Obstipação intestinal tratamento medicamentos e alimentação (2022), prisão de ventre ou intestino preso e hemorroidas: Quais as causas, sintomas e melhores tratamentos? Porque nos faz mal a sanita usada atualmente? Qual a melhor posição para defecar? Este é um artigo onde a minha experiência pessoal de obstipação crónica, doença hemorroidal e intervenção cirúrgica hemorroidal, me dão ainda maior conhecimento sobre as graves consequências que podem trazer à nossa saúde!

No meu caso pessoal o quadro era grave, com prolapso e sangramento frequente, ficando claro que a causa mais importante terá sido a obstipação crónica que sempre tive e tenho tendência a ter se me descuidar!

A minha recuperação foi excelente porque mudei hábitos diários, alimentação e postura na hora de defecar…sim ouviu bem a posição em que defecamos tem influência na obstipação…muito mais do que julgava…!

Este artigo serve também para contar a minha experiência pessoal de recuperação para que sirva de motivação a imensas pessoas que sofrem de obstipação e doença hemorroidal mal tratada sem saberem os perigos que correm!

A prevalência da prisão de ventre e da doença hemorroidal é muito elevada em muitos países ocidentais… mas porquê?

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

• Obstipação ou prisão de ventre: O que é?
• Obstipação: Quais os sintomas?
• Prisão de ventre: Quais as causas?
• Que doenças podem causar obstipação?
• Medicamentos: Quais os que causam obstipação?
• Intestino preso: Quais os tratamentos mais eficazes?
• Prisão de ventre: Qual a influência da alimentação?
• Que alimentos devo comer para tratar a obstipação?
• Hábitos diários e estilo de vida: Qual a influência?
• Quais os tratamentos caseiros para a prisão de ventre?
• Sanita: Porque nos faz mal a usada actualmente?
• Musculo puborretal: Qual a importância?
• Defecar mais rápido: Como conseguir sem esforço?
• Porque é importante defecar rápido?
• Cascas de Psilio: Porque protejem tanto a nossa saúde?
• Hemorroidas: Qual a ligação com a obstipação?
• Hemorroidas externas: Qual a melhor pomada?

Obstipação o que é?

Também conhecida como prisão de ventre, a obstipação é uma perturbação intestinal que se traduz na dificuldade em evacuar regularmente causada por uma alimentação descuidada, pela falta de exercício, pelo stress, entre outros fatores que iremos explorar neste artigo.

Uma evacuação normal deverá ser feita sem dor e incómodos pelo menos 3 vezes por semana. Se evacua menos de 3 vezes por semana leia este artigo até ao fim.

Quando se trata de uma situação esporádica, a obstipação pode ser provocada por uma alteração no seu dia-a-dia, ou na sua dieta alimentar, tratando-se de obstipação ocasional.

Se já faz 6 meses que evacua menos de 3 vezes por semana então, o problema é mais grave tratando-se de obstipação crónica ou funcional devendo, posteriormente, consultar o seu médico de família.

A obstipação é mais prejudicial para a saúde do que a maioria de nós poderá pensar, pois não havendo uma expulsão completa das fezes que tem no intestino, inicia-se um processo de inflamação e de contaminação do organismo através da reabsorção de toxinas para a corrente sanguínea a partir do intestino.

Prisão de ventre quais os perigos?

A maioria de nós não faz a mínima ideia das possiveis consequências graves de uma obstipação, principalmente se for crónica. Assim descrevo de seguida os principais perigos:

• Aumenta o nível de inflamação e contaminação do organismo através da reabsorção de toxinas para a corrente sanguínea a partir do intestino;
• Hemorroidas;
• Incontinência fecal;
• Acumulação e impactação fecal;
• Fissuras anais.

Sintomas

É provável que já se tenha questionado se sofre de obstipação, sendo também muito provável que a resposta seja que sim.

Este distúrbio poderá ser mais comum em mulheres. Mais comum ainda será a obstipação na gravidez, atingindo cerca de 40% das grávidas. A obstipação atinge transversalmente qualquer género e faixa etária.

Caso se identifique em pelo menos dois dos sintomas abaixo listados provavelmente sofre de prisão de ventre:

• Fezes duras mais do que três vezes por semana;
• Fezes duras e pequenas;
• Evacuar menos de 3 vezes por semana;
• Dificuldade em defecar;
• Fezes que provocam hemorragias no reto;
• Dor ao evacuar e dor abdominal ou dor de barriga;
• Sentir alguma pressão no  abdómen;
• Esforço excessivo para evacuar;
• Sensação de náuseas;

O facto de ser um distúrbio comum não significa que deverá ter uma atitude passiva em relação à obstipação intestinal. Pelo contrário, deverá consultar um médico, ou se for algo esporádico, adotar os tratamentos que lhe vamos indicar mais à frente.

Fezes e Escala de Bristol ou Escala de Meyers

A consistência e forma das nossas fezes pode ser um sinal de saúde ou de doença.

A Escala de Bristol ou Escala de fezes de Bristol é uma escala médica destinada a classificar a forma das fezes humanas em sete categorias. Às vezes referido no Reino Unido como a “Escala de Meyers”, foi desenvolvida por Dr. Ken Heaton na Universidade de Bristol e publicado no Scandinavian Journal of Gastroenterology em 1997.

A forma e a consistência das fezes dependem do tempo de permanência do mesmo no cólon.

Os sete tipos de fezes são:

1. Caroços duros e separados, como nozes (difícil de passar);
2. Forma de salsicha, mas granuloso;
3. Como uma salsicha, mas com fissuras em sua superfície;
4. Como uma salsicha ou serpente, suave e macio;
5. Bolhas suaves com bordas nítidas (que passa facilmente);
6. Peças fofas com bordas em pedaços;
7. Aquoso, sem partes sólidas, inteiramente líquido.

Tipos 1 e 2 indicam obstipação. Tipos 3 e 4 são consideradas ótimas, uma vez que estas são mais fáceis de passar na defecação. Tipos 5, 6 e 7 estão associados com tendência de aumento de diarreia ou de urgência.

Causas

As fezes são constituídas pela parte dos alimentos não assimilada, maioritariamente compostas por fibras. Estas têm a capacidade de absorver água existente no intestino, contribuindo assim para que as fezes sejam mais volumosas e, simultaneamente, mais moles, e como tal, mais fáceis de expulsar.

O tempo que as fezes permanecem no intestino determina o teor de água que as compõem. Qualquer situação que leve a uma maior lentidão no funcionamento intestinal torna as fezes mais duras e menos volumosas, provocando obstipação.

São várias as causas que contribuem para a obstipação intestinal:

• Alterações do microbita que favorecem a proliferação de bactérias “más”, principalmente consumo de alimentos processados e alguns medicamentos;
• Alterações súbitas na dieta principalmente na sua rotina alimentar diária;
• Ausência ou baixo teor de fibras na sua dieta alimentar;
• Stress;
• Vida sedentária com pouco exercício físico;
• Uso excessivo de laxantes;
• Não evacuar quando o seu sistema digestivo lhe indica vontade de o fazer;
• Comer demasiados alimentos processados, principalmente os ricos em açúcar;
• Beber álcool pois desidrata o nosso organismo e desvia a água necessária no tracto intestinal para amolecer as fezes;
• Beber pouca água (também não deve beber demais);
• Doenças que afectam o intestino.

Doenças que podem causar obstipação

A obstipação pode ser causada por diversas doenças, muitas delas comuns.

Doenças neurológicas: 

• Esclerose múltipla,
• Doença de Parkinson,
• Lesões da medula.

Doenças metabólicas: 

• Diabetes,
• Hipotiroidismo,
• Insuficiência renal.

A obstipação pode, também, ser causada por doenças próprias do intestino ou do ânus, como é o caso de inflamação, zonas de estenose (aperto) no intestino, tumores, fissura anal, e outras.

Pode, ainda, ser provocada ou agravada por diversos medicamentos.
Todavia, frequentemente, não se encontra nenhuma destas causas, estando, então, a obstipação relacionada com um funcionamento lento do intestino (sem causa identificável), ou com um intestino que funciona bem, mas que tem dificuldade em desencadear a saída das fezes, as quais se acumulam na zona terminal do intestino.

Resumindo, existem diversas doenças que podem causar obstipação. As mais comuns são:

• Hipotiroidismo
• Insuficiência renal,
• Diabetes,
• Esclerose multipla,
• Doença de Parkinson,
• Doença celíaca,
• Sensibilidade ao glúten não celíaca,
• Cancro do cólon,
• Diverticulite,
• Doença inflamatória intestinal.

Medicamentos que provocam obstipação

Existem diversos medicamentos que podem causar obstipação como efeito secundário. Os principais são?

• Opioides (Ex: Tramadol, usado contra a dor),
• Determinados antiácidos, principalmente contendo cálcio ou alumínio (Ex: Kompensan®, usado na azia),
• Bloqueadores dos canais de cálcio (Ex: Amlodipina, Lercanidipina, usados na hipertensão)
• Anticolinérgicos (ex: Buscopan® -Butilbrometo de escopolamina usado contra dores tipo cólicas e o Atrovent® – brometo de ipratrópio, usado como broncodilatador)

Tratamentos da obstipação

Alimentação

Numa pessoa saudável, sem doenças graves, o tratamento da obstipação depende principalmente da  alimentação e da maneira como esta influencia o organismo e o sistema digestivo, embora dependa também do tipo de obstipação.

Se sofre de obstipação intestinal severa deve consultar um médico especialista para lhe ser feito um diagnóstico específico.

Descrevo de seguida as principais alterações alimentares que fiz na minha dieta pessoal para conseguir ter um intestino regular, principalmente depois da cirurgia ás hemorroidas pois não quero voltar a passar pela mesma dolorosa experiência e sensação de saúde “precária”!

Alimentos ricos em fibra 

Alimentos ricos em fibra garantem a hidratação das fezes pois retêm água e podem ajudar a melhorar a circulação do seu trânsito intestinal. No entanto cada pessoa deve descobrir por experiência quais os alimentos com fibra que demonstram mais eficácia pois a reação não é igual para todas as pessoas que sofrem de obstipação.

Alguns dos alimentos ricos em fibra que são eficazes e gosto mais são:

• Cascas de psilio orgânico (Psyllium)
• Pera,
• Ameixa preta,
• Pessego,
• Kiwi,
• Frutos tropicais,
• Couve,
• Feijão,
• Grão-de-bico,
• Ervilhas,
• Favas,
• Sementes de linhaça
• Sementes de chia,
• Batata-doce,

Fibras em excesso ou erradas escolhas

Não sou um entusiasta da fibra! Os flocos de trigo e de aveia, são muito utilizados mas não tenho uma boa experiência com esses cereais que me provocam distensão abdominal, causada pela acumulação de gases no abdómen.

Assim na minha vida pessoal deixei de utilizar todo e qualquer alimento que me provoque distensão abdominal pois esse é um claro sinal do meu organismo para me avisar que aquele alimento não é bom para mim…principalmente se tiver glúten, embora haja excepções.

Regra geral uma distensão abdominal significa que estamos alimentar mais bactérias más (produtoras de gases) do que boas e por isso a desregular o nosso microbiota que é tão importante para a proteção imunológica e equilíbrio do nosso corpo.

Leia também: Microbiota e probióticos estas são as incríveis descobertas toda a verdade!

Náuseas, vómitos, diarreia, distensão abdominal, dores, febre, comichão, etc… todos são sinais de aviso do nosso organismo em resposta a alimentos viciantes que muitas vezes insistimos em consumir e que só nos fazem mal e destroem o nosso complexo equilíbrio e imunidade!

Frutas e legumes

Consuma pelo menos 5 frutas e legumes por dia. Dê preferência aos legumes pois estes para além de nutritivos e ricos em fibras são pobres em açúcar, ao contrário de grande parte das frutas.

Beba água mas não demais!

Beba água fora das refeições. É recomendável que beba a  água suficiente por dia para o ajudar a combater as fezes duras. As fibras retêm água nas fezes para que a sua passagem seja mais fácil e como tal se não tivermos bebido água suficiente, as fezes endurecem e são mais difíceis de evacuar. A água ajuda a “lavar” o cólon e na expulsão das fezes.

Beber água em excesso também não é bom pois arrastamos na urina vitaminas e minerais que nos podem fazer falta além de obrigarmos os rins a um excesso de trabalho muitas vezes desnecessário. Leia o artigo seguinte e saiba tudo sobre a água!

Leia também: Água de beber toda a verdade! Da torneira ou da garrafa? Ácida ou alcalina?

Evite alimentos processados

Evite alimentos processados. Consuma comida em vez de produtos alimentares. Dê prioridade aos alimentos biológicos. Mas porque são maus para a nossa saúde os produtos processados? Aqui ficam as principais razões na maioria dos casos:

• Demasiado ricos em açúcar refinado,
• Demasiado ricos em sal,
• Contêm gordura saturada em excesso,
• Contêm corantes e conservantes,
• Abundância de químicos com efeitos desconhecidos na flora intestinal e sistema imunológico!

Alimentos que potenciam a prisão de ventre

Alguns dos alimentos mais importantes que potenciam a prisão de ventre pertencem aos seguintes segmentos:

• Leite e derivados (excepto iogurtes com bifidobactérias),
• Produtos açucarados,
• Alimentos com glúten.

Outros hábitos alimentares

Existem ainda alguns hábitos alimentares que podem fazer uma enorme diferença, tais como:

• Moderar o consumo de álcool,
• Beber menos bebidas com gás,
• Ter uma alimentação variada.

Hábitos diários e estilo de vida qual a influência?

Para além da alimentação, o seu estilo de vida também tem grande importância na forma como a prisão de ventre o pode afetar.

• Estilo de vida sedentário: O exercício físico ajuda os seus músculos intestinais a contraírem de forma mais eficaz melhorando o fluxo das suas fezes.
• Adiar a sua ida à casa de banho vai fazer com que as fezes se acumulem no seu cólon, pelo que deve evacuar sempre que o seu sistema digestivo assim o “pedir”.
• Uma alteração súbita na sua rotina alimentar pode levá-lo a sofrer ocasionalmente de prisão de ventre.

Tratamentos caseiros

Antes de recorrer aos laxantes convencionais que se vendem em todas as farmácias, muitos deles munidos de químicos prejudiciais para a sua saúde, opte pelos tratamentos naturais para obstipação que lhe apresentamos de seguida.

Defecar mais rápido mas como?

Evacuar de cócoras mas porquê?

O que à partida pode soar estranho poderá ser a solução mais simples e eficaz para resolver grande parte dos seus problemas do trânsito intestinal.

Antes da introdução da água canalizada na era moderna, grande parte da população mundial evacuava de cócoras, sendo que alguns países asiáticos e africanos ainda evacuam nessa posição, através da utilização das latrinas e não das sanitas.

Músculo puborretal o que é?

Porque é tão importante mas pouco conhecido?

O que faz a diferença na posição de cócoras é a existência do músculo puborretal que é importante para nos permitir controlar melhor a saida das fezes nomeadamente na posição de pé e sentado.

Se assim não fosse imagine o que seria expulsar as fezes sem controlo quer estivessemos de pé, sentados ou deitados… certamente nenhum de nós gostaria de imaginar-se nesse cenário  que criaria situações incómodas e embaraçosas!

No entanto, quanto temos vontade de defecar, devemos faze-lo rápidamente e com o menor esforço possível. Assim é de todo o interesse que o músculo puborretal relaxe e forme com o colon o menor ângulo possivel de forma a facilitar a expulsão rápida das fezes.

O menor ângulo possivel é conseguido na posição de cócoras e é por isso que é nessa posição que expulsamos as fezes mais rapidamente e com o menor esforço!

Estudos que sustentam esta descoberta

Diversos estudos médicos demonstram que as sanitas estão relacionadas com o aparecimento de diversas doenças intestinais.

Estudo:  “Comparison of Straining During Defecation in Three Positions”, realizado por Dr. Ivan I. Kirov, médico especialista em oncologia na Califórnia, um dos principais fatores para vários problemas intestinais é o esforço exagerado e desnecessário que o ser humano precisa de fazer para evacuar enquanto está sentado.

Neste estudo conclui-se ainda que o músculo puborretal fica totalmente relaxado na posição de cócoras, deixando de estrangular o canal anorretal e facilitando assim, a transição das fezes.

Comparison of Straining During Defecation in
Three Positions (aqui estudo em pdf)

Estudo:  “Impact of Ethnic Habits on Defecografich Measurements” Publicado por Saeed Rad, professor Iraniano de Radiologia, neste estudo científico compararam-se as diferenças entre o uso de latrinas sanitárias tipicamente iranianas (ao nível do chão) e os vasos sanitários comuns do mundo ocidental.

Após vários testes, Saeed Rad chegou à conclusão que aqueles que evacuaram nas sanitas típicas do Irão procederam a uma evacuação mais completa devido ao maior relaxamento do músculo puborretal. Para além disso, na postura de cócoras a evacução intestinal completa foi conseguida em menos tempo e com menor esforço.

Impact of ethnic habits on defecographic measurements (aqui estuso em pdf)

Estudo: “Influence of Body Position on Defecation in Humans”.  Este estudo demonstra que através da flexão da anca na posição de cócoras, simultaneamente o canal anorretal assume uma posição mais vertical, assim como é exercida uma pressão abdominal que facilita a evacuação sem a necessidade de esforço.

Influence of Body Position on Defecation in Humans (aqui estudo em pdf)

Doenças associadas ao uso da sanita

Dispositivo que ajuda a evacuar

O ideal nestes tempos de modernidade e comodidade é que possamos simular a posição de cócoras quando estamos sentados na sanita sem ter o incómodo de subir para cima dela!

Será que existe tal dispositivo? Claro que sim e por experiência pessoal posso afirmar que é extraordinariamente simples e eficaz!

Existem diversos acessóros sendo dispositivos concebidos para colocar debaixo dos pés quando  estiver sentado na sanita permitindo assim a adoção da postura correta para defecar com os joelhos numa posição mais elevada que a cintura. Este dispositivo foi concedido especificamente para adotar a postura de cócoras durante a evacuação, sem abdicar do conforto da sua sanita.

De sublinhar que este dispositivo conjuga a altura e largura mais adequada para estimular uma defecação mais rápida e eficaz e tem uma forma que permite uma arrumação fácil junto à sanita.

Cascas de Psilio porque são eficazes?

Com já sabemos, ingerir alimentos providos de fibras são parte da solução. Os especialistas sugerem que o ser humano deve ingerir entre 25 a 35g de fibras por dia, e tal não acontece atualmente com os hábitos alimentares onde predominam produtos processados.

Como tal, a suplementação de fibras poderá ser uma excelente alternativa.

O  psílio ou psyllium permite limpar o intestino de resíduos fecais e de agentes nocivos existentes no intestino, nomeadamente:

• Metais pesados,
• Químicos,
• Toxinas,
• Muco,
• Hormonas em excesso.

Para além disso, é isento de glúten e apresentará resultados nos primeiros dias da sua ingestão.

Resumindo os principais benefícios das Cascas de Psilio são:

• Limpeza do intestino, enquanto viaja pelo trato intestinal, funciona literalmente como uma “escova” para limpar os intestinos levando consigo resíduos metabólicos, toxinas, mucos e metais pesados.
• Fonte de fibra orgânica soluvel
• Diminui o risco de desenvolver doenças cardíacas, pois reduz a pressão sanguínea e fortalece o miocárdio.
• Diminui os níveis do Colesterol mau.
• Ajuda a perder peso se tomado antes da refeição pois aumenta a sensação de saciamento.
• Diabetes – ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue.
• Letargia, apatia e desmotivação – Muitas vezes os intestinos são a causa do problema, porque se não estão saudáveis o corpo encontra dificuldade em absorver os nutrientes necessários para nos manter activos, atentos e com boa disposição.
• Fonte de fibra sem glúten – O glúten endurece e seca as fezes, sendo difícil para os nossos intestinos eliminá-las.

Estudo: Psyllium Overview by the University of Maryland, Medical Center

Segundo investigadores da University of Maryland – Medical Center, o Psílio “ajuda a aliviar a obstipação e é usado para tratar a síndrome do intestino irritável, hemorróidas e outros problemas intestinais” porque proporciona um amolecimento das fezes facilitando o  transporte de resíduos através do trato intestinal”.

Chás quais os mais eficazes?

Para além da alimentação, da atividade física e da posição correta para defecar, os chás podem ser uma grande ajuda para a sua evacuação ser mais simples eficaz.

Chá de sene

Este chá para a obstipação é ótimo e funciona como laxante mas… não exagere pois nesse caso será demasiado agressivo. Tome apenas pontualmente.

O chá de sene provocará irritação nas paredes internas do intestino, provocando assim o seu aceleramento. O seu efeito deverá ser sentido após 10 horas de o chá ser tomado.

Como fazer: Durante 5 minutos, aqueça 200ml de água com 1 colher de chá de folhas de sene secas. Tampe o recipiente durante 15 minutos e retire o líquido. Apesar de ser natural, aconselhamos que tome este chá com moderação.

Crianças com idade inferior a 14 anos, pessoas com doenças intestinais e mulheres na fase do período menstrual não deverão tomar o chá de sene.

Chá de ameixa preta

A ameixa preta é um alimento muitíssimo eficaz no combate à obstipação. Este é sem dúvida, um chá que o ajudará a resolver os seus problemas intestinais.

Como fazer: Deixe 3 ameixas pretas sem caroço de molho num copo de água durante a noite. Na manhã seguinte aqueça água e junte as ameixas à água. Misture e deixe arrefecer. Este chá para a obstipação deve ser tomado em jejum para intensificar o seu efeito.

Chá de gengibre

Com as suas propriedades que possibilitam e estimulam os movimentos intestinais, o chá de gengibre é um excelente remédio caseiro para a prisão de ventre, pois irá amolecer o seu bolo fecal diminuindo a possibilidade de ter fezes duras.

Como fazer: Durante 8 minutos ferva, numa panela, água misturada com gengibre. Deixe o chá arrefecer e beba até 3 copos de chá por dia.

Massagem abdominal será eficaz?

A massagem abdominal é mais um recurso que tem em mãos e que tem como efeito a aceleração do processo de digestão. A massagem estimula os movimentos peristálticos, também conhecidos como peristaltismo  ou seja os movimentos responsáveis por conduzir o bolo fecal pelo canal intestinal até ao anus.

Os principais benefícios de uma massagem abdominal são:

• Estimulação da flatulência,
• Relaxamento muscular,
• Prevenir o uso de laxantes.

Massagem abdominal

Afinal como se faz uma massagem abdominal de forma correcta e eficaz para estimular o trânsito intestinal? Descrevo de seguida as etapas mais importantes.

1º Escolha um lugar confortável para fazer a massagem:

Preferencialmente deverá ficar deitado pois ficará mais relaxado. Cerca de 20 a 25 minutos são suficientes para obter os benefícios desejados.

2º Comece a massagem:

Comece a massagem na púbis, e calmamente vá fazendo movimentos para cima na direção do umbigo.

Massage entre esses dois locais em círculos.

3º Continue a sequência da massagem:

Depois de massajar nessas zonas principais, deverá concentrar-se em áreas mais pequenas. Continue a sequência com os seguintes passos:

• Só com uma mão, faça um movimento circular abaixo do umbigo e em seguida, faça outro movimento circular com a outra mão no mesmo local.
• Continue esse movimento com a mão e vá percorrendo o abdómen até à púbis.
• Repita mais uma vez a sequência, descendo e subindo pela barriga em movimentos circulares.
• Não pressione demasiado a barriga nem opte por movimentos muitos bruscos, pois ao fazê-lo a matéria fecal pode ficar presa, o que dificulta ainda mais a evacuação.

Grupos de risco para obstipação

As mulheres representam entre 75% a 80% das pessoas abrangidas por problemas de prisão de ventre. A presença de progesterona no organismo da mulher faz com que tenham maior propensão para contrair o distúrbio. Esta hormona, segregada pelo corpo lúteo do ovário, atua sobre os músculos intestinais, tornando o sistema digestivo menos eficaz e dificultando assim a evacuação.

O facto é que todos nós sofremos de obstipação, nem que seja pontual, em alguma fase da vida. Há no entanto pessoas que estão ligeiramente mais em risco do que outros, por exemplo:

• Mulheres – cerca de 5 em 10 mulheres esforçam-se na casa de banho pelo menos um quarto do tempo, comparado com 4 em cada 10 homens.
• Idosos que tomem grandes doses de medicação.

De facto, quanto mais velho vai ficando mais provável vai ser que sofra de obstipação, dado que com a idade temos tendência a comer e beber menos, ingerindo menos fibras na dieta diária.

Obstipação crónica

A obstipação crónica ou funcional pode durar meses ou anos. É muitas vezes o resultado de:

• Dietas de fraca qualidade,
• Falta de exercício,
• Baixo consumo de água,
• Ignorar regularmente a vontade de ir à casa de banho.

Na verdade, não há uma definição única de obstipação crónica, mas o American College of Gastroenterology (AGG) caracterizou-a como “defecação insatisfatória que resulta em evacuação pouco frequente, passagem difícil de fezes ou ambas”. Uma maneira fácil de entender a definição de obstipação crónica é uma frequência de evacuação inferior a três vezes por semana que perdura vários meses.

Obstipação nas crianças

Não entre em pânico se o seu filho apresentar sintomas de prisão de ventre, porém mentalize-se que poderá, em alguns casos, estar nas suas mãos a solução do problema. Abaixo deixamos algumas dicas para o ajudar no tratamento da obstipação infantil.

Evidentemente, deverá sempre consultar o seu médico de família para que possam ser detetadas as causas e assim ser aplicado o tratamento correto para a prisão de ventre do seu filho. O que deve fazer:

• Intercale as refeições do seu filho com água.
• Evite dar-lhe alimentos com açúcar, glúten e lactose.
• Movimente suavemente as pernas do seu bebé como se ele estivesse a andar de bicicleta.
• Massaje-lhe suavemente a barriga.
• Opte por refeições saudáveis como sopa de legumes, frutas, saladas e cereais integrais sem glúten.

Obstipação na gravidez

A obstipação na gravidez é um fenómeno bastante comum. As mulheres em fase de gravidez tornam-se mais vulneráveis à obstipação visto que o seu sistema digestivo torna-se mais débil devido a uma maior segregação de progesterona.

Juntamente com estas situações, homens e mulheres com mais de 65 anos podem também ter maior propensão para sentir dificuldade em evacuar devido à falta de atividade física, ou ao excesso que medicamentos que poderão tomar.

Se está grávida e com problemas intestinais tais como a prisão de ventre ou hemorroidas deverá ler novamente os procedimentos acima referidos para o tratamento e prevenção destes problemas intestinais.

Se adotá-los de forma persistente e rigorosa em pouco tempo os resultados aparecerão e poderá ver-se livre do sofrimento e dos transtornos da obstipação.

Hemorroidas e obstipação

Por definição, hemorroidas são veias do canal anal que se dilatam devido a um processo de inflamação. Quando a hemorroida é externa, a dilatação é mais facilmente observada, pois a veia fica exposta fora do ânus. Estas aparecem à volta do orifício anal, estando revestidas por pele muito sensível.

A ocorrência de um coágulo sanguíneo no seu interior irá provocar um «inchaço» local muito doloroso, traduzido por um nódulo duro, azulado, muito incomodativo pela inflamação que o acompanha. Só sangram no caso da sua rutura.

Quando uma hemorroida interna ou externa se rompe, dá-se uma trombose hemorroidária fazendo com que o sangue fique acumulado no ânus formando um coágulo, causando inchaço e intensa dor na região anal. A diferença entre hemorroida interna e externa é que as hemorroidas internas desenvolvem-se dentro do ânus, onde habitualmente permanecem.

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Concluindo

Qual a minha experiência pessoal?

Como fui obstipado durante muitos anos posso afirmar por experiência pessoal que a obstipação não é só um problema incómodo mas também e principalmente uma questão de saúde que pode trazer consequências bem mais graves do que a maioria dos doentes pensa! Sei do que falo pois, por exemplo,  a cirurgia hemorroidal que fiz foi dolorosa e de recuperação bem  difícil de tal forma que, no pós operatório, perdi cerca de 8kg em 4 semanas!

Mudei de alimentação, com mais água de qualidade entre refeições, mais legumes de folha verde, menos quantidade ás refeições, mais gordura de qualidade, menos doces e hidratos de carbono refinados, jejum intermitente, próbióticos quando necessários e postura completamente diferente na hora de defecar usando o produto referido neste artigo.

Está nas nossas mãos evitar situações graves tendo os cuidados alimentares adequados e a postura correcta na hora de defecar que deve ser rápida e sem esforço.

Não se distrai-a… trate bem da sua saúde!

Fique bem!

Franklim Fernandes