A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford pelo Jenner Institute contra a covid-19 começou a ser testada no Brasil, no fim de semana de 20 e 21 de Junho de 2020. Os testes começaram em São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por fiscalizar testes e medicamentos no Brasil.
A iniciativa é liderada pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e tem o apoio financeiro da Fundação Lemann, mantida e criada pelo bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann.
A articulação para a vinda dos testes ao Brasil contou com a liderança da Professora Doutora Sue Ann Costa Clemens, diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena e pesquisadora brasileira especialista em doenças infecciosas e prevenção por vacinas, investigadora do estudo.
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Para a etapa dos testes em São Paulo, a Unifesp irá recrutar mil voluntários que estejam na linha de frente do combate à Covid-19, uma vez que estão mais expostos à contaminação. Eles precisam ser soronegativo, ou seja, pessoas que não tenham contraído a doença anteriormente. Segundo Dra. Lily Yin Weckx, investigadora principal do estudo e coordenadora do CRIE-Unifesp, “o mais importante é realizar essa etapa do estudo agora, quando a curva epidemiológica ainda é ascendente e os resultados poderão ser mais assertivos.”
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A Fundação Lemann comunicou o seu agrado pelo início dos testes da vacina de Oxford no Brasil, mas alertou que os resultados não serão imediatos, referindo que os especialistas têm um importante caminho a percorrer antes que possam celebrar bons resultados e que se seguirá é ainda uma incógnita.
O projeto tem como objetivo testar a vacina num grupo de 2.000 pessoas no Brasil, tornando-o o primeiro país a iniciar testes em humanos fora do Reino Unido para testar a imunização contra o Sars-Cov-2.
Os resultados dos testes, segundo a Unifesp, serão essenciais para o registo da vacina no Reino Unido, previsto para o final deste ano e que dependerá da conclusão dos estudos realizados em todos os países participantes.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 1,1 milhões de casos e 51.271 óbitos), depois dos Estados Unidos.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta semana que o número de infetados podem ser maiores, já que, segundo o organismo, o país realizou poucos testes para descobrir quantas pessoas tiveram contacto com o vírus no Brasil.
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Fontes:
- SO/LUSA
- saudeonline.pt
- https://fundacaolemann.org.br/
- Organização Mundial de Saúde