Dor de barriga e apendicite

Dor de barriga apendicite perigosa verdade



Dor de barriga apendicite e outros perigos, toda a verdade! Quais as dores mais perigosas? Quais as causas? Quais os perigos? Quais os órgãos envolvidos? Quais os sinais de alarme? A região abdominal é aquela que possui mais órgãos no nosso corpo, aumentando as probabilidades de doer devido a uma vasta quantidade de causas e doenças diferentes. A dor abdominal, chamada popularmente de dor de barriga, pode ser simplesmente fruto de uma obstipação pontual mas é muitas vezes um desafio para o médico, dada a grande quantidade de diagnósticos diferenciais possíveis.

Na maioria das vezes, a dor de barriga é uma condição de saúde benigna e autolimitada. Certamente que já teve uma dor de barriga de leve intensidade, que desapareceu sem necessidade de tratamento médico. No entanto, quando a dor abdominal é de forte intensidade ou há outros sintomas associados, como febre, vómitos, prostração ou diarreia com sangue, a avaliação de um médico é necessária.

A dor abdominal pode ser aguda ou crónica e requer, frequentemente, uma ida ao médico. Uma criança com dor abdominal é sempre motivo de preocupação para os pais, o que leva frequentemente a recorrer ao médico.

Leia também: Estas são as 7 dores que nunca deve ignorar!

Neste artigo vou tratar os seguintes temas:

  • Órgãos da região abdominal
  • Quadrantes abdominais
  • Órgãos localizados em cada quadrante
  • Patologias originam dor abdominal aguda
  • Diagnóstico da causa da dor de barriga
  • Sintomas e sinais de alarme na dor abdominal aguda
  • Caraterística da dor abdominal crónica
  • Sinais de alarme na dor abdominal crónica
  • Dor abdominal funcional
  • Crianças com dor abdominal funcional
  • Dor do lado direito do abdómen, quais as causas mais comuns?
  • Dores no centro da barriga, quais as causas mais comuns?
  • Dor no baixo ventre, quais as causas mais comuns?
  • Dores do lado esquerdo do abdómen, quais as causas mais comuns?
  • Apendicite, quais os perigos?
  • Apendicite o que é?
  • Sintomas de apendicite
  • Apendicite em bebés, crianças e adolescentes
  • Tratamento para a apendicite




Órgãos da região abdominal

Todos os órgãos que se encontram dentro da cavidade abdominal e da cavidade pélvica podem causar dor de barriga. Algumas vezes, os órgãos da cavidade torácica também podem causar dor abdominal, como é o caso do coração ou das inflamações nas bases dos pulmões.

Os órgãos dentro do abdómen que podem causar dor abdominal são:

  • Fígado,
  • Vesícula biliar,
  • Vias biliares,
  • Pâncreas,
  • Baço,
  • Estômago,
  • Rins,
  • Glândulas suprarrenais,
  • Intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo),
  • Cólon (incluindo apêndice).

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Já os órgãos dentro da pelve são:

  • Ovários,
  • Trompas,
  • Útero,
  • Bexiga,
  • Próstata,
  • Reto,
  • Sigmoide (porção final do intestino grosso).

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Quadrantes abdominais

Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte forma:

  1. Região Hipocondríaca Direita
  2. Região Epigástrica
  3. Região Hipocondríaca Esquerda
  4. Região Lateral Direita
  5. Região Umbilical
  6. Região Lateral Esquerda
  7. Região Inguinal Direita
  8. Região Púbica (Hipogástrica)
  9. Região Inguinal Esquerda

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Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica é em Quatro Quadrantes.
Esse método é frequentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a localização de um tumor. Os planos sagital, mediano e transversal passam através do umbigo e dividem a região abdominopélvica nos quatro quadrantes seguintes:

  • Quadrante superior direito
  • Quadrante superior esquerdo
  • Quadrante inferior direito
  • Quadrante inferior esquerdo

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Quadrante superior direito:

  • Lobo direito do fígado
  • Vesícula biliar
  • Piloro
  • Duodeno
  • Cabeça do pâncreas
  • Flexura hepática do cólon
  • Partes do cólon ascendente e transverso

Quadrante superior esquerdo:

  • Lobo esquerdo do fígado
  • Estômago
  • Corpo do pâncreas
  • Flexura esplénica do cólon
  • Partes do cólon transverso e descendente

Quadrante inferior direito:

  • Ceco e apêndice
  • Parte do cólon ascendente
  • Parte do ovário na mulher

Quadrante inferior esquerdo:

  • Cólon sigmoide
  • Parte do cólon descendente
  • Parte do ovário na mulher



Dor de barriga aguda 

A dor abdominal aguda é um sintoma comum em várias patologias, tais como:

  • Gastroenterite;
  • Apendicite;
  • Infeção urinária;
  • Invaginação;
  • Adenite mesentérica;
  • Obstipação;
  • Úlcera péptica;
  • Pancreatite;
  • Patologia do ovário;
  • Litíase renal (pedra no rim) ou litíase biliar (pedra na vesicula);
  • Pneumonia (quando se manifesta na base do pulmão juntamente com febre e dificuldade respiratória);
  • Etc…

Leia também: Obstipação toda a verdade!

Diagnóstico

Para facilitar o diagnóstico, deve ser feita uma história detalhada sobre a origem e evolução dos sintomas. Diversos fatores são importantes no processo de diagnóstico, a saber:

  • Idade;
  • Tipo de dor;
  • Localização da dor;
  • Duração da dor;
  • Hora do dia;
  • Presença de outros sintomas tais como:
    • Febre,
    • Náuseas,
    • Vómitos,
    • Sintomas urinários,
    • Alterações do trânsito intestinal.

Sinais de alarme na dor abdominal aguda

Na maioria das situações benignas a dor de barriga localiza-se no umbigo ou em volta deste. As crianças com dor abdominal vomitam frequentemente, mas a maioria das vezes os vómitos desaparecem rapidamente. Além da sensação de doença (sentir-se doente), alguns sinais de alarme que aconselham consulta médica são:

  • Dor localizada em outras áreas, principalmente no quadrante inferior direito do abdómen levantando a hipótese de apendicite;
  • Dor com duração superior a 24h,
  • Febre alta,
  • Palidez,
  • Sudação (suar sem razão aparente),
  • Prostração (fadiga),
  • Recusa em brincar,
  • Recusa em beber ou comer,
  • Vómitos persistentes (já amarelados/verdes ou com sangue),
  • Laivos de sangue na diarreia ou alterações na pele.

Dor abdominal crónica, sintomas

A dor abdominal crónica é um motivo muito frequente de consulta, sobretudo no sexo feminino. Os doentes geralmente têm uma sintomatologia pouco específica e na investigação dessas situações apenas em 10% se encontra uma causa orgânica, como por exemplo:

  • Doença de refluxo gastroesofágico;
  • Úlceras gástricas;
  • Gastrite;
  • Alergia alimentar;
  • Intolerância à lactose,
  • Doença inflamatória do intestino;
  • Doença celíaca;
  • Litíase biliar;
  • Pancreatite;
  • Parasitose.

Sinais de alarme na dor abdominal crónica

As seguintes condições de saúde devem ser motivo de alarme e consulta médica:

  • Dor que acorda a criança a meio da noite;
  • Dor bem localizada e longe do umbigo;
  • Vómitos persistentes (sobretudo biliosos);
  • Diarreia crónica grave;
  • Febre;
  • Perda de peso;
  • Atraso de crescimento,
  • Exantema cutâneo,
  • Dor articular;
  • Sangue nas fezes;
  • Fístula/fissura anal;
  • História familiar de doença péptica e /ou doença inflamatória do intestino;
  • Idade inferior a quatro anos.

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Dor abdominal funcional

A dor abdominal funcional caracteriza-se por ter uma causa funcional ou seja não identificada com testes laboratoriais. São diversos os factores implicados nestas queixas abdominais sendo os mais importantes os seguintes:

  • Stress psicológico;
  • Hipersensibilidade visceral;
  • Distúrbios da motilidade gastrointestinal.

Crianças com dor abdominal funcional

Crianças com sintomas funcionais têm geralmente as seguintes características pessoais:

  • Tímidas,
  • Ansiosas,
  • Perfeccionistas,
  • Interiorizam muito os seus problemas.

Estas crianças têm episódios curtos de dor abdominal periumbilical (na zona do umbigo) que não se relacionam temporalmente com a ingestão de alimentos, defecação ou exercício. Por vezes têm algumas características e sintomas associados a saber:

  • Cefaleias,
  • Fadiga,
  • Dores no corpo,
  • Mantêm o apetite e um bom desenvolvimento de peso e estatura;
  • O seu exame físico e os exames complementares não revelam alterações;
  • Muitas vezes há história familiar de enxaqueca ou de dor abdominal recorrente.

A aceitação por parte dos pais e pela criança da possibilidade de existir uma causa biopsicológica para a doença é um fator importante para a resolução dos sintomas.

Causas da dor do lado direito do abdómen

As dores de barriga no lado direito podem ser dividas em dores no quadrante superior direito e quadrante inferior direito.

Quadrante superior direito do abdómen

As principais causas de dor neste quadrante são:

  • Causadas pelo fígado e pela vesícula, com destaque para a cólica biliar, provocada por pedra na vesícula ou colecistite.
  • Inflamações do fígado, como nos casos de hepatite viral, também podem causar dor nesta região.
  • Lesões na porção inferior do pulmão direito podem ser uma causa de dor abdominal à direita sem origem no abdômen.

Quadrante inferior direito do abdómen

Neste quadrante as causas intestinais são as mais prevalentes, com destaque para:

  • Apendicite;
  • Nas mulheres, problemas no ovário, como a presença de um quisto, também são muito comuns;
  • Uma gravidez ectópica na trompa direita;
  • Problemas no testículo;
  • Cálculo renal que tenha migrado para a região inferior do ureter podem manifestar-se com dor no quadrante inferior do abdômen (esquerdo ou direito);
  • Dor de origem muscular deve ser pensada, caso o paciente tenha feito esforço excessivo recentemente.

Dor no centro da barriga

A dor no centro da barriga, também chamada  dor na boca do estômago, é geralmente provocada por problemas estomacais. A gastrite ou a úlcera péptica são as causas mais comuns. Problemas do pâncreas, como a pancreatite, costumam causar intensa dor de barriga em toda a parte superior, podendo irradiar para as costas.  Tanto os problemas do estômago como os do pâncreas podem causar uma dor descrita como dor no fundo da barriga.

Dor de origem muscular também pode afectar esta região.

O infarte agudo do miocárdio, em alguns casos, pode irradiar para a região central do abdômen, podendo ser confundido inicialmente com algum problema de estômago.

Dor no baixo ventre

Dores abdominais que se localizam no chamado de baixo ventre ou região hipogástrica, são geralmente provocadas por:

  • Bexiga ou útero, este último, obviamente, só no caso das mulheres.
  • Infeção urinária (cistite) e cólica menstrual são as causas mais comuns.
  • Quadros diarreicos, como gastroenterite viral ou intoxicação alimentar também podem causar dor nesta região, mas geralmente são mais dispersos por todo o abdómen.
  • Gravidez não costuma causar dor, apenas uma sensação de peso. Porém, em caso de aborto, podem haver cólicas intensas.

Dor no lado esquerdo do abdómen

Assim como do lado direito, as dores de barriga no lado esquerdo podem ser dividas em dores no quadrante superior  e quadrante inferior.

Quadrante superior esquerdo

As dores mais comuns neste quadrante têm as seguintes origens:

  • Musculares;
  • Estômago;
  • Raramente, o baço, órgão localizado abaixo das costelas do lado esquerdo do abdómen;
  • Dor epigástrica;
  • Enfarte também pode causar dor no quadrante superior esquerdo da barriga.
  • Problemas na base do pulmão esquerdo também podem ser a causa.

Região central e inferior do abdómen esquerdo

Os problemas intestinais costumam ser as principais causas:

  • Gastroenterites,
  • Diverticulite.

Nas mulheres com dor no quadrante inferior esquerdo, problemas nos ovários e uma possível gravidez ectópica devem sempre ser lembrados.

Apendicite, quais os perigos?

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Para uma localização e diagnóstico mais adequado da causa da dor abdominal, divide-se o abdómen em 4 quadrantes, conforme descrito na imagem seguinte:

Quadrantes do abdómen melhorsaude.org melhor blog de saude

Apendicite

A apendicite é uma doença comum causada pela infeção do apêndice. Afeta cerca de 7% da população, o que a torna uma das principais emergências médicas em todo o mundo. A apendicite geralmente surge entre os 10 e 30 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, apesar de ser rara nas crianças com menos de 2 anos.

Apêndice o que é? Onde se localiza?

Localização do apêndice melhorsaude.org melhor blog de saude
Localização do apêndice e órgãos próximos

O apêndice é um órgão com tamanho e localização variáveis, e a sua proximidade com outros órgãos da pelve e do abdómen podem fazer com que os sintomas de apendicite sejam parecidos com os de outras doenças, tais como, diverticulite, torção do ovário, gravidez ectópica, cálculos renais e outros problemas do abdómen ou da pélvis.

Apendice melhorsaude.org melhor blog de saude
Localização do #apêndice

Sintomas da apendicite

O sintomas da apendicite nem sempre se manifestam do lado direito do abdómen. Assim de seguida descrevo os diversos cenários de sintomatologia associada à apendicite.

Dor abdominal típica:

  • A dor típica começa de forma difusa junto ao umbigo e no espaço de 24 horas migra para o quadrante inferior direito do abdómen;
  • Tipicamente existe dor à palpação do abdómen que se torna muito mais intensa quando se retira de repente a mão que executa a palpação ( sinal de Blumberg )

Dor abdominal atípica:

  • Em cerca de 15% das pessoas o apêndice localiza-se mais posteriormente, fazendo com que o local da dor da apendicite seja diferente. Neste caso o paciente pode queixar-se de dor lombar  à direita, dor no quadrante superior direito ou dor em todo o flanco direito.
  • Há também aqueles pacientes com apêndices mais baixos, cuja ponta se estende até a região da pelve. Nestes casos, a dor pode ser na virilha à direita, no ânus ou na região púbica. Evacuar ou urinar podem provocar exacerbações da dor.

Dor abdominal do lado esquerdo:

  • Apesar de raro, não é impossível que o paciente com apendicite tenha dor do lado esquerdo do abdómen, caso o apêndice seja mais comprido que o habitual e se estenda até o lado esquerdo da cavidade abdominal. Porém, apendicite não deve ser a primeira hipótese diagnóstica nos pacientes com dor abdominal no lado esquerdo, exceto nos raros casos de situs inversus (condição rara na qual os pacientes apresentam órgãos do tórax e abdómen em posição oposta à habitualmente esperada).
  • Endurecimento da parede do abdómen
  • Enjoos ( em 90% dos casos )
  • Vómitos ( em 90% dos casos )
  • Perda do apetite ( em 90% dos casos )
  • Febre
    • A febre é geralmente baixa. Só existe febre alta quando há perfuração do apêndice e extravasamento de material fecal dos intestinos para dentro da cavidade abdominal, o que gera uma intensa reação inflamatória e grave infeção.
  • Diarreia
  • Prisão de ventre
  • Distensão abdominal
  • Leucocitose (aumento do número de leucócitos ou glóbulos brancos no hemograma). Mais de 80% dos pacientes com apendicite aguda apresentam leucocitose no exame de hemograma. Quanto mais intensa é a leucocitose, em geral, mais extenso é o processo inflamatório.

Nem todos os sinais e sintomas listados acima estão necessariamente presentes nos pacientes com apendicite aguda. Alguns, tais como diarreia, prisão de ventre ou distensão abdominal, ocorrem em menos da metade dos casos.

Tipicamente os três sintomas associados mais comuns num quadro de apendicite são a dor abdominal, os vómitos e perda do apetite.

Sintomas em bebés, crianças e adolescentes 

O quadro clínico da apendicite em adolescentes é basicamente o mesmo dos adultos. Já nas crianças com menos de 12 anos, os sintomas podem ser um pouco diferentes.

Crianças entre 5 e os 12 anos (sintomas)

Assim como nos adultos, a dor de barriga e os vómitos são os sintomas mais comuns nas crianças em idade escolar, embora a característica migração da dor da região peri umbilical para o quadrante inferior direito possa não ocorrer.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Dor no quadrante inferior direito do abdómen – 82%
  • Náuseas – 79%
  • Perda do apetite – 75%
  • Vómitos – 66%
  • Febre – 47%
  • Diarreia- 16%

Crianças de 1 a 5 anos de idade

A apendicite é incomum em crianças com menos de 5 anos. Febre, vómitos, dor abdominal difusa e rigidez abdominal são os sintomas predominantes, embora irritabilidade, respiração ruidosa, dificuldade para andar e queixas de dor na região direita do quadril também possam estar presentes.

A típica migração da dor para o quadrante inferior direito do abdómen ocorre em menos do que 50% dos casos. Diarreia e febre, todavia, são bem mais comuns que nos adultos. As crianças pequenas costumam apresentar febre baixa (ao redor de 37,8ºC) e ruborização das bochechas.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Dor abdominal – 94%
  • Febre – 90%
  • Vômitos – 83%
  • Dor à descompressão – 81%
  • Perda do apetite – 74%
  • Rigidez abdominal – 72%
  • Diarreia- 46%
  • A distensão abdominal – 35%

Bebés ou crianças com menos de 1 ano

Se a apendicite em crianças com menos de 5 anos é incomum, a apendicite em recém-nascidos e no primeiro ano de vida é ainda mais rara. A baixa frequência de apendicite nesta faixa etária deve-se provavelmente ao formato mais afunilado e menos propenso à obstrução do apêndice, em oposição ao formato mais tubular do órgão nos adultos e crianças mais velhas.

Apesar de rara, infelizmente, a mortalidade neonatal de apendicite é de quase 30%, pois o diagnóstico precoce é muito difícil, já que o quadro clínico costuma ser muito atípico. A distensão abdominal é mais comum que a própria dor abdominal, provavelmente porque os bebés não conseguem comunicar adequadamente.

A frequência dos sinais e sintomas da apendicite nesta faixa etária é a seguinte:

  • Distensão abdominal – 75%
  • Vómitos – 42%
  • Perda do apetite – 40%
  • Dor abdominal – 38%
  • Febre – 33%
  • Inflamação da parede abdominal – 24%
  • Irritabilidade ou letargia – 24%
  • Dificuldade respiratória – 15%
  • Massa abdominal – 12%
  • Sangramento nas fezes – 10%

Tratamento para a apendicite

O tratamento é, naturalmente, cirúrgico com retirada do apêndice inflamado.

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Procedimento usa técnicas de Laparoscopia interna mas também de cirurgia tradicional

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Concluindo

O nosso corpo é uma “máquina extraordinária” com mecanismos que nos alertam quando algo está errado e pode vir a ser potencialmente perigoso e ás vezes fatal! As dores são o melhor e mais forte exemplo desse mecanismo de defesa. Conheça melhor o seu corpo, preste atenção aos seus sinais porque quase sempre significam um pedido de ajuda para evitar a queda num “precipício” com consequências graves para a sua saúde!

Fique bem!

Franklim Fernandes

Referências:  

  • Dr. Houman Danesh, do Hospital Mt. Sinai, em Nova Iorque;
  • Dr. Pedro Pinheiro, especialista em Medicina Interna e Nefrologista. Títulos reconhecidos pela Universidade do Porto e pelo Colégio Português de Nefrologia.

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