Category Archives: Doenças mentais

Meditação pode salvar a vida e aumentar a generosidade

A meditação é uma prática antiga que tem sido usada há milhares de anos para melhorar a saúde mental e física. Essa prática envolve focar a nossa mente num determinado objeto, pensamento ou atividade para alcançar um estado de relaxamento e paz interior. A meditação demonstrou ter uma ampla gama de benefícios para a saúde mental e física.

Neste artigo vou descrever:

  • História e origem da meditação;
  • Gurus importantes;
  • O significa meditar;
  • O que é um mantra;
  • Benefícios para a saúde física e mental;
  • Técnicas mais eficazes;
  • Técnicas simples e rápidas;
  • Meditação da gratidão;
  • As cinco técnicas da atenção de Thic Nhat Hanh na Arte do Poder;

Meditação história e origem

As origens da meditação não são claras, mas acredita -se que tenha começado na Índia antiga onde era praticada como uma disciplina espiritual para ajudar as pessoas a alcançar estados superiores de consciência. . Os primeiros registos escritos de meditação datam de cerca de 1500 aC nos Vedas, as antigas escrituras hindus. Os Vedas, uma coleção de textos religiosos, contêm referências à meditação e aos seus benefícios. No budismo, a meditação é parte integrante da religião, e acredita -se que seja um dos caminhos para a iluminação.

A prática da meditação espalhou-se depois para outras partes do mundo, incluindo China, Japão e Médio Oriente. Também foi adotado por várias religiões, incluindo budismo, hinduísmo, jainismo e taoísmo.  A meditação também era praticada na Grécia antiga, no Egito e na China.

Gurus importantes na meditação

Muitos gurus e professores contribuíram para o desenvolvimento e popularização da meditação ao longo dos séculos. Alguns dos mais influentes incluem:

  • Buda – o fundador do budismo, que ensinou a meditação como um caminho para a iluminação;
  • Patanjali – um antigo sábio indiano que escreveu os Yoga Sutras, um texto sobre a prática de yoga e meditação;
  • Maharishi Mahesh Yogi – um guru indiano que popularizou a Meditação Transcendental no Ocidente nas décadas de 1960 e 1970;
  • Thich Nhat Hanh – um mestre zen vietnamita e ativista pela paz que escreveu extensivamente sobre a prática da meditação mindfulness;
  • Deepak Chopra – um médico e autor, ele popularizou a meditação no Ocidente através de seus livros e palestras.
  • Sharon Salzberg – professora de meditação e autora que tem sido fundamental para trazer ao Ocidente a atenção plena sobre a meditação e os seus benefícios.

O que significa meditar

A meditação é uma prática mental que envolve focar a nossa atenção num determinado objeto ou pensamento. Isso pode ser qualquer coisa, desde a nossa respiração até um mantra ou uma visualização. O objetivo da meditação é aquietar ou acalmar a mente e alcançar um estado de paz interior e relaxamento.

O que é um mantra

Um mantra é uma palavra, frase ou som que é repetido durante a meditação ou como um meio de concentrar a mente. A palavra “mantra” vem do sânscrito e é composta por duas partes: “man”, que significa mente e “tra”, que significa instrumento ou ferramenta.

No contexto da meditação, um mantra pode ser usado como uma ferramenta para ajudar a acalmar a mente e aprofundar a concentração. A repetição do mantra pode ajudar a criar uma sensação de clareza e foco mental e também pode servir como uma maneira de se ligar com uma intenção específica ou estado desejado de ser.

Os mantras podem ser específicos para uma tradição espiritual ou religiosa específica, ou podem ser de natureza mais geral e secular. Alguns mantras comuns incluem “Om”, “Om Shanti”, “Sat Nam” e “So Hum”.

É importante observar que a eficácia de um mantra dependerá do indivíduo e que não existe uma abordagem única para a meditação ou a prática do mantra. É recomendável que cada um de nós experimente diferentes mantras e encontre o que ressoa melhor connosco e apoia a nossa prática.

Benefícios para a saúde física e mental

Foi demonstrado que a meditação traz inúmeros benefícios para a saúde mental e física. Descrevo de seguida  alguns dos mais notáveis.

Benefícios Físicos:

Benefícios mentais:

  • Melhora o foco e a concentração,
  • Reduz sintomas de depressão,
  • Melhora o humor e o bem-estar,
  • Aumenta a autoconsciência,
  • Melhora a regulação emocional,
  • Reduz os sintomas de stress Pós-traumático.

Técnicas mais eficazes

Existem muitos tipos diferentes de técnicas de meditação, cada uma com seus próprios benefícios. Algumas das técnicas de meditação mais eficazes incluem:

  • Meditação Mindfulness – concentrando a nossa atenção no momento presente;
  • Meditação de Amor e bondade – cultivando sentimentos de amor e bondade para connosco e para com os outros;
  • Meditação Transcendental – repetir um mantra para atingir um estado de transcendência;
  • Meditação Body Scan  – concentrando a nossa atenção em diferentes partes do nosso corpo para alcançar o relaxamento;
  • Meditação da consciência da respiração – concentrando-se na respiração para acalmar a mente e o corpo.

Técnicas mais simples e rápidas

Se descobrimos a meditação recentemente ou temos pouco tempo, existem algumas técnicas de meditação simples e rápidas que podemos experimentar:

  • Consciência da respiração – Concentra-te na respiração por alguns minutos, percebendo as sensações de inspirar e expirar.
  • Meditação do Mantra – Repete uma frase ou palavra simples na tua cabeça, e concentra-te no som e no ritmo do mantra.
  • Meditação a pé – Dá um passeio ao ar livre e concentra-te na tua respiração e nos arredores. Isso também envolve caminhar devagar e com atenção, concentrando-nos  em cada passo e nas sensações do nosso corpo.

Meditação de gratidão

A meditação da gratidão é uma prática que envolve focar nos aspetos positivos da tua vida e cultivar um sentimento de apreço por eles. Descrevo de seguida uma técnica para praticar a meditação da gratidão:

  1. Encontra um lugar tranquilo e confortável onde te possas sentar ou deitar sem distrações.
  2. Feche os olhos e respira fundo algumas vezes para relaxar o corpo e a mente.
  3. Trás à mente algo ou alguém por quem nutres um sentimento de gratidão. Pode ser uma pessoa, um lugar, uma coisa ou até mesmo uma simples experiência.
  4. Quando te concentras nesse objeto de gratidão, começa a sentir as emoções positivas associadas a ele. Observa as sensações no teu corpo e permite-te experimentar plenamente os sentimentos de alegria, amor ou admiração que surgirem.
  5. Fica com esses sentimentos por alguns momentos, permitindo que eles se expandam e preencham todo o teu ser.
  6. Enquanto continuas a concentrar-te no teu objeto de gratidão, repete para ti mesmo, silenciosamente a frase “Obrigado” ou “Sou grato/a”. Permite que as palavras penetrem e reforcem os teus sentimentos de apreço.
  7. Se a tua mente começar a divagar ou pensamentos negativos surgirem, simplesmente reconhece-os e aceita-os sem julgamento e gentilmente trás a tua atenção de volta ao teu objeto de gratidão.
  8. Continua a concentrar-te na tua gratidão por vários minutos ou pelo tempo que desejares.
  9. Quando estiveres pronto para terminar a meditação, respira fundo algumas vezes e gradualmente trás a tua consciência de volta ao ambiente.
  10. Reserva um momento para refletir sobre como te sentes após a meditação e observa qualquer mudança no teu humor ou perspectiva.

Com a prática regular, a meditação da gratidão pode ajudar-te a cultivar uma visão mais positiva e agradecida da vida e melhora o teu bem-estar geral.

As cinco práticas da atenção

Recentemente alguém que amo ofereceu-me um livro seu que foi marcante para a sua vida. No livro “A Arte do Poder”, Thich Nhat Hanh descreve cinco práticas de atenção que podem ajudar-nos a cultivar a força interior e transformar, com amor, os nossos relacionamentos com os outros:

  • Proteção da vida: Para proteger os humanos temos de proteger os elementos não humanos ou seja animais, plantas e minerais. Este é o ensinamento do sutra do diamante;
  • Generosidade: A pobreza está em toda a parte e a desigualdade causa sofrimento. Assim devemos oferecer o nosso tempo, energia e recursos naturais aos que deles necessitam;
  • Proteção dos indivíduos e famílias: Devemos abster-nos de abusos e relações sexuais erradas, desprovidas de amor e de compromissos de longo prazo. Corpo e mente não são duas coisas separadas. Respeitar o corpo também é respeitar a mente. Confundimos sexo com amor mas para existir Amor tem de haver respeito, sem o qual não existe verdadeiro Amor;
  • Comunicação profunda: A fala leviana e a incapacidade de ouvir os outros causa sofrimento. Devemos cultivar palavras afetuosas e melhorar a capacidade de ouvir profundamente de forma a trazer alegria e felicidade aos outros e alivia-los do sofrimento. Devemos aprender a falar com verdade com palavras que inspirem autoconfiança, alegria e esperança. Não devemos espalhar notícias das quais não temos a certeza nem criticar ou condenar sem provas certas.
  • Consumo desatento e excessivo: Devemos cultivar a nossa saúde física e mental, da nossa família e da sociedade em que estamos inseridos comendo, bebendo e consumindo com atenção utilizando alimentos que preservem a paz, bem-estar e alegria do nosso corpo, evitando o álcool e outros alimentos tóxicos assim como qualquer outro produto que possa intoxicar incluindo certos programas de televisão, certas revistas, livros, filmes e conversas. Uma dieta adequada que respeite os nossos antepassados, os nossos pais, a nossa sociedade e as gerações futuras é essencial para evitar a violência, o medo, a cólera e a confusão dentro de nós e da nossa sociedade.

Referências bibliográficas:

  1. Emily K. Lindsay, (2021) – Mindfulness interventions for offsetting health risk following early life stress: Promising directions.
  2. Kuyken et al. (2020) – “Efficacy of mindfulness-based cognitive therapy in prevention of depressive relapse: An individual patient data meta-analysis from randomized trials.” This study found that mindfulness-based cognitive therapy can be effective in preventing depressive relapse in people with a history of depression.
  3. Gariepy et al. (2020) – “Meditation and Blood Pressure: A Systematic Review and Meta-analysis.” This study found that meditation can reduce blood pressure in people with hypertension.
  4. Li et al. (2020) – “Effects of mindfulness-based stress reduction on emotion regulation in adults with autism spectrum disorder: A randomized controlled trial.” This study found that mindfulness-based stress reduction can improve emotion regulation in adults with autism spectrum disorder.
  5. Emily K. Lindsay, Shinzen Young, Kirk Warren Brown,and J. David Creswell (2019) – Mindfulness training reduces loneliness and increases social contact in a randomized controlled trial – ” This study found that mindfulness meditation can reduce feelings of loneliness and increase social connectedness in adults.
  6. Murrant et al. (2019) – “Mindfulness meditation and the experience of parenting: A systematic review of qualitative studies.” This study found that mindfulness meditation can improve parenting practices and increase parental well-being.
  7. Black et al. (2018) – “Mindfulness Meditation and Improvement in Posttraumatic Stress Disorder Symptoms: A Randomized Controlled Trial.” This study found that mindfulness meditation can reduce symptoms of post-traumatic stress disorder (PTSD) and improve resilience.
  8. Hoge et al. (2018) – “The Effect of Mindfulness Meditation Training on Biological Acute Stress Responses in Generalized Anxiety Disorder.” This study found that mindfulness meditation can improve symptoms of generalized anxiety disorder and reduce inflammatory markers.
  9. Pascoe et al. (2017) – “A systematic review of randomized controlled trials on the effects of yoga and mindfulness meditation on sleep quality.” This study found that both yoga and mindfulness meditation can improve sleep quality and reduce symptoms of insomnia.
  1. Goyal et al. (2014) – “Meditation programs for psychological stress and well-being: a systematic review and meta-analysis.” This study found that meditation can reduce symptoms of anxiety, depression and pain.
  2. Zeidan et al. (2015) – “Mindfulness meditation improves cognition: Evidence of brief mental training.” This study found that just a few minutes of mindfulness meditation can reduce pain sensitivity and improve cognitive control.
  3. Tang et al. (2015) – “The neuroscience of mindfulness meditation.” This study found that mindfulness meditation can improve attention, cognitive performance and mood.
  4. Brefczynski-Lewis et al. (2007) – “Neural correlates of attentional expertise in long-term meditation practitioners.” This study found that long-term meditation practice can increase activity in brain regions associated with positive emotions and decrease activity in regions associated with negative emotions.
  5. Chiesa et al. (2011) – “Mindfulness-Based Interventions for Chronic Pain: A Systematic Review of the Evidence.” This study found that mindfulness-based interventions can reduce symptoms of anxiety and depression, and improve quality of life.
  6. Gotink et al. (2016) – “8-week Mindfulness Based Stress Reduction induces brain changes similar to traditional long-term meditation practice – A systematic review.” This study found that mindfulness-based stress reduction can reduce symptoms of depression and anxiety.
  7. Creswell et al. (2014) – “Alterations in Resting-State Functional Connectivity Link Mindfulness Meditation With Reduced Interleukin-6: A Randomized Controlled Trial.” This study found that mindfulness meditation can reduce symptoms of social anxiety and improve neural responses to social stress.

Alzheimer quais os 10 sinais precoces e toda a verdade

Demência e Alzheimer afinal o que é a doença de Alzheimer? O que é uma demência? Quais os sinais? Quais os tratamentos mais atuais? Como evitar? Tenho falhas de memória…será um sinal já preocupante?

Este artigo pretende ser um contributo importante na clarificação de imensas dúvidas sobre a doença baseando-se na informação pública disponibilizada pela Alzheimer Europe  pela Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer e pela Alzheimer Association. Acrescentei também a última informação publicada sobre as causas e o tratamento da doença.

Demência e Alzheimer

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

    • O que é a demência?
    • Quem desenvolve demência?
    • Qual a prevalência da demência?
    • Demência quais as mais comuns?
    • Alzheimer o que é?
    • Demência vascular o que é?
    • Doença de Parkinson o que é?
    • Demência de corpos de Lewy o que é?
    • Demência frontotemporal o que é?
    • Doença de Huntington o que é?
    • Demência provocada pelo álcool  ou Síndrome de Korsakoff
    • Doença de Creutzfeldt-Jacob o que é?
    • O que pode parecer demência mas não é?
    • A demência é hereditária?
    • Quais os sinais iniciais?
    • Como ajudar alguém com demência?
    • Quais os 10 sinais de alerta precoce?
    • Que tipos de Alzheimer existem?
    • Qual a diferença entre Alzheimer esporádica e familiar?
    • Porque pode uma família na Colômbia ser a chave para a descoberta de uma cura?
    • Qual a causa da Doença?
    • Quais as últimas descobertas?
    • Qual o tratamento adequado?
    • Quais os fármacos atualmente utilizados?
    • Qual a influência da alimentação?
    • Qual a influência do exercício físico?
    • Qual a minha experiência pessoal?

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Psicopata ou sociopata diferenças e toda a verdade!

Psicopata vs Sociopata quais os sinais? Quais as diferenças? A psicopatia tem sido associada com o perfil do assassino em série. No entanto, nem todos os assassinos são psicopatas e nem todos os psicopatas chegam a ser assassinos ou mesmo fisicamente violentos! A ferramenta mais usadas na avaliação de psicopatas é a Hare Psychopathy Checklist. Uma das publicações mais recentes do Dr. Robert Hare data de Junho de 2016 e intitula-se “Into the Mind of a Psychopath“.  Este artigo pretende ser uma ferramenta que possa ser usada pelos nossos leitores para se protegerem ajudando a detetar, dentro do possível, os casos mais perigosos. Pretende  também evitar, noutros casos, juízos de valor injustos.

Podemos estar a lidar diariamente com um psicopata sem termos a noção que aquela pessoa está realmente doente. Todas as intrigas , confusões, desacatos, mentiras e mal-estar causados pelo mesmo não são apenas fruto de “mau feitio”. Há pessoas que só se apercebem que têm lidado de perto com um psicopata momentos antes de lhes acontecer uma fatalidade, nomeadamente o seu homicídio. Embora este distúrbio seja mais frequente em homens, também é possível encontrar mulheres psicopatas.

Os primeiros sinais começam a tornar-se mais evidentes a partir dos quinze anos de idade, embora  se possam reconhecer algumas atitudes que apontem neste sentido em idade mais precoce.

Neste artigo vou responder ás seguintes questões:

  • Psicopata: Quais os sintomas?
  • Como tratam o sentimento de culpa?
  • Como lidam com a verdade e a mentira?
  • De que forma manipulam os mais próximos?
  • Que visão têm deles próprios?
  • Qual o grau de inteligência?
  • Como lidam com os sentimentos?
  • São sempre agressivos ou não?
  • Como lidam com a monotonia?
  • Psicopata violento: Quais os sinais?
  • Que dizem os estudos que analisaram os psicopatas assassinos?
  • Qual a conclusão dos cientistas sobre psicopatas violentos?
  • 10 factos científicos sobre psicopatas: O que dizem?
  • Como reagem perante demonstrações de medo?
  • Psicopatas: Em que são viciados?
  • Como lidam ou utilizam a empatia?
  • Psicopatas são ou não prejudicados pelas sentenças judiciais?
  • Qual a prevalência de psicopatas nas empresas?
  • Os “Trolls” da internet são psicopatas?
  • Será que existem psicopatas pró-sociais que seguem as regras aceites em sociedade?
  • Podemos detetar psicopatas com um teste de olfato?
  • Qual a semelhança entre Presidentes e psicopatas?
  • Será que podemos reconhecer um psicopata pelo seu padrão de fala?
  • Psicopata vs Sociopata: Qual a diferença?
  • Como proteger-se de um psicopata?

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DOENÇA BIPOLAR PORTUGUESES DESCOBREM NOVO FACTOR DE RISCO

 

Doentes deprimidos com elevados níveis de ácido úrico no sangue poderão estar em vias de desenvolver doença bipolar, de acordo com um estudo de vários médicos psiquiatras do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) divulgado recentemente.

Uma investigação portuguesa, publicada recentemente na prestigiada revista científica internacional ‘Bipolar Disorders’, mostrou que doentes internados por depressão com níveis altos de ácido úrico no sangue apresentam maior risco de progressão para uma outra doença psiquiátrica, a chamada ‘doença bipolar’”, refere um comunicado do CHUC.

Pedro Oliveira, um dos autores citado na nota, salienta que “este achado inovador, apesar de necessitar de maior investigação, poderá revolucionar a abordagem e tratamento dos doentes deprimidos”.

Segundo o especialista, esta descoberta permite “uma melhor resposta ao tratamento, a identificação de formas iniciais de doença bipolar e intervenção numa fase mais precoce para minimizar o impacto da doença na vida do doente”.

Os autores do estudo (Pedro Oliveira, Vítor Santos, Manuel Coroa, Joana Ribeiro e Nuno Madeira), médicos psiquiatras do CHUC e investigadores no Instituto de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, salientam que “não existia até agora nenhum exame acessível no dia-a-dia capaz de identificar indivíduos em risco de desenvolver doença bipolar”.

A doença bipolar é caracterizada por episódios persistentes de tristeza, semelhantes ao que se verificam na depressão, mas também por fases de euforia e energia aumentada, “os chamados episódios maníacos”.

“Esta doença é, na maioria dos casos, tratável com recurso a antidepressivos. No entanto, em certas formas de depressão, como em indivíduos com doença bipolar, o tratamento com antidepressivos é pouco eficaz e poderá agravar o prognóstico da doença”, refere o comunicado.

O diagnóstico da doença bipolar é frequentemente tardio, “sendo frequente que, durante bastantes anos, os doentes sejam considerados como tendo apenas depressão”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a depressão já é a principal causa de incapacidade no mundo e um em cada quatro portugueses sofrerá da doença ao longo da sua vida.

Fiquem bem!

Fonte: Agência LUSA

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