Sopa anti-inflamatória

Alimentação e sopas anti-inflamatórias para prevenir doenças crónicas

Alimentação e sopas anti-inflamatórias, qual a importância da sopa na prevenção de doenças crónicas e diversas outras patologias? Como conseguir o melhor da dieta mediterrânea para alcançar uma vida mais saudável?

A Dieta Mediterrânica é amplamente reconhecida pela sua qualidade e benefícios para a saúde. Composta predominantemente por alimentos frescos, sazonais e locais, este padrão alimentar tem sido cientificamente validado por diversos estudos, demonstrando um impacto positivo na prevenção e no controlo de várias doenças crónicas e distúrbios neurodegenerativos.

As sopas, frequentemente consumidas nas várias refeições do dia, são um dos componentes centrais desta dieta, com valor nutricional elevado e impactos benéficos na saúde. Este artigo explora o papel das sopas da dieta mediterrânica, suportado por evidência científica, e apresenta recomendações específicas para diferentes faixas etárias e patologias prevalentes em Portugal e que podem ser utilizadas como referência e muitos outros países.


A minha sopa

Na minha sopa, que consumo diariamente, geralmente utilizo azeite, alho francês, cebola, chuchu, courgette, couve, cenoura e abóbora, tudo temperado com pimenta preta a gosto e pouco sal.

Azeite : Rico em ácidos gordos monoinsaturados e antioxidantes, o azeite contribui para a saúde cardiovascular e possui propriedades anti-inflamatórias. ​

Alho-francês : Pertencente à mesma família do alho e da cebola, o alho-francês contém compostos sulfurados que podem ter efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. ​

Cebola : Contém flavonoides, como a quercetina, que possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares. ​

Chuchu : É uma hortaliça de baixo valor calórico, rica em fibras, vitaminas e minerais, auxiliando na digestão e no controlo da pressão arterial.​

Couve : Vegetais crucíferos como a couve contêm glicosinolatos, que podem ter propriedades anticancerígenas. ​

Abóbora : Rica em betacaroteno, fibras e potássio, a abóbora contribui para a saúde ocular, imunológica e cardiovascular. ​

Courgette : Baixa em calorias e rica em fibras, vitaminas A e C, a courgette auxilia na digestão e na saúde ocular.​

Cenoura : Rica em betacaroteno, que é convertido em vitamina A no organismo, essencial para a visão, crescimento e função imunológica. ​

Pimenta preta: Contém piperina, que possui propriedades antioxidantes e pode melhorar a digestão e a absorção de nutrientes.

Descrevo de seguida os termos científicos dos alimentos mencionados, que podem ser utilizados para pesquisas de estudos no PubMed:

  • AzeiteOlea europaea
  • Alho-francêsAllium ampeloprasum var. porrum
  • CebolaAllium cepa
  • ChuchuSechium edule
  • CouveBrassica oleracea (inclui várias variedades como couve-galega, couve-de-bruxelas, couve-flor, etc.)
  • AbóboraCucurbita pepo (ou Cucurbita maxima dependendo da variedade)
  • CourgetteCucurbita pepo
  • CenouraDaucus carota
  • Pimenta pretaPiper nigrum

Para obter estudos específicos no PubMed, podes pesquisar por combinações como:

  • Olea europaea AND health benefits”
  • Allium cepa AND cardiovascular”
  • Piper nigrum AND antioxidant properties”
As cinco grandes mentiras sobre saúde
As cinco grandes mentiras sobre saúde

Influência da temperatura na preparação

A temperatura de cozedura tem um impacto significativo nos efeitos terapêuticos dos vegetais da sopa, afetando a disponibilidade de vitaminas, minerais e compostos bioativos. Aqui estão os principais efeitos da temperatura sobre os vegetais mencionados:

Vitaminas e Minerais
  1. Vitaminas hidrossolúveis (C e B9 – ácido fólico) → São as mais sensíveis ao calor e à dissolução na água: A Vitamina C (presente no alho-francês, cebola, chuchu, couve, abóbora, courgette e cenoura) sofre degradação significativa a temperaturas acima dos 70-100°C, com perdas de até 50-70% após cozedura prolongada. O Ácido fólico (vitamina B9) (presente no alho-francês, cebola, chuchu, couve, abóbora e courgette) também se degrada facilmente com o calor, podendo perder 40-50% do seu teor após cozedura.
  2. Vitaminas lipossolúveis (A, E e K) → Mais estáveis ao calor, mas podem ser perdidas por lixiviação na água de cozedura: A Vitamina A (cenoura, couve, abóbora) é relativamente estável ao calor, mas pode ser degradada em cozeduras prolongadas acima de 120°C. A Vitamina K (couve, pimenta preta, chuchu) também é resistente ao calor, mas pode perder-se na água de cozedura.
  3. Minerais → Relativamente estáveis ao calor, mas dissolvem-se na água de cozedura: Cálcio, potássio, ferro e magnésio (presentes na maioria dos vegetais) não se degradam com a temperatura, mas podem ser perdidos na água.
Compostos bioativos e antioxidantes
  1. Flavonoides e polifenóis (cebola, alho francês, couve, pimenta preta) → Resistentes ao calor moderado, mas perdem-se em cozedura prolongada.
  2. Carotenoides (cenoura, abóbora, couve) → A absorção melhora com a cozedura suave, pois o calor rompe as paredes celulares e aumenta a biodisponibilidade.
  3. Glicosinolatos (couve) → Podem perder-se significativamente acima dos 80-100°C, reduzindo os potenciais efeitos anticancerígenos.
  4. Piperina (pimenta preta) → Relativamente estável, mas pode degradar-se a temperaturas muito elevadas (>150°C).
Recomendações para preservação dos benefícios terapêuticos
  • Evitar fervura excessiva → A cozedura prolongada em água a altas temperaturas reduz as vitaminas hidrossolúveis.
  • Utilizar cozedura a vapor ou estufado suave → Minimiza perdas de nutrientes.
  • Aproveitar a água de cozedura → Se possível, não descartar a água onde os vegetais foram cozidos, pois contém minerais e vitaminas dissolvidas.
  • Adicionar azeite na sopa → Melhora a absorção de carotenoides (cenoura, abóbora, couve).

Sopa na Dieta Mediterrânica

Na Dieta Mediterrânica, a sopa é uma preparação comum, composta por uma combinação equilibrada de hortícolas, leguminosas, cereais integrais, azeite e ervas aromáticas. Este tipo de prato não só assegura um elevado valor nutricional, mas também promove uma hidratação adequada e favorece a saciedade, contribuindo para um padrão alimentar saudável. Além disso, as sopas são uma excelente fonte de fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos que desempenham um papel fundamental na promoção da saúde digestiva, metabólica e cardiovascular, entre outros.

Evidência científica:

Estudos demonstram que a ingestão regular de sopa está associada à melhoria da saúde cardiovascular, do controlo glicémico e ao aumento da ingestão de micronutrientes, podendo ainda reduzir o risco de obesidade e doenças cardiovasculares (Drewnowski et al., 2014). Além disso, as sopas da Dieta Mediterrânica são ricas em fitoquímicos e compostos bioativos, como os polifenóis, que têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, desempenhando um papel crucial na prevenção de doenças crónicas (Márquez-Calderón et al., 2021).

Densidade nutricional

O artigo “Nutrient density: principles and evaluation tools” (Densidade nutricional: princípios e ferramentas de avaliação), publicado no American Journal of Clinical Nutrition, aborda os conceitos e métodos utilizados para avaliar a densidade nutricional dos alimentos.

Estudo: Nutrient density: principles and evaluation tools

A densidade nutricional refere-se à quantidade de nutrientes benéficos que um alimento fornece em relação ao seu conteúdo calórico. Alimentos com alta densidade nutricional oferecem mais vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais por caloria consumida. O artigo discute diferentes abordagens para medir a densidade nutricional, destacando a importância de ferramentas de avaliação que auxiliem consumidores e profissionais de saúde na escolha de alimentos mais nutritivos.

As sopas desempenham um papel significativo como alimentos de alta densidade nutricional. Ao combinar uma variedade de legumes, leguminosas e, ocasionalmente, carnes magras ou peixes, as sopas fornecem uma ampla gama de vitaminas, minerais e fibras essenciais para uma dieta equilibrada. Além disso, o consumo de sopa antes do prato principal pode promover a saciedade, ajudando no controle do peso corporal.

A sopa também contribui para a hidratação devido ao seu elevado conteúdo de água e é de fácil digestão, sendo benéfica para pessoas com dificuldades de mastigação ou digestão.

Portanto, incorporar sopas na alimentação diária é uma estratégia eficaz para aumentar a ingestão de nutrientes essenciais de forma saborosa e económica.


Sopas anti-inflamatórias mediterrânicas na prevenção de doenças crónicas

Saúde Cardiovascular

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. O consumo regular de sopas ricas em azeite e hortícolas, ambos ingredientes típicos da Dieta Mediterrânica, está associado à redução da pressão arterial, ao controlo do colesterol e ao risco de enfarte e acidente vascular cerebral (AVC). Sopas à base de leguminosas, como o feijão e as lentilhas, são particularmente benéficas pela sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol LDL (“mau colesterol”) e melhorar a saúde vascular.

Evidência científica:

O estudo PREDIMED, publicado no New England Journal of Medicine, demonstrou que a adesão à Dieta Mediterrânica, rica em azeite e hortícolas, pode reduzir em até 30% o risco de eventos cardiovasculares graves (Estruch et al., 2013).

Estudo: Prevenção primária de doenças cardiovasculares com dieta mediterrânea suplementada com azeite de azeitona extravirgem ou nozes

Exemplo de sopa recomendada:

Sopa de feijão-verde com azeite e alho: Azeite, rico em ácidos gordos monoinsaturados, e o feijão-verde, rico em potássio e fibra, ajudam a reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde do coração.

Sopa de abóbora com espinafre e azeite: A abóbora é uma excelente fonte de antioxidantes, como os carotenoides, e os espinafres, ricos em potássio, contribuem para a saúde cardiovascular.


Prevenção de Doenças Metabólicas e Diabetes Tipo 2

As doenças metabólicas, como a obesidade e a diabetes tipo 2, são comuns em Portugal. Sopas compostas por leguminosas, vegetais e cereais integrais são ideais para ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue e melhorar a resistência à insulina. A Dieta Mediterrânica, rica em ácidos gordos monoinsaturados e polifenóis, tem um impacto positivo na redução do risco de diabetes tipo 2.

Evidência científica:

A Dieta Mediterrânica está associada a uma redução de até 52% no risco de diabetes tipo 2, conforme estudo publicado na Diabetes Care (Salas-Salvadó et al., 2011).

Exemplo de sopa recomendada:

Sopa de grão-de-bico com espinafres e cebola: O grão-de-bico, rico em fibras e proteínas vegetais, ajuda a controlar a glicemia.

Sopa de lentilhas com tomate e cenoura: Lentilhas, com baixo índice glicémico, e a cenoura, rica em fibras e antioxidantes, favorecem o controlo glicémico.


Doenças Neurodegenerativas e Saúde Mental

Doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer, e condições relacionadas à saúde mental, como a depressão, podem ser atenuadas por uma dieta rica em antioxidantes, ácidos gordos essenciais e micronutrientes. O consumo regular de sopas que incluam ingredientes como peixe, azeite, vegetais e especiarias anti-inflamatórias pode ajudar a proteger o cérebro contra o declínio cognitivo.

Evidência científica:

O estudo PREDIMED mostrou que a Dieta Mediterrânica reduz o risco de declínio cognitivo e de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, graças ao seu conteúdo em antioxidantes e ácidos gordos ómega-3 (Martínez-Lapiscina et al., 2013).

Exemplo de sopa recomendada:

Caldo de abóbora com cúrcuma e gengibre: A abóbora é rica em antioxidantes, a cúrcuma tem propriedades anti-inflamatórias e o gengibre pode melhorar a circulação sanguínea no cérebro, ajudando a prevenir doenças neurodegenerativas.

Sopa de couve com alho e azeite: A couve, rica em vitamina K, antioxidantes e ácidos fólico, pode ajudar a proteger o cérebro contra o envelhecimento precoce.


Perturbações de Hiperatividade e Défice de Atenção, Autismo e Obesidade

A Dieta Mediterrânica tem sido proposta como alternativa terapêutica em condições como o Transtorno de Hiperatividade e Défice de Atenção (THDA) e o autismo. A presença de ácidos gordos ómega-3, antioxidantes e fibras pode melhorar o foco, o controlo emocional e ajudar a gerir o peso.

Evidência científica:

Estudos sugerem que os ácidos gordos ómega-3, encontrados no peixe e no azeite, têm um efeito positivo no desenvolvimento cerebral e na gestão de sintomas de THDA e autismo (Jacka et al., 2011).

Exemplo de sopa recomendada:

Sopa de lentilhas vermelhas com espinafres e azeite: Rica em proteínas vegetais e ácidos gordos ómega-3, ajuda no controle da obesidade e pode melhorar a concentração.

Sopa de cenoura com gengibre e azeite: A cenoura é rica em betacaroteno e o gengibre tem propriedades anti-inflamatórias, ajudando na melhoria da função cognitiva.


Prevenção e Gestão do Cancro

A Dieta Mediterrânica tem sido associada à prevenção de vários tipos de cancro, como os de cólon, mama e esófago. A ingestão de sopas compostas por alimentos ricos em compostos bioativos, como o licopeno (tomate), sulforafano (brócolos) e flavonoides, tem demonstrado reduzir o risco de cancro e promover a saúde celular.

Evidência científica:

A International Agency for Research on Cancer (IARC) aponta que a Dieta Mediterrânica tem um impacto positivo na redução do risco de câncer, particularmente nos cânceres gastrointestinais e de mama (IARC, 2018).

Exemplo de sopa recomendada:

Sopa de tomate com manjericão e alho: O licopeno presente no tomate tem efeitos protetores contra o câncer, especialmente o câncer de próstata e cólon.

Sopa de brócolos com alho e limão: O brócolos contém sulforafano, um composto com propriedades anticancerígenas.

A sopa de brócolos com alho e limão combina ingredientes que, além de saborosos, oferecem diversos benefícios terapêuticos:

Brócolos: Ricos em vitaminas A, C e K, fibras e antioxidantes, os brócolos auxiliam na saúde ocular, fortalecem o sistema imunológico e contribuem para a saúde óssea. Além disso, possuem compostos bioativos que podem reduzir inflamações e proteger contra certos tipos de câncer.

Alho: Conhecido por suas propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias, o alho pode ajudar na redução da pressão arterial e do colesterol, fortalecendo o sistema cardiovascular. Também possui compostos sulfurados que estimulam o sistema imunológico e podem oferecer proteção contra infecções.

Limão: Fonte abundante de vitamina C e antioxidantes, o limão fortalece o sistema imunológico, auxilia na absorção de ferro e possui propriedades antioxidantes que combatem os radicais livres.

Ao combinar esses ingredientes numa sopa, obtém-se um prato nutritivo que fortalece o sistema imunológico, combate inflamações e promove a saúde geral. Para maximizar os benefícios, é recomendável adicionar o sumo e a raspa de limão no final da preparação, preservando as propriedades nutricionais.

Incorporar esta sopa na dieta é uma maneira eficaz de aproveitar os benefícios terapêuticos desses ingredientes de forma saborosa e reconfortante.


Recomendações por faixa etária

Em Portugal, a prevalência de doenças crónicas varia conforme a faixa etária. A adaptação das sopas às necessidades nutricionais de cada grupo etário é fundamental para promover a saúde e prevenir doenças.

Crianças e Adolescentes (0-18 anos)

Nas crianças a alimentação deve sempre ser acompanhado pelo pediatra em função da história clínica individual da criança.

Principais riscos: Défice de fibras, excesso de açúcares, obesidade infantil, carências nutricionais, déficit de micronutrientes.

Recomendação: Sopas com elevados níveis de ferro, cálcio e vitaminas do complexo B para apoiar o crescimento e desenvolvimento cognitivo.

Exemplo:

Sopa de ervilhas com hortelã e arroz integral: A ervilha é rica em ferro e fibra, essencial para a saúde digestiva e o desenvolvimento cognitivo. O arroz integral fornece carboidratos de baixo índice glicémico, importantes para energia sustentada.

Adultos (19-64 anos)

Principais riscos: Hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares.

Recomendação: Sopas ricas em antioxidantes, ácidos gordos essenciais e proteínas vegetais, com baixo teor de sódio e açúcares.

Exemplo:

Sopa de alho-francês com batata-doce e azeite: A batata-doce é rica em fibra, betacaroteno e potássio, contribuindo para a redução da pressão arterial e o controlo do colesterol.

Sopa de cenoura com abóbora e gengibre: Ingredientes anti-inflamatórios que ajudam a reduzir o risco de doenças crónicas.

Idosos (+65 anos)

Principais riscos: Sarcopenia, osteoporose, doenças neurodegenerativas, declínio cognitivo.

Recomendação: Sopas ricas em proteínas vegetais e fontes de cálcio, antioxidantes e ácidos gordos ómega-3, essenciais para a saúde óssea e cerebral.

Exemplos:

Sopa de feijão-branco com espinafres e tomilho: O feijão-branco é uma excelente fonte de proteína vegetal, e os espinafres ajudam a prevenir a osteoporose, fornecendo cálcio e vitamina K.

Sopa de peixe com legumes: O peixe fornece ómega-3, fundamental para a saúde cerebral e cardiovascular.


Sustentabilidade alimentar e o papel da sopa na dieta mediterrânica

A Dieta Mediterrânica é, além de uma excelente opção para a saúde, também uma escolha sustentável para o meio ambiente. A sua ênfase em alimentos locais e sazonais contribui para a redução do desperdício alimentar e das emissões de gases de efeito estufa. As sopas, preparadas com ingredientes frescos e sazonais, são uma forma de consumir produtos locais de forma responsável e sustentável.

Evidência científica:

A FAO salienta que a Dieta Mediterrânica tem um impacto ambiental significativamente inferior ao das dietas ocidentais, contribuindo para a sustentabilidade alimentar (FAO, 2017).

Concluindo

As sopas, como componente central da Dieta Mediterrânica, desempenham um papel crucial na prevenção e gestão de várias doenças crónicas. A sua riqueza em micronutrientes essenciais, antioxidantes e compostos anti-inflamatórios faz delas uma excelente estratégia dietética para a promoção da saúde.

A adaptação das sopas às necessidades específicas de cada faixa etária pode contribuir significativamente para a melhoria da saúde geral da população e para a gestão eficaz de doenças prevalentes, como as cardiovasculares, metabólicas, neurodegenerativas e oncológicas. A Dieta Mediterrânica não só promove a saúde, mas também é uma opção sustentável para o meio ambiente.


Referências Bibliográficas

  • Drewnowski, A., et al. (2014). “The influence of soup consumption on health.” The American Journal of Clinical Nutrition, 99(1): 233S-237S.
  • Estruch, R., et al. (2013). “Primary prevention of cardiovascular disease with a Mediterranean diet.” New England Journal of Medicine, 368(14): 1279-1290.
  • Márquez-Calderón, S., et al. (2021). “Health benefits of Mediterranean diet and its impact on nutritional biomarkers.” Nutrients, 13(6): 1989.
  • Salas-Salvadó, J., et al. (2011). “Reduction in the incidence of type 2 diabetes with the Mediterranean diet.” Diabetes Care, 34(1): 14-19.
  • Martínez-Lapiscina, E. H., et al. (2013). “Mediterranean diet and age-related cognitive decline.” Journal of Alzheimer’s Disease, 39(3): 605-610.
  • Jacka, F. N., et al. (2011). “Association between diet quality and depression in children and adolescents.” Australian & New Zealand Journal of Psychiatry, 45(5): 450-458.
  • IARC (2018). “IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans.” International Agency for Research on Cancer.