A trombose venosa cerebral (TVC) ou trombose do seio venoso cerebral, é uma doença cerebrovascular rara, mas que ganhou notoriedade por ter sido publicamente associada à vacinação contra a Covid-19, como efeito secundário grave, mas muito raro. Apesar de ser rara, a trombose venosa cerebral tem uma taxa de mortalidade elevada entre os doentes afetados, daí a enorme polémica com os diversos casos de morte por tromboembolismo pouco tempo depois da toma da vacina contra a Covid-19, principalmente com a vacina da Astrazeneca e da Janssen /Johnson & Johnson.
Embora a taxa de incidência esteja a aumentar, julga-se também que este aumento esteja ligado a melhores métodos de diagnóstico e ao maior conhecimento desta patologia.
Nota importante: Este artigo é essencialmente baseado na dissertação pública, da Dra Ana Margarida da Costa Fernandes, para obtenção do Grau de Mestre em Medicina, sobre trombose venosa cerebral, fazendo uma revisão da literatura mais relevante sobre esta doença.
Ao contrário do acidente vascular cerebral (AVC) arterial, a trombose venosa cerebral pode ocorrer em qualquer idade, sendo no entanto mais frequente numa faixa etária mais jovem e particularmente frequente em mulheres jovens com os seguintes fatores de risco:
- Uso de contracetivo hormonal oral,
- Gravidez,
- Puerpério (fase pós-parto até 8 semanas).
É uma doença por vezes de difícil diagnóstico por ter uma apresentação clínica e imagiológica muito diversa, variando consoante a área cerebral afetada, o calibre da veia ocluída e a consequente gravidade das lesões. Porém, em geral, o prognóstico é considerado bom, principalmente quando tratada atempada e adequadamente, sendo relatadas altas taxas de recuperação completa.
Acidente vascular cerebral (AVC) raro
A trombose venosa cerebral (TVC) é considerada um tipo particular de Acidente Vascular Cerebral (AVC) de localização venosa e corresponde a 0,5% a 1% de todos os AVC, mas com uma epidemiologia bastante distinta da dos AVC arteriais por, ao contrário destes, ocorrer maioritariamente em mulheres jovens e em crianças.
Ao contrário dos AVC arteriais, a TVC não é uma manifestação de aterosclerose e está geralmente associada a estados de trombofilias hereditária ou adquirida, ou a doenças sistémicas, neoplasias e infeções, entre outras causas de estados protrombóticos. A TVC é uma condição rara, subdiagnosticada e frequentemente confundida com outras
patologias dada a sua apresentação clínica ser muito variada.
Diagnóstico não é fácil
Anteriormente, a maioria dos diagnósticos de TVC era feita por autópsias. Hoje em dia, a TVC já é diagnosticada com maior frequência devido ao maior conhecimento da patologia e reconhecimento da sua gravidade, quer por parte de neurologistas quer por médicos de outras especialidades, mas também devido ao maior acesso a métodos de diagnóstico como a Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e a venografia por Tomografia Computorizada (TC).
Outrora, esta patologia estava associada a altas taxas de morbilidade e mortalidade, mas atualmente, dependendo da etiologia da mesma, há um grande potencial de recuperação total do doente e a mortalidade é significativamente menor.
Anatomia cerebral e seios venosos
Para melhor compreender a fisiopatologia da TVC, é importante perceber um pouco da anatomia do sistema venoso cerebral. Este é dos sistemas venosos com maior variabilidade, no entanto existe um padrão anatómico mais frequente com certas estruturas consideradas como
pontos de referência.
Globalmente, o sangue venoso drena para a veia ou seio venoso que se situe mais próximo. Numa perspetiva mais simplista, o sistema venoso cerebral pode ser dividido em dois grupos:
- Superficial,
- Profundo.
O grupo superficial inclui os seios sagitais e veias corticais e drena as superfícies corticais. O grupo profundo inclui os seios transverso, reto e sigmoide e, juntamente com as veias corticais profundas, drenam as substâncias branca profunda e cinzenta para a veia de Galeno.
A drenagem final é feita para as veias jugulares internas. Em todo o sistema venoso cerebral existem muitas anastomoses e “caminhos alternativos” para a drenagem venosa se realizar no caso de uma TVC, no entanto nem sempre é possível compensar o vaso ou seio venoso obstruído.
Fisiopatologia
Um trombo venoso é um coágulo sanguíneo que se forma numa veia e não numa artéria. Trombose venosa é o nome que se dá quando um coágulo obstrói uma veia ou seio venoso, parcialmente ou totalmente, interrompendo o fluxo sanguíneo venoso.
Quando falamos de TVC, referimo-nos a dois mecanismos que frequentemente ocorrem simultaneamente. Um deles é a trombose de veias cerebrais que conduz a turgescência venosa, que pode originar desde edema local a hemorragias petequiais e isquemia cerebral, podendo resultar em extensos hematomas e conduzindo a sintomas neurológicos focais (défices que traduzem lesão numa zona específica do cérebro responsável por determinada função).
O outro mecanismo é a trombose de seios venosos durais que leva a uma progressiva congestão venosa e a redução da reabsorção do líquido cefalorraquidiano, com consequente aumento na pressão intracraniana eventualmente causando hipertensão intracraniana (HIC). É provável que a HIC seja também causada pelo compromisso da barreira hematoencefálica que ocorre quando se dá uma TVC. Esta HIC, por condicionar o aporte sanguíneo aos tecidos, causa hipoxia e consequentemente isquemia neuronal.
Desta forma, as consequências de uma TVC variam em gravidade, desde diferentes graus de edema cerebral até hemorragias massivas e enfartes cerebrais bilaterais, o que conduz a uma grande variedade de apresentações clínicas, variando esta consoante o território e a veia ou seio venoso afetados e variando desde sintomas focais a generalizados.
Quanto à localização, a TVC ocorre habitualmente nos seios venosos e, entre seios venosos e veias, os mais acometidos são, do mais para o menos frequente, o seio sagital, o seio transverso e sigmoide, o seio reto, as veias corticais, o sistema venoso profundo, o seio cavernoso e as veias cerebelares. Em cerca de dois terços dos casos, ocorre TVC em mais do que um local.
Causas e fatores de risco
Vários fatores de risco que serão mencionados são correntemente enumerados em vários estudos, no entanto, o grau de certeza varia, dado que nem todos estão comprovados, e a sua frequente associação à TVC pode dever-se a outros fatores comuns coincidentes, como efeitos
secundários de terapêutica e outras iatrogenias.
É importante a identificação da etiologia ou fatores de risco da TVC para se poder prosseguir à prevenção secundária de recorrências. Fatores de risco ou etiológicos são, na maioria dos casos, identificados, porém, em até 30 a 40% dos casos uma etiologia única permanece desconhecida, e, segundo a ESO, em 13% dos casos não é identificado nenhum fator de risco.
A TVC é tipicamente multifatorial, pelo que, após a identificação de uma possível causa, não se deve deixar de avaliar outros fatores de risco. Em cerca de metade dos doentes são detetados múltiplos fatores de risco e estes potenciam-se mutuamente.
Geralmente, os fatores de risco para TVC estão associados à tríade de Virchow, influenciando um ou mais dos parâmetros que a constituem: estase sanguínea, lesão endotelial e hipercoaguabilidade. Os fatores de risco podem ser divididos, de forma mais simples, em locais e sistémicos, hereditários e adquiridos, entre outras divisões possíveis.
Na tabela seguinte estão listados vários dos fatores de risco atualmente conhecidos, alguns dos quais destaquei (com letra mais carregada) por serem situações relativamente comuns que quando conjugadas em simultâneo por fatores menos habituais ou raros aumentam o risco de acidente vascular cerebral venoso.
Trombofilias hereditárias | Défice de antitrombina III Défice de proteína C Défice de proteína S Fator V de Leiden Mutação G20210A da protrombina (fator II) Hiperhomocisteinemia |
Trombofilias adquiridas | Síndrome antifosfolipídica Gravidez e Puerpério Hemoglobinúria paroxística noturna Trombose venosa profunda Períodos pós-operatórios Síndrome nefrótica Policitemia Desidratação Anemia |
Doenças sistémicas | Doença de Behçet Lúpus Eritematoso Sistémico Doença Inflamatória Intestinal Doença tiroideia Sarcoidose Doença do colagénio Granulomatose de Wegener |
Neoplasias malignas | Leucemia e linfomas Carcinoma sistémico |
Infeções | Otite Mastoidite Sinusite paranasal Abcessos intracranianos Meningites Septicemias |
Precipitantes mecânicos | Traumatismo craniano Lesão direta dos seios Intervenções neurocirúrgicas Punção lombar Hipotensão intracraniana espontânea |
Fármacos | Contracetivo oral Androgénio Lítio Imunoglobulina IV Metilenodioximetanfetamina |
Gravidez e puerpério
A gravidez e o puerpério, juntamente com as infeções, são as etiologias mais frequentes de TVC nos países em desenvolvimento, algo que determina diferenças epidemiológicas marcadas com os países desenvolvidos. Ambos são causas de estados protrombóticos transitórios através de diversas alterações nos mecanismos de coagulação, e, por isso, as mulheres nestes períodos estão em risco acrescido de eventos tromboembólicos venosos.
A maioria das TVC relacionadas com a gravidez ocorrem no terceiro trimestre ou durante o puerpério. Uma possível razão para o puerpério constituir um risco de TVC maior que a gravidez deve-se ao parto constituir um trauma, levar à diminuição do volume sanguíneo e ser um fator de risco para infeções, levando a um estado protrombótico mais acentuado. Pelas mesmas razões, o risco é particularmente maior quando é realizada cesariana.
Infeções
As infeções continuam a ser muitas vezes a causa de TVC, no entanto deixaram de ser a causa principal de TVC, em particular nos países desenvolvidos, desde a introdução dos antibióticos. Esta etiologia é mais frequente em crianças do que em adultos. Pensa-se que a infeção conduz à TVC por alterar a cascata de coagulação, levando a um estado de hipercoagulação. A trombose dos seios cavernoso e transverso são os mais frequentemente associados a infeções, como sinusite, otite e mastoidite, e quanto à etiologia da infeção, o Staphylococcus aureus é o agente patogénico mais frequentemente detetado. Outras etiologias infeciosas de TVC são: sinusite paranasal, abcessos intracranianos, abcessos dentários e meningites.
Fármacos
Vários fármacos estão associados à TVC, como a l-asparaginase, os corticosteroides, os inibidores da angiogénese e os tratamentos hormonais. Entre estes últimos, é de destacar o papel dos contracetivos hormonais combinados na TVC. O seu uso é um dos fatores de risco para TVC mais estudados e mais frequentemente detetados. Assim, este é dos fatores de risco ou etiológicos que estão associados à TVC com maior segurança e que maior efeito têm na epidemiologia da doença, justificando a maior incidência de TVC em mulheres em idade fértil.
O mecanismo exato pelo qual a contraceção oral combinada leva à TVC não é conhecido, no entanto sabe-se que afeta as concentrações de vários fatores da cascata de coagulação e pode induzir resistência à proteína C ativada. Nos doentes que sofreram uma TVC que tomam contracetivo oral combinado, é muito frequente ser detetada uma trombofilía hereditária associada, ou seja, os dois fatores de risco costumam estar associados, particularmente nos doentes com TVC com enfarte venoso associado. Isto sugere que o uso de contracetivo oral não seja o suficiente para causar enfarte venoso sem uma trombofilía hereditária associada.
Mulheres que tomem contracetivos orais combinados e sofram uma TVC devem ser alertadas para este fator de risco, aconselhadas a suspender a toma e a trocar para outro método contracetivo. Não existe um aumento do risco de TVC na utilização de contracetivos hormonais à base de progesterona.
Sintomas
A apresentação dos sintomas de TVC pode ter uma apresentação clínica aguda (menos de 2 dias), subaguda (2 dias a 1 mês) ou crónica (mais de 1 a 2 meses). A apresentação mais frequente é a subaguda, representando mais de metade dos casos. A TVC apresenta-se através de um amplo espectro de sinais e sintomas com um início muito variável, o que dificulta o diagnóstico e permite que esta seja confundida com outras
patologias. Devido à variação na apresentação clínica e à dificuldade que isso trás na identificação da patologia, o atraso médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico é de 7 dias.
Tendo em conta os dois mecanismos principais da fisiopatologia da TVC, os sintomas, podem estar relacionados com a HIC resultante da diminuição da drenagem venosa e consequente compressão de estruturas ou com a isquemia focal do cérebro, causada pelos processos de isquemia ou hemorragia que ocorrem na TVC, resultando em sintomas neurológicos focais. Geralmente, os sintomas e sinais mais frequentemente relatados em estudos de caso são os seguintes:
- Cefaleia,
- Diminuição de consciência ou coma,
- Vómitos,
- Sintomas neurológicos focais,
- Crises epiléticas.
No quadro seguinte é descrito o conjunto de sintomas e sinais mais relevantes da Trombose Venosa Cerebral.
Sintomas devido a Hipertensão Intracraniana (HIC) | Cefaleia Náuseas, vómitos Papiledema Alteração do nível de consciência Alterações da visão: visão turva, diplopia |
Sinais neurológicos focais | Paralisia de pares cranianos (oftalmoplegia e alterações da visão) Défices sensitivos Défices motores Crise epilética Encefalopatia Disfasia (perturbação da linguagem, associada a uma lesão cerebral, que consiste na má coordenação das palavras) |
Sintomas de hipertensão intracranial
A cefaleia é o sintoma mais frequente, geralmente severa, de início frequentemente súbito e com progressiva severidade, e está em geral relacionada com a HIC. Ocorre em cerca de 70 a 90% dos casos, podendo ser o único sintoma de TVC. A cefaleia, quando causada pela HIC, pode piorar com manobras de Valsalva e com o decúbito.
Sinais de alarme na apresentação de cefaleia, como cefaleia de início recente, primeira cefaleia intensa, a “pior” cefaleia da vida, dor que perturba o sono ou que se apresenta logo ao despertar, são alguns dos sintomas que podem estar associados a uma TVC e para os quais se deve estar particularmente atento.
Papiledema é outro sinal que pode advir da HIC que ocorre frequentemente e pode causar diplopia, visão turva, entre outras alterações da visão. Náuseas e vómitos ocorrem também associados à HIC, assim como diminuição da consciência.
Sintomas de cefaleia que sugerem um distúrbio subjacente grave |
Cefaleia de início recente |
Primeira cefaleia intensa |
A “pior” cefaleia da vida |
Vómitos precedem a cefaleia |
Piora subaguda ao longo de dias ou semanas |
Dor induzida por encurvamento, por elevação do corpo ou por tosse |
Dor que perturba o sono ou se apresenta logo após o despertar |
Doença sistémica conhecida |
Início após os 55 anos de idade |
Febre ou sinais sistémicos inexplicados |
Exame neurológico anormal |
Dor associada à hipersensibilidade local, p. ex., a região da artéria temporal |
Tratamento agudo
Os objetivos do tratamento da TVC com a utilização de anticoagulação são: facilitar recanalização; prevenir o crescimento do trombo e a sua propagação, prevenindo trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP); tratamento do estado protrombótico subjacente, prevenindo recidivas; e tratamento sintomático. O tratamento com anticoagulação, em doentes sem contraindicação, deve ser iniciado mal o
diagnóstico de TVC esteja estabelecido.
Atualmente o tratamento durante a fase aguda é feito com heparina não fracionada (HNF) ou heparina de baixo peso molecular (HBPM), com objetivo de atingir valores de tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) de pelo menos o dobro do valor inicial (3,7,9) ou entre 60-80 segundos.
Não existem dados que determinem diferenças significativas no prognóstico entre o uso de HNF e HBPM, embora hajam estudos que relatem incidências ligeiramente menores de TVP e EP e mortalidade menor no uso de HBPM, sem, no entanto, atingirem relevância estatística.
Para os doentes que não tenham contraindicação para o uso de HBPM, como insuficiência renal, esta está recomentada devido à sua farmacocinética mais previsível que a da HNF e ao maior controlo que isto permite sobre o International Normalized Ratio (INR).
Existe alguma controvérsia na administração de anticoagulação na TVC porque esta pode coexistir com transformação hemorrágica e hemorragia intracerebral, que podem agravar com a anticoagulação.
No entanto, estas complicações à apresentação da TVC são
associadas a um mau prognóstico, independentemente do uso de anticoagulação, e o seu uso é considerado como uma opção segura e preferível tendo em conta a relação risco benefício. Sendo assim, está indicado o uso de heparina para tratamento da TVC em doses terapêuticas, inclusive nos doentes com hemorragia cerebral ou HIC, devendo haver no entanto uma avaliação do risco-benefício de cada caso.
Após a fase aguda e a estabilização do doentes, deve ser feita a transição para anticoagulação oral, habitualmente feita com varfarina. A utilização dos novos anticoagulantes orais não é atualmente recomendada para tratamento da TVC, especialmente durante a fase aguda. Contudo, são necessários ensaios clínicos que testem a sua utilidade no tratamento da TVC.
Aspirina, corticoides e outros fármacos
Quanto a outros fármacos que se pensou poderem ser úteis na TVC, como por exemplo, a aspirina, a sua utilidade no tratamento da TVC atualmente não está estudada. Os corticoides não devem ser utilizados por norma nos doentes com TVC aguda por não melhorarem mortalidade nem morbilidade, no entanto, podem ser administrados em doentes com TVC aguda que seja causada por doenças inflamatórias, como a doença de Behçet e o lúpus eritematoso sistémico.
Para o tratamento da HIC causada por TVC aguda, pode-se administrar diuréticos osmóticos, como o manitol. Pode-se utilizar a acetazolamida (inibidora da anidrase carbónica) mas apenas se a HIC causar cefaleias severas e possível perda de visão, caso contrário não deve ser
administrada por norma em todos os doentes com TVC. Em casos de deterioração neurológica progressiva devido a HIC ou herniação cerebral, pode ser considerada a realização de hemicraniectomia descompressiva ou ventriculostomia.
Deve ser feito o tratamento sintomático com antiepiléticos, analgésicos, antibióticos, entre outros, conforme necessário. O tratamento em grupos com características específicas como as crianças e as grávidas têm características epidemiológicas distintas e têm recomendações específicas tanto quanto ao diagnóstico como ao tratamento.
Concluindo
A trombose venosa cerebral é uma doença rara mas a sua incidência parece estar a aumentar. A vacinação em massa contra a Covid-19, expôs uma realidade até agora pouco conhecida que não estabelecia uma ligação entre a vacinação e o aumento de risco de trombose venosa cerebral. No entanto os diversos casos estranhos de pessoas que desenvolveram tromboses graves, algumas fatais, pouco depois de serem vacinadas, alertou as agências do medicamento Europeia (EMA) e Norte Americana (FDA) de tal forma que foram temporariamente suspensas as vacinas da Astrazeneca (suspensa pela EMA) e da Johnson&Johnson (suspensa pela FDA), para completa e atualizada avaliação de segurança. Parece agora claro que existe de facto uma ligação desconhecida entre os casos de trombose e a vacinação Covid.
Assim apesar da relação benefício/risco perecer ser positiva para o lado da vacina, obviamente ninguém está livre de ter este “azar” pelo que fique atento aos sintomas após vacinação e peça apoio médico imediato em caso de dor de cabeça forte ou persistente, dor no abdómen, dor no tórax e dor na barriga da perna.
Referências
- https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/8755/1/6869_14667.pdf
- Clinical manifestations and imaging tools in the diagnosis of splanchnic and cerebral vein thromboses
- Netter FH. Atlas Of Human Anatomy. 5th ed. O’Grady E, editor. Saunders Elsevier;
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