Arquivo da Categoria: Mitos vs Factos na Saúde

COMER CHOCOLATE PROVOCA ACNE?

Acne é uma das patologias cutâneas mais frequentes em dermatologia. O acne juvenil, nome científico dado às inestéticas e irritantes borbulhas que infestam a face dos adolescentes e lhes atormentam a existência, afeta 80% dos jovens entre os 12 e os 19 anos. As adolescentes são afetadas mais cedo entre os 14 e os 17 anos. Os rapazes entre os 16 e os 19 anos. É mais frequente nos latinos e nos países com menor exposição solar.

Leia também: Quais os novos medicamentos e tratamentos atuais do acne?

Acne o que é?

É uma doença crónica inflamatória do folículo pilossebáceo que ocorre em 4 fases:

  1. Hiperplasia sebácea, com produção exagerada de sebo principalmente devido a níveis elevados de androgénios como a testosterona sobre a qual atua a enzima  5-α redutase transformando a testosterona em diidrotestosterona (DHT) que estimula ainda mais a produção de sebo pela glândula sebácea.
  2. Hiperqueratinização do folículopiloso que leva ao bloqueio do sebo, não o deixando sair pelo poro para o exterior e originando o comedão que é a lesão primária da acne.
  3. Colonização bacteriana do folículo pela Propionibacterium acnes
  4. Inflamação do folículo piloso

Zonas mais afetadas

  • Rosto (99%)
  • Costas (60%)
  • Tórax (15%)

Fatores potenciadores

Alguns fatores parecem estar relacionados com o aparecimento da acne, tais como:

  • História genética familiar;
  • Tabaco;
  • Fármacos como os corticosteroides, fenitína, isoniazida, androgénios e lítio;
  • Cosméticos comedogénicos ou seja que bloqueiam a saída de sebo levando à formação do comedões.
  • Adolescência;
  • Gravidez;
  • Período menstrual;
  • Stress;
  • Humidade pois o clima húmido aumenta a secreção sebácea.

Acne existe na idade adulta?

Sim pode aparecer apenas na idade adulta. Nestes casos de acne tardia será mais prevalente nas mulheres do que nos homens.

Depressão e ansiedade

Existe de facto uma prevalência maior de depressão, ansiedade e ideação suicida nos adolescentes com acne.

Chocolate provoca acne?

Será que o consumo de chocolate provoca acne ? A correlação deste fenómeno com fatores alimentares é discutida há largos anos sem que, contudo, se tenha atingido qualquer consenso científico.

A maior incidência entre as populações jovens dos países mais desenvolvidos sugere que poderão nele estar implicados fatores de ordem alimentar ou genética.

Dos poucos estudos até agora efetuados para determinar a influência da alimentação na eclosão de lesões acneicas, apenas alguns sugerem uma eventual relação do elevado consumo de açúcar com o agravamento das lesões cutâneas. O papel direto do chocolate enquanto fator desencadeante ou agravante não está inequivocamente provado.

Concluindo:

Para já os estudos não provaram a relação entre acne e o consumo de chocolate (ainda bem 🙂 para os gulosos!) pelo que esta crença está no campo dos mitos na saúde!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Fontes: Dr José Barata, médico especialista em medicina interna.

BANHO DEPOIS DA REFEIÇÃO É PERIGOSO?

Banho depois da refeição é perigoso? Será que tomar banho depois de comer pode provocar indigestão ou popularmente descrita como congestão ou paragem da digestão? Será mesmo verdade ou mais um mito?

A convicção de que tomar banho depois de uma refeição pode causar danos graves à saúde, ou mesmo a morte, é transversal à maioria das culturas europeias.

Digestão

O período de digestão demora entre 6 e 8 horas, sendo as primeiras 4 a 5 horas destinadas ao processamento dos alimentos no estômago. Se alargarmos o conceito de digestão à totalidade do percurso que os alimentos percorrem ao longo do tubo digestivo, desde que são ingeridos até à eliminação fecal, então, o período digestivo poderá ir até às 53 horas.

Leia também: Água de beber qual a melhor? Ácida ou alcalina? Da torneira ou da garrafa? Quanta água devo beber?

Banho depois de comer

A norma popular proíbe o banho, higiénico ou recreativo, nas 3 horas que se seguem a uma refeição, sendo a regra tão mais rígida quanto mais copioso e abastado for o “repasto”. Mas como se vê, 3 horas é apenas uma crença que pouco ou nada coincide com a fisiologia digestiva.

Indigestão quais os sintomas?

Indigestão é uma condição de saúde caracterizada essencialmente pelos seguintes sintomas:

  • Azia (sensação de ardor no estômago)
  • Desconforto no estômago (dispepsia)

Sintomas graves

Uma indigestão mais grave apresenta um quadro de sintomas também mais preocupantes, tais como:

  • Dor epigástrica (dor no estômago)
  • Desconforto intestinal e/ou diarreia
  • Náuseas
  • Vómitos
  • Sangue nas fezes.

Causas

Existem diversas causas para a indigestão.  As principais são as seguintes:

  • Comer em excesso principalmente alimentos gordos
  • Comer em excesso alimentos picantes
  • Comer demasiado rápido
  • Ansiedade ou stress

Leia também: Azia e refluxo gástrico toda a verdade!

Água fria e indigestão

Os mecanismos eventualmente responsáveis pelo famoso processo de indigestão teriam a ver com a distribuição do sangue circulante no decurso do processamento alimentar.

Durante o período digestivo ocorre uma transformação físico-química dos alimentos pela adição de várias substâncias, nomeadamente ácido clorídrico e algumas enzimas, de forma a fragmentar as fibras alimentares e a desdobrá-las em nutrientes que irão ser absorvidos pela mucosa intestinal para fornecer a energia necessária ao processo vital.

No decurso deste período há uma maior afluência de sangue ao território vascular que irriga o tubo digestivo, para promover a absorção.

O contacto do corpo com a água fria provoca, em quaisquer circunstâncias, e independentemente de se estar ou não em fase pós-alimentar, uma contração dos vasos sanguíneos da pele, seguida de uma dilatação reflexa, com chamada de sangue para a pele, a fim de manter o equilíbrio térmico. Esta subtração de fluxo sanguíneo durante o período digestivo, em teoria, faria parar a digestão com consequências graves.

Água gelada

Em teoria de facto uma água gelada ou muito fria pode, em casos raros, provocar indigestão por causa do choque térmico causado e da necessidade de desviar fluxo sanguineo para os músculos e pele.

Uma das funções importantes do nosso organismo  é a termorregulação. Assim quando somos expostos a temperaturas extremas, a normalização da temperatura corporal ótima para toda a atividade funcional toma-se prioritária em relação às demais funções. Ou seja, quando tomamos banho numa água extremamente gelada isto pode provocar alterração na distribuição sanguínea e perturbar o normal funcionamento da digestão.

Segundo a Dra. Ana Isabel Pedroso, médica de Medicina Interna no Hospital de Cascais, “quando se entra numa água fria a nossa energia é  des viada para o  processo de aquecimento, o que pode interromper a digestão”, explica.

Por isso nem todos os banhos são perigosos. Assim, um duche em casa, a temperatura amena, não tem risco de paragem de digestão, porque o sangue se mantém concentrado no processo digestivo. Não será necessário socorrer os músculos e a pele, porque não há choque térmico.

Praia e choque térmico

Na praia  a água tende a estar mais fria. O choque térmico para o frio é que pode ser problemático. Se estamos na digestão e, de repente, precisamos de nos aquecer, aquela energia que estava a ser usada no processo digestivo vai para os músculos e para pele, havendo uma interrupção que faz com que a comida fique suspensa onde está ou seja, no estômago ou no intestino delgado.

Quais as consequências desta paragem de digestão?  Os principais sinais são:

  • Mau estar geral,
  • Náuseas,
  • Vómitos,
  • Diarreia.

No entanto, a regra não é rígida. Se o banho for breve, a probabilidade de indigestão diminui assim como se os alimentos ingeridos forem leves e de digestão mais rápida. Refeições ricas em  gordura não são favoráveis, porque demoram mais a serem digeridas pelo organismo, o que requer mais tempo de energia ali concentrada.

Leia também: Bronzear sem queimar, toda a verdade!

Duche ou banho de imersão qual o pior?

Não existe nenhuma relação cientificamente provada entre o tempo do banho e a dificuldade de digestão, desde que a temperatura da água não seja muito fria.

Concluindo

Apesar do modelo mostrar alguma coerência fisiológica, nem o fenómeno da redistribuição sanguínea terá esta dinâmica tão linear, nem um eventual retardamento digestivo será tão dramático, resumindo-se, assim, apenas à sua dimensão essencialmente mítica, embora em casos muito raros de banho em água gelada com a “barriguinha cheia”  possa acontecer uma indigestão mais severa!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Referências:

  • Dr José Barata, médico especialista em medicina interna.
  • Dr. Pedro Oliveira e Silva, médico especialista em medicina geral
  • Dra. Ana Isabel Pedroso, médica de Medicina Interna no Hospital de Cascais

COMER LARANJA À NOITE FAZ MAL?



Laranja e seus perigos… Comer laranja à noite faz mal? Será mito ou verdade? O curioso provérbio popular “A laranja de manhã é de ouro, à tarde de prata e à noite mata” traduz um mito que, embora de origem desconhecida, se encontra profundamente enraizado na cultura urbana. Será verdade?

Neste artigo vou, então, responder ás seguintes questões:

  • Comer laranja à noite faz mal?
  • Laranja: Qual o valor nutricional?
  • Vitamina C: Em que frutos se encontra?
  • Quais as fontes de vitamina C nos alimentos hortícolas?
  • Vitamina C: Qual a dose diária recomendada para homens e mulheres?



Comer laranja à noite faz mal?

A laranja é um fruto que deve ser regularmente incorporado na dieta, como, aliás, qualquer outro, não mostrando contudo os benefícios que popularmente lhe são atribuídos, nomeadamente, na prevenção da gripe, no controlo do risco cardiovascular ou na redução do peso.

Em contraponto com os numerosos mitos que enaltecem as super vantagens da laranja e de outros citrinos, surge um que o incrimina na morte de quem o ingere a horas tardias. Não há estudos científicos que sustentam esta afirmação pelo que a altura em que se ingere laranja não interfere com seus benefícios.

A laranja é apenas um fruto entre muitos que tem a vantagem de agradar à maioria das pessoas e que deve ser consumido com naturalidade sem se esperar dele os efeitos que estão fora das suas potencialidades e sem receio de riscos infundados que não fazem qualquer sentido.

Laranja: Qual o valor nutricional?

A Laranja devido às suas características nutricionais encontra-se agrupada nas Frutas da nova Roda dos Alimentos, sendo um alimento rico em água, vitaminas e minerais, hidratos de carbono simples e fibra alimentar. Porém, a Laranja é muito reconhecida pela sua riqueza em vitamina C.

Tabela Nutricional da Laranja

Descrevo de seguida os valores nutricionais mais importantes por cada 100g de laranja:

  • Valor calórico: 67 Kcal
  • Água: 86,3g
  • Fibra alimentar: 1,8g
  • Hidratos de carbono: 8,9g
  • Proteina: 1,1g
  • Lípidos: 0,2g
  • Vitamina C: 57mg
  • Potássio (K): 159mg
  • Cálcio (Ca): 35mg
  • Carotenos: 120mg

Vitamina C na fruta

A vitamina C é uma vitamina que o organismo humano não consegue sintetizar tornando por isso indispensável a sua ingestão através da alimentação diária. Para além de estar presente na Laranja ela encontra-se noutras frutas tais como:

  • Kiwi,
  • Papaia,
  • Limão,
  • Morango,
  • Tangerina,
  • Clementina,
  • Nectarina,
  • Framboesa.

Fontes de Vitamina C em horticolas

A vitamina C não só se encontra na fruta mas também em alguns produtos hortícolas, tais como:

  • Couve-galega,
  • Couve Bruxelas,
  • Agrião,
  • Grelos,
  • Couve-flor,
  • Brócolos,
  • Pimento,
  • Espinafres,
  • Couve portuguesa,
  • Couve Branca,
  • Batata-doce,
  • Alho – francês,
  • Alho,
  • Batata.

Dose diária recomendada

Não é recomendado restringir a ingestão de vitamina C apenas através da laranja mas sim tendo uma alimentação equilibrada, variada e completa. A dosagem diária recomendada é diferente para homens e mulheres. Os homens têm uma necessidade diária de vitamina C superior à da mulher, a saber:

  • Mulher > 19 anos: 500mg/dia
  • Homem > 19 anos: 625mg/dia

Laranja e vitamina C: Curiosidades

  • As necessidades diárias em vitamina C para uma mulher equivale a comer 4 laranjas;
  • As necessidades diárias em vitamina C para um homem equivale a comer 5 laranjas;
  • Quando optamos por beber o sumo da laranja, 100ml equivale aproximadamente a uma laranja;
  • Por dia deve ingerir 2 a 3 peças de fruta;

Concluindo

Neste caso trata-se claramente de um mito e que fique claro que a laranja é uma fruta excelente em qualquer altura do dia!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Colaboração: Pedro Fernandes

Fontes:

MELHORSAUDE.ORG

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ALERGIA ALIMENTAR 14 ALIMENTOS

MEDICAMENTOS DE MARCA SÃO MELHORES QUE GENÉRICOS ?

Será que os medicamentos de marca são melhores que genéricos ?Será que os medicamentos genéricos têm menos qualidade e são mais perigosos?

Esta convicção que muitos portugueses têm acerca dos medicamentos genéricos provém,  entre outras, da ideia de que o que é mais barato tem pior qualidade. Se assim é, por exemplo num restaurante ou num sapatos, porque não o é nos medicamentos?

O processo de disponibilização no mercado de medicamentos, genéricos ou não, é muito rigoroso. Baseia-se numa enorme quantidade de estudos efetuados pela seguinte ordem: primeiro em animais, em seres humanos saudáveis e finalmente em seres humanos doentes; podendo este processo prolongar-se facilmente até aos 15 anos.

Só após se provar contundentemente que o novo fármaco é eficaz e seguro é que este pode ser introduzido no mercado e disponibilizado para os doentes que dele necessitem. Para garantir que a industria farmacêutica, responsável pela investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores, possa ter retorno financeiro do elevado investimento feito neste processo (pode chegar a centenas de milhões de euros) é dada pelas agências do medicamento e governos exclusividade da sua comercialização durante um determinado período de tempo.

Terminado este período perdem a respetiva patente passando a molécula original a ser passível de ser sintetizada por qualquer outro laboratório sob a forma de medicamento genérico. Para continuar a garantir a qualidade de fabrico as agências do medicamento de cada pais, em Portugal o INFARMED, montaram um processo de controlo de qualidade que implica análises farmacológicas e químicas aleatórias dos medicamentos genéricos disponíveis no mercado. Através deste procedimento procura-se que o medicamento genérico seja em tudo equivalente ao medicamento original da qual deriva.

Fica o conselho para os doentes de seguirem as instruções fornecidas pelo seu medico assistente ou Farmacêutico quanto à toma de medicamentos genéricos, com a convicção de estarem a tomar o fármaco indicado para a sua condição clínica.

Concluindo:

Nos paises onde se pode confiar nas regras legais de boas práticas de fabrico  e posterior controlo de qualidade pelas autoridades do medicamento não existe razão para achar que o medicamento mais caro é melhor… pelo que nestes paises será um mito!

No entanto os paises confiaveis no contexto Mundial, no que concerne à qualidade dos medicamentos, não são a maioria e resumem-se apenas a alguns “blocos”. Os principais países e “blocos” onde os habitantes  podem confiar na qualidade dos seus medicamentos são:

  • União Europeia
  • Estados Unidos da América
  • Canadá
  • Japão
  • Coreia do Sul
  • Austrália

Existem mais alguns paises, muito poucos, que individualmente vão assegurando alguma qualidade no sector do medicamento mas em todos os restantes o mercado paralelo de contrabando e falsificação de medicamentos é um caso muito sério, de enorme gravidade e que põe seriamenmte em risco a saúde dos seu habitantes, pelo que nesses paises a qualidade de todos os medicamentos quer sejam de marca ou genéricos, na prática, não está assegurada.

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Colaboração: Pedro Fernandes

Fontes: Dr José Barata, médico especialista em medicina interna.

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BEBER CERVEJA AUMENTA A BARRIGA ?

Será que beber cerveja aumenta a barriga provocando a chamada “barriga de cerveja”?

A vulgarmente conhecida “barriga de cerveja” corresponde a uma forma de obesidade muito característica dos homens de meia idade designada cientificamente como obesidade visceral.

Esta forma de obesidade resulta de uma concentração de gordura predominantemente na região abdominal e, especialmente, nas estruturas adiposas que revestem as vísceras, estando fortemente relacionada com um elevado risco cardiovascular, aparecendo frequentemente associada à hipertensão arterial, diabetes e aumento das gorduras do sangue(colesterol e triglicéridos).

Enquanto excesso de gordura, a obesidade visceral, tal como todas as formas de obesidade, não tem diretamente a ver com o consumo de cerveja, mas com um balanço energético positivo, em que a quantidade de calorias ingeridas é superior à energia despendida.

A cerveja e as bebidas alcoólicas em geral, pelo seu elevado teor calórico constituem um fator de risco para a obesidade, mas a “barriga de cerveja” cresce à custa de excessos alimentares em geral, do sedentarismo e da falta de exercício físico.

Apesar da “barriga de cerveja” ser um mito é evidente que o excesso de cerveja não dá saúde!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Colaboração: Pedro Fernandes

Fontes: Dr José Barata, médico especialista em medicina interna.

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BONS TÉNIS DE CORRIDA EVITAM LESÕES?

Os melhores ténis de corrida previnem lesões?

Uma das crenças que existe em saúde é de que os ténis de corrida mais modernos existentes no mercado previnem as lesões inerentes à prática do atletismo.

O calçado de corrida representa uma fatia elevadíssima nas vendas dos equipamentos desportivos, estando esta atividade física “na moda”. Nas últimas décadas temos assistido à produção de modelos cada vez mais sofisticados e com mais atributos tecnológicos fazendo com que o preço dos ténis de corrida seja substancialmente mais caro em comparação com um par de sapatos normais. A justificação por parte dos fabricantes para este custo reside, entre outros, na reclamação de uma pertença redução das lesões dos atletas que os utilizam.

Num artigo publicado na revista Nature em 2010, investigadores americanos, ingleses e quenianos estudaram cuidadosamente os padrões de corrida de fundo (corredores de longa distância) através de vídeos de corredores nos Estados Unidos e no Quénia.

Concluíram que:

  • Os primeiros, os atletas americanos, calçados com ténis de corrida, assentam primeiro o calcanhar no solo e só depois o resto do pé;
  • Os atletas quenianos, que correm descalços assentam primeiro a planta anterior do pé, verificando-se o oposto em relação aos primeiros.

Esta última “técnica”, o facto de se correr descalço, embora requerendo uma maior força muscular da perna e em parte do pé, apresenta uma menor taxa de lesões em comparação com os atletas que assentam primeiro o calcanhar no solo, como acontecia nos atletas do estudo que corriam calçados.

Neste mesmo estudo foi também analisada a estrutura óssea de jovens quenianos, que num dia podem correr cerca de 20 km descalços, concluindo estarem perante pés saudáveis e funcionalmente muito eficazes. Contudo não se pode afirmar que os ténis de corrida estão na base das lesões, mas também não parece haver evidencias de que estes as previnam.

Concluindo

Como não recomendamos que se corra descalço no alcatrão, talvez seja importante pensar em fabricar ténis diferentes que tenham em conta estes achados científicos. Na prática, é mais importante a técnica de corrida do que propriamente o equipamento desportivo com que se corre quando pensamos em lesões desportivas. Trata-se portanto de um mito!

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Franklim Moura Fernandes

Colaraboração: Dra Luciana Neves

Fontes: Harvard Medical School Portugal;  Prof. Dr António Vaz Carneiro

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SERÁ QUE OS ANTIOXIDANTES PREVINEM DOENÇAS?

Será que os antioxidantes previnem doenças?

Vitaminas A, C e E

A preocupação com a saúde que muitas pessoas perfeitamente saudáveis demonstram constitui um terreno fértil para adoção de medidas preventivas, principalmente a ingestão regular de complementos dietéticos. De entre estes assumem particular importância os chamados antioxidantes. Estes são altamente publicitados por vários “gurus” como tendo benefícios para a saúde num elevado conjunto de contextos de doenças e de queixas, com especial enfâse na prevenção de doenças.

Os antioxidantes mais recomendados, neste contexto, são as vitaminas A, C e E que se encontram nas frutas e vegetais mas também isoladamente ou sob a forma de compostos multivitamínicos.

Mas quais são, baseados nos melhores estudos clínicos, os efeitos da ingestão crónica das vitaminas antioxidantes em pessoas saudáveis?

Vitamina A

Esta vitamina não apresenta quaisquer benefícios na prevenção do cancro do cólon, da mama e do cancro em geral, apresentando mesmo um risco mais elevado no cancro do pulmão. Em termos de prevenção da doença cardiovascular a evidência é negativa para o benefício da ingestão desta vitamina, existem dados que referem mesmo o aumento do risco. Existe também evidência de boa qualidade de aumento do risco de fraturas em mulheres com a toma da vitamina A.

Vitamina C

Não existe qualquer evidência que suporte qualquer papel preventivo no cancro ou doença cardiovascular. Nos casos de gripe, esta auxilia amenizando os sintomas e reduzindo o tempo de evolução da doença, mas não na prevenção do estado gripal em si.

Vitamina E

É ineficaz na prevenção do cancro em geral, assim como do cancro da mama, cólon e pulmão em particular. Na prevenção cardiovascular mostrou ser inútil na prevenção da doença cardíaca em geral e no AVC, sendo provavelmente prejudicial nos doentes com insuficiência cardíaca. Também na demência nada foi provado em termos de beneficio e parece haver um maior risco de morte com a vitamina E em doses superiores a 400 UI por dia.

Concluindo

Não existem até ao momento estudos fiaveis que deixem claro o papel positivo dos antioxidantes na prevenção da doença, antes pelo contrário. Fazendo um balanço de tudo, recomenda-se um cuidado acrescido na suplementação com estas vitaminas, e na suplementação em geral, principalmente quando é feita sem o aconselhamento médico ou do profissional de farmácia. No entanto os alimentos ricos nestas vitaminas parecem ter efeitos positivos no nosso organismo…o que não deixa de ser muito curioso!

Resumindo os suplementos antioxidantes, não os alimentos, são um mito alimentado pela industria de suplementos vitamínicos e minerais!

Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

Colaraboração: Dra Luciana Neves

Fontes: Harvard Medical School Portugal;  Prof. Dr António Vaz Carneiro

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FLEXÕES E ABDOMINAIS FAZEM PERDER A BARRIGA?

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Será que fazer flexões e abdominais fazem perder a barriga?

O diâmetro abdominal é determinado por vários factores:

  • Volume dos órgãos intra-abdominais,
  • Parede muscular do abdómen,
  • Gordura que se encontra dentro do abdómen “agarrada” ao peritoneu (membrana que envolve as vísceras)
  • Gordura que se deteta debaixo da pele.

Um abdómen proeminente é marcador de risco cardiovascular sendo também associado muitas das vezes a outros fatores de risco como a diabetes e a hipertensão arterial. Por outras palavras, uma barriga proeminente deve ser encarada como um potencial problema de saúde, em especial nos homens.

Fazer muitos exercícios abdominais apenas desenvolve a massa muscular da parede abdominal, nada interferindo com o teor de gordura em excesso existente nesta zona. Para ficar com um abdómen em tábua e a musculatura visível é necessário perder peso e combinar uma dieta rigorosa com exercícios de desenvolvimento muscular e endurance cardiovascular. De resto, é bem sabido que o exercício por si só é uma maneira ineficaz de perder peso pelo que a dieta é fundamental.

Concluindo

De uma forma geral, a perda de peso apenas em regiões especificas do corpo é impossível sem uma perda de peso global, isto é, não há maneira de moldar o corpo humano com o exercício físico por mais intenso e localizado que este seja. Infelizmente trata-se apenas de um mito!

 Fique bem!

Franklim Moura Fernandes

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EXERCÍCIO FÍSICO FAZ PERDER PESO?

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O exercício físico faz perder peso ?

Esta é sem duvida uma ideia muito enraizada nas pessoas que desejam perder peso. De facto não há um plano de vida saudável que não recomende, para além de uma dieta cuidadosa uma boa dose de exercício físico. Logicamente o exercício físico deveria induzir perda de peso, já que queima calorias armazenadas no corpo sob forma de gordura, e portanto faz com que se fique “mais leve”… será verdade?

Infelizmente o exercício isolado, sem uma dieta hipocalórica a acompanhar, tem um efeito praticamente inexistente na perda de peso. Em estudos realizados com adultos obesos que analisaram o efeito do exercício físico regular e intenso, até 32km de corrida por semana, e moderado, até 19km de corrida por semana, verificou-se uma perda de peso relativamente discreta – entre 600 gr e 5 Kg ao fim de 8 meses. No entanto a composição do corpo melhorou, havendo diminuição do perímetro abdominal e das ancas.

Num ensaio clinico, 93 adultos obesos (média de ~100 Kg) com mais de 65 anos e algumas fragilidades físicas, foram distribuídos por 4 grupos iguais:

  • O grupo de controlo, que fez a sua rotina diária normal;
  • O grupo da dieta, que ingeriu uma dieta com um défice de 500 a 750 kcal por dia;
  • O grupo do exercício, com 3 sessões semanais de 90 minutos de exercício aeróbio;
  • O grupo que combinava a dieta com o exercício.

Decorrido 1 ano os resultados foram os seguintes:

  • O grupo de controlo tinha perdido uma média de 100 gr;
  • O da dieta perto de 10 Kg;
  • O grupo do exercício apenas 500 gr;
  • O grupo combinado perto de 9 Kg.

Concluindo

É claro que o exercício físico é muito útil nomeadamente como medida de prevenção de doença cardiovascular, mas não parece ter um impacto significativo no peso. Melhora sim a composição corporal, substituindo a gordura por massa muscular. Na prática, para uma perda de peso significativa e duradoura é necessário adotar um regime alimentar saudável.

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Franklim Moura Fernandes

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