Bronzear sem queimar a verdade melhorsaude.org

BRONZEAR SEM QUEIMAR TODA A VERDADE

Bronzear sem queimar a pele é mais fácil do que se pensa desde que se saiba toda a verdade sobre o bronzeado! Antes de mais convém saber algumas coisas importantes sobre a exposição solar, quais os seu benefícios, malefícios, tipo de pele, qual o protetor mais adequado e qual o tempo que a sua pele aguenta, sem proteção, até fazer uma queimadura.

Neste artigo vou tratar os seguintes temas:

  • Benefícios do sol
  • Perigos do sol
  • Eritema e tempo de queimadura
  • Quanto tempo demora a aparecer uma queimadura solar
  • Quanto demora a desaparecer uma queimadura solar
  • Olhos ao sol quais os problemas
  • Olhos como proteger bem do sol
  • Pele como proteger
  • Protetor solar qual o melhor?
  • Protetor solar como aplicar eficazmente?
  • Bronzeado como se forma?
  • Bronzear sem queimar
  • Fototipo de pele como saber qual o seu?
  • Índice UV o que é?
  • Medidas de proteção solar

Leia também: Onda de calor pode matar muitas pessoas!

Bronzear sem queimar e benefícios do sol

No início do século XX descobriu-se que a exposição à luz solar era um preventivo do raquitismo e mesmo a sua possível cura porque pequenas quantidades de UV são benéficas e essenciais na produção da vitamina D3. Além disso parece claro também que em muitas pessoas existe um benefício psicológico que se expressa num aumento do otimismo e do humor em dias com mais exposição à luz solar.

Perigos do sol

A exposição humana à radiação solar poderá ter efeitos graves sobre a saúde, nomeadamente:

Leia também: Quais os sinais na pele que são perigosos e podem causar cancro?

Eritema e tempo de queimadura

O tempo de formação para o eritema (queimadura solar) é o tempo máximo de exposição ao sol com a pele desprotegida e sem que se tenha dado o eritema. O tempo de formação para o eritema pode ser calculado, para cada tipo de pele, a partir do Índice UV e o valor de 1MED para cada tipo de pele.

Escaldão quanto tempo demora?

O “vermelhão” (mais frequentemente conhecido como “escaldão”), resultante da exposição ao sol, torna-se visível após algumas horas, ocorrendo o eritema nas 3 a 5 horas após a exposição à radiação ultravioleta, alcançando um máximo entre 8 a 24 horas e desvanecendo ao longo de 3 dias.

A vasodilatação dos capilares das áreas expostas inicia-se antes do eritema se tornar visível e isto ocorre da mesma forma para as crianças, jovens, adultos e idosos. Alterações benignas dos melanocitos podem também ocorrer como resultantes de uma sobre-exposição ao UV durante a infância ou a adolescência.

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Olhos ao sol, que problemas origina?

Ao contrário da pele humana que parcialmente se adapta à radiação UV (espessura e bronzeado), o olho humano não possui quaisquer mecanismos de adaptação. Como doenças dos olhos, a nível externo, temos principalmente:

  • Fotoqueratite
  • Fotocunjuntivite

Podem ocorrer entre 30 minutos e 24 horas após uma exposição prolongada a uma radiação solar intensa, muitas vezes em ambientes altamente refletores, de que é exemplo o caso da “cegueira da neve”. Outros problemas que podem ocorrer nos olhos devido a excesso de exposição solar são:

  • Pterigium que é uma doença degenerativa que afeta a parte externa dos olhos.
  • Catarata humana relativa à qual estudos diversos indicam ser a radiação UV um fator de risco no desenvolvimento levando ao aumento da opacidade da lente do olho.
  • Supressão do sistema imunológico pelo facto da radiação UV induzie e favorecer a progressão de infeções originadas por vírus, bactérias e fungos.

Olhos como proteger bem do sol?

Os olhos deverão ser protegidos por óculos de sol com as seguintes características:

  • Conter filtros UVA e UVB.
  • Indicar a categoria de proteção das lentes para a luz visível e ultravioleta, e acordo com a diretiva C. E. 89/686/CEE.
  • Para uso geral recomenda-se a categoria 3,
  • Para atividades de alto risco como o montanhismo ou os desportos náuticos se recomenda a categoria 4.
  • Proteções laterais nos óculos devido à exposição lateral.

A proteção lateral é especialmente importante para as crianças pois a transmitância da radiação UV através dos olhos é mais elevada para criança do que para o adulto – a retina da criança é menos protegida.

Pele como proteger eficazmente?

Para bronzear sem queimar a melhor proteção para a pele é o uso de roupa (camisola, calças, chapéu) adequada. A roupa transparente à radiação UV deverá existir no mercado devidamente identificada como tal. As zonas da pele não cobertas por roupa deverão ser protegidas com um protetor solar contendo filtros de UVA e UVB. Durante as primeiras exposições ao sol recomenda-se o uso de um Fator de Proteção Solar (FPS ou SPF) de pelo menos 30.

Protetor solar qual a aplicação correta?

Deverão existir cuidados especiais com bebés e crianças. É importante notar que o efeito do protetor solar depende não somente da sua qualidade mas também da sua correta aplicação.

O protetor solar deverá ser aplicado de acordo com as instruções do fabricante. Um protetor solar com FPS de pelo menos 15 deverá ser generosamente aplicado de 2 em 2 horas para ter efeito protetor. Deverá também ser aplicado antes da exposição ao sol bem como após o banho de mar ou piscina. Se os protetores solares forem corretamente usados eles poderão constituir uma proteção para o eritema, cancro e fotoenvelhecimento.

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Bronzeado como se forma?

Diferente do eritema é o bronzeado, quando a pele é exposta à radiação ultravioleta podem distinguir-se duas reações ao bronzeado:

  • Uma diz respeito à absorção imediata da radiação UV pela melanina presente na pele, e que lhe confere um tom escuro que desvanece poucas horas após o fim da exposição,
  • Outra refere-se ao escurecimento da pele que requer cerca de 3 dias a desenvolver. Trata-se de um bronzeado mais persistente e resulta numa intensificação da produção de pigmentação.

No primeiro caso a radiação mais efetiva é a radiação UVA, neste ultimo é a UVB. Um outro efeito da exposição ao UVB é o aumento da espessura da epiderme a qual irá contribuir para a atenuação da radiação UV que penetra nas camadas mais profundos da pele. Uma exposição moderada à radiação UVB mantém a capacidade da pele tolerar novas exposições.

Bronzear sem queimar

A verdade é que a capacidade de ficar bronzeada depende do tipo de pele e não é necessário expor-se ao sol das 11 ás 16 horas ou seja nas horas de maior calor e índice UV mais elevado porque apenas vai aumentar o risco de queimadura e danos oculares e não vai bronzear de forma saudável e duradoura!

Bronzeado e tipo de pele

O bronzeado depende essencialmente do tipo de pele ou seja a pele tipo III e IV bronzeia sempre, a pele tipo II só ás vezes e a pele tipo I nunca bronzeia por mais exposição solar que tenha!

Bronzear sem queimar para ruivas e loiras

Por exemplo uma ruiva nunca bronzeia e uma loira só ás vezes! As morenas… essas bronzeiam sempre… sortudas 🙂

Apresentamos de seguida uma tabela para que possa saber qual o seu tipo de pele.

Fototipo de pele qual o seu?

BRONZEIA QUEIMA CABELO COR OLHOS
I Nunca Queima Ruivo Azul
II Às vezes Às vezes Loiro Azul/Verde
III Sempre Raramente Castanho Cinza/Castanho
IV Sempre Raramente Preto Castanho

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Índice UV o que é?

A necessidade de fazer chegar ao público em geral informação sobre a radiação UV e sobre os seus possíveis efeitos nocivos, levou a comunidade científica a definir um parâmetro que pudesse ser usado como um indicador para as exposições a esta radiação. Este parâmetro chama-se Índice UV (IUV). Assim, o IUV é uma medida dos níveis da radiação solar ultravioleta que efetivamente contribui para a formação de uma queimadura na pele humana (eritema), sendo que a sua formação depende dos tipos de pele (I, II, III, IV) e do tempo máximo de exposição solar com a pele desprotegida.

IUV como varia?

O Índice UV exprime-se numericamente como o resultado da multiplicação do valor médio no tempo da irradiância efetiva (W/m2) por 40. Exemplo: Uma irradiância efetiva de 0.2 W/m2 corresponde a um valor do UVI de 8.0.

O Índice UV varia entre:

  • menor que 2, Baixo,
  • 3 a 5, Moderado,
  • 6 a 7, Alto,
  • 8 a 9, Muito Alto,
  • superior a 11 Extremo.

Os valores médios do UV para a latitude de Portugal, enquadram-se para o período compreendido entre os meses de Outubro e Abril entre 3 e 6, o que significa Moderado com possibilidade de Alto em alguns momentos deste período e entre 9 e 10 para o período compreendido entre Maio e Setembro, o que corresponde a Muito Alto.

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Guia de medidas de proteção solar

Consulte o nosso guia para aplicação das medidas de proteção para diferentes valores do Índice UV e para uma pele de tipo sensível (pele tipo I e bebés) e para uma pele tipo III, mais tolerante. Este guia é apenas um exemplo de uma forma simples de como o público pode ser sensibilizado e informado.
MEDIDAS DE PROTECÇÃO SOLAR melhorsaude.org
Guia de medidas de protecção solar para uma pele tipo I ou bebés com elevada fotosensibilidade
MEDIDAS DE PROTECÇÃO SOLAR pele tipo 3 melhorsaude.org
Guia de medidas de proteção solar para uma pele tipo III de média fotosensibilidade

Para além do tipo de pele, possíveis reações cutâneas ou oculares podem modificar a eficiência das medidas de proteção. Tais reações de fotossensitividade poderão ser devidas a um certo número de agentes internos ou externos. Alguns medicamentos, tais como psoralens, porphyrins, coal tar, antibióticos ou diversos tipos de agentes inflamatórios, produtos antimicrobióticos, fragrâncias, plantas, etc., podem causar eritema mesmo para baixas doses de UV.

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Protetor solar como escolher e usar?

Os protetores solares atenuam a transmissão da radiação UV na pele. O fator de proteção solar (apresentado pelos protetores solares existentes no mercado) é determinado com base na razão entre as quantidades de radiação UV necessárias para que ocorra a queimadura solar, com protetor solar e sem protetor solar. É importante saber que este efeito de proteção não aumenta linearmente com o FPS. Por exemplo, um FPS de 10 reduz em cerca de 90% a radiação UVB, um FPS de 20 em cerca 95% e um FPS de 30 reduzirá adicionalmente apenas um pouco mais.

Tendo em atenção os danos causados pela radiação UVA recomenda-se a verificação da existência de filtros UVA no produto: por ainda não existir um método padrão para a avaliação dos filtros da radiação UVA nos protetores solares, quando o produto possui filtro para a radiação UVA, tal é referido na embalagem do produto.

Em todos os casos, o protetor solar não deverá ser usado para prolongar o tempo de exposição, mas sim limitar os danos resultantes da exposição ao sol. É esta a razão pela qual os protetores solares se aplicam em zonas não cobertas pela roupa, especialmente em áreas sensíveis como o nariz, o pescoço, os ombros, no peito dos pés, etc.. Para a escolha do protetor solar mais apropriado, existe indicação dos valores de FPS de acordo com os diferentes tipos de pele e valores do Índice UV.

FATORES DE PROTEÇÃO SOLAR RECOMENDADOS PARA DIFERENTES TIPOS DE PELE E DE ÍNDICE UV
ÍNDICE ULTRAVIOLETA TIPOS DE PELE
I II III IV
1 a 3 15 12 9 6
4 a 6 30 25 15 12
7 a 9 50 40 30 20
superior a 10 60 50 40 30

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Concluindo

A proteção solar, principalmente dos bebés, crianças e adultos com pele mais sensível é um tema que está na ordem do dia pela simples razão de que não existem dúvidas sobre o aumento do número de casos de cancros de pele.  Nunca é demais lembrar que quanto mais sol em excesso uma criança apanha mais vai aumentar a sua probabilidade de vir a desenvolver cancro de pele na idade adulta!

Mesmo sabendo que existe uma maior e melhor informação para os malefícios do excesso de exposição solar ainda há muitos pais que não protegem adequadamente os seus filhos e a prova está nas praias apinhadas de gente e em particular de crianças nas horas de exposição mais prejudiciais ou seja entre as 11 e as 16 horas!

Talvez se possa convencer alguns esses pais “menos informados” deixando claro que um bronzeado saudável e duradouro consegue-se essencialmente até ás 11horas e depois das 16 horas sendo que as horas de maior calor, entre as 11 e as 16 horas apenas aumentam o risco de queimadura solar e danos oculares!

Fique bem!

Referências:

  • IPMA, Instituto Português do Mar e da Atmosfera

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