolvendo simultaneamente:

  • A pele e mucosas
  • O aparelho respiratório
  • O aparelho cardiovascular
  • O aparelho gastrointestinal

Em alguns países a ingestão de amendoim é a causa mais comum de reações fatais. Quantidades mínimas deste alimento podem ser suficientes para induzir reações anafiláticas em pessoas sensibilizadas.

A ingestão acidental e sem intenção pode ocorrer, particularmente, por contaminação, durante o processamento industrial de outros alimentos.

Anafilaxia quais os sinais?

Os sinais mais comuns de reação anafilática são os seguintes

  • Começam frequentemente com uma sensação de desconforto, seguida por sensações de formigamento e tontura.
  • Em seguida, surgem rapidamente sintomas graves que incluem coceira e urticária generalizada, inchaço, sibilos, dificuldade respiratória, desmaio e/ou outros sintomas alérgicos.

Estas reações podem ser fatais em pouco tempo. A melhor maneira de evitar um ataque é evitar o fator desencadeante.

As pessoas afetadas devem trazer sempre consigo anti-histamínicos e uma seringa autoinjectável de epinefrina. As reações anafiláticas exigem tratamento de emergência.

Reações anafiláticas causas mais comuns

As causas mais comuns de anafilaxia são:

  • Fármacos (como a penicilina)
  • Picadas de insetos
  • Certos alimentos (especialmente ovos, frutos do mar e nozes)
  • Injeções contra alergia (imunoterapia com alérgenos)
  • Látex

Porém, também podem ser causadas por qualquer alérgeno. Tal como acontece com outras reações alérgicas, não costuma ocorrer uma reação anafilática depois da primeira exposição a um alérgeno, mas sim depois de uma exposição posterior.

No entanto, muitas pessoas não se recordam da primeira exposição. É provável que qualquer alérgeno que cause uma reação anafilática em uma pessoa cause essa reação em exposições posteriores, a menos que se tomem medidas para o evitar.

Sintomas de anafilaxia

As reações anafiláticas começam nos primeiros 15 minutos da exposição ao alérgeno. Só excecionalmente as reações começam após 1 hora. Os sintomas variam, mas a pessoa normalmente apresenta os mesmos sintomas todas as vezes, a saber:

  • O coração palpita rapidamente.
  • A pessoa pode sentir-se ansiosa e agitada.
  • A pressão arterial pode cair, causando desmaios.
  • Outros sintomas incluem sensação de formigamento, tontura, pele com comichão e avermelhada, tosse, coriza, espirros, urticária e inchaço do tecido sob a pele (angioedema).
  • A respiração pode tornar-se difícil e podem aparecer sibilos, porque a garganta e/ou vias aéreas se contraem ou incham.
  • A pessoa pode ter náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia.

Uma reação anafilática pode progredir tão rapidamente que pode provocar:

  • Colapso,
  • Paragem respiratória,
  • Convulsões,
  • Perda da consciência em 1 ou 2 minutos.

A reação pode ser mortal, a menos que se proporcione um tratamento de emergência de imediato. Os sintomas podem recorrer 4 a 8 horas após a exposição inicial ou mais tarde.

Anafilatoide vs Anafilaxia

As reações anafilatoides assemelham-se às reações anafiláticas. Todavia, ao contrário do que ocorre nas reações anafiláticas, podem ocorrer reações anafilatoides após a primeira exposição a uma substância.
As reações anafilatoides não são reações alérgicas porque a imunoglobulina E (IgE), a classe de anticorpos envolvida nas reações alérgicas, não as provoca. Pelo contrário, a reação é causada diretamente pela substância.
Os fatores desencadeantes mais comuns das reações anafilatoides incluem corantes que contêm iodo, que podem ser visualizados em radiografias (corantes radiopacos), aspirina e outros fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), opiáceos, transfusões sanguíneas e exercícios.
Na medida do possível, evita-se utilizar meios de contraste nos procedimentos radiológicos em pessoas com reações anafilatoides a estes corantes. No entanto, algumas doenças não podem ser diagnosticadas sem meios de contraste. Nestes casos, o médico usa contrastes que apresentam menor probabilidade de causar reações.
Além disso, geralmente administram-se fármacos que bloqueiam as reações anafilatoides, como prednisona e difenidramina, antes de injetar o meio de contraste.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é óbvio e se baseia nos sintomas. Como os sintomas podem ser fatais em pouco tempo, o tratamento é iniciado de imediato. Se os sintomas forem leves, o diagnóstico pode ser confirmado através de exames de sangue ou urina, que medem os níveis das substâncias produzidas durante as reações alérgicas. No entanto, normalmente esses testes são desnecessários.

Prevenção

A melhor prevenção é evitar o alérgeno. As pessoas que são alérgicas a certos alérgenos inevitáveis (como as picadas de insetos) podem se beneficiar de imunoterapia com alérgenos a longo prazo ( Imunoterapia com alérgenos (dessensibilização)).

As pessoas que apresentam essas reações devem levar sempre consigo uma seringa autoinjectável de epinefrina e comprimidos anti-histamínicos para um tratamento imediato. Caso ocorra o desencadeamento (por exemplo, se forem picadas por um inseto), ou se começaram a apresentar sintomas, devem se Auto injetar e tomar os anti-histamínicos imediatamente.

Em geral, esse tratamento detém a reação, ao menos temporariamente. No entanto, depois de uma reação alérgica de caráter grave, e imediatamente após se Auto injetar, a pessoa deve se dirigir ao serviço de emergência de um hospital, onde poderá ser adequadamente monitorada e o tratamento poderá ser ajustado conforme necessário. A pessoa também deve usar um bracelete de Alerta Médico, com uma lista das suas alergias.

Tratamento da anafilaxia

Em casos de emergência, o médico administra epinefrina por injeção subcutânea em um músculo ou uma veia. Caso a respiração seja gravemente comprometida, um tubo respiratório pode ser introduzido na traqueia pela boca ou nariz (intubação) ou por uma pequena incisão na pele que cobre a traqueia, e o oxigênio é administrado por esse tubo respiratório.

Em geral, a pressão arterial baixa retorna ao normal logo após a administração de epinefrina. Caso não retorne, fluidos intravenosos são administrados para aumentar o volume de sangue. Algumas vezes, medicamentos que estreitam os vasos sanguíneos (vasoconstritores) também são administrados ajudando a elevar a pressão arterial.

São administrados anti-histamínicos (como a difenidramina) e bloqueadores de histamina-2 (H2) (como a cimetidina) por via intravenosa até o desaparecimento dos sintomas. Se necessário, beta-agonistas inalatórios (como albuterol) são administrados para expandir as vias aéreas e auxiliar a respiração.

Algumas vezes, um corticosteroide é administrado para ajudar a prevenir a recorrência dos sintomas várias horas depois.

Angioedema

Angioedema é o inchaço de áreas de tecido subcutâneo que, por vezes, afeta a face e a garganta.

  • O angioedema pode ser uma reação a um fármaco ou substância (fator desencadeante), uma doença hereditária, uma complicação rara do câncer ou uma doença imunológica; no entanto, às vezes a causa é desconhecida.
  • O angioedema pode envolver inchaço da face, garganta, trato digestivo e vias aéreas.
  • Os anti-histamínicos podem aliviar os sintomas leves, mas se o angioedema dificultar a deglutição ou a respiração, é necessário tratamento de emergência.
  • É frequente que o angioedema ocorra com urticária ( Urticária). Tanto a urticária como o angioedema envolvem inchaço, sendo mais profundo no angioedema (sob a pele) do que na urticária, e pode não coçar.

Causas mais comuns

  • Muitos fármacos, como a aspirina, outros fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs –Analgésicos não opioides : Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides) e certos opioides (denominados opiáceos) como morfina e codeína
  • Picadas ou mordidas de insetos
  • Injeções contra alergia (imunoterapia com alérgenos)
  • Certos alimentos — especialmente ovos, peixes, frutos do mar, nozes e frutas
  • A ingestão de alguns alimentos, mesmo em quantidades mínimas, pode provocar angioedema. Porém, outros alimentos (como morangos) provocam estas reações apenas depois da ingestão de uma grande quantidade.
  • O angioedema às vezes ocorre depois do uso de um contraste visível ao raio-X (contraste radiopaco) durante um exame de imagem. Em algumas ocasiões, o angioedema sem urticária é causado por inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), que são usados para tratar hipertensão e insuficiência cardíaca.

O angioedema pode ser crónico, recorrendo durante semanas ou meses. A origem pode ser o consumo habitual, não intencional, de uma substância como a penicilina no leite ou um conservante ou corante nos alimentos.

O uso de certos fármacos como a aspirina, outros AINEs ou opiáceos também pode causar o angioedema crónico. O angioedema crónico que se apresenta sem urticária pode ser um angioedema de tipo hereditário Angioedema hereditário e adquirido.

Entretanto, quando o angioedema ocorre novamente (com ou sem urticária) sem que nenhuma causa específica seja identificada, este é denominado angioedema idiopático.

Sintomas do angioedema

O angioedema pode afetar parte ou a totalidade das mãos, pés, pálpebras, língua, lábios ou genitália. Por vezes, as membranas que revestem a boca, a garganta e as vias respiratórias incham, dificultando a deglutição e a respiração. Ocasionalmente, o trato digestivo é afetado, o que resulta em náuseas, vômitos, dor abdominal com cólica ou diarreia.

Muitas pessoas também apresentam urticária. A urticária geralmente começa com ardor. Tipicamente, os surtos de urticária aparecem e desaparecem ( Urticária). Uma pápula pode permanecer durante várias horas e logo desaparecer, reaparecendo mais tarde, em qualquer outro local. Depois de a pápula desaparecer, a pele tem habitualmente um aspeto completamente normal.Angioedema

Diagnóstico

Frequentemente a causa é evidente, e não são necessários exames porque as reações geralmente se resolvem e não recorrem. Caso o angioedema recorra e a causa não seja definida, o médico pergunta ao indivíduo quais os fármacos que está tomando e os alimentos e bebidas que está consumindo.

Se a causa continuar sem ser determinada, especialmente se o indivíduo não apresentar urticária, é possível que o médico realize exames para determinar se é uma forma hereditária de angioedema ( Angioedema hereditário e adquirido).

Caso a causa seja uma picada de abelha, o indivíduo deve consultar um médico. Este pode aconselhar um tratamento a ser seguido no caso de outra picada de abelha.

Tratamento

Se a causa for evidente, o indivíduo deve evitá-la, se possível. Se a causa não for evidente, o indivíduo deve deixar de tomar todos os fármacos que não sejam indispensáveis até que os sintomas se resolvam.

Para o angioedema leve com urticária, o uso de anti-histamínicos alivia parcialmente a coceira e reduz o inchaço. Os corticosteroides, administrados por via oral, são prescritos apenas nos sintomas graves, quando outros tratamentos são ineficazes, e são administrados durante o menor tempo possível. Quando administrados por via oral durante mais de 3 ou 4 semanas, podem causar muitos efeitos colaterais, por vezes sérios ( Corticosteroides: Usos e efeitos colaterais). Produtos para a pele (como cremes, pomadas e loções) com corticosteroides não ajudam.

Para o angioedema sem urticária (como aquele causado por um inibidor da ECA ou uma forma hereditária de angioedema), os anti-histamínicos e corticosteroides podem não ajudar. Nestes casos, por vezes o médico administra plasma fresco congelado ou certos fármacos como ecalantide. Um inibidor de C1 purificado, derivado de sangue humano, também pode ser usado.

Se o angioedema grave provocar dificuldades de deglutição ou respiração ou um colapso, é necessário um tratamento de emergência. A maioria das pessoas que já apresentaram essas reações devem trazer sempre consigo uma seringa autoinjectável de epinefrina e comprimidos anti-histamínicos, que devem ser usados imediatamente caso ocorra uma reação.

Depois de uma reação alérgica grave, essas pessoas devem recorrer ao serviço de emergência de um hospital, onde poderão ser examinadas e tratadas adequadamente.

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Diagnóstico da alergia alimentar

O diagnóstico de alergia a alimentos é fundamentado, em primeiro lugar, na história clínica. Contudo, se existem casos em que a relação causal com a ingestão de determinado alimento é evidente, noutras situações esta relação não é clara. O preenchimento pelo doente de um diário alimentar completo, bem como a descrição das atividades diárias, durante um período de tempo relativamente longo, pode ser essencial para evidenciar qual ou quais os alimentos suspeitos.

Os testes de pele podem ajudar. Nestes, o médico alergologista inocula vários tipos de proteínas no antebraço do doente à procura de reações às mesmas. O resultado costuma demorar apenas 15 minutos. O principal valor do teste é quando este é negativo, servindo para descartar a proteína que não causou reação. O teste positivo não dá certeza de que o paciente seja alérgico àquela proteína. Em alguns casos por causa do alto risco de reação anafilática, o médico pode optar por não fazer este teste. Atualmente é possível realizar a dosagem de IgEs específicas no sangue para se identificar contra quais alimentos se desenvolve alergia.

Exercício físico após refeição

Em certos casos, determinados alimentos só originam a ocorrência de sintomas de alergia alimentar quando o doente realiza esforço físico, após a ingestão dos mesmos (anafilaxia induzida pelo exercício).

Este tipo de alergia alimentar que só se manifesta se o paciente praticar alguma atividade física até 4 horas após a ingestão de determinados alimentos. O doente com este tipo de alergia pode comer camarão e nada sentir, mas se comê-lo e for praticar algum exercício pode até sofrer uma reação anafilática.

Alergia alimentar e alimentação saudável

Como ter uma alimentação saudável se for alérgico a alimentos importantes? Muitas vezes os doentes identificam os alimentos responsáveis pela ocorrência dos sintomas deixando definitivamente de os ingerir. Esta atitude habitualmente não acarreta consequências indesejáveis tratando-se de alimentos isolados. Contudo, e particularmente nas crianças, a adoção de dietas demasiadamente restritivas poderá acarretar défices nutricionais. É fundamental que o diagnóstico de alergia alimentar seja estabelecido por um imunoalergologista. Quando necessário, o aconselhamento para manter uma dieta nutritivamente equilibrada será também orientado por um nutricionista.

Teste cutâneo positivo significa sempre alergia a esse alimento?

A interpretação dos resultados dos testes cutâneos de alergia e das determinações sanguíneas de IgE específica exige experiência e perícia.

Um teste cutâneo positivo a um determinado alimento não implica, necessariamente, ocorrência de alergia. Crianças com história de alergia a um determinado alimento podem desenvolver tolerância, isto é, passar a poder ingeri-lo, mantendo reatividade cutânea a esse alimento.

Teste cutâneo negativo exclui alergia a esse alimento?

Por outro lado, um teste cutâneo negativo não permite excluir, definitivamente, o diagnóstico de alergia alimentar.

Alguns alergénios alimentares podem ser destruídos durante a preparação de extratos comerciais, conduzindo a testes cutâneos falsamente negativos.

Torna-se, assim, necessária a realização de testes por picada, utilizando o alimento fresco.

O teste de provocação oral (TPO) poderá ser necessário para estabelecer o diagnóstico definitivo de alergia alimentar.

Teste de provocação oral (TPO)

O TPO consiste na ingestão de quantidades crescentes do alimento suspeito. A execução deste teste não é isenta de riscos, devendo ser sempre efetuado por especialista experiente, iniciada em ambiente hospitalar e com vigilância ao longo de pelo menos 24 horas.

Reatividade cruzada

A reatividade cruzada significa que quando se é alérgico a um determinado alergénio ou alimento aumenta a probabilidade de se desenvolver alergia a outros alimentos que tenham na sua composição proteínas de estrutura semelhante ao primeiro alergénio.

Por exemplo quem tem alergia respiratória a pólens, tem associada uma maior probabilidade de ter alergia alimentar a frutos e vegetais.

Outras sensibilizações podem ocorrer para alergénios inalados e ingeridos. Os exemplos mais comuns destas síndromes de reatividade cruzada são:

  • Síndrome ácaros-crustáceos-moluscos;
  • Síndrome ave-ovo;
  • Síndrome látex-frutos.

Num mesmo grupo de alimentos pode verificar-se, também, a existência de reatividade cruzada. São exemplos a alergia simultânea a diversos crustáceos, ou a espécies distintas de peixe.

Alergia alimentar, como evitar?

Não é possível evitar uma alergia alimentar sem se saber a que se é alérgico! No entanto se já for alérgico a determinados alergénios como por exemplo ácaros, pólens, aves e látex, devido à reatividade cruzada atrás referida deve evitar ou estar muito atento à ingestão dos alimentos geralmente associados a essas reatividades cruzadas. Uma vez estabelecido o diagnóstico de alergia alimentar, o doente é aconselhado a evitar os alimentos responsáveis pela ocorrência dos sintomas.

É importante salientar que para além de ingeridos na sua forma natural, determinados alimentos são utilizados como ingredientes. Assim o doente alérgico deve habituar-se a consultar os rótulos das embalagens de todos os produtos que consome.

A identificação do ingrediente proveniente do alimento a que é alérgico evitará um consumo acidental e a ocorrência de uma reação que poderá ser grave.

Idade e alergia alimentar

Na criança a maioria das alergias alimentares resolve-se até à idade escolar. Excetuam-se alguns grupos de alimentos tais como os frutos secos, peixes e mariscos. Se a alergia alimentar surge na idade adulta é menos provável o seu desaparecimento.

Tratamento

O melhor tratamento da alergia a alimentos é a prevenção. Não há um tratamento que cure a alergia alimentar. O mais importante é identificar os alimentos que causam alergia e evitá-los permanentemente.

Quando não se conhece os alimentos que lhe causam alergia ou quando há ingestão acidental de um alimento proibido, o tratamento visa o controle da reação alérgica. Os medicamentos mais usados são:

  • Anti-histamínicos (antialérgicos),
  • Corticoides
  • Nos casos de choque anafilático o tratamento é feito com injeção de adrenalina.

Doentes com histórico de reação anafilática a alimentos devem trazer consigo cartões ou pulseiras explicando a sua alergia para que possam ser rapidamente diagnosticados e tratados,  em caso de acidente. Muitos pacientes andam com seringas automáticas de adrenalina caso seja necessário tratamento imediato.

Aproximadamente 85% das crianças espontaneamente deixam de ser alérgicas à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) entre os 3-5 anos de idade. O teste cutâneo permanece positivo apesar de haver tolerância ao alimento. A alergia alimentar ao amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece.

14 alimentos que causam alergia alimentar, 

A partir de dia 13 de dezembro de 2014 entram em vigor as novas regras de etiquetagem de alimentos na União Europeia. Estas exigem uma maior visibilidade da informação relativa à presença de alergénios alimentares nos rótulos dos alimentos, assim como nos produtos à venda em cafés e restaurantes.

A lista de alimentos cuja presença deve ser discriminada abrange os alimentos que mais frequentemente causam alergia alimentar, nomeadamente:

  • Cereais que contém glúten (p.ex. trigo, centeio, cevada, aveia, espelta, etc.) e produtos derivados
  • Crustáceos (camarão, caranguejo, lagosta, etc.) e derivados
  • Ovos e derivados (outras denominações: gema, clara, ovalbumina, ovomucoide)
  • Peixe e derivados
  • Amendoins e derivados
  • Soja e derivados
  • Leite, lactose e derivados (outras denominações: lactoalbumina, lacto globulina, caseína, coalho)
  • Frutos secos (nozes, amêndoas, avelãs, cajus, noz pecã, amêndoa do Pará, pistáchios, macadâmias) e produtos derivados
  • Aipo e produtos derivados
  • Mostarda e produtos derivados
  • Sementes de sésamo e derivados
  • Tremoço e derivados;
  • Moluscos (caracol, mexilhão, amêijoa, choco, lula, polvo, pota, etc.);
  • Dióxido sulfuroso e sulfitos.

Concluindo

É importante enfatizar que existem outros alimentos que podem provocar reações alérgicas cuja presença em produtos alimentares não é de identificação obrigatória. A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) recomenda que se informe junto do seu imunoalergologista acerca de como pode ser feita uma correta evicção alimentar.

Fique bem!

Franklim A. Moura Fernandes

Fontes:

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14 COISAS INTERESSANTES QUE FAZEM ENGORDAR DIZEM OS CIENTISTAS!

Engordar e quais as 14 coisas, hábitos, condições de saúde, profissões, países e até anos de nascimento que os cientistas afirmam fazer engordar? Algumas são interessantes e surpreendentes! Antes demais ensinamos a calcular o excesso de peso e descrevemos tudo o que há a saber sobre o  Índice de Massa Corporal (IMC). Sabia que existem tabelas diferentes para adultos, crianças (meninos e meninas) e idosos? Se já sabe isto tudo passe à frente e desça até ao que lhe interessa.

Introdução

Quando pensamos nas festas de Aniversário, Natal, Fim de Ano , etc…muitos de nós terão o gosto de algumas delícias a rondar pelo paladar, mas na sua cabeça cresce a vontade de fazer algo para apagar, na medida do possível, a marca que deixaram na balança. Por exemplo em média na quadra de Natal e Fim de Ano ganham-se entre 2 a 4 “kilinhos”!

Alguns “sortudos” terão conseguido não engordar nem um grama… que raiva 🙂 ! Seja qual for o seu balanço, se tens uns quilos a mais deves fazer nova tentativa para ficar elegante… OK… menos “cheiinho” já não é mau 🙂 

Existem dezenas de dietas para emagrecer, algumas com uma sólida base científica, mas por si só não garantem a vitória, já que, como advertem os especialistas, vivemos numa “sociedade obesa”, na qual inúmeros fatores concorrem para engrossar o caldo dos adipócitos (células de gordura).

No entanto há muitas coisas aparentemente banais que interferem com o seu peso. Algumas não dependem de si controlar porque são inerentes à essência orgânica de cada um ou seja à sua genética mas é de extrema importância que esteja informado do quanto podem interferir na sua “luta” para um equilíbrio mais saudável. Outras, e são várias, estão perfeitamente ao seu alcance controlar mas, embora pareçam banais, muitas vezes são hábitos instalados difíceis de contrariar.

Uma coisa é certa, saber do que se trata é meio caminho andado para conseguir uma “vitória”. O que descrevo de seguida está cientificamente provado e faço questão de disponibilizar os links para os locais de investigação em causa.

Excesso de peso

Como se avalia o excesso de peso? Avaliar corretamente o excesso de peso em função de fatores decisivos como a altura e o sexo é essencial para sabermos a verdadeira dimensão do problema, nomeadamente começando por calcular o índice de massa corporal (IMC).

Índice de Massa Corporal (IMC)

O índice de massa corporal, mais conhecido pela sigla IMC, é um índice adotado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é usado para o diagnóstico do excesso de peso e da obesidade.

O IMC pode ser facilmente calculado a partir de dois simples dados:

  • Peso
  • Altura

O índice de massa corporal é um relevante indicador de saúde, alicerçado em vários estudos, que comprovam que, em geral, quanto maior for o IMC de um indivíduo, mais elevado é o risco de morte precoce, principalmente por doenças cardiovasculares. O IMC é um índice válido para identificar o excesso ou défice de peso em qualquer pessoa a partir dos 2 anos de idade.

Podemos confiar nos resultados?

Os seus resultados são bastante fiáveis, mas a sua principal falha é o facto de poder superestimar a quantidade de gordura em pessoas que tenham muito peso devido a uma grande massa muscular, como nos casos de atletas de alto rendimento e culturistas.

IMC nas mulheres grávidas

É importante destacar também que os resultados do IMC não têm validade nas mulheres grávidas, já que estas, além do peso do bebê, também apresentam grande retenção de líquidos.

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IMC como se calcula?

A formula de calculo do IMC é a seguinte:

Cálculo do IMC = peso (quilos) ÷ altura² (metros)

Por exemplo, para calcular o IMC de uma pessoa de 80 kg, que meça 1,60m, os cálculos são os seguintes:

IMC = 80 ÷ 1,6²
IMC = 80 ÷ 2,56
IMC = 31,25 kg/m²

Tabela do IMC

Na tabela seguinte descrevo os diversos graus de peso em função do IMC desde a obesidade mórbida até ao baixo peso muito grave.

Grau de pesoIMC (Kg/m2)
Obesidade grau III (mórbida)> 40
Obesidade grau II35 – 39,99
Obesidade grau I30 – 34,99
Excesso de peso25 – 29,99
Peso normal18,50 – 24,99
Baixo peso17 – 18,49
Baixo peso grave16 – 16,99
Baixo peso muito grave< 16

O objetivo a alcançar é um IMC na faixa normal, entre 18,50 e 24,99 kg/m².

Valores acima ou abaixo desta faixa estão associados a um maior risco de doenças. Quanto mais afastado da faixa de IMC ideal você estiver, seja para mais ou para menos, maior é o risco de você desenvolver problemas de saúde. Os valores de IMC fornecidos acima são para a população adulta, entre 20 e 65 anos. O cálculo do IMC para idosos, crianças e adolescentes é feito por tabelas diferentes.

IMC tabela de adultos
Tabela de IMC dos adultos dos 20 aos 65 anos

IMC nos idosos

Os idosos têm menos massa muscular que os adultos jovens e, por isso, o cálculo do IMC não costuma ter na população mais idosa o mesmo significado que no resto da população adulta. Enquanto nos adultos um IMC acima de 25 kg/m² está claramente associado a um aumento na incidência de doenças e a um maior risco de morte precoce, nos idosos isso não parece ser verdade.

Há cada vez mais estudos que mostram que os valores de peso ideal sugeridos pelo IMC não se ajustam à população idosa. Por isso, foi proposta uma nova tabela de IMC, concebida especialmente para a população com mais de 65 anos. A forma de calcular o IMC é exatamente igual, porém, os resultados devem ser interpretados da seguinte forma:

Mulheres acima de 65 anos

De seguida descrevo a tabela de IMC para mulheres acima dos 65 anos.

Grau de pesoIMC (Kg/m2)
Baixo peso< 21,9
Peso normal 22 – 27
Excesso de peso27,1 – 32
Obesidade grau I32,1 – 37
Obesidade grau II37,1 – 41,9
Obesidade grau III (mórbida)> 42

Homens acima de 65 anos

De seguida descrevo a tabela de IMC para homens acima dos 65 anos.

Grau de pesoIMC (Kg/m2)
Baixo peso< 21,9
Peso normal 22 – 27
Excesso de peso27,1 – 30
Obesidade grau I30,1 – 35
Obesidade grau II35,1 – 39,9
Obesidade grau III (mórbida)> 40

IMC nas crianças

Os valores do IMC do adulto também não são os mais adequados para crianças e adolescentes. Assim como nos idosos, o cálculo do IMC é o mesmo, mas a interpretação dos resultados é diferente nas crianças. O processo deve ser feito da seguinte forma:

  1. Calcular o IMC através da fórmula tradicional;
  2. Com a tabela de idade e sexo fornecida abaixo, veja em que percentil o valor encontrado de IMC se encaixa.

Os resultados devem ser interpretados da seguinte forma:

Grau de pesoPercentil do IMC
Baixo peso <10
Peso normal15 a 85
Excesso de peso 85 a 95
Obesidade> 95
Tabela de IMC meninos
Tabela de IMC meninos
Tabela IMC meninas
Tabela IMC meninas
OS MAIS LIDOS

Agora que já sabemos se temos ou não excesso de peso vamos então conhecer as 14 coisas que cientificamente engordam !

1. Não fazer refeições em família

As refeições em família diminuem o risco de obesidade
As refeições em família diminuem o risco de obesidade

Mesmo que esteja cansado dos familiares, deve saber que as refeições em família podem proteger da obesidade e do excesso de peso. Entre as razões está facto de, durante as refeições, se estabelecem-se relações emocionais entre os membros da família e os alimentos costumam ser mais saudáveis, segundo um estudo das universidades de Minnesota e de Columbia (EUA) publicado no Journal of Pediatrics.

Essa recomendação é especialmente útil para crianças e adolescentes, para prevenir a obesidade quando chegarem à idade adulta. Outro dado muito interessante é que uma ou duas refeições familiares por semana são suficientes para reduzir o risco de obesidade! Por isso já sabe… parabéns se já consegue juntar a sua família ás refeicões! Se não for esse o caso existem mais 13 razões a seguir para conseguir gerir melhor o seu peso.

 2. Irmãos e amigos gordinhos

Ter irmãos e amigos obesos aumenta risco de obesidade
Ter irmãos e amigos obesos aumenta risco de obesidade

Ter um irmão obeso duplica o seu risco de sê-lo (mais do que se for o seu pai), e a possibilidade aumenta se esse for maior e do mesmo sexo. Este estudo foi realizado por Markos Pachucki, da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, num artigo publicado no American Journal of Preventive Medicine.

Os amigos com excesso de peso também não ajudam, porque os quilos a mais são “contagiosos”, como constatou David Shoham, da Universidade de Loyola em Chicago, num estudo com 1.800 adolescentes (PLoS One). Este vínculo já tinha sido encontrado num trabalho anterior publicado em 2007 no The New England Journal of Medicine. O bom é que a magreza também se transmite, e se os seus amigos estão magros (Índice de Massa Corporal, ou IMC, igual a 20) tem 40% mais possibilidades de reduzir o seu peso

3. Nascer depois de 1942!

Os nascidos depois de 1942 têm mais possilidades de vir a se obesos
Os nascidos depois de 1942 têm mais possilidades de vir a ser obesos

Se nasceu depois de 1942, fique atento. Existe um vínculo entre uma variante do gene FTO e o ano de nascimento que favorece o aparecimento da obesidade, uma correlação que é duas vezes mais forte entre os nascidos depois de 1942. Os cientistas que encontraram essa conexão, dirigidos por James Rosenquist, do Departamento de Psiquiatria do Hospital Geral de Massachusetts, não têm uma razão clara para essa associação, mas indicam o desenvolvimento tecnológico posterior à Segunda Guerra Mundial.

4. Não ter certas famílias de bactérias intestinais

A bactéria Christensenellaceae protege do aumento de peso
A bactéria Christensenellaceae protege do aumento de peso

Talvez encontre no seu intestino a resposta para o peso. Se entre os milhões de microrganismos que se hospedam no aparelho digestivo houver bactérias da família Christensenellaceae, sorte a sua, porque estas protegem do aumento de peso (Cell). Embora esse microrganismo seja herdado, a sua descoberta abre portas para a criação de tratamentos probióticos personalizados contra a obesidade.

5. Restaurantes com música clássica!

Musica classica leva ao consumo de mais alimentos
Musica classica leva ao consumo de mais alimentos

As sonatas de Schubert podem ser apropriadas para um jantar romântico, mas deve-se saber que animam a comer mais! Um estudo britânico das universidades de Leicester e Surrey Roehampton comprovou que se consomem mais alimentos e café nos locais quando há música clássica de fundo do que quando toca outro tipo de melodia. Leve isso em conta também para a sua economia.

6. Trabalho noturno

Comer à noite engorda
Trabalhar à noite engorda

Trabalhar à noite engorda, e não é porque se coma mais, mas porque se altera o ritmo circadiano. As pessoas estão programadas para dormir quando não há luz e comer de dia. «O trabalho em turnos durante a noite interrompe o sono e rompe o ciclo fisiológico, e isso provoca uma diminuição do gasto energético diário total», conclui um estudo realizado por cientistas do Instituto Médico Howard Hughes do Texas, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

7. Dormir pouco

O défice do sono piora o humor e faz engordar
O défice do sono piora o humor e faz engordar

O défice de sono não só muda o nosso humor, como também engorda: está comprovado cientificamente. A explicação é que o sono desempenha um papel relevante no metabolismo energético, de forma que ao não dormir comemos mais, como um mecanismo fisiológico de adaptação para manter a vigília. Uma pesquisa publicada recentemente no American Journal of Clinical Nutrition também concluiu que dormir mais está associado a um menor Índice de Massa Corporal e uma melhor alimentação.

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8. Viver na Irlanda

Em 2030 90% dos homens Irlandeses vão ter excesso de peso
Em 2030 90% dos homens Irlandeses vão ter excesso de peso

Se considera morar fora do país, talvez interesse saber que as previsões indicam a Irlanda como o país onde as taxas de obesidade e excesso de peso masculinas aumentarão mais (em 2.030, 90% dos seus homens terão excesso de peso), enquanto na Bélgica só 44% dos homens acumularão quilos a mais.

A explicação para essas estimativas, realizadas pelo Fórum de Saúde do Reino Unido em colaboração com o gabinete regional da OMS para a Europa, está no modelo económico. «Nos mercados liberais como Reino Unido e Irlanda, as multinacionais da alimentação promovem o consumo excessivo», afirma Laura Webber, co-autora do relatório, que foi apresentado no último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia.

9. Poluentes ambientais

O poluentes acumulam-se no tecido adiposo
O poluentes acumulam-se no tecido adiposo

As substâncias residuais do pesticida DDT, ou do lindano (usado para combater piolhos e sarna), são alguns dos poluentes que se acumulam no tecido adiposo das pessoas, favorecendo o desenvolvimento da obesidade e o aumento do colesterol no sangue, segundo comprovou um grupo de cientistas da Universidade de Granada, que publicou esses resultados em Enviromental Pollution. Esses poluentes chegam ás pessoas principalmente através de alimentos com alto teor de gordura, incluindo carnes e peixes de grande porte.

10. Ver televisão

Ver teleivisão aumenta em 23% o risco de obesidade
Ver teleivisão aumenta em 23% o risco de obesidade

Juntar o telejornal da noite com um capítulo da sua telenovela favorita, para terminar com um pouco de debate sobre actualidades, obriga a mais de duas horas diante do televisor. Se isso se repetir todos os dias, aumentará:

  • 23% o risco de obesidade
  • 14% o risco de desenvolver diabetes

Adverte um relatório da Universidade Harvard.

11. Dormir com a televisão ligada

A exposição à luz artificial reduz os níveis endógenos de #melatonina
A exposição à luz artificial reduz os níveis endógenos de #melatonina

Sem dúvida já dormiu mais de uma vez embalado pelo som da TV. Esse pequeno prazer pode fazê-lo ganhar peso. Segundo Ahmad Agil, da Universidade de Granada, a exposição à luz artificial durante a noite enquanto dormimos – como a emitida pela televisão, pelo computador ou por uma lâmpada acesa – reduz os níveis endógenos de melatonina, uma hormona que é libertada durante a noite para regular os ritmos circadianos e que possui um poderoso efeito antioxidante e anti-inflamatório. Essas propriedades protegem de alterações metabólicas que provocam obesidade e diabetes.

Um conselho: tente dormir na escuridão total (Journal of Pineal Research).

12. Stress pós-traumático

Stress pós-traumático potencia o aumento de peso
Stress pós-traumático potencia o aumento de peso

As mulheres que sofrem de stresse pós-traumático aumentam de peso mais rapidamente e são mais propensas a sofrer obesidade do que as que não atravessam essa situação, afirma um estudo das universidades Harvard e Columbia, publicado em Archives of General Psychiatry.

Mas há uma boa notícia: Quando diminuem os sintomas desse transtorno, o risco de obesidade reduz notavelmente.

13. Depressão e ansiedade

A maioria das pessoas reage ao stress comendo mais e aumentando de peso
A maioria das pessoas reage ao stress comendo mais e aumentando de peso

Um terço das pessoas “stressadas” perde o apetite e emagrece, mas mais da metade reage ao stress comendo e, pior, ingerindo alimentos muito apetitosos, ricos em açúcares e gorduras. A explicação científica é que o centro de recompensa que temos no cérebro é activado por esse tipo de comida. Além disso, a hormona do stress, o cortisol, sensibiliza esse sistema de recompensas e favorece a ingestão compulsiva de alimentos muito calóricos.

Rubén Bravo, diretor do Departamento de Nutrição do Instituto Médico Europeu da Obesidade (Imeo), afirma: «ansiedade e stress são duas situações que se repetem com frequência nos nossos consultórios. Os problemas económicos e de trabalho levam a procurar a felicidade na comida, especialmente em doces, que diminuem a agitação.»

14. Não comer alguns laticínios ricos em gordura pode engordar!

Consumo de laticínios ricos em gordura está relacionado com um menor risco de desenvolver obesidade central.
Consumo de laticínios ricos em gordura está relacionado com um menor risco de desenvolver obesidade central.

Um estudo publicado no Scandinavian Journal of Primary Health Care concluiu que o consumo de laticínios ricos em gordura está relacionado com um menor risco de desenvolver obesidade central. Na opinião do nutricionista Walter Willett, da Escola de Saúde Pública de Harvard, uma explicação para essa descoberta é que os produtos com toda a gordura dão mais saciedade, e além disso os ácidos gordos dos laticínios têm um efeito adicional na regulação do peso.

A nutricionista Natalia Galán, do Serviço de Promoção da Saúde de Sanitas, acrescenta: «Os produtos light nem sempre ajudam a emagrecer, pois o facto de terem 30% menos calorias que o produto inicial não é sinónimo de que não vão engordar. Muitos são anunciados como light e têm mais calorias que os que não o são.»

Concluindo

Depois de engordar demasiados quilos nunca é fácil recuperar a boa forma! Muitas vezes só tentamos a sério quando nos diagnosticam um problema de saúde grave que nos impede de manter a nossa qualidade de vida. Até lá vamos fazendo tentativas pouco convincentes para equilibrar o nosso peso. Não espere por uma má notícia para tentar a sério controlar o seu peso. Se não fizer nada para melhorar é certo que algo de grave com a sua saúde vai acontecer! Adapte à sua rotina alguns dos factos agora provados pelos cientistas para recuperar algum do tempo perdido e…não perca mais tempo e anos de vida!

Controlar o seu peso é controlar a sua saúde e prolongar a vida!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Fontes: Referidas individualmente no conteúdo do artigo.

Por favor, PARTILHE este artigo com os seus amigos, que certamente desconhecem alguns destes factos e vão, além disso, agradecer-lhe  a tentativa de os deixar mais elegantes 🙂

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IMPOTÊNCIA DISFUNÇÃO ERÉCTIL A VERDADE




Impotência ou disfunção eréctil (2021) toda a verdade: Segundo a Sociedade Portuguesa de Andrologia é um problema que afeta milhares de homens impedindo-os de ter uma vida íntima saudável e por consequência afetando de forma grave as suas relações amorosas. Trata-se de uma condição de saúde, na maior parte das vezes, escondida por vergonha e não tratada convenientemente.

Este artigo pretende ser um contributo valioso para melhorar a vida de muitos homens e suas companheiras colocando novamente no caminho de uma vida amorosa saudável.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • O que é a impotência ou disfunção eréctil?
  • Quais os sinais e sintomas?
  • Quais as causas físicas e psicológicas?
  • Quais os fatores de risco?
  • Como se faz o diagnóstico?
  • Quais os tratamentos mais eficazes?
  • Quais as marcas disponíveis?
  • Como atuam os medicamentos?
  • Como se pode prevenir?
  • A impotência também afeta jovens?
  • O que é o Sildenafil?
  • Como atua o sildenafil?
  • Quem não pode tomar o sildenafil?
  • Quem deve ter cuidados especiais com o sildenafil?
  • Qual a influência dos alimentos e bebidas com o sildenafil?
  • O sildenafil afeta a condução?
  • Quais os efeitos secundários?
  • Como tomar?
  • Quais as dosagens disponíveis?
  • Quais os preços do sildenafil?

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Impotência ou disfunção eréctil  o que é?

A Disfunção Eréctil (DE) ou “Impotência Sexual” é a incapacidade constante ou recorrente do homem obter ou manter uma ereção permitindo a atividade sexual durante pelo menos 3 meses. Pode atingir os homens de qualquer idade, tornando-se mais frequente em com o avançar da idade. Apresenta uma prevalência global de cerca de 13% em Portugal (Episex-pt, 2006), e continua para muitos um assunto tabú, sendo o tema abordado com dificuldade, até com o médico de família.

A impotência ou Disfunção Eréctil (DE) é a disfunção sexual masculina mais comum. Calcula-se que em Portugal, mais de 500 mil homens sofram deste problema, porém, muito poucos procuram ajuda para encontrar uma solução e recuperar a sua vida sexual.

Apesar de afetar frequentemente homens acima dos 40 anos, não é uma condição exclusiva de homens maduros, com cada vez mais jovens a sofrer de disfunção erétil, quer seja devido a causas físicas ou psicológicas.

O sintoma mais frequente da disfunção erétil é a incapacidade de conseguir ou manter uma ereção suficiente para penetração. No caso de a dificuldade ser esporádica, a mesma não pode ser classificada como disfunção eréctil. Porém, se os sintomas da disfunção eréctil se tornarem recorrentes e acontecerem com bastante frequência, poderá tratar-se desta condição. Existem vários fatores que podem influenciar o processo de ereção, pelo que vale a pena avaliar este problema individualmente.

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Sintomas e sinais da impotência

A incapacidade ocasional em manter uma ereção acontece à maioria dos homens e geralmente não será causa de maior preocupação. Quando os problemas se tornam recorrentes então sim deverão ser avaliados pelo seu médico para diagnosticar as causas.

Anatomia do pénis

No homem, o  formato é cilíndrico, sendo formado por dois tipos de tecidos (dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso) e, na sua extremidade, observa-se uma fenda, que é a terminação da uretra, canal que escoa o esperma e a urina. É, portanto, um órgão que atua em duas funções: na reprodução e na excreção.

Anatomia do pénis e impotência

Ereção

A ereção resulta de um processo complexo envolvendo o cérebro, as hormonas, os nervos pélvicos e os vasos sanguíneos irrigando o pénis. As estruturas penianas responsáveis pelo mecanismo eréctil são os corpos cavernosos, dois compartimentos cilíndricos envolvidos numa túnica sólida (Albugínea).

Ereção e disfunção eréctil

Em paralelo corre o corpo esponjoso contendo a uretra. Com a excitação, o aumento do fluxo sanguíneo ao pénis assim como a diminuição da drenagem expande os corpos cavernosos.

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Anatomia do pénis

Encarada anteriormente como uma patologia de causas primariamente psicológicas, a disfunção eréctil resulta com maior frequência de uma causa física, geralmente uma doença crónica sistémica, o efeito secundário de um tratamento instituído ou ainda a combinação destes fatores.

Causas etiológicas mais comuns

As causas etiológicas mais comuns são as seguintes:

Nalguns casos pode representar o primeiro sinal destas doenças.

Leia também: Isto está a causar diabetes, toda a verdade!

Outras causas importantes

Algumas das causas importantes mas pouco conhecidos são os seguintes:

  • Tabagismo,
  • Alcoolismo crónico,
  • Alguns medicamentos, nomeadamente o tratamento do cancro da próstata e da tensão arterial,
  • Doenças neurológicas tais como a doença de Parkinson,
  • Esclerose Múltipla,
  • Distúrbios hormonais (hipogonadismo),
  • Doença de Peyronie (ereção dolorosa e curvatura do pénis)
  • Traumatismos pélvicos.

Causas psicológicas

Representam 10 a 20 % dos casos e incluem:

  • Depressão,
  • Ansiedade,
  • Stress,
  • Cansaço,
  • Problemas relacionais com a parceira.

A sobreposição de um problema psicológico numa causa física menor inicial poderá ser a origem de uma Disfunção Eréctil grave.

 Fatores de risco

Os fatores de risco mais relevantes para o desenvolvimento de impotência sexual masculina são os seguintes:

  • Envelhecimento:  incidência de cerca de 80 % no grupo etário acima dos 75 anos;
  • Patologia crónicas: Diabetes Mellitus, aterosclerose, doença renal, hepática, pulmonar, nervosa, endócrina, crónicas (Diabetes Mellitus, Aterosclerose, Hipogonadismo,…);
  • Tratamentos médicos crónicos: anti-hipertensores, antidepressivos, anti-histamínicos, hipnóticos, tratamento médico do cancro da próstata;
  • Tratamentos cirúrgicos: por lesão dos nervos pélvicos (prostatectomia radical, cistectomia,..);
  • Traumatismos: associados ou não a fraturas da bacia;
  • Abusos sociais ou comportamentais: tabaco, álcool, marijuana ou drogas pesadas;
  • Stress, ansiedade, depressão: Causas psicológicas da disfunção eréctil;
  • Obesidade;
  • Síndrome metabólica: caracterizada por obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial e resistência à Insulina;
  • Ciclismo: compressão prolongada dos nervos e vasos perineais responsável por DE temporária.

Diagnóstico

O diagnóstico da Disfunção Eréctil começa na elaboração de uma história clínica e psicossexual detalhada. Segue-se um exame físico assim como um controle analítico e hormonal básico.

Quando justificado o estudo complementar poderá incluir:

  • Eco-doppler peniano,
  • Estudo neurológico aprofundado,
  • Provas de tumescência e rigidez penianas noturnas,
  • Caverosometrias
  • Avernosografias,
  • Consulta psicológica.

Tratamento

Existe hoje em dia uma pléiade de opções terapêuticas, desde o aconselhamento sexual até às opções cirúrgicas, mas o tratamento adequado dependerá sempre da(s) causa(s) e da severidade da DE contrapostas às expectativas do doente.

Comprimidos para a impotência

Os comprimidos para a disfunção eréctil são obviamente pela comodidade a primeira opção de tratamento. O primeiro foi um sucesso estrondoso e chamava-se sildenafil, mais conhecido mundialmente pelo nome comercial Viagra. Actualmente em 2021, estão disponíveis os seguintes fármacos:

  • Sildenafil (Viagra®). Já está disponível o genérico do sildenafil a preço económico, em embalagens de 1, 4, 8 e 12 comprimidos.
  • Tadalafil (Cialis®). Também já está disponível o genérico com preço muito mais económico.
  • Vardenafil (Levitra®)
  • Avanafil (Spedra®)

Pela minha experiência como Farmacêutico cada nova molécula aprovada para a impotência masculina ou disfunção eréctil tem sobre as mais antigas a vantagem de manter ou prolongar o efeito eréctil e diminuir os efeitos secundários ou seja mantém o efeito terapêutico com mais segurança e interações medicamentosas ou outras.

Portanto a melhor será quase sempre a última a chegar ao mercado, sendo actualmente o Avanafil a mais recente.

Mecanismo de ação

Sendo moléculas do mesmo grupo farmacológico (inibidores das fosfodiesterases), atuam de modo semelhante aumentando os níveis de óxido nítrico no corpo cavernoso, relaxando assim o músculo liso e favorecendo deste modo a irrigação peniana.

Não provocam automaticamente a ereção, favorecendo-a em resposta à estimulação psicológica ou física. Não obstante as suas semelhanças estes fármacos tem indicações preferenciais consoante o tipo de doente.

“Estes fármacos são contra-indicados nos doentes com angina de peito medicados com nitratos e deverão sempre ser usados com precaução em caso de doença cardíaca grave, acidente vascular cerebral, diabetes incontrolada e hipo ou hipertensão arterial. Qualquer medicação crónica concomitante deverá ser mencionada.”

Prostaglandina E (Alprostadil)

Esta hormona relaxa o músculo liso peniano, aumentando o fluxo sanguíneo. Em Portugal encontra-se apenas sob forma injetável para administração intra-cavernosa (Caverject®). Poderá ser potenciado o seu efeito com Papaverina e/ou Fentolamina. Existe aínda uma forma de administração intra-uretral (Muse®).

Reposição hormonal

Indicada nos doentes com valores baixos de Testosterona plasmática. Existe sob a forma transdérmica (Testim®, Testogel®) e injectável (Sustenon®, Testoviron®). Este tipo de tratamento implica sempre o doseamento do PSA.

Bombas de vácuo

Com ótima indicação nos doentes com contraindicações específicas para o tratamento farmacológico, tem em geral moderada aceitação.

Cirurgia Vascular

Indicada num número restrito de doentes, geralmente novos, com alterações vasculares comprovadas em estudos angiográficos.

Próteses penianas

Cirurgia reservada aos casos onde as outras modalidades terapêuticas falharam. Trata-se de uma opção altamente invasiva e irreversível. Distinguem-se em próteses semirrígidas e hidráulicas, feitas em silicone e poliuretano. Apresenta uma alta taxa de satisfação, no entanto pode ocorrer infeção da prótese em 2 a 3% dos doentes e apresentar até 15% de reoperações.

Aconselhamento psicológico e terapia sexual

Pode servir como complemento das outras terapias para a Disfunção Eréctil  ou na presença de stress, ansiedade, depressão. A falta de conhecimentos acerca da função sexual normal ou qualquer tipo de tensão relacional tornam essencial uma intervenção educativa para o doente ou o casal.

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Prevenção

Descrevo de seguida os fatores mais importantes para prevenir a disfunção eréctil, a saber:

  • Controlo das doenças crónicas assim como a eliminação dos fatores de risco;
  • Controlo da Diabetes e risco coronário;
  • Eliminação de tabagismo;
  • Limitação de ingestão de álcool e evicção de drogas ilegais..;
  • Prática de exercício físico regular;
  • Sono regular;
  • Controlo do stress;
  • Tratamento de estados de ansiedade e depressão;
  • Controlo médico regular;

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Jovens também sofrem de impotência

A impotência nos jovens é um problema que afeta tanto adolescentes como homens no início da vida adulta. Apesar de pouco discutido, este problema é bastante comum, estimando-se que 15% dos homens que sofrem de impotência tenham menos de 40 anos e cerca de 5%, menos de 30 anos.

As causas de impotência nos jovens podem ser tanto físicas como psicológicas, apesar de as psicológicas serem as mais comuns. A ansiedade, o stress e o medo de falhar podem influenciar a performance sexual dos homens mais jovens, bem como a masturbação demasiado frequente e vigorosa pode ser uma das causas de impotência na juventude.

O abuso de álcool, drogas e a obesidade são também factores importantes em muitos casos de disfunção erétil. Desta forma, um estilo de vida pouco recomendável pode afectar grandemente a capacidade erétil dos homens mais jovens.

Sildenafil o primeiro “milagre masculino” 🙂

O Sildenafil  é um tratamento para os homens com disfunção eréctil, mais vulgarmente conhecida por impotência. Isto é, quando um homem não consegue obter, ou manter, uma rigidez do pénis em ereção, adequada à atividade sexual.

Formula quimica do Viagra ou Sildenafil
Formula quimica do Sildenafil

No entanto o Sildenafil demonstrou ter “poderes extraordinários” porque mesmo em homens que habitualmente não têm disfunção eréctil e, por exemplo, têm um dia mais cansativo pode reforçar a ereção, desde que estimulados sexualmente.

Mecanismo de ação do Sildenafil

O Sildenafil pertence a um grupo de medicamentos designado por inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Este medicamento atua por relaxamento dos vasos sanguíneos do pénis, permitindo o afluxo de sangue para o pénis, quando sexualmente estimulado.

Estrutura quimica da molécula do Viagra ou Sildenafil em 3D
Estrutura química da molécula do  Sildenafil em 3D

Contraindicações

Existem sempre grupos de doentes que estão contraindicados para usar este medicamento. Os principais são os seguintes:

  • Medicamentos com nitratos – A combinação poderá causar uma diminuição potencialmente perigosa da sua pressão arterial. Informe o seu médico se está a tomar algum destes medicamentos, que são normalmente utilizados para o alívio da angina de peito (ou “dor no peito”). Se tem dúvidas, informe-se junto do seu médico ou farmacêutico.
  • Medicamentos conhecidos como dadores de óxido nítrico, tal como o nitrito de amilo (“poppers“) – A combinação poderá levar a uma diminuição potencialmente perigosa na sua pressão arterial.
  • Alergia ou hipersensibilidade ao sildenafil ou a qualquer outro componente do Sildenafil.
  • Problemas cardíacos ou hepáticos graves.
  • Acidente vascular cerebral (AVC) ou um enfarte do miocárdio recentemente.
  • Pressão arterial baixa.
  • Algumas doenças oculares hereditárias tal como, retinite pigmentosa.
  • Perda de visão devido a neuropatia óptica isquémica anterior não arterítica (NAION).

Cuidados especiais

  • Se tem anemia falciforme (uma anomalia nos glóbulos vermelhos), leucemia (cancro das células do sangue), mieloma múltiplo (cancro da medula óssea).
  • Se tem deformação do pénis ou doença de Peyronie’s.
  • Se tem problemas cardíacos. Neste caso, o seu médico deve avaliar cuidadosamente se o seu coração suporta o esforço adicional associado a uma relação sexual.
  • Se tem atualmente uma úlcera do estômago ou um problema hemorrágico (tal como a hemofilia).
  • Se teve diminuição ou perda da visão súbita, pare de tomar Sildenafil e contacte imediatamente o seu médico.
  • Não deve utilizar Sildenafil em simultâneo com quaisquer outros tratamentos orais ou locais para a disfunção eréctil.
  • Sildenafil não deve ser administrado a indivíduos com idade inferior a 18 anos

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Alimentos e bebidas qual a influência?

O Sildenafil pode ser tomado com ou sem alimentos. No entanto, pode demorar mais tempo a atuar se o tomar com uma refeição mais pesada.

A ingestão de bebidas alcoólicas pode impedir temporariamente a capacidade de obter uma ereção. Para obter o máximo benefício do medicamento, é aconselhado a não ingerir grandes quantidades bebidas alcoólicas antes de tomar Sildenafil.

Efeitos sobre a condução

Sildenafil  pode provocar tonturas e afectar a visão. Deve estar consciente de como reage ao Sildenafil antes de conduzir ou utilizar máquinas.

Efeitos secundários

Habitualmente ligeiros a moderados e de curta duração.

Se tiver dores no peito durante ou após o ato sexual:

  • Coloque-se numa posição semi-sentada e tente relaxar.
  • Não utilize nitratos para tratar a sua dor no peito.
  • Fale com o seu médico imediatamente.

Todos os medicamentos incluindo Sildenafil poderão causar reações alérgicas. Deve informar o seu médico imediatamente se estiver a sentir algum dos seguintes sintomas após tomar este medicamento:

  • Pieira súbita,
  • Dificuldade em respirar ou tonturas,
  • Inchaço das pálpebras, face, lábios ou garganta.

Foram comunicadas ereções prolongadas, por vezes dolorosas, após a utilização de Sildenafil. Se tiver uma ereção que dure continuamente mais de 4 horas, deve contactar um médico imediatamente.

Se sentir uma diminuição ou perda súbita de visão, pare de tomar este medicamento e contacte o seu médico imediatamente.

Frequência dos efeitos secundários

A frequência dos possíveis efeitos secundários apresentada de seguida é definida usando a seguinte convenção:

  • Muito frequentes (afetam mais de 1 utilizador em cada 10)
  • Frequentes (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 100)
  • Pouco frequentes (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000)
  • Raros (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000)
  • Muito raros (afetam menos de 1 utilizador em cada 10.000)
  • Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)

Muito frequentes

  •  Dores de cabeça.

Frequentes

  • Vermelhidão facial,
  • Indigestão,
  • Efeitos sobre a visão (incluindo visão com traços coloridos, sensibilidade à luz, visão turva e acuidade visual reduzida),
  • Nariz entupido
  • Tonturas.

Pouco frequentes

  • Vómitos,
  • Erupção cutânea,
  • Hemorragia retiniana,
  • Irritação ocular,
  • Olhos vermelhos,
  • Dor ocular,
  • Visão dupla,
  • Sensação de corpo estranho no olho,
  • Batimentos cardíacos rápidos e irregulares,
  • Dor muscular,
  • Sonolência,
  • Sensação de tacto diminuída
  • Vertigem,
  • Zumbidos nos ouvidos,
  • Náuseas,
  • Boca seca,
  • Dor no peito,
  • Sensação de cansaço.

Raros

  • Pressão arterial elevada,
  • Pressão arterial baixa,
  • Desmaios,
  • Acidente vascular cerebral,
  • Hemorragia nasal,
  • Diminuição ou perda súbita da audição.

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Posologia

  • Apenas uma vez por dia.
  • Tomar cerca de uma hora antes da hora planeada para a atividade sexual.
  • Tome o comprimido inteiro, com um copo de água.

O período de tempo que o Sildenafil demora a atuar varia de pessoa para pessoa, mas, normalmente, esse período varia entre meia hora e uma hora. Poderá verificar que o Sildenafil demora mais tempo a atuar se for tomado com uma refeição substancial.

Dosagens disponíveis

Existem 3 dosagens disponíveis

  • 25mg,
  • 50mg
  • 100mg

A dosagem habitual é de 50mg.

Preço do Sildenafil

Existem no mercado embalagens com 1, 4, 8 ou 12 comprimidos por embalagem. Na dosagem de 50 mg as apresentações disponíveis, consoante os laboratórios, apresentam os seguintes intervalos de preços:

  • 5€ aproximadamente, para a embalagem de 1 comprimido;
  • 10€ a 18€ aproximadamente, para a  embalagem de 4 comprimidos;
  • 22€ a 34€ aproximadamente, para a embalagem de 8 comprimidos;
  • 35€ ou 36€ aproximadamente para a embalagem de 12 comprimidos;

Consulte aqui a lista de preços do Infarmed

Para um homem sem patologias impeditivas, utilizado com moderação e bom senso o Sildenafil pode ser uma magnífica oportunidade para melhorar relações que anteriormente estariam condenadas ao fracasso…

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Concluindo

A impotência ou disfunção eréctil é um problema que afeta milhares de homens impedindo-os de ter uma vida intima saudável e por consequência afetando de forma grave as suas relações amorosas. Trata-se de uma condição de saúde, na maior parte das vezes, escondida por vergonha e não tratada convenientemente, afetando mais do que se julga a vida de muitas famílias e “minando” a autoestima de imensos homens com consequências sociais ainda subestimadas.

Para as mulheres ou homens também não é fácil gerir os sentimentos dos seus parceiros em relação a este problema ainda mais quando o comportamento dos companheiros afetados pode variar entre a depressão, o comportamento agressivo e em alguns casos a culpabilização da companheira ou companheiro!

A mensagem que devemos passar é simples… este problema na grande maioria dos casos é tratável com um simples comprimido 20 minutos antes das relações intimas e deve ser encarado como qualquer outra condição de saúde que necessita de tratamento…sem vergonhas que não têm razão de ser no século XXI.

“O Amor pode voltar a estar no ar…e muitas vezes só depende de si”

Referências

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